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Exercícios da unidade 03

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Exercícios da unidade 03
Questão 1
Correta
Questão com problema?
O Racismo simboliza qualquer pensamento ou atitude que segrega as raças humanas considerando-as hierarquicamente como superiores e inferiores.
No Brasil, as implicações do racismo, enquanto estrutura de dominação política, cultural e social, não alude somente à segregação socioeconômica dessa população. Implicam, de fato, em etnocídio e genocídio da população negra e indígena desde os primórdios da colonização portuguesa até os dias de hoje.
Tomando como base essas afirmações, é correto afirmar sobre o povo indígena que:
Sua resposta
Correta
para apaziguar as relações entre portugueses com os indígenas sobreviventes foi adotado um sistema de tutela e de reserva de terras, delimitado pela administração colonial.
Comentário
A alternativa correta é: para apaziguar as relações entre portugueses com os indígenas sobreviventes foi adotado um sistema de tutela e de reserva de terras, delimitado pela administração colonial.   A estrutura do racismo no Brasil se iniciou com os povos negros que assumiram um abase igualitária ao adotarem uma relação aos costumes, culturas, línguas, religiosidades dos nossos povos originários. Falso. A relação dos colonos portugueses com os indígenas é o primeiro terreno histórico para pensarmos a estruturação do racismo no Brasil. Essa relação, longe de assumir uma base igualitária, apoiou-se na construção das diferenças e hierarquias demarcadas em relação aos costumes, culturas, línguas, religiosidades dos nossos povos originários. mesmo classificados como pagãos, os portugueses buscaram converter à fé cristã para que os povos cristãos fossem reconhecidos como sujeitos em condições de igualdade. Falso. Embora os nativos não tenham sido considerados nem hereges, nem pagãos, mas povos gentis – cristãos por natureza, que deveriam ser convertidos à fé cristã – não foram reconhecidos como sujeitos em condição de igualdade com os portugueses. apesar da violência contra os povos indígenas com os massacres continuados, a população nativa não foi forçada a trabalhos escravos nem a outros tipos de violência, como abuso sexuais e estupro, ocorrida com os povos negros.  Falso. A população nativa não foi nem um pouco poupada de tentativas de recrutamento para o trabalho forçado e muitos outros tipos de violência – inclusive de abuso sexual e estupro das indígenas –, e de massacres continuados, para não dizer de tentativas de extermínio que certamente perduram até hoje – não sem a resistência contínua desses povos, é claro (LEWIS, 2019). a religião no sistema colonial teve participação fundamental na Junta de Valladolid (1550/51) para se evitar o racismo político existente sobre os indígenas das Américas. Falso. No início do sistema colonial, o racismo assumiu características religiosas. Na Junta de Valladolid (1550/51), pela primeira vez se discutiu a questão sobre a natureza – cristã ou não – dos indígenas das Américas, portanto também sobre qual política colonial adotar em face deles. para apaziguar as relações entre portugueses com os indígenas sobreviventes foi adotado um sistema de tutela e de reserva de terras, delimitado pela administração colonial. Verdadeiro. Os sistemas de tutela e de reserva de terras, instituições jurídicas nas quais, respectivamente, o indígena foi considerado um menor de idade que devia ser tutelado pelo Estado e devia se contentar com um espaço reduzido de sua própria terra nativa, delimitado pela administração colonial, foram utilizados para “apaziguar” as relações dos portugueses com os indígenas sobreviventes.
Questão 2
Correta
Questão com problema?
Em sua obra “Raízes do Brasil”, o historiador Sérgio Buarque de Holanda descreve traços comportamentais na política brasileira que dificultam a separação do que é público e privado, como observamos no trecho a seguir:
 
“No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados aos interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo da nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente pró pessoal. Dentre esses círculos, foi sem dúvida o da família aquele que se exprimiu com mais força e desenvoltura na nossa sociedade”. (HOLANDA, 2007, p. 146).
Tomando como base nessas informações, é correto afirmar que:
Sua resposta
Correta
A cordialidade do homem na interpretação de Holanda retrata uma simbologia vivenciada na vida privada sem o mundo público.
Comentário
A alternativa correta é: Na esfera política, os interesses e afetos pessoais, nas relações políticas, moldam a lei sempre que conveniente.   A cordialidade do homem na interpretação de Holanda retrata uma simbologia vivenciada na vida privada sem o mundo público.  Falso. Na interpretação de Holanda, o “homem cordial”, símbolo dessa lógica herdada da colônia, transformaria o mundo público em uma projeção da vida privada. Nessa obra, Holanda procura explicar que determinados grupos empresariais concentram o poder e disputam a política no Brasil. Verdadeiro. As relações políticas, que dependem do respeito à esfera pública, são obstaculizadas pelas relações pessoais, nas quais interesses e afetos pessoais, moldariam (ou burlariam) a lei sempre que conveniente. O personalismo exagerado é marcando na fala do autor ao descrever “privilégios e hierarquias” e “o predomínio constante das vontades particulares”. Falso. Raimundo Faoro (1925-2003), em seu “Os donos do poder” (1958), buscou explicar os cenários de disputa política no Brasil e a reprodução da concentração de poder (econômico e político) em determinadas famílias/grupos empresariais. O personalismo exagerado é marcante na fala do autor ao descrever “privilégios e hierarquias” e “o predomínio constante das vontades particulares”. Falso. O autor faz alusão ao “personalismo exagerado” como marca da cultura dos povos ibéricos, dentre os quais os portugueses, que ajuda a entender as características de funcionamento das nossas instituições movidas pela “desorganização”, “falta de espírito de solidariedade”, “individualismo” e manutenção de “privilégios e hierarquias”. O estatismo, na visão de Holanda, é uma visão que resguarda o próprio patrimônio privado, caracterizando uma herança dos portugueses e espanhóis na gestão política no país. Falso. Para Holanda, o patrimonialismo – visão que resguarda o próprio patrimônio privado – é a marca da gestão política no país, herdada dos portugueses.
Questão 3
Correta
Questão com problema?
Leia o trecho da reportagem a seguir:
 
“Relatórios do Ibama e da Polícia Federal mostram que a Petrobras apresentou dados "falsos ou enganosos" para análise de contaminação das águas em decorrência de óleo e graxa jogados no oceano por plataformas marítimas de exploração de petróleo. As informações foram obtidas pelo jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Procurada, a estatal informou nesta segunda-feira (5) que está negociando com o Ibama o uso de outro método para fazer essa contabilidade. Segundo a reportagem, em relatório de junho de 2017 o Ibama apontava que "a totalidade dos resultados reais apresentou valores bem acima do limite máximo diário permitido, chegando o resultado real a ser 1.925% maior do que o resultado falso informado".
 
Com base nesse trecho, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
 
I - A fraude ambiental causada pela Petrobrás corrobora que o problema da corrupção está enraizado em sua totalidade no poder público.
PORQUE
II - A fraude de licenciamento ambiental e as operações ilícitas que danificam o meio ambiente e o descumprimento da legislação de proteção à saúde dos trabalhadores, evidenciam o enorme poder de setores econômicos representados por grandes corporações e empresas transnacionais.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Sua resposta
Correta
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I.
Comentário
A alternativa correta é: As asserçõesI e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I.   A asserção I é verdadeira, pois, para essa análise estrutural, é necessário o entendimento da relação implícita do público e do privado na noção de corrupção. O problema da corrupção está completamente enraizado no poder público.   A asserção II é verdadeira, pois, crimes como a fraude nos balanços das empresas para conseguir obter melhor preço na venda de ações; o uso privilegiado de informações para se beneficiar nos negócios; o suborno e o pagamento de propinas a agentes públicos; a fraude ao licenciamento ambiental e as operações ilícitas que danificam o meio ambiente; a fraude com relação à obediência da legislação de proteção à saúde dos trabalhadores; as falsas falências de empresas, que têm o mero propósito de desobrigá-las do pagamento de dívidas junto aos trabalhadores, aos fornecedores e ao erário público; dentre muitos outros exemplos, evidenciam o enorme poder de setores econômicos – sobretudo quando representados por grandes corporações e empresas transnacionais – e sua interação com o modo de agir do Estado. Mas as duas asserções podem ser entendidas de forma independente.
Questão 4
Correta
Questão com problema?
A cordialidade da elite do município de Curuzu enganou Policarpo Quaresma. No início, o personagem central da obra de Lima Barreto chegou a pensar que a intimação assinada pelo simpático presidente da Câmara era apenas uma brincadeira. Mas o documento era uma vingança. Ao se recusar a entrar no jogo da corrupção local, Policarpo se tornou alvo de represálias.
No romance de 1911, a corrupção na esfera pública não surge como fenômeno novo, mas aparece como mal característico da sociedade, o qual a República não demonstra interesse em suprir. As represálias sofridas por Policarpo escancaram o uso do patrimônio público para interesses privados.
Essa confusão tem sua origem séculos antes da publicação do romance. A ausência de distinção entre patrimonialismo e favorecimento de indivíduos com base nos laços familiares e de amizade foram características do modelo de colonização aplicado no Brasil.
 
Tomando como base esse trecho sobre a corrupção, analise as afirmativas a seguir:
I - O comportamento individual de desrespeito às normas éticas, morais e jurídicas em benefício próprio é um conceito comum, que abrange todos os âmbitos da vida da sociedade brasileira.
II - A tradição clientelista, o patrimonialismo e o nepotismo são práticas ultrapassadas no Estado brasileiro.
III - O depósito de dinheiro em instituições bancárias de amigos, mesmo que sólidas, e a supervalorização de imóveis adquiridos por entidades públicas a fim de canalizar parte do lucro para “caixinhas” diversas, exemplificam casos de corrupção.
Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:
Sua resposta
Correta
 I e III, apenas.
Comentário
A alternativa correta é:    I e III, apenas.   I - O comportamento individual de desrespeito de normas éticas, morais e jurídicas em benefício próprio é um conceito mais comum que abrange todos os âmbitos da vida de uma sociedade. II - A tradição clientelista, o patrimonialismo e o nepotismo são tidas como chaves de interpretação para compreender como no Estado brasileiro a corrupção enraizada é feita. III - O depósito de dinheiro em instituições bancárias de amigos, mesmo que sólidas, e a supervalorização de imóveis adquiridos por entidades públicas a fim de canalizar parte do lucro para “caixinhas” diversas, exemplificam casos de corrupção.   I - Verdadeiro. A noção mais comumente pensada para a corrupção remete a um comportamento individual de desrespeito de normas éticas, morais e jurídicas para tirar benefício próprio, para beneficiar alguém ou um grupo. Nesse sentido, a corrupção pode estar presente em todos os âmbitos da vida de uma sociedade, desde as dinâmicas familiares até o funcionamento de uma empresa privada/pública ou do Estado, podendo ser investigada a partir de diferentes ângulos – a cultura e os valores de uma sociedade, a opinião pública, os costumes, entre outros. II - Falso. A tradição clientelista (prática eleitoreira), o patrimonialismo (a fusão de interesse privado e público) e o nepotismo (favoritismo de parentes) são práticas enraizadas no Estado Brasileiro e permanecem muito atuais.  III - Verdadeiro. Considere a descrição de RIOS (1987) de casos de corrupção. Segundo o autor, os exemplos de corrupção são incontáveis e envolvem: Desde a fraude eleitoral até falsificação de registros públicos, do desvio de dinheiro do erário à venda fraudulenta de terras públicas ou de recursos naturais, a parcialidade na concessão de licenças ou patentes, o empreguismo, o favoritismo na elaboração de contratos, a concessão de benefícios e isenções fiscais que fraudam padrões públicos de boa conduta. Sem falar nas ações que varam francamente para o ilícito, na proteção do delinquente endinheirado, na associação da autoridade com várias modalidades de contravenção e crime de que o noticiário jornalístico nos dá fartos exemplos [...] É o depósito de dinheiro público em instituições bancárias de amigos, ainda que sólidas; a filtragem de informações confidenciais a sócios e compadres, habilitando-os a auferir grandes lucros em operações financeiras; ou a supervalorização de imóveis adquiridos por entidades públicas a fim de canalizar parte do lucro para “caixinhas” diversas [...]
Questão 5
Correta
Questão com problema?
 A Transparência Internacional (TI) define corrupção como “o abuso do poder confiado para fins privados e pode ser classificada como grande, pequena ou política, dependendo da quantidade de dinheiro perdido e dos setores em que ocorre”. Mas como expressar em números algo tão subjetivo como “abuso de poder”?
A saída encontrada pela TI foi focar na experiência de quem está envolvido com o setor público no dia a dia. O CPI é um índice que expressa, em uma escala de 0 (altamente corrupto) a 100 (muito limpo), “o grau em que a corrupção é percebida a existir entre funcionários públicos e políticos”.
Mas por que medir apenas a corrupção “percebida”? Não parece um critério muito subjetivo? Por mais frustrante que possa parecer, confiar nas percepções é o que há de mais seguro quando o assunto é corrupção, tendo em vista que os atos corruptos, em geral, são deliberadamente escondidos do público, tornando-se conhecidos apenas por meio de investigações e divulgação de escândalos.
 
Fonte:< https://bancariospb.com.br/2014/03/10/sonegacao-dos-ricos-e-25-vezes-maior-que-corrupcao-nos-paises-em-desenvolvimento/>. Acesso em: 20 jan. 2019.
 
Tomando como base essas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I - A contabilização da corrupção em termos econômicos é um meio de avaliar os prejuízos econômicos e à sociedade em geral através do impostômetro e sonegômetro.
PORQUE
II - Esse cálculo, de forma monetária, evidencia por meio da simulação do cálculo, os impostos pagos pela população e a quantidade de tributos sonegados e para os grandes devedores de impostos que poderiam ser revertidos para o bem púbico.
A respeito dessas asserções, é correto afirmar que:
Sua resposta
Correta
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
Comentário
 A alternativa correta é:  As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.   A asserção I é verdadeira, pois, Tanto em se tratando da corrupção que se dá a partir das grandes empresas quanto daquela que acontece pelas mãos dos agentes governamentais, a corrupção pode ser contabilizada em termos econômicos e, para isso, há diversas metodologias destinadas a calcular seus “prejuízos econômicos” ao patrimônio público e à sociedade em geral (SPECK, 2000).Esse cálculo pode assumir a forma monetária, ou seja, evidenciar a quantia em dinheiro desviado, ou pode ser efetuado por uma equivalência desse montante em dimensões concretas do funcionamento de uma sociedade, por exemplo: Quantos leitos de hospitais, por ano, o desvio de dinheiro público significa para a sociedade brasileira?A asserção II é verdadeira, pois, Impostômetro e Sonegômetro são duas medidas distintas que nos permitem quantificar e refletir sobre a corrupção e seus efeitos no país são o impostômetro e o sonegômetro. Enquanto a primeira busca simular o cálculo, em tempo real, dos impostos pagos pela população – o que permite pensarmos, portanto, no dinheiro arrecadado pelo Estado e que deveria ser integralmente revertido em políticas para o bem comum -, a segunda aponta para a quantidade de tributos sonegados e para os grandes devedores de impostos que, uma vez mais, poderiam ser revertidos em obras e ações que favoreceriam o bem público.

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