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Gestão preliminar do canteiro de obras

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GESTÃO DE 
OBRAS
Júlia Hein Mazutti
Gestão preliminar 
do canteiro de obras 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os diferentes tipos de canteiros de obras e seus componentes.
 � Organizar os diversos projetos constituintes da obra.
 � Definir processos de administração de materiais e de equipamentos 
em canteiros de obras.
Introdução
Quando você imagina um canteiro de obras, no que você pensa? Um 
canteiro de obras é tipicamente imaginado como algo desorganizado 
e bagunçado, mas ele deve ser encarado como o cartão de visitas de 
uma construção. Imagine a impressão do seu cliente ou do seu chefe 
em ver o canteiro de obras, do qual você é responsável, ajeitado e bem 
estruturado. Isso trará uma ótima primeira impressão sobre a obra e 
melhorará seu relacionamento com eles. Além disso, um canteiro de 
obras limpo e organizado facilita muito a execução da obra, deixando-
-a mais dinâmica e em harmonia com o meio ambiente local. Acima 
de tudo, sua organização é primordial no aumento da eficiência e da 
produtividade da obra, diminuindo, consequentemente, o número de 
acidentes de trabalho.
Neste capítulo, você vai aprender pontos essenciais para uma boa 
gestão de canteiro de obra. Primeiramente, você vai saber o que é um 
canteiro de obras e identificar os tipos de canteiros existentes e suas 
características. Em seguida, você vai ver que existem muitos projetos 
dentro da mesma obra e que é essencial conhecê-los e compatibilizá-los. 
Você conhecerá também uma maneira simples e muito útil de observar 
os projetos que serão executados na sua obra, a estrutura analítica do 
projeto (EAP). Por último, você vai entender as principais medidas de ad-
ministração e organização dos materiais e equipamentos em um canteiro 
de obras. Vai aprender as localizações mais indicadas para cada tipo de 
material e equipamento, a melhor maneira de estocá-lo, as medidas de 
segurança para evitar acidentes e a importância do planejamento do 
layout de um canteiro obras.
Tipos de canteiros de obras e seus componentes
Antes de começar a entender os tipos de canteiro de obras existentes, você já 
se perguntou o que é um canteiro de obras? A norma da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas NBR 12284 – Áreas de Vivência em Canteiros de Obra 
define canteiro de obras como áreas destinadas à execução e ao apoio dos 
trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e 
áreas de vivência (ASSOCIAÇÃO..., 1991). Você pode entender o canteiro de 
obra como o local que gera uma determinada construção. Ele nada mais é do 
que uma fábrica, trabalhando para construir seu produto final: a obra.
Segundo Illingworth (2000), os canteiros de obra podem ser classificados 
em três diferentes tipos, descritos a seguir.
 � Restritos: é quando a construção ocupa todo o terreno, ou boa parte 
dele, e a obra tem acessos restritos. Exemplos desse tipo de canteiros 
são obras em áreas centrais de grandes cidades, ampliações e reformas.
 � Amplos: é quando a construção ocupa uma parcela relativamente pe-
quena do terreno da obra. Nos canteiros amplos, há disponibilidade 
de acesso de veículos e há espaço para o armazenamento de materiais 
e o alojamento de pessoas. Alguns exemplos desse tipo de canteiro 
são construções de conjuntos habitacionais horizontais, de plantas 
industriais, de barragens, de usinas hidrelétricas e outras construções 
de grande porte.
 � Longos e estreitos: são canteiros restringidos por uma de suas dimen-
sões, com o acesso limitado a poucos pontos do terreno. Exemplos de 
canteiros longos e estreitos são rodovias, estradas de ferro, redes de 
gás e petróleo e algumas construções de prédios em terrenos estreitos.
Gestão preliminar do canteiro de obras2
Veja a seguir duas dicas para o planejamento de canteiros restritos fornecidas por 
Illingworth (2000).
 � Começar pela fronteira mais difícil: executar os serviços das divisas mais problemá-
ticas antes do resto da obra evita que se tenha que acessar essa divisa nas fases 
posteriores de execução da obra, em que outros fatores podem dificultar o acesso.
 � Criar espaços utilizáveis no térreo o quanto antes: em obras com nível subterrâneo 
ocupando quase todo terreno da obra, o ideal é concluir o nível térreo o mais cedo 
possível para poder montar seu canteiro de obras permanente.
A NBR 12284 ainda define duas áreas principais do canteiro de obras: as áreas 
operacionais e as áreas de vivência (ASSOCIAÇÃO..., 1991). Os componentes 
das duas áreas e a especificação de cada uma delas serão descritos a seguir.
 � Áreas operacionais: são aquelas em que se desenvolvem as atividades 
de trabalho ligadas diretamente à produção.
 � Áreas de vivência: são aquelas destinadas a suprir as necessidades 
básicas humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, 
convivência e procedimentos ambulatoriais, devendo ficar fisicamente 
separadas das áreas operacionais.
Componentes de áreas da operação:
a) Escritórios:
 ■ Gerente do contrato
 ■ Administração contractual
 ■ Custos e orçamentos (novos serviços)
 ■ Planejamento
 ■ Produção 
 ■ Qualidade
 ■ Segurança do trabalho
 ■ Meio ambiente
b) Áreas de apoio à produção
 ■ Mestre de obras
 ■ Almoxarifado (obra, escritório, EPI)
 ■ Laboratório de qualidade
 ■ Central de armação
3Gestão preliminar do canteiro de obras
 ■ Área de carga e descarga
c) Áreas de apoio à produção especial
 ■ Central de solda
 ■ Área de carga e descarga / armazenagem de pré-moldado
 ■ Central de concreto
 ■ Pátio de manutenção de equipamentos
 ■ Balança
 ■ Central de andaimes
 ■ Central de esquadrias 
Componentes das áreas de vivência:
a) Áreas comuns:
 ■ Instalações sanitárias
 ■ Vestiários
 ■ Refeitório/cozinha 
 ■ Alojamento (em alguns casos)
 ■ Ambulatório
 ■ Lavanderia 
 ■ Área de treinamento
b) Geral 
 ■ Guarita
 ■ Estacionamento
 ■ Vias de acesso
 ■ Coleta seletiva (classes A, B, C e D)
A organização do canteiro de obras deve estar de acordo com as normas 
vigentes, em que se destaca a Norma Regulamentadora 18 (NR-18) — Con-
dições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Essa norma 
torna obrigatória a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente 
de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) para estabelecimentos 
com mais de 20 trabalhadores, exigindo o cumprimento da NR-18 e de outros 
dispositivos de segurança. São detalhadas a seguir algumas das exigências da 
NR-18 sobre as áreas de vivência do canteiro de obras. A NR-18 destaca que 
os canteiros devem dispor dos seguintes itens (BRASIL, 2015):
 � Instalações sanitárias: deve conter lavatório, vaso sanitário e mictório, 
na proporção de 1 para cada grupo de 20 trabalhadores, e chuveiro na 
proporção de 1 para cada 10 trabalhadores.
Gestão preliminar do canteiro de obras4
 � Vestiário: todo canteiro de obra deve ter vestiário para a troca de roupa 
dos trabalhadores que não residem no local. A localização do vestiário 
deve ser próxima aos alojamentos ou à entrada da obra e não ter acesso 
direto com o local de refeições.
 � Alojamento: devem ter camas com lençol, travesseiro, fronha e cobertor 
quando necessário. É proibido o uso de três ou mais camas na mesma 
vertical. A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada. 
Devem ter armários duplos individuais. É proibido cozinhar ou aquecer 
comida dentro dos alojamentos. É obrigatório o fornecimento de água 
potável, filtrada e fresca, por meio de bebedouros de jato inclinado ou 
similar, na proporção de 1 para 25 trabalhadores.
 � Local de refeições: é obrigatório nos canteiros de obras, independente-
mente do número de trabalhadores. Deve ter um local exclusivo para o 
aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado. É proibido 
preparar ou aquecer refeições fora do local de refeições. É obrigatório, 
nesse local, o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, por meio 
de bebedouros de jato inclinado ou similar, sendo proibida a utilização 
de coposcoletivos.
 � Cozinha: é obrigatória quando houver preparo de refeições na obra. 
É obrigatório ter pia para lavar alimentos e utensílios, ter ventilação, 
dispor de recipiente para coleta de lixo com tampa, ter equipamento 
de refrigeração e ficar adjacente ao local de refeições. É obrigatório 
o uso de aventais e gorros para as pessoas que trabalham na cozinha.
 � Lavanderia: deve ter tanques individuais ou coletivos em número 
adequado. A empresa pode contratar serviço terceirizado para atender 
a este item.
 � Área de lazer: devem ser previstos lugares para a recreação dos tra-
balhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para 
este fim.
 � Ambulatório: obrigatório quando houver mais de 50 trabalhadores.
A NR-18 destaca que a presença de alojamento, lavanderia e área de lazer é obrigatória 
para obras em que houver trabalhadores alojados. As áreas de vivência devem ser 
mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
5Gestão preliminar do canteiro de obras
A necessidade de um canteiro de obras limpo e organizado vai além das 
recomendações da NR-18. O canteiro deve apresentar um layout e uma logística 
funcional, que estejam de acordo com as normas, com as necessidades de 
armazenamento e estoque de materiais e com a necessidade de movimentação 
vertical e horizontal de pessoas, materiais e equipamentos.
O layout e a logística do canteiro de obras definem a disposição de pessoas, 
equipamentos e materiais no terreno, buscando um arranjo eficiente que re-
duza o máximo possível as movimentações na obra. As atividades principais 
da logística dizem respeito ao transporte, ao processamento de pedidos e ao 
gerenciamento de estoque, enquanto as atividades secundárias envolvem 
manuseio de materiais, armazenagem, compras e sistema de informação. O 
layout deve ser pensado em todas as fases da obra de maneira estratégica e 
levando em conta as atividades da logística. Com isso, o tempo de trabalho 
das pessoas é melhor aproveitado, o manuseio desnecessário dos equipamentos 
diminui, evitando acidentes de trabalho, e a produtividade da obra aumenta.
Um elemento facilitador muito utilizado em obras é o barracão de obra. 
O barracão pode ser utilizado para diversas funções, como para banheiros, 
vestiários, escritório e estoque de materiais e equipamentos, por exemplo. O 
barracão pode ser construído na própria obra ou, de maneira prática, alugado 
na forma de containers.
A compreensão das partes constituintes e das normas que regem a monta-
gem do canteiro de obras é essencial para desenvolver um bom planejamento 
para a obra. O bom planejamento do canteiro de obras possibilita que o espaço 
físico da obra seja melhor utilizado, de maneira eficiente e segura, minimizando 
movimentações e facilitando tarefas. Ter um canteiro de obra otimizado, limpo 
e organizado significa que o trabalho do gestor será facilitado e os problemas 
serão reduzidos.
Projetos constituintes da obra
Seria ótimo se existisse somente um projeto para a obra inteira. Você já se 
perguntou quantos projetos diferentes existem em uma mesma obra? Como 
gestor, quais projetos você deverá contratar para que sua obra seja bem execu-
tada? Quanto mais completos forem os projetos da obra, menos improvisos e 
imprevistos ocorrerão, facilitando muito seu sucesso. Por outro lado, projetos 
excessivamente detalhados podem ser um desperdício de tempo e dinheiro. 
Então, quais são os projetos mais importantes para uma obra?
Gestão preliminar do canteiro de obras6
Claro que o conjunto de projetos vai depender do tipo de obra. De modo 
geral, para a construção de prédios e casas, destacam-se os seguintes projetos.
 � Projeto de aprovação legal de construção: é o projeto que será ca-
rimbado pela prefeitura da cidade, dando o alvará de construção ou a 
permissão para a execução da obra. Esse documento é necessário tanto 
para obras particulares como para obras públicas e é necessário, muitas 
vezes, para buscar financiamento em bancos. Cada cidade tem seu pró-
prio Plano Diretor, que estabelece algumas regras para as construções 
com o objetivo de urbanizar a cidade de forma organizada. Por exemplo, 
algumas áreas da cidade são destinadas a casas, não podendo ter prédios, 
indústrias ou comércios. O Plano Diretor estabelece também quanto da 
área do terreno poderá ser ocupada pela construção, a distância lateral 
entre as edificações, quanto do terreno deverá permanecer permeável, 
índices de iluminação e de ventilação, entre outros fatores. Algumas 
aprovações de projetos estipulam prazos de validade para o documento 
e outras simplesmente aprovam o início da obra, aspecto que varia de 
cidade para cidade.
 � Projeto arquitetônico: é o projeto de criação estética da obra, em que se 
poderá ver qual o produto final da obra. O projeto deve estar de acordo 
com o Plano Diretor da cidade. Esse projeto apresentará os desenhos 
de fachada da construção e divisões de espaços interiores, mas um 
bom projeto irá muito além disso. Um bom projeto arquitetônico tem 
detalhes sobre os materiais utilizados no interior da construção, como 
pisos, pedras, cerâmicas, rodapés, pontos de iluminação, assim como 
suas especificações e marcas aconselhadas. Ele deve andar junto com 
o projeto estrutural, para que a estrutura desejada possa ser dimensio-
nada pelo engenheiro estrutural e não cause um aumento excessivo 
de gastos. O projeto também deve ser compatibilizado com o projeto 
elétrico, hidráulico e outros possíveis projetos existentes na obra. Nesse 
projeto, pode-se ainda encontrar o projeto de jardins, iluminação externa, 
irrigação, design interno da obra, entre outros elementos estéticos da 
obra, conforme solicitado e contratado.
 � Projeto estrutural: projeto que dimensionará e detalhará a estrutura 
para que ela resista aos esforços a que será submetida e atenda às 
condições mínimas de conforto. Ele dependerá do método construtivo 
utilizado, tipicamente de concreto armado, estrutura metálica, alvenaria 
ou madeira. Ele levará em consideração fatores como clima, ação do 
7Gestão preliminar do canteiro de obras
vento e cargas permanentes e acidentais. Nele constarão as dimensões e a 
localização de vigas, pilares, paredes, lajes e outros elementos estruturais 
da obra. Além disso, o projeto estrutural detalha as especificações de 
resistência mínima dos elementos estruturais, como do concreto, das 
armaduras ou da madeira.
 � Projeto geotécnico e de fundações: projeto em que você encontrará 
as especificações para a construção das fundações que sustentarão 
todas as cargas da estrutura da obra, que serão transferidas para o 
solo. Um problema neste projeto pode colocar em risco toda a estrutura 
construída acima dele. É importante que o projeto das fundações da 
obra seja baseado em sondagens geotécnicas do solo onde a obra está 
sendo construída. Ele especificará o tipo de fundação utilizada, se será 
superficial ou profunda, as suas dimensões, o nível de assentamento, 
o tipo de material utilizado e o detalhamento. O projeto ainda pode 
ter especificações de técnicas de melhoramento ou reforço de solos.
 � Projeto hidráulico: também chamado de projeto hidrossanitário, este 
projeto especifica a passagem das tubulações de água, a posições e os 
diâmetros dos canos, os registros e a posição da caixa d’água. Deve 
levar em consideração a pressão mínima para correto funcionamento 
de registros e chuveiros. O projeto pode ter especificação sobre coleta, 
reservação e distribuição de água. Geralmente o projeto hidráulico 
contempla sistemas de água fria e quente, esgoto, drenagem de águas 
pluviais, assim como sua ligação com o sistema público.
 � Projeto elétrico: projeto que determina como são os circuitos elétricos 
e seus componentes em uma obra, como tomadas, interruptores, lu-
minárias, ar-condicionado, entre outros. O projeto também especifica 
o quadro de distribuição de energia, seus disjuntores, os dispositivos 
de proteção, a ligação com a rede pública de energia e o sistema de 
proteçãocontra descargas elétricas naturais (como para-raios). Deve-se 
ressaltar que as ligações provisórias utilizadas durante a execução da 
obra também devem ser dimensionadas adequadamente, levando em 
conta a segurança dos trabalhadores que irão utilizá-las.
 � Projeto de prevenção contra incêndio (PPCI): é uma exigência legal 
para instalações comerciais, industriais, de diversões públicas e edi-
fícios residenciais multifamiliares. As residências familiares únicas 
não necessitam de PPCI. O projeto visa a amenizar os danos causados 
por incêndios e proteger a integridade física das pessoas e deve ser 
submetido e aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Gestão preliminar do canteiro de obras8
De acordo com a complexidade e o tipo da obra, outros projetos podem ser 
necessários. Alguns exemplos são projeto de terraplanagem, pavimentação, 
acústica, instalações de gás, estacionamento, sinalização, alarme, fôrmas, 
drenagem, ar-condicionado, entre muitos outros. Veja no Quadro 1 os pro-
jetos básicos para a construção de estradas, pontes e barragens. Devem ser 
incluídas análises de sismicidade quando a obra estiver suscetível a sismos. 
Além disso, a necessidade de análise dos impactos ambientais e o projeto de 
medidas mitigadoras também devem ser avaliados para cada obra.
Estrada Ponte Barragem
Estudos geotécnicos 
e geológicos
Estudos hidrológicos 
e hidráulicos
Estudos topográficos
Estudos de tráfego
Estudos de traçado
Projeto geométrico e 
de terraplanagem
Projeto de pavimentação
Projeto elétrico
Projeto de drenagem
Projeto de 
desapropriação
Projeto de interseções, 
retornos e acessos
Projeto de sinalização
Projeto de elementos 
de segurança
Estudos geotécnicos 
e geológicos
Estudos hidrológicos 
e hidráulicos
Estudos topográficos
Estudos de tráfego
Estudos de traçado
Projeto geométrico e 
de terraplanagem
Projeto arquitetônico
Projeto estrutural
Projeto de fundações
Projeto elétrico
Projeto de elementos 
de segurança
Projeto de drenagem
Projeto de 
pavimentação
Projeto de sinalização
Estudos geotécnicos 
e geológicos
Estudos hidrológicos 
e hidráulicos
Estudos topográficos
Estudos de agregados 
(barragem de terra)
Projeto geotécnico 
da barragem 
(barragem de terra)
Projeto estrutural 
(barragem de concreto)
Projeto do reservatório
Projeto do vertedouro
Projeto de acessibilidade
Projeto das áreas 
de operação
Projeto elétrico
Quadro 1. Estudos e projetos necessários para construção de estradas, pontes e barragens
É importante garantir a compatibilização entre os projetos. As tubulações 
do projeto hidráulico podem passar no mesmo lugar de circuitos elétricos, ou de 
uma parte importante da estrutura e das armaduras. Verificar se um projeto está 
interferindo no outro evita imprevistos durante a execução da obra. Por isso, é 
muito importante que os projetistas das diferentes áreas se comuniquem entre 
9Gestão preliminar do canteiro de obras
si, sincronizando seus trabalhos e evitando alterações e retrabalhos futuros. O 
ideal é que os projetos cheguem ao encarregado da obra sem interferências, 
mas a complexidade e a diversidade de projetos de uma obra fazem com que 
alguns pontos passem despercebidos até para projetistas muito experientes. A 
compatibilização de projetos compromete desde o projetista até o trabalhador 
da obra, pois pode gerar retrabalho para todas as partes, e por isso deve ser 
encarado como responsabilidade de todos.
Mesmo buscando uma boa compatibilização de projetos, é comum durante 
a fase de projeto e de construção de uma obra que os projetos originais sofram 
alterações. Isso faz com que as plantas sejam revistas e os projetos tenham 
diversas versões, buscando sempre manter a planta atualizada. Durante a fase 
de projeto é muito importante que as versões finais dos projetos sejam apro-
vadas, assinadas e carimbadas pelos seus responsáveis técnicos. A confusão 
das diversas versões dos projetos, sem oficialização da versão final, pode 
acarretar grandes prejuízos na execução da obra. Por isso, o executor da obra 
deve ter certeza de que está com a versão final dos projetos em mãos. Cabe 
ressaltar que essa validação da versão final do projeto é inclusive utilizada, 
muitas vezes, como fator obrigatório para concorrer a licitações para execução 
de obras públicas. Isso garante que o executor trabalhará com a versão final 
do projeto durante a obra.
A atualização e a organização das versões do projeto também são essenciais 
durante a execução obra. A revisão final, que representa como a obra foi real-
mente construída, é chamada de As Built, em português “Como Construído”. 
O As Built não deve mais sofrer alterações e é a versão do projeto que deve 
ser averbada no órgão de registro da cidade, devidamente acompanhada da 
documentação técnica do responsável pelo projeto. Assim, na hora de fazer 
uma nova obra do terreno, o responsável da obra poderá consultar o As Built 
e verificar quais tipos de interferência poderá encontrar no projeto.
Entretanto, como organizar conjuntamente todos os projetos de uma obra? 
Para facilitar a identificação das atividades que constituem a obra, Mattos 
(2010) aconselha a elaboração da EAP. Trata-se da estrutura hierárquica das 
atividades da obra, que são decompostas progressivamente em atividades 
menores e mais fáceis de manejar. A EAP pode ser feita em três formas, 
conforme se vê na Figura 1.
Gestão preliminar do canteiro de obras10
Figura 1. Três formatos da EAP: (a) árvore, (b) analítico e (c) mapa mental.
Fonte: Mattos (2010).
a) b)
c)
Ca
sa
Es
ca
va
çã
o
Sa
pa
ta
s
A
lv
en
ar
ia
Te
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aç
ão
Ac
ab
am
en
to
Casa
Fundação
Fundação
Estrutura
Estrutura
Escavação
Escavação
Sapatas
Sapatas
Alvenaria
Alvenaria
Telhado
Telhado
Instalações
Instalações
Esquadrias
Esquadrias
Revestimento
Revestimento
Pintura
Pintura
Acabamento
Acabamento
CASA
Pode-se dizer que o sistema de árvore é o mais fácil de se entender, pois 
o processo de decomposição em etapas se assemelha muito ao de uma árvore 
genealógica familiar, com os mais velhos em blocos nos níveis superiores e 
seus filhos nos níveis inferiores. A estrutura analítica é a mais utilizada pelos 
softwares de planejamento. A estrutura de mapa mental é similar à estrutura 
de árvore, porém sem blocos e distribuída radialmente com uma ideia central.
A EAP deve ser feita com especial atenção, pois se alguma atividade for 
esquecida, todo o planejamento da obra deverá ser reformulado e isso poderá 
atrasar a obra, levando à elaboração de projetos de última hora. Mattos (2010) 
ressalta que o desmembramento das atividades da obra não é uma tarefa fácil 
e deve ter a colaboração de todas as pessoas envolvidas no projeto. A elabo-
ração da EAP exige um entendimento aprofundado da metodologia utilizada 
no projeto para possibilitar a transformação de tarefas maiores em pacotes de 
tarefas menores e de fácil compreensão.
11Gestão preliminar do canteiro de obras
Até onde você deve decompor sua EAP? Detalhar demais as atividades pode ser 
desperdício de tempo e de dinheiro, além de poder deixar sua EAP confusa. Por 
exemplo, não é preciso detalhar o posicionamento de cada tijolo de uma parede. 
Para ajudar, Mattos (2010) destaca o tempo mínimo de um dia e o tempo máximo de 
10 dias. Ou seja, se a atividade durar menos de um dia, ela é pequena demais para 
constar em sua EAP, e se a atividade durar mais de 10 dias, ela deve ser decomposta 
em atividades menores.
Administração de materiais e de equipamentos 
em canteiros de obras
Durante uma obra, muitos materiais e equipamentos passam pelo canteiro. 
Você já se perguntou qual é a melhor forma de organizá-los para facilitar o 
andamento da obra, mantê-la limpa e diminuir desperdícios? Isso está direta-
mente ligado ao planejamento do layout da obra e sua logística, que definirá 
estratégias para a movimentação e o armazenamento por meio da elaboração 
de um arranjo físico para o canteiro.
Para começar,deve-se selecionar e classificar os materiais quanto ao seu 
tempo de aplicabilidade na obra, conforme a necessidade de cada. Um exemplo 
é dividi-los em três tipos: tipo 1, que serão adquiridos somente uma vez durante 
a obra, como elevador, betoneira, louças, caixa d’água, entre outros; o tipo 
2, de materiais recebidos em um determinado período diversas vezes, como 
tijolos, concreto, armaduras, entre outros; e tipo 3, para materiais adquiridos 
toda a semana. Os materiais podem mudar de categoria dependendo das ne-
cessidades de cada obra. Deve-se elaborar o planejamento de entrada e saída 
dos equipamentos da obra, evitando custos desnecessários e desocupando 
espaços no canteiro de obras.
Para melhor administrar a movimentação e o armazenamento de materiais 
e equipamentos na obra, Saurin e Formoso (2006) definem algumas diretri-
zes que estão divididas em nove grupos. Essas diretrizes serão analisadas 
posteriormente. São elas:
 � Dimensionamento das instalações.
Gestão preliminar do canteiro de obras12
 � Definição do layout das áreas de armazenamento.
 � Posto de produção de argamassa e concreto.
 � Vias de circulação.
 � Disposição do entulho.
 � Armazenamento de cimento e agregados.
 � Armazenamento de blocos e tijolos.
 � Armazenamento de aço e armaduras.
 � Armazenamento de tubos de PVC.
O dimensionamento de instalações de movimentação e armazenamento 
usualmente adotadas para canteiros de obras de prédios, conforme Saurin e 
Formoso (2006), é apresentado no Quadro 2. Esse quadro destaca algumas 
das instalações mais importantes dos canteiros de obra.
Fonte: Adaptado de Saurin e Formoso (2006).
Instalação Dimensões usuais
Elevador de carga 1,80 m × 2,30 m
Baias de agregados Largura: igual ou maior à caçamba do caminhão
Altura e comprimento: suficientes para o estoque
Usualmente: 3,00 m × 3,00 m × 0,80 m
Estoques de cimento Estimadas com base no planejamento
Saco de cimento: 0,70 m × 0,45 m × 0,11 m
Altura máxima da pilha: 10 sacos
Estoque de blocos Estimadas com base no planejamento 
Saco de cimento: 0,70 m × 0,45 m × 0,11 m 
Altura máxima da pilha: 10 sacos
Caçamba tele-entulho 1,60 m × 2,65 m
Bancada de fôrmas Um pouco maiores do que a maior 
viga ou pilar a ser executado
Portão de veículos Altura e largura que permitam a passagem 
do maior veículo que entrará na obra
Usualmente: 4,00 m × 4,50 m (largura x altura)
Quadro 2. Dimensões usuais de instalações em canteiros de obra
13Gestão preliminar do canteiro de obras
Para a definição do layout das áreas de armazenamento, aconselha-se 
tentar armazenar todos os materiais possíveis no subsolo. Essa medida libera 
o pavimento térreo para instalações provisórias, favorece a limpeza das áreas 
de vivência, protege os materiais armazenados de intempéries e facilita a cir-
culação de materiais e trabalhadores, já que o subsolo é geralmente uma área 
desobstruída. O descarregamento de material pode ser feito por meio de uma 
abertura na laje do subsolo ou na parede do subsolo, com utilização opcional 
de rampas. Em razão da forma e do volume de alguns materiais, como telas 
de aço e blocos de alvenaria, aconselha-se o planejamento de entregas do 
material conforme a obra for executada, com entrega diretamente no local de 
uso por meio de pallets, para reduzir a necessidade de estoque desses materiais. 
Quando as áreas de armazenamento não podem ser no subsolo, aconselha-se 
que ela seja próxima ao descarregamento do material pelos caminhões, para 
minimizar movimentações, e em área coberta.
O posto de produção de argamassa e concreto define a localização da 
betoneira e dos materiais utilizados para fazer o concreto. Aconselha-se que o 
posto se situe próximo do elevador de carga, cuidando para evitar o cruzamento 
de fluxos. O posto deve estar em um local coberto, podendo ser sob a própria 
construção ou sob um telhado construído para esse fim.
Uma dica para manter o canteiro de obras limpo e organizado é envolver toda a 
equipe por meio de treinamento, recompensas e conscientização. Para a implantação 
de um programa de qualidade existe o programa 5S, que incentiva a prática de cinco 
sensos nas pessoas.
 � Descarte (seiri): identificar objetos e materiais desnecessários e descartá-los, 
liberando espaços no canteiro.
 � Ordem (seiton): estabelecer o lugar certo para os objetos ou materiais, por meio 
de sinalizações, diminuindo o tempo de busca.
 � Limpeza (seiso): a limpeza deixa o ambiente mais agradável para se trabalhar e 
melhora a imagem da empresa.
 � Asseio (seiketsu): busca conscientizar a equipe quanto à necessidade de higiene 
individual e de condições de trabalho satisfatórias quanto a ruído, temperatura e 
iluminação, por exemplo.
 � Disciplina (shitsuke): incentivar responsabilidade e iniciativa nos trabalhadores, 
por exemplo, com o incentivo da utilização dos equipamentos de proteção indi-
vidual (EPI).
Gestão preliminar do canteiro de obras14
As vias de circulação de pessoas e equipamentos deve constar no layout 
do canteiro de obras. Deve-se executar o contrapiso antes de alocar qualquer 
estoque, com objetivo de facilitar a circulação e evitar perdas de materiais, 
redução de produtividade e acidentes de trabalho. O trajeto de caminhões deve 
ser em solo estável, se necessário, com uma camada de brita. A drenagem das 
vias de pessoas e veículos deve ser adequada. Deve-se verificar se a interfe-
rência de escoramentos e sacadas na circulação de pessoas e veículos, para 
evitar soluções improvisadas de alteração de layout durante a obra.
O entulho, apesar de indesejado, existe em todas obras. A disposição de 
entulho deve ser feita em local específico para esse fim, com caçamba ou baia 
de armazenamento. A descarga pode ser feita por meio de tubos coletores, 
evitando, assim, o desperdício de material e mão de obra. A caçamba ou baia 
de armazenamento de entulho deve estar localizada próximo ao local de des-
carte de material ou abaixo do tubo coletor e deve ser um lugar acessível ao 
caminhão de coleta. É desejável separar os depósitos de entulho para materiais 
e lixo orgânico, possibilitando também a separação de entulho reaproveitável. 
A Figura 2 apresenta um uso comum de caçamba e tubo coletor para descarga 
de entulho.
Figura 2. Tubo coletor de entulho e caçamba e conexão para descarte por andares.
Fonte: Rita Romanyshyn/Shutterstock.com.
15Gestão preliminar do canteiro de obras
Algumas recomendações sobre o armazenamento de cimento e agrega-
dos em canteiros de obra são descritas por Bonin et al. (1993). Um resumo é 
apresentado no Quadro 3, para cimento e agregados separadamente.
Fonte: Adaptado de Bonin et al. (1993).
Cimento Agregados
Manter estoques em locais abrigados ou cobri-los com lona impermeável
Pilhas de sacos distanciadas 0,30 
m de paredes e 0,50 m do teto, 
para evitar contato com umidade 
e permitir a circulação de ar
Baias com no mínimo três lados 
e cerca de 1,20 m de altura
Pilhas de no máximo 10 sacos Pilhas de no máximo 1,50 m de altura
Obras com grandes estoques: utilizar 
sacos mais velhos antes dos novos
Largura das baias de no mínimo 3 m
Localizar sobre um estrado para evitar 
a ascensão de umidade do piso
Estocar sobre lajes ou piso 
cimentado (ou desprezar 
últimos 15 cm de estoque)
Regiões muito quentes: empilhar no 
máximo cinco sacos, evitar lonas de 
cor preta e afastar as pilhas em 0,50 m
Providenciar boa drenagem 
para a baia de estoque
Quadro 3. Recomendações para armazenamento de cimento e agregados
Para o armazenamento de blocos e tijolos, destaca-se os seguintes as-
pectos: local de estoque deve estar nivelado e limpo; separar blocos e tijolos 
por tipos; altura máxima de 1,40 m, para evitar que os trabalhadores ergam 
os braços demasiadamente; estoque localizado em zona coberta ou cobri-lo 
com lona impermeável; aconselha-se marcar no solo a zona delimitada para 
o estoque; o descarregamento desses materiais deve ser feito o mais próximo 
possível da zona de uso ou do equipamento de transporte vertical de materiais; 
utilizarpallets para sua movimentação ou carrinhos porta-blocos.
O armazenamento de aço e armaduras depende da agressividade do 
meio em que a obra se encontra, conforme destaca Bonin et al. (1993). Em 
meios fortemente agressivos, por exemplo, em regiões perto do mar ou 
Gestão preliminar do canteiro de obras16
industriais, deve-se armazenar o aço e as armaduras pelo menor tempo 
possível, manter os estoques cobertos e abrigados em galpões. Para meios 
medianamente e fracamente agressivos, como em regiões com umidade 
do ar alta e média, recomenda-se cobrir o estoque com lonas plásticas. Os 
seguintes cuidados são recomendados para todos os meios: barras separadas 
e identificadas por diâmetro; deve-se ter mais atenção com aços já cortados 
ou dobrados, em razão do rompimento da película protetora das barras; em 
obras com pouco espaço, pode-se estocar as barras em ganchos nas paredes; 
proteger as pontas horizontais e verticais de vergalhões para evitar acidentes 
de trabalho.
Para o armazenamento de tubos de PVC, algumas dicas são: armazenar 
preferencialmente no almoxarifado, ou então em lugares sem exposição direta 
ao sol ou cobertos com lona; separar e identificar por bitolas; e, para obras 
com pouco espaço, podem ser armazenados em ganchos na parede.
Lembre-se que a utilização de barracões de obra pode ser muito útil para a 
estocagem de materiais. O barracão é um ambiente protegido de intempéries, 
coberto e com piso. Além dessa dica, é sempre bom lembrar que q limpeza 
do canteiro de obras é essencial para o aumento da eficiência da obra e para 
que o ambiente de trabalho seja mais agradável.
A NR-18 destaca, nos itens 18.14 — Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas 
e 18.24 — Armazenagem e Estocagem de Materiais, alguns aspectos essenciais que 
devem ser cumpridos para garantir a segurança das pessoas e o correto armazenamento 
e transporte de materiais no canteiro de obras.
Como você pode perceber, a criação de um layout adequado para todos 
os materiais que passarão na obra não é fácil, porém existem muitas dicas e 
recomendações que facilitam a tarefa. É sempre desejável que vários membros 
da equipe opinem sobre o layout do canteiro de obras, em especial os próprios 
trabalhadores da obra. Deve-se buscar a minimização de deslocamentos e evitar 
o desperdício de materiais, sempre priorizando a segurança dos trabalhadores. 
Mas, lembre-se: o layout de um canteiro está sempre se modificando em função 
das suas necessidades e do desenvolvimento da obra.
17Gestão preliminar do canteiro de obras
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284:1991. Áreas de vivência 
em canteiros de obras – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1991.
BONIN, L.C. et al. Manual de referência técnica para estruturas de concreto armado con-
vencionais. Porto Alegre: Sinduscon/RS, 1993.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora NR 18. Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Brasília, DF, 2015. Disponível em: 
<http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-re-
gulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de- 
trabalho-na-industria-da-construcao>. Acesso em: 22 out. 2018.
ILLINGWORTH, J. R. Construction: Methods and Planning. 2. ed. London: CRC Press, 2000.
MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Pini, 2010. 
OLIVEIRA, C. F. Canteiro de obra: componentes. 20 abr. 2016. Disponível em: <https://
pt.slideshare.net/CarolinaFerreiradeOl/aula-1-componentes-de-canteiro-de-obra>. 
Acesso em: 22 out. 2018.
SAURIN, T. A.; FORMOSO, C. T. Planejamento de canteiros de obra e gestão de processos. 
Porto Alegre: ANTAC, 2006. (Recomendações técnicas HABITARE, 3).
Gestão preliminar do canteiro de obras18
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