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BNB
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
Conhecimentos Bancários
Operações de Crédito Bancário – Parte I
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN 
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 
1998.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Operações de Crédito Bancário – Parte I
Prof. Manuel Piñon
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SUMÁRIO
1- Introdução ao mercado financeiro .............................................................6
1.1 - Mercado Monetário ..............................................................................7
1.2 - Mercado de Câmbio .............................................................................8
1.3 - Mercado de Capitais ............................................................................9
1.4 Mercado de Crédito .............................................................................14
2 – Cadastro de pessoas físicas e jurídicas ...................................................16
2.1 – Informações cadastrais gerais ............................................................16
2.2 – Informações específicas para as pessoas jurídicas .................................20
2.2.1 – Tipos e constituição de pessoas .......................................................21
2.2.2 – Composição Societária/Acionária de uma PJ ......................................24
2.2.3 – Forma de tributação .......................................................................25
2.2.4 – Mandatos e Procurações .................................................................30
2.3 - Lavagem de dinheiro e informações de clientes .....................................31
2.4 - Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional – CCS ....................32
2.5 - Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos - CCF ...........................33
2.6 - Cadastro de Informações de Créditos não quitados do setor público 
federal – Cadin .........................................................................................33
2.7 – Sistema de Informações de Crédito do Bacen - SCR ..............................34
2.8 – Cadastro Positivo ..............................................................................37
3- Fundamentos do crédito ........................................................................38
3.1 - Conceito de Crédito ...........................................................................38
3.2 - Elementos do Crédito: confiança e prazo ..............................................39
3.3 - Requisitos do Crédito .........................................................................39
4- Riscos da atividade bancária ..................................................................40
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Operações de Crédito Bancário – Parte I
Prof. Manuel Piñon
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4.1 – Risco de crédito ...............................................................................42
4.2 - Risco de mercado .............................................................................42
4.3 –Risco operacional ..............................................................................42
4.4 –Risco sistêmico .................................................................................43
4.5 – Risco de liquidez ..............................................................................43
5- Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito ...................................43
5.1 – Clientes ..........................................................................................44
5.1.1 - Caráter .........................................................................................44
5.1.2 - Capacidade de Pagamento ..............................................................45
5.1.3 - Capital ..........................................................................................45
5.1.4 - Condições .....................................................................................45
5.1.5 - Colateral .......................................................................................46
5.2 – Operação ........................................................................................46
5.3 – Crédit scoring ..................................................................................47
6- Tipos de operações de crédito bancário ....................................................50
6.1 – Empréstimos ...................................................................................53
6.2 – Financiamentos ................................................................................54
6.3 –Descontos ........................................................................................54
6.4 –Adiantamentos ..................................................................................55
Resumo ...................................................................................................56
Questões de Concurso ...............................................................................60
Gabarito ..................................................................................................72
Gabarito Comentado .................................................................................73
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Operações de Crédito Bancário – Parte I
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AULA 02
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é iniciarmos o estudo dos tópicos do nosso 
edital relacionados às operações de crédito bancários.
Como diria David Brinkley:
“Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos 
que jogaram nele”.
Tenha um excelente aproveitamento nesta aula!
Prof. Manuel Piñon
E-mail: manuelpinon@hotmail.com
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Operações de Crédito Bancário – Parte I
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1- Introdução ao mercado financeiro
É no mercado financeiro que acontece o encontro das pessoas ou empresas que 
têm dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro e, para que esse 
encontro aconteça, cabe às instituições financeiras fazer o papel de intermediário.
Em outras palavras, o mercado financeiro serve para canalizar recursos financei-
ros de quem tem para quem não tem, cobrando por esse papel uma remuneração.
Assim, basicamente, os juros são devidos/pagos por aqueles que tomam di-
nheiro emprestado de um lado, e recebidos por aqueles, de outro lado, aplicam 
suas sobras de recursos nos bancos.
Tenha em mente que o setor financeiro daeconomia é constituído por 4 seg-
mentos de mercado definidos de acordo com os tipos de operações que realizam.
Nessa toada, esses 4 segmentos do setor financeiro correspondem a 4 mer-
cados conceitualmente distintos:
1 - mercado monetário;
2 - mercado de câmbio;
3 - mercado de capitais;
4 - mercado de crédito.
Vamos conhecer um pouquinho mais sobre cada um deles, dando maior atenção 
hoje ao mercado de crédito.O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para RAUANNE TALITA GOVEIA COSTA - 02537764307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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1.1 - Mercado Monetário
O mercado de moeda ou mercado monetário tem como função precípua esta-
belecer o nível de liquidez geral da economia, que é determinado de acordo com 
o suprimento de moeda, em seu conceito estrito e convencional constituída pelo 
papel-moeda e pela moeda escritural, esta última correspondendo aos depósitos à 
vista no sistema bancário.
Aqui, o Bacen, como nossa autoridade monetária, é o gestor do nível dos es-
toques monetários, operando nesse mercado junto a uma rede de intermediários 
financeiros, por meio dos quais aumenta ou retira recursos.
Nesse mercado, temos elevada volatilidade e grandes volumes negociados, com 
operações que são de curtíssimo prazo, lastreadas, normalmente, por títulos repas-
sados pelo Bacen.
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No mercado monetário, temos como principais agentes, além do Bacen, as 
instituições captadoras de depósitos à vista (bancos comerciais e bancos múltiplos 
com carteira comercial), mas também as demais instituições financeiras autori-
zadas a emitir/adquirir depósitos interfinanceiros também participam do mercado 
monetário.
1.2 - Mercado de Câmbio
No mercado de câmbio são viabilizas aquelas transações que envolvem moedas 
estrangeiras, podendo o prazo ser à vista ou de curto prazo, tendo como finalidade 
a transformação de valores de moeda estrangeira em moeda nacional ou a moeda 
nacional em estrangeira.
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Interessante registrar que a intermediação no mercado cambial é feita por meio 
do sistema bancário e auxiliar, mas guarde que, no Brasil, as operações de câmbio 
não podem ser praticadas livremente, devendo ser operacionalizadas via estabele-
cimento bancário autorizado a operar em câmbio.
Em outras palavras, é aquele mercado que envolve a negociação de moedas 
estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas.
1.3 - Mercado de Capitais
É no chamado mercado de capitais que ocorre a distribuição de valores mobiliá-
rios, com o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas, 
visando, em última análise, viabilizar sua capitalização.
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O mercado de capitais é composto pelas bolsas de valores, sociedades correto-
ras e, também, por outras instituições financeiras autorizadas, sendo seus agen-
tes e operações reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, conhecida 
como ”xerife do mercado de capitais”.
Guarde ainda que no mercado de capitais são negociados os títulos emitidos pe-
las empresas sociedades anônimas com os chamados investidores, ou seja, aque-
les adquirentes dos títulos, que, por natureza, possuem determinado grau de risco, 
como as ações, as debêntures e “commercial papers”. 
Destaca-se como característica desse mercado, operações de prazo médio, lon-
go ou indeterminado, que visam suprir os recursos usados para atender às neces-
sidades das empresas em termos de capital fixo e de giro.
Guarde que o mercado acionário (de ações) é apenas um dos componentes do 
mercado de capitais, no qual se realizam as operações de compra e venda de ações.
Vamos conhecer alguns termos muito usados no mercado de capitais:
Ação – título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capi-
tal social de uma sociedade anônima.
Ações Ordinárias – o seu proprietário tem direito a voto no Conselho de Ad-
ministração.
Ações Preferenciais – o seu proprietário tem direito de preferência sobre os 
dividendos e os juros distribuídos aos acionistas, mas não tem direito a voto.
1. (CESPE/CBM-DF/OFICIAL/2011) Acerca do mercado de capitais, julgue o item 
seguinte.
As ações representam uma fração do capital social de uma sociedade anônima, 
conferindo todas elas a seus acionistas direito a voto nas decisões da empresa.
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Errado.
Guarde que as ações preferenciais não têm direito a voto.
Ação Cheia – é aquela ação que, por ainda não ter recebido direitos como divi-
dendos, bonificações ou subscrições concedidos pela empresa emissora fica “cheia”, 
ou seja, é composta pelo valor da ação em si mais a soma de tais benesses.
Ação Fungível – é aquela ação que está custodiada em uma instituição finan-
ceira, ficando com a obrigação de devolver ao depositante a quantidade de ações 
recebidas com as modificações resultantes de alterações no capital social ou no 
número das ações da companhia emissora.
Ação listada em Bolsa – são relativas às frações de capital daquelas empresas 
que são negociadas em Bolsas de valores.
Acionista – é o dono ou proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade 
anônima.
Acionista majoritário – é aquela pessoa física ou jurídica que controla uma 
empresa acionariamente falando em função da quantidade de ações com direito a 
voto que detém.
 Acionista minoritário - é aquela pessoa física ou jurídica proprietária de 
ações com direito a voto, mas que não detém o controle da sociedade.
Dividendos – parcela dos lucros de uma Companhia distribuída aos seus acio-
nistas.
Juros Sobre o Capital Próprio - instrumento legal que permite à empresa re-
munerar o capital do acionista até o valor da TJLP, com incidência 15% a título de 
IR – Imposto de Renda no ato do pagamento.
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2. (CESPE/TELEBRÁS/ANALISTA/2015) Os títulos de renda fixa, públicos ou pri-
vados, são aqueles cuja remuneração é definida no momento da contratação, isto 
é, cujo rendimentoé conhecido previamente (juro prefixado) ou varia de acordo 
com indexadores predeterminados. Os títulos de renda variável, por sua vez, são 
aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser dimensionado no 
momento da aplicação.
A respeito dos títulos públicos e privados de renda fixa e dos títulos de renda vari-
ável, julgue o item a seguir.
Os investidores de ações, que são títulos de renda variável, podem se beneficiar do 
pagamento de juros sobre o capital próprio, que se diferenciam dos dividendos por 
não terem como base o resultado apurado no próprio exercício, mas em resultados 
retidos de períodos anteriores.
Certo.
Os dividendos e os Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP) são formas de remunera-
ção dos acionistas, sendo a distribuição dos dividendos isenta de Imposto de Renda 
e os JSCP tributados no ato do pagamento.
No que diz respeito aos JSCP, seu efetivo pagamento ou crédito dos juros fica con-
dicionado à existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de 
lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor 
de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados, exigência essa não existente 
para os dividendos.
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Subscrição – é o nome dado ao direito que um acionista tem de adquirir ações 
em virtude de um aumento de capital, mas com preços e prazo determinados.
Bonificação – distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, decorrente 
de aumento do capital via incorporação de reservas.
Debêntures – título que funciona como um empréstimo para determinada empre-
sa que não seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. 
Assim, o investidor se torna um credor da empresa em questão e recebe juros fi-
xos ou variáveis ao final do período pactuado, podendo ser conversível ou não em 
ações.
3. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/PERITO/2018) Tendo em vista que estudos do Banco 
Central do Brasil, com base em dados da Associação Brasileira das Entidades dos 
Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), revelaram que, em 2017, as 277 
empresas brasileiras que obtiveram recursos no mercado de capitais tiveram cus-
tos menores que aquelas que se financiaram por meio dos canais tradicionais de 
crédito bancário, julgue o item, relativo aos instrumentos de captação de recursos 
disponíveis no mercado de crédito e no mercado de capitais para as empresas bra-
sileiras.
Uma companhia de capital aberto pode captar recursos por meio de debêntures — 
títulos de longo prazo, conversíveis ou não em ações, que podem oferecer aos seus 
investidores as seguintes remunerações: juros, participação nos lucros e prêmios 
de reembolso.
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Certo.
A debênture é um título de longo prazo que representa a dívida de uma companhia, 
podendo ou não ser conversível em ações e podendo ainda oferecer ao investidor 
juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso.
Guarde ainda que as empresas sociedades anônimas são classificadas em:
As companhias abertas – são empresas cujas ações e demais papéis são 
negociados em bolsas de valores ou no mercado de balcão, de modo que possam 
captar recursos financeiros junto ao público investidor.
As companhias fechadas - possuem maior grau de liberdade para estabele-
cerem suas regras de funcionamento que as companhias abertas.
1.4 Mercado de Crédito
Nesse mercado, acontecem as transações entre os agentes econômicos, ou seja, 
as instituições financeiras e as pessoas físicas e jurídicas, transações essas que 
envolvem o risco de crédito.
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Em decorrência da elevação do volume e complexidade das transações comer-
ciais e financeiras temos a formação e a caracterização do mercado de crédito, 
composto por aqueles agentes econômicos que realizam transações baseadas 
na confiança.
Atualmente, podemos dizer que o mercado de crédito é bastante organizado, 
já que os agentes econômicos envolvidos pertencem a estruturas definidas e re-
gulamentadas, tendo como resultado a oferta e a demanda de recursos em fluxos 
econômico-financeiros regulares.
Em essência, a atividade de intermediação financeira a atividade típica precípua 
a ser exercida por uma instituição que atue no mercado de crédito.
Assim, fazer o “meio campo” entre poupadores e tomadores, em operações em 
que exista assunção do risco de crédito, é a razão da existência do intermediário 
no mercado de crédito, tendo como característica fundamental a presença de insti-
tuições que concedem empréstimos e financiamentos.
Por ora, tenha em mente que, basicamente, o chamado risco de crédito ou 
risco “de tomar um calote” é o risco de inadimplência inerente às opera-
ções de empréstimos e financiamentos concedidos pelas instituições cre-
doras aos agentes tomadores.
No mercado de crédito, temos operações de curto, médio e longo prazos, ajus-
tando as necessidades seja para um financiamento do consumo das pessoas físicas, 
do capital fixo ou de capital de giro das empresas.
Essa atividade contempla aqueles que concedem o crédito (instituições finan-
ceiras) e, também, os tomadores finais (pessoas físicas e jurídicas), de acordo com 
normas preestabelecidas, tais como valor da operação, destino do uso, custo do 
crédito, prazo, prazo, garantias oferecidas e forma de liquidação.
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Por ora guarde que o volume de operações de empréstimos e financiamentos 
por parte das instituições financeiras depende do valor do seu patrimônio líquido e 
das condições estabelecidas em uma norma mundial denominada Acordo da Basi-
leia.
No mercado de crédito, sinteticamente falando, temos as seguintes 
operações:
Empréstimos – operações realizadas entre agentes econômicos, em que os 
recursos não têm destinação específica com a presença do risco de crédito.
Financiamentos – operações cujos recursos têm destinação específica com a 
presença do risco de crédito.
 Prestação de Serviços – produtos ofertados por instituições financeiras a 
seus clientes com o objetivo de facilitar o recebimento, o pagamento e a movimen-
tação de recursos dentro do mercado financeiro, mas sem risco de crédito.
 
2 – Cadastro de pessoas físicas e jurídicas
2.1 – Informações cadastrais gerais
A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado 
entre as partes: instituição financeira e cliente, devendo o cliente apresentar infor-
mações como preenchimento de ficha-proposta de abertura de conta, devidamente 
acompanhada dos respectivos documentos cadastrais.
A Resolução n. 2.025/1993do Bacen dispõe que para abertura de conta de depósi-
tos é obrigatória a completa identificação do depositante, mediante preenchimento 
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de ficha proposta contendo, no mínimo, as seguintes informações, que deverão ser 
mantidas atualizadas pela instituição financeira:
1 – qualificação do depositante:
a) Pessoa Física: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nasci-
mento, sexo, estado civil, nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de 
identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de ins-
crição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF;
b) Pessoa Jurídica: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, 
documentos, contendo as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem 
e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, 
número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos consti-
tutivos, devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente
2 – endereço residencial e comercial completos;
3 – número do telefone e código DDD;
4 – fontes de referência consultadas;
5 – data da abertura da conta e respectivo número;
6 – assinatura do depositante.
Guarde que deve será considerado como domicílio das pessoas jurídicas o lugar 
onde funciona a Diretoria ou a sua Administração, ou ainda onde elegerem como 
domicílio especial em seu estatuto ou atos constitutivos, e não, necessariamente, 
o local onde são realizadas as principais transações comerciais e a prestação de 
serviço com atendimento ao público.
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Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de sua 
qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o re-
presentar.
Registre-se que uma pessoa analfabeta pode ser titular de conta bancária, mas 
desde que apresente um procurador, nomeado por meio de procuração por instru-
mento público, com poderes específicos para abrir e movimentar a conta em nome 
do proprietário analfabeto.
Guarde também que quanto ao menor impúbere (menor de 16 anos), para possi-
bilitar a abertura de conta, deve ser representado pelo seu responsável legal. Já o 
menor púbere – menor de 18 e maior que 16 anos – deverá ser assistido pelo seu 
responsável legal.
Saiba, também que, nos casos de abertura de conta para pessoas com deficiência 
visual, a instituição financeira deve providenciar a leitura de todo o contrato, em 
voz alta. Já no caso dos deficientes auditivos, o banco terá de requerer a eles para 
que leiam o inteiro teor do contrato antes de sua assinatura.
As instituições financeiras podem, desde abril de 2016, realizar a abertura 
e o encerramento de contas de depósitos à vista ou de poupança por meio 
eletrônico. Importante registar que o procedimento facultativo é aplicável 
para contas de pessoas físicas e de Microempreendedores Individuais – 
MEIs, não se tratando de um novo tipo de conta, já que apenas permite sua aber-
tura sem a necessidade de o cliente ir a uma agência, com as demais regras para 
abertura e encerramento permanecendo as mesmas.
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No que diz respeito às chamadas “condições estipuladas para fornecimento de 
talonário de cheques”, guarde que a ficha-proposta relativa à conta de depósitos à 
vista deverá conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes assuntos:
1 – saldo exigido para manutenção da conta.
2 – condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques.
3 – obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositan-
te, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais mantidos pelo banco.
4 – inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques 
sem Fundos – CCF, nos termos da regulamentação em vigor, no caso de emissão 
de cheques sem fundos, com a devolução dos cheques em poder do depositante à 
instituição financeira.
5 – informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão 
ser destruídos; 
6 – procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta 
de depósitos.
Registre-se ainda que a cobrança de tarifas por parte do banco relativo a um 
serviço prestado deve estar presente no contrato firmado entre a instituição e o 
depositante no momento da abertura de conta, ou ter sido o respectivo serviço 
previamente autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo usuário.
Guarde também que uma conta pode ser encerrada a qualquer momento, mas 
desde que respeite algumas condições.
Se a conta for encerrada pelo banco, ele deverá comunicar o cliente por escrito, e, 
em casos de fraudes e irregularidades, devendo comunicar imediatamente ao Bacen.
Por outro lado, se o cliente for o requerente pelo fim da conta, deve entregar ao 
banco documento solicitando o encerramento da conta, além de devolver todos os 
cheques que ainda possua.
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2.2 – Informações específicas para as pessoas jurídicas
Importante ter em mente que a diferença entre uma pessoa física e uma 
pessoa jurídica é que, enquanto a primeira se refere a um indivíduo concreto, 
a segunda representa um sujeito abstrato, como as empresas, as associações, 
as administrações públicas, dentre outros.
Uma Pessoa jurídica pode ser definida como sendo uma entidade formada 
por indivíduos que é reconhecida pelo Estado como detentora de direitos e de-
veres.
Podemos dizer que uma Pessoa jurídica é um termo genérico que pode se re-
ferir a uma empresa, um governo ou àquelas organizações sem fins lucrativos.
Importante destacar que mesmo que seja formada por uma ou mais pessoas 
físicas, que são as responsáveis pela entidade criada, a pessoa jurídica pos-
sui uma personalidade jurídica independente e diferenciada em relação 
a cada um de seus membros, sendo representada enquanto entidade própria 
perante a Justiça e o Estado, aos quais responde por seus atos.
Em suma, a princípio, a pessoa jurídica e as pessoas físicas que a compõem não 
se confundem.
Entretanto, em algumas situações, mesmo com tal diferenciação clara entre a 
entidade e seus responsáveis, para a Justiça, membros de uma pessoa jurídica 
podem vir a ser individualmente responsabilizados por atos da entidade.
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2.2.1 – Tipos e constituição de pessoas
De acordo com o nosso Código Civil temos mais de uma classificação de pessoa 
jurídica, diferenciando-se quanto à forma como foram constituídas e quanto às leis 
pelas quais respondem.
(a)
a. Nessa toada, temos a pessoa jurídica de direito público interno, normal-
mente criada por lei, sendo usadas para representar juridicamente a União, os Es-
tados, o DF e os Municípios, além das autarquias e de todos os outros órgãos que 
foram a administração pública.
b. Por seu turno, uma pessoa jurídica de direito público externo é o tipo usado 
por estados estrangeiros e organismos internacionais como, por exemplo, o 
Fundo Monetário Internacional (FMI).
c. Não sendo de direito público, temos a pessoa jurídica de direito privado, que 
é constituída por iniciativa de seus membros.
d. Observe que, diferentemente da pessoa física, que adquire esse estatuto a 
partir do seu nascimento e da pessoa jurídica de direito público, que é criada por 
lei, a pessoa jurídica de direito privado precisa ser formalmente registrada nos ór-
gãos competentes para passar a existir perante a lei.
e. ais registros são o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e as inscri-
ções municipais, distritais e estaduais.
Guarde também que no âmbito das pessoas jurídicas de direito privado temos 
pessoas jurídicas particulares e estatais, sendo distinguidas de acordo com 
a origem dos recursos usados para a sua constituição.
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Registre-se que termo “estatais” é usado para se referir às pessoas jurídicas 
que contam com a participação de recursos públicos, como é o caso das sociedades 
de economia mista e as empresas públicas.
Já as pessoas jurídicas particulares são entidades constituídas apenas com 
recursos particulares, visto que existem os seguintes tipos de pessoas jurídicas de 
direito privado: Associações, Sociedades, Fundações, Organizações religiosas, Par-
tidos políticos e Empresas individuais de responsabilidade limitada.
Em nosso código civil, em seu artigo 44, temos que são as seguintes as pessoas 
jurídicas de direito privado:
I - Associações
Formadas pela união de pessoas com finalidade comum de exercer certas ativi-
dades, sejam de ordem pública ou particular, geralmente sendo exigida a formação 
de um patrimônio comum pela afetação de bens particulares de seus integrantes.
Guarde ainda que, em regra, deve ter fins religiosos, morais, culturais, despor-
tivos ou recreativos e não ter fins lucrativos.
II - Sociedades
As sociedades podem ser classificadas em sociedades de pessoas e em socie-
dades de capital. Essa classificação existe em função do critério utilizado para a 
entrada de algum sócio na sociedade.
A sociedade de pessoas é aquela em que as características de um sócio são 
importantes para a composição do quadro societário e, por isso, a entrada de um 
novo sócio só será possível em caso de concordância dos demais sócios. O que vale 
para essa classificação é a pessoa do sócio como um fator decisivo para que essa 
pessoa faça parte ou não da sociedade.
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Na sociedade de capitais, não importa as características da pessoa, qualquer 
pessoa que esteja disposta a pagar o valor da cota social poderá fazer parte desse 
tipo de sociedade.
Nessa toada, as sociedades são provenientes da união de duas ou mais pessoas, 
com uma finalidade comum de realizar determinada atividade, sendo de 2 espé-
cies: simples e empresárias.
Em regra, as sociedades simples têm finalidade econômica, podendo ser cons-
tituídas por profissionais de uma mesma área ou prestadores de serviços técnicos.
Por seu turno, as sociedades empresárias, também com finalidade lucrativa, 
distinguem-se daquelas enquadradas como sociedades simples, pelo fato de exer-
cerem atividades próprias de empresários. 
III - Fundações
São formadas pela disposição de bens patrimoniais destinados a um fim em ra-
zão da vontade de uma só pessoa, ou seja, é fruto de uma declaração unilateral de 
vontade. Desse modo, diferentemente das demais modalidades vistas até aqui, as 
fundações não são formadas pela união de pessoas.
Importante destacar que uma fundação, em verdade, é o conjunto de bens que 
recebe personalidade jurídica para realizar o fim instituído por seu fundador, sendo 
composta por dois elementos: o patrimônio e sua finalidade (que não pode ser lu-
crativa) ser religiosa, moral, cultural ou assistencial.
Interessante registar que os partidos Políticos, são pessoas jurídicas de direito 
privado formadas pela união de pessoas com a finalidade específica de exercer a 
atividade política, não podendo ter fins lucrativos e tendo natureza própria.
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Já para as organizações religiosas devem ser aplicadas as normas referentes às 
associações apenas naquilo em que houver compatibilidade.
4. (CESPE/PGE-PE/PROCURADOR/2016) No que concerne ao direito empresarial 
em sentido amplo, julgue o item a seguir.
Pessoa física pode exercer a atividade como empresário individual, que é a figura 
jurídica normatizada como sociedade individual de responsabilidade limitada.
Errado.
Cuidado para não confundir:
Empresário individual = pessoa física que responde ilimitadamente.
EIRELI = pessoa jurídica prevista no artigo 44, inciso VI, do Código Civil, que so-
mente pode ser constituída por pessoa natural, respondendo de forma limitada.
Sociedade empresária = pessoa jurídica que, a depender do tipo societário, pode 
ter responsabilidade limitada ou ilimitada.
2.2.2 – Composição Societária/Acionária de uma PJ
A Composição societária de uma pessoa jurídica pode ser entendida como sendo 
a forma como a sociedade organiza os seus sócios.
Quando estamos tratando de uma S/A - Sociedade Anônima, a composição so-
cietária, formada de modo a refletir o seu estatuto social, tem as parcelas do seu 
capital decomposta por meio de ações, vindo daí a denominação composição acio-
nária.
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Quando estamos tratando de uma empresa limitada, o seu capital social é fra-
cionado e representado por cotas. Importante registrar que na sociedade limitada, 
a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, embora todos 
respondam solidariamente pela integralização do capital social.
2.2.3 – Forma de tributação
No caso de uma pessoa jurídica, os tributos incidentes sobre as suas ope-
rações representam uma fatia significativa do seu faturamento, variando 
um pouco em funçãodo setor da economia em que atue e da forma de tributação 
que utilize.
Assim, cada empresário ou gestor deve considerar, na formação dos preços e na 
projeção da margem de lucro, especialmente, o peso dos tributos incidentes sobre:
1 - suas receitas de venda de produtos e serviços (IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS 
e contribuições previdenciárias);
2 - suas importações de bens, serviços e tecnologia (Imposto de Importação, 
IPI, PIS/COFINS, CIDE, ICMS e ISS);
3 - sua folha de pagamentos (contribuições previdenciárias);
4 - seu patrimônio (ITR, IPTU e IPVA).
Basicamente, temos 3 tipos diferentes de regimes de tributação, especialmente 
no que diz respeito ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro.
Obs.:� 1) Simples Nacional
 � Esse regime de tributação pode ser aplicado a empresas com faturamento 
anual de até R$ 3.600.000,00.
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 � Com a possibilidade de junção de oito tributos e contribuições numa única 
guia: ICMS, CSLL, PIS, Cofins, IPI, ISS, IRPJ e, em alguns casos, INSS 
patronal, apresenta, além da simplificação, uma menor carga tributária.
 � “O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, 
cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n. 123, de 
14 de dezembro de 2006.
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios).
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal 
e dois dos Municípios.
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes 
condições:
• enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;
• cumprir os requisitos previstos na legislação; e
• formalizar a opção pelo Simples Nacional.
Características principais do Regime do Simples Nacional:
• ser facultativo;
• ser irretratável para todo o ano-calendário;
• abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS 
e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a 
cargo da pessoa jurídica (CPP);
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• recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arreca-
dação – DAS;
• disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo 
do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para 
constituição do crédito tributário;
• apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconô-
micas e fiscais;
• prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em 
que houver sido auferida a receita bruta;
• possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da res-
pectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados 
cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o 
ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.
Obs.:� 2) Lucro presumido
 � Essa forma de tributação normalmente é usada pelas empresas não obriga-
das ao Lucro Real e não possibilitadas de usar o Simples Nacional.
 � De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99 (Decreto n. 
3.000/1999) as pessoas jurídicas permitidas a optar por esse regime de 
apuração do IRPJ e CSLL têm a base de cálculo obtida por meio de aplicação 
de um percentual de lucratividade presumido, definido pela legislação, sobre 
a Receita Bruta dependendo da atividade econômica de cada empresa.
 � 3) Lucro Real
 � Essa é a forma de tributação obrigatória para as maiores empresas, cujas alí-
quotas são aplicadas com base no lucro real, ou seja, receitas menos despesas.
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Importante destacar que, no âmbito da avaliação das informações cadastrais de 
uma pessoa jurídica, além levar em consideração o impacto dos tributos nas ope-
rações sob o aspecto da carga tributária, é fundamental avaliar o impacto dos tri-
butos também no seu fluxo de caixa, já que existem situações em que precisam ser 
desembolsados antecipadamente pelos seus fornecedores, como no caso do ICMS 
pago por substituição tributária, e também nos casos em que ficam retidos pelos 
seus clientes quando do pagamento das faturas, como o IRPJ/CSLL/ PIS/COFINS 
e do ISS dependendo do Município em questão, gerando desencaixes em seu fluxo 
de caixa.
Nesse contexto, tenha em mente que os tributos mais importantes que preci-
sam ser avaliados são o IRPJ, a CSLL, o PIS, a COFINS, o ICMS e o IPI e o ISS.
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Além do impacto nos custos e no fluxo de caixa das empresas, é importante 
avaliar como é feita a gestão dos tributos pela empresa, já que é exige dedicação 
e profissionais especializados.
Na verdade, o nosso Sistema Tributário é composto atualmente por mais de 50 
tributos em diversas esferas, além de uma legislação confusa, desatualizada e so-
breposta, que torna a prestação de contas ao Fisco muito complexa.
No âmbito das empresas, importante saber que a elisão fiscal não deve ser 
confundida com a evasão fiscal. Enquanto evasão fiscal significa a sonegação tri-
butária por meio de procedimentos que vão contra a lei, a elisão fiscal consiste em 
encontrar formas legais de obter um custo fiscal menor, sendo realizada por meio de 
um Planejamento Tributário lícito como parte da gestão tributária da empresa.
5. (CESPE/PGE-PE/DEFENSOR/2015) Julgue o item a seguir, a respeito de empresa 
de pequeno porte e de propriedade industrial.
A baixa ou a extinção de empresa de pequeno porte poderá ocorrer independen-
temente da regularidade de suas obrigações tributárias, previdenciárias ou traba-
lhistas.
Certo.
A baixa é o procedimento final de encerramento de uma empresa, que se inicia com 
a dissolução, passando pela liquidação e, por fim, com a extinção.
É verdade que não existe exigência de que a baixa só possa ser concedida se o 
empresário estiver com tudo regular, podendo ser concedida independentemente 
de a microempresa ou a empresa de pequeno porte estarem com suas obrigações 
regulares.
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2.2.4 – Mandatos e Procurações
De acordo com o artigo653 do nosso Código Civil:
 
“Art. 653 - Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em 
seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do 
mandato.”
Em outras palavras, o mandato é o contrato em que uma das partes (man-
datário, procurador, outorgado ou representante) recebe poderes de outrem 
(mandante, outorgante ou representado) para praticar atos ou administrar in-
teresses em seu nome.
Guarde que a procuração é o instrumento do mandato, sendo o instru-
mento formal de delimitação de poderes no mandato.
Em nosso sistema jurídico, a palavra procuração é contempla mais de um 
significado, tendo a acepção tanto do instrumento formal do mandato, quanto 
do negócio jurídico unilateral de outorga de poderes.
Não confunda a palavra mandato com mandado. Mandado é uma ordem judicial 
que deve ser cumprida, enquanto mandato é o contrato em que uma das partes 
recebe poderes de outrem para praticar atos ou administrar interesses em seu 
nome.
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2.3 - Lavagem de dinheiro e informações de clientes
Na atualidade, ganha notoriedade o combate aos crimes de lavagem de dinhei-
ro, que é aquela operação em que o criminoso busca transformar um dinheiro ilí-
cito em lícito.
Em outras palavras, o praticante de atividades ilegais obtém lucros astronô-
micos com suas atividades, entretanto esse dinheiro é “sujo” e precisa ser trans-
formado em um dinheiro “limpo”. Para isso, o infrator trabalha com o objetivo de 
ocultar a origem ilegal dos recursos.
A fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a dissimular o valor total da 
movimentação é um dos comportamentos a se tomar cuidado no que diz respeito 
ao combate à lavagem de dinheiro. 
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As instituições financeiras deverão comunicar às autoridades com-
petentes (Bacen ou COAF) dentro de 24 horas, todas as operações suspeitas 
que ultrapassarem ao valor limite preestabelecido. Além disso, em se tratando 
de saques, depósitos ou pedido de provisionamento com valores superiores à R$ 
100.000,00, deverá ser informada à autoridade competente, independentemente 
de o cliente ser suspeito ou não.
As instituições financeiras deverão identificar seus clientes mantendo 
cadastro atualizado, inclusive dos sócios proprietários de Pessoa Jurídica. 
Além disso, deverão manter registro das transações em moeda nacional ou estran-
geira, títulos e qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapas-
sar limite fixado pela autoridade competente e atender, no prazo fixado pelo órgão 
judicial competente, as requisições formuladas pelo COAF, que se processam em 
segredo de justiça.
2.4 - Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional – 
CCS
O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) é um sistema 
informatizado que permite indicar em quais estabelecimentos os clientes de ins-
tituições financeiras mantêm contas de depósitos à vista, depósitos de poupança, 
depósitos a prazo e outros bens, direitos e valores, diretamente ou por intermédio 
de seus representantes legais e procuradores.
Guarde que esse Cadastro não contempla dados de valor, de movimentação 
financeira ou de saldos de contas/aplicações, sendo meramente cadastral, sendo 
que as regras relativas ao sigilo bancário e ao direito à privacidade devem ser ob-
servadas em toda a implantação e operação do CCS.
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Assim, tenha em mente que o principal objetivo do CCS é auxiliar nas investi-
gações financeiras conduzidas pelas autoridades competentes, mediante requisição 
de informações pelo Poder Judiciário ou por outras autoridades.
2.5 - Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos - CCF
O Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), operacionalizado pelo 
Banco do Brasil, é um banco de dados que contém informações sobre os emitentes 
de cheque que tenham sido devolvidos pelos motivos 12 (“Cheque sem Fundos – 2ª 
Apresentação”), 13 (“Conta Encerrada”) e 14 (“Prática Espúria”).
2.6 - Cadastro de Informações de Créditos não quitados do 
setor público federal – Cadin
O Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Ca-
din) é um banco de dados que contém os nomes de pessoas físicas e jurídicas com 
obrigações pecuniárias vencidas e não pagas para com órgãos e entidades da Ad-
ministração Pública Federal, direta e indireta e de pessoas físicas que estejam com 
a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) cancelada e de pessoas jurídicas 
que sejam declaradas inaptas perante o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ.
No que diz respeito ao Cadin, a função do Bacen limita-se à administração das 
informações que compõem o seu banco de dados, mediante disponibilização da 
rede do Sistema de Informações Banco Central (SISBacen) aos seus integrantes, 
bem como ao fornecimento de suporte técnico-operacional necessário ao proces-
samento, controle e acompanhamento do fluxo de informações para seu pleno 
funcionamento.
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2.7 – Sistema de Informações de Crédito do Bacen - SCR
O Sistema de Informações de Crédito do Bacen (SCR) é um banco de dados 
sobre operações e títulos com características de crédito e respectivas garantias 
contratados por pessoas físicas e jurídicas perante instituições financeiras no País.
O SCR é alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante co-
leta de informações sobre as operações concedidas.
Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos 
clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000, a vencer e ven-
cidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições 
financeiras a seus clientes.
São registradas no SCR as seguintes operações:
• empréstimos e financiamentos;
• adiantamentos;
• operações de arrendamento mercantil;
• coobrigações e garantias prestadas;
• compromissos de crédito não canceláveis;
• operações baixadas como prejuízo e créditos contratados com recursos a 
liberar;
• demais operações que impliquem risco de crédito.
• operações de crédito que tenham sido objeto de negociação com retenção 
substancial de riscos e de benefícios ou de controle;
• operações com instrumentos de pagamento pós-pagos; e
• outras operações ou contratos com características de crédito, que sejam 
assim reconhecidos pelo Banco Central do Brasil (BCB).
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As operações com cartão de crédito que envolvam empréstimo ou financiamen-
to, como saque em caixa eletrônico, pagamento menor que o total da fatura e pa-
gamento parcelado na loja são informadas ao SCR.
Na verdade, os financiamentos são feitos por bancos, pois as administradoras 
de cartão de crédito são proibidas de financiar seus clientes. Nesses casos, o de-
tentor do cartão de crédito aparecerá no SCR como cliente do banco, que é o real 
financiador da operação intermediada pela administradora de cartão de crédito. O 
contrato de adesão da administradora normalmente a autoriza a financiar o usuário 
do cartão em um banco.
Guarde que o SCR não é um cadastro restritivo, já que há informações tanto posi-
tivas quanto negativas.
O SCR apresenta valores de dívidas a vencer (sem atraso) e valores de dívidas 
vencidas (com atraso), ou seja, na grande maioria dos casos é uma fonte de in-
formação positiva, pois comprova a capacidade de pagamento e a pontualidade do 
cliente.
Dessa forma, o fato de estar no SCR não é um fato negativo em si e não impede 
que o cliente pleiteie crédito nas instituições financeiras, podendo, inclusive, con-
tribuir positivamente na decisão da instituição em conceder o crédito.
Outro aspecto importante que diferencia o SCR dos cadastros restritivos é que, di-
ferentemente do que ocorre naqueles cadastros, existe no SCR uma exigência para 
que as instituições financeiras tenham autorização específica de seu cliente para a 
realização de consulta de seus dados no SCR.
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6. (CESPE/CÂMARA DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Considere um cliente que tenha 
contratado empréstimo pessoal no valor de R$ 5.000,00 e possua, na mesma insti-
tuição financeira, limite de cheque especial de R$ 3.000,00, estando em utilização 
apenas R$ 500,00; com base nessas informações, julgue o item a seguir.
Para fins de prestação de informações ao Sistema de Informações de Créditos 
(SCR), a instituição financeira deve fornecer informações individualizadas apenas 
sobre a operação de empréstimo pessoal de R$ 5.000,00, com os dados sobre as 
demais exposições, inclusive o limite de crédito, devendo ser fornecidos de forma 
agregada.
Errado.
Tenha em mente que o Sistema de Informações de Crédito do Banco Central - SCR 
é um banco de dados sobre operações e títulos com características de crédito e res-
pectivas garantias contratados por pessoas físicas e jurídicas perante instituições 
financeiras no País.
O SCR é alimentado mensalmente pelas instituições financeiras, mediante coleta de 
informações sobre as operações concedidas.
Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes 
com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000,00, a vencer e vencidas, e 
os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras 
a seus clientes.
Assim, como utilização do cheque especial em tela é de R$ 500,00, não existe razão 
para o envio desta operação. 
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2.8 – Cadastro Positivo
Cadastro positivo é o nome dado a uma política pública destinada à formação do 
histórico de crédito de pessoas físicas ou jurídicas, por meio da criação de bancos 
de dados com informações de pagamento de dívidas e de cumprimento de outras 
obrigações pecuniárias dessas pessoas.
O cadastro positivo tem por objetivo subsidiar a concessão de crédito, a reali-
zação de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresariais que im-
pliquem risco financeiro ao consulente (potencial credor), permitindo uma melhor 
avaliação do risco envolvido na operação. Essa melhora na avaliação do risco, por 
sua vez, pode resultar na oferta de condições mais vantajosas para o interessado.
7. (CESPE/CÂMARA DEPUTADOS/ESCRITURÁRIO/2014) Em relação às regras rela-
cionadas aos bancos de dados, para formação de histórico de crédito, com informa-
ções de adimplemento (cadastro positivo), julgue o item que se segue.
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O cadastrado pode requerer que suas informações não sejam acessíveis por deter-
minados consulentes ou em período determinado de tempo, não sendo admitido, 
contudo, pedido de exclusão parcial de informações registradas em banco de da-
dos, salvo se indevida ou erroneamente anotadas.
Certo.
Sim, é direito do cadastrado obter o cancelamento do cadastro quando solicitado, 
podendo a respectiva solicitação realizada perante a fonte que recebeu a autoriza-
ção para abertura do cadastro ou perante qualquer gestor de banco de dados que 
mantenha cadastro.
Guarde ainda que o cadastrado tem acesso gratuito às informações sobre ele exis-
tentes no banco de dados e pode, também, solicitar a correção de qualquer infor-
mação sobre ele erroneamente anotada.
3- Fundamentos do crédito
3.1 - Conceito de Crédito
Conceitualmente o termo crédito é derivado da palavra em latim credere, cujo 
significado é “acreditar, confiar”.
Na área financeira, o termo crédito pode ser definido como a modalidade de 
financiamento destinada a possibilitar a realização de transações comerciais entre 
empresas e seus clientes.
Assim, o termo crédito pode ser usado no sentido “ato de cessão temporária de 
parte do patrimônio a um terceiro com a expectativa de que está parcela volte a 
sua posse integralmente, após decorrido o tempo estipulado”.
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3.2 - Elementos do Crédito: confiança e prazo
A confiança é base do crédito, ou seja, o credor deposita na pessoa a quem 
concede o crédito a certeza de que ela lhe devolverá o capital emprestado.
A confiança tem 2 aspectos: subjetivo e objetivo.
A face subjetiva da confiança significa que o devedor merece fé, ou melhor, 
possui os requisitos morais básicos que fazem a pessoa do credor ter a certeza de 
que ele aplicará a sua capacidade econômica no cumprimento de sua obrigação, 
correspondente à devolução da quantia que lhe foi mutuada.
Já a face objetiva da confiança compreende a certeza que o credor tem de 
que o devedor é economicamente capaz de liquidar o débito que assumiu.
O prazo é o outro elemento essencial do crédito. O prazo é o lapso temporal 
que corresponde ao período que decorre entre a prestação atual por parte de quem 
concede o crédito e a prestação futura a ser cumprida por quem dele se beneficiou 
e consistente na sua devolução.
Em outras palavras, ocrédito nada mais é do que uma troca de um valor pre-
sente por um valor futuro ou uma espécie de “aluguel do dinheiro” ou ainda uma 
permissão para usar o capital de outra pessoa.
3.3 - Requisitos do Crédito
Considerando que a confiança é dos elementos essenciais da concessão de cré-
dito, podemos dizer que existem 2 elementos fundamentais:
1) vontade do tomador de cumprir sua parte no contrato de crédito.
2) a habilidade do tomador em efetivamente cumprir a sua parte em tal 
contrato.
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4- Riscos da atividade bancária
A primeira coisa que você precisa ter em mente que o risco não pode ser con-
fundido com incerteza.
Na área financeira, os termos risco e incerteza têm conceitos diferentes. Confira.
Risco: fator que existe e que pode ser mensurado com base em dados históri-
cos do tomador. A ideia é que uma boa análise de risco deve ser realizada para a 
concessão do crédito, de modo a que sejam usadas premissas conhecidas e acei-
táveis.
Incerteza: é um fator incerto, ou seja, está presente quando a decisão de cré-
dito é feita de forma subjetiva, já que os dados históricos necessários são indispo-
níveis.
O termo risco na área creditícia pode ser entendido como a probabilidade de 
perda, ou seja, o risco de crédito nada mais é do que a probabilidade de o toma-
dor não cumprir seus compromissos no vencimento acordado.
Guarde, portanto, que o risco de crédito, na verdade, é diferente do risco 
da operação, embora mantenha estreito relacionamento com a operação que ori-
ginou o crédito.
A ideia de risco da operação está relacionada a erro na forma da contratação, na 
garantia recebida ou em outras variáveis que são utilizadas na decisão de se liberar 
uma operação crédito.
Basicamente, quando uma instituição financeira concede (vende) um crédito, 
ela está assumindo (comprando) um risco, com todos os efeitos dele decorrentes, 
sejam eles bons ou ruins. Por isso, o foco de preocupação que uma instituição fi-
nanceira que atue no mercado de crédito deve ter é a inadimplência e a sua pre-
venção.
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Nesse sentido, guarde que existem fatores internos e externos que contri-
buem diretamente para o aumento do risco.
Os fatores internos normalmente estão relacionados às questões de gestão 
de instituição financeira, tais como:
1) profissionais desqualificados;
2) controles inadequados;
3) concentração de crédito em clientes de alto risco;
4) falta de modelagem estatística;
5) política estratégica de crédito da instituição.
Por sua vez, os fatores externos estão relacionados à análise dos cenários ma-
croeconômicos, sendo externos à gestão da instituição como, por exemplo, a exis-
tência de recessão e aumento da taxa de juros, refletem-se na capacidade de 
pagamento das pessoas físicas e jurídicas por gerarem fluxos de caixas menores, 
aumentando a probabilidade de elevação da inadimplência.
Por tanto, no que diz respeito à gestão relativa aos fatores externos, guarde 
que o monitoramento da situação macroeconômica é fundamental para a adequada 
gestão do risco.
No que diz respeito ainda à gestão do risco, guarde que a instituição credora 
precisa conhecer a quem pertence à firma, qual o seu setor de atividade econômica 
e como fatores tipo inflação, a taxa de juros, flutuações cambiais, concorrência e 
outros devem ser usados em modelagens estatísticas que permitam a prevenção/
mitigação do risco.
Importante destacar ainda que a análise de crédito é lastreada na Teoria de Pre-
cificação de Ativos Financeiros, tendo como premissa básica que todo investimento 
financeiro é sujeito a diversas fontes de risco.
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Assim, guarde que principais tipos de risco da atividade bancária são:
1- risco de Inadimplência ou de Crédito;
2 - risco de Mercado;
3 - risco Operacional;
4 - risco Sistêmico;
5 - risco de Liquidez.
Vamos analisar agora identificar cada um deles!
4.1 – Risco de crédito
O Risco de Crédito, também chamado risco de inadimplência, é aquele de-
corrente da possibilidade de uma pessoa física ou jurídica não honrar seus 
compromissos.
4.2 - Risco de mercado
O Risco de Mercado é aquele diretamente relacionado às mudanças e expec-
tativas do mercado.
4.3 –Risco operacional
O Risco Operacional decorre da gestão, ou seja, de possíveis perdas geradas 
por sistemas de controle internos ineficazes, por falhas de gerenciamento e até 
mesmo de erros humanos.
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4.4 –Risco sistêmico
O Risco Sistêmico está ligado aos desequilíbrios é mais presente em mercado no 
qual inexistam ajustes de mercado espontâneos decorrentes da soma de compor-
tamentos individuais racionais, podendo se converter em situações perigosas para 
os sistemas econômicos.
4.5 – Risco de liquidez
Na área de crédito, um Risco de Liquidez normalmente é decorrente da prática 
de deságios e comissões de venda de ativos com pouca liquidez.
5- Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito
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5.1 – Clientes
Para um credor, as informações sobre o seu cliente são importantíssimas, sendo 
um requisito essencial para que a análise subjetiva do risco do crédito seja feita 
com segurança.
As informações básicas que um credor precisa conhecer sobre o seu devedor 
são os famosos “5Cs” do crédito:
1 – caráter;
2 - capacidade de pagamento;
3 – capital;
4 – condições;
5 – colateral.
5.1.1 - Caráter
Na prática, é o ”C” mais decisivo, já que independente do montante empresta-
do, este se refere à capacidade que o tomador tem em repagar o empréstimo.
A sua base de análise é a ficha cadastral, importante base para análise da ca-
pacidade de pagamento do tomador, sendo uma rica fonte de informações sobre o 
tomador. Uma boa ficha cadastral precisa contemplar todos os requisitos para uma 
boa análise da capacidade do tomador.
Também devem ser usados os bancos de dados, públicos e privados, de prote-
ção ao crédito para avaliar o histórico do tomador de recursos, sua capacidade de 
pagamento, a eventual existência de cheques devolvidos, protestos, recuperação 
judicial etc.
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5.1.2 - Capacidade de Pagamento 
Na verdade, a capacidade está relacionada à habilidade de pagar.
Num cenário de globalização, com mudanças cada vez mais rápidas, radicais 
e frequentes, se uma firma e, também, uma pessoa física demonstra capacidade 
de administrar seu negócio, fazendo-o prosperar, assim já está demonstrando sua 
capacidade de pagamento.
5.1.3 - Capital
A ideia aqui é avaliar se a pessoa, seja ela física ou jurídica, consegue converter 
negócios em renda.
Assim, caso os recursos gerados na operação da empresa sejam insuficientes, 
é bem provável que o insucesso da empresa demonstre que é muito provável que 
tal empresa não honre os compromissos já assumidos.
5.1.4 - Condições
Guarde que condições têm ligação com o cenário micro e macroeconômico em 
que o tomador está inserido.
Tenha em mente que variáveis como risco país, taxa de juros, atividade eco-
nômica, estão correlacionados, já que uma negociação de crédito com empresas 
considera o contexto atual e as perspectivas econômicas futuras.
 Na prática, existe uma tendência de que os emprestadores de recursos sejam 
mais liberais em momentos de recuperação econômica e mais cautelosos em mo-
mentos de recessão ou depressão econômica.
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5.1.5 - Colateral
Colateral significa garantia ou garantia acessória, estando relacionada ao pa-
trimônio das empresas, servindo para atenuar o risco e, de certa forma, reduzir a 
inadimplência.
É fundamental nunca relacionar o colateral com os pontos fracos dentro do elemen-
to caráter de um cliente, já que somará riscos que não devem ser assumidos pelo 
banco, e, sim, somar aos elementos capital, capacidade e condições, de modo a 
minimizar os pontos fracos do tomador de recursos para estes elementos.
Guarde ainda que, como o risco se refere a tudo que pode ocorrer fora do que 
foi previsto anteriormente, cada pessoa possui uma atitude frente ao risco e isso 
permite dizer que alguém é mais arrojado, moderado ou conservador.
5.2 – Operação
A instituição financeira define os riscos da operação de crédito levando em 
conta sua modalidade, devendo ser feita a compatibilização entre a oferta de pro-
dutos de crédito adequados ao perfil e à capacidade de pagamento do cliente. 
O Risco da operação tem relação, não diretamente com o cliente em si, 
mas com a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência 
ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos, 
incluído também o risco legal.
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5.3 – Crédit scoring
Desenvolvido com o objetivo de agilizar as decisões relativas à concessão do 
crédito, o modelo do “credit scoring”, no qual são definidos os “ratings” para 
clientes e operações, tem algumas limitações para o seu uso, tais como:
1) o fornecimento de informações erradas e imperfeitas pelo cliente, para con-
seguir “melhorar”, ou melhor, “maquiar” a sua capacidade de obtenção de crédito;
2) fatores externos como a volatilidade do risco país e respectivos impactos na 
economia.
3) nem sempre é possível realizar os ajustes necessários aos modelos de risco 
na avaliação de ativos para carteiras de crédito.
De acordo com a Resolução do Bacen de número 2.682 de 1999, a qual dispõe 
sobre critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição 
de provisão para créditos de liquidação duvidosa, cabe às instituições financeiras e 
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen classificar as operações de 
crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis de risco:
I - nível AA
II - nível A
III - nível B
IV - nível C
V - nível D
VI - nível E
VII - nível F
VIII - nível G
IX - nível H
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Ainda de acordo com a Resolução do Bacen, a classificação da operação no nível 
de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentora do crédito 
e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada 
por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes as-
pectos:
I - em relação ao devedor e seus garantidores:
a) situação econômico-financeira;
b) grau de endividamento;
c) capacidade de geração de resultados;
d) fluxo de caixa;
e) administração e qualidade de controles;
f) pontualidade e atrasos nos pagamentos;
g) contingências;
h) setor de atividade econômica;
i) limite de crédito;
II - em relação à operação:
a) natureza e finalidade da transação;
b) características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
c) valor
Ressalte-se que, no caso da classificação das operações de crédito de ti-
tularidade de pessoas físicas, deve se levar em conta, também, as situações de 
renda e de patrimônio bem como outras informações cadastrais do devedor.
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Além disso, a classificação das operações de crédito de um mesmo cliente ou 
grupo econômico deve ser definida considerando aquela que apresentar maior risco, 
admitindo-se, excepcionalmente, classificação diversa para determinada operação.
A classificação da operação nos níveis de risco de que trata o art. 1º deve ser 
revista, no mínimo:
I - mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em função de atraso 
verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos, devendo ser 
observado o que segue:
a) atraso entre 15 e 30 dias: risco nível B, no mínimo;
b) atraso entre 31 e 60 dias: risco nível C, no mínimo;
c) atraso entre 61 e 90 dias: risco nível D, no mínimo;
d) atraso entre 91 e 120 dias: risco nível E, no mínimo;
e) atraso entre 121 e 150 dias: risco nível F, no mínimo;
f) atraso entre 151 e 180 dias: risco nível G, no mínimo;
g) atraso superior a 180 dias: risco nível H.
II - Com base nos demais critérios:
a) a cada seis meses, para operações de um mesmo cliente ou grupo econômico cujo 
montante seja superior a 5% (cinco por cento) do patrimônio líquido ajustado;
b) uma vez a cada doze meses, em todas as situações, exceto para operações de crédito 
contratadas com cliente cuja responsabilidade total seja de valor inferior a R$50.000,00 
(cinquenta mil reais) podem ser classificadas mediante adoção de modelo interno de 
avaliação ou em função dos atrasos consignados na hipótese anterior, observado que a 
classificação

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