Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
568 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. nando concentrações séricas mais baixas e níveis subterapêuticos desses antirre- trovirais. Por outro lado, por retardarem o metabolismo das rifamicinas, esses antiretrovirais podem provocar a eleva- ção dos níveis séricos da rifampicina e da rifabutina, com risco de toxicidade destes últimos. Por isso, a utilização con- junta desses fármacos está condicionada ao ajuste posológico tanto da rifabutina como dos antiretrovirais. Gestação e lactação. Não há dados sufi- cientes que permitam recomendar seu uso durante a gestação e a lactação. Rifampicina (R) Nomes comerciais. Rifacin®, Rifaldin®, Rimactan® e Rifan®. Encontra-se dispo- nível nas unidades sanitárias dos serviços de saúde pública. Apresentações. Cpr com 300 mg; susp com 100 mg/ mL. Cpr com 150 e 300 mg do fármaco e 100 e 200 mg de isoniazida, respectivamente. Na formulação quatro em um, cpr com 150 mg de rifampicina. Mecanismo de ação. Impede a síntese do RNA das micobactérias, com ação bacte- ricida sobre os bacilos intra e extracelu- lares. Dada sua velocidade de ação, atua também sobre os bacilos de crescimento intermitente, conferindo-lhe ação esterili- zante tecidual. Espectro. Inibe o crescimento do Myco- bacterium tuberculosis in vitro, na concen- tração de 0,005-0,2 µg/ mL; do Mycobac- terium kansasii, entre 0,25-1 µg/mL; do Mycobacterium scrofulaceum, Mycobacte- rium intracellulare e do Mycobacterium avium, nas concentrações de 4 µg/mL, existindo cepas destas três últimas bacté- rias resistentes a 16 µg/mL. Uso nas micobacterioses. Nos esquemas RHZ e RHZE, de seis ou nove meses (pro- longados), no primeiro caso associada a isoniazida e pirazinamida e, no segundo, com isoniazida, pirazinamida e etambutol em comprimido único. Contraindicação. Não deve ser usada com alguns an tirretrovirais. Posologia. Dose diária de 10 mg/kg, com máximo de 600 mg, em dose única diária. Podem-se usar as doses expressas na Ta- bela 34.1. Parâmetros f armacocinéticos • Absorção: bem absorvida por VO. • Pico sérico: 2-4 h após ingestão oral de 600 mg, atinge picos plasmáticos de 7 µg/mL, sendo a maioria das bactérias sensíveis a 0,5 µg/mL. • Distribuição: distribui-se em concentra- ções efetivas em muitos órgãos e flui- dos, inclusive no líquido cerebrospinal. Pode produzir uma coloração alaranja- da na urina, na saliva, na lágrima e no suor, bem como nas fezes e no escarro. , • Eliminação: é desacetilada no fígado. E eliminada pela bile e, após sucessivas passagens pelo ciclo êntero-hepático, é excretada pela urina (300/o) e pelas fezes (650/o). , Modo de administração. VO. E recomen- dado que a rifampicina seja ingerida 1 h antes ou 2 h após uma refeição. No en- tanto, no RS, desde a introdução desse fármaco, em 1977, no esquema RHE (ri- fampicina e isoniazida em cápsula única e etambutol por três meses, seguido de isoniazida e etambutol por mais três me- ses e de isoniazida isoladamente nos úl- timos seis meses) e a continuação de seu uso no esquema RHZ, a rifampicina tem sido usada após a principal refeição do dia, geralmente o almoço, e os resultados do tratamento com os dois esquemas são reconhecidamente satisfatórios. Ajustes para as funções hepática e renal. Utilizar com cautela em pacientes com disfunção hepática. Não necessita de ajus- te na IR. Efeitos adversos. Os mais comuns são manifestações digestivas e epigastralgia, náuseas e vômitos, dor abdominal e diar-
Compartilhar