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Metodologia de Pesquisa São Paulo 2018 Metodologia de Pesquisa Ana Barbara Pederiva e Vilma Lima Metodologia de Pesquisa Plano de Aula 9 Unidade 1 – Pesquisa Científica – Classificação 21 Unidade 2 – Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos 31 Unidade 3 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos SUMÁRIO 6 PLANO DE AULA Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. formação acadêmica e atuação profissional, siga Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. 7 Objetivos de aprendizagem Un id ad e 1 Pesquisa Científica – Classificação » Estando no universo acadêmico, é preciso que o aluno adquira o conhecimento dos diferentes tipos de pesquisa e as linhas gerais para o desenvolvimento de um projeto científico. O conhecimento dos diferentes tipos de pesquisas, suas respectivas classificações e a escolha do método que melhor se aplica à questão da pesquisa e aos seus objetivos são fundamentais para a obtenção do sucesso na realização de um trabalho científico. Esta unidade de estudo propicia exatamente esse tipo de conhecimento. A ideia é inserir o aluno no mundo da pesquisa e do trabalho científico. Un id ad e 2 Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos » Compreender que a pesquisa tem como ponto de partida uma dúvida que precisa ser esclarecida; » Adotar procedimentos sistematizados na obtenção das respostas; » Diferenciar entre os trabalhos dos cientistas e o dos estudantes universitários não deveria residir no método, mas nos propósitos. Un id ad e 3 Apresentação de Trabalhos Acadêmicos » Conhecer conceitos relacionados à formatação de trabalhos acadêmicos. Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva Revisão Técnica: Profa. Dra. Vilma Lima Revisão Textual: Profa. Me. Luciene Oliveira da Costa Santos 1 Pesquisa Científi ca – Classifi cação Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação UNIDADE 1 10 Contextualização Não importa o nível de escolarização, nos cursos, em todos os níveis, será exigida, da parte do estudante, alguma atividade de pesquisa. Mas você sabe o que é pesquisa? Qual a sua finalidade? Você sabia que o Brasil ocupa posição de destaque no ranking de qualidade cientí� ca, medido a partir de periódicos de impacto? Sim, o Brasil ocupa o primeiro lugar na América Latina e é 23º no ranking global. As informações estão na edição do Nature Index 2015. Dados disponível no site: https://goo.gl/UJbmzt (em inglês). Ex pl or Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação 11 Introdução Entende-se por pesquisa científica o conjunto de atividades que têm por finali- dade buscar conhecimento para alguma dúvida que se tenha. Trata-se, portanto, de uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de métodos e técnicas científicas. Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte inte- grante de todo processo reconstrutivo de conhecimento”. Inúmeros autores, entre os quais Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Gil (1982), Lakatos e Marconi (1991), Salomon (1977) e Severino (2000), ao con- ceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminente- mente racional, que faz uso de métodos científicos, visando à busca de respostas e explicações para a questão em estudo. Enfatizam, também, o caráter processual da pesquisa enquanto atividade que envolve fases, desde a formulação adequada do problema até a elaboração e apresentação do relatório final ou monografia. Se continuarmos a buscar definições para o que seja pesquisa, encontraremos diversas respostas. De maneira bastante simples, pesquisar pode ser entendido como a procura por respostas para as mais diferenciadas indagações. Isso posto, podemos concluir que pesquisamos a todo momento, ainda que, certamente, não o façamos cientificamente, ou seja, de modo sistemático e a partir do emprego de processos científicos. Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazer perguntas a fim de obter respostas podem ser consideradas formas de se fazer pesquisa uma vez que se está fazendo uma investigação. Evidentemente, esse sentido mais genérico de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa cientí- fica que tem por objetivo comprovar uma hipótese através do uso de processos científicos. Nesse sentido, a definição de Lakatos e Marconi (2007, p. 157) é bastante elucidativa, já que faz constar que a pesquisa pode ser considerada “[...] um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. Pesquisar cientificamente significa não apenas procurar a verdade, mas, prin- cipalmente, descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas levantados através do emprego de métodos científicos. Antes de darmos prosseguimento, é preciso que fique claro que ainda que façamos pesquisa em vários momentos de nossa vida cotidiana, não se pode con- fundir uma simples indagação com pesquisa científica, já que esta pressupõe uma atividade científica completa, que vai desde a formulação do problema até a apre- sentação de seus resultados. Um estudo, por sua vez, será considerado científico quando: • A partir de um marco teórico, discutir ideias e fatos relevantes. • O assunto tiver caráter relevante e identificável para o autor e leitores. • Tiver alguma utilidade para a ciência ou comunidade. Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação UNIDADE 1 12 • O autor tiver domínio do assunto, capacidade de sistematização, recriação e crítica do material coletado. • Apresentar algo inédito. • A pesquisa indicar com clareza os procedimentos utilizados. • Fizer constar elementos que possibilitem refutar ou aceitar as conclusões. • Apresentar de modo rigoroso os documentos e fontes utilizadas. • A comunicação dos resultados for organizada de modo lógico. • A escrita estiver gramaticalmente correta. Após essa ligeira apresentação do que seja a pesquisa, nas próximas páginas, va- mos pensar na pesquisa a partir de sua aplicação nas atividades acadêmicas. Sim, porquese na ”vida comum” pesquisamos o tempo todo, como já dissemos anterior- mente, imagine isso no cotidiano da vida acadêmica, ou seja, durante o tempo em que você passar pela universidade, tanto no nível de graduação quanto de pós-graduação. A pesquisa lhe acompanhará durante todo esse período. Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de pesquisas são os seguintes: • Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses. • Efetuar observações e medidas. • Registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o in- tuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada. • Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as respostas resultantes. • Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução. • Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas relações (CERVO e BERVIAN, 1996, p.46-47). As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Podem ser classificadas, por exemplo: • Segundo a área de conhecimento – em pesquisas sociológicas, antropológicas, educacionais etc.; • Segundo suas finalidades – em pesquisa pura ou aplicada; • Segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados – em pesquisa quantitativa e qualitativa; • Segundo o ambiente em que se desenvolve – em pesquisas de campo, de laboratório. A essa diversidade correspondem múltiplas maneiras de interpretar os dados obtidos. São os diferentes marcos epistemológicos de que se lança mão para a compreensão da realidade estudada. O resultado não deve constituir uma verdade única, absoluta e inquestionável, mas uma forma de conhecimento que atribui um determinado sentido (não dogmático) àquele aspecto particular do real. Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação 13 Conforme esclarece Pádua (1996), a classificação das pesquisas em diferentes tipos surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das próprias pes- quisas. A autora, entretanto, observa: Para além do formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhe- cer que o fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos aspectos e, para tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir, diferentes enfoques, diferentes níveis de aprofundamento, diferentes re- cursos, dependendo dos objetivos a serem alcançados e as possibilidades do próprio pesquisador para desenvolvê-los. (PÁDUA, 1996, p. 32-33) Tipos de Pesquisas Como já fora dito, o interesse e principalmente a curiosidade fazem com que o homem investigue sua realidade sob os mais diversificados aspectos e dimensões. É fato, também, que essa busca pelo conhecimento admite níveis diferenciados de enfoques e aprofundamentos em função do objeto de estudo, dos objetivos e da qualificação do pesquisador. Isso posto, fica evidente e natural a existência de inúmeros tipos de pesquisa, cada uma delas com suas especificidades. Quanto à Natureza Quanto aos Objetivos Quanto aos Procedimentos Pesquisa Básica Pesquisa Aplicada Pesquisa Exploratória Pesquisa Descritiva Pesquisa Explicativa Pesquisa Bibliográ�ca Pesquisa Documental Pesquisa Experimental Pesquisa Operacional Estudo de Caso Pesquisa-Ação Pesquisa Participante Expost-Facto Figura 1 Fonte: Adaptado de Silva (2004) Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação UNIDADE 1 14 A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza a) Pesquisa básica: gera conhecimentos novos e úteis para o progresso da ciência sem aplicação prática prevista. De acordo com a ABNT, esse tipo de pesquisa destina-se à investigação de fenômenos físicos e seus fundamentos. b) Pesquisa aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática com foco na solução de problemas específicos. A pesquisa, sob o ponto de vista de seus objetivos a) Pesquisa exploratória: muito utilizada para familiarizar-se com um assunto ainda pouco conhecido ou explorado. Assume, em geral, as formas das pes- quisas bibliográficas e estudos de caso. b) Pesquisa descritiva: utilizada quando se quer observar, analisar e corre- lacionar fatos ou fenômenos sem, no entanto, interferir neles. Consideran- do que nesse tipo de pesquisa trabalha-se com dados ou fatos colhidos da própria realidade é indicado o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados. Assume, em geral, a forma de levantamento. c) Pesquisa explicativa: utilizada primordialmente quando se quer iden- tificar fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É utilizada quando se quer saber o porquê das coisas, ou seja, suas razões. Busca-se, neste tipo de pesquisa, apresentar o modo ou o motivo pelo qual o fenômeno é produzido. A pesquisa sob o ponto de vista de seus procedimentos técnicos a) Pesquisa bibliográ� ca: quando organizada a partir de material já publi- cado, como livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet. O foco desse tipo de pesquisa é familiarizar o pesquisador com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. O uso deste procedimento deve ser uma rotina tanto na vida profi ssional de professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa bibliográ� ca tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições cientí� cas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na de� nição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justi� cativa da escolha do tema e na elaboração de qualquer trabalho cientí� co. b) Pesquisa documental: muito confundida com a pesquisa bibliográfica, no entanto, enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza das contribuições de vários autores, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam qualquer tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação 15 c) Pesquisa experimental: neste tipo de pesquisa, tem-se como objetivo demonstrar como e por que determinado fato é produzido. Ainda que esse tipo de pesquisa não se resuma a pesquisas de laboratório, é mais fre- quentemente utilizada nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas. d) Levantamento (survey): bastante utilizado nos estudos descritivos quando se deseja conhecer a opinião das pessoas. Esse tipo de estudo destina-se a pesquisa em grande escala, ou seja, quando se pretende saber a opinião de um grande número de entrevistados. e) Pesquisa de campo: entendida como aquele tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada, consiste, portando, na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem. É preciso considerar que nestes tipos de estudo o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu, para reunir as informações necessárias. f) Estudo de caso: consiste no estudo aprofundado e exaustivo de um deter- minado indivíduo, família, grupo ou comunidade de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. A ideia é que esse conhecimento seja posteriormente generalizado, portanto, o sujeito de pesquisa deverá poder representar seu universo. g) Pesquisa ex-post-facto: como o nome sugere, esse tipo de estudo analisa situações que se desenvolveram após algum acontecimento. A ideia é estu- dar um fenômeno já ocorrido para tentarmos explicá- lo e entendê-lo. h) Pesquisa-ação: neste tipo de pesquisa, os pesquisadores e os sujeitos de pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Além disso, pressupõe além da pesquisa a resolução de um problema coletivo ou a efetivação de alguma ação prática. i) Pesquisa participante: este tipo de estudo, assim como a pesquisa-ação, caracteriza-sepela interação entre pesquisadores e membros das situa- ções investigadas. A diferença básica é que neste tipo de pesquisa não há a resolução de problemas e o pesquisador não é neutro, ele elabora suas conclusões em conjunto com os sujeitos pesquisados. Assim sendo, o conhecimento é construído coletivamente. A pesquisa sob o ponto de vista da abordagem do problema a) Pesquisa qualitativa: configura-se como aquele tipo de pesquisa que busca entender um fenômeno específico em profundidade. Ao invés de estatísticas, regras e outras generalizações, este método trabalha com des- crições, comparações e interpretações. Neste tipo de pesquisa, considera- -se a complexidade e a particularidade dos fenômenos, e procura-se na realidade alcançar o entendimento das singularidades e não da genera- lização. A abordagem qualitativa, portanto, realça os valores, as crenças, as representações, as opiniões, atitudes e usualmente é empregada para que o pesquisador compreenda os fenômenos caracterizados por um alto Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação UNIDADE 1 16 grau de complexidade interna do fenômeno pesquisado. Os métodos que caracterizam a pesquisa qualitativa são: o dialético, por ser a relação sujei- to-objeto dinâmica, e o fenomenológico, visto que a experiência e o coti- diano são aspectos essenciais, aos quais o pesquisador deverá dedicar-se para ultrapassar as aparências. No método qualitativo, não se obtém resultados numéricos, mas sim respostas, pensamentos e projeções dos indivíduos e isso o caracteriza como um método de pesquisa exploratório. b) Pesquisa quantitativa: provavelmente a mais utilizada e a que você já ouviu falar. Neste tipo de estudo, prioriza-se a tradução das informações em número, frequência e intensidade. Como o próprio nome já sugere, quantifica resultados, avalia as opiniões extraídas de forma numérica com perguntas objetivas. O método quantitativo na pesquisa científica está as- sociado à experimentação e manipulação do objeto estudado em uma po- pulação ou universo. Em toda pesquisa quantitativa existe uma população ou universo a ser pesquisado, ou seja, a ser ouvido. Na impossibilidade de se estudar toda essa população, por limitação de tempo, recursos téc- nicos, financeiros, humanos, geográficos, entre outros, pode-se trabalhar com a teoria amostral. Assim sendo, do TODO (população – universo), estabelece-se uma amostra ou parte representativa dessa população que tanto pode ser probabilística quanto não probabilística. Técnicas de pesquisa Agora que já conhecemos todos os tipos de pesquisa é necessário conhecermos as técnicas de coleta de dados, bem como, os instrumentos de coleta de dados. Alguns exemplos de Técnicas de coleta de dados: · Entrevista. · Levantamentos ou enquetes. · Observações. · Censos. · Grupos focais (uma variação da entrevista). · Leitura de documentos e obras. · Análise de discurso. · Análise de conteúdo. · Análise argumentativa. · Análise de conversação e de fala. · Análise retórica. · História de vida, e etc. Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação 17 Alguns exemplos de Instrumentos de coleta de dados: · Questionário. · Roteiro de Entrevista. · Roteiro de Observação. Importante! A escolha do tipo de pesquisa sugere a técnica de coleta de dados, que por sua vez, indica os instrumentos de coleta de dados. Importante! Amostragem Probabilística No caso da amostra probabilística, há a possibilidade de todos os elementos da população terem possibilidade conhecida, diferente de zero, de serem in- cluídos na amostra, o que garante a representatividade da amostra em relação à população. Os tipos de amostra probabilísticas são: aleatória, sistemática, estratificada e por conglomerado. Amostragem não probabilística Já no caso da amostra não probabilística, a escolha dos elementos da amostra é feita de forma não aleatória, ou seja, de forma racional de acordo com a neces- sidade e conveniência do pesquisador. Os tipos de amostra não probabilísticas são: conveniência, quota, julgamento e bola de neve. Diferenças entre o Método Qualitativo e Quantitativo Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam. As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, de forma espontânea. As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados (questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros. Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação UNIDADE 1 18 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Amostragem Probabilística e não Probabilística https://goo.gl/cDD2HH Leitura Métodos Estatísticos https://goo.gl/DS9I59 Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação 19 Referências BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. ________. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2002. ________. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza: Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004. Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva Revisão Técnica: Profa. Dra. Vilma Lima Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites 2 Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos UNIDADE 2 22 Introdução Toda pesquisa, como atividade racional e sistemática, deve passar por uma fase preparatória de planejamento. Essa fase é concretizada mediante a elaboração de um projeto, conhecido como Projeto de Pesquisa. Segundo Gil (1995, p. 22), esse projeto configura-se como um documento explicitador das ações a serem de- senvolvidas ao longo do processo de pesquisa. O projeto é uma etapa preliminar no processo de elaboração e execução de uma pesquisa. Deve prever os passos a serem seguidos e responder às seguintes questões: • O quê? • Por quê? • Para quê e para quem? • Onde realizar? • Como? • Com que recursos? • Quando? Em outras palavras, a finalidade intrínseca do projeto de pesquisa é indicar as intenções do autor, deixando claros o título (ainda que provisório), a delimitação inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o caminho a ser percorrido, as estratégicas e os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem vencidas. O planejamento, como estratégia global de ação, supõe a flexibilidade, a qual deve estar presente em todas as atividades de pesquisa. Assim, o projeto inicial pode sofrer alterações na medida em que o pesquisador desenvolver e aprofundar as suas ideias, ou mesmo fizer descobertas de novos dados. Nas pesquisas qualitativas, principalmente, não se parte de um projeto rigi- damente determinado; ao contrário, as questões da pesquisa vão transformando- -se, as técnicas vão sendo revistas e reelaboradas no próprio processo de pesquisa. Embora possam aparecer em outra ordem e mesmo serem ampliados ou re- duzidos, de acordo com a naturezado estudo, os elementos que compõem um projeto de pesquisa são os seguintes: • Título e Subtítulo • Tema – Pesquisar o quê? • Problema – Qual abordagem? • Objetivos – Qual é a finalidade? • Hipóteses – Como prever? • Justificativa da Pesquisa – Por que fazer? • Revisão da Literatura – Baseado em quê? 23 • Metodologia – Como fazer/Com quem contar/Onde/Quando/De qual maneira? • Cronograma – O que e em qual período? • Bibliografia Título e subtítulo O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não de subtítulo. Nesse último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o sub- título delimita com mais precisão o alcance dos objetivos da pesquisa. Exemplo: “A licenciatura em História: avaliação do curso de História da Unesp-Franca”. Se anteriormente dissemos que o projeto de pesquisa pode mudar em função dos avanços do pesquisador, o mesmo cabe, principalmente, ao título do trabalho. Tema - Delimitação O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses profissionais, por leituras que tenha feito etc. Entretanto, é preciso deixar claro quais são os limites do estudo e até onde se quer chegar. Delimitar o tema significa dar limites, ou seja, determinar a extensão do assunto de pesquisa. Geralmente quando se escolhe o tema de pesquisa, ele é amplo e bastante genérico, após sua delimitação, se encontrará, especificamente, o recorte que se pretende trabalhar. Determine o Tema Escolhido. Encontre seu Foco. Evite assuntos com muita abrangência. É possível pesquisar sobre qualquer tema, basta saber planejar para que fique interessante aos olhos de quem lê. Podemos, por exemplo, definir como tema de pesquisa a violência, porém, ao pesquisar esse tema, perceberemos que temos uma infinidade de caminhos que podemos tomar: a violência doméstica; a violência infantil; a violência no trânsito; a violência contra os idosos; e assim por diante. Ao tentar restringir esse mesmo tema, podemos chegar à seguinte delimitação: As relações entre violência infantil e as questões de aprendizagem. Veja que continuamos com o mesmo objeto, no caso, a violência, porém houve um recorte bastante significativo. A ideia aí seria, portanto, trabalhar o impacto da violência infantil na aprendizagem. Você acredita que os estudantes trabalham cienti� camente quando realizam pesquisas dentro dos princípios estabelecidos pela metodologia cientí� ca, quando adquirem a ca- pacidade não só de conhecer as conclusões que lhes foram transmitidas, mas se habilitam a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas? Ex pl or UNIDADE 2 24 Problema de Pesquisa A definição do problema de pesquisa está vinculada ao tema proposto: ele escla- rece a dificuldade específica com a qual o pesquisador se defronta e que pretende resolver a partir da pesquisa. A redação do problema de pesquisa deve ser interro- gativa, clara, precisa e objetiva. Exemplo: 1. Qual é o impacto da violência infantil na aprendizagem de crianças entre 7 e 10 anos de idade? 2. Quais motivos influenciam o alto índice de rotatividade de funcionários da empresa “xy”? 3. A desnutrição determina o rebaixamento intelectual? As regras básicas para formulação do problema, na perspectiva de GIL (1991), são as seguintes: • Deve ser formulado como uma pergunta; • Deve ser delimitado a uma dimensão viável, ser o mais específico possível; • Clareza: utilização de termos claros com significado preciso; • Não deve ser de natureza valorativa (é bom, é certo etc.). O problema de pesquisa é o que dará a partida para a pesquisa. Objetivos Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema pro- posto, esclarecendo o que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou das questões de pesquisa a serem investigadas. Na explicitação dos objetivos de uma pesquisa, antecipam-se as contribuições que a mesma pretende trazer para o avanço daquela área específica do conhecimento. Os objetivos, portanto, têm o escopo de indicar a finalidade da pesquisa, ou seja, o que o pesquisador pretende conseguir com a investigação. Iniciam-se por um verbo no infinitivo que deve indicar uma ação intelectual, segundo o estágio que se propõe o problema de pesquisa, exemplo: identificar, conhecer, relatar, definir, descrever, demonstrar, diferenciar, operar, empregar, reunir, sintetizar, produzir, medir, julgar, argumentar etc. Exemplo: Identificar se há relação entre a violência infantil e a aprendizagem. Hipóteses A hipótese é uma teorização prévia a respeito do que se pretende estudar, apre- senta-se de modo afirmativo, guiando o pesquisador para a coleta de dados que prove ou refute a situação hipotética lançada no projeto de pesquisa. A hipótese, portanto, seria uma resposta hipotética ao problema de pesquisa. Seria, assim, a resposta que se tem para o problema de pesquisa antes de o estudo ser efetivado. 25 Regras para formulação da hipótese seguindo os critérios de GIL (1991): • Deve ter conceitos claros; • Deve ser específica; • Não deve se basear em valores morais; • Deve ter como base uma teoria que a sustente. Exemplo de hipótese: a violência cometida contra crianças impacta, sobrema- neira, em seu processo de aprendizagem. Justifi cativa da Pesquisa Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a abordar o tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica a escolha de um tema é o de sua relevância tanto social quanto científica. A argumentação mediante a qual o pesquisador expõe os motivos que o leva- ram a eleger determinado tema e a importância da contribuição que seu estudo pode ensejar são fatores fundamentais na aceitação da pesquisa por parte de seu público-alvo. Justi� car é oferecer razão su� ciente para a motivação da pesquisa. Para evidenciar as razões do que será abordado na pesquisa, a ideia é responder a partir de um texto dissertativo duas questões básicas: quais motivos justificam meu projeto? Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa? Revisão da Literatura A revisão da literatura é considerada um item fundamental e de suma impor- tância para se organizar o estudo que se pretende realizar. Envolve localizar, ana- lisar, sintetizar e interpretar estudos realizados previamente sobre o mesmo tema (revistas cientificas, livros, anais de congressos, resumos etc.). Trata-se, portanto, de uma análise bibliográfica pormenorizada dos principais trabalhos já publica- dos. A revisão da literatura é indispensável tanto para definir bem o problema de pesquisa, quanto para obter uma ideia do estado da arte do tema que se pretende trabalhar. Nesse item, a ideia é redigir um texto dissertativo indicando como cada obra ou autor analisado contribuirá para o estudo proposto. Essas obras e autores serão utilizados para embasar os argumentos do pesquisador. Importante! A Revisão da Literatura não é uma Coleção de Resumos! A Revisão da Literatura é um Diálogo entre as Obras e Autores Estudados e o Tema que se está Trabalhando na Pesquisa. Importante! UNIDADE 2 26 Metodologia A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange o maior número de itens, pois deve responder às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221). Neste item, esclarecemos a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida: bibliográfica, de campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará diferentes formas de investigação. No projeto de pesquisa, esse item deverá ser redigido com linguagem, essencialmente, no futuro, pois inclui a apresentação e explicação de todos os procedimentos que se pressupõem necessários para a execução da pesquisa. Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e os instrumentos que serão empregados na coleta de dadoscomo, por exemplo: levantamento das fontes do- cumentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, história de vida, análise de conteúdo etc. Cronograma Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da pesquisa, dentro de um determinado tempo. Exemplo: CRONOGRAMA ATIVIDADES ANO 2015 ANO 2016 ANO 2017 Cursar Disciplinas 1º / 2º sem. Pesquisa bibliográfica 1º / 2º sem. Organização dos grupos de pesquisa 1º sem. Elaboração do Projeto de Qualificação 1º sem. Qualificação 2º sem. Aplicação da Pesquisa 2º sem. Análise da Pesquisa 1º sem. Redação da Tese 1º / 2º sem. Defesa 2º sem. 27 Bibliografia Todo projeto de pesquisa deve listar as fontes que serão utilizadas, com as devidas referências bibliográficas. Fontes confiáveis do conhecimento científico: documentação direta (primária) e indireta (secundária) Para uma boa formação universitária e, consequentemente, uma boa pesquisa, é necessário que o estudante/pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias de cada área do conhecimento. Inicialmente, para que essas habilidades sejam adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico. Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa, que podem ser localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas, arquivos públicos, sites acadêmicos/científicos dedicados à divulgação de pesquisas, sites governamentais, entre outros. A identificação das fontes confiáveis de pesquisa pode ser iniciada da se- guinte forma: [...] pela consulta de obras que propiciam informações gerais sobre o assunto: enciclopédias, manuais, dicionários especializados etc. Essas obras indicarão outras, que abordam o assunto de maneira mais específica e abrangente. Se houver necessidade de atualizar informações, as obras de publicação mais recente, os artigos de revistas e outras publicações especializadas deverão ser consultados. (ANDRADE, 2003, p. 41) As fontes de pesquisa (livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, revistas acadêmicas/científicas, bases de dados etc.) podem ser divididas em primárias e secundárias. Para a elaboração de trabalhos (pesquisas) acadê- micos, podemos recorrer também a diversas instituições públicas e privadas que armazenam e disponibilizam para consulta bases de dados do acervo de documentos e da produção intelectual. Importante! Para cada área do conhecimento, encontramos diversos sites interessantes que dis- ponibilizam bancos de dados para os pesquisadores. Converse com seus professores e solicite sugestões. Trocando ideias... UNIDADE 2 28 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Como fazer um Projeto de Pesquisa Passo a Passo Neste endereço você encontrará todas as orientações necessárias para a organização de um projeto de pesquisa, inclusive com vídeos: https://goo.gl/kEqyOY Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico Neste endereço você poderá baixar gratuitamente um livro bastante interessante so- bre metodologia: https://goo.gl/ydRNhH 29 Referências ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Loyola, 2000. ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2003. BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São Paulo: Expressão & Arte, 2006. BARROS, Aidil Jesus da Silveira.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000. BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004. FREIRE- MAIA, N. A ciência por dentro. 6 . ed. Petrópolis: Vozes, 2000. GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2003. JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. KUHM, T. S. A. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991. MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002. SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001. SEVERINO, A. Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2007 . Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Vilma Lima Revisão Técnica: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco 3 Apresentação de Trabalhos Acadêmicos UNIDADE 3 32 Introdução Agora que você já sabe quais são os tipos de trabalhos acadêmicos mais utilizados na universidade, é preciso saber como apresentá-los graficamente. Como você deve ter percebido, já não é mais possível o envio de trabalhos manuscritos ou mesmo formatados de acordo com o desejo do autor. Existem padrões e regras que regem a formatação de trabalhos acadêmicos – sejam quais forem: resenha, resumo, artigo científico, paper, monografia etc. Enfim, todo trabalho escrito para fins acadêmicos deve seguir as normas esta- belecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As principais Normas Brasileiras (NBR) para a formatação de trabalhos científicos são: • NBR 14724 – trata, especificamente, dos princípios gerais para a elaboração e apresentação dos trabalhos acadêmicos. Esta norma é mais utilizada nos casos de trabalhos mais extensos, como monografia, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dissertação de Mestrado e tese de Doutorado; • NBR 10520 – regula as exigências para o uso de citações durante a elaboração dos trabalhos acadêmicos; • NBR 6022 – trata, especificamente, da apresentação de artigos científicos; • NBR 6023 – orienta a apresentação das referências (antiga bibliografia) dentro do trabalho acadêmico; • NBR 6027 – trata, especificamente, da apresentação do sumário; • NBR 6028 – orienta a apresentação do resumo e do abstract; • NBR 6024 – orienta a apresentação do sistema progressivo de numeração das seções do trabalho, a fim de que haja uma sequência lógica e inter-relacionada dos assuntos; • NBR 6034 – trata, especificamente, dos requisitos de apresentação e dos critérios para a elaboração de índices; • NBR 15287 – orienta a apresentação dos princípios básicos para a elaboração de projetos de pesquisa. É preciso ficar atento(a), pois a ABNT tem como princípio revisar as suas regras e atualizá-las por meio de comissão. Assim, todas essas normas devem ser atualizadas sempre que houver alteração. Para facilitar o seu entendimento, considerando a quantidade de informações contidas nas diversas NBR, bem como sua complexidade, optamos pela apresentação dos principais itens constantes nas diversas normas. Quanto à apresentação formal de um trabalho científico, sugere-se a seguin- te formatação: 33 Formatação Texto » Fonte – Times New Roman ou Arial; » Tamanho – 12 (para texto) e 10 (para citação); » Espaçamento – 1,5 (para texto); » Papel – A4 branco; » Cor – preta. Quantidade de páginas: Não há uma regra de� nida para o número de páginas de qualquer trabalho acadêmico. Quem de� ne isso, normalmente, é a instituição de ensino ou o professor orientador. Portanto, não há limite mínimo ou máximo. Títulos » Os títulos de capítulos iniciam-se, sempre, em uma nova página, junto à margem superior e à esquerda; » Os títulos não numerados – por exemplo, sumário, lista de figuras, de tabelas, agradecimentos, resumo, referências, anexo(s), apêndice(s) etc. –, deverão ser centralizados; » Ostítulos dos capítulos numerados, itens e subitens deverão ser apresentados junto à margem esquerda e livres de qualquer sinal gráfico – tais como ponto, traço etc.; » Os títulos deverão ser destacados, gradativamente, usando-se os recursos de negrito, itálico, caixa alta etc.; » Segundo a NBR 6024, deve-se limitar a numeração progressiva – subdivisão de seções – até a seção quinária, ou seja, até cinco subseções. Exemplos de apresentação de título: 1 SEÇÃO PRIMÁRIA – TODO EM NEGRITO E EM LETRAS MAIÚSCULAS 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA – EM LETRAS MAIÚSCULAS SIMPLES 1.1.1 Seção terciária – todo em negrito e em letras minúsculas 1.1.1 Seção quaternária – todo em negrito, itálico e em letras minúsculas 1.1.1.1 Seção quinária – todo em itálico e em letras minúsculas • Margens: » Superior – 3,0 cm; » Inferior – 2,0 cm; » Esquerda – 3,0 cm; » Direita – 2,0 cm. UNIDADE 3 34 Numeração de páginas » Todas as páginas devem ser contadas a partir da folha de rosto, porém, o número correspondente à página deve aparecer somente a partir da introdução; » O número deve constar no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior. Referências » Alinhadas à margem esquerda do texto, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo; » O arranjo das referências deve estar de acordo com o sistema de chamada autor-data – em ordem alfabética – ou numérica – em ordem numérica, como aparece no texto; » As referências devem ser listadas ao final do trabalho. Exemplos – indicação de autoria: Quando o autor da obra for uma pessoa física, deve-se citar o último sobrenome, em letras maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outros sobrenomes. Os nomes devem ser separados por ponto e vírgula, seguidos de espaço – isso para o caso de haver até três autores para uma mesma obra. Exemplo de obra de um autor: ALVES, R. de B. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995. Exemplo de obra de dois autores: DAMIÃO, R. T.; HENRIQUES, A. Curso de Direito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995. Exemplo de obra de três autores: PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: Matemática, Segunda Série, 2, Primeiro Grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. Exemplo de obra de mais de três autores: URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: Ipea, 1994. Importante! No caso de haver mais de três autores, deve-se indicar somente o primeiro autor, seguido da abreviação latina et al. – que signi� ca “e outros”. Importante! 35 Autoria desconhecida – a entrada deverá ser feita a partir do título: INSETICIDA com efeito prolongado. Dirigente Rural, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 46-50, 1992. Autor com identificação de responsabilidade: FERREIRA, L. P. (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991. Quando o autor da obra for uma entidade, deve-se citá-la a partir do próprio nome de tal organização, por extenso. Uma entidade: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação de citações em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 1988. Um congresso: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10., 1979, Curitiba, PR. Anais... Curitiba, PR: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. Exemplos de indicação de título e subtítulo: após a indicação do autor da obra, o próximo item constante nas referências são o título e o subtítulo da obra – quando houver –, que devem ser reproduzidos, exatamente, como aparecem no documento. Veja: PASTRO, C. Arte sacra. São Paulo: Loyola, 1993. PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Obras sem título: quando não houver título, deve-se atribuir uma palavra ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes, como no seguinte exemplo: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife, PE. [Trabalhos apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980. Exemplos – indicação da edição: o terceiro item constante das referências é a indicação da edição, que deverá ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição: BAPTISTA, G. L. Fundamentos e técnicas de enfermagem. 2. ed. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2007. ECONOMICS of the environment: selected readings. 4th ed. New York: WW Norton, 2000. Exemplos – indicação do local de publicação da obra: na sequência da indicação da edição, será preciso sinalizar o nome do local – cidade – de publicação da obra. Este item deverá aparecer tal qual figura no documento original. Exemplo: PRODANOV, C. C. A Vila Imperial de Potosi: na crônica de Bartolomé Arzáns de Orsúa y Vela. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2005. UNIDADE 3 36 Exemplos – indicação da editora responsável pela obra: outro elemento essencial nas referências é a indicação do nome da editora que, também, deve ser apontado tal como no documento. Exemplos: STARR, M. K. Administração da produção: sistemas e sínteses. São Paulo: Edgard Blücher; USP, 1971. LIMA, M. Ter encontro com Deus: teologia para leigos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. Exemplos – indicação da data de publicação da obra: a data de publicação deverá ser indicada em algarismos arábicos. Considerando tratar-se de elemento essencial para a referência, deverá ser sempre indicada uma data, seja a de publicação, de distribuição, de copyright, de apresentação – do depósito – ou outra. No caso de não haver determinação de uma data exata, deve-se, entre colchetes, registrar uma data aproximada. Exemplos: HOSSEINI, K. A cidade do Sol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. SPENDOLINI, M. J. Benchmarking. São Paulo: Makron Books, [1994]. Referências: relação das obras consultadas e utilizadas/citadas pelo autor (livros, artigos de periódicos, teses, relatórios técnicos etc.); Bibliografi a consultada: relação das obras que foram lidas, porém, que não foram efetivamente utilizadas na redação do trabalho (pode-se considerar como literatura sugerida ou leitura complementar). Ex pl or Notas de rodapé • As notas de rodapé deverão ser digitadas dentro das margens, ficando sepa- radas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 5 cm; • A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva.1 Exemplo:2 Citações: são menções, no texto, de informações extraídas de outra fonte (NBR 10520). Podem aparecer de duas formas: diretamente no texto ou em notas de rodapé. O meio mais usual, no entanto, é a apresentação das citações no texto. As regras básicas de apresentação de citações são: • Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou pelo título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas 1 Vejamos como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Demo (2000). 2 Encontramos esse tipo de perspectiva, em grande parte, no estudo de Hair e colaboradores (2005). 37 e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas, apenas; • Na citação indireta, aquela que a escrita se baseou em alguma obra lida, a apresentação deverá ocorrer diretamente no texto. Neste caso, basta citar o autor e o ano da publicação da obra consultada – conforme exemplo adiante; • Já na citação direta, aquela cujo texto não é autoral, ou seja, é cópia da escrita de outro autor, com até três linhas, a apresentação deverá ocorrer diretamente no texto. Neste caso, além de citar o autor e o ano, é preciso indicar, também, a(s) página(s) na(s) qual(is) aparece(m) o texto copiado – conforme exemplo adiante; • Na citação direta com mais de três linhas, a apresentação deverá ser destacada do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, e escrita com letra menor que a do texto – por exemplo, em texto com tamanho de letra 12, neste tipo de citação deve-se usar letra de tamanho 10 e espaçamento entre linhas simples (conforme exemplo adiante); • Há tambéma citação da citação, ou seja, quando se usa o texto de um segundo autor que já tenha citado um autor primário. Por exemplo: quando você quer utilizar um trecho de uma obra que não conseguiu ter contato direto, ou melhor, quando você leu esse trecho na obra de outro autor. Veja os seguintes exemplos de citação indireta, ou seja, aquela em que o texto foi escrito a partir das ideias de um autor consultado: A ironia seria, assim, uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Revuz (1982). Segundo Shiffman e Kanuk (2000), o comportamento do consumidor estuda de que maneira as pessoas resolvem gastar seu tempo e dinheiro para fazer determinada compra, assim como seu esforço para consumir. Agora veja o seguinte exemplo de citação direta com até três linhas, ou seja, aquela em que o excerto é extraído de uma obra consultada como uma cópia literal: “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma Psicaná- lise de Filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293). Ademais, veja, abaixo, exemplos de citação direta com mais de três linhas: Um dos pilares do pensamento de Vygotsky é a idéia de que as funções mentais superiores são construídas ao longo da história social do homem. Na sua relação com o meio físico e social que é mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos no interior da vida social, o ser humano cria e transforma seus modos de ação no mundo. (OLIVEIRA, 1993, p. 83) Sobre definir, Demo (2000, p. 13) [...] comenta que entre as expectativas ditas pós-modernas está a de que toda definição é apenas aproximativa, porque nenhum fenômeno tem contornos nítidos, muito menos fenômenos sociais e históricos. Definir é colocar limites. Quanto mais algo está fechado entre limites, mais claro se torna. UNIDADE 3 38 Freitas (2007, p. 100) enfatiza que: Tradicionalmente, os conectivos são vistos na linguagem da lógica como elementos úteis para se vincular proposições explícitas e deli- mitadas (o porquê introduz os argumentos, o então e o logo sempre introduzem as conclusões, por exemplo). Mas sob o ponto de vista da argumentação na língua, amplia-se essa compreensão [...]. Churchill e Peter (2003, p. 116) definem a pesquisa de marketing como [...] a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing por meio de informações – estas usadas para identificar e definir oportunidades e problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar ações de marketing; monitorar o desempenho de marketing; e melhorar o entendimento do marketing como um processo. Atente-se ao seguinte exemplo, escrito por Costa (2009, p. 95), em que esta autora cita outro autor: Um dos mais influentes foi o filósofo Guy Debord, autor de A sociedade do espetáculo, dedicada ao estudo da inversão existente entre a sociedade real e as imagens que a representam, fundamento da aparência fetichista do mundo e de suas relações espetaculares. Diz ele: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediati- zada por imagens”. (DEBORD, 1972, p. 12) Observe que Costa (2009, p. 95) leu e citou diretamente Debord (1972, p. 12). Agora, supondo que você escreva sobre o assunto e que não tenha acesso ao texto de Debord (1972), tendo lido apenas o texto de Costa (2009), mas que gos- taria de citar a definição de espetáculo de Debord, as seguintes maneiras poderiam ser usadas para fazer isso: Segundo Debord (1972, p. 12 apud COSTA, 2009, p. 95): “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens”. Segundo Debord (1972, p. 12 ): “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens” (apud COSTA, 2009, p. 95). Agora sem a expressão apud, mas ainda – e necessariamente – indicando a intermediação: Segundo Debord (1972, p. 12), conforme citado por Costa (2009, p. 95): “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens”. Reiterando que esses exemplos se referem à citação da citação. 39 Importante! Há casos em que: • O pesquisador utiliza as suas palavras para expressar as ideias e informações retiradas da bibliogra� a, portanto, casos chamados de citação indireta; • Há “cópia” – transcrição literal – de fragmento do texto consultado, portanto, casos chamados de citação direta. Em Síntese Importante! Dar os devidos créditos aos autores originais nas citações é uma questão de ética, de reconhecimento do mérito e da responsabilidade do autor original e, evidentemente, respeito aos direitos autorais. Portanto, não se esqueça de fazer todas as citações necessárias tanto de fonte escrita, quanto de fonte oral. Importante! Quanto à estrutura formal de um trabalho acadêmico, inclui os seguintes elementos: • Pré-textuais – itens que antecedem o texto. São, normalmente, informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho; • Textuais – itens que compõem o trabalho em si; • Pós-textuais – itens que complementam e fornecem as referências do trabalho. Quadro 1 Elementos Pré-textuais Textuais Pós-textuais Seções Capa Folha de rosto Ficha catalográfica Folha de aprovação Dedicatória Agradecimentos Epígrafe Resumo/abstract Palavras-chave Lista de abreviaturas Lista de siglas Lista de ilustrações Lista de tabelas Lista de símbolos Sumário Introdução Justificativa Objetivos Metodologia Desenvolvimento Conclusão Referências Cronogramas Glossários Apêndices Anexos Observações Participam da contagem do número de páginas, mas não são paginados Participam da contagem do número de páginas e são paginados Participam da contagem do número de páginas e são paginados Fonte: Elaborado pela professora conteudista Você pode utilizar os recursos do Microsoft O� ce Word para formatar todos os seus trabalhos acadêmicos. Para tanto, acesse o livro eletrônico de Cleber Cristiano Prodanov e Ernani Cesar de Freitas, disponível em: https://goo.gl/ydRNhH. Ex pl or UNIDADE 3 40 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Formatação ABNT de Trabalhos Acadêmicos pelas Regras e Normas Padrão FORMATAÇÃO ABNT de trabalhos acadêmicos pelas regras e normas padrão. TCC Monografias e Artigos, [20--]. https://goo.gl/mzqvFd Normas da ABNT NORMAS da ABNT – citações e referências bibliográficas. [20--]. https://goo.gl/C9tX Leitura Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo, RS: Universidade Feevale, 2013. https://goo.gl/ydRNhH 41 Referências BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual. São Paulo: Cortez, 2007. ________. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2002. SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza, CE: Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004. São Paulo 2018 Os cursos da Cruzeiro do Sul Virtual promovem formação de alta qualidade para o estudante que aspira a uma carreira de sucesso. O conteúdo desta Disciplina proporciona conhecimento essencial para que o futuro profissional torne-se qualifi- cado para atender o mercado de trabalho e realizar as tarefas correlatas à sua função com maestria, destacando-se na área escolhida. www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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