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Núcleo de Ensino Profissional e Técnico
Preparando seu Futuro!
1
1. AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
2. AMÉRICA LATINA
3. AMÉRICA LATINA - OS PAÍSES ANDINOS 
4. REGIONALIZAÇÃO MUNDIAL
5. O BRASIL NA ECONOMIA GLOBAL
FILOSOFIA 3 – Prova A 2
3
Estados Unidos da América
Moeda: US$ Dólar
Capital: Washington
Maiores Cidades: New York, Chicago,
Los Angeles, Boston
Governo: Republicano-presidencialista.
Independência: 4/07/1776
Área: 9.372.614 km2
População: 325 milhões (senso 2008)
4
Além de ser a principal potência do mundo, os Estados Unidos (United
States of American) possui dimensões continentais, sendo o quinto país
em extensão contínua (vindo atrás da Rússia, Canadá, China e Brasil).
Passa a ser o quarto colocado, superando o Brasil, somando-se os
seus estados do Alaska e do Havaí, que são desligados de sua
porção continental.
Conta 4.500 km de leste a oeste, e 2.500 km de norte a sul. Divide-
se em 50 estados autônomos, reunidos sob a forma federativa, além
de contar com diversos domínios do Pacífico e nas Caraíbas.
5
Condições especiais de sua história, reunidas com as imensas riquezas
de seu território, explicam o seu poderio econômico.
Chegada dos Europeus
Ocorre a partir do século XVI, quando diversos europeus atingiram a
costa Atlântica:
• Em 1512, Ponce de Leon chegou à Flórida;
• Em 1541, Hernado de Soto descobriu o Mississipi;
• Em 1542, o Colorado foi explorado por Francisco Coronado;
• Em 1542-43 o português João Cabrilho atravessou a
6
Califórnia;
• Em 1585, o inglês Walter Raleigh criou um pequeno povoado na
ilha de Roanoke, dando-lhe o nome de Virgínia (em homenagem à
rainha Elisabeth I, conhecida como Rainha Virgem).
7
Nas duas primeiras décadas do século XVII, foram criadas as
primeiras colônias estáveis: Jamestown (Virgínia) e Nova Amsterdã,
fundada pelos holandeses em 1614 e tomada pelos ingleses em
1664, quando tem seu nome alterado par Nova Iorque.
A partir de 1620 começaram a chegar os colonos fugidos das
perseguições religiosas na Inglaterra e instalaram colônias de
povoamento, principalmente no Nordeste, onde passaram a praticas
a policultura em pequenas e médias propriedades, ao mesmo tempo
em que introduziram a criação de gado leiteiro.
8
Os produtos legais eram comerciados com a Europa e com a África
(em troca de escravos, que já faziam parte da vida econômica
estadunidense desde 1619, o que permitiu a criação e estruturação
de uma classe burguesa com grande poder aquisitivo.
Além disso, com a imigração haviam chegado inúmeros artesãos cujo
trabalho foi base para a industrialização do país.
Já na porção sul do território estabeleceram-se as “Plantations”
(grandes fazendas), onde cultivavam-se o arroz, tabaco, algodão,
através da exploração do trabalho escravo, e para a exportação e
suprimento do Mercado Europeu.
9
Os EUA, até a sua Independência, constituía-se em uma estreita faixa
de terra formada por 13 colônias inglesas na região leste, sendo que
a da região Nordeste caracterizavam-se pela colonização de
povoamento e por uma melhor distribuição de renda ente os colonos.
No sul, predominava a colonização de exploração com grandes
desigualdades sociais, agravadas pelo uso indiscriminado da
escravidão.
10
Com a consolidação de sua independência, os EUA iniciaram
conquistas territoriais que resultaram na sua conformação atual, cerca
de 10 vezes são atual, cerca de 10 vezes maior quando da
concretização da Independência.
O território atual é resultado de sucessivas anexações, tratados e
compras, baseados em sua maior parte na força das armas e que
tiveram como principal prejudicado o México.
Territórios Ingleses: Com o tratado de Paris (1783), assinado com a
Inglaterra, os EUA alargam sua faixa de ocupação delimitada pelos
Grandes Lagos e pelos rios Ohio e Mississipi.
11
Em 1846, a Inglaterra vende o Oregon, ampliando o domínio
estadunidense na costa oeste.
Territórios Franceses: Com a compra da Lousiana, em 1803, por US$
15 milhões, os EUA dão o início à ocupação do meio-oeste, fazendo
com que seu território passe a se estender do Oceano Atlântico até
as Montanhas Rochosas, incluindo em toda a sua extensão a bacia
dos rios Mississipi-Missouri.
Territórios Espanhóis: A Flórida pertence à Espanha, é comprada,
em 1819, por US$ cinco milhões. O objetivo da compra era
estratégico, já que os EUA buscavam se defender
12
de possíveis ataques durante as guerras napoleônicas.
Territórios Russos: Em 1824, os EUA haviam adquirido dos russos a
região litorânea do Oregon. Em 1867, adquiriram o Alasca por
modestos US$ 7 milhões, tentando dessa maneira coibir qualquer
tentativa de expansionismo russo na América.
A aquisição do Alasca foi um grande negócio para os EUA e um
péssimo para a Rússia, pois a região é rica em petróleo, cobre, ouro,
carvão e outros minérios descobertos, em sua maior parte, depois de
já ter sido vendido aos EUA.
13
Territórios Mexicano: Existe um ditado entre os mexicanos que
mostra perfeitamente o inconformismo com as imensas perdas
territoriais do país em favor dos EUA: “México tão longe de Deus e
tão próximo do EUA”. Não é para menos, o México perdeu para os
EUA mais de 50% do seu território, vejamos as etapas:
• (1845) após tornar-se independente, o Texas foi anexado aos EUA
o que deu início a uma guerra (EUA x México), que se encerrou
somente em 1848, com a assinatura do tratado de Guadalupe-
Hidalgo, pelo qual o México perdeu 1.300.000 km2 do seu
território (hoje o país possui 1.958.201 km2),
14
cedendo aos EUA a região que abrange do atual Estado do Texas
até a Califórnia, onde a descoberta de ouro provocou a chegada
de milhares de pessoas;
• (1853) o Estado do Arizona é comprado por US$ 10 milhões
(Tratado de Gadideu), ampliando o domínio estadunidense do
Golfo do México até a Costa oeste (Pacífico).
Territórios Além-Mar: Com a conformação do seu atual território, os
EUA ampliam seus domínios nos oceanos Pacífico e Atlântico, dando os
primeiros indícios do seu desejo de exercer grande influência no
cenário mundial.
15
Vejamos as etapas dessa conquista:
• (1898) com o fim da Guerra Hispano-Americana, pelo Tratado de
Paris, a Espanha é obrigada a ceder Porto Rico (América Central),
Guam (Norte da Oceania, Leste das Filipinas e Sul do Japão) e as
Filipinas (Ásia). Neste mesmo ano é anexado o Havaí (a 3.000 km
da costa oeste dos EUA);
• (1899) ocupação do arquipélago de Samoa (Oceania);
• (1901) domínio sobre Cuba (após vencer a guerra contra a
Espanha) e estabelecimento da Emenda Platt, que dá o
16
“direito” dos EUA invadirem Cuba, quando julgar que seus
interesses estão sendo afetados;
• (1903) com a independência do Panamá, os EUA obtêm uma
concessão perpétua de exploração sobre a zona do Canal,
construído dos recursos estadunidenses.
• (1912) domínio sobre a Nicarágua (América Central
• (1914) domínio sobre o Haiti (América Central) até 1934;
• (1917) compra as Ilhas Virgens (América Central) da Dinamarca
por US$ 25 milhões.
17
Os Apaches:
Desde o sul (Alabama, Geórgia) até o nordeste do país (Nova
Inglaterra), numa extensão de 2000 km, estendem-se por toda a
porção oriental do território.
Esses velhos maciços foram desgastados pelos efeitos da erosão;
novos desgastes se deram, após o seu surgimento em um período mais
recente (terciário), originando daí uma paisagem de cristais e vales,
as primeiras correspondendo às rochas mais resistentes, e os outros,
pelas mais susceptíveis à erosão.
18
Esse tipo de relevo (Apalacheano) é empregado para definir
semelhantes em outras partes do mundo.
No litoral atlântico, a planície costeira relativamente recente alonga-
se de sul a norte, tendo sua faixa mais larga, nas proximidades do
Golfo do México.
Ao norte, encontramos os raros casos de invasão das águas do mar,
no maciço bloco continental americano: golfos estreitos e alongados
(Hudson, baías Delaware, Chesapeake), favorecem naturalmente a
existência dos portos.
19Planícies:
Apenas alguns maciços quebram a monotonia das vastas planícies
americanas (Montes Ozarks - média de 900m). Apresentam duas sub-
regiões principais:
• Grandes Planícies (Great Plains), terras baixas em torno de 200 a
450m, que na porção mais ocidental (proximidades das Rochosas)
chegam a atingir de 1.200 a 1.800m de altitude;
• A Planície Central (Central Lowland) de baixas altitudes.
20
Planícies
A região Nordeste foi atingida por glaciários quaternários, que
provocaram o aparecimento dos Grandes Lagos, que foram formados
por depósitos mariânicos (Superior, Michigan, Uron, Eriê e Ontário),
um solo argiloso e de alta fertilidade (till), resultante de partículas
morâinicos depositadas pelos rios ou trazidas pelos ventos.
A mais extensa via navegável do mundo atravessa a planície Central
de norte a sul, recebendo poderosos afluentes: o Rio Mississipi.
21
Cadeias e platôs elevados, em uma largura de 2000 km, formando
um conjunto originário do final da era secundária, afetada por
fraturas e falhas, intrusões graníticas, derrames vulcânicos e
dobramentos. Podemos dividi-la em subconjuntos:
• Sistemas das Rochosas, Rocky Montais System, que vão das
Grandes Planícies até os platôs intermontanos;
• Os próprios platôs, situados entre as Rochosas e as Cadeias
Ocidentais (Platô da Colúmbia, ao norte; Grande Bacia ao centro
de Platô do Colorado, ao Sul);
22
• Cadeias jovens, nas proximidades do Pacífico: Serra das Cascatas,
Serra Nevada, Cadeia da Costa;
• Por fim, uma depressão alongada, constituída pelo Vale do
Willamette ao norte, e ao sul o Grande Vale da Califórnia.
Estas montanhas e platôs guardam ricos depósitos minerais muito
variados (carvão, petróleo, ouro, prata, cobre, chumbo, zinco,
magnésio, urânio), dentre os mais importantes.
Dois rios de elevado potencial hidráulico banham essa região
desaguando no pacífico: o Colúmbia e o Colorado.
23
O relevo, disposto como que acompanhando os meridianos, limita as
influências marítimas.
As Cadeias Ocidentais barram a penetração de massas úmidas, o
que, a não ser faixa litorânea, provoca climas secos na maior parte
do oeste americano. Já as planícies do interior do país,
desprotegidas pelo relevo, recebem tanto a penetração de massas
de ar frio vindas do norte, no inverno, quanto de massas de ar quente
vindas do sul, no verão.
A cidade de Chicago, por exemplo, recebe tempestades de neve, no
inverno, e intensas vagas de calor úmido no verão.
24
Apesar disso, os EUA não possuem zonas frias semelhantes às do
Canadá e da Rússia. Tanto que as temperaturas de verão favorecem
a agricultura, mesmo em áreas que sofrem de pesadas invernias.
As chuvas são bastantes para favorecer a agricultura em toda a
porção leste do território; mas, ao contrário, no oeste, exceção feita
às montanhas e ao litoral, predomina um clima seco, onde as
precipitações são inferiores a 250mm anuais.
25
Apesar disso, os EUA não possuem zonas frias semelhantes às do
Canadá e da Rússia. Tanto que as temperaturas de verão favorecem
a agricultura, mesmo em áreas que sofrem de pesadas invernias.
As chuvas são bastantes para favorecer a agricultura em toda a
porção leste do território; mas, ao contrário, no oeste, exceção feita
às montanhas e ao litoral, predomina um clima seco, onde as
precipitações são inferiores a 250mm anuais.
26
Os americanos são, em sua maioria, brancos, de origem europeia. No
entanto, existem expressivas minorias de “povos de cor” que são
duramente discriminados.
Os Imigrantes Europeus:
A semelhança de condições climáticas e a política de ocupação
rápida do interior do país favoreceram, sobrema-neira, a imigração
europeia, no final do século XIX e nas duas primeiras décadas do
século XX.
Inicialmente, acorreram ingleses, irlandeses, alemãs e escandinavos; a
partir de 1880, incluíram-se, também, os ita-
27
lianos, os eslavos e os judeus. Nos anos finais do século XIX e nos
iniciais deste, o número de imigrantes chegou a ultrapassar a casa do
milhão por ano.
O crescimento populacional foi espantoso. Até o começo do século
XIX, uma população de apenas 6 milhões vivia da costa leste
(Atlântica) até as margens do Mississipi.
Em 1880, já alcançava 38 milhões, 90 milhões, em 1915. Em 1920,
com 128 milhões de habitantes, o governo americano impôs uma
legislação restritiva: a lei de Cotas de Imigração.
28
Os Negros
Uma parcela de 12% da população americana é constituída de
elementos negros, descendentes dos escravos trazidos da África para
os latifúndios do sul do país.
Os negros são mais numerosos nesses Estados do Sul (Mississipi -
Carolina do Sul - Georgia e Alabama), mas vivem, também, nos
grandes centros urbanos do Nordeste (New York - conta com 1,5
milhões de negros; Chicago, mais de 900.000; Detroit, 600.000) e da
Califórnia; no Pacífico, 600.000 só em Los Angeles.
29
Os Latino-americanos
Talvez, hoje, mais discrimidaos que os negros, os latinos já beiram a
casa dos 10 milhões.
A maioria deles tem presença ilegal e são vítimas de uma
superexploração no trabalho.
A maioria é de Mexicanos, que vivem no Sul e na Califórnia. Mas é
expressivo o número de portorriquenhos, sobretudo em Nova Iorque,
no terrível “ghetto” do Bronx.
Mas ainda há refugiados cubanos, haitianos e colombianos.
30
Os Índios
Os muitos milhões de Índios que viveram no território americano
foram reduzidos a apenas 300.000 indivíduos atualmente.
Foram vítimas de um dos maiores genocídios da História: 9 milhões de
mortos em apenas 50 anos.
Hoje vivem em pobres reservas preparadas no oeste americano e
uma escassa minoria misturou-se com a população dominante.
Representam outro problema social de importância nos EUA.
31
A Agricultura
Participa com apenas 3% do PNB, perdendo em larga margem para
os outros setores da economia, a agricultura americana pode ser
considerada como uma das mais avançadas do mundo, tanto pela
variedade da produção quanto pela elevadíssima produtividade do
trabalho agrícola.
A diversidade de climas e de solos permite uma gama variadíssima
de produtos agrícolas. Nas planícies centrais, 300 milhões de hectares
são utilizados, além de outros 200 milhões também cultivados em
outras zonas.
32
A Agricultura
A grande produção americana é devida, principalmente, à elevada
produtividade do trabalho.
Paulatinamente, o trabalho humano foi sendo substituído pelas
máquinas, em todas as fases da produção.
Observações: desde a Segunda Guerra Mundial, a proprieda-de da
terra vem sofrendo um grande processo de concentra-ção. O
agricultor médio já não domina, exceto numericamente, pois a maior
parte da produção provém das atividades de poderosas empresas
agroindustriais.
33
A produção e a renda monetária são determinadas por um órgão
federal: o “COMMODITY CREDIT CORPORATIONS”.
Corn Belt
Cinturão do milho - importante área agrícola entre os rios Ohio e
Missouri, cultivando as planícies da porção central do território.
Representa quatro quintos da produção americana de milho (190
milhões de ton. - metade da produção mundial).
Este milho alimenta 60% do rebanho bovino e 80% do reban-ho
suíno do país.
34
Cotton Belt
Cinturão do algodão - localizado no sudeste, proporciona ao país a
terceira produção mundial.
O algodão é cultivado desde o período colonial e foi a lavoura que
mais absorveu mão-de-obra escrava.
Esta especificação começa a diminuir pelos problemas que tem
apresentado, tais como o desgaste do solo e a grande dependência
de um único produto.
Os estados mais produtivos são, hoje, os colocados mais a ocidente:
Texas, Mississipi e o Arkansas.
35
Oeste - Nessa região, caracterizada pelo clima semiárido, predomina
a cultura irrigada, principalmente através do dry-farming, uma
técnica de revolvimento do solo que traz à superfície a terra úmida.
No estado da Califórnia, dois importantes rios (Sacramento e São
Joaquim) possibilitam a irrigação das terras, onde são cultivados
cereais, algodão e frutas.
Flórida- Localizada no sudeste onde as temperaturas são mais
quentes, cultiva produtos tropicais, destacando-se a cana-de-açúcar e
a laranja.
36
O potencial energético dos EUA está diretamente associado ao seu
desenvolvimento industrial.
O país conta com imensas reservas de carvão, petróleo e gás natural.
São abundantes os recursos minerais, tais como: o cobre, o chumbo, o
ferro e o zinco, dentre outros.
Apesar disso, importa vastíssimas quantidades. Não fosse a pressão
imperialista que exerce sobre os preços internacio-nais, por meio de
instrumentos políticos e militares, suas contas explodiram.
Mesmo assim, seus déficis comerciais são crescentes.
37
Petróleo Gás-Natural
Por quase um século foi o maior produtor de petróleo do Mundo. Em
1975 perdeu a hegemonia para a ex-União Soviética. Sua produção
tem sofrido oscilações e encontra-se, hoje (2009), a pouco mais de
400 mil toneladas, bem baixo do que em 1979.
Fica atrás da ex-União Soviética e da Arábia Saudita na produção
de gás, em torno de 20 milhões de m3.
Juntos, petróleo e gás representam a maior parte da energia
consumida no país, que é maior consumidor do mundo.
38
Petróleo Gás-Natural
Suas gigantescas empresas exploram esses recursos no seu território e
em outras regiões (EXXON, ATLANTIC, GULF, TEXACO-CALTEX).
O país importa, em média 7,7 mil barris por dia. Essa pesada
importação provoca altas taxas de inflação e, inclusive, déficits na
balança comercial.
39
Energia Elétrica
É o maior produtor e consumidor de energia elétrica do mundo.
As centrais térmicas, utilizando o carvão, o petróleo e o gás natural
chegam a produzir 80% do total ( a maior parte do carvão).
A iniciativa privada controla 66% e as estatais, o restante, ao
contrário do Brasil.
A distribuição das usinas pelo território condiciona-se pela presença
de centros consumidores ou das vantagens naturais.
40
Energia Atômica
Existem dezenas de centrais nucleares. 
Planejava-se uma maciça ampliação, mas os acidentes de alta 
periculosidade têm obrigado o governo a rever a sua política.
41
Carvão
No início do século respondia por 75% da energia produzida. Hoje,
apenas 15%. Outros países suplantaram a produção americana (ex-
União Soviética e China). Mas, a produção ainda é muito elevada: em
torno de 350 milhões de toneladas. Além de fácil extração, é de
ótima qualidade.
Minério de Ferro
Os EUA obrigam-se a importar vastas quantidades de minério de
ferro, a fim de movimentar sua poderosa siderúrgica, haja vista que
a produção de 25 anos atrás era bastante superior
42
a atual. Desde 1955 tem-se sentido uma diminuição progressiva da
produção americana, mas ainda representa a segunda do mundo. As
importações são feitas do Canadá, da Venezuela e do Brasil.
Outros Minerais
O país é um gigante mineral. Mas, para alimentar sua indústria 
insaciável, necessita de volumosas importações. Em verdade, simples 
transferência de riquezas reais de outras regiões do mundo, em face 
de sua hegemonia financeira.
43
O comércio exterior dos EUA envolve o mundo inteiro, seja pela
magnitude de sua produção, seja pela extrema necessidade de
suprimento de matérias-primas essenciais.
Dentre os produtos exportáveis, destacam-se: máquinas industriais e
elétricas, aviões automóveis, metais, tecidos, produtos químicos,
petróleo, carvão, tabaco, trigo, legumes e frutas; e entre os
importados, diversas matérias-primas: ferro, lã, manganês, cobre,
estanho, petróleo e alimentos: café, chá, açúcar, frutas, cacau;
produtos manufaturados: veículos, polpa de papel, papel jornal,
cobre, estanho, dentre outros.
44
México
• Área: 1.972.547 km2.
• População: 95.500.00 habitantes
• Capital: Cidade do México
Localização: está situado na América Latina do Norte e faz fronteira
ao norte com os EUA, a leste com o Golfo do México, ao sul com
Guatemala e Belize, e a oeste com o Pacífico.
Depois da criação do ALALC - Associação Latino Americana do Livre
Comércio - em 1960 (Tratado de Montevidéu), o México aproximou-
se dos mercados do continente, benefi-
45
ciando-se das oportunidades comerciais daí advindas.
Transformou-se, desde 1980, na ALADI - Associação Latino Americana
de Integração. Desde 01-01-94, no entanto, passou a integrar o
NAFTA (Tratado de Livre Comércio entre México, EUA e Canadá).
Aspectos Demográficos:
É o segundo país mais populoso da América Latina, depois do Brasil.
Atualmente, cerca de 60% da população do México são mestiços
(brancos + indígenas), 30% são ameríndios e os 10% restantes são
compostos de brancos, negros e asiáticos.
46
Aspectos Econômicos:
Após a segunda guerra, o México passou por um processo de
desenvolvimento industrial bastante grande.
Atualmente, cerca de 10% de seu PNB vem de agricultura, enquanto
24% vem da indústria e 29% de setor de serviços.
Dos 32 milhões de ativos existentes no país, 34% estão na
agricultura, 25% na indústria e o restante nas atividades terciárias.
47
Agricultura
O “ejido” é uma propriedade comunal, geralmente compartilha-da
por 60 e 70 famílias.
Esse sistema oriundo da organização social anterior à colonização,
permitiu uma melhor assistência à massa camponesa.
Ocorreram muitos desníveis nessa distribuição, havendo áreas e
grupos que conseguiram uma produtividade maior e outros que
simplesmente permaneceram ao nível de subsistência, ou sequer isso.
48
Agricultura
O México desdobra-se para alcançar a autossuficiência agrícola.
Paradoxalmente, gasta enorme quantidades de divisas na
importação de alimentos essenciais e as adquire, em primazia,
justamente na exportação de seus produtos agrícolas excedentes.
Suas enormes reservas de petróleo têm alterado essa posição
clássica do país.
49
Condições de Produção e Principais Produtos Agrícolas
A agricultura é muito limitada pelas condições gerais do país.
As regiões demasiado montanhosas dificultam os trabalhos na
agricultura; ao norte, a ausência de chuvas obriga a irrigação, quase
sempre onerosa; já ao sul se faz necessário o saneamento, pela
umidade demasiada.
Nas altitudes superiores, o clima rigoroso é que vem a prejudicar.
Na região central do país (da cidade do México a Guadalajara)
50
Condições de Produção e Principais Produtos Agrícolas
de terras muito férteis, de origem vulcânica, as chuvas frequência
favorecem o cultivo.
As variações permitem a produção de gêneros os mais diversos,
sejam tropicais: café, cacau, algodão, cana-de-açúcar ou até
temperados: trigo; aveia, centeio, cevada. Apenas 15% da superfície
do país são cultivados.
A maior parte das terras cultiváveis do México são ocupadas por
pastagens (40% da superfície total do país).
51
Recursos Energéticos
As reservas de petróleo e de gás natural são importantes e com uma
produção crescente (980 milhões de barris, segunda da América
Latina e 37,5 bilhões de m3 de gás natural) explorados, desde 1938,
por uma estatal PEMEX, e transpor-tados por uma densa rede de
gasodutos e oleodutos.
Já as reservas de carvão são bastante reduzidas, localizadas no
norte, quase sempre inacessíveis, dificultadas ainda pela distância do
centro-sul consumidor. Apesar de ter um elevado potencial hidráulico,
a irregularidade das bacias hidrográficas prejudicam o seu
aproveitamento.
52
Recursos Minerais
Tendo suas principais reservas ao norte, de difícil acesso, a
exploração é prejudicada, principalmente por situarem-se em regiões
bastante elevadas.
As minas de prata da Serra Madre Ocidental têm-se esgotado
paulatinamente.
Ainda produz 12% da produção mundial, 2.200 toneladas em 1996.
Produz, também, ouro, zinco, chumbo, cobre, além de antimônio,
níquel, tungstênio, estanho, manganês, bismuto, mercúrio, enxofre e
arsênio.
53
A Indústria
O México foi o pioneiro dentre os países latinos a incentivar a
industrialização: em 1934 criou o primeiro banco de desenvolvimento
do continente, a “Nacional Financeira”. Tal como os outros países em
sua condição, o México beneficiou-se do não fornecimentode
manufaturados durante a guerra, o que provocou um surto de
industrialização pela substituição de importações e uma eficaz
política protecionista.
As principais indústrias são: Alimentícia; Têxteis; Metalúrgi-cas;
Automobilística; Químicas; Turismo.
54
A Crise Econômica
Em 1982, devido à queda das exportações de petróleo e a crise
econômica que levou a dívida externa do país, o presidente Miguel
de La Madrid decreta a moratória da dívida externa (não
pagamento das dívidas) e tenta estabilizar a economia, através e um
programa de ajuste econômico.
Em 1988, o governo e sindicatos assinam o “Pacto de Solidariedade
Econômica”, que entre outras coisas, congela salários e preços.
55
Com a eleição em 1988, do presidente Carlos Salinas de Gortari,
tem início um plano de privatização de empresas estatais, a venda
dos “ejidos” (fazendas onde vivem 3 milhões de famílias) a empresas
agrícolas e a liberação das importações, o que acaba aumentando o
déficit comercial do país.
Em 1990, um plano econômico reduz 30% da dívida do país com os
bancos comerciais.
Em outubro de 1993, é assinado o NAFTA (tratado de livre comércio
entre o México, os EUA e o Canadá).
56
Em janeiro de 1994, o “EZLN”(Exército Zapatista de Libertação
Nacional) inicia uma rebelião armada, exigindo mudanças
econômicas e sociais.
Em dezembro desse mesmo ano, agrava-se a crise econômica
mexicana, com o aumento do déficit da balança comercial (US$ 27
bilhões) e a fuga de investimentos de curto prazo; o governo
desvaloriza o câmbio, aumenta tarifas públicas e congela salários.
Em poucos dias, ocorre uma fuga de US$ 8 bilhões do país e cai o
“peso” (moeda mexicana) em 40%.
57
Efeito Tequila
Com o agravamento da crise econômica mexicana, caem em too o
mundo os preços das ações de países em desenvolvimento, como
Brasil e Argentina.
De 29 de dezembro de 1994 a 2 de janeiro de 1995, ocorre, no
México, uma fuga de capital de US$ 800 milhões. A esse fato
dominou-se “Efeito Tequila”(bebida mexicana).
Para evitar um caos na economia mundial, os EUA se propõem a
ajudar o México, com um empréstimo de aproximadamente US$ 48
bilhões.
58
Desse total, US$ 20 bilhões seriam dos EUA, US$ 17,75 bilhões do
FMI (Fundo Monetário Internacional) e o restante de outros países.
Como garantia desse empréstimo, os EUA exigem a renda do
petróleo mexicano.
Em 1995, o PIB (Produto Interno Bruto) mexicano cai 7%, além de
uma taxa de desemprego de 7,3% e uma dívida externa de US$
175 bilhões.
Em janeiro e 1996, o governo mexicano inicia acordos de paz com o
EZLN. No entanto, várias divergências dificultam essas negociações.
59
O governo anuncia também, como medida econômica, a venda da
Pemex (empresa estatal de petróleo).
Em junho o governo mexicano depara-se com um novo grupo
guerrilheiro, o Exército popular Revolucionário (EPR), o que agrava
ainda mais a crise econômica e social do país.
60
São seis países sul-africanos (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru,
Bolívia e Chile) que se destacam na América Latina, por
apresentarem algumas características comuns bem marcantes.
Exemplo:
• Possuem uma unidade física dada pela Cordilheira dos Andes, uma
das causas da fragmentação das populações e do isolamento da
nações andinas em relação aos outros países da América do Sul.
• População caracterizada etnicamente pelo elemento branco
61
(espanhol) e pelo indígena, dos quais resultou uma população muito
numerosa de mestiços.
Economicamente, esses países são pouco industrializados,
dependentes basicamente da agricultura e do extrativismo.
62
O Relevo
Cordilheira dos Andes: imensa cadeia de montanhas terciárias que
acompanha o litoral do Pacífico, desde o extremo sul da América até
o Norte da Venezuela.
Apresenta cristas que se estendem paralelamente, separadas por
vales ou planaltos elevados.
Tem muitos picos elevados, dos quais 30 superam 5.000 m
(Aconcágua; 7.040 m). A existência de numerosos vulcões ativos e a
ocorrência de abalos sísmicos atestam que a orogênese andina ainda
não terminou.
63
Planícies Litorâneas: são muito estreitas e em alguns pontos são
interrompidos pelo avanço de encostas dos Andes.
São bastante úmidas ao norte e áridas no Peru e Chile.
Planícies Interiores: acham-se delimitadas pelos andes e pelos
Maciços cristalinos (Guiano e Brasileiro).
São drenados por grandes bacias fluviais: a bacia do Orenoco, a
Amazônica e a Platina.
64
Clima e Vegetação
O relevo acidentado determina a grande variedade de paisa-gens
dos países andinos.
Nas planícies orientais o clima é tropical com chuvas abun-dantes e a
vegetação é de florestas tropicais e equatoriais.
O mesmo acontece com as planícies ocidentais do litoral norte.
As vertentes ocidentais do Peru e do Chile apresentam clima árido e
semiárido (Deserto de Atacama), com vegetação quase inexistente.
65
Nos Andes, o clima frio de altitude é dominante, com geladeiras
permanentes em diversos pontos.
Os sinais de glaciação são confirmados pelas numerosas regiões onde
surgiram grandes lagos, nas depressões provocadas pelas antigas
geleiras.
Da metade para o sul do Chile aparecem florestas temperadas e
tundras.
66
Divisão Política:
Países Área (Km2) População Capital
Venezuela 912.050 22.300.000 Caracas
Colômbia 1.138.914 35.700.000 Bogotá
Peru 1.285.216 24.200.000 Lima
Equador 283.561 11.700.000 Quito
Bolívia 1.098.581 7.600.000 La Paz
Chile 756.945 14.500.000 Santiago
67
Composição Étnica 
O Chile é o país que tem a maior parte da população branca (90%). 
a Venezuela e a Colômbia têm, respectivamente, 67% e 58% de 
mestiços e o elemento mestiço corresponde a 31,2% da população 
boliviana. 
Os negros não são numerosos na região, aparecendo apenas na 
Venezuela, Colômbia e Equador.
68
% Da População Total
Paises Indígenas Mestiços Brancos Negros Outros
Venezuela 2 67 21 10
Colômbia 1 72 20 4 2
Peru 40 40 15 5
Equador 54 32 12 2
Bolívia 43 31 15 11
Chile 2 2 96
69
Crescimento Populacional
De 25 milhões de indivíduos em 1937, a população dos países andinos
foi para 116 milhões.
Essa “explosão demográfica” é resultado, principalmente, do
crescimento vegetativo, pois a imigração para a região foi
inexpressiva.
A queda brusca da mortalidade (resultado das campanhas de
vacinação e da melhoria das condições sanitárias), ao lado de elevads
taxas de natalidade, é o que determinou a elevação do crescimento
vegetativo (1,9% ano).
70
Distribuição
Com exceção, os demais países andinos apresentam maiores
concentrações populacionais nos altiplanos andinos.
Quanto à distribuição da população entre campo e cidade, percebe-
se uma predominância da população rural.
Apenas o Chile e a Venezuela são mais urbanizados. Porém, nas
últimas décadas, o êxodo rural tem se intensificado em todos os países,
levando a população a se aglomerar em torno das grandes cidades,
dando origem aos “baixos marginais”(favelas).
71
Agricultura
Apresenta dois setores bem distintos: a agricultura de subsis-tência,
feita em pequenas propriedades, geralmente com técnicas muito
primitivas. Em áreas tropicais é comum a prática de queimada.
Com o aumento das pressões demográficas, o período do repouso do
solo se reduz, provocando o esgotamento do solo e contribuindo para
a piora das condições de vida das populações rurais. Em geral são
cultivados os tubérculos, cereais e criam-se animais de pequeno porte..
72
A agricultura comercial é feita, na maioria das vezes, em grandes
propriedades (latifúndios) e sua produção destina-se à exportação. Os
principais produtos da agricultura comercial são:
• Café: Os maiores produtores são: Colômbia e Equador.
• Cacau: a Colômbia e Equador são os maiores produtores.
• Algodão: no Peru, Colômbia e Venezuela.
• Banana: no Equador.
• Vinha e Beterraba: no Chile
• Côco e amendoim: na Colômbia e Venezuela.
73
Mineração
O subsolo dos países andinos é muito rico em minérios, embora as
avaliações do potencial regional sejam deficientes.Os principais minérios explorados são:
• Petróleo: a Venezuela e o Equador são os maiores produtores.
• Estanho: a Bolívia é o principal produtor regional e o segundo
produtor mundial.
• Cobre: o Chile é o maior produtor regional e o terceiro mundial
74
• Ferro: a produção dos países andinos cresceu muito após 1950.
Embora todos os países apresentem reservas importantes, os maiores
produtores são a Venezuela e o Chile.
Indústrias
Os países andinos são industrializados. Dentre os principais obstáculos
à industrialização regional, podemos citar: a falta de capitais, mão-
de-obra desqualificada, mercado consumidor reduzido e dificuldades
de transporte.
O Chile e a Venezuela são os mais industrializados.
75
A denominação se aplica ao conjunto formado pela Argentina,
Uruguai e Paraguai.
Algumas características geográficas comuns oferecem individualidades
a esses países.
Dentre elas podemos citar:
• A bacia do Prata sempre teve um papel significativo na economia
desses países.
• A Argentina e o Uruguai receberam grande influência das correntes
imigratórias europeias.
• A agropecuária é característica econômica dos três países.
76
Os Andes
Servem de fronteira entre a Argentina e o Chile. Na parte norte as
altitudes são elevadas, o clima é árido com vegetação pobre. Ao sul,
as altitudes diminuem e a umidade aumenta.
A neve torna-se mais constante e aparecem florestas tempera-das.
A Patagônia
É um vasto planalto que se estende dos pés da vertente oriental dos
Andes até o Atlântico. No litoral aparecem falésias com até 200 m de
altura.
77
O clima é desértico frio, com ventos constantes (Pampeiro). A
vegetação é rarefeita com estepes, arbustos com folhas peque-nas e
espinhosas, aparecendo com frequência as xerófilas.
Em alguns pontos aparecem sedimentos marinhos que favore-cem a
formação de lençóis petrolíferos, uma das maiores riquezas da região.
As Planícies
O Chaco: ocupa o norte da Argentina, sul da Bolívia e oeste do 
Paraguai. Apresenta solos impermeáveis e uma leve inclinação para 
leste e sudeste. 
78
É drenada pela bacia do Paraguai que a inunda durante o verão.
Durante a seca, apresenta uma superfície ressecada, pois o solo
impermeável dificulta a formação de lençóis d’água subterrâneos.
O Pampa: ocupa o Uruguai e o centro da Argentina. Sua latitude
geralmente não ultrapassa a 200m e está dividido em Pampa seco e
Pampa úmido. A pluviosidade diminui no sentido Leste-Oeste.
O clima é temperado com a ocorrência de pradarias a leste e estepes
no oeste mais árido.
79
Argentina
Agropecuária: do ponto de vista da agropecuária, a região
pampeana é a mais importante do país. O clima temperado e solos
profundos e férteis favorecem o cultivo de cereais e a conservação das
pastagens.
Os principais cereais cultivados na região são o trigo, cereal mais
importante em relação à área cultivada e ao valor, e o milho. O
pampa é ainda considerado uma das regiões mais favoráveis do
mundo à pecuária. Os rebanhos bovino e ovino da Argentina estão
entre os melhores do mundo.
80
Argentina
As riquezas do subsolo Argentino foram fundamentais para o
desenvolvimento da indústria no país. Dentre os principais recursos
naturais básicos da industrialização argentina podemos citar:
• Petróleo: com as maiores jazidas na Patagônia, principalmente na
região de Comodoro Rivadavia, que fornece 60% da produção
nacional.
• Gás Natural: explorado em Comodoro Rivadavia e Salta.
• Carvão Mineral: a Argentina tem uma produção reduzida.
81
Argentina
• Energia Elétrica: um dos principais obstáculos ao incremento da
produção são as grandes distâncias que separam as áreas
favoráveis à exploração de energia e os centros de maior consumo.
A principal área industrial da Argentina está situada nas proxi-
miidades do estuário do Prata, e Buenos Aires, onde se desta-ca o
eixo Buenos Aires - Rosário.
San Nicolas destaca-se no setor siderúrgico, Córdoba na indús-tria
mecânica e La Plata na Petroquímica
82
Uruguai
Tem na pecuária a principal atividade econômica. As pastagens
naturais favorecem a expansão da pecuária no país, desde o século
XVII.
A criação é predominantemente extensiva, o que explica a estrutura
fundiária caracterizada pelos latifúndios.
A exportação de carne e lã são as principais fontes de divisas do 
Uruguai.
Por outro lado, a agricultura Uruguai não teve um desenvolvi-mento
equivalente ao da pecuária.
83
Paraguai
O Paraguai depende da importação de alimentos. Isto se explica pelo
atraso técnico do setor agrícola e pelo sub-aproveitamento das terras
cultiváveis (5% da superfície).
Os principais produtores de exportação são o tabaco e o algodão. A
cana-de-açúcar, o milho, o feijão e a mandioca destinam-se,
exclusivamente, ao mercado interno.
A produção interna de minerais e de combustíveis é insignificante,
embora o subsolo Paraguaio seja muito pouco conhecido.
84
Comércio Internacional
As transações inter-regionais são de pequena monta, represen-tando
10% dos negócios uruguaios, 20% dos argentinos e 30% dos
paraguaios. A metade das transações uruguaio-argentinas se faz com
a União Europeia, o que cria a exceção latino-americana de que esses
países não dependem do comércio com os EUA.
O Brasil é o principal cliente regional para os produtos platinos, sendo
que apenas o Paraguai se dirige mais ao intercâmbio com a Argentina.
85
Comércio Internacional
Mercado Comum do Sul, mais conhecido como Mercosul é
uma organização intergovernamental fundada a partir do Tratado de
Assunção de 1991.
Estabelece uma integração, inicialmente, econômica configu-rada
atualmente em uma união aduaneira, na qual há livre-
comércio intrazona e política comercial comum entre os países-
membros.
Situados todos na América do Sul, são atualmente cinco membros
plenos.
86
Em sua formação original, o bloco era composto por
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; mais tarde, a ele aderiu
a Venezuela.
Encontra-se em fase de expansão, uma vez que a Bolívia aguarda a
ratificação parlamentar de seu protocolo de adesão como membro
pleno, documento que necessita ainda para sua vigência das
aprovações legislativas na Bolívia, no Brasil e no Paraguai, os demais
parlamentos já o aprovaram.
87
Banhada pelas águas dos dois maiores oceanos, a América Central
constitui uma zona de transição e une as Américas do Norte e Sul.
O bloco sul-americano termina justamente no istmo do panamá. Por
suas características fisiográficas, culturais e humanas faz parte do que
denominamos “América Latina”.
Possui duas partes, a ístmica e a insular, numa área total entre ambas
de 732.000 km2 (553.000 km2 constituem a sua parte ístmica ou
continental).
O trecho continental corresponde a um grande e alongado
88
istmo, ora estreito, ora largo, que se inicia nas imediações da Colômbia
e desdobra-se no sentido sul-norte até o território mexicano.
Na porção Atlântica, predominam as terras baixas de origem recente. 
Essas condições do relevo permitem a diferenciação das condições 
climáticas, possuindo “tierras calientes”- terras quentes -, “tierras
templadas”- terras temperadas - e “tierras frias”- terras frias.
A leste dessa porção continental encontram-se as Antilhas (per-
89
to de 231.000 km2), arquipélago constituído de numerosíssimas ilhas,
dos mais variados tamanhos, que se estendem desde o litoral
venezuelano até as proximidades da península de Lucatã, no México.
Cumpre distinguir três subconjuntos dentre elas: As Grandes Antilhas, as
Pequenas Antilhas e as Ilhas Lucata ou Bahamas.
Uma população de perto de 67 milhões de pessoas vivem na região
centro-americana, sendo que, em torno de 60% delas habitam as
Antilhas. A religião católica e a cultura espanhola oferecem unidade
de traços aos países continentais.
90
Os seus países são: Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador,
Honduras, Guatemala e Belize e a Zona do Canal arrendada aos EUA.
A maioria da população é descendentes dos maias, existindo umgrande número de mestiços de índios com os brancos de origem
espanhola.
As principais atividades culturais concentram-se nas capitais e portos
marítimos, sendo a vida do interior bastante atrasada, predominando,
no geral, a ignorância e a miséria.
As atividades econômicas principais são as ligadas à agricultu-
91
ra, em que grandes empresas, no geral norte-americanas (US Fruit),
controlam a produção e a exportação em larga escala de produtos
tropicais: café, bananas, cana-de-açúcar, cacau e madeiras
Existem grandes diferenças humanas e econômicas na energia insular.
O idioma falado também varia.
Nas antigas colônias espanholas (Cuba e República Dominicana) fala-
se o espanhol; nas colônias (Guadalupe e Martinica) e ex-colônias
(Haiti) fala-se o francês.
Já o inglês é dominante na Jamaica e em diversas ilhas de
92
influência inglesa.
O Haiti é a única república negra fora do território africano e Cuba a
única nação socialista das Américas.
A população predominante nas Antilhas é a dos mestiços, os negros e
os brancos de origem europeia, havendo um baixo número de
indígenas.
As atividades econômicas são bastante parecidas com as do
continente, predominando as atividades agrícolas, com as culturas de
cana-de-açúcar, algodão, café, tabaco e frutas.
Os recursos minerais mais importantes são explorados na
93
Jamaica (bauxita), em Cuba (níquel), na Nicarágua (ouro), existindo
várias refinarias de petróleo nas Antilhas Holandesas: Curaçao, Aruba
e Bonaire.
As principais cidades são: Havana (Cuba, o maior centro urba-no
centro-americano), que já superou 2 milhões de habitantes; Guatemala
(Guatemala, com 1.108.000 habitantes); Kingston (Jamaica, com
1.037.700 habitantes) e San Juan (Porto Rico, perto de meio milhão de
habitantes). Afora estas, destacam-se os centros regionais menos
habitados de São Domingos, Panamá, Mananguá, São Salvador,
Camagüey (Cuba), Porto Príncipe e Santiago de Cuba.
94
A Zona do Canal
Com 1.582 km2 e 50.000 habitantes - é uma região encravada no
sentido leste-oeste, no território da República do Panamá;
Destaca-se por conter uma notável obra de engenharia humana: o
canal do Panamá (68 km), construído pelos EUA (1904 e 1914) e que
atravessa o lago artificial de Gatum;
Dispões de 6 comportas ligadas por eclusas, que elevam os navios a
24 m acima do nível do mar, permitindo a travessia do Atlântico para
o Pacífico e vice-versa.
95
Foi idealizado pelo francês Ferdinand Lesseps, que não conseguiu
construí-lo (construtor do Canal de Suez, no Egito).
Os EUA planejam devolver a área do Panamá até o ano 2000.
A área de controle americano foi diminuída em 2/3 e a administração
econômica do canal já é compartilhada pelos panamenhos.
96
Há três grandes formas de classificação que serão pré-requi-sitos
básicos para o desenvolvimento de nossos estudos.
a) Regionalização física;
b) Regionalização político-econômica, e a
c) Regionalização por blocos.
Regionalização Física – Grandes Domínios Climáticos
Uma das formas de dividir o mundo para melhor entendê-lo consiste
em regionalizá-lo segundo grandes domínios climáticos. Tais domínios
são chamados de “zonas”.
97
Zona Inertropical
A zona intertropical compreende a maior parte das terras brasi-leiras.
É delimitada pelo Trópico de Câncer no hemisfério norte e pelo trópico
de Capricórnio no hemisfério sul.
Zonas Temperadas
As Zonas Temperadas, uma no hemisfério norte e outra no hemisfério
sul, compreendem, juntas, a maior parte das terras do globo. Nelas
ocorre grande variação de climas sujeitos a grandes mudanças de
tempo atmosférico.
Nas Zonas Temperadas, tanto no hemisfério norte sul, existe
98
grande variedade de climas e variações de temperatura.
Há lugares onde o clima tem amplitude térmica de 40oC durante o
ano.
Zonas Polares
A Zona Polar ou Glacial existe em ambos os hemisférios. As zonas
polares têm clima bastante frio, com médias térmicas bem baixo de
zero.
No verão as temperaturas podem eventualmente subir um pouco acima
de zero. A umidade é baixa e o clima é predomi-nantemente frio e
seco.
99
O gelo presente nas regiões significa água congelada no chão e
pouca presença de umidade na atmosfera.
Nessas zonas, a vida humana é bastante difícil; os polos são habitados
por populações autóctones.
100
A Teoria dos Mundos
Após o término da II Guerra Mundial e com o esgotamento político-
econômico das nações europeias ocidentais, tais como Reino Unido,
França, Itália e Alemanha, surgiram no senário mundial duas
superpotências: Estados Unidos da América (EUA) e Rússia (URSS).
Enquanto os americanos e soviéticos disputavam a conquista espacial
num mundo dividido em capitalismo e socialismo após o fim da
Segunda Guerra Mundial, a queda do Muro de Berlim e a
desagregação da URSS marcam o fim do socialismo.
101
A ordem dos Pós-Guerra ou, como é mais conhecida, a “Guerra Fria”,
foi o período de nossa história em que o mundo se repartia em dois
sistemas, o capitalista e o socialista, dirigidos cada um,
respectivamente pelos EUA e pela URSS.
O capitalismo caracteriza-se pela existência da liberdade comercial e
possibilidade de desenvolvimento de uma classe comerciante ou
burguesa.
No caso do socialismo; toda produção e distribuição de merca-dorias
é feita pelo Estado.
A expansão de um desses sistemas político-econômicos causa-
102
va a diminuição das possibilidades de crescimento do outro.
Quando um país optava por uma dessas duas formas de
desenvolvimento, recebia ajuda técnica, financeira e militar de uma
das duas superpotências, segundo o caso.
Em 1955, um grupo de países capitalistas, porém subdesen-volvidos,
reunir-se em Bandung, cidade da Indonésia, para procurar desenvolver
um sistema alternativo.
Nessa reunião, uma expressão foi criada: o chamado “Terceiro
Mundo”, bloco que englobaria esses tais países.
Infelizmente, tal reunião não foi muito além de uma declaração
103
de interesses, porque os países do chamado “Terceiro Mundo” eram
excessivamente dependentes dos países ricos, por isso, não podiam
estabelecer entre si relações econômicas proveitosas para o
crescimento de seu bloco de países pobres, pois isso seria conflitante
com os interesses do Primeiro Mundo.
Com a dissolução de bloco soviético, em 1991, formalmente tivemos o
término de parte importante do que chamamos de Segundo Mundo.
Embora reste ainda a China (que mantém a maior parte de seu
104
território com administração estatal), Cuba, Coréia do Norte e outros
poucos Estados.
Na verdade, muito antes dos acontecimentos que puseram fim ao mais
significativo Estado socialista do mundo (a URSS), este país já mostrava
em décadas passadas sinais de esgotamento em seu ritmo de
crescimento.
105
A consciência mundial sobre as diferenças sociais entre os povos
aumentou muito desde o final da Segunda Guerra Mundial, com a
expansão dos meios de comunicação de massa.
Nos países ricos, um número cada vez maior de indivíduos toma
contato com a dura realidade presente nos países subdesenvolvidos.
Apesar desse tipo de classificação ter dois polos, um desenvol-vido, e
outro, no extremo oposto, subdesenvolvido, o que mais ocorre são os
casos intermediários de Países em Vias de Desenvolvimento (PVD).
106
Alguns países em vias de desenvolvimentos procuram atingir índices de
melhor qualidade de vida e produção econômica e se industrializaram.
Os processos de industrialização nem sempre foram acompanhados
efeitos positivos, como no caso da elevada urbanização.
Sem infraestrutura que recebesse o grande número de imigrantes que
se deslocaram para as cidades acabaram por não ter acesso aos
serviços mínimos fornecidos pelo Estado, como água, luz, esgoto etc.;
restando a esses portanto a constituição de submoradias (favelas,
cortiços etc.).
107
Entre as várias características que marca os países subdesenvolvidos
podemos assinalar algumas, tais como:
• Dependência externa de empresas transnacionais para a
exploração de seusrecursos naturais; desenvolvimento econômico
com a participação de governos de países desenvolvidos e
utilização de capital externo.
• Mercado interno restrito, devido, em parte, à forte concen-
tração de renda ou ao abastecimento desse mercado pelas
estruturas econômicas tradicionais, como a agricultura de
subsistência, que é aquela praticada para a própria sobrevivência
do agricultor.
108
• População economicamente ativa (PEA) concentrada no setor
primário. Isso caracteriza uma sociedade rural com problemas nos
indicadores sociais, como analfabetismo, mortalidade infantil, etc.;
geralmente altos, devido às dificuldades de fornecimento de serviços
sociais em áreas rurais, que são mais afastadas.
• Produto interno bruto (PIB) alto no setor primário. Isso caracteriza
uma sociedade ainda altamente dependente de produção agrícola
e de sua exportação.
• Esse setor costuma ser mais rentável ao país do que a produção
industrial.
109
Indicadores
Indicadores são formas de medir o nível de desenvolvimento da
economia ou sociedade. Os mais utilizados são:
O PIB, que mede o total das riquezas produzidas pelo país. Na
década de 70, o Brasil ocupou a oitava colocação mundial.
No entanto, este indicador não revela o potencial de riqueza da
população. Para tanto, existe o cálculo da renda per capita, que
consiste em dividir o PIB pelo total de habitantes do país. Este
indicador é eficiente para vermos, comparativamente, quem tem maior
potencial de riqueza para sua população.
110
Há ainda um indicador que revela a real distribuição de riquezas
dentro de um país; não só o poder aquisitivo da população, como
também sua qualidade de vida em geral.
Esse indicador foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU)
com o objetivo de suprir a falta de um retrato mais fiel das
sociedades.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considera a expectativa
de vida, o grau de escolaridade e a renda per capita da população,
fazendo uma média simples desses três indicadores. A escala varia de
0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida.
111
Portanto, o IDH de um país abarca três aspectos: vida longa e
saudável, conhecimento e padrão de vida decente.
O Brasil apresenta um IDH de 0,830, considerado acima da média
mundial. Isto o caracteriza como um legítimo país em vias de
desenvolvimento.
Os índices máximo e mínimo são, respectivamente, o do Canadá com
0,960 e o de Serra Leoa com 0,185..
112
Você sabe qual é o papel desempenhado pelo Brasil na
globalização da economia?
Como esse papel interfere em sua vida?
Esses e outro assuntos serão tratados nessa unidade.
As décadas do Pós-Guerra conheceram um crescimento sem igual da
economia mundial.
Com a liderança Norte Americana, as reconstruções da Europa e do
Japão criaram uma profunda integração mundial dos mercados e um
forte crescimento da produção de mercadorias e serviços.
113
Ao mesmo tempo, ocorria uma mudança no funcionamento da
economia capitalista com a descentralização espacial da indústria
pelo mundo.
Os grandes grupos industriais multinacionais americanos, europeus e
japoneses superavam as fronteiras geográficas e abriam filiais em
países subdesenvolvidos do mundo capitalista.
No entanto, no pós-guerra, um grupo de países subdesenvolvidos
começou a receber altos investimentos externos diretos no setor
industrial.
114
Sendo assim, a característica marcante desses países - exportadores
de produtos primários - começa a se modificar, podemos citar como
países que passaram por esse processo: Brasil, México, Argentina,
Chile e África do Sul.
Outro fator que contribuiu para a entrada das empresas
multinacionais nos países subdesenvolvidos, após a Segunda Guerra
Mundial, foi o crescimento de um mercado interno capaz de absorver
uma oferta crescente d bens de consumo duráveis, como automóveis
e eletrodomésticos.
115
116
A automação e a robotização, que diminuem as necessidades de
mão-de-obra e aumentam a produtividade, e a utilização cad vez
menor de matérias-primas e energia, marcam a nova fase da
indústria que surgiu com a Revolução Científica e Tecnológica.
Nessa fase, a indústria de base tecnológica, como a informática, a
biotecnologia, a robótica e a química fina, funciona como sua “mola
mestra”.
Atualmente, as grandes empresas, através de fusões, incorporações e
da terceirização, aumentam a eficiência dos processos produtivos e
reduzem os seus custos finais.
117
Podemos dizer que as relações comerciais do Brasil com o mercado
mundial explicam as características urbano-industriais de sua
economia atualmente.
Entre as exportações brasileiras de produtos industrializados
destacam-se: a indústria metalúrgica, mecânica, elétrica e a indústria
de transportes.
Nas exportações primárias, produtos naturais, podemos destacar: os
minerais metalúrgicos (ferro e manganês), a bauxita (matéria prima
do alumínio), entre outros minerais, e o café, o cacau, a soja e o
açúcar entre os produtos agrícolas.
118
A palavra globalização vem sendo usada para indicar o processo
de reestruturação da economia contemporânea num sistema de
alcance planetário.
Compreende mudanças significativas no sistema produtivo, a partir
da utilização crescente de métodos e recursos de pro-dução e
comercialização que ultrapassam fronteiras nacionais.
Dessa forma, as empresas passam a utilizar recursos, energia,
infraestrutura, mão-de-obra, etc. de diversas partes do planeta, em
produtos que serão produzidos em diferentes países e
comercializados com escala mundial.
119
Um bom exemplo é o caso da Nike.
Nos Estados Unidos, seus funcionários trabalham em projetos,
marketing (propaganda e divulgação dos produtos), gerenciamento,
etc.
A produção dos calçados é feita por dezenas de milhares de
funcionários, em diversas partes do mundo.
Outro exemplo é a Fiat, uma empresa italiana. Simultanea-mente,
ela lança produtos em várias partes do mundo: Brasil, Argentina,
Colômbia, Venezuela, Índia, Marrocos e China, todos fabricados com
peças importadas de vários países.
120
Evolução da Globalização da Economia
A globalização da economia não começou nos tempos atuais.
Há mais de um século, os países mais desenvolvidos, como Inglaterra,
França, Alemanha e Estados Unidos, fazem investimentos em outros
países, como instalação de portos, ferrovias, extração mineral,
construção de hidrelétricas e de sistema de iluminação pública.
121
Principais Características da Globalização
• Introdução de mudanças significativas no processo produtivo.
• Utilização cada vez maior de instrumentos, matérias-primas e 
componentes vindos de diversas partes do planeta.
• Constituição de alianças estratégicas.
• Disseminação de corporações que localizam suas unidades em
diversas regiões do planeta, estabelecendo uma cadeia própria
de produção ou aproveitando as vantagens oferecidas em cada
lugar.
122
Principal Aspecto Negativo da Globalização
O processo da globalização da economia apoia-se nas estruturas
capitalistas dos países desenvolvidos, comandadas pelo grupo de
países mais ricos: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha,
França, Itália e Japão. São países onde o poder econômico propiciou
o desenvolvimento da técnica, do conhecimento científico, da
melhoria da qualidade de vida.
Então, o aumento do poder das multinacionais e a facilidade em se
investir em diversos mercados, prejudicando o crescimento das
pequenas empresas é o principal aspecto negativo da Globalização;
123
O Aumento do Desemprego
Outro problema intensificado pela globalização é o desemprego,
que aumenta diariamente, como consequência da utilização, cada
vez maior, de máquinas e sistemas computadorizados nas linhas de
produção.
Apesar de serem investimento caro, as máquinas conseguem
produção maior. O quadro é grave, inclusive nos Estados Unidos,
onde, no período de 1979 até hoje, foram extintos milhões de
empregos. Na Europa, a queda na oferta de empregos leva a
maioria dospaíses a se fecharem à imigração.
124
O Aumento do Desemprego
“O desemprego é hoje um fenômeno que atinge e preocupa o
mundo todo.[...] A onda de desemprego recente não é conjuntural, ou
seja, provocada por crises localizadas e temporárias. Mas, está
associada a mudanças estruturais na economia, daí o nome de
desemprego estrutural. O desemprego manifesta-se hoje na maioria
das economias, incluindo a dos países ricos.[...]. (Almanaque Abril)
Um dos maiores problemas da atualidade é o aumento desenfreado
do desemprego, que está afetando todo o mundo pois é um
fenômeno estrutural.
125
Globalização e Blocos Econômicos
Após a Segunda Guerra Mundial, os países sentiram necessidade de
estabelecer blocos econômicos de cooperação e comercialização
entre eles.
Com o término da Guerra Fria, que pôs fim à bipolaridade entre
EUA e URSS, acelerou-se a formação e reestruturação de blocos
econômicos com grandes fluxos comerciais e movimento de capitais.
A OMC – Organização Mundial do Comércio, é o uma organi-
zação criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar o
126
comércio internacional.
A OMC surgiu oficialmente em 1 de janeiro de 1995, com o Acordo
de Marraquexe, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas e
Comércio (GATT), que começara em 1948.
A organização lida com a regulamentação do comércio entre os seus
países-membros; fornece uma estrutura para negociação e
formalização de acordos comerciais e um processo de resolução de
conflitos que visa reforçar a adesão dos participantes aos acordos
da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos
Estados-membros e ratificados pelos parlamentos nacionais.
127
Os Megablocos Econômicos
A década de 90 é marcada pelo fortalecimento de uma nova ordem
mundial, ou seja, uma nova divisão dos países em blocos.
Essa divisão tem como base o poderio econômico das nações
capitalistas desenvolvidas, que juntas formam três grandes blocos: o
Europeu, liderado pela Alemanha; o Americano, liderado pelos
Estados Unidos e o da Bacia do Pacífico, liderado pelo Japão. Esses
blocos estão interligados e suas empresas fazem investimentos em
outros países, pois assim garantem sua presença em todos os blocos.
128
O Bloco Europeu
Desde a década de 1950 a Europa começou a se organizar em
blocos econômicos. Aos poucos esses blocos menores foram se
unificando, dando origem à Comunidade Econômica Europeia (CEE) e
a Associação Europeia de Livre Comércio (AELC).
Mas essa união não parou aí e passou a incluir outros países. Assim,
surgiu a União Europeia, composta por 15 países europeus.
A criação do Euro, moeda única para toda Europa foi a
consolidação deste bloco.
129
O Bloco Americano
Desde janeiro de 1993, vigora um acordo de unificação entre os
mercados dos Estados Unidos, Canadá e o México, chamado de
Tratado de Livre Comércio da América do Norte - NAFTA.
O exemplo da União Europeia, o NAFTA pretende criar uma livre
circulação de mercadorias entre seus membros.
Os Estados Unidos também querem criar a ALCA (Área de Livre
comércio das Américas) até o ano 2005, unindo os mercados de todo
o continente americano.
130
Os Blocos Menores
Outros países procuram se unir, formando blocos econômicos menores
e não tão importantes mundialmente, pois as principais potências
(EUA, Europa e Japão) estão nos três grandes blocos. Esses blocos
menores acabaram sofrendo influência dos blocos principais.
• CEI - Comunidade dos Estados Independentes: formada por doze
das quinze repúblicas que integravam a URSS.
• COMESA - Mercado Comum dos Países do Leste e do Sul da
África, formado pelas seguintes nações; Angola, Burundi,
131
Camarões, Etiópia, Quênia, Lesoto, Namíbia, Ruanda,
Moçambique, Somália, Uganda, Zimbábue, etc.
• PACTO DE VISIGRÁD - Formado pela Hungria, República Tcheca,
Polônia e Eslováquia.
• MERCOSUL - O Mercado Comum do Sul foi criado pelo Tratado
de Assunção, assinado pelos Presidentes do Paraguai, Argentina,
Brasil e Uruguai. O Mercosul começou a funcionar em 1º de
Janeiro de 1995.
132
O MERCOSUL conta com uma população em torno de 200 milhões
de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto), na faixa de 800
bilhões de dólares, sendo que Brasil e Argentina, juntos, possuem
90% desse PIB.
O Mercosul inclui:
• Estados Membros – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai,
Venezuela;
• Estados Associados – Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador; e
• Estado Observador – México.
133
• PACTO ANDINO - Formado pela Colômbia, Venezuela, Equador,
Bolívia e Peru. Observe no mapa a localização geográfica do
MERCOSUL e do Pacto Andino.
134
A população mundial apresentou, nas últimas décadas, um
crescimento muito acelerado.
Passou de 2 bilhões de habitantes, em 1930, para 4 bilhões, em
1975, ou seja, dobrou em apenas 45 anos.
Entre as causas que explicam este crescimento, a mais importante é o
crescimento vegetativo, que corresponde à diferença entre o número
de nascimentos (natalidade) e o número de mortes (mortalidade).
A população mundial vem apresentando altas taxas de cresci-mento
vegetativo, ou seja, maior número de nascimentos que de mortes.
135
O gráfico mostra que 1802 a população mundial atingiu 1 bilhão de
habitantes. Demorou 125 anos para que saltasse para 2 bilhões de
habitantes. Após 34 anos, em 1961 atingiu 3 bilhões. Em 1974, 13
anos depois, a população chegou a 4 bilhões de pessoas.
Hoje em dia passamos da casa dos 7 bilhões de habitantes e a
previsão para 2.020 é que a população mundial atinja a casa dos 8
bilhões
Boa Atividade!
Boa Sorte!
Fim módulo Geografia 1
Mauro Monteiro
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