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Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Organização e Serviços Auxiliares 
da Justiça do Trabalho
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230727072183
GUSTAVO DEITOS
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do 
Tribunal Superior do Trabalho (Gabinete de Ministro). 
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do 
TRF da 3ª Região. Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARILIA ALVES CASTRO TRIGUEIRO - 05621974352, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DireiTO PrOceSSuAl DO TrAbAlhO
Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho
Gustavo Deitos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Composição da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Supremo Tribunal Federal e a Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Tribunal Superior do Trabalho (TST) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3. Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.4. Juízes do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2. Competências dos Órgãos da Justiça do Trabalho (Funcionamento) . . . . . . . . . 19
2.1. Funcionamento das Varas do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2. Funcionamento dos TRTs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3. Funcionamento do TST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3. Jurisdição da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1. Características da Jurisdição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4. Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
 
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DireiTO PrOceSSuAl DO TrAbAlhO
Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho
Gustavo Deitos
APreSeNTAÇÃOAPreSeNTAÇÃO
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran! Espero encontrá-lo muito bem! Neste curso, apresento-
lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do trabalho, com o objetivo de lhe 
disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter 
o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa 
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo 
e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente, 
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. 
Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com 
um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de 
contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De 
qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos 
de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran. Tudo depende, unicamente, da preferência 
de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Processual do 
Trabalho: Organização da Justiça do Trabalho e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho.
 Obs.: Esta aula não trata das competências constitucionais da Justiça do Trabalho 
(competência material). Agora, abordaremos a organização deste ramo do Poder 
Judiciário e as competências dos órgãos e serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, 
com foco predominantemente interno, além de importantes considerações teóricas 
sobre a tutela jurisdicional. As competências materiais (constitucionais) são objeto 
de outra aula de nosso curso.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos 
os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. 
O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade 
do conteúdo e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de 
exercícios disponibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas 
seja efetivamente testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Considero 
o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e 
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade 
do material.
 
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Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho
Gustavo Deitos
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de 
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso 
você tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum 
problema, por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar 
sua avaliação. Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir 
quaisquer problemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua 
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, 
que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor,envie-a a mim por 
meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será 
um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande 
respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
A aula é atualizada de acordo com a Emenda Constitucional n. 122/2022.
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Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho
Gustavo Deitos
ORGANIZAÇÃO E SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA ORGANIZAÇÃO E SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 
DO TRABALHODO TRABALHO
1 . cOMPOSiÇÃO DA JuSTiÇA DO TrAbAlhO1 . cOMPOSiÇÃO DA JuSTiÇA DO TrAbAlhO
A Justiça do Trabalho é composta pelos órgãos referidos na Constituição Federal, os 
quais, por sua vez, são divididos internamente de acordo com competências específicas.
A estrutura básica da Justiça do Trabalho é tratada na Constituição Federal. A estrutura 
interna dos órgãos da Justiça do Trabalho, por sua vez, é tratada nos regimentos internos 
de cada órgão.
De acordo com o art. 111 da Constituição Federal, compõem a Justiça do Trabalho os 
seguintes órgãos:
• TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – TST (Instância Superior);
• TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT(Segunda Instância);
• JUÍZES DO TRABALHO – que atuam em Varas do Trabalho (Primeira Instância).
Veja: a Constituição Federal não fala de “Varas do Trabalho”, mas, sim, de Juízes do 
Trabalho. Na verdade, as Varas do Trabalho são os órgãos de lotação onde atuam os Juízes 
do Trabalho e os servidores da respectiva Secretaria. Sobre as Varas, estudaremos com 
maior profundidade em seguida.
A Constituição Federal também instituiu o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, 
que não é um órgão jurisdicional, e sim um órgão administrativo, que possui competências 
específicas para apoiar a gestão administrativa da Justiça do Trabalho de primeira e segunda 
instância (Juízes do Trabalho e TRTs).
Portanto, organograma básico da Justiça do Trabalho no Brasil, compreendendo os 
órgãos jurisdicionais com competência em matérias trabalhistas, é o seguinte:
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Gustavo Deitos
1 .1 . SuPreMO TribuNAl FeDerAl e A JuSTiÇA DO TrAbAlhO1 .1 . SuPreMO TribuNAl FeDerAl e A JuSTiÇA DO TrAbAlhO
Afinal de contas, por que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi incluído no organograma da 
Justiça do Trabalho? É porque o STF tem competência para processar e julgar determinados 
recursos no processo do trabalho.
Esses recursos, todavia, não são estruturados pela CLT, mas sim pela própria Constituição 
Federal: recurso ordinário constitucional (art. 102, inciso II, alínea a, CF) e recurso 
extraordinário (art. 102, inciso III, CF).
De acordo com o art. 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, o STF processará 
e julgará, em grau de recurso ordinário (chamado tecnicamente de Recurso Ordinário 
Constitucional – ROC), o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado 
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
Se, por exemplo, um mandado de segurança for ajuizado diretamente no TST (competência 
originária do TST), e o TST denegar a segurança pleiteada, caberá ROC ao STF. O mesmo 
raciocínio vale para o habeas corpus, o habeas data e o mandado de injunção.
Como dito, o STF poderá, também, processar e julgar Recursos Extraordinários (RExt) 
no processo do trabalho. O Recurso Extraordinário, de acordo com o art. 102, inciso III, da 
Constituição Federal, terá cabimento nas causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo da Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
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c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Perceba que o artigo fala em causas decididas em ÚNICA ou ÚLTIMA instância. Há dois 
excelentes exemplos no processo do trabalho, um de única e outro de última instância.
Abaixo, apresentarei relevante histórico jurisprudencial sobre os recursos extraordinários 
nos processos da Justiça do Trabalho que tramitam sob o rito sumário (Lei n. 5.584/1970). 
Tal histórico é importante para fins de prova.
EXEMPLO
Primeiro exemplo (única instância):
Na Justiça do Trabalho, as causas de valor não excedente a dois salários mínimos seguem o rito 
sumário (de alçada). Nesse rito, não é cabível qualquer recurso, salvo quando a decisão do juiz 
do trabalho contrariar a Constituição Federal (art. 2º, §§ 3º e 4º da Lei n. 5.584/70 cumulado 
com art. 851, § 1º, da CLT, que fala da exclusividade da alçada das Varas no rito sumário). 
Nesse caso, costumava predominar o entendimento de que é cabível Recurso Extraordinário 
diretamente ao STF (isso mesmo: um RExt, direto para o STF, contra decisão de juiz do 
trabalho de primeira instância!). O STF, no entanto, já sustentou, em alguns julgados, o não 
cabimento dessa hipótese recursal. Essa decisão não é uniformizada, tampouco pacífica, razão 
pela qual a hipótese do recurso que mencionamos ainda é considerada válida por parcela da 
doutrina. Exemplo de acórdão do STF que aceitou essa hipótese de recurso extraordinário: 
(STF: 2ª Turma; RE 140.169-9. Rel. Min. Néri da Silveira)
EXEMPLO
Segundo exemplo (última instância):
Suponha que o advogado interpôs, em favor de seu cliente, recurso de revista ao TST, ao qual 
não foi dado provimento, embora tenha sido conhecido. O advogado opõe, facultativamente, 
embargos de divergência à Subseção Especializada em Dissídios Individuais, os quais também 
não são providos. Nesse caso, não haveria mais nenhuma hipótese legal ou regimental de recurso. 
Portanto, se o advogado entender que possui fundamentação suficiente que se enquadre em 
uma das hipóteses do art. 102, inciso III, da Constituição, poderá interpor Recurso Extraordinário 
ao STF (exemplo: decisões do TST que contrariam artigos da Constituição Federal).
A Súmula 505 do STF enuncia o seguinte:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 505 do STF
Salvo quando contrariarem a Constituição, não cabe recurso para o Supremo Tribunal 
Federal, de quaisquer decisões da Justiça do Trabalho, inclusive dos presidentes de 
seus tribunais.
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Gustavo Deitos
Essa súmula ainda é cobrada em várias provas de concursos. Todavia, ela é anterior à 
Constituição Federal de 1988. Portanto, a maioria já se posiciona nosentido de que ela está 
ultrapassada pelo novo texto constitucional. Dessa forma, aplicam-se as hipóteses do art. 
102, inciso III, da Constituição.
 Obs.: Ponto doutrinário
 Obs.: Carlos Henrique Bezerra Leite é um dos que entendem que a hipótese da alínea 
“d” do inciso III do art. 102 da CF seria inaplicável ao processo do trabalho, usando 
como fundamento a Súmula 505 do STF, que restringe o cabimento dos Recursos 
Extraordinários em processos trabalhistas a matérias constitucionais. Conforme 
nossa explanação em aula, esse posicionamento pode ser vencido, tendo em vista 
que a hipótese da referida alínea ( julgar válida lei local contestada em face de lei 
federal) foi acrescentada pela Emenda Constitucional n. 45 de 2004, sendo, portanto, 
posterior à Súmula.
Em 2023, o TST tornou pacífica a jurisprudência no sentido de que o recurso extraordinário, 
em tais processos (rito sumário, Lei n. 5.584/1970), não pode ser interposto enquanto 
não esgotadas as vias recursais próprias do processo do trabalho (recurso ordinário e 
recurso de revista). Confira exemplos jurisprudenciais:
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO 
NA VIGÊNCIA DA LEI N. 13.467/2017. RITO SUMÁRIO - PROCESSO DE ALÇADA - LEI 
N. 5.584/70 - RECURSO ORDINÁRIO CABÍVEL - MATÉRIA CONSTITUCIONAL. Nos 
termos do artigo 2º, § 4º, da Lei n. 5.584/70, atribuído à causa valor inferior ao dobro 
do salário-mínimo, não cabe recurso ordinário, salvo se versar sobre matéria de índole 
constitucional, o que, conforme bem destacado pelo TRT, é o caso dos autos, visto que 
o objeto da presente demanda se refere ao descumprimento de cota de aprendizagem, 
o que viola frontalmente o princípio da profissionalização, previsto no art. 227, caput, 
da CF. Ademais, cabe referir o entendimento pacificado do STF de que somente é 
possível a interposição de recurso extraordinário com o prévio esgotamento das vias 
recursais definidas na legislação trabalhista. Nesse sentido, a Súmula 281 do STF 
consagra que “ É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na Justiça de 
origem, recurso ordinário da decisão impugnada “. Assim, o TRT, ao entender cabível 
o recurso ordinário, decidiu em consonância com a jurisprudência do STF e do TST, no 
sentido de que não se pode interpor recurso extraordinário “ per saltum “, incumbindo, 
ao recorrente, exaurir, previamente, as vias recursais definidas pela legislação processual 
trabalhista, perante os órgãos competentes da Justiça do Trabalho. Precedentes. 
Agravo de instrumento não provido. (...) (AIRR-275-43.2020.5.09.0657, 2ª Turma, 
Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 16/06/2023).
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Organização e Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho
Gustavo Deitos
JURISPRUDÊNCIA
(...) RECURSO DE REVISTA. LEI 13.467/2017. RITO SUMÁRIO. PROCESSO DE ALÇADA. 
LEI N. 5.584/70. RECURSO ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 
Atribuído à causa valor inferior ao dobro do salário-mínimo, na forma do quanto 
disposto no art. 2º, § 4º, da Lei n. 5.584/70, não cabe recurso ordinário, exceto naquilo 
que verse sobre matéria constitucional. O eg. Tribunal Regional não conheceu do recurso 
ordinário do reclamante, por entender que, não obstante o apelo trate de matéria 
constitucional (incompetência da Justiça do Trabalho), o único recurso possível seria 
recurso extraordinário direto da Vara do Trabalho ao e. Supremo Tribunal Federal. A 
decisão regional contraria jurisprudência do e. STF e do c. TST, no sentido de que se 
deve exaurir, previamente, perante os órgãos competentes da Justiça do Trabalho, as 
vias recursais definidas pela legislação processual trabalhista (RE 638224), nos moldes 
da Súmula 281/STF, razão pela qual não poderia aquela Corte não conhecer do recurso 
ordinário. Recurso de revista conhecido e provido (RR-10239-55.2019.5.18.0201, 8ª 
Turma, Relator Ministro Aloysio Correa da Veiga, DEJT 24/06/2022).
 Obs.: O recurso de embargos à SDI, como estudaremos em momento oportuno, é um 
recurso de interposição facultativa. Logo, não é indispensável sua interposição 
previamente à apresentação de recurso extraordinário, se já tiver sido julgado 
eventual recurso de revista no mesmo processo.
1.2. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)1.2. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)
Primeiramente, tratarei das disposições da Constituição Federal referentes ao TST. Em 
seguida, confira as disposições, com comentários individualizados:
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos 
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável 
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela 
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
122, de 2022)
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado 
o disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da 
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Neste artigo, há várias informações importantíssimas.
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Gustavo Deitos
O TST é composto por 27 Ministros. Existe um método de memorização (de autoria 
desconhecida) do número de Ministros de cada Tribunal Superior no Brasil. No caso do 
TST, o método diz que o TST é composto por “Trinta Sem Três - TST”, o que logicamente 
corresponde a 27.
Os 27 Ministros devem ser brasileiros, quer natos, quer naturalizados. Não há diferença. 
Esses brasileiros devem ter:
• mais de 35 anos e menos de 70 anos de idade (limite máximo de idade alterado pela 
Emenda Constitucional n. 122/2022);
• notável saber jurídico;
• reputação ilibada.
Os Ministros do TST são nomeados pelo Presidente da República, que, no caso de 
vaga integrante dos 4/5 reservados aos Desembargadores do Trabalho, da carreira da 
magistratura, escolherá um dentre três nomes integrantes de lista tríplice elaborada pelo 
Tribunal Pleno do TST. O escolhido pelo Presidente da República será submetido a sabatina 
no Senado Federal, que consiste numa sessão de questionamentos ao sujeito escolhido, 
com o objetivo de aferir sua real aptidão para assumir o cargo de Ministro do TST.
Já no caso de vaga integrante do 1/5 reservado aos membros de carreira do MPT 
e da Advocacia, o procedimento será o seguinte: o MPT, ou o Conselho Federal da OAB, 
elaborarão uma lista sêxtupla (seis nomes) e encaminhá-la-ão ao TST. O TST, dentre os seis 
nomes, formará uma lista tríplice (três nomes) para enviar ao Presidente da República, o 
qual, por fim, escolherá um deles, em vinte dias, para ser sabatinado no Senado Federal. 
Esse procedimento está previsto no art. 94 da Constituição Federal.
Os Advogados e os membros do MPT, que ocuparão 1/5 das vagas de Ministro (quinto 
constitucional), deverão ter 10 anos de efetiva atuação na carreira, no mínimo.
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Gustavo Deitos
Veja, abaixo, mapa mental da escolha dos Ministros do TST:
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 Obs.: Os Desembargadores que tiverem ingressado como tais, nos TRTs, em vagas 
destinadas na época à advocacia e ao Ministério Público não poderão concorrer às 
vagas de Ministros do TST. Afinal, os Desembargadores do Trabalho que concorrem 
pelo equivalente a 4/5 das vagas devem ser oriundos da magistratura de carreira.
“§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.”
Atualmente, as competências de cada órgão do TST são tratadas pela Lei n. 7.701/88. 
Ademais, o Regimento Interno do TST traça os procedimentos internos relativos a cada 
trâmite de sua responsabilidade.
 Obs.: Ponto doutrinário
 Obs.: Em alguns segmentos, o Regimento Interno do TST chega até mesmo a estabelecer 
competências, o que leva alguns doutrinadores a entenderem que o Regimento 
Interno estaria invadindo matéria reservada à lei, pois, de acordo com o art. 22, 
inciso I, da Constituição, somente a União, por meio do Congresso Nacional, pode 
legislar sobre direito processual. Esse ponto, todavia, não prevalece.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, 
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
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II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e 
segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
A ENAMAT e o CSJT atuam junto ao TST. Segundo o Regimento Interno do TST, também 
atuam junto a ele o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do 
Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST) e a Ouvidoria, mas traremos somente dois primeiros, 
que têm previsão constitucional.
O CSJT possui autonomia administrativa e regimento interno próprio. Contudo, o CSTJ 
não tem função jurisdicional, razão pela qual não julga ações e nem recursos.
O CSJT é um órgão de natureza administrativa. Não julga ações, recursos ou quaisquer 
incidentes de natureza judicial.
O CSJT exerce supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial 
sobre os 24 TRTs e sobre as Varas do Trabalho. Portanto, o CSJT não supervisiona 
administrativamente o TST.
As decisões administrativas do CSJT, em especial aquelas que envolvem a fixação de 
despesas, têm efeito vinculante sobre os TRTs e, consequentemente, sobre as Varas do 
Trabalho. Um grande exemplo prático disso é o número de vagas de servidores que o CSJT 
autoriza para preenchimento por parte de cada TRT. Se o CSJT determinar que o TRT da 
1ª Região poderá nomear 15 servidores no exercício financeiro, o TRT da 1ª Região poderá 
nomear, somente, 15 servidores.
O CSJT é órgão central desse sistema de controle em razão de ser responsável pela busca do 
equilíbrio orçamentário e financeiro em toda a Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus. Concentra-
se no CSJT, portanto, essa competência, sem prejuízo do controle interno de cada TRT.
O TST, por sua vez, tem sua organização administrativa, orçamentária, financeira e 
patrimonial supervisionada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação 
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
A reclamação é uma ação própria, prevista nos artigos 988 e seguintes do CPC, que 
pode ser ajuizada perante o TST pela parte interessada ou pelo Ministério Público do 
Trabalho, a fim de:
• preservar a competência do TST;
• garantir a autoridade das decisões do TST;
• garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução 
de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência pelo TST.
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1.3. TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRT)1.3. TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRT)
Trataremos, neste momento, das disposições constitucionais pertinentes aos TRTs, 
com comentários individualizados.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, 
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 122, de 2022)
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e 
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado 
o disposto no art. 94;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, 
alternadamente.
Você pode perceber que, ao longo de textos legais e regimentais (inclusive em artigos da 
própria Constituição e nesta aula), os membros dos TRTs são chamados de “Desembargadores”. 
Esse nome facilita que o leitor associe os magistrados diretamente ao TRT, que é um órgão 
de segunda instância, pois há muito tempo esse nome foi associado aos magistrados de 
segunda instância, por influência dos Tribunais de Justiça.
No entanto, tecnicamente, os magistrados integrantes do TRT são juízes de segunda 
instância. Em sentido técnico, “desembargadores” só existem nos Tribunais de Justiça 
da Justiça Estadual. No entanto, para facilitar o entendimento, usaremos até mesmo em 
nossa aula, em alguns momentos, o termo “desembargador”. Fica registrado, todavia, o 
alerta de cunho técnico.
Os TRTs devem ter, no mínimo, sete integrantes. Na prática, cada TRT tem uma 
quantidade diferente de desembargadores do trabalho. Isso significa que nenhum 
regimento interno poderá prever menos de sete desembargadores.
Não confunda os limites de idade para membros do TRT com os limites para membros 
do TST. No TRT, os limites são:
Quanto aos procedimentos para escolha dos juízes do trabalho de carreira e dos membros 
do MPT ou advogado para compor vagas no TRT, você pode observar o mesmo procedimento 
traçado no mapa mental do subtítulo do TST, desconsiderando apenas a sabatina do 
Senado Federal, a qual, para nomeação de desembargador do TRT, não ocorre.
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O Presidente da República, ao escolher um nome para Desembargador do TRT da listra 
tríplice, nomeará o escolhido de imediato, sem sabatina.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de 
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Os TRTs têm o poder de levar a estrutura de Varas do Trabalho ( juiz e servidores) a 
lugares mais remotos e distantes das sedes das Varas, para atender a jurisdicionados dessas 
localidades, que por razões socioeconômicas e geográficas não conseguem se deslocar até 
a Vara do Trabalho de sua jurisdição.
Essa atitude é mais comum por parte de TRTs situados em Estados com cidades do 
interior muito isoladas.
Com o deslocamento do juiz e de um ou mais servidores, será possível facilitar a presença 
das partes em audiência e proporcionar a elaboração de reclamações trabalhistas reduzidas 
a termo, por intermédio de servidor, em favor de trabalhadores desassistidos de advogado.
Essas estruturas itinerantes só podem funcionar dentro do limite territorial da jurisdição 
do TRT. Por exemplo, o TRT da 11ª Região (Amazonas e Roraima) não pode enviar estrutura 
ao Estado do Mato Grosso, mas tão somente para Amazonas e Roraima.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as 
fases do processo.
Essa prática ainda não caiu nas graças dos TRTs, mas é possível que sejam instalados 
prédios do TRT em cidades interioranas, com a presença de desembargadores do trabalho, 
para facilitar o acesso das partes à justiça em grau de recurso, inclusive. Essa descentralização 
dá-se por intermédio das Câmaras Regionais.
Trata-se de providência com potencial de elevar a garantia constitucional do acesso 
à justiça.
EXEMPLO
É possível que o TRT da 12ª Região (Santa Catarina), que tem sua estrutura sediada no 
município de Florianópolis, instale Câmara Regional no município de Chapecó, que se localiza 
no oeste do Estado, distante da capital, a fim de facilitar que as pessoas domiciliadas no 
interior catarinense se aproximem do Tribunal.
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1 .4 . JuÍZeS DO TrAbAlhO1 .4 . JuÍZeS DO TrAbAlhO
Para começarmos a falar do juiz do trabalho, é importante conhecermos o art. 116 da 
Constituição Federal: “Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular”.
Veja: a jurisdição trabalhista – a aplicação do direito – é encargo do juiz do trabalho. A 
Vara do Trabalho é o órgão onde o juiz do trabalho, que exerce a jurisdição, atua. É por 
esta razão que, entre os órgãos da Justiça do Trabalho, a Constituição aponta os “Juízes 
do trabalho”, e não as Varas.
A jurisdição trabalhista de primeira instância passou a ser exercida por um juiz singular 
a partir do ano de 1999, por força da Emenda Constitucional n. 24.
Antes dessa Emenda, a jurisdição trabalhista de primeira instância era exercida por Juntas 
de Conciliação e Julgamento, compostas por um Juiz Presidente e por dois representantes 
classistas, um dos empregados e outro dos empregadores. É por isso que muito artigos da CLT 
ainda fazem referência às Juntas, aos Presidentes e a seus demais componentes, os “vogais”.
Os juízes do trabalho são necessariamente togados, isto é, aprovados em concurso 
público de provas e títulos e que preenchem os requisitos para assumir o cargo de juiz. Não 
há juízes leigos na Justiça do Trabalho (bacharéis em Direito voluntariamente exercentes 
de jurisdição, vistos em Juizados Especiais Cíveis). O que pode haver, na Justiça do Trabalho, 
é a figura do conciliador, que é um servidor ocupante de função de confiança destinada à 
atuação na conciliação em Varas do Trabalho e Centros Judiciários de Solução de Conflitos.
Aplicam-se aos juízes do trabalho, portanto, as garantias e as proibições constitucionalmente 
previstas para os juízes de carreira.
As garantias (art. 95 da Constituição Federal) são:
• Vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, 
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz 
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
− Antes de completar dois anos de efetivo exercício, o juiz do trabalho poderá 
perder o cargo por deliberação do tribunal, consistente num procedimento com 
contraditório e ampla defesa, devidamente motivado, que pode ter a perda do 
cargo condicionada à aprovação por dois terços dos membros do tribunal, em 
escrutínio secreto (art. 27, § 6º, Lei Orgânica da Magistratura Nacional);
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− Após completar dois anos de efetivo exercício, o juiz do trabalho será vitalício, 
e só poderá perder o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado.
• Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
− O juiz não pode ser removido arbitrariamente para outro lugar, sem um motivo 
adequado.
− De acordo com o art. 93, inciso VIII, da Constituição, “o ato de remoção, disponi-
bilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em 
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Na-
cional de Justiça, assegurada ampla defesa”.
− Dessa forma, tanto o TRT quando o CNJ poderão, pelo voto da maioria absoluta 
de seus membros, remover um juiz do trabalho para outra localidade, colocá-lo 
em disponibilidade (sem trabalhar, mas recebendo) ou aposentá-lo compulsoria-
mente (como punição por certo ato). A remoção, disponibilidade ou aposentadoria 
compulsória sempre deverão ter fundamento no interesse público, sob pena de 
nulidade do ato que remover, pôr em disponibilidade ou impor aposentadoria.
• Irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, 
II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Os juízes do trabalho, de acordo com o art. 39, § 4º, da Constituição, recebem subsídios, 
isto é, uma parcela remuneratória única, que impede o recebimento de quaisquer outras 
parcelas remuneratórias (gratificações, adicionais e vantagens em geral). O fato de o juiz 
receber por subsídio, no entanto, não impede o recebimento de parcelas indenizatórias, 
como o auxílio-moradia ou o auxílio-alimentação.
Quanto à garantia, o juiz do trabalho não pode ter seu subsídio reduzido sem um 
motivo pertinente. Logo, alterações legislativas não poderão diminuí-lo, pois isto poderia 
configurar coação indireta do Legislativo sobre o Judiciário. Além de aumento, o subsídio 
do juiz pode sofrer reajuste.
Por fim, de acordo com o art. 112 da Constituição, “a lei criará varas da Justiça do 
Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes 
de direito, com recurso para orespectivo Tribunal Regional do Trabalho”.
Há tempos, era possível que algumas localidades ficassem fora da jurisdição de quaisquer 
Varas do Trabalho (ou Juntas, antes de 1999). Dessa maneira, o juiz de direito, da Justiça 
Estadual local, assumia a jurisdição trabalhista, seguindo o direito processual do trabalho, 
e contra suas decisões caberia recurso ordinário ao TRT competente no território.
Hoje em dia, todavia, todas as localidades já integram a jurisdição de alguma Vara do 
Trabalho. Contudo, caso alguma localidade, um dia, fique desprovida de jurisdição trabalhista, 
tal regra suprirá o problema.
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22 . cOMPeTÊNciAS DOS ÓrGÃOS DA JuSTiÇA DO . cOMPeTÊNciAS DOS ÓrGÃOS DA JuSTiÇA DO 
TRABALHO (FUNCIONAMENTO)TRABALHO (FUNCIONAMENTO)
A seguir, trabalharemos com as repartições de competências estabelecidas na CLT, com 
relação aos órgãos da Justiça do Trabalho.
2 .1 . FuNciONAMeNTO DAS VArAS DO TrAbAlhO2 .1 . FuNciONAMeNTO DAS VArAS DO TrAbAlhO
As competências funcionais das Varas do Trabalho são estabelecidas nos artigos 652 
e 653 da CLT:
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do 
contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário 
ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de 
Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos [embargos à execução e embargos de declaração] opostos às suas 
próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) Revogado;
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça 
do Trabalho. (Incluído pela Lei n. 13.467, de 2017)
Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e 
aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta [Vara], a 
pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também 
versar sobre outros assuntos.
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho]:
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem 
a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais 
do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir [cartas] precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que 
decorram da sua jurisdição.
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Estes dois artigos abordam algumas hipóteses materiais de competência da Justiça 
do Trabalho que são absorvidas pelo teor dos incisos do art. 114 da Constituição Federal, 
detalhadamente estudados na aula sobre as competências constitucionais.
Alguns itens desses artigos correspondem a funções horizontais e verticais.
• Como exemplos de função horizontal, temos as competências para suspeições e 
exceções de incompetência, julgar embargos à execução e embargos de declaração 
e impor multas.
• Já como exemplo de função vertical temos a competência para cumprir atos 
ordenados pelos Tribunais (art. 653, b).
O rol de competências das Varas do Trabalho, no texto da CLT, não gera maiores problemas. 
A maior importância no que se refere às competências estabelecidas na CLT está em 
evitar confusões entre competências originárias dos Tribunais (como dissídio coletivo) e 
as competências originárias das Varas.
Imagino que você não tenha dificuldades para assimilar, por exemplo, que o julgamento 
de ações que envolvam o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) seja de competência do 
juiz do trabalho de primeiro grau. O mesmo raciocínio vale para dissídios sobre contratos 
de empreitada e homologações de acordos extrajudiciais. Afinal, todas essas matérias não 
têm importâncias diferentes das demais referentes às relações de trabalho.
É por isso que a maior importância, para fins de memorização, está nas competências dos 
tribunais.
2 .2 . FuNciONAMeNTO DOS TrTS2 .2 . FuNciONAMeNTO DOS TrTS
As competências funcionais dos TRTs constituem um elemento muito objetivo e dogmático 
do conteúdo, e estão previstas nos artigos 678, 679 e 680 da CLT, transcritos abaixo:
Há vários regimentos internos de tribunais que dividem as competências dos órgãos internos 
de forma diferenciada, inclusive de maneira diversa da estabelecida no texto da CLT.
Ao estudar as competências do texto literal da CLT, você precisa saber que esta tarefa é 
necessária, primordialmente, para acertar questões de concurso que cobrem as normas 
literais da CLT sobre repartição de competências.
Na prática, portanto, tenha em mente que os regimentos internos dos tribunais podem 
dispor de maneira diversa, embora haja correntes doutrinárias apontando a falta de 
competência dos tribunais para tanto, uma vez que a legislação sobre direito processual 
compete privativamente à União (art. 22, inciso I, CF/88).
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Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:
I – ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originariamente:
1) as revisões de sentenças normativas [dissídio coletivo de revisão];
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento 
[inaplicável atualmente];
c) processar e julgar em última instância:
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho], 
dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição 
trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares 
e respectivosservidores;
2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, 
assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II – às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos 
de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e julgar 
os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no 
caso do item I, alínea “c”, inciso 1, deste artigo.
DICA
1) Quando a competência envolver dissídio coletivo, 
ação rescisória, conflito de competência ou mandado de 
segurança, a competência será do Tribunal Pleno (de acordo 
com o texto da clT) .
2) recursos ordinários, agravos de petição e agravos de 
instrumento interpostos em face de sentenças de primeiro 
grau são apreciadas pelas TURMAS .
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Art. 679 - Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento das matérias 
a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I da alínea c do Item I, como os 
conflitos de jurisdição entre Turmas.
Como hoje em dia todos os TRTs se dividem em turmas, a regra do art. 679 torna-se 
obsoleta. Caso um TRT resolva dissolver todas as suas Turmas, todas as matérias competirão 
ao plenário do tribunal. É algo que, hoje, soa irreal.
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:
a) determinar às Juntas [Varas] e aos juízes de direito a realização dos atos processuais e 
diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros;
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos 
sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que decorram 
de sua Jurisdição.
2 .3 . FuNciONAMeNTO DO TST2 .3 . FuNciONAMeNTO DO TST
O TST é subdividido em vários órgãos, que possuem competências específicas. Abaixo, 
apresentarei organograma básico da estrutura interna do TST:
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 Obs.: O Tribunal Pleno e o Órgão Especial atuam lado a lado, na mesma escala hierárquica, 
porque o Órgão Especial nada mais é do que uma extensão do Tribunal Pleno, isto é, 
um órgão com competências delegadas do Tribunal Pleno (o Órgão Especial é um 
“Pleninho”, a grosso modo). Essas competências podem ser administrativas ou judiciais 
e são devidamente separadas no regimento interno do TST, como veremos a seguir.
Para facilitar seu estudo, citarei, abaixo, as competências de cada órgão interno do TST:
2 .3 .1 . TribuNAl PleNO
 Obs.: Tendo em vista que as provas de direito processual do trabalho não chegam ao 
ponto de cobrar as competências expressas no Regimento Interno do TST – a menos 
que ele seja mencionado no edital –, não as abordaremos de forma sistematizada. 
Com o fim de tornar este material mais completo, apresentarei as regras literais 
de competência dos órgãos internos do TST, para seu conhecimento.
 Obs.: Os dispositivos abaixo permanecem em integral validade, pois não foram 
modificados nas ocasiões de reforma do Regimento Interno do TST havidas 
nos anos de 2021 e 2022.
Art. 75. Compete ao Tribunal Pleno:
I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Ministros para integrar o Órgão 
Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do Conselho Consultivo da Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), o diretor e os membros 
do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do 
Trabalho (CEFAST); os Ministros membros do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e 
respectivos suplentes, os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor 
e seu substituto;
II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Superior do Trabalho, 
aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção e do Conselho Consultivo da 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do 
Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do 
Trabalho (CEFAST);
III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do Tribunal;
IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do Tribunal Superior 
do Trabalho e o início do exercício;
V – determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;
VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive processual, quando 
entender que deve manifestar-se oficialmente;
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VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto 
de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida 
de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois terços) das turmas, em pelo menos 
10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) 
de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia 
a partir de sua publicação no Diário Oficial;
VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de recursos repetitivos, 
afetados ao órgão;
IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, 
quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;
X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;
XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e à garantia 
da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica firmada em decisão 
com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por ele proferida.
2 .3 .2 . ÓrGÃO eSPeciAl
Art. 76. Compete ao Órgão Especial:
I – em matéria judiciária:
a) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à garantia 
da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica firmada em decisão 
com eficácia de precedente judicial de cumprimentoobrigatório, por ele proferida;
b) julgar mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de qualquer Ministro 
do Tribunal, ressalvada a competência das Seções Especializadas;
c) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho em mandado 
de segurança de interesse de magistrados e servidores da Justiça do Trabalho;
d) julgar os recursos interpostos contra decisão em matéria de concurso para a Magistratura 
do Trabalho;
e) julgar os recursos ordinários em agravos internos interpostos contra decisões proferidas em 
reclamações correicionais ou em pedidos de providências que envolvam impugnação de cálculos 
de precatórios;
f) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em mandado de segurança 
impetrado contra ato do Presidente de Tribunal Regional em precatório;
g) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em reclamações quando 
a competência para julgamento do recurso do processo principal for a ele atribuída;
h) julgar os agravos internos interpostos contra decisões proferidas pelo Corregedor-Geral da 
Justiça do Trabalho;
i) julgar os agravos internos interpostos contra decisões que denegam seguimento a recurso 
extraordinário por ausência de repercussão geral da questão constitucional debatida;
j) deliberar sobre as demais matérias jurisdicionais não incluídas na competência dos outros 
órgãos do Tribunal.
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II – em matéria administrativa:
a) proceder à abertura e ao encerramento do semestre judiciário;
b) eleger os membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e os das Comissões 
previstas neste Regimento, com observância, neste último caso, do disposto nos §§ 1º e 3º de 
seu art. 53;
c) aprovar e emendar o Regulamento Geral da Secretaria do Tribunal Superior do Trabalho, o 
Regimento da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, o Regulamento da Ordem do Mérito 
Judiciário do Trabalho, os Estatutos da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores 
e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST), e o Regimento Interno do Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT);
d) propor ao Poder Legislativo, após a deliberação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho 
(CSJT), a criação, extinção ou modificação de Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho, 
assim como a alteração de jurisdição e de sede destes;
e) propor ao Poder Legislativo a criação, a extinção e a transformação de cargos e funções 
públicas e a fixação dos respectivos vencimentos ou gratificações;
f) escolher, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, 
Desembargador de Tribunal Regional do Trabalho para substituir temporariamente Ministro do 
Tribunal Superior do Trabalho;
g) aprovar a lista dos admitidos na Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho;
h) aprovar a lotação das funções comissionadas do Quadro de Pessoal do Tribunal;
i) conceder licença, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal;
j) fixar e rever as diárias e as ajudas de custo do Presidente, dos Ministros e servidores do Tribunal;
l) designar as comissões temporárias para exame e elaboração de estudo sobre matéria relevante, 
respeitada a competência das comissões permanentes;
m) aprovar as instruções de concurso para provimento dos cargos de Juiz do Trabalho Substituto;
n) aprovar as instruções dos concursos para provimento dos cargos do Quadro de Pessoal do 
Tribunal e homologar seu resultado final;
o) julgar os recursos de decisões ou atos do Presidente do Tribunal em matéria administrativa;
p) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho em processo 
administrativo disciplinar envolvendo Magistrado, estritamente para controle da legalidade;
q) examinar as matérias encaminhadas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT);
r) aprovar a proposta orçamentária da Justiça do Trabalho;
s) julgar os recursos ordinários interpostos contra agravos internos em que tenha sido apreciada 
decisão de Presidente de Tribunal Regional em precatório;
t) deliberar sobre as questões relevantes e atos normativos a que alude o art. 41, XXXIII e 
parágrafo único, deste Regimento.
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2.3.3. SEÇÃO DE DISSÍDIOS COLETIVOS (SDC)
Art. 77. À Seção Especializada em Dissídios Coletivos compete:
I – originariamente:
a) julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de sua competência, ou rever 
suas próprias sentenças normativas, nos casos previstos em lei;
b) homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;
c) julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;
d) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;
e) julgar os agravos internos contra decisões não definitivas, proferidas pelo Presidente do 
Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
f) julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do Trabalho em processos de 
dissídio coletivo;
g) processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou incidentes nos processos de dissídio 
coletivo;
h) processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a jurisdição de 
Tribunal Regional do Trabalho;
i) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e à garantia 
da autoridade de suas decisões.
II – em última instância, julgar:
a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica;
b) os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho em ações rescisórias, reclamações e mandados de segurança pertinentes a dissídios 
coletivos e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;
c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em processo 
de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão embargada estiver em 
consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do
Trabalho ou com súmula de sua jurisprudência predominante;
d) os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário nos 
processos de sua competência.
2.3.4. SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS (SDI)
Art. 78. À Seção Especializada em Dissídios Individuais, em composição plena ou dividida em 
duas Subseções, compete:
I – em composição plena:
a) julgar, em caráter de urgência e com preferência na pauta, os processos nos quais tenha sido 
estabelecida, na votação, divergência entre as Subseções I e II da Seção Especializada em Dissídios 
Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de lei federal ou da Constituição da República;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à garantia 
da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica firmada em decisão 
com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, porela proferida.
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II – à Subseção I:
a) julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou destas que divirjam 
de decisão da Seção de Dissídios Individuais, de súmula ou de orientação jurisprudencial;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à garantia 
da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica firmada em decisão 
com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por ela proferida;
c) julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em processos de sua 
competência ou decorrentes do juízo de admissibilidade da Presidência de Turmas do Tribunal;
d) processar e julgar os incidentes de recursos repetitivos que lhe forem afetados;
III – à Subseção II:
a) originariamente:
I – julgar as ações rescisórias propostas contra suas decisões, as da Subseção I e as das Turmas 
do Tribunal;
II – julgar os mandados de segurança contra os atos praticados pelo Presidente do Tribunal, ou 
por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios Individuais, nos 
processos de sua competência;
III – julgar os pedidos de concessão de tutelas provisórias e demais medidas de urgência;
IV – julgar os habeas corpus;
V – processar e julgar os Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas suscitados nos 
processos de sua competência originária;
VI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à garantia 
da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica firmada em decisão 
com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por ela proferida.
b) em única instância:
I – julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em processos de 
sua competência;
II – julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais e os que envolvam Desembargadores 
dos Tribunais de Justiça, quando investidos da jurisdição trabalhista, e Juízes do Trabalho em 
processos de dissídios individuais.
c) em última instância:
I – julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões dos
Tribunais Regionais em processos de dissídio individual de sua competência originária;
II – julgar os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário 
em processos de sua competência.
2 .3 .5 . TurMAS
Art. 79. Compete a cada uma das Turmas julgar:
I – as reclamações destinadas à preservação da sua competência e à garantia da autoridade de 
suas decisões;
II – os recursos de revista interpostos contra decisão dos Tribunais
Regionais do Trabalho, nos casos previstos em lei;
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III – os agravos de instrumento das decisões de Presidente de Tribunal Regional que denegarem 
seguimento a recurso de revista;
IV – os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em processos de sua 
competência;
V – os recursos ordinários em tutelas provisórias e as reclamações, quando a competência para 
julgamento do recurso do processo principal for atribuída à Turma, bem como a tutela provisória 
requerida em procedimento antecedente de que trata o art. 114 deste Regimento.
3 . JuriSDiÇÃO DA JuSTiÇA DO TrAbAlhO3 . JuriSDiÇÃO DA JuSTiÇA DO TrAbAlhO
A partir de agora, explicarei os principais pontos do que se estuda como “Jurisdição da 
Justiça do Trabalho”, com necessárias abordagens sobre os aspectos teóricos da jurisdição 
civil, que abrange a trabalhista.
Jurisdição é uma terminologia derivada do latim, com a junção dos termos juris (direito) 
e dicere (dizer). Jurisdição, semanticamente, consiste no ato de dizer o direito. A partir 
do momento em que a jurisdição é exercida por um Estado soberano, ela passa a consistir 
na função pela qual o Estado aplica a lei geral e abstrata a todos os casos concretos que 
devam ser apreciados por órgãos e/ou agentes do Estado.
Diante da moderna separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), a 
jurisdição passa a servir como elemento essencial para a distinção da função do Poder 
Judiciário: a função jurisdicional.
Todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) exercem, de forma principal, uma 
função. As funções principais de cada Poder são:
• Poder Executivo: função administrativa/executiva
• Poder Legislativo: função legislativa (normativo-criativa)
• Poder Judiciário: função jurisdicional (dizer o direito)
Ao aplicar o direito ao caso concreto – e, por consequência, exercer a função jurisdicional 
–, o Estado passa a ser tido como Estado-juiz, exercendo a tutela jurisdicional sobre os 
negócios jurídicos, os atos e as pessoas.
O conceito acima afirmado é oriundo da doutrina clássica da jurisdição. Modernamente, 
tem-se sustentado que a atividade jurisdicional não se limita à aplicação do direito objetivo 
ao caso concreto. Afinal, o Estado deve preocupar-se, em igual intensidade, com a plena 
satisfação do direito reconhecido em juízo.
No ritmo dessa visão moderna da jurisdição, o CPC de 2015, no art. 4º, dispõe: “As partes 
têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade 
satisfativa”.
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O prestígio à diligência do Estado sobre a atividade satisfativa, com tanta eficiência 
quanto aquela empregada para o reconhecimento do direito a ser satisfeito, deu lugar a 
uma divisão quanto ao sentido de jurisdição:
• 1) JURIS-DICÇÃO: A jurisdição é e continuará sendo o ato de aplicar o direito objetivo 
ao caso concreto, na fase de conhecimento.
• 2) JURIS-SATISFAÇÃO: O órgão jurisdicional deve garantir a realização concreta do 
direito já reconhecido em juízo, na fase de execução.
A jurisdição trabalhista consiste no direito dito e satisfeito dentro dos limites de 
competência do art. 114 da Constituição Federal, e é exercida por juiz do trabalho, em 
primeira instância, por Tribunal Regional, em segunda instância, e pelo TST, na instância 
superior. Caso a matéria trabalhista tenha hierarquia constitucional reconhecida, como as 
abarcadas pelo art. 7º da Constituição Federal, o STF poderá exercer a jurisdição trabalhista.
A modificação da jurisdição de primeira instância pode decorrer da criação e/ou da 
extinção de Varas do Trabalho ou de Tribunais Regionais. Tal criação/extinção decorre 
exclusivamente da lei. Essa mesma lei terá o encargo de definir qual é a abrangência 
jurisdicional dessa Vara, caso seja criada, ou a qual território de jurisdição será submetida 
determinada localidade que, antes, era abrangida por Vara extinta.
O TST exerce jurisdição em todo o território nacional. Já os TRTs têm jurisdição espalhada 
pelos Estados da Federação. Há quatro TRTs que abrangemmais de um Estado, e um Estado 
abrangido por dois TRTs. Vejamos:
• TRT da 1ª Região: Rio de Janeiro
• TRT da 2ª Região: São Paulo (capital e baixada santista)
• TRT da 3ª Região: Minas Gerais
• TRT da 4ª Região: Rio Grande do Sul
• TRT da 5ª Região: Bahia
• TRT da 6ª Região: Pernambuco
• TRT da 7ª Região: Ceará
• TRT da 8ª Região: Pará e Amapá
• TRT da 9ª Região: Paraná
• TRT da 10ª Região: Distrito Federal e Tocantins
• TRT da 11ª Região: Amazonas e Roraima
• TRT da 12ª Região: Santa Catarina
• TRT da 13ª Região: Paraíba
• TRT da 14ª Região: Rondônia e Acre
• TRT da 15ª Região: São Paulo (Campinas e interior)
• TRT da 16ª Região: Maranhão
• TRT da 17ª Região: Espírito Santo
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• TRT da 18ª Região: Goiás
• TRT da 19ª Região: Alagoas
• TRT da 20ª Região: Sergipe
• TRT da 21ª Região: Rio Grande do Norte
• TRT da 22ª Região: Piauí
• TRT da 23ª Região: Mato Grosso
• TRT da 24ª Região: Mato Grosso do Sul
3 .1 . cArAcTerÍSTicAS DA JuriSDiÇÃO3 .1 . cArAcTerÍSTicAS DA JuriSDiÇÃO
A jurisdição estatal possui diversas características essenciais à sua configuração. Além 
de muito importantes para a compreensão do conteúdo, tais características aparecem, 
esporadicamente, como elementos relevantes para a interpretação de questões objetivas 
de prova. A seguir, apresentarei as características nominalmente destacadas na doutrina 
e reconhecidas pelas bancas.
3 .1 .1 . iNÉrciA
A jurisdição não é aplicada aos casos concretos se os sujeitos interessados não provocarem 
o Poder Judiciário para tanto. Em termos propriamente ditos, a jurisdição é inerte. O ato 
de “dizer o direito”, por parte do Estado-juiz, só será praticado se os sujeitos interessados 
no conflito solicitarem ao Estado-juiz que a lide seja resolvida.
Alia-se a esta característica, teoricamente, o princípio dispositivo (ou princípio da 
demanda), segundo o qual o juiz não pode decidir questões senão mediante provocação 
das partes (art. 2º do CPC).
3 .1 .2 . SubSTiTuTiViDADe
O Estado-juiz, ao aplicar o direito aos casos concretos, substitui as próprias partes no 
papel de tutelar o direito envolvido no conflito.
No direito natural, as próprias partes tutelam seus direitos, à base das próprias forças. Isso 
é o que se conhece por autotutela. A fim de que os bens jurídicos não sejam autotutelados 
pelos sujeitos, e de modo que seja evitado o retrocesso ao estado de barbárie, o Estado 
substitui os sujeitos no papel de tutelar os direitos envolvidos.
Como condição necessária para que a substituição das partes seja exercida pelo Estado-
juiz com justiça, deve o órgão judicial ser imparcial: não deve o Estado-juiz conservar 
tendências de cunho institucional ou pessoal que possam beneficiar uma ou outra parte 
do conflito. O direito deve ser aplicado ao caso concreto com o máximo de imparcialidade 
possível, sem que sejam observadas as pessoas envolvidas, mas, sim, o direito envolvido e 
a norma jurídica aplicável.
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3 .1 .3 . iNDeleGAbiliDADe
O Poder Judiciário não pode delegar – atribuir a outrem – a função jurisdicional (de aplicar 
o direito ao caso concreto) quando esta for exercida com caráter de definitividade. Esta 
função, com definitividade, é privativa dos órgãos do Poder Judiciário, e a atribuição dessa 
função, de forma típica, a outros Poderes configuraria violação ao princípio da separação 
dos poderes (art. 2º da Constituição Federal).
A indelegabilidade é tratada academicamente sob dois âmbitos:
• 1) ÂMBITO EXTERNO: Fundamenta o conceito clássico de indelegabilidade: não pode 
o Poder Judiciário delegar, por sua própria inciativa, a função jurisdicional a outros 
Poderes da República.
• 2) ÂMBITO INTERNO: Decorre de visão moderna do instituto: Os órgãos do Poder 
Judiciário não podem, arbitrariamente, delegar/transferir competências de que são 
titulares a outros órgãos do Poder Judiciário.
EXEMPLO
Não pode o Superior Tribunal de Justiça determinar que Tribunais de Justiça julguem o 
mérito de recursos especiais, cujo processo e julgamento compete-lhe por determinação 
constitucional.
Ademais, a atribuição de exercício da função jurisdicional com força de definitividade a 
terceiros também poderia configurar ofensa ao princípio do juiz natural, segundo o qual 
ninguém pode ser processado e julgado senão pela autoridade competente, isto é, com 
competência legal e/ou constitucional para apreciar determinada demanda (art. 5º, LIII, 
Constituição Federal).
O princípio do juiz natural tem desdobramento que proíbe a criação de juízos e tribunais 
de exceção, que são aqueles concebidos para processar e julgar um determinado problema, 
de forma apartada dos órgãos jurisdicionais já existentes. Essa proibição consta do art. 5º, 
XXXVII, da Constituição Federal.
O direito processual brasileiro permite a existência da arbitragem, que é uma forma de 
exercício da jurisdição, mas sem definitividade. Isso significa que, embora pessoas privadas 
possam exercer atividade jurisdicional, a conclusão obtida nessa atividade é sujeita à 
reanálise pelo Poder Judiciário, se provocado por alguma das partes interessadas.
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A fim de evitar que o problema seja carregado por muito tempo, e com o propósito de 
tirar do juiz o popular “poder da caneta”, as partes podem procurar formas extrajudiciais 
de solução do problema, lançando mão de concessões recíprocas até que cada parte consiga 
a parcela mais favorável para si, respeitando as limitações da outra parte. Desse propósito, 
decorre o surgimento das ferramentas alternativas de resolução de conflitos, dentre as 
quais figura a arbitragem.
As formas alternativas de solução de conflitos aparecem com o propósito de proporcionar 
às partes maior celeridade na resolução do problema. A judicialização da causa, no fundo, 
não é o que as partes querem. O que elas querem, intimamente, é a resolução do problema 
havido entre elas da forma mais favorável possível.
O CPC, em seu art. 3º, § 1º, dispõe: “É permitida a arbitragem, na forma da lei.”. A arbitragem, 
no Brasil, é estruturada na Lei n. 9.307/96 (Lei de Arbitragem). O art. 1º desta lei afirma que 
a arbitragem se dirige a dirimir conflitos relativos a “direitos patrimoniais disponíveis”.
De acordo com os arts. 13 e 14 da Lei de Arbitragem, pode ser árbitro qualquer pessoa 
capaz e que tenha a confiança das partes, e que não recaiam em nenhuma causa de 
suspeição ou impedimento dentre aquelas mesmas previstas para os juízes no CPC.
As partes podem, também, em vez de nomear uma só pessoa como árbitro, nomear 
várias pessoas, constituindo um Tribunal Arbitral.
Conforme o art. 19 da Lei de Arbitragem, considera-se instituída a arbitragem quando 
aceita

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