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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRUY WYDEN
ENGENHARIAS WYDEN
BEATRIZ DANTAS BISPO - 201951122453
LILIANE DE OLIVEIRA SILVA - 202051795671
PROJETO DE EXTENSÃO
DRENAGEM URBANA: ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE DRENAGEM NA RUA
FREI MIGUEL, 22 – CENTRO, SÃO FRANCISCO DO CONDE – BA.
SALVADOR/BA
2023
BEATRIZ DANTAS BISPO - 201951122543
LILIANE DE OLIVEIRA SILVA - 202051795671
PROJETO DE EXTENSÃO
DRENAGEM URBANA: ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE DRENAGEM NA RUA
FREI MIGUEL, 22 – CENTRO, SÃO FRANCISCO DO CONDE – BA.
Projeto de extensão apresentado à
disciplina de Engenharia Hidráulica dos
cursos de Engenharias, da faculdade
Uniruy Wyden, como parte da nota para a
AV2.
Prof. Dr. Eduardo Galdino de Souza
SALVADOR/BA
2023
RESUMO
O presente trabalho aborda uma temática muito recorrente no Brasil, que são os
alagamentos ocasionados pelas fortes chuvas, sendo que essa problemática acaba
sucedendo uma série de outros contrapontos e provocando danos para o poder
público, onde a população é quem mais sofre devido aos efeitos das águas pluviais.
Uma das principais causas que provoca esses incidentes são as grandes
impermeabilizações do solo, que é algo muito comum em zonas urbanas e cidades
amplamente populosas, que tem a tendência de ampliar as áreas impermeáveis e
reduzir os locais de áreas verdes, sendo que o efeito dessa ação do aumento da
taxa de áreas impermeabilizadas e a diminuição de regiões permeáveis, é um dos
grandes responsáveis pelo aumento de prejuízos urbanos e das enchentes. A rua
Frei Miguel, localizada no centro do município de São Francisco do Conde, é uma
dessas regiões que sobre com essas questões expressas anteriormente, visto isso,
o intuito desse trabalho é analisar o motivo do porquê essa rua vem sofrendo com as
devastações das fortes chuvas, tendo em vista a sua real importância ao que se
refere a mobilidade urbana da cidade. A finalidade desse trabalho é investigar a
esquemática de drenagem da área, afim de compreender o porquê essa região
sobre com as chuvas e propor soluções que confiram a diminuição dessas
enchentes e seus contrapontos sucedentes. Foi realizada visita in loco, registros
fotográficos e conversas com moradores da rua mencionada, para assim, assimilar
melhor a situação que os moradores vêm enfrentando e aplicar as soluções
propostas nesse trabalho, sendo o principal objetivo o aumento do bem-estar da
população, para que nos tempos vindouros, elas não tenham que enfrentar os
mesmos transtornos. 
Palavras Chaves: Alagamentos, Drenagem Urbana, Hidráulica, Espaços Urbanos,
São Francisco do Conde. 
INTRODUÇÃO
As enchentes são um problema recorrente em muitas regiões do mundo,
especialmente em grandes cidades e capitais. Isso ocorre devido a uma série de
fatores, incluindo o aumento do volume de água devido às chuvas intensas, a
urbanização desordenada que altera o curso natural dos rios e a falta de
infraestrutura adequada para o escoamento das águas pluviais.
As cheias podem causar diversos prejuízos, como danos materiais às
propriedades, interrupção do fornecimento de energia elétrica e água potável, além
de colocar em risco a vida das pessoas. Além dos danos materiais causados às
propriedades, as enchentes podem colocar em risco a saúde e a segurança das
pessoas, especialmente quando ocorrem inundações repentinas.
Moradores, motoristas e motociclistas podem ter dificuldades em trafegar,
ficando ilhados pelas ruas durante as enchentes, o que pode causar
congestionamentos e acidentes de trânsito, o que pode dificultar ainda mais a vida
das pessoas afetadas.
É importante que as autoridades públicas adotem medidas preventivas para
minimizar os impactos das enchentes, como a construção de sistemas de drenagem
eficientes e a realização de obras de contenção de enchentes. Além disso, é
fundamental que a população esteja consciente dos riscos associados às enchentes
e tome medidas preventivas para minimizar os danos, como a não jogar lixo nas
ruas.
A questão desses desastres urbanos, firma um dos principais desafios de
algumas cidades contemporâneas. Os danos são incontáveis, afetando diversos
aspectos da vida urbana, interferindo com os setores de habitação, transporte,
saneamento e saúde pública entre outros. (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016.
Pág. 07)
Algumas alternativas serão mostradas no decorrer desse trabalho, na
tentativa de diminuir os impactos causados pelas fortes chuvas nessa rua. O uso de
novas tecnologias se tornará essenciais para o desenvolvimento desse trabalho
numa área de estudo na Rua Frei Miguel, 22– centro, São Francisco do Conde-BA,
a hipótese será usar o sistema de drenagem urbana sustentável como: Asfalto
permeável e o Jardim de chuva, com o intuito de melhorar a drenagem neste local.
METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de uma problemática de enchentes na rua Frei Miguel,
localizada no Centro de São Francisco do Conde, cidade está, que comtempla as
regiões do recôncavo baiano. A finalidade principal é identificar os fatores que
contribuem para as circunstâncias de inundações na área de estudo e compreender
por que há grandes problemas no quesito infraestrutura urbana relacionado à
drenagem urbana. A partir de análises e estudos da região, a proposta é apresentar
soluções para diminuir os impactos que tanto o poder público quanto a população
sofrem anualmente.
Para a composição deste trabalho, foram realizadas pesquisas em
bibliografias, sites oficiais, normas, leis e trabalhos científicos e acadêmicos. O
objetivo foi entender por que a área de estudo (rua Frei Miguel) passa por tantos
contratempos durante a época de chuva. É importante ressaltar que o Plano
Municipal de Saneamento Básico foi estudado como uma forma de entender melhor
o sistema de saneamento do município, a fim melhorar as propostas de drenagem
urbana que serão apresentadas na área de estudo mencionada. 
Para avançarmos nos estudos sobre saneamento, é imprescindível analisar
os termos relacionados à drenagem e, sobretudo, à drenagem sustentável. Essa
análise nos fornece informações cruciais para avaliar se o local em estudo está apto
ou não para receber serviços de saneamento. Infelizmente, diversas cidades ao
redor do mundo sofrem com problemas de enchentes e inundações, especialmente
durante a temporada de chuvas. Isso ocorre devido à urbanização desordenada e à
abundância de áreas impermeabilizadas. 
Existem soluções para mitigar os impactos da natureza, como as técnicas de
drenagem sustentável adotadas por algumas cidades do mundo e do Brasil. Essas
técnicas se baseiam na contenção e absorção da água de chuva, mediante a
técnicas de jardins de chuva e pavimentos permeáveis. Para compreender melhor o
desenvolvimento desse trabalho, é necessário realizar uma série de análises,
incluindo estudos teóricos, análise de trabalhos que utilizaram a técnica de
drenagem sustentável, análise de cidades que já adotaram técnicas semelhantes de
drenagem urbana e sustentável, levantamento de dados, diagnóstico e entrevistas
com moradores, entre outros. O resultado é um trabalho completo, que oferece
soluções eficazes para reduzir os impactos da natureza nas cidades.
 Fonte: Elaborado pelas autoras.
A principal metodologia requerida para a elaboração do trabalho foi pautada
em Mesquita (2020), Santos (2021) entre outros, sendo que todos eles são teóricos
que trabalharam a questão de problemas derivados das enchentes em zonas
urbanas. Também é crucial mencionar que foram usados artigos e livros que
abordam a temática do sistema de saneamento, abrangendo temas como as
técnicas de manejo de águas pluviais e manejo de enchentes.
As visitas realizadasna área de estudo serviram para entender a
problemática ocorrida e coletar dados de georreferenciamento para construções dos
mapas. Também foram realizadas conversas com os moradores, a fim de coletar
registros fotográficos e vídeos da área nos momentos de enchente na rua. Acrescido
a isso, também foram usados os softwares: Qgis, Google Earth, Power Point, Canva
e Excel.
Após coleta de dados e informações sobre o entorno, será elaborado um
estudo preliminar da área delimitada, destacando suas principais lacunas. O objetivo
é desenvolver um programa de necessidades capaz de mitigar os problemas
encontrados em relação à drenagem urbana. O desenvolvimento desse projeto visa
se adaptar às condições locais, com a perspectiva de que o resultado final possa, de
fato, servir como um canal para reduzir os impactos causados pelas águas pluviais.
A. ÁREA DE ESTUDO:
A Cidade de São Francisco do Conde, localizada no estado da Bahia, possui uma
área territorial de 269,715 km2 (IBGE, 2022) e uma população estimada de 40,664
habitantes (IBGE, 2021).
 Mapa de Localização do Município de São Francisco do Conde - BA
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico e de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos de São Francisco do Conde – Ba, 2018. 
Fonte: Elaborado pelas autoras.
A rua de estudo (Frei Miguel) fica localizada no centro do município:
 Fonte: Elaborado pelas autoras.
Segundo dados do IBGE, o IDHM da cidade abrange os seguintes dados:
Histórico do IDHM do Município de São Francisco do Conde - BA
Ano Índice
IDHM 1991 0,355
IDHM 2000 0,518
IDHM 2010 0,674
Dessa forma, pode-se observar que a taxa de crescimento do município entre o
período de 1991 a 2010, cresceu 89,86%, onde as principais dimensões que
contribuíram para esse aumento foram a longevidade, renda e educação.
O município de São Francisco do Conde, assim como muitos outros no Brasil, sofreu
uma rápida urbanização, o que não possibilitou um arranjo adequado de sistema de
drenagem e planejamento urbano, ocasionando inúmeras enchentes nas ruas, como
é o caso da rua estudada. É importante ressaltar também que rua Frei Miguel se
caracteriza como residencial e comercial, além agregar importante necessidade no
que tange a questão da mobilidade urbana, pois também possibilita a passagem
para outras ruas e demais locais da cidade. 
RESULTADOS E DISCURSSÃO
Tendo em vista que as enchentes é um problema muito sério na rua Frei Miguel, e
considerando a instabilidade que a população vem enfrentando com a situação, se
faz necessário a compreensão mais detalhada dos motivos históricos, desde as
altas taxas de urbanização nas cidades e o aumento das áreas impermeabilizas e
suas complicações, para assim, também propor as tecnologias adequadas para
mitigar a questão. 
1) O CRESCIMENTO URBANO E URBANIZAÇÃO
Quando falamos de urbanização e crescimento urbano, estamos falando do
aumento da população em determinadas áreas. É como se um lugar que tinha mil
habitantes em um ano, aumentasse para 20 mil em cinco anos. Segundo Panerai
(1999), o crescimento de uma cidade é um conjunto de fenômenos que envolvem
expansão e densidade, observados de um ponto de vista morfológico, ou seja, pela
sua presença física no território. Mas, é importante lembrar que o desenvolvimento
econômico também é um fator importante nesse crescimento. Quando as cidades
crescem de forma desordenada, é comum enfrentarem problemas, principalmente
em áreas de difícil acesso.
As distinções entre crescimento e desenvolvimento são complexas, exigindo
uma gestão financeira cuidadosa e uma fiscalização rigorosa. Para garantir que o
crescimento urbano seja direcionado de forma eficaz, é fundamental que as duas
funções caminhem juntas. Isso requer um apoio político sólido e de longo prazo para
garantir que tudo funcione adequadamente.
 O crescimento urbano é um desafio no século XXI e, infelizmente, muitas vezes
irreversível. De acordo com o programa das Nações Unidas para Assentamentos
Humanos (UN-Habitat), a população urbana mundial aumentou cinco vezes entre
1950 e 2011, e essa tendência continua a crescer nos próximos anos,
especialmente devido ao êxodo rural em países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento. No entanto, o aumento desordenado da população urbana sem a
devida infraestrutura e planejamento é um problema que enfrentamos atualmente. É
necessário garantir que o desenvolvimento das cidades acompanhe o crescimento
populacional para garantir uma qualidade de vida adequada aos moradores.
1.1) O BRASIL E A URBANIZAÇÃO 
A urbanização do Brasil teve seu início no século XX, impulsionada pelo processo de
industrialização que atraiu uma significativa parcela da população rural para as
áreas urbanas. Esse fenômeno, popularmente conhecido como êxodo rural, foi
responsável pela transformação do cenário socioeconômico do país.
A urbanização é o aumento da população nas cidades em detrimento da zona
rural, impulsionada pela industrialização. As máquinas substituíram a força humana
no campo, levando ao êxodo rural a partir de 1950. O crescimento das cidades no
Brasil foi intenso ao longo das décadas e resultou no cenário urbano atual. Podemos
analisar esse crescimento na tabela a seguir:
O Crescimento da População brasileira de 1940 à 1991.
Fonte: MESQUITA, (2020).
Vale ressaltar que nem todo estado brasileiro se urbanizou de maneira uniforme
quando comparados de maneira conjunta. Os investimentos financeiros é uma peça
chave que contribui para esse fenômeno. A região do sudeste é uma das quais mais
se destacam ao que se refere ao processo do aumento da população nas cidades,
isso ocorreu principalmente porque essa região recebeu muito incentivo financeiro
para o desenvolvimento industrial, o que influenciou o êxodo rural. 
Porém, quando o planejamento das cidades não acompanha o crescimento
econômico, resulta em muitas consequências desafiadoras, como é o caso da
favelização nessas mesmas regiões, em especial, em São Paulo e Rio de Janeiro,
onde a ocupação em territórios irregulares acompanha altos índices de problemas
sanitários, contemplando as enchentes, desmoronamentos, inundações e etc, todos
esses são problemas advindos da urbanização desordenada. 
1.2) OS IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO
O desenvolvimento urbano traz consigo um aumento na área edificada e,
consequentemente, na impermeabilização do solo. Essa mudança afeta a hidrologia
e o clima local, entre outros aspectos. Com a urbanização, é comum que as pessoas
desmatem áreas para construir lotes, o que aumenta o risco de enchentes, já que a
água não consegue escoar naturalmente. Além disso, lotes próximos a rios também
sofrem com a retirada da vegetação natural e a impermeabilização, prejudicando
ainda mais o sistema de drenagem.
De acordo com Tucci (2005), gestão de águas pluviais, as cidades enfrentam
grandes desafios em decorrência da urbanização descontrolada e sem
planejamento. Entre os principais problemas, destacam-se o aumento desordenado
da periferia nas cidades, impulsionado pela migração rural em busca de emprego, a
presença de migrantes de baixa renda sem capacidade de investimento, o déficit de
emprego e moradia, além de legislações equivocadas de controle do espaço urbano,
incapacidade do município em planejar e antecipar a urbanização, investir em
espaços seguros e adequados como base do desenvolvimento urbano e a crise
econômica geral também são fatores que agravam a situação. 
Normalmente o planejamento urbano é praticado para cidades convencionais,
mas para ocupações informais só há tentativas de resolver problemas nas taxas de
ocupação. Sendo que os principais problemas de Infraestrutura e saneamento nas
áreas informais são: a falta de tratamento de esgoto e drenagem urbana, ocupação
de leito de inundações ribeirinhas, impermeabilização e canalizaçãodo solo, além
da falta de gestão organizacional, Tucci (2005). Portanto, o sistema de drenagem
urbano acaba sendo sobrecarregado pela urbanização, causando inundações e
afetando populações vulneráveis.
2) PROBLEMAS ADVINDOS DAS ÁREAS IMPERMEABILIZADAS
Segundo Tucci (2005), as enchentes têm se intensificado devido à crescente
impermeabilização das áreas urbanas e à construção de projetos pluviais
inadequados. Estes fatores têm contribuído para o bloqueio do escoamento de água,
como aterros, pontes, drenagens ineficientes, obstrução de escoamento em
condutos e assoreamento. Apesar dos avanços nos estudos e projetos de
drenagem, a questão da higiene ainda não foi totalmente resolvida. Como resultado,
ocorre um ciclo de poluição, onde as cidades costeiras despejam seus esgotos nas
cidades localizadas em áreas mais baixas. O tipo de solo é um fator importante que
influencia a taxa de infiltração. A tabela abaixo apresenta os níveis de infiltração de
acordo com o tipo de urbanização.
Taxa de infiltração das águas pluviais em diferentes tipos de ocupação do solo e 
Fonte: MASCARÓ, J. L; YOSHINAGA, 2005.
pavimentação.
Segundo (MASCARÓ E YOSHINOGA, 2005), a habilidade de um solo arenoso para
absorver água é impressionante, alcançando quase 100% de capacidade. No
entanto, a qualidade do solo pode afetar essa capacidade, como é o caso de solos
com presença de argila, cuja capacidade de absorção é menor. Além disso, quando
o solo perde sua forma natural e é impermeabilizado, sua capacidade de infiltração é
significativamente reduzida. Esse processo de impermeabilização quase total de
uma área pode resultar em problemas graves de alagamentos e enchentes.
Segundo Tucci (2005), ao decorrer do processo que uma cidade vai se urbanizando,
no geral, ocorrem os seguintes efeitos:
 Aumento das vazões máximas, em até 7 vezes, e da sua frequência, por
conta do aumento da capacidade de escoamento por condutos e canais e
pela impermeabilização das superfícies; 
 Aumento da produção de sedimentos resultante da falta de proteção das
superfícies e da produção de resíduos sólidos (lixo); 
 Deterioração da qualidade da água superficial e subterrânea, em virtude da
lavagem das ruas, do transporte de material sólido e das ligações
clandestinas de esgoto cloacal e pluvial; 
 Implantação desorganizada da infraestrutura urbana, tais como: (a)
construção de pontes e taludes de estradas que obstruem o escoamento;(b)
redução de seção do escoamento por aterros de pontes e para construções
em geral; (c) deposição e obstrução de rios, canais e condutos com lixos e
sedimentos; (d) projetos e obras de drenagem inadequadas, com diâmetros
que diminuem para jusante; (e) drenagem sem esgotamento, entre outros.
A impermeabilização do solo é um dos principais fatores que contribuem para o
escoamento excessivo de água durante períodos de chuva intensa. Com a redução
da infiltração no solo, a água acaba mudando seu curso natural e pode causar uma
série de impactos negativos, incluindo a contaminação da água e a degradação do
meio ambiente. Além disso, a impermeabilização do solo é um problema crescente,
impulsionado pelo crescimento desordenado e pela densidade populacional.
 Felizmente, existem soluções para minimizar os efeitos da impermeabilização do
solo, como a implementação de sistemas de drenagem urbana. No entanto, para
que esses sistemas sejam eficazes, é fundamental que se leve em consideração o
nível de impermeabilização próximo à bacia hidrográfica, a fim de garantir que a
vazão de água seja suportada durante as épocas de chuva intensa.
3) MOBILIDADE URBANA
A mobilidade urbana é o conjunto de meios de transporte utilizados para
deslocamento de pessoas em áreas urbanas, podendo ser individuais ou
compartilhados, como os modais ferroviário e rodoviário. Segundo o Ipea (2010), o
padrão de mobilidade da população brasileira sofreu mudanças significativas desde
meados do século passado, refletindo o intenso processo de urbanização e
crescimento desordenado das cidades, além do aumento do uso de veículos
motorizados individuais.
 Atualmente, a mobilidade urbana é um tema amplamente discutido,
especialmente em grandes centros urbanos, onde a dificuldade de locomoção é
crescente e os números de veículos automotores, congestionamentos e
superlotações em transportes coletivos aumentam. Essa situação pode ser atribuída
à urbanização desordenada, uma vez que, em outros países, a urbanização foi
planejada, com centros empresariais próximos aos colaboradores. Diferentemente
do Brasil, onde o crescimento desordenado resultou em empresas ocupando os
grandes centros e seus colaboradores afastados, aumentando as distâncias para o
trabalho e o tempo de percurso.
 Portanto, quando se analisa as problemáticas usuais do tráfego nos grandes
centros, que ao se tratar das principais cidades do Brasil, já possui problemas no
processo de locomoção das pessoas, quando acrescido com os períodos de chuva,
essa situação fica ainda mais desafiadora, diminui o fluxo do trânsito ainda mais,
todavia, a questão fica ainda mais nefasta quando as ruas não possui um sistema de
drenagem adequado, pois além de deixar o fluxo de transito lento, em muitos casos,
deixam também a população ilhada. 
4) SANEAMENTO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS 
É crucial que haja uma relação harmoniosa com a natureza no dia a dia,
especialmente nos dias de hoje, em que a questão ambiental é uma preocupação
constante. Os sistemas de esgoto, reciclagem, coleta de rejeitos e direcionamento
das águas pluviais têm um grande impacto no dia a dia dos municípios. Quando um
município não adota um sistema de saneamento adequado, as consequências para
o meio ambiente e a sociedade são graves: propagação de doenças, enchentes,
aquecimento global e poluição do meio ambiente. Portanto, um ecossistema bem
preservado e serviços de saneamento funcionando adequadamente são de
fundamental importância para a comunidade.
De acordo com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (2011), em uma
cidade em desenvolvimento, é necessário um planejamento para reconhecer e
interpretar a ligação entre cidade e saneamento, levando em consideração aspectos
físicos, ambientais e de ocupação do solo. É importante ressaltar que, no meio
urbano, a água é fundamental para a cidade e para a população, mas em excesso
pode causar danos. A água nos serviços de saneamento ocupa várias posições,
desde o abastecimento de água potável até o tratamento de esgoto e a drenagem
de águas pluviais. Portanto, a água deve ser tratada com seriedade, pois a falta dela
causa prejuízos e não proporciona uma qualidade de vida digna, enquanto o
excesso ou a falta de tratamento adequado pode causar doenças e prejuízos tanto
ao poder público quanto à população.
 O saneamento ambiental é uma das vertentes do saneamento básico que ganha
destaque mundial pela sua importância na proteção ambiental, saúde pública e
qualidade de vida. De acordo com o Trata Brasil, o saneamento é um conjunto de
medidas que visam preservar o meio ambiente, prevenir doenças e melhorar a
saúde e qualidade de vida da população. Serviços como água tratada, coleta e
tratamento de esgoto, e drenagem de águas pluviais são fundamentais para o país,
impactando positivamente tanto na economia quanto na saúde pública.
 Com o cenário preocupante de saneamento em diversos lugares do mundo, a
OMS reuniu especialistas para trabalharem no controle físico do homem, visando o
bem-estar físico, mental e social. Esse conjunto de ações recebeu o nome de
saneamento do meio, e é essencial para garantir um futuro mais saudável e
sustentável para todos.
Assim sendo, as principais atividades que compõeo Saneamento básico
segundo (JR; Medeiros. 2005) são: Sistema de abastecimento de água; Sistema de
coleta e tratamento de águas residuárias; Sistema de limpeza pública; Sistema de
drenagem urbana; Controle de artrópodes e roedores de importância à saúde
pública; Controle de poluição das águas, do ar e do solo; Saneamento de alimentos;
Saneamento nos meios de transporte; Saneamento de locais de reunião, recreação
e lazer; Saneamento de locais de trabalho; Saneamento de escolas; Saneamento de
hospitais; Saneamento de habitações; Saneamento de planejamento territorial;
Saneamento em situações de emergências etc.
4.1) PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)
A lei federal 11.445/2007 estabelece diretrizes e medidas para a
implementação do saneamento básico em todo o território brasileiro. De acordo com
essa legislação, cada município deve elaborar um Plano Municipal de Saneamento
Básico (PMSB), o qual deve conter quatro serviços essenciais: abastecimento de
água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem e
manejo das águas pluviais urbanas. É importante ressaltar que o titular dos serviços
municipais de saneamento básico é o responsável pela execução do PMSB.
 Ademais, o decreto 10.203 de 22 de janeiro de 2020 determina que, a partir de
31 de dezembro de 2022, o PMSB deve ser revisado a cada quatro anos e que o
município só receberá recursos federais destinados ao saneamento caso possua o
plano em questão.
Fonte: MESQUITA, (2020).
 Sequência Cronológica do PMSB.
Realizar o diagnóstico do município é importante para elaborar o plano, com
participação da comunidade e formação de grupos de trabalho envolvendo
representantes de todos os órgãos e entidades que tenham algum tipo de relação
com o setor de saneamento do município. Para isso, é necessário levantamento de
dados de todas as áreas que atuam sobre o saneamento da cidade. 
5) SISTEMAS SUSTENTÁVEIS DE DRENAGEM
O Sistema de Drenagem Urbana Sustentável (SUDS) é uma metodologia
inovadora de gestão de águas pluviais, originária do Reino Unido. Com foco na
sustentabilidade, o SUDS se baseia em três pilares essenciais: quantidade,
qualidade e amenidade/biodiversidade. O objetivo é alcançar um equilíbrio entre
esses aspectos, por meio de dispositivos e técnicas que promovam a infiltração,
detenção/redenção, transporte e captação de água.
A eficácia dos projetos de infraestrutura e sistemas de saneamento está
intimamente ligada ao uso e ocupação do solo. Afinal, áreas impermeabilizadas
correspondem diretamente ao escoamento superficial de águas pluviais. É aí que
entram os Sistemas de Drenagem Urbana Sustentável (SUDS), que surgiram com o
objetivo de mitigar os impactos causados pelo grande volume de águas pluviais.
Esses sistemas são projetados para atuar em pequenas unidades, levando em
consideração as condições do terreno original.
Existem diversas soluções sustentáveis que auxiliam na drenagem urbana, como
os sistemas de biorretenção, também conhecidos como jardins de chuva, e os
pavimentos permeáveis. Estes últimos são especialmente eficazes na diminuição do
escoamento superficial, uma vez que permitem a infiltração da água no solo.
Segundo Suzuki, Azevedo e Junior (2013), os pavimentos permeáveis podem ser
divididos em três categorias básicas, dependendo de sua capacidade de absorção
de água: sistema de infiltração total, sistema de infiltração parcial e sistema de
infiltração para controle da qualidade da água.
 Os jardins de chuva, por sua vez, são técnicas biológicas que contribuem para a
infiltração da água de chuva, melhorando a qualidade de vida do bairro e deixando
as ruas mais agradáveis. Essa técnica também ajuda a reduzir a sobrecarga no
sistema de drenagem existente. De acordo com Canholi (2014), o escoamento
superficial nas áreas urbanas é bastante elevado devido à grande
impermeabilização do solo, mas os jardins de chuva têm a função de diminuir esse
nível de escoamento, além de tratar e purificar a água absorvida para o aquífero.
5.1) JARDIM DE CHUVA – SISTEMA DE BIORRETENÇÃO
 Jardim de chuva (biorretenção) é uma escavação superficial com vegetação
nativa especialmente selecionada para tratar e capturar o escoamento (PA BMP
Manual, 2006). De forma semelhante, Hess (2017) define um jardim de chuva como
sendo uma área vegetada em um nível abaixo da superfície capaz de capturar e
armazenar o escoamento superficial das áreas impermeáveis que a rodeiam,
tratando os poluentes carregados por essas águas. A água que fica
temporariamente armazenada no jardim infiltra no solo ou vai para a atmosfera
através da evapotranspiração. 
 Para Li e Zhao (2008), o jardim de chuva é uma estrutura hidrológica funcional na
paisagem, com um baixo investimento e simples manutenção. Ainda para os
autores, o jardim atua através do sistema solo-planta atmosfera e dos processos de
infiltração, retenção e absorção, purificando e absorvendo as águas pluviais, o que
provoca a redução do volume escoado e protege a qualidade das águas
subterrâneas. 
 É importante notar que as áreas de biorretenção não podem ser confundidas
com bacias de retenção. Uma das diferenças é a taxa de infiltração que, segundo
Manual de Melhores Práticas de Gerenciamento em Drenagem da Pennsylvania (PA
BMP Manual, 2006), deve ser maior para os jardins de chuva, uma vez que a
finalidade deles é armazenar água apenas durante um intervalo de tempo. 
 Umas das vantagens dos deste sistema é que eles são muito flexíveis quanto a
sua implantação, podendo ocupar áreas menores , com um quintal, ou
estacionamentos. Além disso, eles podem se integrar a outras estruturas
sustentáveis de drenagem, como pavimentos permeáveis e trincheiras de infiltração.
Ainda por conta dessa flexibilidade, são muitos os aspectos que podem ser
modificados a fim de maximizar a eficiência de um jardim de chuva. Alguns critérios
de projeto são a profundidade, o tipo de solo e a vegetação (HESS, 2017).
5.2) PAVIMENTOS PERMEÁVEIS
 O pavimento torna-se permeável por apresentar poros que permitem a
infiltração da água, além disso, este não é uma camada contínua, como a manta
asfáltica, seus blocos são montados de modo que fique uma junta de dilatação entre
eles, estas são preenchidas com areia, o que permite também, a infiltração da água.
 As execuções das camadas do pavimento devem respeitar as espessuras
estabelecidas em projeto para garantir a sua eficiência, além disso, ele deve
apresentar, quando necessário, uma tubulação de drenagem e uma manta geotêxtil
para direcionar a água infiltrada.
 A utilização dos pavimentos permeáveis, em um contexto geral, pode
proporcionar uma redução dos volumes escoados e do tempo de resposta da bacia
para condições similares ou até mesmo, dependendo das características do subsolo,
condições melhores que as de pré-desenvolvimento, desde que seja utilizado
racionalmente, respeitando seus limites físicos, e desde que seja conservado
periodicamente (trimestralmente) com uma manutenção preventiva, evitando assim
o seu entupimento.
CONCLUSÃO
 O asfalto permeável e o jardim de chuva são possíveis ferramentas no processo
de contenção de enchentes urbanas, diminuindo o fator de impermeabilidade
desses locais, visto que a água passará por um sistema de drenagem e projetara-se
em um recipiente .
 Em relação à vida útil, é de cinco anos. Contudo, é fundamental mais ensaios e
estudos. Quando um município não adota um sistema de saneamento adequado, as
consequências para o meio ambiente e a sociedade são graves. Sendo
recomendado a avaliaçãocomportamental do pavimento proposto e sua resistência,
frente às forças desempenhadas por diferentes classificações de tráfego, verificando
sua eficiência com discrepantes configurações de leito, juntamente com estudos de
viabilidade econômica relativos à diferentes planos de projeto.
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