Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Expert Núcleo de Ensino Profissional e Técnico Preparando seu Futuro! 1 1. AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA 2. AMÉRICA LATINA 3. AMÉRICA LATINA - OS PAÍSES ANDINOS 4. REGIONALIZAÇÃO MUNDIAL 5. O BRASIL NA ECONOMIA GLOBAL FILOSOFIA 3 – Prova A 2 3 Estados Unidos da América Moeda: US$ Dólar Capital: Washington Maiores Cidades: New York, Chicago, Los Angeles, Boston Governo: Republicano-presidencialista. Independência: 4/07/1776 Área: 9.372.614 km2 População: 325 milhões (senso 2008) 4 Além de ser a principal potência do mundo, os Estados Unidos (United States of American) possui dimensões continentais, sendo o quinto país em extensão contínua (vindo atrás da Rússia, Canadá, China e Brasil). Passa a ser o quarto colocado, superando o Brasil, somando-se os seus estados do Alaska e do Havaí, que são desligados de sua porção continental. Conta 4.500 km de leste a oeste, e 2.500 km de norte a sul. Divide- se em 50 estados autônomos, reunidos sob a forma federativa, além de contar com diversos domínios do Pacífico e nas Caraíbas. 5 Condições especiais de sua história, reunidas com as imensas riquezas de seu território, explicam o seu poderio econômico. Chegada dos Europeus Ocorre a partir do século XVI, quando diversos europeus atingiram a costa Atlântica: • Em 1512, Ponce de Leon chegou à Flórida; • Em 1541, Hernado de Soto descobriu o Mississipi; • Em 1542, o Colorado foi explorado por Francisco Coronado; • Em 1542-43 o português João Cabrilho atravessou a 6 Califórnia; • Em 1585, o inglês Walter Raleigh criou um pequeno povoado na ilha de Roanoke, dando-lhe o nome de Virgínia (em homenagem à rainha Elisabeth I, conhecida como Rainha Virgem). 7 Nas duas primeiras décadas do século XVII, foram criadas as primeiras colônias estáveis: Jamestown (Virgínia) e Nova Amsterdã, fundada pelos holandeses em 1614 e tomada pelos ingleses em 1664, quando tem seu nome alterado par Nova Iorque. A partir de 1620 começaram a chegar os colonos fugidos das perseguições religiosas na Inglaterra e instalaram colônias de povoamento, principalmente no Nordeste, onde passaram a praticas a policultura em pequenas e médias propriedades, ao mesmo tempo em que introduziram a criação de gado leiteiro. 8 Os produtos legais eram comerciados com a Europa e com a África (em troca de escravos, que já faziam parte da vida econômica estadunidense desde 1619, o que permitiu a criação e estruturação de uma classe burguesa com grande poder aquisitivo. Além disso, com a imigração haviam chegado inúmeros artesãos cujo trabalho foi base para a industrialização do país. Já na porção sul do território estabeleceram-se as “Plantations” (grandes fazendas), onde cultivavam-se o arroz, tabaco, algodão, através da exploração do trabalho escravo, e para a exportação e suprimento do Mercado Europeu. 9 Os EUA, até a sua Independência, constituía-se em uma estreita faixa de terra formada por 13 colônias inglesas na região leste, sendo que a da região Nordeste caracterizavam-se pela colonização de povoamento e por uma melhor distribuição de renda ente os colonos. No sul, predominava a colonização de exploração com grandes desigualdades sociais, agravadas pelo uso indiscriminado da escravidão. 10 Com a consolidação de sua independência, os EUA iniciaram conquistas territoriais que resultaram na sua conformação atual, cerca de 10 vezes são atual, cerca de 10 vezes maior quando da concretização da Independência. O território atual é resultado de sucessivas anexações, tratados e compras, baseados em sua maior parte na força das armas e que tiveram como principal prejudicado o México. Territórios Ingleses: Com o tratado de Paris (1783), assinado com a Inglaterra, os EUA alargam sua faixa de ocupação delimitada pelos Grandes Lagos e pelos rios Ohio e Mississipi. 11 Em 1846, a Inglaterra vende o Oregon, ampliando o domínio estadunidense na costa oeste. Territórios Franceses: Com a compra da Lousiana, em 1803, por US$ 15 milhões, os EUA dão o início à ocupação do meio-oeste, fazendo com que seu território passe a se estender do Oceano Atlântico até as Montanhas Rochosas, incluindo em toda a sua extensão a bacia dos rios Mississipi-Missouri. Territórios Espanhóis: A Flórida pertence à Espanha, é comprada, em 1819, por US$ cinco milhões. O objetivo da compra era estratégico, já que os EUA buscavam se defender 12 de possíveis ataques durante as guerras napoleônicas. Territórios Russos: Em 1824, os EUA haviam adquirido dos russos a região litorânea do Oregon. Em 1867, adquiriram o Alasca por modestos US$ 7 milhões, tentando dessa maneira coibir qualquer tentativa de expansionismo russo na América. A aquisição do Alasca foi um grande negócio para os EUA e um péssimo para a Rússia, pois a região é rica em petróleo, cobre, ouro, carvão e outros minérios descobertos, em sua maior parte, depois de já ter sido vendido aos EUA. 13 Territórios Mexicano: Existe um ditado entre os mexicanos que mostra perfeitamente o inconformismo com as imensas perdas territoriais do país em favor dos EUA: “México tão longe de Deus e tão próximo do EUA”. Não é para menos, o México perdeu para os EUA mais de 50% do seu território, vejamos as etapas: • (1845) após tornar-se independente, o Texas foi anexado aos EUA o que deu início a uma guerra (EUA x México), que se encerrou somente em 1848, com a assinatura do tratado de Guadalupe- Hidalgo, pelo qual o México perdeu 1.300.000 km2 do seu território (hoje o país possui 1.958.201 km2), 14 cedendo aos EUA a região que abrange do atual Estado do Texas até a Califórnia, onde a descoberta de ouro provocou a chegada de milhares de pessoas; • (1853) o Estado do Arizona é comprado por US$ 10 milhões (Tratado de Gadideu), ampliando o domínio estadunidense do Golfo do México até a Costa oeste (Pacífico). Territórios Além-Mar: Com a conformação do seu atual território, os EUA ampliam seus domínios nos oceanos Pacífico e Atlântico, dando os primeiros indícios do seu desejo de exercer grande influência no cenário mundial. 15 Vejamos as etapas dessa conquista: • (1898) com o fim da Guerra Hispano-Americana, pelo Tratado de Paris, a Espanha é obrigada a ceder Porto Rico (América Central), Guam (Norte da Oceania, Leste das Filipinas e Sul do Japão) e as Filipinas (Ásia). Neste mesmo ano é anexado o Havaí (a 3.000 km da costa oeste dos EUA); • (1899) ocupação do arquipélago de Samoa (Oceania); • (1901) domínio sobre Cuba (após vencer a guerra contra a Espanha) e estabelecimento da Emenda Platt, que dá o 16 “direito” dos EUA invadirem Cuba, quando julgar que seus interesses estão sendo afetados; • (1903) com a independência do Panamá, os EUA obtêm uma concessão perpétua de exploração sobre a zona do Canal, construído dos recursos estadunidenses. • (1912) domínio sobre a Nicarágua (América Central • (1914) domínio sobre o Haiti (América Central) até 1934; • (1917) compra as Ilhas Virgens (América Central) da Dinamarca por US$ 25 milhões. 17 Os Apaches: Desde o sul (Alabama, Geórgia) até o nordeste do país (Nova Inglaterra), numa extensão de 2000 km, estendem-se por toda a porção oriental do território. Esses velhos maciços foram desgastados pelos efeitos da erosão; novos desgastes se deram, após o seu surgimento em um período mais recente (terciário), originando daí uma paisagem de cristais e vales, as primeiras correspondendo às rochas mais resistentes, e os outros, pelas mais susceptíveis à erosão. 18 Esse tipo de relevo (Apalacheano) é empregado para definir semelhantes em outras partes do mundo. No litoral atlântico, a planície costeira relativamente recente alonga- se de sul a norte, tendo sua faixa mais larga, nas proximidades do Golfo do México. Ao norte, encontramos os raros casos de invasão das águas do mar, no maciço bloco continental americano: golfos estreitos e alongados (Hudson, baías Delaware, Chesapeake), favorecem naturalmente a existência dos portos. 19Planícies: Apenas alguns maciços quebram a monotonia das vastas planícies americanas (Montes Ozarks - média de 900m). Apresentam duas sub- regiões principais: • Grandes Planícies (Great Plains), terras baixas em torno de 200 a 450m, que na porção mais ocidental (proximidades das Rochosas) chegam a atingir de 1.200 a 1.800m de altitude; • A Planície Central (Central Lowland) de baixas altitudes. 20 Planícies A região Nordeste foi atingida por glaciários quaternários, que provocaram o aparecimento dos Grandes Lagos, que foram formados por depósitos mariânicos (Superior, Michigan, Uron, Eriê e Ontário), um solo argiloso e de alta fertilidade (till), resultante de partículas morâinicos depositadas pelos rios ou trazidas pelos ventos. A mais extensa via navegável do mundo atravessa a planície Central de norte a sul, recebendo poderosos afluentes: o Rio Mississipi. 21 Cadeias e platôs elevados, em uma largura de 2000 km, formando um conjunto originário do final da era secundária, afetada por fraturas e falhas, intrusões graníticas, derrames vulcânicos e dobramentos. Podemos dividi-la em subconjuntos: • Sistemas das Rochosas, Rocky Montais System, que vão das Grandes Planícies até os platôs intermontanos; • Os próprios platôs, situados entre as Rochosas e as Cadeias Ocidentais (Platô da Colúmbia, ao norte; Grande Bacia ao centro de Platô do Colorado, ao Sul); 22 • Cadeias jovens, nas proximidades do Pacífico: Serra das Cascatas, Serra Nevada, Cadeia da Costa; • Por fim, uma depressão alongada, constituída pelo Vale do Willamette ao norte, e ao sul o Grande Vale da Califórnia. Estas montanhas e platôs guardam ricos depósitos minerais muito variados (carvão, petróleo, ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, magnésio, urânio), dentre os mais importantes. Dois rios de elevado potencial hidráulico banham essa região desaguando no pacífico: o Colúmbia e o Colorado. 23 O relevo, disposto como que acompanhando os meridianos, limita as influências marítimas. As Cadeias Ocidentais barram a penetração de massas úmidas, o que, a não ser faixa litorânea, provoca climas secos na maior parte do oeste americano. Já as planícies do interior do país, desprotegidas pelo relevo, recebem tanto a penetração de massas de ar frio vindas do norte, no inverno, quanto de massas de ar quente vindas do sul, no verão. A cidade de Chicago, por exemplo, recebe tempestades de neve, no inverno, e intensas vagas de calor úmido no verão. 24 Apesar disso, os EUA não possuem zonas frias semelhantes às do Canadá e da Rússia. Tanto que as temperaturas de verão favorecem a agricultura, mesmo em áreas que sofrem de pesadas invernias. As chuvas são bastantes para favorecer a agricultura em toda a porção leste do território; mas, ao contrário, no oeste, exceção feita às montanhas e ao litoral, predomina um clima seco, onde as precipitações são inferiores a 250mm anuais. 25 Apesar disso, os EUA não possuem zonas frias semelhantes às do Canadá e da Rússia. Tanto que as temperaturas de verão favorecem a agricultura, mesmo em áreas que sofrem de pesadas invernias. As chuvas são bastantes para favorecer a agricultura em toda a porção leste do território; mas, ao contrário, no oeste, exceção feita às montanhas e ao litoral, predomina um clima seco, onde as precipitações são inferiores a 250mm anuais. 26 Os americanos são, em sua maioria, brancos, de origem europeia. No entanto, existem expressivas minorias de “povos de cor” que são duramente discriminados. Os Imigrantes Europeus: A semelhança de condições climáticas e a política de ocupação rápida do interior do país favoreceram, sobrema-neira, a imigração europeia, no final do século XIX e nas duas primeiras décadas do século XX. Inicialmente, acorreram ingleses, irlandeses, alemãs e escandinavos; a partir de 1880, incluíram-se, também, os ita- 27 lianos, os eslavos e os judeus. Nos anos finais do século XIX e nos iniciais deste, o número de imigrantes chegou a ultrapassar a casa do milhão por ano. O crescimento populacional foi espantoso. Até o começo do século XIX, uma população de apenas 6 milhões vivia da costa leste (Atlântica) até as margens do Mississipi. Em 1880, já alcançava 38 milhões, 90 milhões, em 1915. Em 1920, com 128 milhões de habitantes, o governo americano impôs uma legislação restritiva: a lei de Cotas de Imigração. 28 Os Negros Uma parcela de 12% da população americana é constituída de elementos negros, descendentes dos escravos trazidos da África para os latifúndios do sul do país. Os negros são mais numerosos nesses Estados do Sul (Mississipi - Carolina do Sul - Georgia e Alabama), mas vivem, também, nos grandes centros urbanos do Nordeste (New York - conta com 1,5 milhões de negros; Chicago, mais de 900.000; Detroit, 600.000) e da Califórnia; no Pacífico, 600.000 só em Los Angeles. 29 Os Latino-americanos Talvez, hoje, mais discrimidaos que os negros, os latinos já beiram a casa dos 10 milhões. A maioria deles tem presença ilegal e são vítimas de uma superexploração no trabalho. A maioria é de Mexicanos, que vivem no Sul e na Califórnia. Mas é expressivo o número de portorriquenhos, sobretudo em Nova Iorque, no terrível “ghetto” do Bronx. Mas ainda há refugiados cubanos, haitianos e colombianos. 30 Os Índios Os muitos milhões de Índios que viveram no território americano foram reduzidos a apenas 300.000 indivíduos atualmente. Foram vítimas de um dos maiores genocídios da História: 9 milhões de mortos em apenas 50 anos. Hoje vivem em pobres reservas preparadas no oeste americano e uma escassa minoria misturou-se com a população dominante. Representam outro problema social de importância nos EUA. 31 A Agricultura Participa com apenas 3% do PNB, perdendo em larga margem para os outros setores da economia, a agricultura americana pode ser considerada como uma das mais avançadas do mundo, tanto pela variedade da produção quanto pela elevadíssima produtividade do trabalho agrícola. A diversidade de climas e de solos permite uma gama variadíssima de produtos agrícolas. Nas planícies centrais, 300 milhões de hectares são utilizados, além de outros 200 milhões também cultivados em outras zonas. 32 A Agricultura A grande produção americana é devida, principalmente, à elevada produtividade do trabalho. Paulatinamente, o trabalho humano foi sendo substituído pelas máquinas, em todas as fases da produção. Observações: desde a Segunda Guerra Mundial, a proprieda-de da terra vem sofrendo um grande processo de concentra-ção. O agricultor médio já não domina, exceto numericamente, pois a maior parte da produção provém das atividades de poderosas empresas agroindustriais. 33 A produção e a renda monetária são determinadas por um órgão federal: o “COMMODITY CREDIT CORPORATIONS”. Corn Belt Cinturão do milho - importante área agrícola entre os rios Ohio e Missouri, cultivando as planícies da porção central do território. Representa quatro quintos da produção americana de milho (190 milhões de ton. - metade da produção mundial). Este milho alimenta 60% do rebanho bovino e 80% do reban-ho suíno do país. 34 Cotton Belt Cinturão do algodão - localizado no sudeste, proporciona ao país a terceira produção mundial. O algodão é cultivado desde o período colonial e foi a lavoura que mais absorveu mão-de-obra escrava. Esta especificação começa a diminuir pelos problemas que tem apresentado, tais como o desgaste do solo e a grande dependência de um único produto. Os estados mais produtivos são, hoje, os colocados mais a ocidente: Texas, Mississipi e o Arkansas. 35 Oeste - Nessa região, caracterizada pelo clima semiárido, predomina a cultura irrigada, principalmente através do dry-farming, uma técnica de revolvimento do solo que traz à superfície a terra úmida. No estado da Califórnia, dois importantes rios (Sacramento e São Joaquim) possibilitam a irrigação das terras, onde são cultivados cereais, algodão e frutas. Flórida- Localizada no sudeste onde as temperaturas são mais quentes, cultiva produtos tropicais, destacando-se a cana-de-açúcar e a laranja. 36 O potencial energético dos EUA está diretamente associado ao seu desenvolvimento industrial. O país conta com imensas reservas de carvão, petróleo e gás natural. São abundantes os recursos minerais, tais como: o cobre, o chumbo, o ferro e o zinco, dentre outros. Apesar disso, importa vastíssimas quantidades. Não fosse a pressão imperialista que exerce sobre os preços internacio-nais, por meio de instrumentos políticos e militares, suas contas explodiram. Mesmo assim, seus déficis comerciais são crescentes. 37 Petróleo Gás-Natural Por quase um século foi o maior produtor de petróleo do Mundo. Em 1975 perdeu a hegemonia para a ex-União Soviética. Sua produção tem sofrido oscilações e encontra-se, hoje (2009), a pouco mais de 400 mil toneladas, bem baixo do que em 1979. Fica atrás da ex-União Soviética e da Arábia Saudita na produção de gás, em torno de 20 milhões de m3. Juntos, petróleo e gás representam a maior parte da energia consumida no país, que é maior consumidor do mundo. 38 Petróleo Gás-Natural Suas gigantescas empresas exploram esses recursos no seu território e em outras regiões (EXXON, ATLANTIC, GULF, TEXACO-CALTEX). O país importa, em média 7,7 mil barris por dia. Essa pesada importação provoca altas taxas de inflação e, inclusive, déficits na balança comercial. 39 Energia Elétrica É o maior produtor e consumidor de energia elétrica do mundo. As centrais térmicas, utilizando o carvão, o petróleo e o gás natural chegam a produzir 80% do total ( a maior parte do carvão). A iniciativa privada controla 66% e as estatais, o restante, ao contrário do Brasil. A distribuição das usinas pelo território condiciona-se pela presença de centros consumidores ou das vantagens naturais. 40 Energia Atômica Existem dezenas de centrais nucleares. Planejava-se uma maciça ampliação, mas os acidentes de alta periculosidade têm obrigado o governo a rever a sua política. 41 Carvão No início do século respondia por 75% da energia produzida. Hoje, apenas 15%. Outros países suplantaram a produção americana (ex- União Soviética e China). Mas, a produção ainda é muito elevada: em torno de 350 milhões de toneladas. Além de fácil extração, é de ótima qualidade. Minério de Ferro Os EUA obrigam-se a importar vastas quantidades de minério de ferro, a fim de movimentar sua poderosa siderúrgica, haja vista que a produção de 25 anos atrás era bastante superior 42 a atual. Desde 1955 tem-se sentido uma diminuição progressiva da produção americana, mas ainda representa a segunda do mundo. As importações são feitas do Canadá, da Venezuela e do Brasil. Outros Minerais O país é um gigante mineral. Mas, para alimentar sua indústria insaciável, necessita de volumosas importações. Em verdade, simples transferência de riquezas reais de outras regiões do mundo, em face de sua hegemonia financeira. 43 O comércio exterior dos EUA envolve o mundo inteiro, seja pela magnitude de sua produção, seja pela extrema necessidade de suprimento de matérias-primas essenciais. Dentre os produtos exportáveis, destacam-se: máquinas industriais e elétricas, aviões automóveis, metais, tecidos, produtos químicos, petróleo, carvão, tabaco, trigo, legumes e frutas; e entre os importados, diversas matérias-primas: ferro, lã, manganês, cobre, estanho, petróleo e alimentos: café, chá, açúcar, frutas, cacau; produtos manufaturados: veículos, polpa de papel, papel jornal, cobre, estanho, dentre outros. 44 México • Área: 1.972.547 km2. • População: 95.500.00 habitantes • Capital: Cidade do México Localização: está situado na América Latina do Norte e faz fronteira ao norte com os EUA, a leste com o Golfo do México, ao sul com Guatemala e Belize, e a oeste com o Pacífico. Depois da criação do ALALC - Associação Latino Americana do Livre Comércio - em 1960 (Tratado de Montevidéu), o México aproximou- se dos mercados do continente, benefi- 45 ciando-se das oportunidades comerciais daí advindas. Transformou-se, desde 1980, na ALADI - Associação Latino Americana de Integração. Desde 01-01-94, no entanto, passou a integrar o NAFTA (Tratado de Livre Comércio entre México, EUA e Canadá). Aspectos Demográficos: É o segundo país mais populoso da América Latina, depois do Brasil. Atualmente, cerca de 60% da população do México são mestiços (brancos + indígenas), 30% são ameríndios e os 10% restantes são compostos de brancos, negros e asiáticos. 46 Aspectos Econômicos: Após a segunda guerra, o México passou por um processo de desenvolvimento industrial bastante grande. Atualmente, cerca de 10% de seu PNB vem de agricultura, enquanto 24% vem da indústria e 29% de setor de serviços. Dos 32 milhões de ativos existentes no país, 34% estão na agricultura, 25% na indústria e o restante nas atividades terciárias. 47 Agricultura O “ejido” é uma propriedade comunal, geralmente compartilha-da por 60 e 70 famílias. Esse sistema oriundo da organização social anterior à colonização, permitiu uma melhor assistência à massa camponesa. Ocorreram muitos desníveis nessa distribuição, havendo áreas e grupos que conseguiram uma produtividade maior e outros que simplesmente permaneceram ao nível de subsistência, ou sequer isso. 48 Agricultura O México desdobra-se para alcançar a autossuficiência agrícola. Paradoxalmente, gasta enorme quantidades de divisas na importação de alimentos essenciais e as adquire, em primazia, justamente na exportação de seus produtos agrícolas excedentes. Suas enormes reservas de petróleo têm alterado essa posição clássica do país. 49 Condições de Produção e Principais Produtos Agrícolas A agricultura é muito limitada pelas condições gerais do país. As regiões demasiado montanhosas dificultam os trabalhos na agricultura; ao norte, a ausência de chuvas obriga a irrigação, quase sempre onerosa; já ao sul se faz necessário o saneamento, pela umidade demasiada. Nas altitudes superiores, o clima rigoroso é que vem a prejudicar. Na região central do país (da cidade do México a Guadalajara) 50 Condições de Produção e Principais Produtos Agrícolas de terras muito férteis, de origem vulcânica, as chuvas frequência favorecem o cultivo. As variações permitem a produção de gêneros os mais diversos, sejam tropicais: café, cacau, algodão, cana-de-açúcar ou até temperados: trigo; aveia, centeio, cevada. Apenas 15% da superfície do país são cultivados. A maior parte das terras cultiváveis do México são ocupadas por pastagens (40% da superfície total do país). 51 Recursos Energéticos As reservas de petróleo e de gás natural são importantes e com uma produção crescente (980 milhões de barris, segunda da América Latina e 37,5 bilhões de m3 de gás natural) explorados, desde 1938, por uma estatal PEMEX, e transpor-tados por uma densa rede de gasodutos e oleodutos. Já as reservas de carvão são bastante reduzidas, localizadas no norte, quase sempre inacessíveis, dificultadas ainda pela distância do centro-sul consumidor. Apesar de ter um elevado potencial hidráulico, a irregularidade das bacias hidrográficas prejudicam o seu aproveitamento. 52 Recursos Minerais Tendo suas principais reservas ao norte, de difícil acesso, a exploração é prejudicada, principalmente por situarem-se em regiões bastante elevadas. As minas de prata da Serra Madre Ocidental têm-se esgotado paulatinamente. Ainda produz 12% da produção mundial, 2.200 toneladas em 1996. Produz, também, ouro, zinco, chumbo, cobre, além de antimônio, níquel, tungstênio, estanho, manganês, bismuto, mercúrio, enxofre e arsênio. 53 A Indústria O México foi o pioneiro dentre os países latinos a incentivar a industrialização: em 1934 criou o primeiro banco de desenvolvimento do continente, a “Nacional Financeira”. Tal como os outros países em sua condição, o México beneficiou-se do não fornecimentode manufaturados durante a guerra, o que provocou um surto de industrialização pela substituição de importações e uma eficaz política protecionista. As principais indústrias são: Alimentícia; Têxteis; Metalúrgi-cas; Automobilística; Químicas; Turismo. 54 A Crise Econômica Em 1982, devido à queda das exportações de petróleo e a crise econômica que levou a dívida externa do país, o presidente Miguel de La Madrid decreta a moratória da dívida externa (não pagamento das dívidas) e tenta estabilizar a economia, através e um programa de ajuste econômico. Em 1988, o governo e sindicatos assinam o “Pacto de Solidariedade Econômica”, que entre outras coisas, congela salários e preços. 55 Com a eleição em 1988, do presidente Carlos Salinas de Gortari, tem início um plano de privatização de empresas estatais, a venda dos “ejidos” (fazendas onde vivem 3 milhões de famílias) a empresas agrícolas e a liberação das importações, o que acaba aumentando o déficit comercial do país. Em 1990, um plano econômico reduz 30% da dívida do país com os bancos comerciais. Em outubro de 1993, é assinado o NAFTA (tratado de livre comércio entre o México, os EUA e o Canadá). 56 Em janeiro de 1994, o “EZLN”(Exército Zapatista de Libertação Nacional) inicia uma rebelião armada, exigindo mudanças econômicas e sociais. Em dezembro desse mesmo ano, agrava-se a crise econômica mexicana, com o aumento do déficit da balança comercial (US$ 27 bilhões) e a fuga de investimentos de curto prazo; o governo desvaloriza o câmbio, aumenta tarifas públicas e congela salários. Em poucos dias, ocorre uma fuga de US$ 8 bilhões do país e cai o “peso” (moeda mexicana) em 40%. 57 Efeito Tequila Com o agravamento da crise econômica mexicana, caem em too o mundo os preços das ações de países em desenvolvimento, como Brasil e Argentina. De 29 de dezembro de 1994 a 2 de janeiro de 1995, ocorre, no México, uma fuga de capital de US$ 800 milhões. A esse fato dominou-se “Efeito Tequila”(bebida mexicana). Para evitar um caos na economia mundial, os EUA se propõem a ajudar o México, com um empréstimo de aproximadamente US$ 48 bilhões. 58 Desse total, US$ 20 bilhões seriam dos EUA, US$ 17,75 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e o restante de outros países. Como garantia desse empréstimo, os EUA exigem a renda do petróleo mexicano. Em 1995, o PIB (Produto Interno Bruto) mexicano cai 7%, além de uma taxa de desemprego de 7,3% e uma dívida externa de US$ 175 bilhões. Em janeiro e 1996, o governo mexicano inicia acordos de paz com o EZLN. No entanto, várias divergências dificultam essas negociações. 59 O governo anuncia também, como medida econômica, a venda da Pemex (empresa estatal de petróleo). Em junho o governo mexicano depara-se com um novo grupo guerrilheiro, o Exército popular Revolucionário (EPR), o que agrava ainda mais a crise econômica e social do país. 60 São seis países sul-africanos (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Chile) que se destacam na América Latina, por apresentarem algumas características comuns bem marcantes. Exemplo: • Possuem uma unidade física dada pela Cordilheira dos Andes, uma das causas da fragmentação das populações e do isolamento da nações andinas em relação aos outros países da América do Sul. • População caracterizada etnicamente pelo elemento branco 61 (espanhol) e pelo indígena, dos quais resultou uma população muito numerosa de mestiços. Economicamente, esses países são pouco industrializados, dependentes basicamente da agricultura e do extrativismo. 62 O Relevo Cordilheira dos Andes: imensa cadeia de montanhas terciárias que acompanha o litoral do Pacífico, desde o extremo sul da América até o Norte da Venezuela. Apresenta cristas que se estendem paralelamente, separadas por vales ou planaltos elevados. Tem muitos picos elevados, dos quais 30 superam 5.000 m (Aconcágua; 7.040 m). A existência de numerosos vulcões ativos e a ocorrência de abalos sísmicos atestam que a orogênese andina ainda não terminou. 63 Planícies Litorâneas: são muito estreitas e em alguns pontos são interrompidos pelo avanço de encostas dos Andes. São bastante úmidas ao norte e áridas no Peru e Chile. Planícies Interiores: acham-se delimitadas pelos andes e pelos Maciços cristalinos (Guiano e Brasileiro). São drenados por grandes bacias fluviais: a bacia do Orenoco, a Amazônica e a Platina. 64 Clima e Vegetação O relevo acidentado determina a grande variedade de paisa-gens dos países andinos. Nas planícies orientais o clima é tropical com chuvas abun-dantes e a vegetação é de florestas tropicais e equatoriais. O mesmo acontece com as planícies ocidentais do litoral norte. As vertentes ocidentais do Peru e do Chile apresentam clima árido e semiárido (Deserto de Atacama), com vegetação quase inexistente. 65 Nos Andes, o clima frio de altitude é dominante, com geladeiras permanentes em diversos pontos. Os sinais de glaciação são confirmados pelas numerosas regiões onde surgiram grandes lagos, nas depressões provocadas pelas antigas geleiras. Da metade para o sul do Chile aparecem florestas temperadas e tundras. 66 Divisão Política: Países Área (Km2) População Capital Venezuela 912.050 22.300.000 Caracas Colômbia 1.138.914 35.700.000 Bogotá Peru 1.285.216 24.200.000 Lima Equador 283.561 11.700.000 Quito Bolívia 1.098.581 7.600.000 La Paz Chile 756.945 14.500.000 Santiago 67 Composição Étnica O Chile é o país que tem a maior parte da população branca (90%). a Venezuela e a Colômbia têm, respectivamente, 67% e 58% de mestiços e o elemento mestiço corresponde a 31,2% da população boliviana. Os negros não são numerosos na região, aparecendo apenas na Venezuela, Colômbia e Equador. 68 % Da População Total Paises Indígenas Mestiços Brancos Negros Outros Venezuela 2 67 21 10 Colômbia 1 72 20 4 2 Peru 40 40 15 5 Equador 54 32 12 2 Bolívia 43 31 15 11 Chile 2 2 96 69 Crescimento Populacional De 25 milhões de indivíduos em 1937, a população dos países andinos foi para 116 milhões. Essa “explosão demográfica” é resultado, principalmente, do crescimento vegetativo, pois a imigração para a região foi inexpressiva. A queda brusca da mortalidade (resultado das campanhas de vacinação e da melhoria das condições sanitárias), ao lado de elevads taxas de natalidade, é o que determinou a elevação do crescimento vegetativo (1,9% ano). 70 Distribuição Com exceção, os demais países andinos apresentam maiores concentrações populacionais nos altiplanos andinos. Quanto à distribuição da população entre campo e cidade, percebe- se uma predominância da população rural. Apenas o Chile e a Venezuela são mais urbanizados. Porém, nas últimas décadas, o êxodo rural tem se intensificado em todos os países, levando a população a se aglomerar em torno das grandes cidades, dando origem aos “baixos marginais”(favelas). 71 Agricultura Apresenta dois setores bem distintos: a agricultura de subsis-tência, feita em pequenas propriedades, geralmente com técnicas muito primitivas. Em áreas tropicais é comum a prática de queimada. Com o aumento das pressões demográficas, o período do repouso do solo se reduz, provocando o esgotamento do solo e contribuindo para a piora das condições de vida das populações rurais. Em geral são cultivados os tubérculos, cereais e criam-se animais de pequeno porte.. 72 A agricultura comercial é feita, na maioria das vezes, em grandes propriedades (latifúndios) e sua produção destina-se à exportação. Os principais produtos da agricultura comercial são: • Café: Os maiores produtores são: Colômbia e Equador. • Cacau: a Colômbia e Equador são os maiores produtores. • Algodão: no Peru, Colômbia e Venezuela. • Banana: no Equador. • Vinha e Beterraba: no Chile • Côco e amendoim: na Colômbia e Venezuela. 73 Mineração O subsolo dos países andinos é muito rico em minérios, embora as avaliações do potencial regional sejam deficientes.Os principais minérios explorados são: • Petróleo: a Venezuela e o Equador são os maiores produtores. • Estanho: a Bolívia é o principal produtor regional e o segundo produtor mundial. • Cobre: o Chile é o maior produtor regional e o terceiro mundial 74 • Ferro: a produção dos países andinos cresceu muito após 1950. Embora todos os países apresentem reservas importantes, os maiores produtores são a Venezuela e o Chile. Indústrias Os países andinos são industrializados. Dentre os principais obstáculos à industrialização regional, podemos citar: a falta de capitais, mão- de-obra desqualificada, mercado consumidor reduzido e dificuldades de transporte. O Chile e a Venezuela são os mais industrializados. 75 A denominação se aplica ao conjunto formado pela Argentina, Uruguai e Paraguai. Algumas características geográficas comuns oferecem individualidades a esses países. Dentre elas podemos citar: • A bacia do Prata sempre teve um papel significativo na economia desses países. • A Argentina e o Uruguai receberam grande influência das correntes imigratórias europeias. • A agropecuária é característica econômica dos três países. 76 Os Andes Servem de fronteira entre a Argentina e o Chile. Na parte norte as altitudes são elevadas, o clima é árido com vegetação pobre. Ao sul, as altitudes diminuem e a umidade aumenta. A neve torna-se mais constante e aparecem florestas tempera-das. A Patagônia É um vasto planalto que se estende dos pés da vertente oriental dos Andes até o Atlântico. No litoral aparecem falésias com até 200 m de altura. 77 O clima é desértico frio, com ventos constantes (Pampeiro). A vegetação é rarefeita com estepes, arbustos com folhas peque-nas e espinhosas, aparecendo com frequência as xerófilas. Em alguns pontos aparecem sedimentos marinhos que favore-cem a formação de lençóis petrolíferos, uma das maiores riquezas da região. As Planícies O Chaco: ocupa o norte da Argentina, sul da Bolívia e oeste do Paraguai. Apresenta solos impermeáveis e uma leve inclinação para leste e sudeste. 78 É drenada pela bacia do Paraguai que a inunda durante o verão. Durante a seca, apresenta uma superfície ressecada, pois o solo impermeável dificulta a formação de lençóis d’água subterrâneos. O Pampa: ocupa o Uruguai e o centro da Argentina. Sua latitude geralmente não ultrapassa a 200m e está dividido em Pampa seco e Pampa úmido. A pluviosidade diminui no sentido Leste-Oeste. O clima é temperado com a ocorrência de pradarias a leste e estepes no oeste mais árido. 79 Argentina Agropecuária: do ponto de vista da agropecuária, a região pampeana é a mais importante do país. O clima temperado e solos profundos e férteis favorecem o cultivo de cereais e a conservação das pastagens. Os principais cereais cultivados na região são o trigo, cereal mais importante em relação à área cultivada e ao valor, e o milho. O pampa é ainda considerado uma das regiões mais favoráveis do mundo à pecuária. Os rebanhos bovino e ovino da Argentina estão entre os melhores do mundo. 80 Argentina As riquezas do subsolo Argentino foram fundamentais para o desenvolvimento da indústria no país. Dentre os principais recursos naturais básicos da industrialização argentina podemos citar: • Petróleo: com as maiores jazidas na Patagônia, principalmente na região de Comodoro Rivadavia, que fornece 60% da produção nacional. • Gás Natural: explorado em Comodoro Rivadavia e Salta. • Carvão Mineral: a Argentina tem uma produção reduzida. 81 Argentina • Energia Elétrica: um dos principais obstáculos ao incremento da produção são as grandes distâncias que separam as áreas favoráveis à exploração de energia e os centros de maior consumo. A principal área industrial da Argentina está situada nas proxi- miidades do estuário do Prata, e Buenos Aires, onde se desta-ca o eixo Buenos Aires - Rosário. San Nicolas destaca-se no setor siderúrgico, Córdoba na indús-tria mecânica e La Plata na Petroquímica 82 Uruguai Tem na pecuária a principal atividade econômica. As pastagens naturais favorecem a expansão da pecuária no país, desde o século XVII. A criação é predominantemente extensiva, o que explica a estrutura fundiária caracterizada pelos latifúndios. A exportação de carne e lã são as principais fontes de divisas do Uruguai. Por outro lado, a agricultura Uruguai não teve um desenvolvi-mento equivalente ao da pecuária. 83 Paraguai O Paraguai depende da importação de alimentos. Isto se explica pelo atraso técnico do setor agrícola e pelo sub-aproveitamento das terras cultiváveis (5% da superfície). Os principais produtores de exportação são o tabaco e o algodão. A cana-de-açúcar, o milho, o feijão e a mandioca destinam-se, exclusivamente, ao mercado interno. A produção interna de minerais e de combustíveis é insignificante, embora o subsolo Paraguaio seja muito pouco conhecido. 84 Comércio Internacional As transações inter-regionais são de pequena monta, represen-tando 10% dos negócios uruguaios, 20% dos argentinos e 30% dos paraguaios. A metade das transações uruguaio-argentinas se faz com a União Europeia, o que cria a exceção latino-americana de que esses países não dependem do comércio com os EUA. O Brasil é o principal cliente regional para os produtos platinos, sendo que apenas o Paraguai se dirige mais ao intercâmbio com a Argentina. 85 Comércio Internacional Mercado Comum do Sul, mais conhecido como Mercosul é uma organização intergovernamental fundada a partir do Tratado de Assunção de 1991. Estabelece uma integração, inicialmente, econômica configu-rada atualmente em uma união aduaneira, na qual há livre- comércio intrazona e política comercial comum entre os países- membros. Situados todos na América do Sul, são atualmente cinco membros plenos. 86 Em sua formação original, o bloco era composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; mais tarde, a ele aderiu a Venezuela. Encontra-se em fase de expansão, uma vez que a Bolívia aguarda a ratificação parlamentar de seu protocolo de adesão como membro pleno, documento que necessita ainda para sua vigência das aprovações legislativas na Bolívia, no Brasil e no Paraguai, os demais parlamentos já o aprovaram. 87 Banhada pelas águas dos dois maiores oceanos, a América Central constitui uma zona de transição e une as Américas do Norte e Sul. O bloco sul-americano termina justamente no istmo do panamá. Por suas características fisiográficas, culturais e humanas faz parte do que denominamos “América Latina”. Possui duas partes, a ístmica e a insular, numa área total entre ambas de 732.000 km2 (553.000 km2 constituem a sua parte ístmica ou continental). O trecho continental corresponde a um grande e alongado 88 istmo, ora estreito, ora largo, que se inicia nas imediações da Colômbia e desdobra-se no sentido sul-norte até o território mexicano. Na porção Atlântica, predominam as terras baixas de origem recente. Essas condições do relevo permitem a diferenciação das condições climáticas, possuindo “tierras calientes”- terras quentes -, “tierras templadas”- terras temperadas - e “tierras frias”- terras frias. A leste dessa porção continental encontram-se as Antilhas (per- 89 to de 231.000 km2), arquipélago constituído de numerosíssimas ilhas, dos mais variados tamanhos, que se estendem desde o litoral venezuelano até as proximidades da península de Lucatã, no México. Cumpre distinguir três subconjuntos dentre elas: As Grandes Antilhas, as Pequenas Antilhas e as Ilhas Lucata ou Bahamas. Uma população de perto de 67 milhões de pessoas vivem na região centro-americana, sendo que, em torno de 60% delas habitam as Antilhas. A religião católica e a cultura espanhola oferecem unidade de traços aos países continentais. 90 Os seus países são: Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Guatemala e Belize e a Zona do Canal arrendada aos EUA. A maioria da população é descendentes dos maias, existindo umgrande número de mestiços de índios com os brancos de origem espanhola. As principais atividades culturais concentram-se nas capitais e portos marítimos, sendo a vida do interior bastante atrasada, predominando, no geral, a ignorância e a miséria. As atividades econômicas principais são as ligadas à agricultu- 91 ra, em que grandes empresas, no geral norte-americanas (US Fruit), controlam a produção e a exportação em larga escala de produtos tropicais: café, bananas, cana-de-açúcar, cacau e madeiras Existem grandes diferenças humanas e econômicas na energia insular. O idioma falado também varia. Nas antigas colônias espanholas (Cuba e República Dominicana) fala- se o espanhol; nas colônias (Guadalupe e Martinica) e ex-colônias (Haiti) fala-se o francês. Já o inglês é dominante na Jamaica e em diversas ilhas de 92 influência inglesa. O Haiti é a única república negra fora do território africano e Cuba a única nação socialista das Américas. A população predominante nas Antilhas é a dos mestiços, os negros e os brancos de origem europeia, havendo um baixo número de indígenas. As atividades econômicas são bastante parecidas com as do continente, predominando as atividades agrícolas, com as culturas de cana-de-açúcar, algodão, café, tabaco e frutas. Os recursos minerais mais importantes são explorados na 93 Jamaica (bauxita), em Cuba (níquel), na Nicarágua (ouro), existindo várias refinarias de petróleo nas Antilhas Holandesas: Curaçao, Aruba e Bonaire. As principais cidades são: Havana (Cuba, o maior centro urba-no centro-americano), que já superou 2 milhões de habitantes; Guatemala (Guatemala, com 1.108.000 habitantes); Kingston (Jamaica, com 1.037.700 habitantes) e San Juan (Porto Rico, perto de meio milhão de habitantes). Afora estas, destacam-se os centros regionais menos habitados de São Domingos, Panamá, Mananguá, São Salvador, Camagüey (Cuba), Porto Príncipe e Santiago de Cuba. 94 A Zona do Canal Com 1.582 km2 e 50.000 habitantes - é uma região encravada no sentido leste-oeste, no território da República do Panamá; Destaca-se por conter uma notável obra de engenharia humana: o canal do Panamá (68 km), construído pelos EUA (1904 e 1914) e que atravessa o lago artificial de Gatum; Dispões de 6 comportas ligadas por eclusas, que elevam os navios a 24 m acima do nível do mar, permitindo a travessia do Atlântico para o Pacífico e vice-versa. 95 Foi idealizado pelo francês Ferdinand Lesseps, que não conseguiu construí-lo (construtor do Canal de Suez, no Egito). Os EUA planejam devolver a área do Panamá até o ano 2000. A área de controle americano foi diminuída em 2/3 e a administração econômica do canal já é compartilhada pelos panamenhos. 96 Há três grandes formas de classificação que serão pré-requi-sitos básicos para o desenvolvimento de nossos estudos. a) Regionalização física; b) Regionalização político-econômica, e a c) Regionalização por blocos. Regionalização Física – Grandes Domínios Climáticos Uma das formas de dividir o mundo para melhor entendê-lo consiste em regionalizá-lo segundo grandes domínios climáticos. Tais domínios são chamados de “zonas”. 97 Zona Inertropical A zona intertropical compreende a maior parte das terras brasi-leiras. É delimitada pelo Trópico de Câncer no hemisfério norte e pelo trópico de Capricórnio no hemisfério sul. Zonas Temperadas As Zonas Temperadas, uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul, compreendem, juntas, a maior parte das terras do globo. Nelas ocorre grande variação de climas sujeitos a grandes mudanças de tempo atmosférico. Nas Zonas Temperadas, tanto no hemisfério norte sul, existe 98 grande variedade de climas e variações de temperatura. Há lugares onde o clima tem amplitude térmica de 40oC durante o ano. Zonas Polares A Zona Polar ou Glacial existe em ambos os hemisférios. As zonas polares têm clima bastante frio, com médias térmicas bem baixo de zero. No verão as temperaturas podem eventualmente subir um pouco acima de zero. A umidade é baixa e o clima é predomi-nantemente frio e seco. 99 O gelo presente nas regiões significa água congelada no chão e pouca presença de umidade na atmosfera. Nessas zonas, a vida humana é bastante difícil; os polos são habitados por populações autóctones. 100 A Teoria dos Mundos Após o término da II Guerra Mundial e com o esgotamento político- econômico das nações europeias ocidentais, tais como Reino Unido, França, Itália e Alemanha, surgiram no senário mundial duas superpotências: Estados Unidos da América (EUA) e Rússia (URSS). Enquanto os americanos e soviéticos disputavam a conquista espacial num mundo dividido em capitalismo e socialismo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a queda do Muro de Berlim e a desagregação da URSS marcam o fim do socialismo. 101 A ordem dos Pós-Guerra ou, como é mais conhecida, a “Guerra Fria”, foi o período de nossa história em que o mundo se repartia em dois sistemas, o capitalista e o socialista, dirigidos cada um, respectivamente pelos EUA e pela URSS. O capitalismo caracteriza-se pela existência da liberdade comercial e possibilidade de desenvolvimento de uma classe comerciante ou burguesa. No caso do socialismo; toda produção e distribuição de merca-dorias é feita pelo Estado. A expansão de um desses sistemas político-econômicos causa- 102 va a diminuição das possibilidades de crescimento do outro. Quando um país optava por uma dessas duas formas de desenvolvimento, recebia ajuda técnica, financeira e militar de uma das duas superpotências, segundo o caso. Em 1955, um grupo de países capitalistas, porém subdesen-volvidos, reunir-se em Bandung, cidade da Indonésia, para procurar desenvolver um sistema alternativo. Nessa reunião, uma expressão foi criada: o chamado “Terceiro Mundo”, bloco que englobaria esses tais países. Infelizmente, tal reunião não foi muito além de uma declaração 103 de interesses, porque os países do chamado “Terceiro Mundo” eram excessivamente dependentes dos países ricos, por isso, não podiam estabelecer entre si relações econômicas proveitosas para o crescimento de seu bloco de países pobres, pois isso seria conflitante com os interesses do Primeiro Mundo. Com a dissolução de bloco soviético, em 1991, formalmente tivemos o término de parte importante do que chamamos de Segundo Mundo. Embora reste ainda a China (que mantém a maior parte de seu 104 território com administração estatal), Cuba, Coréia do Norte e outros poucos Estados. Na verdade, muito antes dos acontecimentos que puseram fim ao mais significativo Estado socialista do mundo (a URSS), este país já mostrava em décadas passadas sinais de esgotamento em seu ritmo de crescimento. 105 A consciência mundial sobre as diferenças sociais entre os povos aumentou muito desde o final da Segunda Guerra Mundial, com a expansão dos meios de comunicação de massa. Nos países ricos, um número cada vez maior de indivíduos toma contato com a dura realidade presente nos países subdesenvolvidos. Apesar desse tipo de classificação ter dois polos, um desenvol-vido, e outro, no extremo oposto, subdesenvolvido, o que mais ocorre são os casos intermediários de Países em Vias de Desenvolvimento (PVD). 106 Alguns países em vias de desenvolvimentos procuram atingir índices de melhor qualidade de vida e produção econômica e se industrializaram. Os processos de industrialização nem sempre foram acompanhados efeitos positivos, como no caso da elevada urbanização. Sem infraestrutura que recebesse o grande número de imigrantes que se deslocaram para as cidades acabaram por não ter acesso aos serviços mínimos fornecidos pelo Estado, como água, luz, esgoto etc.; restando a esses portanto a constituição de submoradias (favelas, cortiços etc.). 107 Entre as várias características que marca os países subdesenvolvidos podemos assinalar algumas, tais como: • Dependência externa de empresas transnacionais para a exploração de seusrecursos naturais; desenvolvimento econômico com a participação de governos de países desenvolvidos e utilização de capital externo. • Mercado interno restrito, devido, em parte, à forte concen- tração de renda ou ao abastecimento desse mercado pelas estruturas econômicas tradicionais, como a agricultura de subsistência, que é aquela praticada para a própria sobrevivência do agricultor. 108 • População economicamente ativa (PEA) concentrada no setor primário. Isso caracteriza uma sociedade rural com problemas nos indicadores sociais, como analfabetismo, mortalidade infantil, etc.; geralmente altos, devido às dificuldades de fornecimento de serviços sociais em áreas rurais, que são mais afastadas. • Produto interno bruto (PIB) alto no setor primário. Isso caracteriza uma sociedade ainda altamente dependente de produção agrícola e de sua exportação. • Esse setor costuma ser mais rentável ao país do que a produção industrial. 109 Indicadores Indicadores são formas de medir o nível de desenvolvimento da economia ou sociedade. Os mais utilizados são: O PIB, que mede o total das riquezas produzidas pelo país. Na década de 70, o Brasil ocupou a oitava colocação mundial. No entanto, este indicador não revela o potencial de riqueza da população. Para tanto, existe o cálculo da renda per capita, que consiste em dividir o PIB pelo total de habitantes do país. Este indicador é eficiente para vermos, comparativamente, quem tem maior potencial de riqueza para sua população. 110 Há ainda um indicador que revela a real distribuição de riquezas dentro de um país; não só o poder aquisitivo da população, como também sua qualidade de vida em geral. Esse indicador foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de suprir a falta de um retrato mais fiel das sociedades. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considera a expectativa de vida, o grau de escolaridade e a renda per capita da população, fazendo uma média simples desses três indicadores. A escala varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida. 111 Portanto, o IDH de um país abarca três aspectos: vida longa e saudável, conhecimento e padrão de vida decente. O Brasil apresenta um IDH de 0,830, considerado acima da média mundial. Isto o caracteriza como um legítimo país em vias de desenvolvimento. Os índices máximo e mínimo são, respectivamente, o do Canadá com 0,960 e o de Serra Leoa com 0,185.. 112 Você sabe qual é o papel desempenhado pelo Brasil na globalização da economia? Como esse papel interfere em sua vida? Esses e outro assuntos serão tratados nessa unidade. As décadas do Pós-Guerra conheceram um crescimento sem igual da economia mundial. Com a liderança Norte Americana, as reconstruções da Europa e do Japão criaram uma profunda integração mundial dos mercados e um forte crescimento da produção de mercadorias e serviços. 113 Ao mesmo tempo, ocorria uma mudança no funcionamento da economia capitalista com a descentralização espacial da indústria pelo mundo. Os grandes grupos industriais multinacionais americanos, europeus e japoneses superavam as fronteiras geográficas e abriam filiais em países subdesenvolvidos do mundo capitalista. No entanto, no pós-guerra, um grupo de países subdesenvolvidos começou a receber altos investimentos externos diretos no setor industrial. 114 Sendo assim, a característica marcante desses países - exportadores de produtos primários - começa a se modificar, podemos citar como países que passaram por esse processo: Brasil, México, Argentina, Chile e África do Sul. Outro fator que contribuiu para a entrada das empresas multinacionais nos países subdesenvolvidos, após a Segunda Guerra Mundial, foi o crescimento de um mercado interno capaz de absorver uma oferta crescente d bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos. 115 116 A automação e a robotização, que diminuem as necessidades de mão-de-obra e aumentam a produtividade, e a utilização cad vez menor de matérias-primas e energia, marcam a nova fase da indústria que surgiu com a Revolução Científica e Tecnológica. Nessa fase, a indústria de base tecnológica, como a informática, a biotecnologia, a robótica e a química fina, funciona como sua “mola mestra”. Atualmente, as grandes empresas, através de fusões, incorporações e da terceirização, aumentam a eficiência dos processos produtivos e reduzem os seus custos finais. 117 Podemos dizer que as relações comerciais do Brasil com o mercado mundial explicam as características urbano-industriais de sua economia atualmente. Entre as exportações brasileiras de produtos industrializados destacam-se: a indústria metalúrgica, mecânica, elétrica e a indústria de transportes. Nas exportações primárias, produtos naturais, podemos destacar: os minerais metalúrgicos (ferro e manganês), a bauxita (matéria prima do alumínio), entre outros minerais, e o café, o cacau, a soja e o açúcar entre os produtos agrícolas. 118 A palavra globalização vem sendo usada para indicar o processo de reestruturação da economia contemporânea num sistema de alcance planetário. Compreende mudanças significativas no sistema produtivo, a partir da utilização crescente de métodos e recursos de pro-dução e comercialização que ultrapassam fronteiras nacionais. Dessa forma, as empresas passam a utilizar recursos, energia, infraestrutura, mão-de-obra, etc. de diversas partes do planeta, em produtos que serão produzidos em diferentes países e comercializados com escala mundial. 119 Um bom exemplo é o caso da Nike. Nos Estados Unidos, seus funcionários trabalham em projetos, marketing (propaganda e divulgação dos produtos), gerenciamento, etc. A produção dos calçados é feita por dezenas de milhares de funcionários, em diversas partes do mundo. Outro exemplo é a Fiat, uma empresa italiana. Simultanea-mente, ela lança produtos em várias partes do mundo: Brasil, Argentina, Colômbia, Venezuela, Índia, Marrocos e China, todos fabricados com peças importadas de vários países. 120 Evolução da Globalização da Economia A globalização da economia não começou nos tempos atuais. Há mais de um século, os países mais desenvolvidos, como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos, fazem investimentos em outros países, como instalação de portos, ferrovias, extração mineral, construção de hidrelétricas e de sistema de iluminação pública. 121 Principais Características da Globalização • Introdução de mudanças significativas no processo produtivo. • Utilização cada vez maior de instrumentos, matérias-primas e componentes vindos de diversas partes do planeta. • Constituição de alianças estratégicas. • Disseminação de corporações que localizam suas unidades em diversas regiões do planeta, estabelecendo uma cadeia própria de produção ou aproveitando as vantagens oferecidas em cada lugar. 122 Principal Aspecto Negativo da Globalização O processo da globalização da economia apoia-se nas estruturas capitalistas dos países desenvolvidos, comandadas pelo grupo de países mais ricos: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália e Japão. São países onde o poder econômico propiciou o desenvolvimento da técnica, do conhecimento científico, da melhoria da qualidade de vida. Então, o aumento do poder das multinacionais e a facilidade em se investir em diversos mercados, prejudicando o crescimento das pequenas empresas é o principal aspecto negativo da Globalização; 123 O Aumento do Desemprego Outro problema intensificado pela globalização é o desemprego, que aumenta diariamente, como consequência da utilização, cada vez maior, de máquinas e sistemas computadorizados nas linhas de produção. Apesar de serem investimento caro, as máquinas conseguem produção maior. O quadro é grave, inclusive nos Estados Unidos, onde, no período de 1979 até hoje, foram extintos milhões de empregos. Na Europa, a queda na oferta de empregos leva a maioria dospaíses a se fecharem à imigração. 124 O Aumento do Desemprego “O desemprego é hoje um fenômeno que atinge e preocupa o mundo todo.[...] A onda de desemprego recente não é conjuntural, ou seja, provocada por crises localizadas e temporárias. Mas, está associada a mudanças estruturais na economia, daí o nome de desemprego estrutural. O desemprego manifesta-se hoje na maioria das economias, incluindo a dos países ricos.[...]. (Almanaque Abril) Um dos maiores problemas da atualidade é o aumento desenfreado do desemprego, que está afetando todo o mundo pois é um fenômeno estrutural. 125 Globalização e Blocos Econômicos Após a Segunda Guerra Mundial, os países sentiram necessidade de estabelecer blocos econômicos de cooperação e comercialização entre eles. Com o término da Guerra Fria, que pôs fim à bipolaridade entre EUA e URSS, acelerou-se a formação e reestruturação de blocos econômicos com grandes fluxos comerciais e movimento de capitais. A OMC – Organização Mundial do Comércio, é o uma organi- zação criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar o 126 comércio internacional. A OMC surgiu oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo de Marraquexe, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que começara em 1948. A organização lida com a regulamentação do comércio entre os seus países-membros; fornece uma estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais e um processo de resolução de conflitos que visa reforçar a adesão dos participantes aos acordos da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos Estados-membros e ratificados pelos parlamentos nacionais. 127 Os Megablocos Econômicos A década de 90 é marcada pelo fortalecimento de uma nova ordem mundial, ou seja, uma nova divisão dos países em blocos. Essa divisão tem como base o poderio econômico das nações capitalistas desenvolvidas, que juntas formam três grandes blocos: o Europeu, liderado pela Alemanha; o Americano, liderado pelos Estados Unidos e o da Bacia do Pacífico, liderado pelo Japão. Esses blocos estão interligados e suas empresas fazem investimentos em outros países, pois assim garantem sua presença em todos os blocos. 128 O Bloco Europeu Desde a década de 1950 a Europa começou a se organizar em blocos econômicos. Aos poucos esses blocos menores foram se unificando, dando origem à Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Associação Europeia de Livre Comércio (AELC). Mas essa união não parou aí e passou a incluir outros países. Assim, surgiu a União Europeia, composta por 15 países europeus. A criação do Euro, moeda única para toda Europa foi a consolidação deste bloco. 129 O Bloco Americano Desde janeiro de 1993, vigora um acordo de unificação entre os mercados dos Estados Unidos, Canadá e o México, chamado de Tratado de Livre Comércio da América do Norte - NAFTA. O exemplo da União Europeia, o NAFTA pretende criar uma livre circulação de mercadorias entre seus membros. Os Estados Unidos também querem criar a ALCA (Área de Livre comércio das Américas) até o ano 2005, unindo os mercados de todo o continente americano. 130 Os Blocos Menores Outros países procuram se unir, formando blocos econômicos menores e não tão importantes mundialmente, pois as principais potências (EUA, Europa e Japão) estão nos três grandes blocos. Esses blocos menores acabaram sofrendo influência dos blocos principais. • CEI - Comunidade dos Estados Independentes: formada por doze das quinze repúblicas que integravam a URSS. • COMESA - Mercado Comum dos Países do Leste e do Sul da África, formado pelas seguintes nações; Angola, Burundi, 131 Camarões, Etiópia, Quênia, Lesoto, Namíbia, Ruanda, Moçambique, Somália, Uganda, Zimbábue, etc. • PACTO DE VISIGRÁD - Formado pela Hungria, República Tcheca, Polônia e Eslováquia. • MERCOSUL - O Mercado Comum do Sul foi criado pelo Tratado de Assunção, assinado pelos Presidentes do Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai. O Mercosul começou a funcionar em 1º de Janeiro de 1995. 132 O MERCOSUL conta com uma população em torno de 200 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto), na faixa de 800 bilhões de dólares, sendo que Brasil e Argentina, juntos, possuem 90% desse PIB. O Mercosul inclui: • Estados Membros – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela; • Estados Associados – Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador; e • Estado Observador – México. 133 • PACTO ANDINO - Formado pela Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia e Peru. Observe no mapa a localização geográfica do MERCOSUL e do Pacto Andino. 134 A população mundial apresentou, nas últimas décadas, um crescimento muito acelerado. Passou de 2 bilhões de habitantes, em 1930, para 4 bilhões, em 1975, ou seja, dobrou em apenas 45 anos. Entre as causas que explicam este crescimento, a mais importante é o crescimento vegetativo, que corresponde à diferença entre o número de nascimentos (natalidade) e o número de mortes (mortalidade). A população mundial vem apresentando altas taxas de cresci-mento vegetativo, ou seja, maior número de nascimentos que de mortes. 135 O gráfico mostra que 1802 a população mundial atingiu 1 bilhão de habitantes. Demorou 125 anos para que saltasse para 2 bilhões de habitantes. Após 34 anos, em 1961 atingiu 3 bilhões. Em 1974, 13 anos depois, a população chegou a 4 bilhões de pessoas. Hoje em dia passamos da casa dos 7 bilhões de habitantes e a previsão para 2.020 é que a população mundial atinja a casa dos 8 bilhões Boa Atividade! Boa Sorte! Fim módulo Geografia 1 Mauro Monteiro 136
Compartilhar