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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-814

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Medicamentos na prática clínica 815 
do acúmulo do metabólito nor1noperidina, que pode causar convulsões, tor-
nam-na um fármaco menos seguro do que outros opioides, como a morfina, 
por exemplo. 
Tolerância e dependência, comum a todos os agonistas opioides, podem resultar do uso 
prolongado e da alta dosagem. A síndrome de abstinência, com sintomas e sinais de hi-
perexcitabilidade do sistema autonômico simpático, pode ocorrer com a suspensão abrup-
ta da medicação. Os agonistas opioides devem ser descontinuados de modo gradual, em 
geral 1 O a 20o/o da dose a cada dia. Usar com cautela em pacientes drogaditos. 
Os antagonistas dos receptores opioides, naloxona e naltrexona, são úteis 
na reversão da intoxicação pelos agonistas desses receptores e podem precipi-
tar síndrome de abstinência. 
Codeína 
Nomes comerciais. Belacodid® (associa-
do com fenitilamina, homatropina, pen-
tetrazol), Bromalgina® (associado com 
dipirona e homatropina), eodein®, eoda-
ten ® e associado com diclofenaco sódico)' 
eodex® (associado com paracetamol), 
Setux® (associado com feniltoloxamina e 
guaiacolato de glicerina), Tylex® (associa-
do com paracetamol). 
Apresentações. eps com 30 e 60 mg; cps 
de 7,5 ou 30 mg quando associada ao pa-
racetamol; xpe com 120 mL. 
Usos. Dor leve a moderada, principalmen-
, , . . 
te no pos-operatorio e em pacientes com 
neoplasias; tosse (em doses baixas). 
Contraindicações. Hipersensibilidade aos 
componentes da fórmula. 
Posologia. Adultos: analgesia: 30-60 mg, 
VO, a cada 4-6 horas; 30 mg, IM ou se, a 
cada 4-6 horas; tosse: 10-20 mg, VO, até 
de 4-6 horas. Crianças: analgesia: 0,5-1 
mg/kg/dose a cada 4-6 horas (dose máxi-
ma de 60 mg); tosse: 1-1,5 mg/kg/dia em 
doses divididas a cada 4-6 horas. 
Modo de administração. VO, IM ou se. A 
administração EV rápida pode causar im-
portantes efeitos adversos. 
Parâmetros f armacocinéticos 
• Absorção: é rápida a partir do trato gas-
trintestinal (TGI). 
• Início de ação: 0,5-1 h após uso VO; 10-
30 min após uso IM. 
• Pico de efeito: 1-1,5 h para uso VO; 0,5-
1 h com o uso IM. 
• Duração de efeito: 4-6 h. 
• Biodisponibilidade: 700/o. 
• Biotransformação: metabolismo hepáti-
co, formando o metabólito ativo morfi-
na e outros metabólitos, como a norco-
deína. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: < 1 Oo/o. 
• Meia-vida: 2,5-3,5 h. 
• Eliminação: urina (3-16% como droga 
inalterada). 
Ajuste para função hepática e renal. O 
ajuste na insuficiência hepática (IH) é 
provavelmente necessário, mas não há di-
retrizes para esse ajuste. Na insuficiência 
renal (IR): 
DCE (ml/min) ;;:: 50 10-50 ~10 
Dose total diária {o/o) 100 75 50 
DCE, depuração da creatinina endógena. 
Efeitos adversos. Sonolência, constipação, 
hipotensão, taquicardia, bradicardia, tontu-
ra, sensação de bem-estar, cefaleia, confu-
são, estimulação paradoxal do SNe, rash, . , . , " . . 
urticana, nausea, vomito, anorexia, aumen-
to das transaminases, retenção urinária, vi-
são borrada, fraqueza. Menos comumente, 
podem ocorrer convulsões, alucinações, in-
sônia, pesadelos, depressão do SNe.

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