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UNIP ED 8º semestre - Processo de Conhecimento do Trabalho (806X) - módulos 1 ao 8 + exercícios

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18/10/2021 15:01 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
MODULO ZERO.
 
Caro (a) aluno(a).
Seja bem-vindo(a) ao sistema EAD.
 
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
 
1. Nesta nossa disciplina trataremos de assuntos como a evolução histórica do
Direito Processual do Trabalho, os princípios do Direito Processual do Trabalho, a
organização da Justiça do Trabalho, os órgãos da Justiça Laboral, jurisdição e
competência, a ação e o Processo Trabalhista, os conflitos trabalhistas e as formas
de solução, dissídios individuais e coletivos, petição inicial, defesa e audiência
trabalhista, provas, conciliação, alegações finais, sentença e coisa julgada.
 
O objetivo principal é estudar o Processo do Trabalho, com enfoque nos atos que o
compõem, especialmente a petição inicial e seus requisitos, as modalidades de
defesas cabíveis no processo laboral, bem como o desenvolvimento do processo
na audiência trabalhista. Com isso, alcançaremos os objetivos específicos:
possibilitar o conhecimento do Direito Processual do Trabalho como ramo
autônomo do Direito Processual, seus princípios e institutos próprios, bem como a
aplicação subsidiária do direito processual comum; e possibilitar ainda o estudo do
processo de conhecimento trabalhista.
 
É a nossa expectativa que você aprenda bastante.
 
2. Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa
sugestão é que se dedique ao menos quatro horas por semana para esta
disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de auto
avaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a
semana.
 
3. Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela abaixo os assuntos que
deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a
leitura complementar sugerida. No mínimo, você deverá buscar entender muito
bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior se
você acompanhar também a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso ao
longo dos estudos.
 
18/10/2021 15:01 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
CONTEÚDOS/LEITURAS SUGERIDAS
 
CONTEÚDOS
DE ESTUDO
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR VIDEOAULA
Módulo 1
NASCIMENTO,
Amauri Mascaro.
Curso de Direito
Processual do
Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
Módulo 2
 
NASCIMENTO,
Amauri Mascaro.
Curso de Direito
Processual do
Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
 
Módulo 3
 
NASCIMENTO,
Amauri Mascaro.
Curso de Direito
Processual do
Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
Módulo 4
 
MARTINS, Sérgio
Pinto. Direito
Processual do
Trabalho:
doutrina e
prática forense,
modelos e
petições,
recursos,
sentenças e
outros. São
Paulo: Atlas.
NASCIMENTO,
Amauri Mascaro.
Curso de Direito
Processual do
Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
Módulo 5
 
MARTINS, Sérgio
Pinto. Direito
Processual do
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
 
18/10/2021 15:01 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
Trabalho:
doutrina e
prática forense,
modelos e
petições,
recursos,
sentenças e
outros. São
Paulo: Atlas.
NASCIMENTO,
Amauri Mascaro.
Curso de Direito
Processual do
Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
Módulo 6
 
MARTINS, Sérgio
Pinto. Direito
Processual do
Trabalho:
doutrina e
prática forense,
modelos e
petições,
recursos,
sentenças e
outros. São
Paulo: Atlas.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
Módulo 7
 
MARTINS, Sérgio
Pinto. Direito
Processual do
Trabalho:
doutrina e
prática forense,
modelos e
petições,
recursos,
sentenças e
outros. São
Paulo: Atlas.
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
Módulo 8 MARTINS, Sérgio
Pinto. Direito
Processual do
Trabalho:
doutrina e
prática forense,
modelos e
petições,
recursos,
sentenças e
GIGLIO, Wagner.
Direito Processual
do Trabalho, São
Paulo: Saraiva.
 
18/10/2021 15:01 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
outros. São
Paulo: Atlas.
Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes
de consulta indicadas.
 
AVALIAÇÕES
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de
avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME), cabendo a você tomar conhecimento do
Calendário Escolar dessas avaliações divulgado no campus e do agendamento das
datas das suas provas através deste sistema on line, dentro dos períodos
especificados. Na data e horário agendados para a sua avaliação dirigir-se ao
Laboratório de Informática ou outro setor designado pela Instituição para a
realização da prova em sistema on line.
 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar
para as avaliações é realizando os exercícios de auto avaliação, disponibilizados
para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem de ficar claro,
entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a
mera repetição dos exercícios da auto avaliação.
 
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os conteúdos e exercícios que
serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
 
AVALIAÇÕES CONTEÚDOS EXERCÍCIOS
NP1 Módulo 1 ao módulo 4 Exercícios on linerespectivos
NP2 Módulo 5 ao módulo 8 Exercícios on linerespectivos
Substitutiva**Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
Exame Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
 * Apenas para a perda de umas das avaliações bimestrais.
** Idem
18/10/2021 15:01 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/5
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
Básica –
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. São
Paulo: Saraiva, 2008.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho: doutrina e prática
forense, modelos e petições, recursos, sentenças e outros. São Paulo: Atlas, 2008.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. São
Paulo: Saraiva, 2008.
 
Complementar –
ALMEIDA, I. de. Manual de direito processual do trabalho. São Paulo: LTR,
2002.
BATALHA, W. de S. C. Tratado de direito judiciário do trabalho. São Paulo:
LTR, 1999.
GIGLIO, Wagner. Direito processual do trabalho. São Paulo: Saraiva, 2007.
MALTA, Christóvão Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. São Paulo:
LTR, 2008.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro do. Iniciação ao processo de trabalho. São
Paulo: Saraiva, 2008.
SAAD, Eduardo Gabriel. Direito processual do trabalho. São Paulo: LTR, 2004.
 
DÚVIDAS 
Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito no horário de
atendimento ao aluno.
Bons Estudos!
 
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15
 
MÓDULO 1.
 
Da Evolução Histórica do Direito Processual do Trabalho.
Da origem do direito processual do trabalho.
A revolução industrial trouxe importantes modificações nas condições de trabalho,
porque máquinas passaram a substituir o trabalho humano, ocasionando o
desemprego em massa.
Houve ainda a diminuição de salários, porque era maior a oferta de mão-de-obra
que a procura por trabalhadores. Assim, empregadores pagavam muito pouco,
tendo sempre o empregado à sua disposição, diante da enorme dificuldade em se
conseguiremprego.
A população se empobrecia. Neste cenário os empregados passam a se reunir em
pequenas áreas industrializadas, para reagir de forma violenta contra a situação.
O termo greve surge nesse momento – significa graveto em francês, porque os
empregados se reúnem em um local na França em que os gravetos se
amontoavam.
As reivindicações eram por melhores salários, redução da jornada, ambiente de
trabalho menos insalubre.
A greve era defesa direta dos direitos sem regulamentação – era paralisada a
produção até que uma das partes cedesse para a volta ao trabalho. Ou cediam os
empregados, para obter sustento, ou o empresário, para evitar prejuízo.
Com a Revolução Francesa, de 1789, e no período que a esta se seguiu, o que se
exigiu do Estado foi a sua abstenção, para que não se envolvesse nas relações
privadas, nelas incluídas a relação de trabalho.
Com tal abstenção, o chamado Estado Liberal acabou por dar ensejo à injustiça do
domínio dos mais fracos pelos mais fortes, mais poderosos economicamente. Nas
relações privadas, contratuais, não estabelecia limites o Estado.
Com as manifestações, greves, o Estado se deu conta da necessidade de através
de leis e do Judiciário conter os abusos praticados contra os mais vulneráveis, os
empregados. O Estado passa a ditar as normas para os conflitos trabalhistas, até
para conter o prejuízo econômico pela falta de produção que a greve acarreta.
O processo é a sequência ordenada e predeterminada de atos com a finalidade de
compor litígios – por isso podemos afirmar que as medidas tomadas pelo Estado
para regular as relações entre empregados e empregadores dão início ao Direito
Processual do Trabalho. Como observam Wagner Giglio e Claudia Giglio Veltri
Correa, o Direito Processual do Trabalho surge antes das leis materiais do
trabalho[1][1].
 
http://adm.online.unip.br/InserirConteudo.aspx#_ftn1
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15
Das primeiras regras.
Historicamente, as primeiras entidades criadas para compor conflitos trabalhistas
eram órgãos não estatais, como os Conselhos de Homens Probos da França
(Conseils des Prud’hommes), que existem até hoje. Órgãos não estatais
continuam a solucionar questões trabalhistas, como as Juntas de Conciliação e
Arbitragem do México, as comissões internas (EEUU) e as comissões de
trabalhadores, do leste europeu[2][2].
Posteriormente, o Estado determinou que as partes se reunissem por meio de
seus representantes para acordo e retorno ao trabalho – era a medida de
conciliação obrigatória. Tal medida não surtiu o efeito desejado e por isso o Estado
designou um mediador para apresentar solução aceitável pelas partes. A tentativa
de conciliação deixa de ser espontânea e passa a ser obrigatória, contando em
seguida com o mencionado mediador, que representava os interesses do Estado
na rápida composição do conflito.
Evolução internacional.
Alguns Estados regularam com mais detalhes o modo de solução dos conflitos
trabalhistas. Como os procedimentos conciliatórios nem sempre alcançavam bom
êxito, a demora na solução acarretava prejuízo ao Estado.
Daí a imposição de medidas como a volta ao trabalho durante as negociações, a
designação de árbitro escolhido pelas partes ou indicado pelo Estado, e até a
criação de órgãos permanentes de conciliação e arbitragem (caso do Brasil,
México, Argentina e Alemanha).
Da evolução no Brasil.
Do período pré-jurisdicional:
Em 1907 surge previsão legal para os nunca implantados Conselhos Permanentes
de Conciliação e Arbitragem (Lei nº. 1.637, de 5 de novembro de 1907). A
finalidade seria dirimir divergências entre capital e trabalho, podendo ser
consultados em todos os assuntos da profissão. A composição seria mista e
paritária, para o equilíbrio nas decisões.
Os tribunais rurais, com o escopo de dirimir conflitos surgiram em São Paulo, pela
Lei nº. 1.869, de 10 de outubro de 1922, compostos pelo Juiz de Direito da
comarca, um representante dos trabalhadores e outro dos fazendeiros. A
imigração italiana e espanhola e o trabalho nas fazendas de café levaram à
organização política dos trabalhadores. O único órgão que possuía (desde 1911) a
atribuição de dirimir conflitos na época era o chamado patronato agrícola, do
Ministério da Agricultura.
Eram, os tribunais rurais, órgãos colegiados administrativos (chamados
posteriormente de Juntas de Conciliação e Arbitragem). Proferiam decisões
administrativas que valiam como títulos executivos. E para a execução, era
competente o juiz de direito.
A importância de tais tribunais rurais é apenas histórica, porque os resultados não
foram satisfatórios.
Com a revolução de 1930, Getúlio Vargas promulga muitas leis trabalhistas.
http://adm.online.unip.br/InserirConteudo.aspx#_ftn2
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15
São criadas em 1932 as Juntas de Conciliação e Julgamento e as Comissões
Mistas de Conciliação, como órgãos administrativos.
Em 1934, a Constituição tratava da composição de tais órgãos, no art. 122
parágrafo único, mas não os incluía entre os órgãos do Poder Judiciário. Os
membros deveriam ser eleitos - metade pelas associações representativas dos
empregados, metade pelas dos empregadores, enquanto o presidente era
nomeado pelo Governo, escolhido entre pessoas de experiência e notória
capacidade intelectual.
As juntas tinham competência pra conhecer e dirimir dissídios individuais
relacionados com o trabalho, mas não podiam executar as decisões – isto era feito
na Justiça Comum.
Como os juízes eram demissíveis “ad nutum”, unilateralmente, sem justificativa, a
liberdade para julgar não era absoluta – o Ministério do Trabalho poderia a
qualquer tempo tomar para si a decisão, através de cartas chamadas
“avocatórias”.
Ao lado das Juntas funcionava a Justiça Ordinária, com processo especial quando
se tratava de litígio sobre acidente de trabalho – ainda hoje há varas
especializadas para os casos de acidente do trabalho.
As Comissões Mistas de Conciliação tentavam acordo, mas não julgavam dissídios
coletivos. O Conselho Nacional do Trabalho era o tribunal arbitral, com decisões
irrecorríveis em caso de conflito coletivo, e de último grau de jurisdição, nos
dissídios individuais, quando estes envolviam empregado estável ou questão de
previdência social.
Com a Constituição de 1937, a Justiça do trabalho passa a ter natureza judiciária
e não mais administrativa. Ocorre que apenas uma minoria, os sindicalizados,
tinham acesso a tais órgãos. Daí a má organização e o mau funcionamento.
Importantes reformas:
Ocorreram em 1939 e 1940, ano em que o Dec. nº 6.596 aperfeiçoou a estrutura
da Justiça do Trabalho: foi mantido o Conselho Nacional do Trabalho, com novas
atribuições e outra estrutura, criaram-se 8 Conselhos Regionais com sede nas
grandes capitais (Rio de janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte,
Salvador, Recife, Fortaleza e Belém) e 36 Juntas, em todas as capitais, com
liberdade para executar decisões sem a “avocatória” supramencionada. Em São
Paulo, as Juntas passaram a funcionar em 1º de maio de 1941, quando é
organizada a “Justiça do Trabalho”.
Em 1941, havia no âmbito administrativo (e não no Judiciário) três graus de
jurisdição: Conselho Nacional, Conselho Regional do Trabalho e Juntas de
Conciliação e Arbitragem.
Cada Junta era composta por um juiz Presidente, nomeado pelo Governo, e dois
representantes classistas, “vogais” – um indicado pelo órgão sindical de
empregados e outro pelo de empregadores, ambos nomeados pelo Governo, por
dois anos.
Havia discussão acerca das garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de vencimentos ao juiz presidente.
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15
A Consolidação das Leis do trabalhoentra em vigor em 1º de maio de 1943, ano
em que as primeiras juntas em cidades do interior são criadas.
Integração da Justiça do Trabalho no Poder Judiciário:
Ocorreu com o Decreto-Lei n. 9.777, de 9.9.1946, dias antes de entrar em vigor a
Constituição de 1946, que também integra a Justiça do Trabalho aos órgãos do
Judiciário – surge a organização da carreira de juiz do trabalho, com ingresso
mediante concurso público de títulos e provas, promoções pelos critérios
alternados de antiguidade e merecimento, e com as garantias inerentes à
magistratura.
Os Conselhos Regionais passam a ser chamados Tribunais Regionais do Trabalho.
O Conselho Nacional, Tribunal Superior do Trabalho.
Novas Juntas e novos Tribunais Regionais do Trabalho são criados, inclusive em
cidade do interior (o da 15ª Região, em Campinas, Estado de São Paulo).
Os tribunais regionais e o TST são ampliados, passando a se dividir internamente
em Turmas e, mais recentemente, em Grupos de Turmas, Órgão Especial e Seções
Especializadas.
Constituição Federal de 1988:
O art. 112 da CF/88 determina a instalação de pelo menos um TRT em cada
Estado, órgãos que vinham sendo criados por leis ordinárias. Ocorre que nem
todos os Estados têm TRT.
A EC n. 24, de 9.12.1999 elimina os juízes classistas, alterando a composição dos
tribunais – as Juntas passam a ser “varas do trabalho”. Mesmo após a extinção
das Juntas de Conciliação e Julgamento, dois anos foram necessários para afastar
os classistas, já que era preciso aguardar a extinção de seus mandatos.
A Lei nº. 10.770, de 21.11.2003, cria mais 269 varas do trabalho, para instalação
a partir de 2004.
A EC n. 45/2004 autoriza a instalação de órgãos itinerantes e o funcionamento
descentralizado, com Câmaras regionais, além de ampliar a competência da
Justiça do Trabalho: passa a julgar processos sobre multas aplicadas pela
fiscalização trabalhista; processos nos quais sindicatos disputam a sua
representatividade e em que representados e entidades sindicais litiguem; além
de processos sobre relações de trabalho, e não apenas sobre relações de
emprego.
 
Siglas utilizadas:
CF – Constituição Federal.
E.C. – Emenda Constitucional.
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
TST – Tribunal Superior do Trabalho.
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15
 
[1][1] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do
Trabalho. P. 2.
[2][2] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do
Trabalho. P. 94.
Exercício 1:
Diante das greves realizadas pelos trabalhadores, é CORRETO afirmar que o
Estado:
 
A)
não adotou medida de determinar a conciliação obrigatória.
 
B)
repeliu com agressividade os movimentos dos trabalhadores, o que era a postura
típica do Estado Liberal.
C)
resolveu intervir através de leis e do Judiciário, já que as greves são prejudiciais
ao interesse público e ao desenvolvimento econômico.
D)
não viu a necessidade de regulamentação, posto que o assunto era estritamente
relacionado ao Direito Privado.
E)
estabeleceu punições aos grevistas mas não deu ensejo ao surgimento do Direito
Processual do Trabalho.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
http://adm.online.unip.br/InserirConteudo.aspx#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/InserirConteudo.aspx#_ftnref2
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/15
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Em 1907 surge previsão legal para os nunca implantados Conselhos Permanentes
de Conciliação e Arbitragem (Lei n. 1.637, de 5 de novembro de 1907). É
INCORRETO afirmar, com referência a tais Conselhos que:
 
A)
a finalidade seria dirimir divergências entre capital e trabalho.
B)
podiam ser consultados em todos os assuntos da profissão.
C)
a composição seria mista e paritária, para o equilíbrio nas decisões.
D)
foram sucedidos pelos tribunais rurais, sendo que estes finalmente resolveram
todos os problemas relacionados aos conflitos trabalhistas.
E)
não faziam parte do Poder Judiciário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
Em 1941, Conselho Nacional, Conselho Regional do Trabalho e Juntas de
Conciliação e Arbitragem:
 
A)
eram órgãos integrantes do Poder Judiciário.
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/15
B)
eram Órgãos integrantes do Poder Legislativo.
C)
eram órgãos administrativos, pois ainda não estava criada a Justiça do Trabalho
como parte integrante do Judiciário.
D)
foram criados pela CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas.
E)
não contavam com a participação dos chamados classistas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
A integração da Justiça do Trabalho no Poder Judiciário:
 
A)
não foi suficiente para a organização da carreira de juiz de trabalho, que
continuou até a Constituição Federal de 1988 sem as garantias inerentes à
carreira da magistratura.
B)
ocorreu em 1946, dando início à organização da carreira de juiz do trabalho, com
ingresso mediante concurso público de títulos e provas, promoções pelos critérios
alternados de antiguidade e merecimento, e com as garantias inerentes à
magistratura.
C)
ocorreu em 1988, com a Constituição Federal.
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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D)
eliminou desde o início a possibilidade de composição, de órgãos julgadores, por
juízes classistas.
E)
ocorre em1946 com a criação das Varas do Trabalho.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 5:
Assinale a alternativa CORRETA:
A)
as avocatórias eram elementos assecuratórios da liberdade de decisão dos juízes.
 
B)
os juízes eram demissíveis “ad nutum”, unilateralmente, sem justificativa, a
liberdade para julgar não era absoluta – o Ministério do Trabalho poderia a
qualquer tempo tomar para si a decisão, através de cartas chamadas
“avocatórias”.
C)
os juízes classistas foram excluídos pela Constituição de 1946.
D)
a EC n. 24, de 9.12.1999 não elimina os juízes classistas.
E)
a EC n. 45/2004 restringiu a competência da Justiça do Trabalho.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 6:
Pode-se afirmar que com a Emenda Constitucional nº 45:
 
A)
a Justiça do Trabalho passa a julgar processos sobre multas aplicadas pela
fiscalização trabalhista;
B)
a Justiça do Trabalho deixa de examinar processos nos quais sindicatos disputam
a sua representatividade e em que representados e entidades sindicais litiguem;
 
C)
a Justiça do Trabalho fica competente para decidir somente acerca de processos
sobre relações de emprego, jamais sobre relações de trabalho;
D)
não fica autorizada a instalação de órgãos itinerantes e o funcionamento
descentralizado, com Câmaras regionais;
E)
não fica ampliada a competência da Justiça do Trabalho.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 7:
Examine as proposições seguintes e assinale a alternativa correta:
I. A Emenda Constitucional n. 24, de 9.12.1999 elimina os juízes classistas,
alterando a composição dos tribunais.
18/10/2021 15:11 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline- Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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II. As Juntas passaram a ser “varas do trabalho”.
III. Mesmo após a extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento, até hoje
ainda há os classistas, porque é preciso aguardar a extinção de seus mandatos.
Pode-se afirmar que:
A)
Somente as proposições I e II são corretas.
B)
Somente as proposições II e III são corretas.
C)
Somente as proposições I e III são corretas.
D)
Todas as proposições são corretas.
E)
Nenhuma das proposições é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 8:
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. Os tribunais rurais, com o escopo de dirimir conflitos surgiram em São Paulo em
1922, compostos pelo juiz de direito da comarca, um representante dos
trabalhadores e outro dos fazendeiros.
II. Os tribunais rurais eram órgãos colegiados administrativos, chamados
posteriormente de Juntas de Conciliação e Arbitragem.
III. Proferiam os tribunais rurais decisões administrativas que valiam como títulos
executivos.
IV. Para a execução dos títulos proferidos pelos tribunais rurais, era competente o
juiz de direito.
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A)
Somente I, II e III são corretas.
B)
Somente II, III e IV são corretas.
C)
Somente I e IV são corretas.
D)
Todas são incorretas.
E)
Todas são corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 9:
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. A greve, em sua origem, era defesa direta dos direitos sem regulamentação:
era paralisada a produção até que uma das partes cedesse para a volta ao
trabalho. Ou cediam os empregados, para obter sustento, ou o empresário, para
evitar prejuízo.
II. Com a Revolução Francesa, de 1789, e no período que a esta se seguiu, o que
se exigiu do Estado foi a sua abstenção, para que não se envolvesse nas relações
privadas, nelas incluídas a relação de trabalho.
III. O Estado Liberal acabou por dar ensejo à injustiça do domínio dos mais fracos
pelos mais fortes, mais poderosos economicamente. Nas relações privadas,
contratuais, não estabelecia limites o Estado.
 
É (são) correta(s):
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A)
 Somente I e II.
B)
 Somente II e III.
C)
 Somente I e III.
D)
 Todas as proposições.
E)
 Nenhuma das proposições.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 10:
Quanto à evolução histórica do Direito Processual do Trabalho, examine as
seguintes afirmativas:
 
I. A organização da carreira de juiz do trabalho, com ingresso mediante concurso
público de títulos e provas, promoções pelos critérios alternados de antiguidade e
merecimento, e com as garantias inerentes à magistratura surgiu somente após a
Constituição Federal de 1988.
II. Os Tribunais Regionais do Trabalho eram chamados anteriormente de
Conselhos Regionais.
III. O Tribunal Superior do Trabalho era antes o chamado Conselho Nacional.
 
É (são) correta(s):
A)
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 Somente I e II.
B)
 Somente II e III.
C)
 Somente I e III.
D)
 Todas as proposições.
E)
 Nenhuma das proposições.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 11:
As antigas Juntas de Conciliação e Arbitragem eram compostas por:
 
A)
um juiz Presidente, nomeado pelo Governo, e dois representantes classistas,
“vogais” – um indicado pelo órgão sindical de empregados e outro pelo de
empregadores, ambos nomeados pelo Governo, por dois anos.
B)
um juiz Presidente, concursado, e dois representantes classistas, “vogais”,
também concursados.
C)
um juiz Presidente, nomeado pelo Governo, e um representante classista,
indicado pelo órgão sindical de empregados.
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D)
dois representantes classistas, “vogais” – um indicado pelo órgão sindical de
empregados e outro pelo de empregadores, ambos nomeados pelo Governo, por
dois anos.
E)
um juiz Presidente, concursado, e um representante classista, indicado pelo órgão
sindical de empregadores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 12:
No plano internacional, as primeiras entidades criadas para compor conflitos
trabalhistas eram:
 
A)
 Varas cíveis.
B)
 Varas trabalhistas.
C)
 Juntas de conciliação e julgamento.
D)
 órgãos não estatais, como os Conselhos de Homens Probos da França.
 
E)
 órgãos estatais.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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 MÓDULO 2.
Dos princípios do Direito Processual do Trabalho.
DOS PRINCÍPIOS.
Antes de tratarmos especificamente dos princípios do Direito Processual do
Trabalho, vale estabelecer o conceito de princípio. O princípio é o fundamento, a
base, o alicerce. Trata-se de preceito cujo conteúdo valorativo é tão grande, que
pode ser observado em todos os casos concretos.
Os princípios, ideias básicas da disciplina, perdem em concretude, não definem
por exemplo o prazo para um recurso, os pressupostos para a propositura de uma
ação, mas ganham em abstração, como a igualdade, a dignidade, e por isso
podem e devem ser observados e respeitados em todos os casos concretos. São
gerais, e não específicos como peculiaridades de momentos processuais.
Os princípios gerais de direito orientam a interpretação constitucional e suprem
lacuna no ordenamento jurídico brasileiro (inclusive no campo infraconstitucional,
nos termos do art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil), norteando o julgados
que não encontram uma norma específica para aplicar ao caso sub judice. São
normas abstratas, extraídas do ordenamento jurídico e com base em observações
sociológicas. Possuem, portanto, em vista de sua abstração, uma amplitude tal
que permite adequá-lo à solução de um caso concreto[1].
Como afirmam Wagner Giglio e Claudia Giglio Veltri Correa, “cada autor arrola os
seus princípios, e poucos são os que coincidem”[2].
Conforme os autores, a inversão do ônus da prova é técnica, e não princípio; a
desigualdade das partes é particularidade do conflito e não do processo; o juízo
especial nem sempre existe e diz respeito à organização judiciária, e não ao
processo[3].
Outros princípios são de todo processo, e não peculiares do processo trabalhista,
como o do acesso à justiça (direito à ação, previsto no art. 5º, XXXV, CF),
inafastabilidade da prestação jurisdicional (direito de cada um de obter uma
decisão judicial); da igualdade, ampla defesa e contraditório (art. 5º, LV, CF), do
juízo e do promotor natural (art. 5º, LIII, CF), do devido processo legal (art. 5º,
LIV, CF), da liberdade, da economia processual, da preclusão, da boa-fé e da
lealdade processual, da fundamentação das sentenças, do duplo grau de
jurisdição, da humanização da justiça, da oralidade e seus corolários
(concentração, irrecorribilidadedas decisões interlocutórias, predomínio da
palavra falada, imediatidade e identidade física do juiz), da celeridade, da
gratuidade, da imparcialidade rigorosa dos funcionários judiciais, da coisa julgada,
da publicidade do processo etc.[4] Os princípios gerais do direito processual
aplicam-se, via de regra, ao direito trabalhista[5].
Antes de analisarmos cada um dos princípios, faz-se importante consignar que a
existência de princípios[6], institutos e fins próprios, contribui para a autonomia
do Direito Processual do Trabalho, no plano científico, embora no plano legislativo
haja controvérsias sobre a sua autonomia, já que não existe um Código
Processual do Trabalho – “são poucas e lacunosas as normas específicas do
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn1
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn2
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn3
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn4
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn5
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn6
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processo trabalhista, que têm como subsidiárias as do Código de Processo
Civil”[7].
Dos princípios específicos do Direito Processual do Trabalho.
1. Celeridade.
Ainda maior que em qualquer outro tipo de processo, já que os créditos
trabalhistas têm natureza alimentar, e que as greves são importante fator de
atraso no desenvolvimento econômico e empecilho para a circulação dos bens, o
que é essencial para a vida em sociedade.
Reformas legislativas e o crescimento da Justiça do Trabalho são importantes para
dar cumprimento ao princípio ideal da celeridade.
1. Instrumentalidade das formas.
O ato deve ser aproveitado, independentemente da forma. É como a fungibilidade
dos recursos, nos dizeres de Pedro Paulo Teixeira Manus. Cuida-se do
entendimento de que o conteúdo é mais importante que a forma, por isso não se
pode privilegiá-la. Tal princípio encontra limites na lei – o juiz por exemplo não
pode suprir requisitos como custas ou guia.
1. Maior concentração dos atos processuais.
Por força deste princípio que a audiência trabalhista assume importância especial.
1. Proteção e gratuidade.
O princípio protecionista é um princípio internacional, decorrente do caráter
tutelar do Direito Material do Trabalho, que se aplica também ao Direito
Processual do Trabalho. O processo se adapta à natureza da lide, e como o Direito
do Trabalho entende que o trabalhador é a parte vulnerável, a ser protegida,
assim é o processo trabalhista, cuja finalidade é restabelecer uma igualdade
prejudicada pela inferioridade econômica do empregado diante do empregador ou
beneficiário dos serviços.
Assim, a presunção é que no processo do trabalho também se destaca a posição
privilegiada do beneficiário dos serviços, já que têm melhor assessoria jurídica,
melhores condições de produzir provas (especialmente testemunhal, entre
subordinados), melhores condições econômicas para suportar um processo
demorado e as despesas processuais.
Por isso, como corolário do princípio protecionista, proporciona-se ao trabalhador
a gratuidade do processo, a isenção do pagamento de custas e despesas; a
assistência judiciária gratuita sindical, a inversão do ônus da prova, com
presunções em favor do empregado.
Ressalte-se que a imparcialidade do juiz só nos permite afirmar que a proteção é
conferida pela lei, e não pelo juiz. O juiz não pode favorecer nenhuma das partes;
já a lei, protecionista, trata com desigualdade os desiguais, restabelecendo assim
o equilíbrio entre as partes.
Conforme Amauri Mascaro Nascimento, “se a fonte da favorabilidade não for a lei
e sim o critério pessoal do juiz, pode-se consumar, em um caso concreto, uma
desproporcionalidade excessiva a título de promoção da igualdade que não se
coaduna com os fins do processo”[8].
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn7
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn8
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Decorrem do princípio protecionista as regras: in dubio pro operario (na dúvida
decide-se em favor do operário); prevalência da norma mais favorável ao
trabalhador; preservação da condição mais benéfica para o trabalhador; fixação
da competência no local da prestação de serviços, para favorecer o trabalhador.
1. Imediação ou imediatidade.
O juiz colhe a prova, inquire a testemunha. O juiz dirige o processo. O juiz ou
tribunal deve conhecer e decidir o conflito trabalhista, por isso precisa estar em
contato direto, ao redor das partes, presidindo todas as audiências, para que
possa conhecer o negócio jurídico pessoalmente, para proferir sentença justa.
1. Dispositivo.
O juiz é inerte; o processo depende de provocação das partes para se iniciar. Tal
princípio se contrapõe ao princípio do impulso processual.
1. Jurisdição normativa.
Só ocorre no direito brasileiro – o judiciário pode modificar uma norma jurídica – a
sentença normativa é lei e só pode ser aplicada após ação de conhecimento, e não
mera execução.
Além disso, a sentença normativa vigora até que outra a revogue – assim,
prestações pagas em cumprimento da primeira sentença normativa não podem
ser recuperadas. A nova sentença normativa revoga a anterior mas não tem
efeitos retroativos.
1. Despersonalização do empregador.
Diante da sucessão de empresas, é possível estender os efeitos da coisa julgada a
quem não foi parte no processo de conhecimento, tudo para garantir o
trabalhador. O conceito de parte no processo trabalhista é relativo, diferente
daquele dos demais tipos processuais.
9. Simplificação procedimental.
Princípio internacional que concede capacidade postulatória às partes,
comunicação postal dos atos processuais (a citação é feita por carta com aviso de
recebimento, por exemplo), nomeação de perito único, eliminação da fase de
avaliação dos bens penhorados etc. Tudo no intuito de tornar mais simples o
processo.
DOS PRINCÍPIOS IDEAIS.
1. Extrapetição.
Para que o juiz possa decidir ultrapetita, por exemplo atribuindo responsabilidade
solidária à reclamada e seus sócios, em caso de fraude, quando na realidade o
empregado só requereu responsabilidade subsidiária dos sócios.
A Súmula 211 do TST determina que o magistrado condene ao pagamento de
juros e correção monetária, ainda que não haja pleito do reclamante neste
sentido.
O art. 496 da CLT faculta ao juízo trabalhista converter pedido de reintegração do
empregado estável em pagamento de indenização dobrada – o empregado só
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pode pleitear a reintegração. O julgador concede indenização não pleiteada (a
obrigação de fazer se transforma em obrigação de dar).
1. Iniciativa extraparte.
Trata-se da iniciativa ex officio, nas causas de acidente de trabalho e de conflitos
coletivos. É princípio que se aproxima do princípio da extrapetição[9].
Exemplo: quando a Justiça do Trabalho determina de ofício a citação do
empregador para, na falta de anotação em carteira de trabalho e previdência
social, transformar o procedimento administrativo em ação penal.
No exemplo supra, o Poder Judiciário foi provocado pela Delegacia Regional do
Trabalho – mas o empregado não tomou iniciativa, se não de apenas apresentar
queixa na esfera administrativa. A ação trabalhista é de iniciativa do órgão
judicial.
Outro exemplo: nos dissídios coletivos em que ocorra greve a ação pode ser
proposta pela Procuradoria do Trabalho (art. 856 da CLT e 114, §3º, CF, com a
nova redação dada pela EC n. 45/2004)[10].
1. Coletivização das ações individuais.
Tendência atual no processo do trabalho, revela a ampliaçãodos casos de
aplicação da substituição processual.
Trabalhadores que se encontram na mesma situação de fato do autor são
abrangidos pela ação, por economia processual – ocorre uma chamada ao
processo de litisconsortes ativos necessários, determinada de ofício.
O sindicato pode requerer (art. 195, §2º, CLT) em juízo, como substituto
processual, o reconhecimento de insalubridade ou periculosidade, em benefício de
grupo de associados, para não haver desnecessariamente várias ações individuais
idênticas, com o desperdício de tempo, despesas, perícias, esforços.
No âmbito do processo civil, a sentença é inter partes e só por exceção erga
omnes.
Se a ação é proposta por um trabalhador, ou grupo de trabalhadores, também é
possível que o juiz determine a integração na lide por todos os trabalhadores que
exerçam suas atividades no mesmo ambiente.
1. Fins próprios.
Trata-se de fazer valer os direitos materiais trabalhistas, igualando com
superioridade jurídica o trabalhador e o beneficiário da prestação de serviço, já
que há inferioridade econômica do trabalhador.
O objetivo é a melhoria do padrão de vida através de melhor distribuição da
riqueza nacional.
A desigualdade é maior durante o período de duração do vínculo, ou prestação de
serviços do trabalhador, quando este, com receio de perder a fonte de seu
sustento, não tem liberdade plena de manifestação. Daí a análise cautelosa de
quitação, transação, renúncia. Provas documentais e testemunhais são mais fáceis
para o empregador ou tomador de serviço, daí a inversão do ônus da prova em
favor do trabalhador, para restabelecer o equilíbrio entre as partes.
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn9
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn10
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[1] Célia Rosenthal Zisman. O princípio da dignidade da pessoa humana. P. 32.
[2] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do Trabalho.
P. 82.
[3] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do Trabalho.
P. 82.
[4] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do Trabalho.
P. 82.
[5] Amauri Mascaro Nascimento. Curso de Direito Processual do Trabalho. P. 105.
[6] Amauri Mascaro Nascimento. Curso de Direito Processual do Trabalho. P. 107.
[7] Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa. Direito Processual do Trabalho.
P. 94.
[8] “Curso de Direito Processual do Trabalho”. P. 109.
[9] Wagner Giglio e Claudia Giglio Veltri Corrêa, op. cit.. P. 88.
[10] Antes da EC nº 45/2004 o Presidente do Tribunal também podia suscitar a
abertura do dissídio coletivo.
Abreviaturas utilizadas:
CF – Constituição Federal.
E.C. – Emenda Constitucional.
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
TST – Tribunal Superior do Trabalho.
Exercício 1:
Quanto aos princípios específicos do Direito Processual do Trabalho,
assinale a alternativa correta.
 
A)
 uma das razões do princípio da celeridade é que as greves são importante fator
de atraso no desenvolvimento econômico e empecilho para a circulação dos bens,
o que é essencial para a vida em sociedade.
B)
 o princípio da celeridade é exclusivo do processo trabalhista.
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref2
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref3
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref4
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref5
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref6
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref7
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref8
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref9
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref10
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C)
 o processo trabalhista não envolve crédito de natureza alimentar, daí não se
incluir, dentre os princípios peculiares, o da celeridade.
D)
 conforme o princípio da instrumentalidade das formas, o ato deve ser anulado
sempre que não respeitada a forma estabelecida em lei.
E)
 o princípio protecionista não pode ser aplicado, porque o juiz deve ser imparcial.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 2:
O princípio protecionista no processo trabalhista:
 
A)
não existe no Direito Material do Trabalho, apenas no Direito Processual do
Trabalho.
B)
é um princípio internacional, decorrente do caráter tutelar do Direito Material do
Trabalho, que se aplica também ao Direito Processual do Trabalho.
C)
traz vantagens para reclamante e reclamada, para suportar um processo
demorado e as despesas processuais.
D)
não chega ao ponto de inverter o ônus da prova, com presunções em favor do
empregado.
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E)
é promovido pelo juiz, segundo critério pessoal, e pela lei.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
As regras: in dubio pro operario (na dúvida decide-se em favor do operário);
prevalência da norma mais favorável ao trabalhador; preservação da condição
mais benéfica para o trabalhador; fixação da competência no local da prestação
de serviços, para favorecer o trabalhador decorrem:
A)
do princípio da celeridade.
B)
do princípio da instrumentalidade das formas.
C)
do princípio do contraditório.
D)
do princípio protecionista.
E)
do princípio da ampla defesa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 4:
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A coletivização das ações individuais é considerada:
A)
ilícita.
B)
tendência atual no processo do trabalho, com a ampliação dos casos de aplicação
da substituição processual.
C)
comum, mas o sindicato não pode requerer em juízo, como substituto processual,
o reconhecimento de insalubridade ou periculosidade, em benefício de grupo de
associados.
D)
possível apenas no âmbito do processo civil, em que a sentença tem efeitos erga
omnes.
E)
impossível, porque se a ação é proposta por um trabalhador, ou grupo de
trabalhadores, o juiz não pode determinar integração na lide por todos os
trabalhadores que exerçam suas atividades no mesmo ambiente.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 5:
Assinale a alternativa INCORRETA.
A)
 diante da sucessão de empresas, é possível estender os efeitos da coisa julgada
a quem não foi parte no processo de conhecimento, tudo para garantir o
trabalhador.
B)
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o conceito de parte no processo trabalhista é relativo, diferente daquele dos
demais tipos processuais.
C)
a simplificação de procedimento é princípio internacional que concede capacidade
postulatória às partes, comunicação postal dos atos processuais, perito único,
eliminação da fase de avaliação dos bens penhorados etc.
D)
o processo trabalhista tem fim próprio, qual seja, fazer valer os direitos materiais
trabalhistas, igualando com superioridade jurídica o trabalhador e o beneficiário
da prestação de serviço, já que há inferioridade econômica do trabalhador.
E)
a desigualdade entre as partes, no processotrabalhista, é menor durante o
período de duração do vínculo, ou prestação de serviços do trabalhador.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 6:
Considere a afirmação abaixo:
"Outros princípios são de todo processo, e não peculiares do processo trabalhista,
como o do acesso à justiça (direito à ação, previsto no art. 5º, XXXV, CF),
inafastabilidade da prestação jurisdicional (direito de cada um de obter uma
decisão judicial); da igualdade, ampla defesa e contraditório (art. 5º, LV, CF), do
juízo e do promotor natural (art. 5º, LIII, CF), do devido processo legal (art. 5º,
LIV, CF), da liberdade, da economia processual, da preclusão, da boa-fé e da
lealdade processual, da fundamentação das sentenças, do duplo grau de
jurisdição, da humanização da justiça, da oralidade e seus corolários
(concentração, irrecorribilidade das decisões interlocutórias, predomínio da
palavra falada, imediatidade e identidade física do juiz), da celeridade, da
gratuidade, da imparcialidade rigorosa dos funcionários judiciais, da coisa julgada,
da publicidade do processo etc."
Assinale o que corresponde à realidade, quanto à afirmação supra:
A)
Trata-se de afirmação falsa.
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B)
A afirmação está incorreta porque não se pode considerar que existam princípios
não peculiares do processo trabalhista.
C)
Trata-se de afirmação correta.
D)
Estaria correta a afirmação se não estivesse arrolado o princípio do acesso à
justiça (direito à ação, previsto no art. 5º, XXXV, CF).
E)
Estaria correta a afirmação se os princípios do duplo grau de jurisdição e da
humanização da justiça estivessem como peculiares do processo trabalhista.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 7:
O princípio internacional que concede capacidade postulatória às partes,
comunicação postal dos atos processuais, nomeação de perito único, eliminação
da fase de avaliação dos bens penhorados, dentre outros mecanismos no intuito
de tornar mais simples o processo é chamado de:
A)
Extrapetição.
B)
Simplificação procedimental.
C)
Instrumentalidade das formas.
D)
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Celeridade.
E)
Iniciativa extraparte.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 8:
Para que o juiz possa decidir ultrapetita, por exemplo atribuindo responsabilidade
solidária à reclamada e seus sócios, em caso de fraude, quando na realidade o
empregado só requereu responsabilidade subsidiária dos sócios, e para que o
magistrado condene ao pagamento de juros e correção monetária, ainda que não
haja pleito do reclamante neste sentido, aplica-se o princípio da:
 
A)
Simplificação procedimental.
B)
Instrumentalidade das formas.
C)
Extrapetição.
D)
Celeridade.
E)
Iniciativa extraparte.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 9:
Quanto à coletivização das ações individuais, assinale a alternativa incorreta:
A)
Trata-se de tendência atual no processo do trabalho.
B)
A coletivização das ações individuais revela a ampliação dos casos de aplicação da
substituição processual.
C)
Trabalhadores que se encontram na mesma situação de fato do autor são
abrangidos pela ação, por economia processual.
D)
Não há no processo trabalhista a hipótese de litisconsortes ativos necessários,
determinada de ofício.
E)
O sindicato pode requerer em juízo, como substituto processual, o
reconhecimento de insalubridade ou periculosidade, em benefício de grupo de
associados, para não haver desnecessariamente várias ações individuais idênticas,
com o desperdício de tempo, despesas, perícias, esforços.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 10:
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Há princípios que são de todo processo, e não peculiares do processo
trabalhista, como, por exemplo, os do acesso à justiça e da inafastabilidade da
prestação jurisdicional.
II. São exemplos de princípios peculiares do processo trabalhista: da economia
processual, da preclusão, da boa-fé e da lealdade processual.
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III. Como regra geral, os princípios gerais do direito processual não se aplicam ao
direito trabalhista.
É (são) falsa(s):
A)
 Somente I e II.
B)
 Somente II e III.
C)
 Somente I e III.
D)
 Todas as proposições.
E)
 Nenhuma das proposições.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 11:
Quanto ao princípio da instrumentalidade das formas, é incorreto afirmar que:
 
A)
O ato deve ser aproveitado, independentemente da forma.
B)
O princípio da instrumentalidade das formas é como a fungibilidade dos recursos.
C)
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Tal princípio trata do entendimento de que o conteúdo é mais importante que a
forma, por isso não se pode privilegiar a forma.
D)
Tal princípio encontra limites na lei.
E)
O juiz pode suprir requisitos como custas ou guia.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 12:
De acordo com o princípio da imediação ou imediatidade, não é correto afirmar
que:
 
A)
 O juiz colhe a prova.
B)
 O juiz dirige o processo.
C)
 O juiz ou tribunal deve conhecer e decidir o conflito trabalhista, por isso precisa
estar em contato direto, ao redor das partes, presidindo todas as audiências.
D)
 O juiz não pode inquirir a testemunha.
E)
 O juiz deve conhecer o negócio jurídico pessoalmente, para proferir sentença
justa.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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MÓDULO 3.
DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
Órgãos da Justiça Laboral: Varas do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho e
Tribunal Superior do Trabalho. Procuradoria do Trabalho.
Abreviaturas utilizadas:
CF – Constituição Federal.
E.C. – Emenda Constitucional.
LC – Lei Complementar.
MP – Ministério Público.
MPT – Ministério Público do Trabalho.
SDC – Seção de Dissídios Coletivos.
SDI – Seção de Dissídios Individuais.
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
TST – Tribunal Superior do Trabalho.
Dos princípios de organização:
Ingresso na carreira por concurso público de provas e títulos, com a
participação da OAB em todas as fases, sendo que as nomeações ocorrem
conforme a ordem de classificação e o cargo inicial é de juiz substituto.
Promoção alternadamente por antiguidade e por merecimento[1] . Por voto
de 2/3 de seus membros, os tribunais podem recusar o mais antigo.
Cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como
requisitos para ingresso e promoção na carreira.
Vencimentosfixados com diferença não superior a 10% de uma para outra
das categorias da carreira, sem exceder os vencimentos dos ministros do
STF.
Residência do titular na localidade da Vara ou Tribunal.
Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria por interesse público,
fundada em decisão por voto de 2/3 do respectivo tribunal, assegurada a
ampla defesa.
Publicidade de todos os julgamentos; fundamentação das decisões (sob pena
de nulidade) – a lei pode em certos atos limitar a presença às partes e seus
advogados, ou somente aos advogados, se o interesse público o exigir.
Decisões administrativas dos tribunais motivadas; decisões disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
Possibilidade de criação, nos tribunais com mais de 25 julgadores, de órgão
especial composto por 11 a 25 membros, para exercer atribuições
administrativas e jurisdicionais de competência do Tribunal Pleno do Órgão
Especial.
Garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos;
proibição do exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério, do
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn1
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recebimento de custas ou participação em processo e do exercício de
atividade político-partidária. Tudo para que haja independência no
julgamento.
Órgãos jurisdicionais com organização interna fundada em lei e também em
disposições regulamentares internas elaboradas por seus próprios membros,
destinadas a preservar melhor sua boa atuação.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
É o órgão máximo da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília, por determinação
constitucional (art. 92, §1º).
Composição (art. 111-A, CF): 27 ministros, nomeados pelo Presidente da
República, após aprovação pelo Senado.
Todos os ministros são brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos.
21 são escolhidos entre desembargadores federais do Trabalho dos Tribunais
Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira; 3 entre advogados
com mais de 10 anos de atividade profissional e 3 entre membros do Ministério
Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício (art. 111-A, I e II,
CF).
Desde a Constituição de 1967 que deve ocorrer a inclusão de ministros
provenientes da Advocacia e do Ministério Público.
A determinação de escolha dos demais ministros entre Juízes do Trabalho também
foi novidade instituída pela Constituição de 1967, mas que não significa extensão
da carreira de magistrado, pois não há direito a promoções por critérios
alternados de antiguidade e merecimento.
O Tribunal Superior indica livremente três desembargadores federais do Trabalho
ao Presidente da República, que livremente escolhe um deles para ser submetido
ao escrutínio do Senado, e, após aprovação deste, nomeado.
OAB e Ministério Público do Trabalho indicam 6 nomes; o TST indica 3 dos nomes
ao Presidente da República, que livremente escolhe um nome para aprovação do
Senado Federal (art. 115, I, c/c art. 94, CF).
Os membros do TST elegem o presidente e o vice-presidente do Tribunal, o
corregedor e os presidentes das Turmas.
FUNCIONAMENTO: ocorre em composição plena ou dividido em Seções e
Turmas.
As turmas, compostas por 3 ministros, só podem funcionar com a presença de
todos os seus membros.
Seções: há 3 seções especializadas – Administrativa; de Dissídios Coletivos; e de
Dissídios Individuais – esta subdividida em Subseção I e Subseção II (SDI I e SDI
II).
A seção administrativa é composta por 7 ministros, podendo funcionar com 5.
A SDC é composta por 9 ministros, podendo funcionar com 5.
A SDI I é composta por 9 ministros e funciona com 5.
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A SDI II é composta por 11 ministros e funciona com pelo menos 6 de seus
membros.
O Órgão Especial foi extinto e substituído pelo Tribunal Pleno, que funciona com
12 de seus membros.
Junto ao TST funcionarão, ainda, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho e a
Escola Nacional de Formação e de Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho
(art. 111-A, §2º, CF). Até que haja lei ordinária, o próprio TST regulará o
funcionamento do Conselho por meio de resolução (EC n. 45/2004, art. 6º).
A Resolução Administrativa nº 1.140/2006 instituiu a ENAMAT como órgão
autônomo, para promover a seleção, a formação e o aperfeiçoamento dos
magistrados do trabalho (art. 1º).
COMPETÊNCIA.
Tribunal Pleno –
Decide arguição de inconstitucionalidade, aprova, modifica e revoga disposições
integrantes da Súmula de Jurisprudência e Precedentes Normativos; julga os
incidentes de uniformização da jurisprudência, os processos em que ocorra
divergência entre as Subseções I e II de Dissídios Individuais, as reclamações
sobre matéria de sua competência, os mandados de segurança contra atos do
presidente ou de ministro do tribunal, os recursos em mandado de segurança e
interesse de juízes e servidores da Justiça do Trabalho, os recursos em matéria de
concurso para o ingresso na Magistratura do trabalho, os agravos regimentais
contra decisões do corregedor-geral; delibera sobre todas as matérias
jurisdicionais não incluídas na competência de outros órgãos do Tribunal.
Ainda, em matéria administrativa, elege o presidente, o vice-presidente e o
corregedor-geral, aprova e emenda o Regimento Interno, opina sobre propostas
de alteração legislativa em matéria trabalhista, decide sobre composição,
competência, criação e extinção de órgãos do Tribunal, propõe criação,
modificação e extinção de TRT e Varas do trabalho, bem como de cargos e fixação
de vencimentos; escolhe membros de TRT para substituir ministros, escolhe entre
nomes de listas para nomear ministros, aprova tabelas de custas e emolumentos,
nomeia, promove, demite e aposenta servidores, aprova tabelas de gratificações;
concede licenças, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal, fixa e
revê diárias e ajudas de custo, designa comissões, baixa instruções de concurso
pra provimento dos cargos de Juiz do Trabalho Substituto.
Seção Administrativa: julga recursos das decisões e atos do presidente do
tribunal, recursos contra decisões dos TRT’s, em matéria administrativa; e delibera
sobre matérias administrativas não incluídas na competência de outros órgãos do
Tribunal.
SDC – julga originariamente os dissídios coletivos jurídicos e econômicos, as
Ações Civis Públicas e as decorrentes de laudo arbitral que excedam a jurisdição
dos TRT’s; estende e revê suas próprias sentenças normativas; homologa
conciliações em dissídios coletivos; julga ações rescisórias de seus julgados, os
mandados de segurança contra atos do presidente do TST ou de qualquer dos
Ministros integrantes da SDC, e os conflitos de competência entre TRT’s, em
processos coletivos; processa e julga as medidas cautelares incidentes nos
processos de dissídio coletivo e as ações em matéria de greve excedente da
jurisdição do TRT;
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Julga em última instância: recursos ordinários interpostos em dissídios coletivos,
em ações civis públicas e de laudo arbitral, em ações rescisórias e mandados de
segurança pertinentes a dissídios coletivos e a direito sindical, bem como
embargos infringentes de suas decisões originárias não unânimes, agravos
regimentais e de instrumento relativos a processos de sua competência.
SDI I – julga embargos de divergência ou infringentes das decisões das Turmas e
agravos regimentais contra decisões dos relatores em Embargos.
SDI II – julga originariamente as ações rescisórias contra suas próprias decisões e
aquelas das turmas; mandado de segurança contra atos do presidente do TST e
dos ministros da SDI.
Em única Instância, julga agravos regimentais e conflitos decompetência entre
TRT’s, entre Varas do Trabalho e Juízos de Direito, interpostos e dissídios
individuais.
Em última instância, julga os recursos ordinários nos dissídios individuais de
competência originária dos TRT’s e os agravos de instrumento.
Cada Turma, presidida pelo ministro mais antigo, julga os recursos de revista, de
agravo de instrumento e de agravo regimental contra despachos dos relatores.
Tribunais Regionais do Trabalho.
A CF (art. 112) estabelecia que cada Estado-membro e Distrito Federal deveria ter
pelo menos um TRT. A EC 45/2004 estabelece em lugar disso a atuação
descentralizada dos Tribunais, por meio de Câmaras regionais, e a função
jurisdicional itinerante (art. 115, §§1º e 2º).
Composição (conforme EC nº 45/2004) –
Compostos por 7 desembargadores federais do trabalho, antes chamados “juízes
do tribunal”, com idade entre 30 e 65 anos.
Há preferência para que os membros sejam recrutados na mesma região (art.
115, CF). Advogados e membros do MP do trabalho devem compor 1/5 do total de
desembargadores.
Ainda há TRT’s com 8, 27 ou 64 membros (o da 2ª Região).
Juízes das varas são promovidos a desembargadores pelos critérios alternados de
antiguidade e merecimento. Só maioria de 2/3 dos membros do TRT pode recusar
o mais antigo, passando-se assim á votação do segundo mais antigo.
Na promoção por merecimento o Tribunal indica 3 juízes de varas. A nomeação é
feita pelo Presidente da República, que escolhe livremente um dos componentes
da lista – e não será promovido o juiz que injustificadamente retiver autos em seu
poder além do prazo legal.
Para a nomeação dos juízes entre advogados e membros do Ministério Público é
feita lista sêxtupla – o TRT escolhe 3 nomes. O Presidente escolhe um livremente
e o nomeia.
Os integrantes do TRT elegem presidente, vice-presidente, corregedor e vice-
corregedor (se existir previsão desses cargos), presidentes de Turmas e das
Seções.
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FUNCIONAMENTO
Se compostos com até 8 desembargadores, só funcionam com todos os membros.
A composição plena só delibera com a presença da maioria absoluta dos
desembargadores.
Se há mais desembargadores, há divisão em Turmas, cada uma com 3 membros.
Para o funcionamento das Turmas, deve haver pelo menos 2 desembargadores.
Tribunais divididos em turmas dividem-se também em seções, uma para julgar
dissídios coletivos (seção normativa). As seções só funcionam com maioria
absoluta de seus membros.
O presidente do TRT só tem voto de desempate. Nas questões administrativas,
vota normalmente, como qualquer outro desembargador, e ainda tem voto de
desempate.
COMPETÊNCIA.
Pleno – competência originária: julgar dissídios coletivos, rever e estender suas
decisões normativas, julgar mandados de segurança contra autoridades da própria
Justiça do Trabalho, ações rescisórias e de habeas corpus.
Em último grau de jurisdição: julga recursos contra multas impostas pelas
Turmas; julga conflitos de competência entre Turmas, entre Varas do Trabalho e
entre Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista.
Em único ou último grau de jurisdição: julga os processos administrativos
referentes aos serviços auxiliares e seus servidores e as reclamações contra atos
administrativos do presidente ou de qualquer outro membro do TRT, dos juízes
das varas do trabalho, dos juízes substitutos e dos funcionários.
Nos TRT’s divididos em Seções, as seções ficam com a supra referida competência
do pleno, conforme seu Regimento Interno, exceto para julgamento das questões
administrativas, que continuam sendo do Tribunal Pleno.
Turmas: julgam recursos ordinários, agravos de petição e agravos de instrumento;
recursos contra multas e outras penalidades impostas por juízes de primeiro grau.
Não cabe da decisão da Turma recurso ao Tribunal Pleno ou às Seções, salvo se a
Turma impôs multa.
O Tribunal Pleno, Turmas e Seções julgam ainda exceções de suspeição
opostas contra seus respectivos membros.
PRESIDENTE DO TRT: entre outras atribuições, dá férias, posse, licença aos juízes,
remove os juízes, preside sessões do Tribunal, audiências de conciliação dos
dissídios coletivos; convoca, quando for o caso, substitutos para os
desembargadores do TRT e juízes das Varas do trabalho; despacha recursos,
designa relatores, assina folhas de pagamento, exerce correição pelo menos uma
vez por ano sobre as varas do trabalho (ou parcialmente, quando necessário);
solicita correição ao Tribunal de Justiça em relação aos Juízes de Direito investidos
na administração da Justiça do Trabalho – exceto nos TRT’s que contem com cargo
específico de juiz corregedor, a quem cabe, então, exercer tais funções.
VARAS DO TRABALHO E JUÍZES DE DIREITO.
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São órgãos de 1ª instância – 1º grau da Justiça do trabalho, que conhecem
inicialmente dos litígios trabalhistas.
A EC n. 45/2004 ampliou a competência de tais órgãos.
Só os grandes centros têm varas do trabalho, já que os critérios para a sua
criação consistem em número de empregados – 24 mil - ou quantidade de
processos trabalhistas – média de 240 por ano nos últimos três anos. Se já há
vara do trabalho na Comarca, para a criação de outra é preciso que a(s) já
existente(s) tenham recebido mais de 1.500 reclamações por ano. É o que dispõe
a Lei nº 6.947/81, nem sempre respeitada na prática.
Certas Comarcas são carentes de varas do trabalho, sobrecarregando as já
existentes; e outras Comarcas têm muitas sem necessidade, por pressão política.
A EC n. 45/2004 estabelece que o número de juízes deve ser proporcional à
efetiva demanda judicial e à respectiva população.
Onde não há vara do trabalho os Juízes de Direito cuidam de dirimir os litígios
trabalhistas – ficam assim investidos nas funções de Juiz do Trabalho.
Do ingresso na carreira:
O juiz do trabalho deve ser nomeado pelo TRT após aprovado em concurso de
provas e títulos, ou compõe a vara do trabalho por remoção de outra Vara, ou por
ser promovido de Juiz Substituto, por critérios alternados de antiguidade e
merecimento, com as garantias constitucionais de inamovibilidade, vitaliciedade
(após 2 anos de período probatório) e irredutibilidade de vencimentos.
O concurso vale por 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. A Resolução
Administrativa nº 1.140/2006, do TST, prevê unificação nacional do concurso, que
é realizado conforme instruções do TST.
Para se inscrever, o bacharel deve comprovar atividade jurídica por no mínimo 3
anos, estar quite com as obrigações civis e militares, demonstrar bom conceito e
idoneidade para o exercício das funções judicantes e juntar os títulos.
Se classificado, o magistrado ingressa na carreira como juiz substituto, auxiliando
os juízes titulares dentro da Região designada pelo presidente do TRT. As
promoções de juiz substituto para juiz titular, bem como deste a desembargador,
são feitas por critérios alternados de antiguidade e merecimento.
ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO JUIZ DO TRABALHO.
Presidir audiências, executar decisões, despachar petições e recursos, proceder a
jurisdição voluntária – homologar pedido de demissão, de recibo de quitação e de
acordo para rescisão do contrato de trabalho de trabalhador estável.
O juiz deve manter perfeita conduta pública e privada, sem dar opinião sobre
feitos que vai apreciar; despachar dentro do prazo legal e residir dentro dos
limites do território sob sua jurisdição, não podendo dele se ausentar sem licença
do TRT.
____________________//__________________________
FUNÇÕES ESSSENCIAIS À JUSTIÇA.
18/10/2021 15:14 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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São exercidas por órgãos previstos pela Constituição Federal, não integrantes do
Poder Judiciário,mas que atuam perante este:
- Ministério Público do Trabalho.
- Advocacia-Geral da União.
- Advocacia e Defensoria Pública.
1. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO.
O art. 127, da CF/88 eleva o Ministério Público à condição de instituição
permanente, essencial à função jurisdicional, incumbida de defender a ordem
pública, o regime democrático e os interesses indisponíveis da sociedade e dos
indivíduos, sendo que seus membros têm as garantias dos magistrados:
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos (art. 128, §5º, I).
As vedações são também semelhantes às da magistratura (art. 128, §5º, II).
O chefe é o Procurador-Geral da Justiça do Trabalho, nomeado pelo Procurador-
Geral da República entre os integrantes da Procuradoria com mais de 35 anos de
vida e mais de 5 (cinco) anos de carreira. Entre suas atribuições está a de
designar, entre os procuradores regionais, o chefe da Procuradoria Regional,
conforme Estatuto do Ministério Público da União (LC n. 75/93, art. 91, VI).
Trata-se de sub-ramo do Ministério Público da União, ao lado do MP Federal, do MP
Militar e do MP do Distrito Federal e Territórios.
Das Atribuições da Procuradoria-Geral do Trabalho.
O MPT atua, apura, denuncia. Há discussões sobre as funções do MP. Para Pedro
Paulo Teixeira Manus, é preferível fazer mais a fazer menos. É melhor ser atuante,
até nas investigações.
Atua perante o TST, através do Procurador-Geral e dos Subprocuradores-Gerais.
Junto aos TRT’s funcionam as Procuradorias Regionais do Trabalho, compostas por
procuradores regionais, nomeados por concurso público de provas e títulos.
O MPT zela pelos interesses da sociedade, promovendo as medidas necessárias ao
desempenho de sua missão constitucional (art. 129, CF). Por exemplo investiga o
trabalho escravo, inclusive no interior de São Paulo.
Propõe as ações previstas na CF e na lei trabalhista, zela por direitos de menores,
incapazes e índios, atua nas sessões dos Tribunais, instaura processos coletivos
em caso de greve, requer diligências, promove a cobrança de custas e multas,
suscita conflitos de competência e recorre das decisões nos casos previstos em lei,
entre outras funções.
A LC nº. 75/93 prevê a manifestação acolhendo solicitação do juiz ou por sua
iniciativa, quando houver interesse público[2] – não há mais obrigatoriedade de
manifestação por escrito em todos os casos, como previam os art. 746 e 747 da
CLT.
O MPT atua extrajudicialmente quando por exemplo inicia inquérito civil. Neste
caso, em decorrência do inquérito civil, ou promove acordo entre empresa e
empregado por Termo de Ajuste de Conduta (se não cumprido, é título executivo
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftn2
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extrajudicial na Justiça do Trabalho); ou entende que não há irregularidade; ou a
procuradoria se convence que a questão é judicial, movendo ação civil pública.
Todas as Procuradorias são auxiliadas por uma Secretaria.
1. Defensoria Pública:
Trata-se de instituição essencial à função jurisdicional do Estado, procedendo a
orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados. Presta
assistência jurídica integral e gratuita (art. 5º, LXXIV, CF).
O fato de os sindicatos (art. 514, b, CLT) prestarem assistência aos seus
associados não exclui o dever constitucionalmente previsto da Defensoria Pública.
3. Advocacia da União.
Com previsão no art. 131 da CF, representa a União diretamente ou por órgão
vinculado, judicial ou extrajudicialmente, cabendo-lhes as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Tais atribuições incluem
matéria trabalhista apresentada em face da União perante o Judiciário.
_____________________________//_______________
DAS SECRETARIAS (art. 710 a 712, CLT).
As Secretarias (órgãos auxiliares), com quadro de funcionários organizados
segundo complexa estrutura, nos casos dos Tribunais, servem TST, TRT, Varas do
Trabalho.
São distribuidores, protocolo, contador, serviço de dados. Devem guardar e
executar medidas que deem andamento aos processos; fornecem informações e
certidões, procedem a contagem das custas processuais, realizam penhora e as
diligências e providências determinadas pelos juízes.
 
[1] O merecimento é apurado conforme critérios de presteza e segurança no
exercício da jurisdição, frequência e aproveitamento em cursos reconhecidos de
aperfeiçoamento. Consoante Amauri Mascaro Nascimento. “Curso de Direito
Processual do Trabalho”. P. 146.
[2] Quando for parte pessoa jurídica de direito público, estado estrangeiro ou
órgão internacional; é facultativa a manifestação quando solicitada pelo relator ou
por iniciativa do próprio MPT (Resolução Administrativa nº. 31/93 do TST). O
prazo para a emissão de parecer é sempre de 8 (oito) dias (Lei nº 5.584/1970).
Exercício 1:
Não pode ser considerado um dos princípios de organização da Justiça do
Trabalho:
 
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/manut/frmInsereConteudo.aspx#_ftnref2
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A)
 ingresso na carreira por concurso público de provas e títulos, com a participação
da OAB em todas as fases, sendo que as nomeações ocorrem conforme a ordem
de classificação e o cargo inicial é de juiz substituto.
B)
 promoção alternadamente por antiguidade e por merecimento.
C)
órgãos jurisdicionais com organização interna fundada apenas em lei, sem
disposições regulamentares internas elaboradas por seus próprios membros.
D)
cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como requisitos
para ingresso e promoção na carreira.
E)
vencimentos fixados com diferença não superior a 10% de uma para outra das
categorias da carreira, sem exceder os vencimentos dos ministros do STF.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 2:
Assinale a alternativa correta, quanto ao Tribunal Superior do Trabalho.
A)
 é o órgão máximo da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília, por
determinação infraconstitucional.
B)
 é composto por 27 ministros, nomeados pelo Presidente da República, após
aprovação em concurso público.
C)
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 todos os ministros são brasileiros, com mais de 30 e menos de 60 anos.
D)
 não é obrigatória a escolha de ministros entre membros do Ministério Público do
Trabalho.
E)
 na escolha dos ministros, deve ocorrer a inclusão de membros da Advocacia e do
Ministério Público.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 3:
Não cabe ao Pleno do TST:
 
A)
decidir arguição de inconstitucionalidade, aprovar, modificar e revogar disposições
integrantes da Súmula de Jurisprudência e Precedentes Normativos.
B)
julgar os incidentes de uniformização da jurisprudência, os processos em que
ocorra divergência entre as Subseções I e II de Dissídios Individuais, as
reclamações sobre matéria de sua competência, os mandados de segurança
contra atos do presidente ou de ministro do tribunal, os recursos em mandado de
segurança e interesse de juízes e servidores da Justiça do Trabalho, os recursos
em matéria de concurso para o ingresso na Magistratura do Trabalho, os agravos
regimentais contra decisões do corregedor-geral; deliberar sobre todas as
matérias jurisdicionais não incluídas na competência de outros órgãos do Tribunal.
C)
opinar sobre propostas de alteração legislativa em matéria trabalhista.
D)
decidir sobre composição, competência, criação e extinção de órgãos do Tribunal.
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