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Bacteriologia clínica IDENTIFICAÇÃO DE BGN ENEROBACTERALES -> BGN que fermentam glicose com ou sem produção de gás, aerobio9s ou anaeróbios facultativos, em sua maioria oxidase negativa e catalase positiva. As enterobactérias podem causar abcessos, pneumonia, meningites, septicemias e infecções. IDENTIFICAÇÃO A identificação se inicia com o cultivo, vendo o tamanho e aspecto da colônia. Se observa em meios como McConkey se a bactéria é fermentadora ou não, e se faz o teste da oxidase. As bactérias da família das Enterobacterias são oxidase NEGATIVA, e das Pseudomonadaceae é oxidase POSITIVA. O teste dos tubos é uma prova bioquímica manual para identificação das bactérias. TUBO 1 -> EPM/ TUBO 2 -> LISINA/ TUBO 3 - > MIO/ TUBO 4 -> CITRATO/ TUBO 5 -> RHAMNOSE TUBO 1 -> EPM: vemos o resultado do triptofano, glucose, gás, h2s e lactose. TUBO 2 -> LISINA TUBO 3 -> MIO: verifica a ornitina, motilidade e indol. TUBO 4 -> CITRATO TUBO 5 -> CALDO RHAMNOSE IDENTIFICAÇÃO DE BGN NÃO FERMENTADORES São microrganismos aeróbios estritos que não conseguem usar carboidrato como fonte de energia, e degradam pela via oxidativa, sendo oxidase positiva e móvel. Os principais gêneros são Pseudomonas e Acinetobacter. São bactérias de extrema importância para unidades de terapia intensiva, procedimentos invasivos, queimados, infecções com fibrose cística por P. aeruginosa. É necessário realizar o isolamento em sangue, mcconkey e TSA, para ver tamanho, forma, consistência, cor, odor. Se realiza então as provas básicas, com tubos. A triagem inicial se dá com TSI ou IAL. Se realiza o teste da oxidase, onde nas BGN NF é positivo. Pseudomonas aeruginosa É o patógeno mais comum para infecções hospitalares nas UTIs, com pacientes com queimaduras, pneumonia associado a ventilação mecânica, infecções no trato urinário e endocardite. Acinetobacter baumannii São chamadas de infecções oportunistas em pacientes hospitalizados, com pneumonia, infecções de feridas, bronquilote. Strenotrophomonas maltophilia É aeróbio, patógeno hospitalar associado a pneumonias, infecções de pele e no trato urinário etc. Complexo Burkholderia cepacia São bactérias patogênicas oportunistas na fibrose cística, isolada no ambiente e podem colonizar trato respiratório. INFECÇÕES DO TRATO GASTROINTESTINAL INTOXICAÇÕES X INFECÇÕES As intoxicações são pela ingestão de toxinas pré-formadas por bactérias no alimento, como toxina por S. aureus. A infecção é a ingestão de bactérias patogênicas que colonizam o intestino e causam danos ao hospedeiro, como Salmonella sp. A toxinfecção alimentar é adquirida através do consumo de alimentos contaminados por bactérias e suas toxinas. As fezes contaminadas contaminam alimentos, água e pessoas, que ingerem os microrganismos que contaminam o intestino, podendo causar infecções restritas ao TGI, causando diarreia, ou invasão dos microrganismos e absorção de toxinas, disseminando e causando sintomas de infecções sistêmicas. ESCHERICHIA COLI E. coli -> BGN não esporulados, anaeróbios facultativos que causam gastroenterites, disenteria, septicemia. É da microbiota normal, mas pode virar patogênica. ETEC -> E. coli enterotoxigenica se da por alimentos ou agua contaminada, causando diarreia do viajante. Possui fimbrias que se aderem especificamente ao epitélio do intestino delgado, liberando toxinas que estimulam o aumento de cAMP, levando a perda de fluidos, causando diarreia não sanguinolenta. EPEC -> E. coli enteropatogênica é caudada por alimento e agua contaminada, que possui plasmidios para adesão a mucosa, destruindo as microvilosidades, causando gastroenterite em crianças de 0 a 5 anos. EIEC -> E. coli eneteroinvasiva, se da por agua e alimentos contaminados, invadindo e destruindo as células epiteliais do colon, causando diarreia aquosa com sangue em crianças e adultos. EHEC -> E. coli enterohemorragica, causado por alimentos contaminados (menor quantia de bactérias), causando diarreias leves ate colites hemorrágicas. Podem produzir síndrome urêmica hemolítica, causando danos renais. Ex: E.coli O157:H7. EAEC> E. coli enteroagregativa, se caracteriza por aglutinação como uma parede de tijolos, formando um biofilme sobre as células, lesões na mucosa e secreção de muco. Ocorre mais em crianças, sendo persistente. A prevenção se da por manutenção das boas condições e manipulação adequada dos alimentos, bem cozidos, etc. SALMONELLA É um BGN não produtor esporos, anaeróbios facultativos causadores de febre tifoide, entéricas e enterocolites. A infecção pode ser pega por alimentos e água contaminados, nesse caso, com ovos crus e mal-cozidos. FEBRE TIFÓIDE (S. typhi) -> Transmitida por água e alimentos contaminados com material fecal humano, pode causar febre, diarreia e vômitos. FEBRE ENTÉRICA (S. paratyphi) -> É semelhante a tifoide, porém com sintomas com curta duração e mais brandos. SALMONELOSES (S. enteritidis e typhimurium) -> Causa diarreia, febre, dores abdominais e vômitos, com sintomas com curto período. Na febre tifoide e entérica, o paciente ingere a bactéria que passa pelo estomago e penetra nas células epiteliais intestinais, invadindo a corrente linfática e se reproduzindo dentro dos macrófagos, podendo causar uma infecção sistêmica. SHIGELLA DYSENTERIAE BGN anaeróbios facultativos que habitam o TGI de humanos, podendo causar shigelose, essencialmente pediátrica. A shigelose causa cólicas abdominais, febre e fezes sanguinolentas, normalmente se curam sozinhas. A S. dysenteriae libera a toxina shiga que inibe a síntese proteica. VIBRIO CHOLERAE BGN em forma de virgula, anaeróbios facultativos que habitam o TGI de homens e águas oceânicas. É transmitido por contaminação fecal, e pode causar diarreia intensa, dores abdominais e tontura, até morte. Ele se adere aos enterócitos e se prolifera, causando uma diarreia água de arroz, pois o paciente perde eletrólitos. HELICOBACTER PYLORI É natural do estomago do humano, e causa 85% das úlceras gástricas, podendo ser transmitidos para membro da mesma família. A bactéria se acopla as células secretoras de muco e induz a resposta inflamatória, causando danos a mucosa. A perda da capa mucosa provoca as úlceras. O diagnostico é feito com biopsia e sorologia. CLOSTRIDIUM BOTULINUM Agente etiológico do botulismo que forma endósporos altamente resistentes. Produz toxinas que podem ser absorvidas pela corrente sanguínea pelas mucosas. A toxina age nas junções neuromusculares e impede o musculo de se contrair. Os endósporos contaminam alimentos enlatados ou embalados a vácuo que não foram esterilizados de maneira correta, contaminando o sistema nervoso. O botulismo alimentar clássico causa fadiga, fraqueza, constipação e paralisia, podendo causar morte. STAPHYLOCOCCUS AUREUS É um dos causadores de intoxicação alimentar devido a produção de enterotoxinas, causando vômitos e náusea. Ele provoca intoxicação pela ingestão do alimento contendo toxinas que ativam uma resposta inflamatória. COPROCULTURA As amostras devem ser coletas em frasco estéreis e analisadas em ate 24h, processadas no máximo 1 hora após a coleta. O diagnostico em pedidos sem informações especificas se pesquisa SS, aeromonas, plesiomonas e yersínia, e em alguns casos, campylobacter. Nas amostras, se usa um caldo de enriquecimento para inibição de microrganismos da flora intestinal, como Selenito, tetrationato e caldo GN. São usados meios diferenciais, mas não seletivos, como McConkey e BEM, seletivos como SS, XLD, altamente seletivos como VB e para campylobacter, AS campy. O Ágar SS é usado para Salmonela e Shigela, sendo iniclamente vermelho alaranjado. Se houver crescimento de colonias com centro negro, se suspeita de Salmonella.Se houver colonias incolores, se suspeita de Shigella. Para pesquisa de Yersinia spp se usa o meio CIN, que forma colonias vermelhas com bordas incolores. Para pesquisa de Vibrio spp, se usa o TCBS ou TSA, que forma colonias amarelas. BACTERIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR As infecções podem ser superiores (cistite, uretrites e prostatites) ou inferiores (pielonefrites), além de complicada e não complicada. No geral, causam disuria e micção excessiva. A causa mais comum de infecção urinaria é E. coli, Klebsiella e Proteus. E. coli uropatogenica -> possui fimbrias e antígenos capsulares, além de hemolisinas. Klebsiella -> possui cápsula e crescimento mucoide, sendo resistente a drogas. Causa mais complicada de infecções pós cirúrgicas, especificamente em hospitais. Proteus -> produtoras de urease, tornando a urina alcalina e favorecendo o aparecimento de cálculos renais. Staphylococcus saprophyticus -> menos virulento que o aureus, porém com capacidade de formação de biofilme, infectando próteses e cateteres. Enteroococcus -> CGP resistentes aos sais biliares, transmitidos por contato entre os pacientes, causando infecções hospitalares no trato urinário, peritônio e cardíaco. Outros patógenos como P. aeruginosa, Enterobacter, S. aureus, S. agalactiae e leveduras também causam infecções. INFECÇÕES GINECOLÓGICAS A vagina possui um pH baixo, devido aos Lactobacillus, o que normalmente protege de infecções, mas uma desordem pode causar infecções. Vaginose bacteriana e candidíase são as mais comuns. Vaginose -> ocorre uma proliferação de bactérias oportunistas que diminuem a produção dos lactobacilos, causando uma infecção. Pode causar odor fétido, coloração diferente e fluxo abundante. Pode ser causado por Gardnerella vaginalis, etc. A G. vaginalis se adere por fimbrias e forma biofilme, liberando toxinas que degradam a mucosa. O M. curtisii é abundante em vaginoses, degrada a mucina. Em mulheres gravidas o S. agalactiae pode causar infecções do trato urinário, aumentando o risco de parto pré-maturo. Pode causar doenças como pneumonia e meningite em neonatos. É adquiria pela mae durante a gravidez ou no momento do parto, por isso se pesquisa constantemente. UROCULTURA Usada para diagnostico de ITU, sendo considerada infecção com contagem acima de 100.000 bactérias por ml de urina. As ITUs podem ser sintomáticas ou assintomáticas, sendo as últimas sem necessidade de tratamento. Infecções são mais comuns em mulheres devido a maior dificuldade de esvaziar a bexiga e ausência de substâncias antimicrobianas. O microrganismo pode vir de vias ascendentes (atinge através da uretra a bexiga, ureter e o rim), vias hematogênicas e linfáticas. A urina é estéril, então pode sofrer contaminações da pele, roupa e genitália. Deve ser coletada adequadamente. O diagnostico se da por urocultura, onde se pega 10 microlitros de urina com uma alça e semear a placa em CLED e McConkey. Na urina, se pesquisa E. coli, Proteus, Klebsiella, Enterobacter, S. aureus, S. saprophyticus, E. faecalis, P. aeruginosa. No McConkey, se pesquisa BGN. No CLED, cresce BGN, BGP e leveduras.
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