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FÁRMACOS CONTRA HELMÍNTICOS E PROTOZOÁRIOS

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LAYS COPPIETERS
	 FÁRMACOS CONTRA HELMÍNTICOS/VERMES E PROTOZOÁRIOS
 BENZIMIDAZÓIS
Embora pesquisadores tenham sintetizado grande número de fármacos do grupo dos BZ e vários tenham sido submetidos ao desenvolvimento clínico para tratar infecções parasitárias humanas, apenas dois são amplamente utilizados atualmente - albendazol e mebendazol - enquanto o triclabendazol é reservado para tratar infecções filarióticas causadas pela Fasciola hepática.
 Mecanismo de ação:
O mecanismo principal de ação dos BZ parece ser a inibição da polimerização dos microtúbulos por sua ligação à Beta tubulina . A toxicidade seletiva desses fármacos contra os helmintos é atribuída à sua afinidade mais alta pela Beta tubulina parasitária do que pelo mesmo alvo dos eucariotas superiores. Várias outras alterações bioquímicas são evidenciadas nos nematódeos depois da exposição aos BZ, inclusive inibição da fumarato-redutase mitocondrial, da redução do transporte de glicose e do bloqueio da fosforilação oxidativa.
 MEBENDAZOL:
O mebendazol é um fármaco eficaz para tratar algumas infecções GI causadas por nematódeos. O mebendazol é administrado apenas por via oral e o mesmo esquema posológico aplica-se aos adultos e às crianças com mais de 2 anos de idade. Como tratamento da enterobiose, deve-se usar apenas um comprimido de 100 mg; se o paciente não for curado, deve-se administrar uma segunda dose depois de três semanas. Para o tratamento da ascaridíase, da tricuríase ou da ancilostomose, o esquema posológico recomendado é de 100 mg de mebendazol ingeridos pela manhã e ao anoitecer durante três dias consecutivos (ou um único comprimido de 500 mg administrado em dose única). Se o paciente não ficar curado após três semanas de tratamento, deve-se administrar um segundo ciclo. O esquema de mebendazol por três dias é mais eficaz do que a dose única de mebendazol (500 mg) ou albendazol (400 mg).
 
 ALBENDAZOL:
O albendazol é um fármaco seguro e altamente eficaz para tratar infecções GI causadas por nematódeos, inclusive Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e ancilóstomos. Nos programas de controle de HTS como enterobiose, ascaridíase, tricuríase e ancilostomose, o albendazol é administrado em dose oral única de 400 mg aos adultos e às crianças com mais de 2 anos de idade. Nos casos típicos, os índices de cura das infecções leves a moderadas por Ascaris ficam acima de 97%, embora as infecções maciças possam exigir tratamento por 2 a 3 dias. A dose de 400 mg de albendazol parece ser mais eficaz do que o mebendazol em dose única de 500 mg para curar ancilostomoses e reduzir as contagens de ovo.
Um esquema de albendazol administrado por 3 dias é mais eficaz que o tratamento em dose única para infecções causadas por ancilóstomos e T. trichiura . Quando é utilizado na dose de 400 mg/dia durante 3 dias o albendazol demonstra alguma eficácia no tratamento da estrongiloidíase, mas é menos eficaz do que a ivermectina para tratar esta infecção.
O albendazol é o fármaco preferido para tratar hidatidose cística causada por Echinococcus granulosus. Embora o tratamento prolongado com esse fármaco consiga índices de cura modestos, o albendazol é útil como fármaco adjuvante no período perioperatório para reduzir o risco de infecção disseminada resultante do extravasamento do conteúdo dos cistos durante a operação ou durante os procedimentos não cirúrgicos de punção, aspiração, injeção e reaspiração. O esquema posológico habitual para os adultos é de 400 mg 2 vezes/dia (para as crianças, 15 mg/kg/ dia, com dose máxima de 800 mg) por 1 a 6 meses. Embora seja o único fármaco disponível com atividade confiável contra equinococose alveolar causada pelo Echinococcus multi/ocularis,o albendazol é parasitostático em vez de parasiticida e o tratamento por toda a vida, com ou sem intervenção cirúrgica, geralmente é necessário para controlar essa infecção.
O albendazol também é o tratamento preferido para neurocisticercose causada pelas formas larvárias da Taenia solium. A dose recomendada é de 400 mg 2 vezes/dia durante 8 a 30 dias para os adultos, dependendo da quantidade, do tipo e da localização dos cistos. Para as crianças, a dose é de 15 mg/kg/dia (máximo de 800 mg) em duas doses diárias durante 8 a 30 dias. O ciclo de tratamento pode ser repetido nas crianças e nos adultos, caso seja necessário, contanto que os efeitos tóxicos hepáticos e medulares ósseos sejan1 controlados. Em geral, o tratamento com glicocorticoides é iniciado antes de começar a administração do albendazol e é mantido por vários dias subsequentes de forma a reduzir a incidência dos efeitos colaterais resultantes das reações inflamatórias aos cisticercos em processo de destruição ou já mortos. Os glicocorticoides aumentam os níveis plasmáticos do sulfóxido de albendazol. Antes de iniciar a quimioterapia para neurocisticercose, deve-se considerar a monitoração cuidadosa ou a administração de anticonvulsivantes profiláticos. As complicações possíveis são aracnoidite, vasculite, edema cerebral, lesão da órbita ocular ou da medula espinal e necessidade de intervenção cirúrgica (se houver hidrocefalia obstrutiva). Um estudo randomizado recente sugeriu que o albendazol combinado com praziquantel foi mais eficaz como tratamento da neurocisticercose, em comparação com o uso isolado de albendazol, seja no esquema posológico habitual ou em doses altas.O albendazol (400 mg/dia) também se mostrou eficaz no tratamento das infecções intestinais por microsporídeos nos pacientes com Aids. A infecção por Capillaria phillippinensis pode ser tratada com o esquema de albendazol (400 mg/dia) durante 10 dias. O albendazol também é combinado com DEC, ivermectina ou DEC mais ivermectina nos programas voltados para o controle da FL na maioria das regiões do mundo.
A estratégia consiste em administrar o tratamento combinado anualmente durante 4 a 6 anos para manter a microfilariemia nos níveis mais baixos, de modo que a transmissão não possa ocorrer. O intervalo de tratamento foi estimado de modo a corresponder à duração da fecundidade dos vermes adultos. Para evitar reações graves às microfilárias mortas, a combinação de albendazol com ivermectina é recomendada nas regiões em que a filariose coexiste com oncocercose ou loíase.
 
 IVERMECTINA
 MECANISMO DE AÇÃO:
ivermectina imobiliza os parasitas expostos induzindo paralisia tônica da musculatura. As avermectinas provocam paralisia porque ativam uma família de canais de ci- regulados por ligantes, principalmente os canais de c1- regulados por glutamato, que estão presentes apenas nos invertebrados. A ivermectina provavelmente se liga aos canais de c 1- regulados por glutamato existentes nas células musculares ou neurais dos nematódeos e causa hiperpolarização aumentando a concentração intracelular de cloreto, que provoca paralisia. Os canais de c 1- controlados pelo glutamato provavelmente são um dos vários locais de ação da ivermectina nos invertebrados .As avermectinas também se ligam com grande afinidade aos canais de c 1- controlados pelo GABA e outros ligantes presentes nos nematódeos (p. ex., Ascaris) e nos insetos, mas as consequências fisiológicas dessa ligação não estão bem definidas. A inexistência de receptores com grande afinidade pelas avermectinas nos cestódeos e trematódeos pode explicar porque esses helmintos não são sensíveis à ivermectina . As avermectinas também interagem com os receptores de GABA no cérebro dos mamíferos, mas sua afinidade pelos receptores dos invertebrados é cerca de 100 vezes maior . Os níveis plasmáticos de pico da ivermectina são alcançados dentro de 4 a 5 horas depois da administração oral. A t112 longa (- 57 h nos adultos) reflete basicamente sua depuração sistêmica baixa(- 1-2 L/h) e um volume de distribuição aparente amplo. A ivermectina liga-se amplamente às proteínas plasmáticas (93%) e é extensivamente metabolizada pela CYP3A4 do fígado. Praticamente nenhuma ivermectina aparece na urina humana em sua forma conjugada ou livre.
 Usos terapêuticos
 Oncocercose:
Na dose oral única de 150 a 200 µg/kg administrada a cada 6 a 12 meses, a ivermectina é o fármaco preferido para tratar oncocercose dos adultos e das crianças com mais de 5 anos de idade. A redução acentuada das microfilárias da pele proporciona alívio importante do prurido intenso, que é uma das manifestações clínicas da oncocercose. A eliminação das microfilárias da pele e dos tecidos oculares ocorre depois de alguns dias e persiste por 6 a 12 meses; em seguida, a dose deve ser repetida. Contudo, a ivermectina não cura a doença devido ao pouco efeito sobre o O. volvulus adulto. A administração de doses anuais desse fármaco é muito segura e reduz substancialmente a transmissão dessa infecção.
 Filariose linfática:
A ivermectina é tão eficaz quanto a DEC para controlar FL e, ao contrário desta, pode ser usada nas áreas endêmicas de oncocercose, loíase ou ambas . Uma dose única anual de ivermectina (200 µg/kg) e uma dose única anual de albendazol (400 mg) são ainda mais eficazes para controlar FL, que o uso isolado de um desses fármacos. A duração mínin1a do tratamento é de cinco anos, tendo como base a fecundidade estimada dos vermes adultos.
 Estrongiloidíase:
A ivermectina, administrada em dose única de 150 a 200 µg/kg, é o fármaco preferido para o tratamento da estrongiloidíase humana. Em geral, recomenda- -se a administração de uma segunda dose na semana seguinte à primeira. Esse esquema é mais eficaz do que um ciclo de albendazol por 3 dias. Infecções por outros nematódeos intestinais. A ivermectina é mais eficaz no tratamento da ascaridíase e enterobiose, do que da tricuríase ou da ancilostomose. Com essas duas últimas infecções, embora não se consiga a cura, esse fármaco reduz significativamente a intensidade da infecção.
 Outras indicações:
 Com a dose oral única de 200 µg/kg, ivermectina é a primeira opção de tratamento da Larva migrans cutânea causada por ancilóstomos caninos ou felinos e é uma opção para o tratamento da escabiose e pediculose (piolho da cabeça). Nos casos de escabiose sem complicações, devem ser administradas duas doses com intervalos de l a 2 semanas. Na escabiose grave (crostosa), a ivermectina deve ser administrada em doses repetidas e um dos esquemas recomendados consiste em 7 doses de 200 µg/kg administradas junto com as refeições nos dias 1, 2, 8, 9, 15, 22 e 29. 
 Efeitos adversos e interações medicamentosas:
 A ivermectina é bem tolerada pelos seres humanos não infectados. Nas filarioses, o tratamento com ivermectina geralmente desencadeia uma reação (semelhante à de Mazzotti) à medida que as microfilárias são destruídas. A intensidade e as características dessas reações estão relacionadas com a quantidade de microfilárias presentes. Depois do tratamento das infecções por O. volvulus, esses efeitos colaterais geralmente se limitam a prurido discreto e linfonodos aumentados e sensíveis, que ocorrem em 5 a 35% dos pacientes tratados dentro de alguns dias e são atenuados com ácido acetilsalicilico e anti-histamínicos. Em casos raros, ocorrem reações mais graves como febre alta, taquicardia, hipotensão, prostração, tontura, cefaleia, mialgia, artralgia, diarreia e edema facial e periférico; essas reações podem melhorar com o tratamento com corticoide. A ivermectina causa efeitos colaterais mais leves do que a DEC e, ao contrário desta, a ivermectina raramente agrava as lesões oculares da oncocercose. Esse fármaco pode causar efeitos colaterais raros e graves, que eventualmente causa incapacidade irreversível e encefalopatias nos pacientes com microfilariose grave por L. loa. A encefalopatia causada pela L. loa foi associada ao tratamento com ivermectina dos pacientes com níveis de microfilariemia de 30.000 ou mais microfilárias por mililitro de sangue. A ivermectina pode causar interações com outros fármacos administrados simultaneamente. Por exemplo, níveis plasmáticos elevados de ivermectina foram detectados nos pacientes tratados simultaneamente com ivermectina e levamisol.
 Precauções e contraindicações
Em razão dos seus efeitos nos receptores de GABA do sistema nervoso central, esse fármaco está contraindicado aos pacientes com a barreira hematencefálica prejudicada (p. ex., tripanossomíase africana e meningite). Nos programas de AMF adotados nas regiões em que a loíase é coendêmica com a oncocercose ou a FL, a ivermectina deve ser usada com cautela e sob consulta dos especialistas locais e internacionais. 
 Indicações e problemas pediátricos e geriátricos
A ivermectina não foi aprovada para tratar crianças com menos de 15 kg de peso corporal ou mulheres que estão amamentando (níveis baixos do fármaco aparecem no leite materno). Isso se deve principalmente às preocupações quanto à transferência do fármaco através da barreira hematencefálica imatura.
 METRONIDAZOL
O metronidazol é um antibiótico que também possui ação contra amebas e alguns protozoários.O seu espectro de ação em relação às parasitoses inclui: Giardia lamblia e Entamoeba histolytica.Os nomes comerciais do mebendazol são: Flagyl, Helmizol, Neo Metrodazol, Terconazol, Rozex.
Os efeitos colaterais mais comuns do metronidazol são: náuseas, anorexia, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, constipação e gosto metálico na boca.
O metronidazol pode ser usado na gravidez em determinadas situações. Ele só está proibido no primeiro trimestre de gestação
 Mecanismo de ação
O metronidazol é um profármaco que requer ativação redutora do grupamento nitro pelos organismos suscetíveis. Ao contrário de suas contrapartes aeróbicas, patógenos anaeróbicos e microaerófilos (p. ex., os protozoários amitocondriados T. vagina/is, E. histolytica e G. larnblia e várias bactérias anaeróbicas) apresentam componentes da cadeia de transporte de elétrons que apresentam um potencial redox suficientemente negativo para doar elétrons para o metronidazol. A transferência de um único elétron forma um radical nitroaniônico altamente reativo que mata organismos suscetíveis por mecanismos mediados por radicais dirigidos ao DNA. O metronidazol é cataliticamente reciclado; a perda do elétron pelo metabólito ativo regenera o composto original. Níveis crescentes de 0 2 inibem a citotoxicidade induzida pelo metronidazol porque o 0 2 compete com o metronidazol pelos elétrons. Assim, o 0 2 pode não só diminuir a ativação redutora do metronidazol como aumentar a regeneração do fármaco ativado. Organismos anaeróbicos ou microaerófilos suscetíveis ao metronidazol derivam a sua energia da fermentação oxidativa de cetoácidos como o piruvato. A descarboxilação do piruvato, catalisada pela PFOR, produz elétrons que reduzem a ferredoxina, que, por sua vez, doa cataliticamente seus elétrons aos aceptores biológicos de elétrons ou ao metronidazol. 
 
 
 Resistência
A resistência clínica ao metronidazol é bem documentada por parte de T. vagina/is, G. larnblia e de uma variedade de bactérias anaeróbicas e microaerófilas. A resistência se correlaciona ao comprometimento da capacidade de remover o oxigênio, levando a concentrações locais mais altas de 0 2, menor ativação do metronidazol e regeneração desnecessária do fármaco ativado. Outras linhagens resistentes reduziram os níveis de PFOR e ferredoxina, talvez explicando porque eles ainda podem responder a doses mais altas de metronidazol.
Há preparações de metronidazol disponíveis para administração oral, intravenosa, intravaginal e tópica. O fármacogeralmente é absorvido completa e prontamente após a ingestão oral e distribuído para um volume aproximado da água total do corpo; mnos de 20% do fármaco se encontra ligado às proteínas plasmáticas. Uma relação linear entre a dose e a concentração plasmática é observada com doses de 200 a 2.000 mg. As doses repetidas a cada 6 a 8 horas levam ao acúmulo do fármaco. A t112 do metronidazol no plasma é de aproximadamente 8 horas. Com exceção da placenta, o metronidazol penetra bem nos tecidos e líquidos corporais, incluindo as secreções vaginais, o liquido seminal, a saliva, o leite materno e o LCS. Após uma dose oral, mais de 75% de metronidazol marcado é eliminado na urina, em grande parte como metabólitos formados pelo fígado a partir da oxidação das cadeias laterais do fármaco, um derivado de hidróxi e um ácido; aproximadamente 10% é recuperado como medicamento inalterado.
 USO TERAPÊUTICO
Tricomoníose:
O metronidazol cura infecções genitais causadas por T. vagina/is em mais de 90% dos casos. O regime preferido de tratamento é a administração de 2 g de metronidazol em dose única oral para homens e mulheres. O tinidazol, que possui uma t l/2 mais longa do que o metronidazol, também é utilizado em dose única de 2 g e parece gerar respostas equivalentes ou superiores. Quando há necessidade de cursos repetidos ou de doses mais elevadas do fármaco, recomenda-se que se estabeleçam intervalos de 4 a 6 semanas entre os cursos de tratamento. As contagens de leucócitos deverão ser feitas antes, durante e depois de cada curso. As falhas de tratamento decorrentes da presença de cepas de T. vaginalis resistentes ao metronidazol estão tornando-se cada vez mais comuns. A maior parte desses casos pode ser tratada com sucesso administrando-se uma segunda dose de 2 g ao paciente e ao seu parceiro sexual.
Amebíose:
 O metronidazol é o agente de escolha para o tratamento de todas as formas sintomáticas de amebíase, incluindo a colite amebiana e o abscesso hepático amebiano. A dose recomendada é de 500 a 750 mg de metronidazol, administrados por via oral, 3 vezes/dia, durante 7 a 10 dias, ou, para crianças, 35 a 50 mg/kg/dia, divididos em 3 doses, por 7 a 1 O dias .O abscesso amebiano do fígado tem sido tratado com sucesso por regimes curtos de metronidazol ou tinidazol. A Entamoeba histolytica persiste na maioria dos pacientes que se recupera de amebíase aguda após a terapia com metronidazol, por isso recomenda-se que todos esses indivíduos também sejam tratados com amebicida luminal.
Giordíose:
O tinidazol é aprovado para o tratamento da giardíase, em dose única de 2 g, e é considerado uma terapia de primeira escolha apropriada.
 Toxicidades e contraindicações:
 Os efeitos colaterais mais comuns são cefaleia, náuseas, boca seca e um gosto metálico na boca. Vômitos, diarreia e desconforto abdominal são experimentados ocasionalmente. Disúria, cistite e un1a sensação de pressão pélvica foram descritas. Tonturas, vertigem e, muito raramente, encefalopatia, convulsões, falta de coordenação e atax.ia são efeitos neurotóxicos que indicam a interrupção do metronidazol. O metronidazol também deve ser interrompido se ocorrerem dormências ou parestesias das extremidades. A reversão das neuropatias sensoriais graves poderá ser lenta ou incompleta. Urticária, rubor e prurido indicam sensibilidade ao fármaco e podem requerer a suspensão do metronidazol. O metronidazol é uma causa rara para a síndrome de Stevens-Johnson, que poderá ser mais comum entre os indivíduos que recebem altas doses de metronidazol e terapia concomitante com o mebendazol anti-helmíntico.
 Interações medicamentosas 
O metronidazol apresenta um efeito similar ao do dissulfiram, e alguns pacientes experimentam desconforto abdominal, vômitos, rubores e cefaleia em caso de uso de bebidas alcoólicas durante ou até três dias após o tratamento .
 O metronidazol e o dissulfiram ou qualquer fármaco similar a este não devem ser tomados em conjunto, pois podem ocorrer estados confusionais e psicóticos. 
O metronidazol deverá ser usado com cautela em pacientes com doença ativa do SNC devido à sua potencial neurotoxicidade. O fármaco também pode precipitar sinais de toxicidade determinada por lítio sobre o SNC em pacientes que recebem altas doses do metal. 
O metronidazol pode prolongar o tempo de protrombina em pacientes sob tratamento com anticoagulantes do tipo varfarina. As doses de metronidazol deverão ser reduzidas em pacientes com doença hepática grave. Em geral, não é aconselhado o uso do metronidazol durante o primeiro trin1estre de gravidez.
 NICLOSAMIDA
 A niclosamida - um derivado halogenado da salicilanilida - foi introduzido para uso humano como tenicida, mas seu uso não é mais autorizado nos Estados Unidos. Esse fármaco tem alguma utilidade nos casos de infecção intestinal por T. solium, quando o paciente tem neurocisticercose ou esse problema não pode ser excluído.
 PAMOATO DE OXANTEL E PAMOATO DE PIRANTEL
Os análogos da tetra-hidropirirnidina incluem o pamoato de pirantel e o análogo m-oxifenol do pirante], também conhecido como pamoato de oxantel. Esses dois fármacos são praticamente insolúveis em água e álcool.
 Mecanismo de ação 
O pirantel e seus análogos são agentes bloqueadores neuromusculares despolarizantes. Esses fármacos abrem os canais de cátions não seletivos, induzem a ativação persistente dos receptores nicotínicos da acetilcolina e causam paralisia espástica dos vermes. O pamoato de pirante! é ativo no subtipo L, enquanto o pamoato de oxantel é ativo no subtipo N dos receptores nicotínicos de acetilcolina. O pirantel também inibe as colinesterases. Esse fármaco provoca contrações que se desenvolvem lentamente nas preparações isoladas de Ascaris a 1 % da concentração de acetilcolina necessária para produzir o mesmo efeito. A exposição ao pirantel provoca despolarização e aumenta a frequência das deflagrações de pontas acompanhadas de aumentos da tensão nas preparações de músculo helmíntico isolado.
O pamoato de pirantel e o pamoato de oxantel não são bem absorvidos no trato GI e essa propriedade limita sua ação aos nematódeos localizados no lúmen do trato GI. Menos de 15% dopamoato de pirante] são excretados na urina na forma do fármaco original e seus metabólitos. A maior parte da dose administrada é recuperada das fezes.
 USOS TERAPÊUTICOS
O pamoato de pirantel é uma alternativa ao mebendazol ou albendazol para tratar ascaridíase e enterobiose. Índices altos de cura foram conseguidos com a administração de uma única dose oral de 11 mg/kg (no máximo 1 g). O pirantel também é eficaz contra as ancilostomoses causadas por Ancylostoma duodenale e Necator americanus, embora seja necessário repetir o tratamento para curar as infecções profusas por N. americanum. O pirantel deve ser utilizado em combinação com o oxantel para tratar infecções mistas por T. trichiura. Na verdade, estudos demonstraram que o pamoato de oxantel tem mais eficácia contra as infecções causadas por T. Trichuris, do que os BZ como mebendazol e albendazol. Nas infecções por oxiúros, o tratamento deve ser repetido depois de um intervalo de 2 semanas.
 EFEITOS ADVERSOS E INTERAÇÃO
 Medicamentosas:
Ocasionalmente, ocorrem sintomas GI leves e transitórios, assim como cefaleia, tontura, erupção cutânea e febre. Os efeitos do pamoato de pirantel não foram estudados nas gestantes
 TIABENDAZOL
Este composto pertence à classe de compostos orgânicos conhecidos como benzimidazoles.
Estes são compostos orgânicos contendo um anel de benzeno fundido com um anel imidazole (anel de cinco membros contendo um átomo de azoto, 4 átomos de carbono, e duas ligações duplas).
Tiabendazol é um medicamento antiparasitário.
Esse medicamentode uso oral e tópico é indicado para o tratamento de escabiose e outros tipos de micose na pele.
Sua ação inibe a energia das larvas e ovos dos parasitas, que acabam enfraquecidos e eliminados do organismo. Esse medicamento de uso oral e tópico é indicado para o tratamento de escabiose e outros tipos de micose na pele.
Sua ação inibe a energia das larvas e ovos dos parasitas, que acabam enfraquecidos e eliminados do organismo.
Uso Oral:
Escabiose (Adultos e Crianças):
Administrar 50 mg de Tiabendazol por kg de peso corporal, em dose única.
A dose não deve ultrapassar 3g por dia.
Estrongiloidíase:
Adultos: Administrar 500 mg de Tiabendazol para cada 10 kg de peso corporal, em dose única.
Cuidado para não ultrapassar 3 g por dia.
Crianças: Administrar 250 mg e Tiabendazol para cada 5 kg de peso corporal, em dose única.
Larva cutânea (Adultos e crianças):
Administrar 25 mg de Tiabendazol por kg de peso corporal, 2 vezes ao dia.
O tratamento deve ter duração de 2 a 5 dias.
Larva visceral (Toxocaríase):
Administrar 25 mg de Tiabendazol por kg de peso corporal, 2 vezes ao dia.
O tratamento deve ter duração de 7 a 10 dias.
Uso Tópico:
Pomada ou loção (Adultos e crianças):
Escabiose:
À noite, antes de dormir deve-se tomar um banho quente e secar bem a pele.
Posteriormente, aplique o medicamento sobre as áreas afectadas pressionando suavemente.
Na manhã seguinte, deve-se repetir o procedimento porém aplicando o medicamento em menor quantidade.
O tratamento deve ter duração de 5 dias, se não houver melhora dos sintomas poderá ser continuado por mais 5 dias.
Durante esse tratamento é importante ferver as roupas e lençóis para evitar qualquer risco de renovação da infecção.
Larva cutânea:
Aplicar o produto sobre a área afectada, pressionando durante 5 minutos, 3 vezes ao dia.
O tratamento deve ter duração de 3 a 5 dias.
Sabonete (Adultos e crianças):
O sabonete deve ser usado como um complemento do tratamento com a pomada ou loção.
Basta lavar as áreas afectadas durante o banho até produzir bastante espuma.
A espuma deve secar e em seguida a pele deve ser bem lavada.
Ao sair do banho aplique a loção ou pomada
Administração
Via oral ou cutânea.
Tome tiabendazol após as refeições.
Mastigar bem antes de engolir
Contra-Indicações
Hipersensibilidade ao tiabendazol.
Gravidez.
Amamentação.
Úlcera no estômago ou duodeno.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Efeitos secundários mais comuns:
Perda de apetite; urina odor ruim; diarréia; tontura; sonolência; olhos secos; vertigem; dor de cabeça; indigestão; irritabilidade; náusea; sensação de flutuar; estômago dor ou perturbação; cansaço; vómitos; fraqueza; vermes na boca ou nariz
 LEVAMISOL
 MECANISMO DE AÇÃO
O levamisol é um anti-helmíntico colinérgico. O fármaco é um agonista seletivo potente do receptor de acetilcolina (canal iônico) do subtipo L do músculo e nervo dos helmintos. A abertura desses canais provoca despolarização, entrada de cálcio e aumento do nível de cálcio sarcoplasmático, que acarreta contração muscular espástica e resulta na eliminação passiva dos vermes. Estudos também demonstraram que o levamisol inibe a fumarato-redutase e, consequentemente, a produção de succinato, que é a fonte principal de ATP e um elemento essencial à sobrevivência dos vermes. Nas células dos mamíferos, o levamisol inibe as fosfatases alcalinas na maioria dos tecidos . A atividade imunomoduladora do levamisol foi explicada por um aumento da produção de anticorpos e ativação da resposta dos linfócitos T por estimulação da ativação e proliferação dessas células.
O levamisol é rapidamente absorvido do trato GI e os níveis de Cmáx são alcançados dentro de 2 horas. O fá rmaco é extensivamente metabolizado no fígado e sua t,12 é de cerca de 4.
Usos terapêuticos O levamisol tem atividade excelente contra A. lumbricoides, mas eficácia baixa a moderada contra T. trichiura e ancilóstomos.Esse fármaco também é usado por seus efeitos imunomoduladores no câncer.
 EFEITOS ADVERSOS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Os efeitos adversos são mais comuns com doses altas usadas em imunoterapia. Com as doses baixas isoladas administradas no tratamento anti-helmíntico, os efeitos adversos são leves e incluem náuseas, vômitos, cefaleia, tontura ou dor abdominal. Efeitos adversos graves como agranulocitose foram descritos depois do uso de doses altas. Nos voluntários saudáveis, foram observados níveis plasmáticos altos de ivermectina e concentrações plasmáticas reduzidas do sulfóxido de albendazol quando esses fármacos foram administrados simultaneamente com levamisol
QUESTÃO 1: 
AO EXAMINAR AS FEZES DIARREICAS DE UMA MENINA COM 4 ANOS DE IDADE FORAM IDENTIFICADOS TROFOZOÍTOS DE GIARDIA LAMBLIA E ENTAMOEBA HISTOLÝTICA. NO TRATAMENTO DESTAS ENTEROPARASITOSES, É CORRETO INDICAR O USO DE:
ESCOLHA UMA:
a) MEBENDAZOL
b) ALBENDAZOL
c) TIABENDAZOL
d) LEVAMIZOL
e) METRONIDAZOL
QUESTÃO 2:
 PREENCHA A LACUNA COM O NOME DO PARASITA. 
O (a) É UM PARASITA QUE ENTRA NO ORGANISMO PELA BOCA EM FASE DE OVO, SEGUE CONSECUTIVAMENTE PARA OS APARELHOS DIGESTIVO, CIRCULATÓRIO, RESPIRATÓRIO E VOLTA NOVAMENTE PARA O TUBO DIGESTIVO. Assinale a resposta correta:
ESCOLHA UMA:
a) ASCARIS
b) TAENIA
c) NECATOR
d) WUCHERERIA
e) ANCYLOSTOMA
QUESTÃO 3: 
EM UM RIM SAUDÁVEL A CRATININA PROVENIENTE DA DEGRADAÇÃO DA CREATINA É FILTRADA PELOS NEFRONS. NO INDIVÍDUO COM A FUNÇÃO RENAL INSUFICIENTE, OS NÍVEIS DA CREATININA SE ALTERAM E SÃO DETECTÁVEIS POR MEIO DE EXAMES LABORATORIAIS, O QUE FAVORECE UMA ANÁLISE DETALHADA DA FUNÇÃO RENAL. 
SOBRE AS ANÁLISES LABORATORIAIS E A FILTRAÇÃO RENAL, ANALISE AS PORPOSIÇÕES A SEGUIR. 
I- A FILTRAÇÃO PODE SER AVALIADA POR MEIO DA RELAÇÃO DIRETA ENTRE A COMPARAÇÃO DOS VALORES ENTRE A COMPARAÇÃO DOS VALORES DA CREATININA EXCRETADA NA URINA E A SUA CONCENTRAÇÃO NO SANGUE
II- A AVALIAÇÃO LABORITORIAL DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR É CHAMADA DE CLEARENCE OU DEPURAÇÃO DE CREATININA
III- A CREATININA É FILTRADA PELO GLOMÉRULO, TEM POUCA OU NENHUMA REABSORÇÃO NOS TÚBULOS RENAIS E SEU RESÍDUO METABÓLICO CAUSA TOXICIDADE TECIDUAL QUANDO EM EXCESSO
IV- A CONCENTRAÇÃO NORMAL DE CREATININA É INVERSAMENTE PROPORCIONAL À MASSA MUSCULAR DO INIDIVÍDUO E APRESENTA-SE PROPORCIONALMENTE MAIOR EM MULHERES
ESTÁ CORRETO SOMENTE O QUE SE AFIRMA EM:
ESCOLHA UMA:
a) I e II
b) I, II, III e IV
c) I, II e III
d) III E IV
e) II, III e IV
QUESTÃO 4
- O ASCARIS LUMBRICOIDES É UM PARASITA QUE FREQUENTEMENTE ACOMETE CRIANÇAS. A ASCARIDÍASE ESTÁ CORRELACIONADA COM A FALTA DE HIGIENE E CONDIÇÕES SANITÁRIAS INAPROPRIADAS DAS HABITAÇÕES. É CORRETO AFIRMAR QUE O ASCARIS LUMBRICOIDES PODE SER IDENTIFICADO NA AMOSTRA FECAL DO PACIENTE POR MEIO DO MÉTODO:
ESCOLHA UMA:
a) LUTZ/HOFFMAN
b) COPROCULTURA
c) FLUTUAÇÃO
d) GRAHAM
e) RITCHIE
QUESTÃO 1- E
QUESTÃO 2 – A
QUESTAO 3- A
QUESTÃO 4 - A
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