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Estruturas de Gestão Pública_Aula_4

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Estruturas de Gestão Pública
Aula 4
Estado Regulador
© Copyright 2017, Tribunal de Contas de União 
<www.tcu.gov.br>
Este material tem função didática. A última atualização ocorreu em Abril de 2017. As 
afirmações e opiniões são de responsabilidade exclusiva do autor e podem não ex-
pressar a posição oficial do Tribunal de Contas da União.
RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO
Tribunal de Contas da União
Secretaria Geral da Presidência
Instituto Serzedello Corrêa
Diretoria de Educação Corporativa de Controle
Serviço de Educação Corporativa de Controle - Seducont
CONTEUDISTA 
José Arimathea Valente Neto
TRATAMENTO PEDAGÓGICO 
Violeta Maria dos Santos Galvão 
PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO
Vanessa Vieira
Permite-se a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, semalteração do conteúdo, desde que citada 
a fonte e sem fins comerciais.
http://portal.tcu.gov.br/inicio/index.htm
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Aula 4
Estado Regulador
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu uma quantidade muito grande de deveres ao 
Estado.
Como o Poder Público não é capaz de satisfazer todos esses deveres sozinho, começou a 
descentralizar a realização de algumas atividades para o setor privado.No entanto, mesmo que 
essas atividades sejam realizadas por entidades particulares, o Estado precisa exercer controle e 
supervisão, pois a responsabilidade pela prestação dos serviços é originariamente sua.
É nesse contexto que surge a função de Estado Regulador, em que o Poder Público inter-
fere nas relações econômicas para garantir a satisfatória prestação dos serviços e o equilíbrio dos 
interesses das partes envolvidas.
Quais medidas podem ser adotadas na função de Estado 
Regulador? 
Quais são as instituições responsáveis por essa função? 
A União pode rever as decisões das instituições que realizam 
regulação?
Para responder a essas questões, precisamos entender algumas características do Estado 
Regulador e das instituições responsáveis por realizar a regulação.
A fim de facilitar o estudo, esta aula está organizada da seguinte forma:
1. Introdução ............................................................................................................................................ 5
2. Estado Regulador ............................................................................................................................... 6
3. O surgimento das agências reguladoras .............................................................................. 7
4. Características das agências reguladoras ......................................................................... 9
4.1 Independência .............................................................................................................................. 9
4.2 Resolução de conflitos ....................................................................................................... 12
4.3 Regulamentação ...................................................................................................................... 13
4.4 Características mais comuns ........................................................................................... 15
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Estruturas de Gestão Pública 
Ao final dos estudos desta aula, esperamos que você tenha condições de identificar as 
características do Estado Regulador e descrever funções das instituições que realizam regulação 
na Administração Pública Federal.
5. Exemplos de agências reguladoras ....................................................................................... 17
Síntese ........................................................................................................................................................ 20
Bibliografia ............................................................................................................................................. 21
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
1. Introdução 
O modelo de administração gerencial começou a ser implantado, no Brasil, no início dos 
anos 90. 
Esse modelo baseia-se na idéia de que o Estado deve concentrar-se apenas na prestação 
das atividades imprescindíveis à população e que, por sua natureza, dependem da presença do 
Poder Público, como por exemplo a prestação jurisdicional, a elaboração legislativa, a defesa 
nacional, as relações diplomáticas, entre outras.
Segundo o modelo gerencial, o setor privado realizaria com mais eficiência a prestação 
das atividades cuja presença estatal não é essencial, como os serviços de natureza puramente 
econômica.
Na medida em que a iniciativa privada começa a realizar as atividades prestadas ante-
riormente pelo Estado, surge a necessidade de promover a regulação das relações econômicas 
decorrentes dessa mudança, a fim de proteger os interesses de todos os agentes envolvidos: o 
próprio Estado, as empresas prestadoras, os usuários dos serviços e a sociedade em geral.
Para exercer a regulação das relações econômicas, o Estado utiliza diversas entidades. As 
mais comuns são as chamadas agências reguladoras.
Nesta aula, veremos como a regulação é exercida pelo Estado e quais são as características 
das entidades que exercem essa função. 
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o 2. Estado Regulador
A União pode transferir recursos para outros entes da Federação de dois modos: obriga-
toriamente ou voluntariamente.
Depois das reformas administrativas, o Estado deixou de prestar inúmeros serviços e pas-
sou a funcionar como garantidor da prestação desses serviços de forma adequada. 
Por que a regulação exercida pelo Estado é tão importante? 
Em quais áreas o Estado exerce a regulação?
Estado Regulador não é uma entidade, é apenas a denominação de uma das 
funções do Estado.
A premissa básica da necessidade de intervenção do Estado no domínio econômico é que 
o mercado não pode regular, por si próprio, a prestação de serviços e a produção de bens em 
todos os setores dos quais o Poder Público decidiu ausentar-se.
Se o Estado abdicasse totalmente do poder de interferir na prestação de serviços públicos 
privatizados e na correspondente estrutura empresarial, sérias consequências poderiam advir, 
como, por exemplo:
• Setores essenciais para o país, como os setores elétrico, de transportes e de 
telecomunicações, poderiam entrar em colapso, por falta de planejamento e 
investimento;
• Práticas anticoncorrenciais poderiam ser adotadas, porque o mercado não é capaz de 
impedi-las sozinho;
• Os usuários, parte mais fraca da relação de consumo, ficariam desprotegidos;
• Poderia não haver a universalização dos serviços públicos, pois as empresas tenderiam 
a investir apenas em áreas rentáveis.
Por isso, costuma-se atribuir a denominação de Estado Regulador para referenciar as atri-
buições que o Poder Público adquire com o exercício da intervenção no domínio econômico.
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Comumente, há confusão entre a atuação do Estado Regulador e o processo de privatiza-
ção de empresas estatais. 
Embora a desestatização da prestação de alguns serviços públicos provoque a necessidade 
de regulação, nem toda atividade regulatória do Estado advém desse processo, pois o Poder 
Público regula diversas atividades econômicas em setores como o sistema financeiro, o mercado 
de petróleo e combustíveis, o sistema portuário, o serviços suplementares de saúde, entre outros. 
Muitos desses setores sequer foram explorados, algum dia, diretamente pelo Estado.
Assim, a regulação do Estado é bem mais abrangente que a mera privatização, podendo 
incidir, por exemplo, quando:
• a prestação dos serviços públicos tenha sido outorgada, como na concessão e na 
permissão;
• a prestação dos serviços públicos seja incentivada pelo próprio Poder Público, como nas 
OS e OSCIP;
• a prestação dos serviços públicos seja controlada pelas próprias entidades empresariais,como na livre concorrência.
3. O surgimento das agências reguladoras
Fator de grande influência na atuação do Estado Regulador é a velocidade com que as 
inovações tecnológicas são operadas, exigindo respostas rápidas e tecnicamente adequadas. 
A alta complexidade das matérias objeto da regulação impossibilitou, na maioria das ve-
zes, utilizar ou criar órgãos na estrutura das entidades políticas (Administração Direta) sujeitos a 
fortes influências hierárquicas e à flutuação de conveniências políticas.
O Estado Regulador, para ser operacionalizado, necessitava, entre outras coisas, de profis-
sionalismo, capacidade técnica, autonomia administrativa, eficiência. Essas características indica-
vam que somente por meio dos mecanismos de descentralização administrativa seria possível ao 
Poder Público exercer o seu papel com presteza.
Agências reguladoras são entidades administrativas com alto grau de espe-
cialização técnica e integra a estrutura formal da Administração Pública. São 
instituídas sob a forma de autarquias de regime especial com a função de re-
gular um setor específico de atividade econômica, ou de intervir de forma geral 
sobre relações jurídicas decorrentes dessas atividades. As agências reguladoras 
devem atuar com a maior independência possível perante o Poder Executivo e 
com imparcialidade em relação às partes interessadas (Estado, setores regulados 
e sociedade).
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Por isso, as agências reguladoras, criadas para exercer as funções de Estado Regulador, 
assumiram, no Brasil, a natureza de autarquia em regime especial, integrando a Administração 
Indireta dos entes estatais. 
Logo, elas não se consubstanciam em entidades novas no ordenamento jurídico brasileiro. 
São meramente entidades já previstas na legislação que assumem características peculiares para 
estarem aptas a exercer a função de regulação. 
Para o surgimento das agências reguladoras, o pontapé inicial foi a promulgação das 
Emendas Constitucionais 8 e 9, em 1995, que tratam dos setores de telecomunicações e petro-
lífero, respectivamente.
Legalmente, o marco inicial para se implantar o modelo de regulação sob a responsabilida-
de das agências foi a Lei 9.491/1997, que redefine o Plano Nacional de Desestatização.
Outros normativos importantes são:
• Lei 9.986/2000, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das agências 
reguladoras;
• Lei 10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos 
efetivos das agências reguladoras.
Falaremos sobre algumas disposições dessas leis mais adiante, quando tratarmos das ca-
racterísticas das agências.
A atividade regulatória não é exclusiva das agências reguladoras.
Como visto, a criação de agências (entidades autárquicas) é ideal para o exercício da regu-
lação a cargo do Estado, mas existem órgãos integrantes da Administração Direta e outras enti-
dades da Administração Indireta que também exercem função de Estado Regulador. Eis alguns 
exemplos:
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Aula 4 - Estado Regulador
4. Características das agências reguladoras
Concorrência e direitos 
do consumidor
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Secretaria de Acompanhamento Econômico, 
do Ministério da Fazenda, Procons estaduais e municipais.
Mercado de capitais Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sistema Financeiro 
Nacional
Banco Central do Brasil (Bacen), Conselho Monetário Nacional (CMN).
Meio Ambiente Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Educação e ensino Ministério da Educação (MEC).
Indústria e comércio, 
patentes, normalização 
e padronização
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial (INPI), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(INMETRO).
Ciência e Tecnologia
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e seus conselhos e comissões: 
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), Conselho Nacional de Controle de Experimentação 
Animal (CONCEA), Conselho Nacional de Informática e Automação (CONIN), Comissão Técnica 
Nacional de Biossegurança (CTNBio), Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, 
Climatologia e Hidrologia (CMCH).
Quais características são importantes para que as agências 
reguladoras exerçam suas atividades com efetividade? As 
características são iguais para todas as agências?
Vimos a definição de agências reguladoras e como elas surgiram. Agora, para compreen-
dermos a atuação dessas entidades, vamos conhecer as suas características.
4.1 Independência
Entre as características das agências reguladoras, talvez a mais marcante seja a amplia-
ção de sua autonomia conferida pela independência administrativa, orçamentária, política e 
financeira. 
É certo que nem todas as agências têm características idênticas, pois a lei instituidora da 
entidade é quem deve definir as prerrogativas outorgadas a ela. 
A maioria das agências possui prerrogativas semelhantes, para garantir a independência 
de sua atuação. A título de exemplo, a Lei 9.472/1997, que criou a Agência Nacional de Energia 
Elétrica (Aneel), dispôs, no § 2º do art. 8º, que a agência gozaria de:
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• Independência administrativa frente ao ente político;
• Ausência de subordinação hierárquica a qualquer outra instância administrativa;
• Mandato fixo de dirigentes;
• Autonomia financeira.
Ao analisar esses exemplos de prerrogativas e características, entendemos que a indepen-
dência conferida às agências visa garantir imparcialidade de ação, que dificilmente seria alcança-
da se a regulação fosse exercida por órgãos governamentais sujeitos a influências políticas.
A doutrina aponta o mandato fixo e a estabilidade dos dirigentes como os mais importan-
tes instrumentos para assegurar imparcialidade aos atos dos agentes públicos e às decisões das 
agências reguladoras. 
O art. 6º da Lei 9.986/2000 prevê que a lei instituidora de cada agência deve fixar a dura-
ção do mandato dos seus dirigentes.
A mesma lei também introduziu uma previsão geral de estabilidade para os dirigentes, 
conforme a o art. 9º:
Art. 9º Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de 
condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. 
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras condições para a perda 
do mandato.
Assim, cabe à lei instituidora da agência criar outras exigências para que ocorra a perda do 
mandato. Isso torna variável, de acordo com cada caso, o grau de independência das agências 
perante o Poder Executivo.
A Lei 9.986/2000 deu maior ênfase à necessidade de somente se levar em conta critérios 
técnicos para a escolha dos dirigentes das agências reguladoras, ao preceituar que:
Art. 5º O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros 
do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação 
universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão 
nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após 
aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição 
Federal.
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Aula 4 - Estado Regulador
Observa-se que, além de haver a exigência de “elevado conceito no campo de especiali-
dade”, a lei também tornou composto o ato de nomeação dos dirigentes, vez que necessita do 
aval do Senado Federal.
Os dirigentes das agências devem possuir alta especialização técnica. Quem não se lembra 
do caos aéreo brasileiro, ocorrido nos anos de 2006 e 2007? Naquela ocasião, as investigações 
constataram que alguns dirigentes da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) foram nomea-
dos com base emcritérios políticos, em vez de técnicos. Esse fato contribuiu para o agravamento 
da crise, pois os dirigentes não eram especializados e não eram plenamente capazes de tomar as 
decisões técnicas corretas.
A independência das agências deve ser absoluta, tanto em relação ao ente político, quanto 
em relação aos consumidores dos serviços e às empresas prestadoras.
A independência a ser garantida às agências, inclusive como forma de 
tranquilizar os investidores que desejam atuar no setor regulado, pode ser 
quebrada pela atuação dos próprios agentes econômicos.
Especificamente quanto aos agentes econômicos (empresas), o risco de que essa indepen-
dência seja quebrada é maior. O imenso poder econômico dos agentes do setor regulado pode 
desvirtuar a atuação do ente regulador, que pode passar a atuar tendenciosamente em favor dos 
interesses desses agentes. Tal desvirtuamento é chamado, pela doutrina, de “risco de captura”.
Uma das formas mais eficazes de impedir o risco de captura são os mecanismos de impedi-
mento do recrutamento, pelos regulados, de dirigentes do órgão regulador (a chamada quaren-
tena). Desse modo, impede-se que os dirigentes sofram intenso assédio dos agentes regulados, 
já que possuem informações extremamente privilegiadas.
Para tentar evitar o risco de captura, a Lei 9.986/2000 prevê o seguinte:
Art. 8º O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer 
serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um período de quatro meses, conta-
dos da exoneração ou do término do seu mandato.
A lei instituidora de cada agência pode estabelecer prazo de quarentena maior que o pre-
visto na norma, vez que se trata de prazo mínimo a ser obedecido.
Vimos a necessidade de independência da agência frente ao Poder Executivo e aos agen-
tes regulados. Podemos observar essa independência, também, quanto a todos os Poderes do 
Estado, pois:
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• Em relação ao Poder Legislativo, as agências são independentes porque dispõem de 
função normativa, o que justifica o nome de agência reguladora;
• Em relação ao Poder Executivo, são independentes porque, além de seus dirigentes 
gozarem de estabilidade, suas normas e decisões não podem ser alteradas ou revistas 
por autoridades externas ao quadro da agência;
• Em relação ao Poder Judiciário, as agências são independentes porque dispõem de 
função quase jurisdicional, já que resolvem litígios entre os integrantes dos setores 
regulados.
Essa independência, logicamente, não é integral. Como exemplo, podemos mencionar 
que:
• a agência não pode sobrepor-se às leis criadas pelo Legislativo, bem como recusar-se à 
submissão ao controle externo, exercido com auxílio do Tribunal de Contas da União;
• a agência, apesar de não ser subordinada ao Poder Executivo, pode ser supervisionada 
por ele, a fim de garantir que não haja desvirtuamento das funções da entidade;
• o art. 5º da CF/1988 garante o princípio da inafastabilidade da atuação judiciária, o que 
faz com que as decisões da agência possam ser contestadas.
4.2 Resolução de conflitos
Já se falou sobre a competência que as agências reguladoras têm de solucionar os confli-
tos entre os interessados na atividade objeto de regulação (o próprio Estado, o setor econômico 
regulado, os usuários dos serviços e a sociedade em geral).
Ficou claro, também, que o controle judicial é inafastável. Assim, mesmo que as agên-
cias possuam a função de resolução de conflitos, suas decisões sempre poderão ser revistas 
judicialmente.
Por que atribuir a função de resolução de conflitos às 
agências, vez que o Judiciário já detém essa função?
A solução de conflitos efetuada pelas agências reguladoras possui características pecu-
liares, que tornam as suas decisões mais receptivas aos interessados no processo de regulação.
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Primeiramente, temos o fato de seu corpo técnico, inclusive os agentes encarregados da 
apreciação dos litígios, ser altamente especializado nas matérias de que resultam os conflitos.
Na maioria das vezes, os conflitos envolvem matéria de extrema complexidade, o que tor-
na as agências reguladoras o foro natural de mediação e solução dos litígios aos olhos das partes 
diretamente interessadas.
A resolução de conflitos pelas agências também se torna mais interessante, se comparada 
à atuação do Poder Judiciário, pelas seguintes características:
Agências Reguladoras
Atuam de forma homogênea
e sistemática, ou seja, são 
dadas soluções similares para
casos que envolvem a mesma
matéria, pois usam critérios
técnicos e objetivos.
Atuam na prevenção do
surgimento dos conflitos,
mediante controle prévio
e acompanhamento
constante da atuação das
empresas reguladas.
Atua de forma assistemática
e aleatória, pois cada juiz
tem autonomia para decidir
conforme sua convicção,
a partir de fatos e provas
constantes do processo. 
Atua somente quando
provocado.
Poder Judiciário
Assim, a solução de conflitos feita pelas agências é cada vez mais aceita, já que esses ór-
gãos são considerados os mais técnica e estruturalmente preparados para tomarem as decisões 
nas matérias objeto da regulação.
4.3 Regulamentação
O poder normativo conferido às agências é visto com cuidado e receio por parte da 
doutrina.
A diferença essencial entre as autarquias (gênero do qual as agências reguladoras fazem 
parte) e os entes políticos (União, estados, DF e municípios) é a capacidade de legislar, que não 
é competência das entidades autárquicas.
Entretanto, o poder normativo das agências permite a elas expedirem normas técnicas e 
setoriais, as quais muitas vezes inovam no mundo jurídico.
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Assim, o motivo do receio é que uma autarquia, entidade da Administração Indireta, esta-
ria legislando, atribuição reservada, a princípio, somente para o poder central do Estado.
Art. 84, IV, da CF/1988: Compete ao Presidente da República sancionar, promulgar 
e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua 
fiel execução.
Qual a justificativa para as agências poderem expedir 
normas?
Alguns autores, como Lucas Rocha Furtado, entendem que a competência de edição de 
normas para regulamentar a execução das leis é privativa do Presidente da República, com base 
no art. 84, IV, da CF/1988.
Nesse entendimento, o poder de regular das agências enquadrar-se-ia no poder discricio-
nário conferido ao administrador público por lei, a ser exercido nos estritos limites legais.
Assim, considerando a impossibilidade de o legislador definir, a priori, a melhor solução a 
ser adotada para todas as situações concretas, as normas expedidas pela agência enquadram-se 
na manifestação de conveniência e oportunidade conferida à atuação do administrador público, 
devendo estar, porém, em estrita consonância com a legislação.
Outros autores, a exemplo de Marcelo Alexandrino e Marçal Justen Filho, por sua vez, 
entendem que outras entidades da Administração Pública, como as agências reguladoras, têm 
capacidade para regulamentar a execução das leis.
Nesse entendimento, as agências poderiam editar normas de natureza estritamente técni-
ca, desde que exista uma lei (geralmente a lei instituidora da agência) que, em termos expressos:
• autorize a elaboração normativa;
• estabeleça claramente os assuntos sobre os quais ela poderá ser exercida (delimitação 
das áreas de competência da agência reguladora);
• fixe as diretrizes, parâmetros e metas que devem ser observados pelo órgão técnico.
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Aula 4 - Estado Regulador
De um ou de outro modo, hoje em dia a doutrina aceita o poder normativo conferido às 
agências, sobretudo porque se trata de assuntos técnicos, nos quais as agências são altamente 
especializadas.
Naturalmente, o poder regulamentar das agências não significa outorgar-lhes indepen-
dência absoluta. Alémde dever ser exercido nos estritos limites legais, como dito antes, também 
está sujeito ao controle do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas, inclusive sob o aspecto 
da operacionalidade, pelo qual até a economicidade dos atos é analisada.
Controle: O TCU exerce normalmente suas competências de controle externo, 
previstas no art. 71 da CF/1988, sobre as agências reguladoras.
É certo que parte da liberdade que as agências têm no poder regulamentar é ampliada 
pelo fato de que as leis que definem as suas atribuições utilizam, muitas vezes, conceitos genéri-
cos estabelecendo apenas princípios ou parâmetros a serem observados pelas entidades.
O entendimento mais razoável a ser dado a essa liberdade é o termo “discricionariedade 
técnica”. Este termo relaciona-se à necessidade de certas normas ou decisões administrativas 
considerarem um nível de especialização tal que somente aquele agente, entidade ou órgão teria 
elementos necessários para indicar a solução a ser adotada.
É importante ressaltar que, embora as agências tenham discricionariedade técnica para 
decidirem pelas melhores soluções, a atribuição de definir as políticas públicas relativas aos seto-
res regulados é exclusiva das entidades políticas. Por exemplo, cabe aos entes políticos definir as 
políticas tarifárias, bem como os mecanismos e os parâmetros de revisão das tarifas.
A discricionariedade técnica deve ser condizente com as características das 
entidades especializadas nas matérias dos setores que devem regular. 
4.4 Características mais comuns
No modelo brasileiro, apenas duas agências têm base constitucional expressa:
• o art. 21, XI, da CF/1988 prevê que a lei deve dispor sobre a organização dos serviços 
de telecomunicações, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
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• o art. 177, § 2º, III, da CF/1988 determina que a lei deve dispor sobre a estrutura e 
atribuições do órgão regulador do monopólio da União, em matérias relativas a petróleo.
Assim, a Lei 9.472/1997 criou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ao passo 
que a Lei 9.478/1997 instituiu a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Afora essas duas agências, todas as outras foram criadas exclusivamente por lei. Como o 
texto constitucional não cuidou de definir as características inerentes a este tipo de entidade, 
cabe a cada lei específica pronunciar-se sobre as peculiaridades inerentes a cada agência.
Já vimos as características apontadas pela doutrina como necessárias para que as agências 
exerçam a atividade de regulação adequadamente.
Vimos, também, que a Lei 9.986/2000 regulou a gestão de recursos humanos de todas as 
agências reguladoras federais. 
Embora as leis instituidoras definam algumas características distintas para essas agências 
reguladoras, podemos identificar características comuns, tais como:
• Exercem função regulatória sobre determinado setor de atividade econômica, ou 
concernente a determinadas relações jurídicas decorrentes das atividades econômicas 
em geral;
• Contam com instrumentos que asseguram razoável autonomia perante o Poder 
Executivo;
• Possuem amplo poder normativo, no que concerne às áreas de sua competência;
• Submetem-se, como qualquer outra entidade integrante da Administração Pública, aos 
controles judiciais e parlamentar plenos.
Existe outra característica comum a todas as agências reguladoras. A Lei 10.871/2004, 
que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das agências, prevê que 
os agentes encarregados das atribuições típicas dessas agências devem ser servidores públicos 
estatutários, sujeitos ao regime jurídico da Lei 8.112/1990.
As pessoas que trabalham na atividade fim das agências reguladoras devem ser 
servidores públicos estatutários.
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Essa é outra disposição que tenta dar mais independência à atuação das agências, pois o 
regime estatutário garante mais estabilidade ao servidor que o regime celetista.
A mesma Lei 10.871/2004 estabelece, em seu art. 3º, parágrafo único, que a esses agen-
tes, no exercício das atribuições de natureza fiscal ou decorrentes do poder de polícia, são 
asseguradas:
(...) as prerrogativas de promover a interdição de estabelecimentos, instalações ou equipa-
mentos, assim como a apreensão de bens ou produtos, e de requisitar, quando necessário, o 
auxílio de força policial federal ou estadual, em caso de desacato ou embaraço ao exercício 
de suas funções.
Assim, fica claro que o legislador tentou garantir a independência inclusive dos servidores 
das agências reguladoras, para dar mais efetividade à atuação dessas entidades.
5. Exemplos de agências reguladoras
Vimos as funções do Estado Regulador e algumas características das instituições que reali-
zam a regulação. Veremos, agora, exemplos de algumas agências reguladoras federais.
Agência Nacional de Águas (ANA)
Criada pela Lei 9.984/2000, a Agência Nacional de Águas (ANA) é vinculada ao Ministério 
do Meio Ambiente. Tem a finalidade de implementar, em sua esfera de atribuições, a 
Política Nacional de Recursos Hídricos, integrando o Sistema Nacional de Gerenciamento 
de Recursos Hídricos.
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Criada pela Lei 11.182/2005, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é vinculada ao 
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Tem competência para regular e fiscali-
zar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária.
Agência Nacional do Cinema (ANCINE)
Criada pela Medida Provisória 2.228-1/2001, a ANCINE foi inicialmente vinculada ao 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas hoje em dia é vinculada 
ao Ministério da Cultura. A ANCINE tem competência para realizar o fomento, regulação 
e fiscalização da indústria cinematográfica e videofonográfica.
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Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Criada pela Lei 9.427/1996, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é vinculada ao 
Ministério de Minas e Energia. Tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmis-
são, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas 
e diretrizes do Governo federal.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Criada pela Lei 9.478/1997, a Agência Nacinal do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 
(ANP) é vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Tem por finalidade promover a regu-
lação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do 
petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis.
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Criada pela Lei 9.961/2000, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é vinculada 
ao Ministério da Saúde. Tem por finalidade institucional promover a defesa do interesse 
público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive 
quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvi-
mento das ações de saúde no País.
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
Criada pela Lei 9.472/1997, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) é vincula-
da ao Ministério das Comunicações. Tem competência para adotar as medidas necessárias 
para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações 
brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade 
e publicidade.
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e Agência Nacional de 
Transportes Terrestres (ANTT)
Criadas pela Lei 10.233/2001, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) 
e a Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT são vinculadas ao Ministério dos 
Transportes, Portos e Aviação Civil. Têm por finalidade regular ou supervisionar, em suas 
respectivas esferas e atribuições, as atividades deprestação de serviços e de exploração da 
infraestrutura de transportes, exercidas por terceiros. Essa regulação preservou o interesse 
público, os objetivos dos usuários, das empresas concessionárias, permissionárias, autori-
zadas e arrendatárias, e de entidades delegadas, arbitrando conflitos de interesses e impe-
dindo situações que configurem competição imperfeita ou infração da ordem econômica.
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Criada pela Lei 9.782/1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é vincula-
da ao Ministério da Saúde. Tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde 
da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de 
produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, bem como da fiscalização dos am-
bientes, dos processos, dos portos, dos aeroportos e das fronteiras e da incorporação de 
novos insumos e tecnologias aos produtos e serviços regulados.
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Síntese
Nesta aula, vimos algumas características do Estado Regulador e das 
instituições que realizam a regulação.
A necessidade do Estado Regulador surge da descentralização de ati-
vidades para o setor privado. Assim, a intervenção no domínio econômico 
tem o objetivo de garantir a prestação satisfatória dos serviços e o equilíbrio dos interesses das 
partes envolvidas: o próprio Estado, as empresas prestadoras e os usuários dos serviços.
Vimos que a regulação não decorre, necessariamente, da privatização de serviços públicos, 
pois a atividade regulatória é exercida também em setores que o Estado nunca prestou serviços, 
como o de saúde suplementar.
O tipo mais comum de instituição que realiza regulação são as agências reguladoras 
(autarquias de regime especial). A essas entidades deve ser garantida a maior independência 
possível. Eis alguns exemplos de medidas que visam garantir essa independência:
• autonomia financeira;
• mandato fixo de dirigentes;
• nomeação de dirigentes com base em critérios técnicos;
• quarentena para os dirigentes poderem ser recrutados pelas empresas do setor.
As agências reguladoras, por serem bastante especializadas, têm sido consideradas o foro 
natural para a resolução de conflitos entre as partes, pois as matérias tratadas geralmente são 
bem complexas.
Ademais, as entidades reguladoras têm competência para expedir normas aos respecti-
vos setores, desde que nos estritos limites estabelecidos pela lei (geralmente a lei instituidora da 
agência).
Embora o modelo de agências reguladoras (autarquias) seja o ideal para se exercer a re-
gulação, vimos que existem outros órgãos e entidades que também são responsáveis por 
essa função, como a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e os Procons 
estaduais e municipais.
Apesar de as agências reguladoras serem entidades bastante peculiares, vimos que se 
submetem normalmente aos controles dos Poderes Legislativo e Judiciário, inclusive ao controle 
externo exercido pelo TCU.
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Tribunal de Contas da União
Aula 4 - Estado Regulador
Bibliografia
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	5. Exemplos de agências reguladoras
	4.4 Características mais comuns
	4.3 Regulamentação
	4.1 Independência
	4. Características das agências reguladoras
	3. O surgimento das agências reguladoras
	2. Estado Regulador
	1. Introdução 
	4.2 Resolução de conflitos
	Síntese
	Bibliografia

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