Buscar

Trabalho 2 - TJS - ética

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
ESTUDO SOBRE ÉTICA EM “O PREÇO DA VERDADE - DARK WATERS”
BAGÉ
2023
1. INTRODUÇÃO
“O preço da verdade - Dark Waters” é um filme baseado em fatos reais de um
escândalo ambiental. O fato desencadeou uma série de litígios que colocaram a
multinacional no ramo químico, DuPont, contra a parede. O caso também foi narrado
no "The New York Times" por Nathaniel Rich e o artigo era nomeado como "O
advogado que se tornou o maior pesadelo da DuPont".
1.1 Sinopse
Em “O Preço da Verdade - Dark Waters”, Robert Bilott (Mark Ruffalo) é um
advogado de defesa corporativo que ganhou prestígio trabalhando em casos de
grandes empresas de químicos. Quando um fazendeiro chama sua atenção para
mortes de gado que podem estar ligadas ao lixo tóxico de uma grande corporação,
ele embarca em uma luta pela verdade, em um processo judicial que dura anos e
põe em risco sua carreira, sua família e seu futuro.
1.2 Teflon
Inicialmente criado como isolante dos tanques militares, o Teflon veio parar ao
uso doméstico nos anos 60, apesar dos testes laboratoriais das empresas químicas
começarem a demonstrar que o PFOA-C8 causava tumores testiculares,
pancreáticos e hepáticos em ratos de laboratório. Em consequência dos riscos para
os seres humanos, a 3M desistiu da sua produção no ano 2000 quando finalmente a
Agência de Proteção do Ambiente norte-americano (EPA) exigiu às empresas uma
avaliação mais rigorosa dos efeitos do químico. Mas, ao contrário da 3M, a DuPont
passou a assegurar vendas estimadas em mais de mil milhões de dólares por ano
com este produto, apesar de na sua linha de produção de Teflon vários funcionários
terem problemas de saúde graves, incluindo grávidas.
DuPont passou a comprar PFOA (ácido perfluorooctanoico) e usar em grande
quantidade. É preciso lembrar que o Teflon em si é PTFE (politetrafluoretileno). O
PFOA tinha a função de dar estabilidade ao processo de formação do Teflon. Em
1961, os cientistas da empresa descobriram que o PFOA poderia aumentar o
tamanho do fígado de animais como ratos e coelhos, em quem faziam os testes. Em
1962, a empresa deu a alguns funcionários cigarros contendo a substância para
avaliar sua toxicidade. Apesar de várias descobertas ruins sobre a substância, nada
foi feito. A 3M, que vendia a substância para a DuPont, chegou a alertá-la sobre o
potencial cancerígeno e mutagênico que a substância tinha. Com isso, a DuPont
tirou mulheres da linha de produção sem nenhuma explicação. No entanto, mesmo
assim, as crianças geradas por elas, sofreram mutações devido à contaminação.
Todas as investigações eram sigilosas e só foram divulgadas depois do processo
movido pelo fazendeiro, quase 40 anos de estrago até a descoberta.
Nos anos 80, a empresa construiu um aterro sanitário para armazenar os
resíduos tóxicos do PFOA. Porém, acabou vazando para o lençol freático local,
contaminando o rio onde o gado da fazenda de Wilbur bebia água e também toda a
água da cidade, que os moradores utilizavam. As indenizações totalizaram quase
US$700 milhões e a empresa só conseguiu encerrar o uso de PFOA em 2015.
Atualmente a empresa fabrica o Teflon com outra substância, denominada por eles
de Genx, desenvolvida pela Chemours.
Um estudo publicado em 2007 por cientistas do governo americano constatou
que 98% das pessoas tinham subprodutos do Teflon na corrente sanguínea, que
também já foram detectados até em tartarugas marinhas. Porém, o nível médio
dessa substância no sangue das pessoas é de 5 ppb, que é teoricamente inofensivo,
ainda mais se comparado com os 128 ppb encontrados em habitantes de
Parkersburg, ou os 8 mil ppb em funcionários contaminados.
2. RELAÇÃO COM A ÉTICA
2.1 Primeiro ponto
O Bilott era um advogado que trabalhava para um escritório americano
especializado na defesa de grandes indústrias químicas. No momento em que ele
aceita o caso do fazendeiro, ele está indo contra a ética da empresa, porém sendo
“moral” no momento que ele faz a ação “pro bono”, que nos EUA é advogar de
graça.
2.2 Segundo ponto
Em uma tentativa da DuPont de cansar o Bilott, eles entregam para ele anos de
documentos, na intenção que ele não encontre nada. Porém, após muitas buscas
ele encontra documentos que provam que o resíduo é tóxico. Mas por ética ele não
poderia entregar. Com isso, ele elaborou uma maneira de divulgar tudo, encontrando
documentos que não eram proibidos. Assim, ele provaria tudo que tinha de errado,
gerando uma discussão entre os sócios da empresa.
Alguns concordavam que ele deveria entregar à imprensa e aos órgãos
fiscalizadores do meio ambiente e outros eram contra, porque iria contra a ética da
empresa em que trabalhavam. Por fim, ele entrega tudo, agindo, de acordo com
alguns sócios, sem ética.
2.3 Terceiro ponto
A investigação da empresa revelou que a produção da substância (PFOA) era
perigosa para a saúde humana e para o meio ambiente. A DuPont não agiu
mediante as informações. No momento em que o fazendeiro começou a suspeitar
que a causa da morte das vacas poderia ter relação com o riacho e que a água
poderia estar contaminada, ele procurou ajuda de políticos, jornalistas, veterinários e
advogados locais. Porém, ninguém dava a devida importância para o caso. Quando
Robert Bilott aceitou o caso do fazendeiro e entrou com uma ação judicial, DuPont,
em primeiro lugar, realizou um estudo sobre a fazenda de Wilbur. Por fim, elaborou
um relatório onde alegava que o gado tinha morrido devido à inanição, por desleixo
de Wilbur, onde continha até mesmo a assinatura da Environmental Protection
Agency (EPA).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA, A. A verdade sobre o Teflon - PFCA-C8 - O mundo se submeteu a
DuPont. Disponível em:
<https://pt.linkedin.com/pulse/verdade-sobre-o-teflon-pfca-c8-mundo-se-submeteu-d
upont-garcia>. Acesso em: 03 de out. de 2023.
ADORO CINEMA. Dark Waters - O preço da verdade. Disponível em:
<https://www.adorocinema.com/filmes/filme-269509/>. Acesso em 03 de out. de
2023.
CAMPOS, C. “Dark Waters” - o preço da verdade: uma análise do caso DuPont
à luz do Direito Brasileiro. Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/artigos/dark-waters-o-preco-da-verdade-uma-analise-d
o-caso-dupont-a-luz-do-direito-brasileiro/1831772837>. Acesso em 04 de out. de
2023.
SUPER INTERESSANTE. A verdade sobre o Teflon. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/especiais/a-verdade-sobre-o-teflon>. Acesso em: 04 de
out. de 2023.

Continue navegando