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CAPÍTULO 24 
755-- Outras Modalidades Diagnósticas e Terapêuticas 
 
C O L A B O R A Ç Õ E S D E: JOHN P. LAMPIGNANO, M ED, RT (R) (CT) 
C O L A B O R A D O R E S NAS E D I Ç Õ E S A N TE R I O R E S: JOAN RADKE, BS, RT (R), RUSSELL RITENOUR, PHD 
COMTEÚDO 
 
Medicina Nuclear 
Definição e introdução, 756 Aplicações clínicas, 756 
Equipe de medicina nuclear, 757 
Rádio-oncologia 
Definição e introdução, 758 
Braquiterapia, teleterapia e aceleradores lineares, 758 
Equipe de rádio-oncologia, 758 
Ultra-sonografia 
Definição, introdução e história, 759 
Princípios de ultra-sonografia, 760 
Limitações e vantagens, 760 
Equipe de obtenção de imagens de ultra-sonografia, 760 Aplicações clínicas, 761 
Definição de termos e referências, 762 
 
Ressonância Magnética 
Definição e introdução, 763 
Comparação com a radiografia e a tomografia computadorizada, 763 Princípios físicos da RM, 764 
Interação dos núcleos com os campos magnéticos, 765 
Precessão, 765 
Enviando um sinal de rádio aos núcleos em precessão, 765 . Ressonância, 766 
Recebendo sinal dos tecidos corporais, 766 
Relaxamento em T1 e T2 e densidade spin, 767 
Gradiente de campos magnéticos, 768 
Obtenção de imagens multicorte, 768 
Ressonância Magnética-cont. 
Componentes do Sistema de RM 
Magnetos: 
Magnetos resistivos, 769 
Magnetos permanentes, 770 
Magnetos supercondutores, 770 
Bobinas de gradiente, 771 
Bobinas de radiofreqüência (RF), 771 
Sistema de suporte eletrônico, 772 
Computador e mostrador, 772 
Sumário do processo e dos componentes da RM, 772 
Aplicações clínicas 
Contra-indicações, 773 
Preparo do paciente, 773 
Aliviando a ansiedade do paciente, 773 
Monitoração do paciente, 773 
Considerações básicas de segurança: 
Risco potencial de projéteis, 774 
Considerações de segurança adicionais, 775 
Riscos ocupacionais, 775 
História do paciente, 775 
Contrastes, 776 
Aspectos anatômicos, 776 
Imagens ponderadas em T1, 777 
Imagens ponderadas em T2, 777 
Planos de orientação, 777 
Exames de RM, 777 
Obtenção de imagens do encéfalo, 778 
Obtenção de imagens da coluna, 779 
Obtenção de imagens das articulações e dos membros, 780 
Obtenção de imagens do abdome e da pelve, 781 
Definição de termos, 782 
Referências, 784 
 
 
 
 
 
756-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
A intenção deste capítulo é apresentar aos estudantes quatro modalidades de obtenção de imagens relacionadas entre si: medicina nuclear, 
rádio-oncologia, ultra-sonografr., e ressonância magnética. 
Nas instalações de saúde atuais, espera-se que os trabalhadores sejam mais "multifuncionais" em suas atribuições e responsabilidades. Na 
radiologia, por exemplo, espera-se que o técnico seja flexível e hábil em uma ampla gama de procedimentos, com possível treinamento múltiplo 
e certificação em mais de uma modalidade. Todos os técnicos devem entender pelo menos os princípios básicos e os possíveis procedimentos 
e exames que podem ser realizados em cada uma dessas modalidades. 
Este capítulo não apenas fornece ao estudante e ao técnico informações necessárias sobre essas quatro modalidades e suas funções, mas 
também ajuda a determinar se é desejável treinamento adicional em uma ou mais das modalidades. Treinamento clínico avançado, juntamente 
com estudos e certificados adicionais, está disponível em cada uma dessas modalidades. 
MEDICINA NUCLEAR 
 
Definição e Introdução 
A medicina nuclear envolve o uso de materiais radioativos denominados 
radiofármacos no estudo e no tratamento de várias condições clínicas e doenças. 
Radiofármacos específicos denominados traçadores são introduzidos no corpo por 
injeção, inalação e/ou oralmente para avaliar órgãos e funções metabólicas 
específicos. Esses traçadores se concentram em órgãos específicos, que 
permitem que eles emitam radiação gama que é medida por uma câmera 
gama ou de cintilação. Com base na intensidade do sinal, a função de um 
órgão em particular pode ser determinada. 
A tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT), introduzida 
em 1979, fornece vistas tridimensionais da anatomia. A SPECT utiliza um a 
três detectores de câmera gama que rodam 3600 ao redor do paciente para 
coletar sinais que estão sendo emitidos pelo corpo. Esses dados são então 
reconstruídos por um computador em várias perspectivas seccionais para 
produzir imagens de corte (varreduras) da anatomia. 
 
 
Aplicações Clínicas 
As aplicações da medicina nuclear estão crescendo através de avanços na 
obtenção de imagens digitais e de radiofármacos mais eficientes. Pelo fato 
de que radionuclídeos selecionados se concentrarão em órgãos ou tecidos 
específicos, diferentes tipos de traçadores de radionuclídeos podem ser 
utilizados para avaliar esses órgãos, sistemas orgânicos e várias funções 
fisiológicas. Um dos radionuclídeos mais comumente utilizados é o tecnécio 
99m (99mTc). Diferentes formas de tecnécio são utilizadas para estudos do 
encéfalo, coração, rim, fígado e sistema esquelético. 
 
Cintilografia Óssea 
A cintilografia óssea é um estudo do sistema esquelético que utiliza uma 
forma de T c99m injetada por via intravenosa. O tecnécio é absorvido pelo 
osso e fornece um estudo do sistema musculoesquelético para condições 
anormais, tais como metástase, fraturas por estresse ou outras lesões ósseas. 
Os radiologistas podem precisar realizar radiografias estreitamente colimadas 
de "pontos quentes" esqueléticos, conforme determinado pelas cintilografias ósseas. 
 
 
757-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
Estudos Geniturinários 
Os estudos nucleares geniturinários fornecem uma avaliação tanto anatômica 
quanto funcional dos rins. Essa modalidade é excelente para a avaliação de um 
transplante renal. 
 
Cintilografia do Encéfalo 
Os estudos de SPECT-perfusão cerebral avaliarão o encéfalo quanto a várias 
condições neurológicas, incluindo AVC, doença de Alzheimer e doença de 
Parkinson (veja Fig. 24.2 para amostras de cintilografias do encéfalo). 
 
Estudos Gastrintestinais 
Os estudos gastrintestinais que utilizam radiofármacos são numerosos. Através 
da administração oral ou de injeções intravenosas, procedimentos tais como 
esvaziamento gástrico, varreduras hepatobiliares, estudos de refluxo gastresofágico 
e varreduras do fígado e do baço podem ser realizados. Em muitos casos, tanto a 
aparência anatômica quanto à função do órgão podem ser avaliadas. 
Um exame gastrintestinal comum realizado com o uso da medicina nuclear é a 
avaliação do divertículo de Meckel. O divertículo de Meckel é um defeito ou bolsa 
congênito na parede do neo. Embora a maioria dos divertículos de Meckel seja 
assintomática, eles podem sangrar ou infectar. A medicina nuclear é considerada 
o padrão ouro na localização precisa dessa alteração. 
 
Estudos do Coração (Cardíacos) 
Um dos procedimentos de SPECT mais comuns é o estudo de perfusão 
miocárdica com tálio, no qual tálio ou cardiolito radioativo é injetado por via 
intravenosa e perfundido através do coração. O paciente é então levado a se 
exercitar em uma esteira ou lhe é administrado um vasodilatador, que é um 
agente que causa dilatação dos vasos sanguíneos, resultando em fluxo 
sanguíneo aumentado. A ação do exercício, ou do vasodilatador, irá demonstrar 
o grau de perfusão do tálio ou do cardiolito através de todo o músculo cardíaco. 
Esse procedimento, combinado com uma segunda varredura de repouso, pode 
mostrar defeitos da perfusão miocárdica na parede ventricular, ou sinais de 
um infarto do miocárdio, um "ataque cardíaco" resultante de fluxo sanguíneo 
subitamente diminuído, causando morte de músculo cardíaco (miocárdio). 
 
Exames Pulmonares 
O exame de ventilação perfusão pulmonar é um procedimento de medicina nuclear comum utilizado para afastar embolia pulmonar, DPOC e 
câncer de pulmão. Durante a fase de ventilação da varredura pulmonar, o paciente inala gás xenônio-133 durante o início do procedimento. 
Imagens são obtidas rapidamente para determinar se existem alterações no pulmão (Fig. 24.3).Um exame de perfusão pulmonar é então 
realizado. O exame de ventilação pulmonar tem que preceder o exame de perfusão pulmonar. Albumina radioativa é injetada por via IV durante 
essa fase da varredura pulmonar. A fase de perfusão do estudo revela a presença de possíveis êmbolos pulmonares.Para auxiliar na detecção 
precoce de câncer de pulmão, a FDA (Food and Drug Administration) aprovou um peptídeo radiomarcado denominado"Neo Tect" para ajudar a 
determinar se uma lesão pulmonar é benigna ou maligna. Lesões com menos de 1 cm podem ser detectadas com esse procedimento. 
 
Exame de Captação da Tireóide 
Exames de captação da tireóide são obtidos para avaliar as funções da glândula tireóide (Fig. 24.4). O radiofármaco iodeto de sódio (1311) é 
administrado oralmente, com uma leitura de seguimento da tireóide realizada a intervalos predeterminados, tais como 6 horas e 24 horas. O 
hipertireoidismo (tireóide imperativa) resultará em uma leitura de absorção mais alta, que pode indicar doença de Graves (bócio tóxico nodular 
múltiplo, também conhecido como doença de Plummer). Uma leitura da tireóide mais baixa indica hipotireoidismo (atividade reduzida). Essa 
condição é muito mais comum em mulheres do que em homens. 
Equipe de Medicina Nuclear 
Os procedimentos de medicina nuclear são realizados por uma equipe de profissionais, incluindo os seguintes: 
1. Técnico em medicina nuclear: Esse técnico tem uma boa formação em física da radiação, anatomia e fisiologia, segurança de radiação, 
computadores e procedimentos de obtenção de imagens. Suas responsabilidades incluem o manuseio, a avaliação e a administração de 
radionuclídeos. A segurança do paciente é fundamental em medicina nuclear, e é essencial que a quantidade correta de radionuclídeo seja 
administrada ao paciente. Níveis excessivos de radionuclídeos administrados ao paciente podem lesionar o órgãoalvo. 
Uma vez que as imagens tenham sido produzidas, o técnico em medicina nuclear tem que realizar análise estatística dos dados e processar 
digitalmente as imagens. 
No caso de extravasamento de radionuclídeos, o técnico precisará determinar a localização dos vazamentos, desconta minar a área e descartar 
apropriadamente materiais contaminados. 
2. Médico especialista em medicina nuclear: Esse radiologista recebeu treinamento adicional na realização e na interpretação de procedimentos 
de medicina nuclear. O radiologista em medicina nuclear está licenciado para adquirir e utilizar materiais radioativos. 
3. Físico em medicina nuclear: Esse indivíduo recebeu treinamento avançado em física nuclear, computadores e segurança de radiação. As 
responsabilidades do físico nuclear incluem o manuseio e o preparo de materiais radioativos e a calibração e a manutenção do equipamento de 
obtenção de imagens. 
O físico freqüentemente funciona como o funcionário de segurança do departamento de radiação. 
 
758 
 
OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊLlTICAS 
RÁDIO- ONCOLOGIA (TERAPIA) 
Definição e Introdução 
A rádio-oncologia, comumente denominada terapia através de radiação ou 
radioterapia, envolve o uso de radiação ionizante para o tratamento do câncer 
e de algumas doenças benignas. O câncer é a segunda causa de morte nos 
Estados Unidos e Canadá, depois das doenças cardíacas. 
A cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são os métodos de tratamento do 
câncer. A radiação é freqüentemente combinada com a quimioterapia se um 
tumor é muito complexo ou se encontra entrincheirado em outro tecido e não 
pode ser removido cirurgicamente. A cirurgia, quando é possível, é comumente 
seguida ou por quimioterapia ou pela radioterapia, ou por uma combinação de 
ambas. Infelizmente, em certos casos, o câncer está muito avançado ou é muito 
complexo para responder a qualquer método de tratamento. Nesses casos, a 
radioterapia pode ser usada como tratamento paliativo para reduzir os tumores 
e aliviar a pressão e a dor, resultando em melhor qualidade de vida. 
Braquiterapia e Teleterapia 
Existem dois tipos de tratamento pela radiação: o tipo com radiação interna, 
denominado braquiterapia, e os tipos com feixe externo, denominados teleterapia. 
A radiação interna inclui a inserção de nuclídeos radioativos de baixa intensidade 
dentro do corpo, colocados em estreita proximidade com o tumor ou tecido 
canceroso. O câncer de próstata é um candidato comum a esse tipo de tratamento. 
A teleterapia é a aplicação de radiação de feixe externo, que historicamente é de 
três tipos: unidades do tipo de raios X, raio gama de cobalto 60 e acelerador linear. 
Unidades de cobalto 60 emitindo raios gama de alta energia de cerca de i ,25 meV 
foram o padrão por muitos anos para tratamento tissular mais profundo. Os tipos de 
raios X e de cobalto ainda podem ser utilizados em algumas localizações, mas 
foram substituídos amplamente por aceleradores lineares, que têm tanto sistemas 
de capacidade mais baixa quanto mais alta, de 4 milhões de volts até 30 milhões 
de volts (4 a 30 MeV). 
Aceleradores Lineares 
o acelerador linear que emite raios X ou feixe de elétrons é capaz de produzir raios X de alta energia quando um alvo (anodo) é colocado no 
caminho da corrente de alta energia em aceleração emitidos do filamento (catodo). A faixa de energia dos raios X emitidos é controlada por alta 
voltagem aplicada ao feixe de elétrons em aceleração que atinge o alvo ou anodo, de forma semelhante à de um tubo de raios X do tipo de 
diagnóstico geral. 
Esse mesmo equipamento, removendo-se o anodo ou alvo para fora do feixe de elétrons, também é capaz de projetar um feixe de elétrons de 
energias seleciona das diretamente no sítio do tecido que se encontra em tratarnento. A energia desse feixe de elétrons emitido é controlada 
pela voltagem aplicada. 
A projeção desses elétrons diretamente no tecido canceroso é mais eficaz no tratamento de tecido raso ou superficial do que raios X de energia 
mais alta ou raios gama. A energia do tipo de feixe de elétrons penetrará no tecido apenas na profundidade do câncer superficial e, assim, não 
afetará ou danificará o tecido sadio subjacente mais profundo. 
Cânceres profundamente situados, entretanto, são mais bem tratados através de raios X de alta energia conforme produzidos pelo acelerador 
linear, ou de raios gama de alta energia emitidos por unidades de cobalto. Essa radiação de alta energia é distribuída diretamente ao tecido 
canceroso situado profundamente dentro das partes do corpo com o menor dano possível ao tecido normal circunjacente 
SIMULAÇÃO 
A simulação é um primeiro passo importante na determinação da área e do volume de tecido a ser tratado. Isso é obtido utilizando-se imagens 
radiográficas obtidas com um tipo de máquina de fluoroscopia através de raios X diagnóstica e/ou imagens de TC ou RM das regiões afetadas a 
serem tratadas. Essa informação é carregada em um programa de computador sofisticado, para ajudar a determinar os vários ângulos e a 
profundidade do tratamento. Tatuagens permanentes e distintas estão em grande parte substituindo as múltiplas e óbvias marcações na pele 
que eram necessárias para tratamentos de radioterapia. Se a área de tratamento é a região da cabeça ou do pescoço exposta, as marcações 
são feitas em uma máscara especialmente projetada e estreitamente ajustada. 
Equipe de Rádio..oncologia 
A equipe de trabalhadores em rádio-oncologia e suas responsabilidades gerais são as seguintes: 
1. Radioterapeuta: Esse técnico é responsável pela programação e administração de tratamento radioterápico e pela manutenção de registros. 
O radioterapeuta é responsável pela obtenção de radiografias preliminares das regiões afetadas. Eles podem ser solicitados a utilizar 
fluoroscopia para determinar as dirnensões do campo de tratamento, após o que suas marcações são feitas na pele do paciente. 
O terapeuta deve possuir boa capacidade de comunicação e ter empatia e entendimento especiais pelos pacientes para interagir efetivamente 
com eles e com outros membros da equipe de assistência médica, sabendoque os pacientes que eles vêem regularmente têm uma doença 
potencialmente terminal. 
2. Ródio-oncologista: Esse médico especialista prescreve o tratamento necessário e a área a ser tratada. 
3. Dosimetrista médico: Essa pessoa educada em dosimetria delineia o plano para obtenção da dosagem desejada para o tecido canceroso 
como determinado pelo oncologista. 
4. Físico de radiação médica: Esse físico de saúde clínica aconselha o oncologista e o dosimetrista sobre técnicas de tratamento e cálculos de 
dosagem. Essa pessoa é responsável também pela manutenção e calibração do equipamento. 
 
 
 
 
759-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
ULTRA - SONOGRAFIA 
Definição e Introdução 
A ultra-sonografia (US) é uma técnica de obtenção de imagens que usa ondas 
sonoras de alta freqüência para produzir imagens de órgãos e estruturas do corpo. 
Essas imagens são produzidas pelo registro das reflexões (ecos) das ondas 
ultra-sônicas dirigi das para o interior do corpo. 
Os termos técnicos para US comumente usados na obtenção de imagens e no 
seu registro são ultra-sonografia ou ultra-som (freqüência ultra-alta). O termo 
ecossonografia também pode ser usado para esse processo de obtenção de imagens. 
As freqüências das ondas sonoras ouvidas pelo ouvido humano são chamadas 
de som audível. Ondas sonoras com freqüências mais altas do que o som audível 
são chamadas de ultra-som ou ultra-sônicas, significando ondas sonoras de 
freqüência "ultra-alta" que estão acima do som audível. A faixa de ondas sonoras 
ouvidas pelo ouvido humano é, aproximadamente, de 20 Hz a 20 kHz (20 a 20.000 
ciclos por segundo). Para o ultra-som clínico, a faixa de ondas sonoras usada é de 
1 a 17 MHz (1 a 17 milhões de ciclos por segundo). As ondas sonoras dessa 
freqüência são transmissíveis apenas em líquidos e sólidos, não em ar ou gás. 
A obtenção de imagens por ultra-som é indolor e inócua, porque não está 
envolvida qualquer ionização tissular. Estudos não revelaram quaisquer efeitos 
biológicos adversos associados com o uso do ultra-som. Isso o torna uma 
modalidade de obtenção de imagens segura e preferida para certos exames 
radiossensíveis, tais como os de obstetrícia, nos quais o feto é poupado de 
qualquer exposição à radiação. 
 
História 
o nascimento do ultra-som pode ser encontrado na Primeira Guerra Mundial 
ou logo depois, com o desenvolvimento do sanar. Ele foi mais completamente 
desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial. O sonar é uma técnica de 
envio de ondas sonoras através da água e de observação dos ecos de retorno 
para identificar objetos submersos. Após a guerra, pesquisadores médicos 
exploraram e desenvolveram formas de aplicar esses conceitos ao diagnóstico 
médico. 
Modo A: A primeira unidade de ultra-som no modo A foi construída no Japão 
no início dos anos 1950. Imagens de ultra-som no modo A representavam a 
anatomia por uma série de "blips" vistos em um monitor. A altura desses blips 
representava a intensidade do eco de retorno. 
Modo B: No final dos anos 1950, pesquisadores nos Estados Unidos, no 
Japão e na Europa projetaram dispositivos de ultra-som bidimensionais em 
escala cinza, chamados de modo B. O uso da escala cinza permitia que a 
intensidade dos ecos de retorno fosse representada por vários graus de cinza. 
Um conversor de vídeo-scan amplifica e processa esses ecos e os mostra 
em um monitor em escala cinza. 
Dinâmico em tempo real: Nos anos 1970, avanços na eletrônica e a introdução 
de computadores produziram obtenção de imagens em tempo real ou dinâmicas, 
o que permite aos médicos e técnicos visualizar a anatomia durante a varredura 
efetiva.Dopp/er: A US por Doppler foi utilizada primeiramente no Japão para 
estudar estruturas vasculares e o comportamento do sangue circulante. Mais 
tarde, nos anos 1980, avanços na tecnologia resultaram no ultrasom por Doppler 
com fluxo colorido, que mostra o fluxo sanguíneo em várias cores para indicar 
velocidade e direção. 
Sistema digital: Sistemas digitais mais novos foram primeiramente introduzidos no 
início dos anos 1990. Eles convertem a imagem de ultrasom em um formato digital 
para processamento, manipulação, visualização e armazenamento. A imagem 
pode também ser transmitida para sítios remotos, assim como todas as imagens 
do tipo digital. 
Sistemas digitais mais novos de alta definição estão agora disponíveis, os quais 
oferecem um aumento significativo na extensão dinâmica, a extensão total de sinais, 
do mais forte ao mais fraco, que podem ser recebidos e gravados por esses sistemas. 
 
760-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
Princípios de Ultra-sonografia 
Transdutor: Um transdutor converte energia de uma forma para outra. Um 
transdutor de ultra-som converte energia elétrica em energia ultrasônica. Esse 
transdutor contém um material cerâmico especial que cria o som de alta 
freqüência quando uma corrente elétrica passa através dele, fazendo-o vibrar. 
Esse processo é denominado efeito piezelétrico. Esse termo, que significa 
"pressão elétrica", descreve a propriedade de certos cristais (tais como o quartzo) 
de se expandir e se contrair em resposta à aplicação de um campo elétrico. 
Durante um exame com ultra-som, o transdutor, que produz as ondas ultra-sônicas, 
é colocado diretamente na superfície da pele, sobre a qual é aplicado um gel. 
Esse gel assegura que não haja perda de sinal como um resultado de ar 
encarcerado entre a face do transdutor e a superfície da pele. 
Diferentes transdutores de freqüência estão disponíveis para propósitos 
específicos. Por exemplo, um tipo de transdutor de freqüência mais alta, 
de 5 a 7 MHz, é usado para um abdome médio ou pequeno, resultando em 
resolução mais alta mas penetração mais baixa. Para um paciente maior, um 
transdutor de freqüência mais baixa de 3,5 MHz irá diminuir a resolução mas 
aumentar a penetração. Transdutores intraluminais de até 17 MHz são usados 
quando é exigida penetração mínima para a resolução mais alta. 
Ecos: Uma vez que as ondas sonoras sejam produzidas, elas são direcionadas 
para o interior do corpo. Elas viajam através do corpo até atingirem uma 
barreira tissular que reflete a onda sonora para o transdutor. Essas ondas 
sonoras que são refletidas por estruturas internas de volta para o transdutor 
são denominadas ecos. Assim, o transdutor age tanto como um transmissor 
quanto como um receptor; ele tanto envia quanto recebe essas ondas de eco, 
e as converte em voltagens elétricas. Durante o processo de obtenção de 
imagens, o transdutor envia uma pequena descarga de energia ultra-sônica 
seguida por um período de silêncio enquanto ouve o eco de retomo. Isso é 
chamado de sistema pulsado de obtenção de imagens, em vez de uma energia 
ultrasônica do tipo de onda contínua, mais comumente usada em sistemas 
de ultra-som terapêutico. Esses ecos de retorno são então medidos e mostrados 
no monitor de visualização como vários matizes de cinza, de acordo com sua 
intensidade e com o tempo que leva para esses ecos retomarem ao transdutor. 
Imagens ultra-sônicas: Essas imagens podem ser vistas diretamente em um 
monitor como uma imagem em tempo real e/ou gravadas em um filme ou fita de 
vídeo para visualização posterior e armazenamento. Unidades digitais mais novas 
convertem essas imagens em formato digital para processamento e 
armazenamento, conforme já foi descrito. 
Cada imagem é uma representação de uma fatia ou secção fina de anatomia 
mostrada como uma imagem bidimensional de certa forma semelhante às imagens 
de TC ou RM, embora de aparência muito defequerente. 
Plano de orientação: O plano de orientação produzido varia de acordo com a 
forma com que o transdutor é seguro. Uma varredura transversal produzirá uma 
imagem que lembra uma varredura de TC axial ou transversal. Uma varredura 
longitudinal produz um tipo sagital de perspectiva.
Limitações e Vantagens 
o ultra-som tem certas limitações e vantagens quando comparado 
a outras modalidadesde obtenção de imagens. Estruturas ósseas 
e preenchidas por ar provam ser barreiras para as ondas sonoras 
de alta freqüência do ultra-som. Logo, anatomia circundada por 
osso é de difícil visualização pelo ultra-som. Grandes quantidades 
de gás retido dentro do intestino também irão limitar a efetividade 
do ultra-som do abdome. O ultra-som, entretanto, destaca-se na 
diferenciação entre estruturas sólidas e císticas (preenchidas por 
líquido) no corpo. O ultra-som também tem a vantagem de 
avaliação dinâmica de estruturas articulares durante movimentos 
articulares, o que exames de RM, TC ou artrografia radiográfica 
não podem fornecer. 
A US se tomou o "padrão ouro" para exames do pâncreas, do 
fígado, da vesícula biliar e do útero. Por não usar qualquer 
radiação ionizante, o ultra-som é seguro para utilização em 
exames da pelve e do feto durante a gravidez, e substituiu exames 
de raios X tais como a pelvimetria na determinação de medições 
da saída pélvica e da posição fetal. 
Equipe de Obtenção de Imagens de Ultra-sonografia 
Ultra-sonografista: o papel do ultra-sonografista é um pouco 
diferente daquele do técnico de radiologia, do técnico de medicina 
nuclear ou do radioterapeuta. Embora todos esses profissionais 
tenham que ser altamente competentes em anatomia, fisiologia, 
equipamento especializado e procedimentos, o ultra-sonografista 
também tem que fornecer uma interpretação inicial das imagens. 
O ultra-sonografista tem que ter uma compreensão profunda da 
fisiopatologia e da anatomia seccional para fornecer uma 
avaliação completa de uma estrutura ou sistema particulares. 
Assim como ocorre com outros técnicos de obtenção de imagens, 
os ultra-sonografistas também têm que possuir excelentes 
habilidades de comunicação para obter uma história completa do 
paciente e para comunicar com precisão impressões e achados ao 
radiologista. 
Radiologista: A maioria dos radiologistas registra dos em 
conselhos pode interpretar imagens de ultra-som. Em alguns 
casos, um departamento terá um radiologista que se especializou 
em ultra-som. Eles trabalham em conjunto com o sonografista 
para garantir que um exame correto e completo foi obtido. O 
radiologista confirmará e documentará os achados do 
sonografista. 
 
761-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
Aplicações Clínicas 
Diferenças em tipos de tecidos são demonstradas por vários graus de cinza 
no monitor ou meio de registro. Muitas estruturas de tecido mole irão produzir 
ecos internos, que freqüentemente indicam ductos e estruturas vasculares. 
 
FíGADO E VEsíCULA BILlAR 
Uma cintilografias hepática produz uma imagem do fígado com vários ecos 
internos. O fígado é um exemplo de uma estrutura ecogênica com ecos internos 
variados representando ductos biliares e ramos das veias hepáticas e portais. 
Estruturas císticas são demonstradas por uma região "livre de ecos" ou 
anecóica circundada por uma margem ou borda bem-definida. A vesícula 
biliar é um excelente exemplo de estrutura "preenchida por líquido" ou 
anecóica. Um cálculo no interior da vesícula biliar ou dos ductos biliares 
pode ser demonstrado pela interface acústica ou "sombreamento" que é 
produzido. A região atrás do cálculo irá produzir uma sombra ou uma área 
destituída de sinal. 
 
ABDOME GERAL 
Existem numerosas aplicações para o ultra-som do abdome. Além da vesícula 
biliar e do fígado, o baço, o pâncreas e os rins podem ser examinados. Pelo 
fato de poder diferenciar entre massas císticas e sólidas, o ultra-som pode 
detectar coleções anormais de líquido e pode fornecer orientação durante 
biopsias. Para compensar o artefato criado por um estômago cheio de gases, 
líquidos ou agentes de contraste podem ser administrados ao paciente antes 
do procedimento. 
 
Ginecologia e Obstetrícia. As aplicações ginecológicas e obstétricas do 
ultra-som são vastas. Os estudos transvaginais são populares porque 
produzem mais imagens diagnósticas do útero e dos ovários do que a 
varredura convencional. As massas dentro do útero e região circunjacente 
são bem-definidas com o ultra-som. Acúmulos anormais de líquido circundando 
o útero podem ser facilmente detectados. 
O ultra-som se tornou o meio mais comum para a avaliação do feto e do 
abdome grávido. Defeitos congênitos do feto podem ser detectados com o 
uso do ultra-som. Indicações precoces de espinha bífida, hidrocefalia e defeitos 
cardíacos podem ser visualizadas antes do nascimento. 
Utilizando-se orientação por ultra-som, uma agulha pode retirar um volume de 
líquido amniótico intra-uterino para análise genética. Essa análise é realizada 
para determinar se quaisquer condições genéticas podem estar presentes no 
feto. Esse procedimento é denominado amniocentese. O diagnóstico precoce 
dessas condições pode permitir ao médico tomar medidas para corrigir ou 
monitorar uma condição antes do nascimento. 
 
CORAÇÃO 
A ecocardiografia é um estudo por ultra-som do coração. A ecocardiografia irá 
detectar derrame pericárdico, fornecer informações sobre as quatro câmaras 
e diagnosticar defeitos septais e doença valvar cardíaca. Esses exames 
podem medir a fração de ejeção, o volume sistólico e o movimento do 
folheto valvar dentro do coração. 
MAMA 
Como o ultra-som pode ser utilizado para diferenciar entre massas císticas 
ou sólidas, ele é, assim, freqüentemente utilizado como um adjunto à 
mamografia radiográfica para esse propósito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
762-- NOUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
OLHO 
A US é usada em oftalmologia para a detecção de descolamento de retina, 
hemorragia vítrea ou corpos estranhos intra-oculares. 
ESTRUTURAS VASCULARES 
O ultra-som por Doppler permite o estudo de estruturas vasculares e do fluxo 
sanguíneo dentro delas. Um transdutor Doppler transmite uma freqüência de 
ultra-som fixa sobre um objeto em movimento (sangue circulante). Como 
resultado dessa interação, um desvio na freqüência transmitida é refletida de 
volta para os transdutores. Esse "desvio na freqüência" produz um efeito 
chamado desvio Doppler. O desvio Doppler ajuda a determinar a direção e a 
velocidade do sangue circulante. Cor pode ser adicionada aos dados recebidos 
pelo transdutor para indicar a direção do sangue circulante. Com o Doppler de 
fluxo colorido, o fluxo sanguíneo na direção do transdutor é mostrado como azul, 
e o fluxo sanguíneo que se afasta do transdutor, como vermelho. Esse código de 
cores não pode ser confundido com fluxo sanguíneo arterial versus venoso. 
Ele indica a direção do fluxo sanguíneo em relação ao transdutor, e não a fonte do fluxo sanguíneo. 
Com o uso da técnica de fluxo colorido, áreas de estenose, fluxo restrito ou formação de placas podem ser detectadas dentro de um vaso. 
Aneurismas, trombose venosa profunda e malformações vasculares podem ser demonstrados com ultra-som por Doppler. O ultra-som por 
Doppler está substituindo a venografia convencional do membro inferior. Ele fornece uma forma eficiente de detectar trombos venosos pro-
fundos na porção inferior da perna sem o uso de meios de contraste iodado
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO MUSCULOESQUELÉTICO 
Um uso mais recente do ultra-som nos Estados Unidos é a obtenção de imagens musculoesqueléticas das articulações, tais como ombro, 
punho, quadril, joelho e tornozelo. Esses exames são não-invasivos e possibilitam uma avaliação dinâmica de tecidos moles dentro das 
articulações, tais como roturas do manguito rotador, lesões bursais, rotura ou danos a estruturas nervosas, tendões e ligamentos. Esses 
procedimentos musculoesqueléticos podem ser usados como um complemento à RM, mais onerosos, ou como uma triagern para a sua 
realização. A US tem a vantagem da avaliação dinâmica durante movimentos articulares, e está, por isso, se tornando uma ferramenta 
diagnóstica adicional valiosa em medicina esportiva. 
DEFINiÇÃO DE TERMOS DE SONOGRAFIA 
Anecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que não produz eco 
Artefato: Um eco que não representa umobjeto real e/ou uma estrutura anatômica 
Comprimento de onda: A distância entre cada onda de ultra-som 
Dispersão retrógrada: É o aspecto da energia acústica refletido de volta à fonte de origem 
Doppler de fluxo colorido: Uma técnica de ultra-som que mede a velocidade e a direção do sangue no interior de um vaso; as alterações na 
velocidade e na direção são vistas como matizes diferentes de vermelho e azul 
Eco: É a medição da intensidade da energia acústica recebida de estruturas anatôrnicas 
Ecogênica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que possui estruturas produtoras de eco 
Ecossonografia pulsada: Técnicas de ultra-som que usam um único transdutor para enviar descargas curtas de ultra-som para o interior do 
corpo e alternativamente ouvindo os ecos 
Efeito Doppler: Alteração na freqüência ou no comprimento de onda das ondas sonoras refletidas de estruturas ou do meio em movimento. 
Escala cinza: A exibição de vários níveis de brilho ou intensidade de eco representados em matizes de cinza 
Freqüência: O número de ondas de ultra-som por segundo 
Hiperecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que produz mais ecos do que o normal 
Hipoecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que produz menos ecos do que o normal 
Imagem bidimensional: Uma imagem que possui tanto largura quanto altura 
Isoecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que produz um grau de ecos semelhante àquele do tecido circunjacente 
Modo B: Abreviatura de módulo de modulação de brilho; base para todas as imagens de ultra-som em escala de cinza; ecos convertidos em 
pontos brilhantes que variam de intensidade de acordo com a força do eco 
Obtenção de imagens em tempo real: Imagens de ultra-som que demonstram movimentos dinâmicos ou alterações dentro de uma estrutura 
em tempo real 
Onda: Energia acústica que viaja através de um meio 
Reflexão: Energia acústica refletida por uma estrutura que interfere com o caminho esperado da onda acústica 
Sombra acústica: Perda do sinal acústico de estruturas situadas atrás de um objeto que bloqueia ou interfere com o sinal; por exemplo, a 
sombra produzida por um cálculo localizado no interior da vesícula biliar 
SONAR: Abreviatura para "Sound Navigation and Ranging" (Navegação e Rastreamento por Som); instrumento naval usado para detectar 
objetos sob a água 
Sonografia: O processo de geração de imagens por ultra-som 
Transdutor: Um dispositivo que contém tipos específicos de cristais que sofrem estresse mecânico para produzir uma onda de ultra-som; 
funciona como um transmissor e receptor do sinal de ultra-som: 
Transmissão direta: Processo de obtenção de imagens pela transmissão do sinal acústico através de um objeto ou estrutura e captação da 
energia transmitida em sua superfície oposta 
Ultra-som: Ondas sonoras que excedem um nível de freqüência de 20.000 ciclos por segundo (20 kHz); para ultra-som diagnóstico, usa 
freqüências sonoras entre 1 e 17 mHz. 
Ultra-som com Doppler: Aplicação do efeito Doppler ao ultra-som para detectar desvios de freqüência e de velocidade de uma estrutura ou do 
meio em movimento; o ultra-som com Doppler é utilizado para exames de fluxo sanguíneo do corpo 
Velocidade do som: A razão com que o som passa através de um meio particular; varia grandernente entre estruturas contendo gás, ar, gordura 
e osso 
 
763-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Definição e Introdução 
A obtenção de imagens através de ressonância magnética pode ser definida 
como o uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obter uma imagem 
matematicamente reconstruída. Essa imagem representa diferenças entre 
vários tecidos do paciente no número de núcleos e na freqüência em que 
esses núcleos se recuperam da estimulação por ondas de rádio na 
presença de um campo magnético. 
Tem se tornado cada vez mais popular referir-se aos departamentos de 
radiologia como centros de diagnóstico por imagem. Essa nova terminologia 
se deve em parte ao uso aumentado da obtenção de imagens por ressonância 
magnética. A necessidade para os técnicos de ter um conhecimento básico 
de RM se torna mais importante à medida que a RM continua a evoluir em 
sua habilidade de mostrar processos patológicos. 
Com o aumento no número de sconners de RM disponíveis, os técnicos 
continuam a ser chamados para assumir posições na equipe da seção de 
RM da radiologia. Muitos estudantes de técnica radiológica terão a oportunidade 
de observar e de participar de exames de pacientes com a utilização de RM, 
e todos os técnicos devem saber os princípios básicos da RM e como eles 
diferem da produção de raios X e da obtenção de imagens radiográficas. 
 
Comparação com a Radiografia 
Os raios X são ondas eletromagnéticas e, como tal, podem ser descritos em 
termos de seu comprimento de onda, freqüência e quantidade de energia que 
cada "pacote de ondas", ou fóton, carrega. Um fóton de raios X típico usado 
em obtenção de imagens clínicas pode ter um comprimento de onda de 10-11 
metros, uma freqüência de 1019 hertz (Hz, ciclos/s) e uma energia de 60.000 e 
létron volts (eV) (Fig. 24.17). 
A obtenção de imagens com raios X é possível porque o fóton tem energia 
suficiente para ionizar átomos. O padrão de fótons transmitido através do 
paciente constitui uma imagem radiográfica que pode então ser capturada por 
um receptor de imagem tal como um filme. O fato de que fótons de raios X têm 
energia suficiente para ionizar átomos implica que algum pequeno risco biológico 
está associado a um exame radiográfico. 
É possível obter uma imagem do corpo através do uso de ondas eletromagnéticas 
que tenham energia bem abaixo da exigida para ionizar átomos, reduzindo assim 
(quando não eliminando) a ameaça de dano biológico para o paciente. A técnica 
de obtenção de imagens através de ressonância magnética (RM) faz uso da porção 
de rádio do espectro eletromagnético, no qual os fótons têm comprimentos de onda 
relativamente longos, de 103 a 10-2 metros, com freqüências de apenas 105 
a 1010 Hz. Um fóton típico usado em RM tem uma energia de apenas 10-7 eV 
(um décimo de milionésimo de um elétron volt). (Veja Fig. 24.18.) 
 
Comparação com a Tomografia Computadorizada 
Nas aplicações clínicas, a RM é freqüentemente comparada com a tomografia 
computadorizada (TC) , porque a RM, assim como a TC, mostra imagens em 
seções. Os sconners de TC adquirem dados que são manipulados pelo computador 
para formar seções axiais ou transversais (Fig. 24.19). Vistas coronais e sagitais 
podem também ser reconstruídas tanto com a TC quanto com a RM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
764-- OUTRAS MODALIDADES DIAGN6STICAS E TERAPÊUTICAS 
 
Aplicações Clínicas 
05 técnicos de RM e de TC necessitam de um conhecimento profundo de 
anatomia (incluindo anatomia seccional) para a visualização precisa de 
imagens obtidas de vários planos ou seções. Um conhecimento completo 
de pontos de referência ósseos, órgãos e posicionamento de vasos irá 
possibilitar aos técnicos interpretar apropriadamente as imagens para 
determinar se as varreduras cobriram adequadamente a região de interesse. 
Os técnicos de RM também precisam ter um entendimento de como fatores 
técnicos afetam a produção de sinais. Esses fatores técnicos influenciam no 
contraste e na resolução espacial. Portanto, o técnico precisa utilizar esses 
fatores técnicos para uma qualidade de imagem ótima. 
A TC mostra um avanço no contraste de tecidos moles sobre a obtenção de 
imagens através da radiografia convencional. Essa habilidade para mostrar 
contraste de tecidos moles é denominada resolução de contraste. O sistema 
de obtenção de imagens através de RM é mais sensível à natureza molecular 
dos tecidos e assim permite uma excelente resolução de contraste, conforme 
mostrado nessas seções através de RM. Por exemplo, a RM é sensível à 
pequena diferença na composição tissular das substâncias cinzenta e branca 
normais do encéfalo. Logo, a RM está substituindo a TC comoestudo de 
escolha para doenças envolvendo o SNC, especialmente para o exame de 
patologia da substância branca. 
Enquanto a TC e a radiografia convencional medem a atenuação do feixe de 
raios X, a RM usa uma técnica que estimula o corpo a produzir um sinal de 
radiofreqüência e usa uma antena ou bobina de recepção para medir esse sinal. 
O diagnóstico de doenças tais como aquelas que envolvem o SNC pode ser 
feito com a RM através de comparações entre o sinal produzido no tecido 
normal e o sinal produzido no tecido alterado. 
Por não utilizar radiação ionizante, a RM é considerada mais segura do que a 
TC em termos de dano tissular biológico. Embora o scanner de RM não use 
radiação ionizante, considerações de segurança, no entanto, têm que ser 
identificadas e entendidas, conforme demonstrado nas páginas seguintes. 
 
Princípios Físicos da RM 
Certos núcleos no corpo irão absorver e remitir ondas de rádio de freqüências 
específicas quando esses núcleos estão sob a influência de um campo magnético. 
Esses sinais de rádio reoimitidos contêm informação sobre o paciente que é 
capturada por um receptor ou antena. O sinal elétrico da antena é transmitido 
através de um conversor "analógico-digital" (A a D) e então para um computador, 
onde uma imagem do paciente é reconstruída matematicamente. 
Os componentes principais do sistema de RM estão mostrados na Fig. 24.23 e 
são discutidos com maiores detalhes mais adiante neste capítulo. Entretanto, 
antes de iniciar um estudo dos componentes ou do equipamento de um sistema 
de RM, os princípios físicos da obtenção de imagens através de RM serão discutidos. 
 
765-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
INTERAÇÃO DOS NÚCLEOS COM OS CAMPOS MAGNÉTICOS 
A BASE DA OBTENÇÃO DE IMAGENS ATRAVÉS DE RM) 
A obtenção de imagens radiográficas envolve a interação de raios X com 
os elétrons que circundam os núcleos dos átomos, enquanto a obtenção de 
imagens através de RM envolve a interação de ondas de rádio (e campos 
magnéticos estáveis) com os núcleos isoladamente. Nem todos os núcleos 
respondem a campos magnéticos. Uma lista de núcleos encontrados no 
corpo que são eles mesmos magnéticos (aqueles que têm números ímpares 
de prótons ou nêutrons) e, logo, apropriados para estudos de ressonância 
magnética é mostrada à direita. Embora teoricamente existam alguns desses 
núcleos apropriados, atualmente a maioria das obtenções de imagens é 
realizada com núcleos de hidrogênio (prótons únicos). 
Uma razão para essa preferência é que uma grande quantidade de hidrogênio 
está presente em qualquer organismo. Isso é evidente pelo fato de que há dois 
átomos de hidrogênio em cada molécula de água e de que o corpo é constituído 
por aproximadamente 85% de água. O hidrogênio também está contido dentro 
de muitas outras moléculas. Assim, um centímetro cúbico (cm3) típico do corpo 
pode conter aproximadamente 1.022 átomos de hidrogênio, cada um dos quais 
é capaz de enviar e receber sinais de rádio. Outros núcleos não existem com 
tal abundância e, portanto, não irão fornecer um sinal tão forte. 
 
PRECESSÃO 
A obtenção de imagens através de ressonância magnética é possível porque um núcleo magnético oscilará ao redor de um forte campo 
magnético estático (imutável). O fenômeno de precessão ocorre sempre que um objeto em rotação é influenciado por uma força externa. Três 
exemplos de precessão são mostrados na Fig. 24.24. Um topo rotatório, quando influenciado pela força da gravidade, oscila ao redor da linha 
definida pela direção da força gravitacional. Na aplicação de RM, um próton em rotação (núcleo de hidrogênio) oscila quando colocado em um 
campo magnético forte. Um terceiro exemplo é a própria Terra, que oscila devido à interação entre as forças do sol e dos planetas.A taxa de 
precessão de um próton em um campo magnético aumenta à medida que a força do campo magnético aumenta. A taxa de precessão dos 
prótons em um sistema de RM é difícil de imaginar. Os prótons em um sistema de baixo campo podem oscilar a 5.000.000 ciclos por segundo. 
(Veja Fig. 24.24.) É mostrado que o topo em rotação oscila em uma taxa de um ciclo por segundo, e a Terra em apenas 0,004 ciclo por século. 
 
ENVIANDO UM SINAL DE RÁDIO AOS NÚCLEOS EM PRECESSÃO 
Depois que o campo magnético estático foi aplicado, a precessão dos núcleos no paciente pode ser influenciada ainda por ondas de rádio, 
porque uma onda de rádio contém um campo magnético variável com o tempo. Um efeito da onda de rádio é levar o núcleo a oscilar em um 
ângulo maior. Quanto mais tempo a onda de rádio é aplicada ao paciente, maior o ângulo de precessão. No exemplo mostrado na Fig. 24.25, a 
onda de rádio foi aplicada por tempo suficiente para levar o núcleo a mudar de uma posição quase vertical (paralela ao campo magnético 
estático) para uma posição horizontal (em ângulo reto com o campo magnético estático). Entretanto, mesmo essa duração das ondas de rádio 
suficiente para alterar a precessão dos núcleos para uma posição quase horizontal parece curta em relação aos eventos da vida diária. Dizemos 
que a onda de rádio é aplicada ao paciente em um "pulso" que pode durar por uma fração de segundo durante a fase "de envio" do processo de 
RM. 
NÚCLEOS APROPRIADOS PARA RM 
 
1 H Hidrogênio 
1 
13 C Carbono 
6 
14 N Nitrogênio 
7 
17 O Oxigênio 
8 
39 K Potássio 
19 
19 F Flúor 
9 
23 Na Sódio 
11 
31 P Fósforo 
15 
 
Núcleos que são magnéticos (número ímpar de prótons ou nêutrons). 
O hidrogênio é o mais abundante no corpo. 
 
 
 
 
 
766-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
RESSONÂNCIA 
As ondas de rádio afetam os núcleos em precessão, porque o campo magnético 
variável com o tempo da onda de rádio muda na mesma razão com que o núcleo 
oscila. Isso significa que, à medida que o núcleo roda, o campo magnético parece 
ter efeito máximo em "empurrar" o núcleo para longe do campo magnético estático 
exatamente no tempo apropriado. Esse entrosamento de uma força com um 
sistema que se modifica periodicamente é um exemplo do conceito de "ressonância". 
Outro exemplo comum de ressonância é quando uma criança é empurrada em um 
balanço. Quando empurramos uma criança em um balanço, naturalmente empurramos 
a criança em "ressonância". Ou seja, aplicamos força ao balanço em uma freqüência 
que se iguala à freqüência com que o balanço retorna a nós. Sabemos que aplicar 
nossa energia ern qualquer outra freqüência não terá nenhum efeito útil. Assim, o 
princípio da ressonância explica por que usamos ondas de radiofreqüência aplicadas 
em pulsos para a obtenção de imagens através de RM. As ondas de rádio (devido 
ao seu comprimento de onda específico) encontram-se em ressonância com os 
núcleos em precessão. Isso explica o uso de ondas de rádio na RM, em vez de 
outras ondas eletromagnéticas, tais como as microondas ou a luz visível, as quais, 
devido ao seu comprimento de onda, não estariam em ressonância com os 
núcleos em precessão. 
 
RECEBENDO O SINAL DE RM DOS TECIDOS CORPORAIS 
Por ser o próprio núcleo um magneto minúsculo, à medida que roda ele emite 
ondas eletromagnéticas. Essas ondas emitidas de núcleos do interior dos 
tecidos corporais são captadas por uma antena ou bobina receptara durante 
a fase de "recepção" do processo de obtenção de imagens através de RM 
(Fig. 24.27). Esse sinal elétrico obtido da bobina receptora é enviado a um 
computador. A imagem do paciente é então reconstruída pelo computador. 
Várias técnicas matemáticas podem ser usadas para construir uma imagem 
a partir das ondas de rádio recebidas. Algumas técnicas são semelhantes 
àquelas usadas na tomografia computadorizada. 
O sinal recebido é descrito em relação aos sinais ou ruídos aleatórios 
sobrepostos que também são captados pela antena. A relação sinal! ruído 
(RSR ou S/R) é usada para descrever a contribuição relativa do sinal 
verdadeiro do tecido e do ruído aleatório. 
 
RElAXAMENTO 
Quando o pulso de radiofreqüência que foi enviadoao núcleo termina, os 
núcleos estão oscilando conjuntamente em fase. Logo que o pulso de 
radiofreqüência é desligado, os núcleos começam a retornar a uma configuração 
mais aleatória, em um processo chamado relaxamento. À medida que os 
núcleos relaxam, o sinal de RM recebido dos núcleos em precessão diminui. 
A taxa de relaxamento nos fornece informação sobre tecidos normais e processos 
patológicos nos tecidos. Assim, o relaxamento influencia a aparência da imagem 
de RM. O relaxamento pode ser dividido em duas categorias, conforme mostrado 
na Fig. 24.28. Essas são comumente denominadas relaxamento T1 e T2. 
 
 
767-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPtUTICAS 
 
Relaxamento T1 Essa categoria de relaxamento ocorre quando as rotações 
começam a oscilar com ângulos cada vez menores, ou seja, de uma posição 
quase horizontal ou transversal para uma posição mais vertical (veja 
Fig. 24.29). Esse processo, denominado relaxamento do tipo de spin meio 
ou longitudinal (T1), leva o sinal de RM a sofrer uma diminuição de força. 
Definimos o tempo necessário para a redução desse sinal a 37% do seu 
valor máximo como T1 (veja Fig. 24.29). 
 
Relaxamento T2 Quando as rotações começam a oscilar fora de fase, o 
resultado é denominado relaxamento transversal ou do tipo spinspin. Isso é 
chamado relaxamento T2. Observe na Fig. 24.30 que os núcleos ao longo 
do topo do gráfico estão "em fase" no início, mas eles saem de fase conforme 
indicado pela direção das setas. À medida que ocorre o relaxamento T2, o 
sinal de RM irá sofrer uma diminuição de força. O tempo necessário para que 
o sinal de RM se reduza a 37% do seu valor máximo é definido como T2 
(veja Fig. 24.29). 
O ritmo desses dois tipos de alterações de relaxamento, T1 e T2, seguindo-se 
à exposição à radiofreqüência (aplicada em ressonância), constitui a base 
primária a partir da qual a imagem de RM é reconstruída. Entretanto, um 
terceiro fator, densidade spin, também desempenha um pequeno papel na 
determinação da aparência da imagem de RM. 
 
Densidade Spin Um sinal mais forte será recebido se a quantidade de núcleos 
de hidrogênio que estão presentes em um dado volume de tecido estiver 
aumentada. Entretanto, essa quantidade, chamada de "densidade protônica 
" ou "densidade spin", é um contribuinte menor para a aparência de uma imagem 
de RM, porque os tecidos cujas imagens são produzidas pelo próton (núcleo de 
hidrogênio) não diferem marcadamente em densidade spin. Uma consideração 
mais importante, conforme discutido acima, é que os núcleos que compõem 
tecidos diferentes dentro do corpo respondem a taxas de relaxamento 
diferentes, T1 e T2. 
 
SUMÁRIO 
A força do sinal de RM, conforme recebida por uma antena ou bobina receptora, 
é usada para definir o brilho de cada ponto da imagem do paciente. Assim, as 
diferenças entre as densidades T 1, T2 e spin dos tecidos produzem diferenças 
no brilho relativo de pontos na imagem. 
Os fatores primários que determinam a força do sinal e, conseqüentemente, o 
brilho de cada parte da imagem ou o contraste da imagem são a densidade spin 
e as taxas de relaxamento T1 e 12. Outros fatores tais como o sangue circulante 
ou a presença de material de contraste também desempenham um papel, mas 
estão além do objetivo desta discussão introdutória. 
A obtenção de imagens através de ressonância magnética é uma forma 
fundamentalmente diferente de olhar para o corpo quando comparada a 
outras modalidades de obtenção de imagens. Por exemplo, na radiografia, 
a densidade física (gramas por cm3) e o número atômico dos tecidos 
determinam a aparência da imagem. A taxa de recuperação de átomos de 
suas interações com raios X não é importante na radiografia. Na RM, entretanto, 
a taxa de recuperação dos núcleos após a aplicação de ondas de rádio 
(taxa de relaxamento) é o fator mais importante na determinação da imagem 
de RM. Isso fornece a base para a imagem de RM conforme vista na 
Fig. 24.31. Alta densidade tissular tal como em uma estrutura óssea densa 
não resulta em contraste de imagem na obtenção de imagens por RM. 
Conforme pode ser visto nessa varredura de RM sagital da cabeça, tecidos 
moles tais como substância cinzenta e branca do encéfalo, o tronco 
encefálico e o corpo caloso são claramente visualizados devido à resposta 
dos núcleos nesses tecidos, conforme descrito acima. 
 
 
768-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
GRADIENTE DE CAMPOS MAGNÉTICOS 
Crítico para o entendimento do método de reconstrução de imagens usado 
em RM é o conceito de um gradiente ou de uma mudança de força de campo 
magnético através de uma certa região ou "corte" de tecido corporal. O 
gradiente do campo magnético é usado para obter informações de regiões 
ou cortes específicos de tecido corporal. O conhecimento da localização 
exata da origem dos sinais de RM recebidos do interior do paciente permite 
ao computador reconstruir a imagem de RM. 
Como já foi exposto, a força do campo magnético determina a taxa de precessão 
dos núcleos. A taxa de precessão determina o valor exato da freqüência de onda 
de rádio que estará em ressonância com os núcleos. O sistema de RM envia e 
recebe ondas de rádio dos núcleos apenas quando esses núcleos estão 
oscilando na mesma freqüência que a da onda de rádio, ou seja, em freqüência 
de ressonância. Assim, um sistema de RM altera o gradiente ou a força do 
campo magnético através de uma certa região ou corpo de tecido corporal de 
forma que o sistema receberá o sinal de RM apenas de núcleos que oscilam 
dentro daquela região ou corte. O computador pode decodificar essas e outras 
informações, tais como densidade de spin e relaxamento T1 e T2, podendo 
assim reconstruir a imagem de RM. 
O uso de gradientes de campos magnéticos na RM é semelhante sob vários 
aspectos ao uso de colimações de raios X na TC (tomografia computadorizada), 
na qual informações de cortes específicos de tecido irradiado são utilizadas para 
reconstruir a imagem de Te Os campos magnéticos de gradiente são produzidos 
por "bobinas de gradiente" localizadas no interior do magneto principal do sistema. 
Os gradientes de campos magnéticos são muito mais fracos do que o campo 
magnético estático produzido pelo magneto principal do sistema de RM. O 
campo de gradiente contribui para ou aumenta a força do campo magnético 
estático sobre algumas regiões do paciente e diminui a força do campo estático 
sobre outras regiões do paciente. Pelo fato de a força do campo magnético 
determinar a freqüência de precessão dos núcleos, essa, por sua vez, 
determina a freqüência do sinal de RM produzido a partir daquela região. 
Assim, os campos de gradiente levam diferentes regiões do paciente a 
produzir sinais de RM em freqüências ligeiramente diferentes. (Veja Fig. 24.32.) 
 
Sumário 
A força do sinal de RM é determinada pelo número de núcleos por unidade 
de volume (densidade spin) e pela orientação dos núcleos em relação ao 
campo magnético estático (relaxamento TC) e em relação uns aos outros 
(relaxamento T2). 
A localização da origem do sinal de RM no interior do paciente pode ser 
determinada pela freqüência do sinal de RM. A aplicação dos gradientes de 
campos magnéticos assegura-nos de que a freqüência do sinal de RM 
variará de uma localização para outra dentro do paciente e de que o 
computador pode, assim, produzir uma imagem única do paciente. 
 
OBTENÇÃO DE IMAGENS MULTICORTE 
A Fig. 24.33 mostra a obtenção de imagens multicorte da cabeça. Observe 
pelas estruturas anatômicas visualizadas nessas várias imagens que cada 
imagem representa uma reconstrução de dados recebidos pelo computador 
através de bobinas receptoras à medida que a força do campo magnético foi 
variada ou mudada através de regiões ou cortes específicos dos tecidos corporais. 
 
769--- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPtUTICAS 
 
Componentes do Sistema de RM 
A aplicação do princípio da ressonância magnética no hospital moderno exigeuma coleção impressionante de equipamento de ponta. Os cinco componentes 
principais do sistema de RM são mostrados na Fig. 24.34 e são discutidos na 
seção seguinte. Eles são os seguintes: 
1. Magneto 
2. Bobinas de gradiente 
3. Bobinas de radiofreqüência 
4. Sistemas de suporte eletrônico 
5. Computador e monitor 
 
MAGNETOS 
O componente do sistema de RM mais visível e provavelmente o mais 
freqüentemente discutido é o magneto. O magneto fornece o campo magnético 
estático (de força constante) poderoso em torno do qual os núcleos oscilam. 
Existem três tipos possíveis de magnetos no sistema de RM. Cada um deles 
tem características únicas. Eles compartilham um propósito comum, entretanto, 
de criação de um campo magnético que é medido em unidades tesla.* As 
forças de campo usadas clinicamente variam de 0,1 a 3 tesla. Em comparação, 
o campo magnético da Terra é de aproximadamente 0,00005 tesla (Fig. 24.35). 
As forças de campo estáticas que circundam o magneto, chamadas de campos 
magnéticos em franja, são algumas vezes medidas em gauss.t Um tesla é igual 
a 10.000 gauss. 
Magnetos Resistivos O primeiro tipo de magneto a ser descrito é o magneto 
resistivo (Fig. 24.36), que trabalha no princípio do eletromagneto. Um campo 
magnético é criado pela passagem de uma corrente elétrica através de uma 
bobina de fio. Os magnetos resistivos necessitam de grandes quantidades de 
energia elétrica, muitas vezes maiores do que aquelas exigidas para o 
equipamento de radiografia típico, para fornecer as altas correntes necessárias 
para a produção de campos magnéticos de alta freqüência. O custo dessa 
energia elétrica tem que ser considerado como parte do custo de operação 
da unidade. 
Além disso, as altas correntes elétricas produzem calor, que tem que ser 
dissipado com um sistema de refrigeração. O calor é produzido pela 
resistência do fio ao fluxo de eletricidade. Essa resistência atua como um tipo 
de "fricção" que produz calor e, em última instância, limita a quantidade 
de corrente que pode ser produzida. Sistemas resistivos típicos produzem 
forças de campo magnético de até 0,3 tesla. 
 
*Nikola Testa, 1856-1943, pesquisador norte-americano (nascido na Croácia) em fenômenos eletromagnéticos. Testa é uma unidade de 
densidade de fluxo magnético igual a 1 weber por metro quadrado (unidade de medição do SI). 
tCar! F. Causs, físico alemão, 1777-1855. Um gauss é uma medição da densidade de fluxo magnético em linhas de fluxo por centímetro 
quadrado (unidade de medição do GCS). 
 
 
770-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
Magnetos Permanentes Um segundo tipo de magneto que pode ser usado 
na RM é o magneto permanente. Os altos custos operacionais associados 
com os outros dois tipos de magnetos, notadamente a energia elétrica e 
os criogênios, são evitados no sistema de magneto permanente (Fig. 24.37). 
Certos materiais podem receber propriedades magnéticas permanentes. 
Um exemplo de um magneto permanente muito pequeno desse tipo é o 
magneto usado para fixar anotações em portas de refrigeradores. Para o 
uso na RM, certos magnetos permanentes de grande porte podem ser feitos 
com forças de campo de até 0,3 tesla, o mesmo que o magneto do tipo resistivo. 
O custo inicial do magneto permanente está em algum lugar entre os dos 
outros dois tipos. Como nenhuma energia elétrica é necessária para esse 
magneto, o custo operacional é quase desprezível. Uma desvantagem, no 
entanto, pode ser a inabilidade para desligar a força do campo magnético. 
Se objetos de metal incidentalmente se alojarem no interior do magneto, eles 
têm que ser removidos contra a energia total do campo magnético. 
 
Magnetos Supercondutores O terceiro tipo, e o mais comum, de magneto 
de grande porte em uso é o magneto supercondutor, que também usa o 
princípio do eletromagneto. Além disso, ele usa uma propriedade que é 
demonstrada por alguns materiais a temperaturas extremamente baixas, a 
propriedade de supercondutividade. Um material supercondutivo é um material 
que perdeu toda a resistência à corrente elétrica. Quando isso ocorre, grandes 
correntes elétricas podem ser mantidas essencialmente sem qualquer uso de 
energia elétrica. Assim, os custos elétricos de funcionamento de um magneto 
supercondutor são desprezíveis. 
Um fator significativo, entretanto, é o custo de fornecimento desses materiais 
 de resfriamento a baixas temperaturas, chamados criogênios. Os dois 
criogênios comumente empregados são o nitrogênio líquido (- 195,8°C) 
e o hélio líquido (- 268,9°C). O custo de manutenção desse sistema de 
resfriamento intensivo é da mesma ordem ou magnitude, ou até maior, do 
que os custos elétricos de um sistema resistivo. O custo inicial é também o 
mais alto dos três tipos de magnetos. 
Forças de campo magnético mais altas são possíveis com o magneto 
supercondutor, com valores tão altos quanto 2 ou 3 tesla para uso clínico. 
Um novo sistema de obtenção de imagens ultra-rápido de 3 tesla foi introduzido 
no ano 2000 pela Philips Medical Systems, desenvolvido em conjunto com a 
Universidade de Zurique, na Suíça. (Sistemas de 2 T eram os maiores 
sistemas disponíveis até então.) O campo magnético mais forte permite 
uma relação sinal-ruído melhorada, que otimiza o mapeamento cerebral e 
as aquisições de encéfalo em tempo real. 
 
Desenho Cônico com Interior Curto A Fig. 24.39 demonstra um magneto 
supercondutor moderno com um interior cênico e curto (60 cm) para ajudar 
a aliviar as ansiedades claustrofobias dos pacientes. (O desenho externo 
e a aparência desses sistemas são semelhantes tanto para o modelo de 
1,5 quanto para o modelo de 3 1.) 
 
Sistema de RM Aberto Um outro sistema de RM totalmente aberto é 
mostrado na Fig. 24.40. Essa é uma unidade do tipo de magneto resistivo 
de 0,23 T. Certos outros fabricantes têm magnetos semelhantes abertos 
do tipo permanente. Uma empresa tem agora um tipo supercondutor aberto 
disponível, e várias unidades semelhantes maiores, de até 1 T, estão 
sendo projetadas. 
Todas essas unidades do tipo aberto menores são mais lentas, exigindo 
assim tempos de exame maiores, e são restritas a funções de RM básicas. 
Esses tipos abertos são úteis para crianças ou adultos com claustrofobia, 
que não podem tolerar os limites fechados dos sistemas maiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
771- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
BOBINAS DE GRADIENTE 
Além dos magnetos poderosos, um segundo componente importante do 
sistema de RM é a bobina de gradiente. Conforme já foi descrito, os 
gradientes dos campos magnéticos levam núcleos em diferentes localizações 
no interior do paciente a oscilar em ritmos ligeiramente diferentes, permitindo 
ao computador determinar a localização dentro do paciente a partir da qual o 
sinal de RM recebido se originou. Essa informação é, evidentemente, crucial 
para a reconstrução de uma imagem do paciente. Os campos de gradiente 
são muito mais fracos do que os campos magnéticos estáticos, e podem ser 
produzidos por bobinas relativamente simples. 
Uma configuração típica das bobinas de gradiente é mostrada na Fig. 24.41. 
Um sistema de RM pode conter três jogos de bobinas de gradiente, permitindo 
que um gradiente seja aplicado nas três direções - x, 
ye z. Essas bobinas, denominadas bobinas de gradiente x, y e z, estão 
localizadas dentro do magneto principal do sistema e não são visíveis 
externamente. Ajustando-se eletronicamente a quantidade de corrente 
nesses três jogos de bobinas, é possível obter um gradiente em qualquer 
direção. Essa flexibilidade permite que um sistema de obtenção de imagens 
através de ressonância magnética obtenha imagens em qualquer orientação 
dentro do paciente. 
 
BOBINAS DE RADIOFREQÜÊNCIA (RF) 
Um terceiro componente chave do sistema de RM são as bobinas de 
radiofreqüência (RF) ou "de emissão e recepção". Essas bobinas de RF 
agem como antenas para produzir e detectar as ondas de rádio que são 
denominadas de"sinal" de RM. 
Uma bobina de RF típica é também embutida ou contida na armação do 
magneto e, assim, não é especificamente visível. Essas bobinas de RF 
embutidas, algumas vezes denominadas bobinas corporais, envolvem o 
paciente completamente, incluindo a mesa na qual o paciente se deita, 
conforme indicado pelas setas na Fig. 24.42. 
Os desenhos das bobinas de RF variam dessa bobina corporal grande e 
embutida a bobinas de volume total circunferênciais menores separadas, 
que também envolvem a parte que está sendo submetida à obtenção de 
imagens. Exemplos dessas são a bobina de cabeça e a bobina para 
membros (extremidades) (letras A e O na Fig. 24.43). 
Algumas bobinas de superfície, tais como a bobina para ombro, são 
colocadas na área a ser submetida à obtenção de imagens. Geralmente, 
esse tipo de bobina de superfície é usado para a obtenção de imagens 
de estruturas mais superficiais. Uma exposição de uma variedade de 
bobinas circunferenciais de volume total e de superfície é mostrada na 
Fig. 24.43. 
Um outro tipo de bobina de RF freqüentemente usada é a bobina em arranjo 
de fase (phased array) (não mostrada). Essas consistem em múltiplas bobinas 
e receptores que são agrupados em conjunto. Cada bobina é independente 
da outra e tem o seu próprio receptor, que permite cobertura de amplo campo 
de visão para uso na obtenção de imagens da coluna. 
Fig. 24.41 Bobinas de gradiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
772-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
SISTEMA DE SUPORTE ELETRÔNICO 
OS sistemas de suporte eletrônico, que constituem o quarto componente 
do sistema de RM, fornecem voltagem e corrente para todas as partes do 
sistema de RM, tais como as bobinas de gradiente, o sistema de resfriamento, 
o magneto e o computador. O consumo de energia varia de cerca de 25 
quilowatts em sistemas de magneto permanente a 150 quilowatts em sistemas 
resistivos. 
O transmIssor e o receptor de RF, são também parte do sistema de suporte 
eletrônico.Essa parte do sistema desempenha as mesmas funções dos 
transmissores e receptores de comunicação através de rádio para radiodifusão . 
Ela envia os pulsos de ondas de radio para o interior do paciente e recebe os 
 sinais de RM do paciente. ( As bobinas emissora e receptora de RF, conforme 
descrito na página precedente, são parte desse sistema.) O transmissor de RF 
também contém amplificadores que reforçam a força de sinais de rádio 
relativamente fracos recebidos da profundidade de um paciente no interior 
do magneto. 
 
COMPONENTE DE COMPUTADOR E MOSTRADOR 
O quinto e último componente do sistema de RM inclui os monitores do 
computador e do display. O computador processa informações de todas as 
partes do sistema de RM. Durante uma varredura, ele controla o ritmo dos 
pulsos para coincidir com alterações nas forças de gradiente do campo. Após 
uma varredura, ele reconstrói a imagem do paciente usando técnicas que 
são semelhantes àquelas usadas na tomografia computadorizada. 
O computador contém dispositivos de memória tanto internos quanto externos. 
A memória interna permite ao computador manipular os milhões de bits de 
informação necessários para definir uma imagem do paciente. A memória 
externa inclui os vários tipos de meios de armazenamento magnético, tais 
como discos rígidos e discos ópticos que são usados para armazenar 
informações para uso futuro. O console do operador contendo os controles 
do computador e o monitor de exposição está freqüentemente localizado 
em uma sala adjacente com uma grande janela. Esse console contém os 
controles usados pelo técnico para selecionar seqüências de pulso, ajustar 
os vários parâmetros ajustáveis pelo operador, tais como o número de médias 
de sinais e o tempo de repetição de pulso (TR), e para iniciar a varredura. 
Os controles no monitor permitem que o brilho e o contraste sejam alterados 
para destacar características significativas na Imagem. 
Estações de exibição independentes adicionais, localizadas fora do sistema 
de RM (em salas totalmente separadas), são freqüentemente incluídas para 
permitir que as imagens sejam visualizadas e processadas ao mesmo 
tempo em que outros pacientes estão sendo escameados. 
 
SUMÁRIO DO PROCESSO DE OBTENÇÃO DE IMAGENS DE RM E COMPONENTES DO SISTEMA 
ETAPA COMPONENTE RESULTADO 
1. Aplicação do campo magnético estático. Magneto Os núcleos se alinham e oscilam. 
2. Aplicação dos gradientes de campo 
magnético 
(variação de força do campo magnético 
sobre o paciente). 
Bobinas de gradiente 
Os núcleos oscilam em uma freqüência 
particular para permitir seleção de 
cortes. 
3. Aplicação dos pulsos de RF. Bobina ou antena emissora de RF 
Os núcleos na área do corte oscilam em 
fase em um ângulo maior. 
4. Receptor do sinal de RF. Bobina ou antena receptora de RF 
O sinal elétrico é recebido dos núcleos e 
enviado ao computador. 
5. Conversão do sinal ern imagem. Computador e monitor A imagem reconstruída é exibida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
773-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
Aplicações Clínicas 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Existem certas contra-indicações absolutas para o exame do paciente através 
de RM, conforme mostrado à direita. 
Embora não seja uma contra-indicação absoluta, a gravidez também é 
freqüentemente considerada uma contra-indicação. Quando um exame de 
RM é indicado durante a gravidez, um consentimento informado deve ser 
obtido e documentado clinicamente. 
PREPARO DO PACIENTE 
Cada pessoa envolvida na programação e no preparo do paciente desempenha 
um papel chave em uma RM bem-sucedida. Um formulário resumido ou uma 
brochura explicando o exame pode ser fornecido quando o compromisso é 
 programado. Ganhar a confiança do paciente é uma preocupação importante, 
porque, quanto mais relaxado e confortável o paciente estiver, maior a 
probabilidade de um exame bemsucedido. Deve-se permitir tempo suficiente 
para inquirir sobre a história do paciente, explicar o exame detalhada mente, 
remover todos os objetos metálicos e assegurar que o paciente esteja 
confortável. Informações a serem incluídas durante o preparo de um paciente 
para uma varredura de RM podem incluir explicações sobre os seguintes itens: 
1. Uma descrição do sconner de RM 
2. A importância de permanecer imóvel 
3. O barulho que eles irão ouvir 
4. A extensão de tempo que uma seqüência irá durar 
5. O sistema de comunicação de duas vias e a monitorização que irá ocorrer 
6. A ausência de radiação ionizante 
7. A importância de remover todos os objetos metálicos 
Algumas seqüências de pulso geram um ruído de alto volume que está associado com o uso de gradiente. O paciente tem que ser 
informado sobre isso, e pode ser necessária proteção de ouvido durante essas seqüências. 
 
ALIVIANDO A ANSIEDADE DO PACIENTE 
A abertura ou o interior do magneto (armação) na qual o paciente é posicionado na maca ou mesa de varredura para a obtenção de imagens 
por RM é mostrada na Fig. 24.45. Esse pode ser um espaço bastante estreito e confinado, e alguns pacientes com tendências claustrofóbicas 
podem se tornar ansiosos ou até mesmo alarmados por isso. Existem algumas controvérsias sobre se deve ser comunicado ao paciente que 
pode ocorrer claustrofobia, mas em geral é considerado melhor não mencionar o potencial para claustrofobia. O técnico em RM, entretanto, tem 
que estar preparado se o paciente mencionar claustrofobia, situação na qual podem ser tomadas medidas para assegurar que o paciente tenha 
o mínimo de ansiedade possível. A claustrofobia pode ocorrer bastante espontaneamente uma vez que o paciente esteja no magneto. As 
seguintes opções podem ser usadas para reduzir a ansiedade e obter um exame bem-sucedido: 
1. Música e técnicas de relaxamento; os pacientes fecham os olhos e pensam em algo agradável. 
2. Mova o paciente lentamente através do magneto. 
3. Permita a presença de um membro da família na sala durante o exame. O membro da família pode segurar a mão ou o pé do paciente,lembrando ao paciente que o sconner é aberto em ambas as extremidades. 
Em algumas situações, pode ser necessária sedação. O tipo de sedação e as contra-indicações variam dependendo das rotinas 
 
CONTRA-INDICAÇÃO ABSULUTAS PARA RM* 
Marca-passos 
Clipes ferromagnéticos para aneurisma 
Fragmentos metálicos no olho 
Implantes cocleares 
Prótese valvar cardíaca Starr-Edwards modelo pré-6000 
Bombas internas de infusão de drogas Neuroestimuladores 
Estimuladores de crescimento ósseo 
*Shellock FG, Crues JV: Safety consideration in Magnetic Resonance Imaging. MRI Oecisions 2:25,1988. 
departamentais. O paciente tem que ser monitorizado atentamente caso esteja sedado, e não pode ser autorizado a viajar sozinho para casa 
após a sedação. 
 
MONITORAÇÃO DO PACIENTE 
A monitoração do paciente pode exigir tranqüilização freqüente durante a varredura ou durante os intervalos entre as seqüências de pulso. Se 
for fornecida tranqüilização durante o exame, o paciente tem que ser lembrado de que não pode se mover ou falar durante a aquisição de 
dados. 
A monitoração do paciente sedado é difícil devido à extensão do interior do magneto. As preocupações principais são se os pacientes estão 
respirando e se têm oxigênio suficiente. Observar as incursões respiratórias é geralmente suficiente para assegurar a respiração, mas um 
oxímetro de pulso pode ser usado para verificar uma troca adequada de O2 e CO2. O campo magnético e a interferência de RF podem causar 
problemas na operação desse equipamento de monitoração, e, portanto, apresentam algumas limitações. 
Sumário As principais preocupações no preparo de um paciente para um exame de RM são as seguintes: 
1. Pesquisar contra-indicações 
2. Explicar o exame (reduzindo a ansiedade e o medo do paciente) 3. Remover todos os objetos metálicos 
4. Assegurar o conforto do paciente 
 
774-- OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
Considerações Básicas de Segurança 
Preocupações de segurança para o técnico, o paciente e o pessoal médico 
têm que ser reconhecidas e são devidas à interação dos campos magnéticos 
com objetos metálicos e tecidos. Durante uma varredura de RM, pacientes 
assim como outras pessoas na área imediata são expostas a campos 
magnéticos estáticos, induzidos por gradiente (variáveis com o tempo) e 
de radiofreqüência (RF). 
Preocupações com segurança na RM resultando da interação desses campos 
magnéticos com tecidos e objetos metálicos são as seguintes: 
1. Risco potencial de projéteis 
2. Interferência elétrica com implantes 
3. Torque de objetos metálicos 
4. Aquecimento local de tecidos e objetos metálicos 
5. Interferência elétrica com as funções normais das células nervosas e das 
fibras musculares 
Cada uma dessas cinco preocupações com segurança será discutida, 
iniciando-se com os riscos potenciais de projéteis. 
RISCO POTENCIAL DE PROJÉTEIS 
Um campo magnético estático envolve o magneto e é denominado campo 
magnético adventício. Certos itens não são permitidos dentro desses campos 
adventícios, e a monitoração é essencial antes de se permitir que qualquer 
pessoa entre na sala do magneto. Cartazes de alerta e sistemas de segurança 
para portas têm que estar em uso para evitar que pessoal não-autorizado entre 
em áreas restritas dentro do campo magnético adventício. 
Os campos magnéticos adventícios são geralmente medidos em gauss (G). 
A força do campo adventício é inversamente proporcional ao cubo da distância 
a partir do interior do magneto; portanto, o perigo de projéteis se torna maior à 
medida que se chega mais próximo do magneto. Por exemplo, em um sistema 
de obtenção de imagens de 1,5 tesla, um objeto ferromagnético a 0,9 m de 
distância terá uma força 10 vezes maior que a da gravidade; e a 2,1 m sua 
força se igualaria à da gravidade (Fig. 24.47). Se um pequeno objeto 
ferromagnético fosse solto 
próximo ao magneto, ele poderia se tornar letal quando atingisse uma' 
velocidade final de 64 quilômetros por hora no momento em que chegasse 
ao centro do magneto.* 
No caso de um código (parada respiratória ou cardíaca), o paciente tem que 
ser primeiramente removido da sala de varredura e todo o pessoal alertado 
sobre o procedimento de rotina de resposta para eliminar a possibilidade de 
que objetos metálicos se tornem projéteis perigosos. 
Geralmente, os equipamentos para pacientes, tais como tanques de O2, 
bombas IV, equipamento para monitoração do paciente, cadeiras de rodas 
e carrinhos não são permitidos dentro da linha de 50 gauss, embora alguns 
equipamentos especiais tenham sido projetados para serem usados 
especificamente em RM. 
 
INTERFERÊNCIA ELÉTRICA COM IMPLANTES ELETROMECÂNICOS 
Uma segunda preocupação importante é um possível dano a componentes 
eletrônicos e à função de marca-passos cardíacos; portanto, esses não são 
permitidos dentro da linha de 5 gauss. Além de o campo magnético estático 
poder causar possíveis danos aos marca-passos cardíacos, os pulsos de RF 
podem induzir voltagem nas derivações dos marca-passos. 
Outros dispositivos que podem ser afetados adversamente pela RM são 
implantes cocleares, neuroestimuladores, bombas de infusão de drogas i 
implantadas e estimuladores de crescimento ósseo. Objetos tais como fitas 
magnéticas, cartões de crédito e relógios analógicos também podem ser 
afetados, e devem portanto ser mantidos fora da linha de 10 gauss. 
 
*Williams KD, Drayer BP: BNI quorter/y 5: 1, 1989. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
775--OUTRAS MODALIDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS 
 
TORQUE DE OBJETOS METÁLICOS 
A terceira preocupação com segurança envolve objetos metálicos, tais como clipes cirúrgicos localizados dentro ou sobre o corpo do paciente e 
sua interação com o campo estático. O campo magnético pode causar torque ou um movimento de torção do objeto e dano ao tecido que 
circunda o sítio cirúrgico. 
A contra-indicação mais importante nessa categoria é para pacientes com clipes para aneurisma intracraniano. Foi demonstrado que vários 
clipes para aneurisma apresentam torque quando expostos ao campo magnético estático usado em RM. Os clipes para aneurisma seriam 
considerados uma contra-indicação, a não ser que o tipo exato seja conhecido e tenha sido provado que não é ferromagnético.* 
É recomendada cautela para todos os pacientes com colocação recente de clipes cirúrgicos. Próteses de substituição do estapédio podem ser 
consideradas uma contra-indicação. Pacientes com objetos metálicos estranhos tais como balas, granadas e especialmente objetos metálicos 
intra-oculares têm que ser investigados cuidadosamente. Radiografias convencionais de investigação podem estar indicadas. 
AQUECIMENTO LOCAL DE TECIDOS E OBJETOS METÁLICOS 
Uma quarta área de preocupação é com o aquecimento local de tecidos e grandes objetos metálicos dentro do corpo do paciente. Os pulsos de 
RF que passam através do corpo do paciente causam aquecimento tissular. Esse aquecimento é medido em Wjkg (watts por quilograma) e é 
denominado TAE, ou taxa de absorção específica. Os técnicos têm que se preocupar com os limites da TAE, embora os sconners de RM 
possam ser equipados para regular os parâmetros de modo que os limites da TAE não sejam ultrapassados. Freqüentemente o técnico tem que 
inserir o peso do paciente para que esse cálculo seja feito. 
O calor produzido é dependente do número de cortes, do ângulo de inversão, do número de médias de sinal, do TR e do tipo de tecido. O corpo 
é capaz de dispersar o calor através dos processos circulatórios e evaporativos normais. Nos níveis de RF usados na RM, não foi demonstrada 
a ocorrência de qualquer aquecimento tissular biologicamente prejudicial. 
Essa, entretanto, é uma razão pela qual as gestantes não são examinadas de rotina. O aumento na temperatura fetal pode ser danoso. Os 
efeitos disso para a RM não foram totalmente documentados. 
INTERFERÊNCIA ELÉTRICA COM AS FUNÇÕES NORMAIS DAS CÉLULAS NERVOSAS E DAS FIBRAS MUSCULARES 
Campos magnéticos induzidos por gradiente modificando-se rapidamente podem causar corrente elétrica

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