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Metodologia de Pesquisa
São Paulo
2018
Metodologia de 
Pesquisa
Ana Barbara Pederiva e Vilma Lima
Metodologia de Pesquisa
Plano de Aula
9 Unidade 1 – Pesquisa Científica – Classificação
21 Unidade 2 – Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos
31 Unidade 3 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos
SUMÁRIO
 
6
PLANO DE
AULA
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da 
sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário 
fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites 
para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará 
sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois 
irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com 
seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
 
7
Objetivos de aprendizagem
Un
id
ad
e 1 Pesquisa Científica – Classificação
 » Estando no universo acadêmico, é preciso que o aluno adquira o conhecimento dos diferentes tipos de pesquisa e as 
linhas gerais para o desenvolvimento de um projeto científico. O conhecimento dos diferentes tipos de pesquisas, suas 
respectivas classificações e a escolha do método que melhor se aplica à questão da pesquisa e aos seus objetivos 
são fundamentais para a obtenção do sucesso na realização de um trabalho científico. Esta unidade de estudo propicia 
exatamente esse tipo de conhecimento. A ideia é inserir o aluno no mundo da pesquisa e do trabalho científico.
Un
id
ad
e 2 Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos
 » Compreender que a pesquisa tem como ponto de partida uma dúvida que precisa ser esclarecida;
 » Adotar procedimentos sistematizados na obtenção das respostas;
 » Diferenciar entre os trabalhos dos cientistas e o dos estudantes universitários não deveria residir no método, mas nos propósitos.
Un
id
ad
e 3 Apresentação de Trabalhos Acadêmicos
 » Conhecer conceitos relacionados à formatação de trabalhos acadêmicos.
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva
Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vilma Lima
Revisão Textual:
Profa. Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
1
Pesquisa Científi ca – Classifi cação
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
UNIDADE
1
10
Contextualização
Não importa o nível de escolarização, nos cursos, em todos os níveis, será 
exigida, da parte do estudante, alguma atividade de pesquisa. 
Mas você sabe o que é pesquisa? Qual a sua finalidade?
Você sabia que o Brasil ocupa posição de destaque no ranking de qualidade cientí� ca, medido 
a partir de periódicos de impacto? Sim, o Brasil ocupa o primeiro lugar na América Latina e é 
23º no ranking global. As informações estão na edição do Nature Index 2015.
Dados disponível no site: https://goo.gl/UJbmzt (em inglês).
Ex
pl
or
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
11
Introdução
Entende-se por pesquisa científica o conjunto de atividades que têm por finali-
dade buscar conhecimento para alguma dúvida que se tenha. Trata-se, portanto, 
de uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o 
emprego de métodos e técnicas científicas. Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é 
entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como 
procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte inte-
grante de todo processo reconstrutivo de conhecimento”.
Inúmeros autores, entre os quais Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Gil 
(1982), Lakatos e Marconi (1991), Salomon (1977) e Severino (2000), ao con-
ceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminente-
mente racional, que faz uso de métodos científicos, visando à busca de respostas e 
explicações para a questão em estudo. Enfatizam, também, o caráter processual da 
pesquisa enquanto atividade que envolve fases, desde a formulação adequada do 
problema até a elaboração e apresentação do relatório final ou monografia.
Se continuarmos a buscar definições para o que seja pesquisa, encontraremos 
diversas respostas. De maneira bastante simples, pesquisar pode ser entendido 
como a procura por respostas para as mais diferenciadas indagações. Isso posto, 
podemos concluir que pesquisamos a todo momento, ainda que, certamente, não 
o façamos cientificamente, ou seja, de modo sistemático e a partir do emprego de 
processos científicos. 
Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, 
fazer perguntas a fim de obter respostas podem ser consideradas formas de se 
fazer pesquisa uma vez que se está fazendo uma investigação. Evidentemente, 
esse sentido mais genérico de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa cientí-
fica que tem por objetivo comprovar uma hipótese através do uso de processos 
científicos. Nesse sentido, a definição de Lakatos e Marconi (2007, p. 157) é 
bastante elucidativa, já que faz constar que a pesquisa pode ser considerada 
“[...] um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer 
um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade 
ou para descobrir verdades parciais”. 
Pesquisar cientificamente significa não apenas procurar a verdade, mas, prin-
cipalmente, descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas 
levantados através do emprego de métodos científicos.
Antes de darmos prosseguimento, é preciso que fique claro que ainda que 
façamos pesquisa em vários momentos de nossa vida cotidiana, não se pode con-
fundir uma simples indagação com pesquisa científica, já que esta pressupõe uma 
atividade científica completa, que vai desde a formulação do problema até a apre-
sentação de seus resultados. 
Um estudo, por sua vez, será considerado científico quando:
• A partir de um marco teórico, discutir ideias e fatos relevantes.
• O assunto tiver caráter relevante e identificável para o autor e leitores.
• Tiver alguma utilidade para a ciência ou comunidade.
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
UNIDADE
1
12
• O autor tiver domínio do assunto, capacidade de sistematização, recriação 
e crítica do material coletado.
• Apresentar algo inédito.
• A pesquisa indicar com clareza os procedimentos utilizados.
• Fizer constar elementos que possibilitem refutar ou aceitar as conclusões.
• Apresentar de modo rigoroso os documentos e fontes utilizadas.
• A comunicação dos resultados for organizada de modo lógico. 
• A escrita estiver gramaticalmente correta.
Após essa ligeira apresentação do que seja a pesquisa, nas próximas páginas, va-
mos pensar na pesquisa a partir de sua aplicação nas atividades acadêmicas. Sim, 
porquese na ”vida comum” pesquisamos o tempo todo, como já dissemos anterior-
mente, imagine isso no cotidiano da vida acadêmica, ou seja, durante o tempo em que 
você passar pela universidade, tanto no nível de graduação quanto de pós-graduação. 
A pesquisa lhe acompanhará durante todo esse período.
Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização 
de pesquisas são os seguintes: 
• Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses. 
• Efetuar observações e medidas. 
• Registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o in-
tuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada.
• Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em 
desacordo com as observações ou com as respostas resultantes. 
• Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam 
condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução. 
• Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar 
que surjam certas relações (CERVO e BERVIAN, 1996, p.46-47). 
As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e 
nomenclaturas. Podem ser classificadas, por exemplo: 
• Segundo a área de conhecimento – em pesquisas sociológicas, antropológicas, 
educacionais etc.; 
• Segundo suas finalidades – em pesquisa pura ou aplicada; 
• Segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados – em pesquisa 
quantitativa e qualitativa; 
• Segundo o ambiente em que se desenvolve – em pesquisas de 
campo, de laboratório. 
A essa diversidade correspondem múltiplas maneiras de interpretar os dados 
obtidos. São os diferentes marcos epistemológicos de que se lança mão para a 
compreensão da realidade estudada. O resultado não deve constituir uma verdade 
única, absoluta e inquestionável, mas uma forma de conhecimento que atribui um 
determinado sentido (não dogmático) àquele aspecto particular do real.
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
13
Conforme esclarece Pádua (1996), a classificação das pesquisas em diferentes 
tipos surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das próprias pes-
quisas. A autora, entretanto, observa: 
Para além do formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhe-
cer que o fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos 
aspectos e, para tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir, 
diferentes enfoques, diferentes níveis de aprofundamento, diferentes re-
cursos, dependendo dos objetivos a serem alcançados e as possibilidades 
do próprio pesquisador para desenvolvê-los. (PÁDUA, 1996, p. 32-33) 
Tipos de Pesquisas
Como já fora dito, o interesse e principalmente a curiosidade fazem com 
que o homem investigue sua realidade sob os mais diversificados aspectos e 
dimensões. É fato, também, que essa busca pelo conhecimento admite níveis 
diferenciados de enfoques e aprofundamentos em função do objeto de estudo, 
dos objetivos e da qualificação do pesquisador. 
Isso posto, fica evidente e natural a existência de inúmeros tipos de pesquisa, 
cada uma delas com suas especificidades.
Quanto à
Natureza
Quanto aos
Objetivos
Quanto aos
Procedimentos
Pesquisa Básica
Pesquisa Aplicada
Pesquisa Exploratória
Pesquisa Descritiva
Pesquisa Explicativa
Pesquisa Bibliográ�ca
Pesquisa Documental
Pesquisa Experimental
Pesquisa Operacional
Estudo de Caso
Pesquisa-Ação
Pesquisa Participante
Expost-Facto
Figura 1
Fonte: Adaptado de Silva (2004)
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
UNIDADE
1
14
A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza
a) Pesquisa básica: gera conhecimentos novos e úteis para o progresso da 
ciência sem aplicação prática prevista. De acordo com a ABNT, esse tipo de 
pesquisa destina-se à investigação de fenômenos físicos e seus fundamentos.
b) Pesquisa aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática com foco 
na solução de problemas específicos. 
A pesquisa, sob o ponto de vista de seus objetivos
a) Pesquisa exploratória: muito utilizada para familiarizar-se com um assunto 
ainda pouco conhecido ou explorado. Assume, em geral, as formas das pes-
quisas bibliográficas e estudos de caso.
b) Pesquisa descritiva: utilizada quando se quer observar, analisar e corre-
lacionar fatos ou fenômenos sem, no entanto, interferir neles. Consideran-
do que nesse tipo de pesquisa trabalha-se com dados ou fatos colhidos da 
própria realidade é indicado o uso de técnicas padronizadas de coleta de 
dados. Assume, em geral, a forma de levantamento.
c) Pesquisa explicativa: utilizada primordialmente quando se quer iden-
tificar fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos. É utilizada quando se quer saber o porquê das coisas, ou 
seja, suas razões. Busca-se, neste tipo de pesquisa, apresentar o modo ou 
o motivo pelo qual o fenômeno é produzido.
A pesquisa sob o ponto de vista de seus procedimentos técnicos
a) Pesquisa bibliográ� ca: quando organizada a partir de material já publi-
cado, como livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, 
jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, 
internet. O foco desse tipo de pesquisa é familiarizar o pesquisador com 
todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.
O uso deste procedimento deve ser uma rotina tanto na vida profi ssional de 
professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa 
bibliográ� ca tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições cientí� cas 
disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer 
tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na de� nição do problema, na determinação 
dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justi� cativa da 
escolha do tema e na elaboração de qualquer trabalho cientí� co.
b) Pesquisa documental: muito confundida com a pesquisa bibliográfica, 
no entanto, enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza das contribuições 
de vários autores, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não 
receberam qualquer tratamento analítico ou que podem ser reelaborados 
de acordo com os objetivos da pesquisa.
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
15
c) Pesquisa experimental: neste tipo de pesquisa, tem-se como objetivo 
demonstrar como e por que determinado fato é produzido. Ainda que 
esse tipo de pesquisa não se resuma a pesquisas de laboratório, é mais fre-
quentemente utilizada nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas. 
d) Levantamento (survey): bastante utilizado nos estudos descritivos quando 
se deseja conhecer a opinião das pessoas. Esse tipo de estudo destina-se a 
pesquisa em grande escala, ou seja, quando se pretende saber a opinião de 
um grande número de entrevistados.
e) Pesquisa de campo: entendida como aquele tipo de pesquisa que pretende 
buscar a informação diretamente com a população pesquisada, consiste, 
portando, na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem. É preciso 
considerar que nestes tipos de estudo o pesquisador precisa ir ao espaço onde 
o fenômeno ocorre, ou ocorreu, para reunir as informações necessárias.
f) Estudo de caso: consiste no estudo aprofundado e exaustivo de um deter-
minado indivíduo, família, grupo ou comunidade de maneira que permita 
seu amplo e detalhado conhecimento. A ideia é que esse conhecimento 
seja posteriormente generalizado, portanto, o sujeito de pesquisa deverá 
poder representar seu universo.
g) Pesquisa ex-post-facto: como o nome sugere, esse tipo de estudo analisa 
situações que se desenvolveram após algum acontecimento. A ideia é estu-
dar um fenômeno já ocorrido para tentarmos explicá- lo e entendê-lo. 
h) Pesquisa-ação: neste tipo de pesquisa, os pesquisadores e os sujeitos de 
pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Além 
disso, pressupõe além da pesquisa a resolução de um problema coletivo ou 
a efetivação de alguma ação prática.
i) Pesquisa participante: este tipo de estudo, assim como a pesquisa-ação, 
caracteriza-sepela interação entre pesquisadores e membros das situa-
ções investigadas. A diferença básica é que neste tipo de pesquisa não 
há a resolução de problemas e o pesquisador não é neutro, ele elabora 
suas conclusões em conjunto com os sujeitos pesquisados. Assim sendo, 
o conhecimento é construído coletivamente.
A pesquisa sob o ponto de vista da abordagem do problema
a) Pesquisa qualitativa: configura-se como aquele tipo de pesquisa que 
busca entender um fenômeno específico em profundidade. Ao invés de 
estatísticas, regras e outras generalizações, este método trabalha com des-
crições, comparações e interpretações. Neste tipo de pesquisa, considera-
-se a complexidade e a particularidade dos fenômenos, e procura-se na 
realidade alcançar o entendimento das singularidades e não da genera-
lização. A abordagem qualitativa, portanto, realça os valores, as crenças, 
as representações, as opiniões, atitudes e usualmente é empregada para 
que o pesquisador compreenda os fenômenos caracterizados por um alto 
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
UNIDADE
1
16
grau de complexidade interna do fenômeno pesquisado. Os métodos que 
caracterizam a pesquisa qualitativa são: o dialético, por ser a relação sujei-
to-objeto dinâmica, e o fenomenológico, visto que a experiência e o coti-
diano são aspectos essenciais, aos quais o pesquisador deverá dedicar-se 
para ultrapassar as aparências.
No método qualitativo, não se obtém resultados numéricos, mas sim respostas, 
pensamentos e projeções dos indivíduos e isso o caracteriza como um método de 
pesquisa exploratório.
b) Pesquisa quantitativa: provavelmente a mais utilizada e a que você já 
ouviu falar. Neste tipo de estudo, prioriza-se a tradução das informações 
em número, frequência e intensidade. Como o próprio nome já sugere, 
quantifica resultados, avalia as opiniões extraídas de forma numérica com 
perguntas objetivas. O método quantitativo na pesquisa científica está as-
sociado à experimentação e manipulação do objeto estudado em uma po-
pulação ou universo. Em toda pesquisa quantitativa existe uma população 
ou universo a ser pesquisado, ou seja, a ser ouvido. Na impossibilidade 
de se estudar toda essa população, por limitação de tempo, recursos téc-
nicos, financeiros, humanos, geográficos, entre outros, pode-se trabalhar 
com a teoria amostral. Assim sendo, do TODO (população – universo), 
estabelece-se uma amostra ou parte representativa dessa população que 
tanto pode ser probabilística quanto não probabilística. 
Técnicas de pesquisa
Agora que já conhecemos todos os tipos de pesquisa é necessário conhecermos 
as técnicas de coleta de dados, bem como, os instrumentos de coleta de dados.
 Alguns exemplos de Técnicas de coleta de dados:
 · Entrevista.
 · Levantamentos ou enquetes.
 · Observações.
 · Censos.
 · Grupos focais (uma variação da entrevista).
 · Leitura de documentos e obras.
 · Análise de discurso.
 · Análise de conteúdo.
 · Análise argumentativa.
 · Análise de conversação e de fala.
 · Análise retórica.
 · História de vida, e etc.
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
17
Alguns exemplos de Instrumentos de coleta de dados:
 · Questionário.
 · Roteiro de Entrevista.
 · Roteiro de Observação.
 
Importante!
A escolha do tipo de pesquisa sugere a técnica de coleta de dados, que por sua vez, 
indica os instrumentos de coleta de dados.
Importante!
Amostragem Probabilística
No caso da amostra probabilística, há a possibilidade de todos os elementos 
da população terem possibilidade conhecida, diferente de zero, de serem in-
cluídos na amostra, o que garante a representatividade da amostra em relação 
à população. Os tipos de amostra probabilísticas são: aleatória, sistemática, 
estratificada e por conglomerado. 
Amostragem não probabilística
Já no caso da amostra não probabilística, a escolha dos elementos da amostra 
é feita de forma não aleatória, ou seja, de forma racional de acordo com a neces-
sidade e conveniência do pesquisador. Os tipos de amostra não probabilísticas são: 
conveniência, quota, julgamento e bola de neve.
Diferenças entre o Método 
Qualitativo e Quantitativo
Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa 
qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam.
As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a 
pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir 
aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, 
de forma espontânea.
As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes 
explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados 
(questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado 
para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a 
população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para 
a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros.
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
UNIDADE
1
18
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Amostragem Probabilística e não Probabilística
https://goo.gl/cDD2HH
 Leitura
Métodos Estatísticos
https://goo.gl/DS9I59
Pesquisa Cientí� ca – Classi� cação
19
Referências
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas 
metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
________. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 
6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São 
Paulo: Cortez, 2002. 
________. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Cortez, 2007. 
SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza: Centro Federal 
de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva
Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vilma Lima 
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
2
Projeto de Pesquisa: Aspectos 
Metodológicos, Teóricos e Técnicos
 
UNIDADE
2
22
Introdução
Toda pesquisa, como atividade racional e sistemática, deve passar por uma fase 
preparatória de planejamento. Essa fase é concretizada mediante a elaboração de 
um projeto, conhecido como Projeto de Pesquisa. Segundo Gil (1995, p. 22), 
esse projeto configura-se como um documento explicitador das ações a serem de-
senvolvidas ao longo do processo de pesquisa.
O projeto é uma etapa preliminar no processo de elaboração e execução de uma 
pesquisa. Deve prever os passos a serem seguidos e responder às seguintes questões:
• O quê?
• Por quê?
• Para quê e para quem?
• Onde realizar?
• Como?
• Com que recursos?
• Quando?
Em outras palavras, a finalidade intrínseca do projeto de pesquisa é indicar as 
intenções do autor, deixando claros o título (ainda que provisório), a delimitação 
inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o caminho a ser percorrido, 
as estratégicas e os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem vencidas.
O planejamento, como estratégia global de ação, supõe a flexibilidade, a qual 
deve estar presente em todas as atividades de pesquisa. Assim, o projeto inicial 
pode sofrer alterações na medida em que o pesquisador desenvolver e aprofundar 
as suas ideias, ou mesmo fizer descobertas de novos dados.
Nas pesquisas qualitativas, principalmente, não se parte de um projeto rigi-
damente determinado; ao contrário, as questões da pesquisa vão transformando-
-se, as técnicas vão sendo revistas e reelaboradas no próprio processo de pesquisa.
Embora possam aparecer em outra ordem e mesmo serem ampliados ou re-
duzidos, de acordo com a naturezado estudo, os elementos que compõem um 
projeto de pesquisa são os seguintes:
• Título e Subtítulo
• Tema – Pesquisar o quê?
• Problema – Qual abordagem?
• Objetivos – Qual é a finalidade?
• Hipóteses – Como prever?
• Justificativa da Pesquisa – Por que fazer?
• Revisão da Literatura – Baseado em quê?
 
23
• Metodologia – Como fazer/Com quem contar/Onde/Quando/De qual maneira?
• Cronograma – O que e em qual período?
• Bibliografia
Título e subtítulo
O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não 
de subtítulo. Nesse último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o sub-
título delimita com mais precisão o alcance dos objetivos da pesquisa. Exemplo: 
“A licenciatura em História: avaliação do curso de História da Unesp-Franca”. 
Se anteriormente dissemos que o projeto de pesquisa pode mudar em função dos 
avanços do pesquisador, o mesmo cabe, principalmente, ao título do trabalho.
Tema - Delimitação
O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o 
estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses 
profissionais, por leituras que tenha feito etc. Entretanto, é preciso deixar claro 
quais são os limites do estudo e até onde se quer chegar. Delimitar o tema significa 
dar limites, ou seja, determinar a extensão do assunto de pesquisa. 
Geralmente quando se escolhe o tema de pesquisa, ele é amplo e bastante 
genérico, após sua delimitação, se encontrará, especificamente, o recorte que 
se pretende trabalhar.
Determine o Tema Escolhido. Encontre seu Foco. Evite assuntos com muita 
abrangência. É possível pesquisar sobre qualquer tema, basta saber planejar 
para que fique interessante aos olhos de quem lê.
Podemos, por exemplo, definir como tema de pesquisa a violência, porém, ao 
pesquisar esse tema, perceberemos que temos uma infinidade de caminhos que 
podemos tomar: a violência doméstica; a violência infantil; a violência no trânsito; 
a violência contra os idosos; e assim por diante. Ao tentar restringir esse mesmo 
tema, podemos chegar à seguinte delimitação: As relações entre violência infantil 
e as questões de aprendizagem. Veja que continuamos com o mesmo objeto, no 
caso, a violência, porém houve um recorte bastante significativo. A ideia aí seria, 
portanto, trabalhar o impacto da violência infantil na aprendizagem.
Você acredita que os estudantes trabalham cienti� camente quando realizam pesquisas 
dentro dos princípios estabelecidos pela metodologia cientí� ca, quando adquirem a ca-
pacidade não só de conhecer as conclusões que lhes foram transmitidas, mas se habilitam 
a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas?
Ex
pl
or
 
UNIDADE
2
24
Problema de Pesquisa
A definição do problema de pesquisa está vinculada ao tema proposto: ele escla-
rece a dificuldade específica com a qual o pesquisador se defronta e que pretende 
resolver a partir da pesquisa. A redação do problema de pesquisa deve ser interro-
gativa, clara, precisa e objetiva.
Exemplo:
1. Qual é o impacto da violência infantil na aprendizagem de crianças entre 
7 e 10 anos de idade?
2. Quais motivos influenciam o alto índice de rotatividade de funcionários da 
empresa “xy”?
3. A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?
As regras básicas para formulação do problema, na perspectiva de GIL (1991), 
são as seguintes: 
• Deve ser formulado como uma pergunta;
• Deve ser delimitado a uma dimensão viável, ser o mais específico possível;
• Clareza: utilização de termos claros com significado preciso;
• Não deve ser de natureza valorativa (é bom, é certo etc.).
O problema de pesquisa é o que dará a partida para a pesquisa.
Objetivos
Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema pro-
posto, esclarecendo o que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou 
das questões de pesquisa a serem investigadas. Na explicitação dos objetivos de 
uma pesquisa, antecipam-se as contribuições que a mesma pretende trazer para 
o avanço daquela área específica do conhecimento.
Os objetivos, portanto, têm o escopo de indicar a finalidade da pesquisa, ou 
seja, o que o pesquisador pretende conseguir com a investigação. Iniciam-se por 
um verbo no infinitivo que deve indicar uma ação intelectual, segundo o estágio que 
se propõe o problema de pesquisa, exemplo: identificar, conhecer, relatar, definir, 
descrever, demonstrar, diferenciar, operar, empregar, reunir, sintetizar, produzir, 
medir, julgar, argumentar etc.
Exemplo: Identificar se há relação entre a violência infantil e a aprendizagem.
Hipóteses
A hipótese é uma teorização prévia a respeito do que se pretende estudar, apre-
senta-se de modo afirmativo, guiando o pesquisador para a coleta de dados que 
prove ou refute a situação hipotética lançada no projeto de pesquisa. A hipótese, 
portanto, seria uma resposta hipotética ao problema de pesquisa. Seria, assim, a 
resposta que se tem para o problema de pesquisa antes de o estudo ser efetivado. 
 
25
Regras para formulação da hipótese seguindo os critérios de GIL (1991):
• Deve ter conceitos claros;
• Deve ser específica;
• Não deve se basear em valores morais;
• Deve ter como base uma teoria que a sustente.
Exemplo de hipótese: a violência cometida contra crianças impacta, sobrema-
neira, em seu processo de aprendizagem.
Justifi cativa da Pesquisa
Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a 
abordar o tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica 
a escolha de um tema é o de sua relevância tanto social quanto científica.
A argumentação mediante a qual o pesquisador expõe os motivos que o leva-
ram a eleger determinado tema e a importância da contribuição que seu estudo 
pode ensejar são fatores fundamentais na aceitação da pesquisa por parte de seu 
público-alvo.
Justi� car é oferecer razão su� ciente para a motivação da pesquisa.
Para evidenciar as razões do que será abordado na pesquisa, a ideia é responder 
a partir de um texto dissertativo duas questões básicas: quais motivos justificam 
meu projeto? Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para 
o problema trará a realização de tal pesquisa?
Revisão da Literatura
A revisão da literatura é considerada um item fundamental e de suma impor-
tância para se organizar o estudo que se pretende realizar. Envolve localizar, ana-
lisar, sintetizar e interpretar estudos realizados previamente sobre o mesmo tema 
(revistas cientificas, livros, anais de congressos, resumos etc.). Trata-se, portanto, 
de uma análise bibliográfica pormenorizada dos principais trabalhos já publica-
dos. A revisão da literatura é indispensável tanto para definir bem o problema de 
pesquisa, quanto para obter uma ideia do estado da arte do tema que se pretende 
trabalhar. Nesse item, a ideia é redigir um texto dissertativo indicando como cada 
obra ou autor analisado contribuirá para o estudo proposto. Essas obras e autores 
serão utilizados para embasar os argumentos do pesquisador.
Importante!
A Revisão da Literatura não é uma Coleção de Resumos!
A Revisão da Literatura é um Diálogo entre as Obras e Autores Estudados e o Tema que 
se está Trabalhando na Pesquisa.
Importante!
 
UNIDADE
2
26
Metodologia
A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange o maior número 
de itens, pois deve responder às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? 
Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).
Neste item, esclarecemos a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida: 
bibliográfica, de campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará 
diferentes formas de investigação.
No projeto de pesquisa, esse item deverá ser redigido com linguagem, 
essencialmente, no futuro, pois inclui a apresentação e explicação de todos os 
procedimentos que se pressupõem necessários para a execução da pesquisa.
Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e os instrumentos que serão 
empregados na coleta de dadoscomo, por exemplo: levantamento das fontes do-
cumentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, história 
de vida, análise de conteúdo etc.
Cronograma
Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da 
pesquisa, dentro de um determinado tempo.
Exemplo:
CRONOGRAMA
ATIVIDADES ANO 2015 ANO 2016 ANO 2017
Cursar Disciplinas 1º / 2º sem.
Pesquisa bibliográfica 1º / 2º sem.
Organização dos grupos 
de pesquisa 1º sem.
Elaboração do Projeto 
de Qualificação 1º sem.
Qualificação 2º sem.
Aplicação da Pesquisa 2º sem.
Análise da Pesquisa 1º sem.
Redação da Tese 1º / 2º sem.
Defesa 2º sem.
 
27
Bibliografia
Todo projeto de pesquisa deve listar as fontes que serão utilizadas, com as 
devidas referências bibliográficas.
Fontes confiáveis do conhecimento científico: documentação 
direta (primária) e indireta (secundária)
Para uma boa formação universitária e, consequentemente, uma boa pesquisa, 
é necessário que o estudante/pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias 
de cada área do conhecimento. Inicialmente, para que essas habilidades sejam 
adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico.
Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa, 
que podem ser localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas, 
arquivos públicos, sites acadêmicos/científicos dedicados à divulgação de pesquisas, 
sites governamentais, entre outros.
A identificação das fontes confiáveis de pesquisa pode ser iniciada da se-
guinte forma:
[...] pela consulta de obras que propiciam informações gerais sobre o 
assunto: enciclopédias, manuais, dicionários especializados etc. Essas 
obras indicarão outras, que abordam o assunto de maneira mais específica 
e abrangente. Se houver necessidade de atualizar informações, as obras 
de publicação mais recente, os artigos de revistas e outras publicações 
especializadas deverão ser consultados. (ANDRADE, 2003, p. 41)
As fontes de pesquisa (livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, 
revistas acadêmicas/científicas, bases de dados etc.) podem ser divididas em 
primárias e secundárias. Para a elaboração de trabalhos (pesquisas) acadê-
micos, podemos recorrer também a diversas instituições públicas e privadas 
que armazenam e disponibilizam para consulta bases de dados do acervo de 
documentos e da produção intelectual.
Importante!
Para cada área do conhecimento, encontramos diversos sites interessantes que dis-
ponibilizam bancos de dados para os pesquisadores. Converse com seus professores e 
solicite sugestões.
Trocando ideias...
 
UNIDADE
2
28
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Como fazer um Projeto de Pesquisa Passo a Passo
Neste endereço você encontrará todas as orientações necessárias para a organização 
de um projeto de pesquisa, inclusive com vídeos:
https://goo.gl/kEqyOY
Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico
Neste endereço você poderá baixar gratuitamente um livro bastante interessante so-
bre metodologia:
https://goo.gl/ydRNhH
 
29
Referências
ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: 
Loyola, 2000.
ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: 
Atlas, 2003.
BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São 
Paulo: Expressão & Arte, 2006.
BARROS, Aidil Jesus da Silveira.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. 
Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 
São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.
BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à 
metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004. 
FREIRE- MAIA, N. A ciência por dentro. 6 . ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: 
Vozes, 2003.
JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: F. 
Alves, 1978.
KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed. Petrópolis: 
Vozes, 1997.
KUHM, T. S. A. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991.
MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: 
Saraiva, 2002.
SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SEVERINO, A. Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: 
Cortez, 2007 .
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vilma Lima
Revisão Técnica:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
3
Apresentação de Trabalhos Acadêmicos
 
UNIDADE
3
32
Introdução
Agora que você já sabe quais são os tipos de trabalhos acadêmicos mais utilizados 
na universidade, é preciso saber como apresentá-los graficamente.
Como você deve ter percebido, já não é mais possível o envio de trabalhos 
manuscritos ou mesmo formatados de acordo com o desejo do autor. Existem 
padrões e regras que regem a formatação de trabalhos acadêmicos – sejam quais 
forem: resenha, resumo, artigo científico, paper, monografia etc.
Enfim, todo trabalho escrito para fins acadêmicos deve seguir as normas esta-
belecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As principais 
Normas Brasileiras (NBR) para a formatação de trabalhos científicos são:
• NBR 14724 – trata, especificamente, dos princípios gerais para a elaboração 
e apresentação dos trabalhos acadêmicos. Esta norma é mais utilizada nos 
casos de trabalhos mais extensos, como monografia, Trabalho de Conclusão 
de Curso (TCC), dissertação de Mestrado e tese de Doutorado; 
• NBR 10520 – regula as exigências para o uso de citações durante a elaboração 
dos trabalhos acadêmicos; 
• NBR 6022 – trata, especificamente, da apresentação de artigos científicos;
• NBR 6023 – orienta a apresentação das referências (antiga bibliografia) dentro 
do trabalho acadêmico;
• NBR 6027 – trata, especificamente, da apresentação do sumário;
• NBR 6028 – orienta a apresentação do resumo e do abstract;
• NBR 6024 – orienta a apresentação do sistema progressivo de numeração das 
seções do trabalho, a fim de que haja uma sequência lógica e inter-relacionada 
dos assuntos;
• NBR 6034 – trata, especificamente, dos requisitos de apresentação e dos 
critérios para a elaboração de índices;
• NBR 15287 – orienta a apresentação dos princípios básicos para a elaboração 
de projetos de pesquisa.
É preciso ficar atento(a), pois a ABNT tem como princípio revisar as suas 
regras e atualizá-las por meio de comissão. Assim, todas essas normas devem 
ser atualizadas sempre que houver alteração. 
Para facilitar o seu entendimento, considerando a quantidade de informações 
contidas nas diversas NBR, bem como sua complexidade, optamos pela apresentação 
dos principais itens constantes nas diversas normas. 
Quanto à apresentação formal de um trabalho científico, sugere-se a seguin-
te formatação:
 
33
Formatação
Texto
 » Fonte – Times New Roman ou Arial;
 » Tamanho – 12 (para texto) e 10 (para citação);
 » Espaçamento – 1,5 (para texto);
 » Papel – A4 branco;
 » Cor – preta.
Quantidade de páginas:
Não há uma regra de� nida para o número de páginas de qualquer trabalho 
acadêmico. Quem de� ne isso, normalmente, é a instituição de ensino ou o professor 
orientador. Portanto, não há limite mínimo ou máximo.
Títulos
 » Os títulos de capítulos iniciam-se, sempre, em uma nova página, junto à 
margem superior e à esquerda;
 » Os títulos não numerados – por exemplo, sumário, lista de figuras, de tabelas, 
agradecimentos, resumo, referências, anexo(s), apêndice(s) etc. –, deverão 
ser centralizados;
 » Ostítulos dos capítulos numerados, itens e subitens deverão ser apresentados 
junto à margem esquerda e livres de qualquer sinal gráfico – tais como ponto, 
traço etc.;
 » Os títulos deverão ser destacados, gradativamente, usando-se os recursos de 
negrito, itálico, caixa alta etc.;
 » Segundo a NBR 6024, deve-se limitar a numeração progressiva – subdivisão 
de seções – até a seção quinária, ou seja, até cinco subseções.
Exemplos de apresentação de título:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA – TODO EM NEGRITO E EM LETRAS MAIÚSCULAS
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA – EM LETRAS MAIÚSCULAS SIMPLES
1.1.1 Seção terciária – todo em negrito e em letras minúsculas
1.1.1 Seção quaternária – todo em negrito, itálico e em letras minúsculas
1.1.1.1 Seção quinária – todo em itálico e em letras minúsculas
• Margens:
 » Superior – 3,0 cm; 
 » Inferior – 2,0 cm;
 » Esquerda – 3,0 cm; 
 » Direita – 2,0 cm.
 
UNIDADE
3
34
Numeração de páginas
 » Todas as páginas devem ser contadas a partir da folha de rosto, porém, o número 
correspondente à página deve aparecer somente a partir da introdução;
 » O número deve constar no canto superior direito da folha, a 2 cm da 
borda superior.
Referências
 » Alinhadas à margem esquerda do texto, em espaço simples e separadas 
entre si por espaço duplo;
 » O arranjo das referências deve estar de acordo com o sistema de chamada 
autor-data – em ordem alfabética – ou numérica – em ordem numérica, 
como aparece no texto; 
 » As referências devem ser listadas ao final do trabalho.
Exemplos – indicação de autoria:
Quando o autor da obra for uma pessoa física, deve-se citar o último sobrenome, 
em letras maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outros sobrenomes. Os nomes 
devem ser separados por ponto e vírgula, seguidos de espaço – isso para o caso de 
haver até três autores para uma mesma obra.
Exemplo de obra de um autor:
ALVES, R. de B. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
Exemplo de obra de dois autores:
DAMIÃO, R. T.; HENRIQUES, A. Curso de Direito jurídico. São Paulo: 
Atlas, 1995.
Exemplo de obra de três autores:
PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: Matemática, 
Segunda Série, 2, Primeiro Grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995.
Exemplo de obra de mais de três autores:
URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para 
o Brasil. Brasília, DF: Ipea, 1994.
Importante!
No caso de haver mais de três autores, deve-se indicar somente o primeiro autor, seguido 
da abreviação latina et al. – que signi� ca “e outros”.
Importante!
 
35
Autoria desconhecida – a entrada deverá ser feita a partir do título:
INSETICIDA com efeito prolongado. Dirigente Rural, São Paulo, v. 31, n. 1, 
p. 46-50, 1992.
Autor com identificação de responsabilidade:
FERREIRA, L. P. (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991. 
Quando o autor da obra for uma entidade, deve-se citá-la a partir do próprio 
nome de tal organização, por extenso.
Uma entidade:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: 
apresentação de citações em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 1988.
Um congresso:
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 
10., 1979, Curitiba, PR. Anais... Curitiba, PR: Associação Bibliotecária do 
Paraná, 1979. 
Exemplos de indicação de título e subtítulo: após a indicação do autor da 
obra, o próximo item constante nas referências são o título e o subtítulo da obra 
– quando houver –, que devem ser reproduzidos, exatamente, como aparecem no 
documento. Veja:
PASTRO, C. Arte sacra. São Paulo: Loyola, 1993. 
PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e 
da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. 
Obras sem título: quando não houver título, deve-se atribuir uma palavra 
ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes, como no 
seguinte exemplo: 
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife, PE. [Trabalhos 
apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980.
Exemplos – indicação da edição: o terceiro item constante das referências é 
a indicação da edição, que deverá ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos 
numerais ordinais e da palavra edição:
BAPTISTA, G. L. Fundamentos e técnicas de enfermagem. 2. ed. Novo 
Hamburgo, RS: Feevale, 2007. 
ECONOMICS of the environment: selected readings. 4th ed. New York: WW 
Norton, 2000.
Exemplos – indicação do local de publicação da obra: na sequência da indicação 
da edição, será preciso sinalizar o nome do local – cidade – de publicação da obra. 
Este item deverá aparecer tal qual figura no documento original. Exemplo:
PRODANOV, C. C. A Vila Imperial de Potosi: na crônica de Bartolomé Arzáns 
de Orsúa y Vela. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2005.
 
UNIDADE
3
36
Exemplos – indicação da editora responsável pela obra: outro elemento 
essencial nas referências é a indicação do nome da editora que, também, deve ser 
apontado tal como no documento. Exemplos:
STARR, M. K. Administração da produção: sistemas e sínteses. São Paulo: 
Edgard Blücher; USP, 1971. 
LIMA, M. Ter encontro com Deus: teologia para leigos. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1985. 
Exemplos – indicação da data de publicação da obra: a data de publicação deverá 
ser indicada em algarismos arábicos. Considerando tratar-se de elemento essencial 
para a referência, deverá ser sempre indicada uma data, seja a de publicação, de 
distribuição, de copyright, de apresentação – do depósito – ou outra. No caso de 
não haver determinação de uma data exata, deve-se, entre colchetes, registrar uma 
data aproximada. Exemplos:
HOSSEINI, K. A cidade do Sol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. 
SPENDOLINI, M. J. Benchmarking. São Paulo: Makron Books, [1994].
Referências: relação das obras consultadas e utilizadas/citadas pelo autor (livros, artigos de 
periódicos, teses, relatórios técnicos etc.);
Bibliografi a consultada: relação das obras que foram lidas, porém, que não foram 
efetivamente utilizadas na redação do trabalho (pode-se considerar como literatura 
sugerida ou leitura complementar).
Ex
pl
or
Notas de rodapé
• As notas de rodapé deverão ser digitadas dentro das margens, ficando sepa-
radas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 5 cm;
• A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo 
ter numeração única e consecutiva.1
Exemplo:2
Citações: são menções, no texto, de informações extraídas de outra fonte 
(NBR 10520).
Podem aparecer de duas formas: diretamente no texto ou em notas de rodapé. 
O meio mais usual, no entanto, é a apresentação das citações no texto.
As regras básicas de apresentação de citações são: 
• Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável 
ou pelo título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas 
1 Vejamos como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Demo (2000). 
2 Encontramos esse tipo de perspectiva, em grande parte, no estudo de Hair e colaboradores (2005).
 
37
e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas, apenas; 
• Na citação indireta, aquela que a escrita se baseou em alguma obra lida, a 
apresentação deverá ocorrer diretamente no texto. Neste caso, basta citar o 
autor e o ano da publicação da obra consultada – conforme exemplo adiante;
• Já na citação direta, aquela cujo texto não é autoral, ou seja, é cópia da 
escrita de outro autor, com até três linhas, a apresentação deverá ocorrer 
diretamente no texto. Neste caso, além de citar o autor e o ano, é preciso 
indicar, também, a(s) página(s) na(s) qual(is) aparece(m) o texto copiado – 
conforme exemplo adiante;
• Na citação direta com mais de três linhas, a apresentação deverá ser 
destacada do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, e escrita com 
letra menor que a do texto – por exemplo, em texto com tamanho de letra 12, 
neste tipo de citação deve-se usar letra de tamanho 10 e espaçamento entre 
linhas simples (conforme exemplo adiante);
• Há tambéma citação da citação, ou seja, quando se usa o texto de um segundo 
autor que já tenha citado um autor primário. Por exemplo: quando você quer 
utilizar um trecho de uma obra que não conseguiu ter contato direto, ou melhor, 
quando você leu esse trecho na obra de outro autor.
Veja os seguintes exemplos de citação indireta, ou seja, aquela em que o texto 
foi escrito a partir das ideias de um autor consultado:
A ironia seria, assim, uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, 
conforme a classificação proposta por Authier-Revuz (1982).
Segundo Shiffman e Kanuk (2000), o comportamento do consumidor estuda 
de que maneira as pessoas resolvem gastar seu tempo e dinheiro para fazer 
determinada compra, assim como seu esforço para consumir.
Agora veja o seguinte exemplo de citação direta com até três linhas, ou seja, 
aquela em que o excerto é extraído de uma obra consultada como uma cópia literal:
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma Psicaná-
lise de Filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Ademais, veja, abaixo, exemplos de citação direta com mais de três linhas: 
Um dos pilares do pensamento de Vygotsky é a idéia de que as funções 
mentais superiores são construídas ao longo da história social do homem. 
Na sua relação com o meio físico e social que é mediada pelos instrumentos 
e símbolos desenvolvidos no interior da vida social, o ser humano cria e 
transforma seus modos de ação no mundo. (OLIVEIRA, 1993, p. 83)
Sobre definir, Demo (2000, p. 13) 
[...] comenta que entre as expectativas ditas pós-modernas está a de que 
toda definição é apenas aproximativa, porque nenhum fenômeno tem 
contornos nítidos, muito menos fenômenos sociais e históricos. Definir é 
colocar limites. Quanto mais algo está fechado entre limites, mais claro 
se torna.
 
UNIDADE
3
38
Freitas (2007, p. 100) enfatiza que: 
Tradicionalmente, os conectivos são vistos na linguagem da lógica 
como elementos úteis para se vincular proposições explícitas e deli-
mitadas (o porquê introduz os argumentos, o então e o logo sempre 
introduzem as conclusões, por exemplo). Mas sob o ponto de vista da 
argumentação na língua, amplia-se essa compreensão [...].
Churchill e Peter (2003, p. 116) definem a pesquisa de marketing como
[...] a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional 
de marketing por meio de informações – estas usadas para identificar e 
definir oportunidades e problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar 
ações de marketing; monitorar o desempenho de marketing; e melhorar 
o entendimento do marketing como um processo.
Atente-se ao seguinte exemplo, escrito por Costa (2009, p. 95), em que esta 
autora cita outro autor:
Um dos mais influentes foi o filósofo Guy Debord, autor de A sociedade 
do espetáculo, dedicada ao estudo da inversão existente entre a sociedade 
real e as imagens que a representam, fundamento da aparência fetichista 
do mundo e de suas relações espetaculares. Diz ele: “O espetáculo não é 
um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediati-
zada por imagens”. (DEBORD, 1972, p. 12)
Observe que Costa (2009, p. 95) leu e citou diretamente Debord (1972, p. 12). 
Agora, supondo que você escreva sobre o assunto e que não tenha acesso ao 
texto de Debord (1972), tendo lido apenas o texto de Costa (2009), mas que gos-
taria de citar a definição de espetáculo de Debord, as seguintes maneiras poderiam 
ser usadas para fazer isso:
Segundo Debord (1972, p. 12 apud COSTA, 2009, p. 95): “O espetáculo não 
é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada 
por imagens”.
Segundo Debord (1972, p. 12 ): “O espetáculo não é um conjunto de imagens, 
mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens” (apud COSTA, 
2009, p. 95). 
Agora sem a expressão apud, mas ainda – e necessariamente – indicando 
a intermediação:
Segundo Debord (1972, p. 12), conforme citado por Costa (2009, p. 95): 
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre 
pessoas mediatizada por imagens”.
Reiterando que esses exemplos se referem à citação da citação.
 
39
Importante!
Há casos em que:
• O pesquisador utiliza as suas palavras para expressar as ideias e informações retiradas 
da bibliogra� a, portanto, casos chamados de citação indireta;
• Há “cópia” – transcrição literal – de fragmento do texto consultado, portanto, casos 
chamados de citação direta.
Em Síntese
Importante!
Dar os devidos créditos aos autores originais nas citações é uma questão de ética, de 
reconhecimento do mérito e da responsabilidade do autor original e, evidentemente, 
respeito aos direitos autorais. Portanto, não se esqueça de fazer todas as citações 
necessárias tanto de fonte escrita, quanto de fonte oral.
Importante!
Quanto à estrutura formal de um trabalho acadêmico, inclui os seguintes elementos:
• Pré-textuais – itens que antecedem o texto. São, normalmente, informações 
que ajudam na identificação e utilização do trabalho; 
• Textuais – itens que compõem o trabalho em si; 
• Pós-textuais – itens que complementam e fornecem as referências do trabalho.
Quadro 1
Elementos Pré-textuais Textuais Pós-textuais
Seções
Capa 
Folha de rosto
Ficha catalográfica
Folha de aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo/abstract
Palavras-chave
Lista de abreviaturas
Lista de siglas
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Lista de símbolos
Sumário
Introdução
Justificativa
Objetivos
Metodologia
Desenvolvimento
Conclusão
Referências
Cronogramas
Glossários
Apêndices
Anexos
Observações Participam da contagem do número de páginas, mas não são paginados
Participam da contagem 
do número de páginas 
e são paginados
Participam da contagem 
do número de páginas 
e são paginados
Fonte: Elaborado pela professora conteudista
Você pode utilizar os recursos do Microsoft O� ce Word para formatar todos os seus 
trabalhos acadêmicos. Para tanto, acesse o livro eletrônico de Cleber Cristiano Prodanov 
e Ernani Cesar de Freitas, disponível em: https://goo.gl/ydRNhH.
Ex
pl
or
 
UNIDADE
3
40
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Formatação ABNT de Trabalhos Acadêmicos pelas Regras e Normas Padrão
FORMATAÇÃO ABNT de trabalhos acadêmicos pelas regras e normas padrão. 
TCC Monografias e Artigos, [20--].
https://goo.gl/mzqvFd
Normas da ABNT
NORMAS da ABNT – citações e referências bibliográficas. [20--].
https://goo.gl/C9tX
 Leitura
Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: 
métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo, RS: 
Universidade Feevale, 2013.
https://goo.gl/ydRNhH
 
41
Referências
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas 
metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 
6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual. São 
Paulo: Cortez, 2007. 
________. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza, CE: Centro 
Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.
São Paulo
2018
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