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WBA0389_v1.0 Hidrologia e Drenagem Urbana Hidrologia, Drenagem e Bacias hidrográficas Bloco 1 Marcelo Balbino da Silva Hidrologia • Ciência que estuda a água no planeta terra. • Considerando suas propriedades físicas e químicas que caracterizam seu comportamento. • Sua circulação, ocorrência e a maneira como está distribuída superficialmente e subterraneamente no globo terrestre. • Sua relação com o meio ambiente e as várias formas de vida que dependem dela para sobreviver. (VILLELA; MATTOS, 1975) Hidrologia Ciência multidisciplinar: • Meteorologia e Climatologia precipitação e evaporação. • Geologia escoamento subterrâneo. • Geomorfologia escoamento superficial. • Mecânica dos fluidos escoamento em canais. • Química e Física qualidade da água. Hidrologia Principais processos: • Evaporação e transpiração. • Precipitação. • Infiltração. • Escoamento superficial. • Escoamento subterrâneo. Evaporação e transpiração • É o processo pelo qual a água do solo é transferida das massas líquidas e dos seres vivos para a atmosfera, normalmente, esses dois processos ocorrem simultaneamente. • Fatores que afetam: umidade do ar; pressão atmosférica; temperatura do ar; velocidade do vento e radiação solar. Evaporação e transpiração Figura 1 – Ilustração de um tanque classe A Fonte: elaborada pelo autor. Equipamentos medidores. Evaporação e transpiração Figura 2 – Ilustração de um evaporímetro de Piché Fonte: elaborada pelo autor. Equipamentos medidores. Precipitação Principais processos: • É a água que evaporou da superfície terrestre (rios, córregos e lagos). • Por meio da transpiração de plantas e animais. • Atingindo a atmosfera, após sua condensação, e passando por diversos processos, retorna para a superfície terrestre em forma de chuva, granizo ou neve. Precipitação Equipamentos medidores Fonte: elaborada pelo autor. Figura 3 – Ilustração de um pluviômetro Precipitação Equipamentos medidores Fonte: elaborada pelo autor. Figura 4 – Ilustração de um pluviógrafo Infiltração • Processo pelo qual a água que chega à superfície, sofre para atingir as camadas mais profundas do solo. • Depende fundamentalmente da quantidade de água para infiltrar, do tipo de solo, das condições superficiais do solo. • Do ar e água contidos no interior do solo. Bloco 2 Marcelo Balbino da Silva Hidrologia, Drenagem e Bacias hidrográficas Escoamento superficial Origina-se das precipitações. Uma parcela da água que chega na superfície do solo, fica retida nas depressões do terreno. Parte infiltra-se e o restante escoa pela superfície. (SARTORI, 2004) Escoamento superficial • Começa algum tempo após o início da precipitação. • Corresponde ao tempo necessário para que a intensidade de precipitação supere a ação da intercepção das plantas e superfície. • A capacidade de infiltração e a acumulação nas depressões do terreno. Escoamento superficial Grandezas características do escoamento superficial. Vazão: É a relação do volume de água que passa por uma dada seção transversal de um córrego, rio, canal ou tubulação, por unidade de tempo. Escoamento superficial Grandezas características do escoamento superficial . Coeficiente de escoamento superficial: Tido como a razão entre o volume de água que escoou superficialmente e o volume de água que precipitou sobre a bacia, podendo ser relativo a uma precipitação isolada ou a um intervalo de tempo, abrangendo todas as precipitações que ocorreram. Escoamento superficial Grandezas características do escoamento superficial. Tempo de concentração: É o tempo em que a gota de água proveniente de uma chuva, que cai no ponto mais distante do exutório da bacia, leva para chegar a esta seção. Bloco 3 Marcelo Balbino da Silva Hidrologia, Drenagem e Bacias hidrográficas Bacia hidrográfica São áreas definidas geograficamente em relação a topografia dos locais que a compreendem, de forma que toda água precipitada nela seja drenada para os locais de menor altitude, chegando até o canal principal e, consequentemente, no exutório da bacia, sendo o ponto de menor altitude para onde todo escoamento superficial converge. Bacia hidrográfica Existem diferentes tipos: • Bacia florestada: em relação à cobertura. • Bacia semiárida: em relação à área ou local. • Pequena bacia: em relação ao tamanho. • Bacia urbana: em relação a ocupação. Bacia hidrográfica Características morfológicas. Área: Compreende a área projetada horizontalmente de uma bacia hidrográfica, delimitada em função da topografia. Normalmente, obtida de cartas topográficas por planimetria ou por meio de softwares que se utilizam de mapas digitais. Bacia hidrográfica Características morfológicas. Forma da bacia: é a relação entre o comprimento total do talvegue e a largura média da bacia hidrográfica. Características morfológicas. Forma da bacia: é a relação entre o comprimento total do talvegue e a largura média da bacia hidrográfica. Figura 5 - Relação de formas das bacias Fonte: elaborada pelo autor. Bacia hidrográfica Características morfológicas. Sistema de drenagem: Formado pelo rio principal e os cursos de água que nele descarregam suas águas. Bacia hidrográfica Características morfológicas. Densidade de drenagem: é a relação entre a área de uma bacia hidrográfica e o comprimento total de todos os canais e cursos de água da bacia. Dh = densidade de drenagem; N = comprimento total dos cursos de água; Ab = área da bacia. Ordem dos cursos d'água: é a classificação indicativa para os graus de ramificação e bifurcação dos cursos de água de uma bacia. 𝐷ℎ = 𝑁 𝐴𝑏 Bacia hidrográfica Características do relevo. Declividade da bacia: Está diretamente relacionada com o tempo do escoamento superficial, pois para maiores declividades haverá uma maior variação das vazões instantâneas e, consequentemente, o tempo de escoamento superficial será menor, aumentando o risco de erosões. Bacia hidrográfica Características de relevo. Curva hipsométrica: Representa o relevo médio de uma bacia, por meio de um gráfico que apresenta a variação de elevação do terreno da bacia em relação ao nível médio do mar. A área de drenagem existente acima da superfície e abaixo da superfície, é indicada em porcentagem. Bacia hidrográfica Características de relevo. Perfil longitudinal do curso de água: Declividade dos cursos de água é fundamental, maiores declividades implicam em maiores velocidades de escoamento. Uso e tipo de solo. Exemplo: bacia formada antes por áreas florestadas e, atualmente, quase que completamente urbanizada. Divisores de água topográficos e freáticos Figura 6 – Divisores, de águas, topográfico e freático em um perfil de solo Fonte: elaborada pelo autor. Teoria em Prática Bloco 4 Marcelo Balbino da Silva Reflita sobre a seguinte situação Você foi chamado (a) a participar do projeto de um canal de concreto, no qual escoam-se as águas de uma bacia hidrográfica urbana. Devido as diferentes coberturas, a bacia foi dividida em três subáreas com seus respectivos coeficientes de escoamento: • Subárea 01 = 2 km2 com C = 0,54. • Subárea 02 = 3,5 km2 com C = 0,40. • Subárea 03 = 1,5 km2 com C = 0,61; L= 3 km; H = 15m; imáx =67 mm/h. Reflita sobre a seguinte situação Você ficou responsável pelos cálculos do tempo de concentração, do valor médio do coeficiente de escoamento e da vazão para a bacia em estudo. Reflita a respeito dos valores obtidos e como poderão ajudar no projeto. Reflita sobre a seguinte situação Para obter o valor médio de C, utilize a seguinte equação: 𝐶𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝐶1𝐴1 +𝐶2 𝐴2 + 𝐶3𝐴3 σ𝐴𝑛 Para cálculo do tempo de concentração, utilize a equação de Kirpich: 𝑡𝑐 = 57. 𝐿3 𝐻 0,385 tc= 57. L 3 H 0,385 Reflita sobre a seguinte situação Calcule a vazão com a equação: Onde Q= vazão de projeto, i = intensidademáxima de chuva local (IDF calculada) e C = coeficiente de escoamento superficial. 𝑄 = 𝐶. 𝑖. 𝐴 3,6 Reflita sobre a seguinte situação Valor médio de C: Cmédio = 0,49 Cálculo do tempo de concentração: 𝑡𝑐 = 57. 33 15 0,385 tc = 71,48 minutos 𝐶𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,54.2 + 0,40.3,5 + 0,61.1,5 2 + 3,5 + 1,5 Reflita sobre a seguinte situação Cálculo da vazão: Q = 63,84 m3/s 𝑄 = 𝐶. 𝑖. 𝐴 3,6 𝑄 = 0,49.67. (2 + 3,5 + 1,5) 3,6 Dica do Professor Bloco 5 Marcelo Balbino da Silva Dica de Leitura! Livro: Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais. Autor: John Gribbin. Editora: Cengage Learning. Ano: 2014. Figura 7 – Livro Fonte: https://images-na.ssl-images- amazon.com/images/I/41S5PPchijL._SX336_BO1,204,203 ,200_.jpg. Acesso em: 18 maio 2020. https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/41S5PPchijL._SX336_BO1,204,203,200_.jpg Dica de Leitura! Apresenta os conceitos de hidráulica e de hidrologia de águas superficiais aplicados à solução de problemas práticos da engenharia. Fala sobre a infraestrutura urbana, uso e ocupação do solo e de planejamento. Apresenta alguns estudos de caso, baseados em projetos reais. Referências SARTORI, A. Avaliação da classificação hidrológica do solo para a determinação do excesso de chuva do método do serviço de conservação do solo dos Estados Unidos. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Engenharia Civil, da Universidade Estadual de Campinas, 2004. VILLELA, S. M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. Editora McGRAW – HILL do Brasil, 1975. p1-53. Bons estudos!
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