Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HIDRÁULICA- CCE 0217/CCE1560 Aula 3 Prof.ª Mischelle Santos mischelle.santos@estacio.br Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Introdução à Hidrodinâmica e seus principais fundamentos e aplicações; • Apresentação dos principais tipos de escoamento existentes e suas características. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica ◼ Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a relação entre o volume e o tempo. ◼ Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um volume escoa. ◼ As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s. 𝑄 = 𝑉 𝑡 SI= m³/s Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica ◼ Uma outra forma matemática de se determinar a vazão volumétrica é através do produto entre a área da seção transversal do conduto e a velocidade do escoamento neste conduto como pode ser observado na figura a seguir: Substituindo essa equação na equação de vazão volumétrica, pode-se escrever que: A partir dos conceitos básicos de cinemática aplicados em Física, sabe-se que a relação d/t é a velocidade do escoamento, portanto, pode-se escrever a vazão volumétrica da seguinte forma: Qv representa a vazão volumétrica, v é a velocidade do escoamento e A é a área da seção transversal da tubulação V = d A Q v = d A t Qv = v A Pela análise da figura, é possível observar que o volume do cilindro tracejado é dado por: Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Relações Importantes ◼ 1m³=1000litros ◼ 1h=3600s ◼ 1min=60s ◼ Área da seção transversal circular: d 2 A = 4 = 3,14 Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica De modo análogo à definição da vazão volumétrica é possível se definir as vazões em massa e em peso de um fluido, essas vazões possuem importância fundamental quando se deseja realizar medições em função da massa e do peso de uma substância. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica A vazão em massa é caracterizada pela massa do fluido que escoa em um determinado intervalo de tempo, dessa forma tem-se que: 𝑄𝑚 = 𝑚 𝑡 Sabendo que m é massa, temos: 𝑚 = 𝜌 𝑉 Logo, 𝑄𝑚 = 𝜌𝑉 𝑡 𝑄𝑚 = 𝜌 𝑄𝑣 SI= kg/s Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica A vazão em peso se caracteriza pelo peso do fluido que escoa em um determinado intervalo de tempo, assim, tem- se que: 𝑄𝑊 = 𝑊 𝑡 Sabendo que W é a força peso, temos: 𝑊 = 𝑚𝑔 Logo, 𝑄𝑊 = 𝛾𝑉 𝑡 𝑄𝑊 = 𝛾𝑄𝑣 SI= N/s 𝑚 = 𝜌 𝑉 𝛾 = 𝜌𝑔 Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Calcular o tempo que levará para encher um tambor de 214 litros, sabendo-se que a velocidade de escoamento do líquido é de 0,3m/s e o diâmetro do tubo conectado ao tambor é igual a 30mm. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Qv = v d 2 4 0,032Qv = 0,3 Qv = 0,00021m³/s Qv Qv = V t t = V Qv Cálculo da vazão volumétrica: Qv = v A Cálculo do tempo: = 0,21 l/s t = 214 0,21 t = 1014,22 s t = 16,9 min 4 Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Calcular o diâmetro de uma tubulação, sabendo- se que pela mesma, escoa água a uma velocidade de 6m/s. A tubulação está conectada a um tanque com volume de 12000 litros e leva 1 hora, 5 minutos e 49 segundos para enchê-lo totalmente. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica t Qv = V Qv = 0,00303m³/s 4 Qv = v d 2 4 Qv = v d² Cálculo do tempo em segundos: Cálculo do diâmetro: Qv = v A1h=3600s 5min=300s t=3600+300+49 t = 3949 s Cálculo da vazão volumétrica: d = 25,4 mm 𝑄𝑣 = 12 3949 𝑑2 = 4 𝑄𝑣 𝑣 𝜋 𝑑 = 4 𝑄𝑣 𝑣 𝜋 = 4 . 0,00303 𝜋. 6 Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Classificação Geométrica; • Classificação quanto à variação no tempo; • Classificação quanto à trajetória (direção e variação). Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Escoamento Tridimensional: As grandezas que regem o escoamento variam nas três dimensões. •Escoamento Bidimensional: As grandezas do escoamento variam em duas dimensões ou são tridimensionais com alguma simetria. •Escoamento Unidimensional: São aqueles que se verificam em função das linhas de corrente (uma dimensão). Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Permanente: As propriedades médias estatísticas das partículas fluidas, contidas em um volume de controle permanecem constantes. • Não Permanente Quando as propriedades do fluido mudam no decorrer do escoamento. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Uniforme: Todos os pontos de uma mesma trajetória possuem a mesma velocidade. • Variado: Os pontos de uma mesma trajetória não possuem a mesma velocidade. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica • Escoamento Laminar: As partículas descrevem trajetórias paralelas. • Escoamento turbulento: As trajetórias são errantes e cuja previsão é impossível; • De Transição: Representa a passagem do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica ◼ O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Em Tubos ◼ Re < 2100 – Escoamento Laminar. ◼ 2100 ≤ Re ≤ 2400 – Escoamento de Transição. ◼ Re > 2400 – Escoamento Turbulento. ◼ = massa específica do fluido ◼ = viscosidade dinâmica do fluido ◼ v = velocidade do escoamento ◼ D = diâmetro da tubulação Re = v D Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica ◼ Ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica no meio. No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluídos que apresentem grande viscosidade. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica ◼ Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja a viscosidade e relativamente baixa. Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica https://youtu.be/K67usCfh84Y https://youtu.be/K67usCfh84Y Aula 1 – Introdução a Resistência dos Materiais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento sabendo-se que em uma tubulaçãocom diâmetro de 4cm escoa água com uma velocidade de 0,05m/s. Dado: = 1000 kg/m³ = 1,0030 × 10−3 Ns/m² Aula 1 – Introdução a Resistência dosMateriais I RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IHidráulica Escoamento Laminar 𝑅𝑒 = 𝐷 𝑣 𝜌 𝜇 𝑅𝑒 = 1000. 0,05. 0,04 1,003 10−3 𝑅𝑒 = 1994 Hidráulica • Apresentação da Equação da continuidade e suas principais aplicações; Hidráulica •É uma região arbitrária e imaginária, no espaço, através do qual o fluido escoa. Hidráulica • É a equação que mostra a conservação da massa de líquido no conduto, ao longo de todo o escoamento; • Pela condição de escoamento em regime permanente, podemos afirmar que entre as seções (1) e (2), não ocorre nem acúmulo, nem falta de massa: m1 = m2 = m = cte Hidráulica ρ = Δm/V Δm=ρ.V V = A.Δl Q= Δm/Δt = ρ.V/ Δt = ρ. A.Δl /Δt = ρ.A.v Hidráulica ● Dadas duas seções do escoamento: Hidráulica ρAv = constante Se ρ é constante (não há variação de massa): A 1 v 1 = A 2 v 2 Hidráulica A equação da continuidade estabelece que: •o volume total de um fluido incompressível (fluido que mantém constante a densidade apesar das variações na pressão e na temperatura) que entra em um tubo será igual aquele que está saindo do tubo; •a vazão medida num ponto ao longo do tubo será igual a vazão num outro ponto ao longo do tubo, apesar da área da seção transversal do tubo em cada ponto ser diferente. Q = A 1 v 1 = A 2 v 2 = constante Hidráulica Isto equivale a dizer que: •No escoamento de fluidos incompressíveis em regime permanente, a vazão em volume, ou simplesmente a vazão, que passa através de qualquer seção do tubo de corrente é constante. •De forma genérica: Q = A 1 v 1 = A 2 v 2 = constante Q=AU, onde: U=velocidade média 10 Hidráulica Para a tubulação mostrada na figura, determine a velocidade na seção (2) sabendo-se que A1 = 10cm² e A2 =5cm². Dado: v1= 1m/s. (1) (2) v1 v2 Hidráulica 52 = 10 v Aplicação da Equação da Continuidade entre os pontos (1) e (2). v1 A1 = v2 A2 110 = v2 5 v2 = 2m/s
Compartilhar