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COMUNICAÇÃO DE 
DADOS
Unidade 3
Modulação e codificação 
de dados
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
MYLLENA SILVA DE FREITAS MORAIS
4 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Jéssica Laisa Dias da Silva
Olá. Tenho graduação em Sistema da Informação e mes-
trado em Sistema e Computação na Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN). Tenho experiência na área de Informá-
tica na Educação, com ênfase em Mineração de Dados Educa-
cionais. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao universo dos 
jogos digitais inseridos no contexto educacional. Atualmente, 
realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento 
computacional para crianças e jovens. As áreas de interesse de 
estudo são: Educação, Engenharia de Software, Mineração de 
Dados, Pensamento Computacional, Jogos Digitais Educativos e 
Gerenciamento de Projeto. Sou apaixonada pelo que faço e ado-
ro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão ini-
ciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Es-
tou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo 
e trabalho. Conte comigo!
Myllena Silva de Freitas Morais
Olá. Sou formada em Licenciatura da Computação pela 
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Sou especialista em 
Tecnologias Educacionais e Educação a distância pelo Instituto 
Federal do Rio do Rio Grande do Norte (IFRN). Atualmente, sou 
professora da Educação Básica, lecionando a disciplina de Pensa-
mento Computacional. Sou grata por compartilhar a experiência 
de transmitir conhecimento para vocês que estão construindo 
a vida de profissionais. Sou apaixonada pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão inician-
5COMUNICAÇÃO DE DADOS
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do em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Tele-
sapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou 
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
6 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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ÍC
O
N
ES
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
OBJETIVO
Para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito.
NOTA
Quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento.
IMPORTANTE
As observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você.
EXPLICANDO 
MELHOR
Algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado.
VOCÊ SABIA?
Curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias.
SAIBA MAIS
Textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast.
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas.
7COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Conceito de modulação e modems analógicos..................... 11
Conceito de modulação ....................................................................................11
Modulação analógica ..........................................................................14
Modulação em amplitude – AM ......................................... 14
Modulação em frequência – FM ........................................ 15
Modulação em fase – PM .................................................... 17
Modem analógico ..............................................................................................19
Padrões de modem ..........................................................................20
V.32 e V.32bis ........................................................................20
V.34bis ....................................................................................21
V.90 .........................................................................................22
V.92 .........................................................................................25
Modulação ASK e FSK versus Modulação PSK e DPSK ........... 27
Modulação por chaveamento de amplitude (ASK) ...................................... 27
Modulação por chaveamento de frequência (FSK) ...................................... 30
MFSK binário (BFSK) ............................................................................32
FSK multinível ......................................................................................34
Modulação por chaveamento de fase (PSK) ................................................. 34
PSK Binário (BPSK) ..............................................................................34
Modulação por amplitude de quadratura ...................................... 36
Modulação por chaveamento de fase (DPSK) ..............................................37
Codificação NRZ e AMI ........................................................... 42
Codificação NRZ .................................................................................................42
NRZ-OOK - Non Return-to-Zero On/Off Keying ............................. 45
RZ-OOK (Return-to-Zero On/Off Keying) ........................................... 47
SU
M
Á
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8 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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CSRZ (Carrier-Suppressed Return-to-Zero) ....................................... 49
CRZ (Chirped Return-to-Zero) .............................................................49
Duobinário – DB (Duobinary) ............................................................ 50
AMI (Alternate-Mark Inversion) .........................................................................50
Manchester e codificação por blocos ..................................... 56
Métodos de codificação ....................................................................................56
Codificação em linha ..........................................................................56
Manchester ..........................................................................................58
Manchester diferencial .......................................................................59
Codificação em blocos .......................................................................64
Codificação em bloco 4B/5B............................................... 66
Codificação em bloco 8B/10B ............................................ 67
9COMUNICAÇÃO DE DADOS
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A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
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Entender o processo da conversão dos sinais é algo fun-
damental dentro da Comunicação de Dados. Nesta unidade, va-
mos focar os principais processos que envolvem o conceito de 
modulação dos sinais digitais e analógicos, entendendo cada um 
dos tipos de modulação e suas principais características. Mas por 
que é necessário entender sobre o processo de modulação? Vi-
vemos hoje com grandes quantidades de dados sendo gerados 
a cada segundo, e esses sinais de dados precisam chegar cada 
vez mais rapidamente e melhor, e cumprir o papel de transmitir 
informação. Assim, entender as maneiras de modular e codificar 
esses sinais, sabendo definir o melhor uso para cada técnica é 
fundamental. Nesta unidade, iremos estudar também sobre os 
métodos de codificação, entendendo sobre o Manchester e o 
Manchester diferencial. Ao longo desta unidade letiva, você vai 
mergulhar neste universo da Comunicação de Dados!
10 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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BJ
ET
IV
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Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é 
auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término destaetapa de estudos:
1. Definir o conceito de modulação de dados, identificando 
os tipos de Modem analógico e seu funcionamento.
2. Discernir sobre as diferenças entre os padrões de 
modulação ASK, FSK, PSK e DPSK.
3. Entender os modelos de comunicação de dados NRZ e 
AMI.
4. Compreender o princípio de funcionamento do algo-
ritmo Manchester para comunicação de dados, bem 
como a codificação por blocos.
11COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Conceito de modulação e 
modems analógicos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender o conceito de modulação de dados, 
destacando especialmente essa modulação nos 
sinais analógicos. Veremos também sobre os 
principais padrões de modems. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então, vamos 
lá. Avante!
Conceito de modulação
Na comunicação de dados, a modulação é definida como 
a modificação que acontece de um sinal eletromagnético que 
foi gerado, antes de que tivesse sido irradiado, sendo este um 
transporte de informação a partir de uma onda portadora.
DEFINIÇÃO
Onda portadora é definida como um sinal senoidal 
que tem três variáveis como principais característi-
cas, são elas: amplitude, fase e frequência.
Modulação é caracterizada como o processo por meio do 
qual a informação que é transmitida em uma comunicação é 
adicionada mediante ondas eletromagnéticas. O transmissor irá 
adicionar a informação numa onda básica e, dessa forma, a outra 
parte poderá recuperar a informação por meio de um processo 
conhecido como demodulação. 
A maior parte dos sinais, no formato que o transmissor 
envia, não são enviados de maneira direta pelos canais de 
transmissão. Assim, é necessário realizar a modificação desse 
sinal por meio de uma onda eletromagnética portadora. Essas 
12 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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propriedades são consideradas mais convenientes aos meios de 
transmissão. 
A modulação é causada por uma alteração sistemática em 
uma onda portadora levando em consideração a mensagem, 
ou seja, o sinal modulante, podendo ser incluída também a 
codificação. 
NOTA
Muitos tipos de comunicação podem envolver o 
processo de modulação, e um desses exemplos é 
a fala. Sempre que uma pessoa se comunica pela 
fala, os movimentos realizados pela boca fazem 
referência à taxa de frequência baixa, tendo a 
ordem de 10 Hertz; essa frequência, por exemplo, 
não poderá produzir ondas acústicas que sejam 
propagáveis. 
A transmissão da voz acontece por meio do ar, e ela ocorre 
pela da geração de tons (ondas) que são portadores de gerar alta 
frequência nas cordas vocais das pessoas, sendo que estes tons 
são modulados com as ações musculares da cavidade da boca. 
O ouvido faz a intepretação da onda acústica modulada 
como se fosse a fala, sendo similar em diversos outros aspectos a 
uma onda elétrica que seja modulada. Chamamos de modulador 
o dispositivo que realiza essa modulação. 
13COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 1: Ouvido interpreta a voz acústica
Fonte: Freepik 
A modulação é considerada a técnica por meio da qual 
serão modificadas as características da portadora, sendo esse 
o sinal modulado. A finalidade será de transmitir informações e 
estas serão utilizadas tanto em transmissão quanto em modems. 
Na modulação, acontece o processo por onde são modifi-
cadas em uma onda elétrica as suas características. Essas alte-
rações representam as informações que são significativas tanto 
para o ser humano quanto para uma máquina. 
A modulação é dividida em dois tipos: analógica e digital. A 
modulação pode: 
 • Gerar alteração na amplitude da onda – modulação em 
amplitude AM.
 • Modulação da sua frequência – modulação em frequên-
cia FM.
 • Modulação na fase – modulação por deslocamento de 
fase.
14 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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É possível ainda que seja realizada a combinação de várias 
alterações: por meio da modulação de um ou vários parâmetros, 
pela variação convenientemente, e dessa forma transmitindo por 
áudio e vídeo a informação. O tipo de modulação a ser utilizado 
é bastante importante dentro de projetos de sistemas definidos 
em transmissões de sinais. 
Modulação analógica
Podemos encontrar essa modulação também definida 
como onda contínua. A onda portadora será cosenoidal, sendo o 
sinal modulante tanto analógico como contínuo. 
Vejamos a seguir sobre as técnicas de modulação mais uti-
lizadas para sinais analógicos. 
Modulação em amplitude – AM
A amplitude da portadora em relação a um transmissor 
varia de acordo com o sinal a partir do sinal de interesse, esse 
sinal é o modulador. Nessa modulação, tanto a frequência como 
a fase da portadora serão mantidas de forma constante. Um 
sinal da modulação em amplitude – AM será bastante sujeito à 
estática, além de outras interferências elétricas.
De acordo com Forouzan (2010), na modulação AM, o sinal 
será modulado de uma maneira que sua amplitude vá variar com 
as variações de amplitude do sinal modulador.  A frequência e 
a  fase da portadora não irão sofrer alterações, o que mudará 
será para acompanhar as variações durante as informações.
15COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 2: Modulação em amplitude
Fonte: Forouzan (2010, p. 153).
Podemos visualizar nessa figura que a implementação da 
modulação AM se utiliza de um simples multiplicador. Isso acon-
tece porque a amplitude do sinal da portadora precisará modifi-
car de acordo com a amplitude do sinal modulador (FOROUZAN, 
2010).
De acordo com Forouzan (2010, p. 153-154): 
A modulação cria uma largura de banda que é o do-
bro da largura de banda do sinal modulador e cobre 
um intervalo cujo centro é a frequência da porta-
dora. Entretanto, os componentes do sinal acima e 
abaixo da frequência da portadora transportam exa-
tamente as mesmas informações. Por essa razão, al-
gumas implementações descartam metade do sinal 
e reduzem a largura de banda pela metade.
Modulação em frequência – FM
A modulação em frequência faz uma alteração na frequên-
cia da portadora a partir da informação que será transmitida. Na 
modulação em frequência, diferentemente da AM, haverá cons-
16 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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tância da amplitude portadora, porém, a sua frequência será al-
terada de acordo com as variações no sinal enviado. 
Edwin H. Armstrong foi quem desenvolveu a modulação 
FM, com o objetivo de superar as interferências que afetam a 
forma como acontece a recepção de rádio da modulação AM. 
A modulação em frequência é considerada menos suscetível 
que a modulação em amplitude e acontece em certos tipos de 
interferência, especialmente nas que são causadas por correntes 
elétricas inesperadas, por temporais e por outros tipos de fontes 
relacionadas. 
NOTA
Esses tipos de ruídos poderão afetar a amplitude 
da onda de rádio, porém, a frequência não será 
afetada. Desse modo, um sinal de modulação de 
frequência irá permanecer inalterado de forma 
virtual. Para a transmissão de som estereofônico, 
assim como em sinais de televisão, é melhor 
utilizar a FM do que a AM. Para transmitir um sinal 
FM, a largura de banda será maior do que a AM, e 
isso poderá ser considerado um limite para alguns 
sistemas. 
Forouzan (2010, p. 154) confirma que “em transmissões FM, 
a frequência do sinal da portadora é modulada para acompanhar 
as mudanças no nível de tensão (amplitude) do sinal modulador”. 
Assim, não haverá alteração da amplitude máxima nem da fase 
do sinal da portadora, porém, sempre que houver mudança na 
amplitude do sinal modulador, a frequência mudará de maneira 
correspondente. 
Na figura a seguir, poderemos visualizar as relações exis-
tentes entre o sinal modulador, o sinal da portadora e, por fim, o 
sinal FM resultante. 
17COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 3: Modulação da frequência
Fonte: Forouzan (2010, p. 155).
Na figura anterior, é possível visualizar também sobre 
a largura de banda de um sinal da modulação em frequência. 
No entanto, é preciso entender que a largura de banda nessa 
modulaçãoé difícil de se determinar de maneira exata, mas 
ela pode ser demonstrada de forma empírica ou na seguinte 
fórmula.
Bfm2(1 + β) B, em que B é considerado um fator depende da 
técnica de modulação e seu valor padrão é 4. 
Modulação em fase – PM
Na modulação em fase – PM, acontece a variação da fase 
da portadora a partir dos dados que estarão sendo transmiti-
dos. Sempre que for modulada, uma portadora, vinda de uma 
frequência única, será transformada em uma faixa de frequência 
ao redor da portadora, conhecida como banda de modulação. A 
largura da banda no caso dessa modulação em fase irá depender 
do tipo e do modo de modulação utilizado. 
18 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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A PM é, na maioria das vezes, considerada uma variação da 
FM. Nesse caso, não será a frequência da onda portadora que irá 
mudar, mas, sim, a fase da portadora que sofrerá alteração. 
Assim como a modulação em frequência, a modulação em 
fase mínima na recepção sofre diversos tipos de interferências. 
Essas duas técnicas são utilizadas na maioria das vezes em 
conjunto.
NOTA
A modulação em frequência não pode ser aplicada 
quando acontecer a amplificação de um sinal de 
som no instrumento de radiodifusão, por exemplo, 
deve-se utilizar a modulação em fase. 
De acordo com Forouzan (2010, p. 155), nesse tipo de mo-
dulação, “a fase do sinal da portadora é modulada para acom-
panhar as mudanças no nível de tensão (amplitude) do sinal 
modulador”. Tanto a amplitude quanto a frequência máxima re-
ferentes ao sinal da portadora irão permanecer sem a alteração, 
mas, a cada passo que a amplitude do sinal modulador sofrer 
alteração, mudará a fase da portadora. 
Matematicamente, poderá se implementar a modulação 
FM da mesma maneira que a modulação PM, todavia, existe uma 
diferença principal: na FM existe a mudança da frequência por-
tadora de maneira instantânea, sendo proporcional a amplitude 
em relação ao sinal modulador. Já na PM a mudança instantânea 
na frequência portadora será proporcional à derivada da ampli-
tude do sinal modulador (FOROUZAN, 2010). 
Na figura a seguir, podemos visualizar as relações referentes 
ao sinal modulador, ao sinal da portadora e também ao sinal PM 
resultante. 
19COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 4: Modulação em fase
Fonte: Forouzan (2010, p. 156).
Modem analógico
Os sinais de dados hoje em dia exigem, para que se garanta 
uma maior integridade, um alto grau de precisão. Dessa forma, 
para garantir também segurança, no modem as suas extremida-
des em relação à faixa de frequência não são utilizadas para a 
comunicação de dados.
Nos dias atuais, algumas linhas telefônicas conseguem 
proporcionar uma largura de banda com maior capacidade do 
que as linhas convencionais. Entretanto, o projeto que envolve 
os modems tem como base a capacidade original das linhas 
convencionais. 
A figura a seguir demonstra a relação existente entre mo-
dems e links de comunicação. O computador A envia um sinal 
digital à moduladora do modem, logo depois os dados são envia-
dos no formato de um sinal analógico pela rede telefônica.
20 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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O modem B recebe o sinal analógico, realizando a demodu-
lação por meio de um demodulador e logo depois transmite os 
dados a outro computador. A comunicação pode acontecer de 
maneira bidirecional, isso quer dizer que o computador A con-
segue transmitir, de maneira simultânea, dados ao computador 
B, fazendo uso dos mesmos processos de modulação/demodu-
lação.
Figura 5: Modulação/demodulação
Fonte: Forouzan (2010, p. 249).
Padrões de modem 
Hoje existem muitos modelos de modems bastante popula-
res. O modem tem como base os padrões da série V que são pu-
blicados pelo ITU-T. Vejamos a seguir as características de cada 
um dos padrões dos modems da série V (FOROUZAN, 2010). 
V.32 e V.32bis
Os modems V.32 utilizam uma técnica que é conjugada 
de codificação e modulação, conhecida como trellis – coded 
modulation. Trellis é a modulação QAM definida como um bit 
considerado adicional de redundância. Nele, o fluxo de dados é 
estruturado em divisão de segmentos de 4 bits. Porém, no lugar 
21COMUNICAÇÃO DE DADOS
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de transmitir um quadribit, ou seja, quatro bits, será transmitido 
um padrão de 5 bits, um pentabit. 
Calcula-se o valor do bit extra a partir dos valores referentes 
aos bits de dados. Para detectar erros, deve ser utilizado o bit 
extra. No caso do padrão V.32, deve-se utilizar a modulação 
QAM-32, tendo uma taxa de transmissão no valor de 2.400 bauds. 
Somente 4 bits do pentabit que foi transmitido irão representar 
os dados. Sendo assim, o resultado da taxa de dados será dado 
por: 
4 x 2.400= 9.600 bps
O modem V.32bis foi a primeira criação dos padrões ITU-T 
capaz de suportar até 14.400 bps de taxas de transmissão. 
O V.32bis utiliza a modulação QAM-128, em que são 7 bits/
baud tendo um 1 bit redundante para controle de erros); a sua 
velocidade tem o valor de 2.400 bauds, calculados em 2.400 × 6 
= 14.400 bps.
Existe uma característica considerada adicional que é 
fornecida pelo V.32bis sendo a inclusão referente ao recurso 
automático conhecido como fall-back e de fall-forward. Desse 
modo, permitem que seja possível que o modem ajuste sua 
velocidade tanto para mais como para menos, a depender da 
qualidade da linha ou sinal. Nas Figuras 6 e 7, é possível visualizar 
o diagrama de constelação e a largura de banda. 
V.34bis
Os modems V.34bis são aqueles que podem realizar a 
transmissão de dados com taxa de bits de 28.000 bps dentro de 
uma constelação no valor de 960 pontos, podendo ser também a 
22 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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uma taxa de bits no valor de 33.600 bps em uma constelação no 
valor de 1.664 pontos.
Figura 6: Diagrama de constelação e largura de banda para modems V.32
Fonte: Forouzan (2010, p. 250).
Figura 7: Diagrama de constelação e largura de banda para modems V.32bis
Fonte: Forouzan (2010, p. 250).
V.90
Nos modems tradicionais, a taxa de dados está limitada ao 
valor de 33,6 kbps. Esse valor é determinado pela capacidade de 
Shannon. Porém, modems V.90 que estão no mercado disponíveis 
23COMUNICAÇÃO DE DADOS
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para vendas, com o valor de taxa de bits de 56.000 bps, são 
conhecidos como modems 56K. 
Esses tipos de modems poderão ser utilizados apenas caso 
uma das partes esteja fazendo uso da sinalização digital. 
NOTA
A sinalização digital por meio de um provedor de 
acesso à Internet. 
Esses modems são assimétricos, no mesmo sentido que a 
velocidade de download, ou seja, o fluxo de dados que o provedor 
de internet atinge para o computador, é no máximo 56 kbps. Já 
na velocidade de upload, o fluxo de dados do computador para o 
provedor internet poderá ser de no máximo 33,6 kbps. 
A relação sinal-ruído (SNR) na direção de downloading é 
maior, pois nesse caso não existirão erros de quantização. No caso 
do uploading, o sinal analógico ainda precisa ser demonstrado na 
central telefônica. Nessa direção, os ruídos de quantização serão 
introduzidos no sinal, dessa forma reduz-se o SNR e poderá 
limitar-se a velocidade a 33,6 kbps.
Todavia, não existe amostragem na direção de downloa-
ding. O sinal não será afetado pelo ruído de quantização, não 
estando sujeito à limitação referente à capacidade de Shannon. 
No sentido de uploading, a taxa de dados máxima ainda será de 
33,6 kbps, já a taxa de dados no sentido do downloading será 
agora de 56 kbps. 
24 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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 3
Figura 8: Processos de uploading e de downloading em modems de 56K
Fonte: Forouzan (2010, p. 251).
NOTA
Um exemplo são as companhias telefônicas que 
fazem uma amostragem com uma taxa no valor de 
8.000 vezes por segundo, tendo 8 bits por amostra. 
Em cada amostra, para fins de controle será 
utilizado um dos bits, e dessa forma a amostra será 
de 7 bits (cada). A velocidade será então 7× 8.000, 
isso quer dizer um valor de 56.000 bps ou 56 kbps.
25COMUNICAÇÃO DE DADOS
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V.92
A primeirainformação importante é saber que o padrão V.92 
é considerado superior ao padrão V.90. Esses tipos de modems 
possuem a capacidade de autoajustar a velocidade e podem 
fazer upload de dados com velocidade de 48 bps em casos em 
que o sinal-ruído permita. Sobre a velocidade de downloading, 
esta continua sendo de 56 kbps. 
Uma característica a mais desse modem é que ele é capaz 
de fazer interrupções de maneira momentânea na conexão com 
a Internet sempre que houver uma chamada chegando. Porém, 
essa característica fica disponível apenas na linha do assinante, 
caso esteja habilitado o serviço de chamadas em espera.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Entendeu 
a importância de estudar sobre a Comunicação 
de dados? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você 
deve ter aprendido que o conceito da modulação é 
definido como a modificação que acontece de um 
sinal eletromagnético que foi gerado inicialmente 
antes de que tivesse sido irradiado, sendo este 
um transporte de informação a partir de uma 
onda portadora. Deve ter entendido que a onda 
portadora é definida como um sinal senoidal que 
tem três variáveis como principais características, 
são elas: amplitude, fase e frequência. Vimos que 
a modulação é caracterizada como o processo 
por onde a informação que é transmitida em uma 
comunicação será adicionada por meio de ondas 
eletromagnéticas. Aprendemos que a modulação 
é dividida em dois tipos: analógica e digital. A 
modulação pode: gerar alteração na amplitude da 
onda – modulação em amplitude AM; modulação
26 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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da sua frequência – modulação em frequência FM; 
e modulação na fase – modulação por desloca-
mento de fase. Aprendemos que, na modulação 
em amplitude AM, a amplitude da portadora em 
relação a um transmissor varia de acordo com o 
sinal a partir do sinal de interesse; esse sinal é o 
modulador. Nessa modulação, tanto a frequên-
cia como a fase da portadora serão mantidas de 
forma constante. A modulação em frequência faz 
uma alteração na frequência da portadora a partir 
da informação que será transmitida. Nela haverá 
constância da amplitude portadora, porém, a sua 
frequência será alterada de acordo com as varia-
ções no sinal enviado. Na modulação em fase – PM, 
acontece a variação da fase da portadora a partir 
dos dados que estarão sendo transmitidos. Sobre 
o modem analógico, vimos que existem muitos mo-
delos, alguns padrões da Série V que são publica-
dos pelo ITU-T, são: os modems V.32, que utilizam 
uma técnica que é conjugada de codificação e mo-
dulação; os modems V.34bis, que são aqueles que 
podem realizar a transmissão de dados com taxa 
de bits de 28.000 bps dentro de uma constelação 
no valor de 960 pontos; nos modems tradicionais, a 
taxa de dados está limitada ao valor de 33,6 kbps. 
Esse valor é determinado pela capacidade de Shan-
non; e os modems V.92, que possuem a capacidade 
de autoajustar a velocidade e podem fazer upload 
de dados com velocidade de 48 bps em casos em 
que o sinal-ruído permita.
27COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Modulação ASK e FSK versus 
Modulação PSK e DPSK
OBJETIVO
 Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender sobre as estruturas das modulações, 
destacando-se a modulação por chaveamento de 
amplitude, por chaveamento de frequência, por 
chaveamento de fase PSK e DPSK. E então? Moti-
vado para desenvolver esta competência? Então, 
vamos lá. Avante!
Modulação por chaveamento de 
amplitude (ASK)
A modulação ASK, do inglês Amplitude Shift Keying, refere-se 
à modificação que acontece em relação ao nível da amplitude 
da onda portadora levando-se em consideração a função de 
entrada do sinal digital que será transmitido. Nesse caso, o sinal 
que modula assumirá um entre os dois níveis discretos vindos da 
fonte de informação, ou seja, nível lógico 1 ou 0. 
Na modulação ASK, as principais características são: 
 • Facilidade de modulação e demodulação.
 • Pequena largura de faixa.
 • Baixa imunidade a ruídos. 
Pelo fato de possuir tais características, a modulação ASK é 
indicada em casos em que exista pouco ruído que venha a causar 
algum tipo de interferência na recepção do sinal, podendo 
acontecer também quando existe a necessidade essencial de se 
ter um custo baixo. 
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Essa técnica é considerada a modulação mais simples se 
comparada às utilizadas na modulação de sinais discretos, ou seja, 
digitais. De acordo com Forouzan (2010, p. 144), “a modulação 
em amplitude translada o espectro de frequência baixa do sinal 
binário, para uma frequência alta como é a da onda portadora”.
Figura 9: Chaveamento em amplitude
Fonte: Forouzan (2010, p. 144).
A amplitude da portadora na modulação ASK é comutada 
entre dois valores. Utilizam-se os termos ligado e desligado. 
Nesse caso, a onda resultante será então dada em pulsos de 
radiofrequência (RF). Como vimos, elas irão representar o sinal 
29COMUNICAÇÃO DE DADOS
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binário (1), o dígito binário 0 será representado pelos espaços 
(supressão da portadora).
Essa técnica é considerada equivalente à técnica de modu-
lação AM utilizada para sinais contínuos; o sinal modulante será 
no formato de um pulso retangular. 
Esse modelo terá uma largura de faixa de transmissão con-
siderada mais excessiva. Outro fator é que essa técnica repre-
senta também uma possível perda de potência referente à onda 
portadora. 
A largura de faixa da transmissão poderá sofrer redução 
caso os pulsos empregados sejam formatados, ou seja, limitados 
em banda. Isso deve acontecer antes da modulação.
Figura 10: Modulação ASK
Fonte: Freepik 
O sinal ASK poderá ser desenvolvido utilizando-se os mesmos 
teoremas utilizados na modulação AM-DSB. A modulação ASK é 
bastante utilizada nas seguintes aplicações:
 • Transmissão via fibra óptica: pois não existe problemas 
de ruído para interferir durante a recepção do sinal.
 • Transmissão de dados por infravermelho: tipos que são 
encontrados em alguns modelos de calculadoras.
30 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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 • Controles remotos que utilizam raios infravermelhos: 
como os utilizados em aparelhos de TV.
 • Controles remotos que utilizam a radiofrequência: bas-
tante utilizados para ligar ou desligar alarmes de resi-
dências, carros, portões, entre outros. 
O sinal ASK divide-se em (FOROUZAN, 2010):
 • Caso o sinal seja binário, varia nos dois níveis (0, space 
e 1, mark); dessa forma teremos o BASK ou ASKbinário.
 • Caso o sinal tenha m níveis, ou seja, sinal multinível, 
teremos o ASK multinível, também conhecido como 
MASK. 
Em situações em que o sinal BASK tem um dos níveis sendo 
zero, o sinal produzido irá ser referente à senoide que esteja 
interrompida. Dessa forma, será ainda designado por OOK, ou 
seja, On-offKeying.
Modulação por chaveamento de 
frequência (FSK)
A modulação FSK, do inglês Frequency Shift Keying, refere-
se à variação existente na frequência da onda portadora em 
relação ao sinal digital que será transmitido. Nessa modulação, a 
amplitude da onda portadora será sempre constante no decorrer 
do processo de modulação, e a variação de frequência da onda 
resultante acontece de acordo com os níveis lógicos do sinal 
modulante. 
31COMUNICAÇÃO DE DADOS
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IMPORTANTE
Nesse tipo de modulação, é possível ter uma boa 
imunidade a possíveis ruídos, porém, ela necessita 
do uso de uma largura de banda que seja maior. 
Podemos considerar esse tipo de modulação FSK 
equivalente ao da modulação em FM utilizada para 
sinais analógicos.
A amplitude da onda portadora na FSK é modulada, man-
tendo-se constante durante todo o processo de modulação, ou 
seja, quando existir a presença de um nível lógico se apresentan-
do como “1” no sinal digital, essa frequência da portadora será 
modificada, para assim ser compreendida logo depois no proces-
so de demodulação. 
Nesse caso, a frequênciaresultante a ser transmitida será 
dada da seguinte forma: frequência da onda portadora (fp) deve-
rá ser subtraída de uma frequência de desvio (fd). 
A onda resultante modulada poderá ser descrita matemati-
camente da seguinte forma:
fr = fp - fd
Nos casos em que é registrada alguma ocorrência que 
apresente um nível lógico com valor binário “0” no sinal digital, o 
resultado da frequência que será aplicada é dado pela frequência 
da onda portadora sendo acrescida a frequência de desvio, 
calculada na seguinte fórmula: 
fr = fp + fd 
A modulação (FSK) possibilita a transmissão causada por 
alterações ou mudanças durante a frequência de um sinal das 
informações digitais, em que geralmente acontece uma onda 
senoidal analógica. Os dados binários, zero e um, são os estados 
existentes e são representados por essa onda analógica.
32 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 11: Modulação FSK
Fonte: Malburg (2004, p. 4).
Quem realiza a conversão dos dados binários é um modem. 
Convertendo-se em um sinal FSK, a transmissão poderá acontecer 
por linhas telefônicas, mídia sem fio e também por fibra ótica. 
IMPORTANTE
A modulação FSK geralmente é utilizada para 
realizar a identificação tanto de chamadas como 
de aplicativos de medição remota.
MFSK binário (BFSK)
Entendamos o FSK binário considerando duas frequências 
portadoras. Forouzan (2010) demonstra como acontece a modu-
lação BFSK binário, em que foram selecionadas duas frequências 
(f1 e f2). Utiliza-se a primeira portadora, caso o elemento de da-
dos seja igual a 0, e a segunda caso o elemento seja igual a 1 (vê 
Figura 11). 
Porém, se observamos bem, esse exemplo é considerado 
irreal sendo utilizado pelo autor apenas como forma de ilustra-
ção. Na maioria das vezes, as frequências de portadora serão 
33COMUNICAÇÃO DE DADOS
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bastante altas, e dessa maneira a diferença existente entre elas 
será muito pequena. 
Figura 12: Modulação por chaveamento de frequência binária
Fonte: Forouzan (2010, p. 146).
Ainda podemos visualizar na imagem que o ponto médio 
referente à primeira largura de banda é dado por f1, sendo o ponto 
médio dado por f2. As duas (f1 e f2) se encontram ∆f afastadas 
em relação ao ponto médio existente entre as duas faixas. Dessa 
34 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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forma, a diferença existente entre as duas frequências é dada 
por 2∆f.
FSK multinível 
No método FSK, a modulação multinível (MFSK) não é uma 
técnica considerada incomum. Ela pode ser utilizada em mais de 
duas frequências, podendo até mesmo serem utilizadas quatro 
diferentes frequências (f1, f2, f3, f4) para realizar o envio de 2 bits 
por vez.
Porém, é preciso entender que, de acordo com Forouzan 
(2010), as frequências são separadas por 2∆f entre si. Para 
acontecer uma operação apropriada referente ao modulador e 
também demodulador, poderá ser demonstrado o valor mínimo 
de 2∆f dado por S. 
Na figura a seguir, será demonstrada a largura de banda 
com d=0, sendo:
Modulação por chaveamento de 
fase (PSK)
Na modulação por chaveamento de fase (PSK), a fase da 
portadora será modificada podendo representar dois ou mais 
elementos de um mesmo sinal. A sua amplitude máxima e a 
frequência irão continuar sendo constantes a cada fase que vai 
sendo modificada. 
PSK Binário (BPSK)
O PSK considerado mais simples é o binário, nele existem 
apenas dois elementos de sinal, sendo um com fase 0° grau e 
35COMUNICAÇÃO DE DADOS
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o outro tendo uma fase com 180° graus. Ele é considerado 
bastante simples, até mesmo como o ASK binário. Entretanto, a 
PSK apresenta uma vantagem, pois, em relação aos ruídos, ela é 
considerada menos suscetível. 
No ASK utiliza-se o critério de amplitude do sinal para poder 
realizar a detecção de bits, no caso do PSK o critério será a fase. 
O ruído pode causar alterações bem mais fáceis à amplitude do 
que à fase. O PSK é considerado superior ao FSK pelo fato de não 
precisar de dois sinais de portadora.
Figura 13:Modulação por chaveamento de fase binária
Fonte: Forouzan (2010, p. 148).
36 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Modulação por amplitude de 
quadratura
O PSK apresenta uma capacidade limitada do equipamen-
to para que possa ser possível distinguir pequenas diferenças 
na fase. Dessa maneira, acontece a limitação de sua taxa de bits 
potencial. Antes a alteração acontecia apenas com três caracte-
rísticas por vez de uma onda senoidal.
Porém, é preciso entender o que acontece se houver alte-
ração nas duas ao mesmo tempo. O conceito do QAM determina 
que se pode usar duas portadoras, sendo uma em fase e a outra 
portadora com diferentes níveis em relação à amplitude de cada 
portadora. 
IMPORTANTE
A modulação por amplitude de quadratura é 
considerada uma combinação do ASK e do PSK.
Existem diversas variações do QAM, algumas delas são 
demonstradas na figura a seguir (FOROUZAN, 2010). 
Figura 13: Diagrama de constelação para QAMs
Fonte: Forouzan (2010, p. 152).
 • No item (a), podemos ver o método QAM na forma 
mais simples, 4-QAM, sendo quatro tipos diferentes de 
37COMUNICAÇÃO DE DADOS
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elementos de sinal, que utilizam um sinal NRZ unipolar 
que irá modular cada portadora. 
 • No item (b), é possível visualizar outro tipo de método 
do 4-QAM, em que esse utiliza NRZpolar. Entretanto, 
esse conceito é o mesmo que o aplicado no QPSK. 
 • No item (c), o 4-QAM utiliza um sinal com dois níveis 
positivos, para assim realizar a modulação de cada uma 
das duas portadoras.
 • No item (d), demostra-se uma constelação 16-QAM 
de um sinal que apresenta oito níveis, sendo quatro 
positivos e os outros quatro negativos. 
Modulação por chaveamento de 
fase (DPSK)
Para utilizar a modulação PSK, do inglês Phase Shift Keying, 
faz-se necessário que a fase da portadora óptica esteja sempre 
estável, pois só assim será possível extrair sem erro as informa-
ções no receptor.
Por causa dessa observação, são colocadas várias limitações 
para que essa modulação seja utilizada. É preciso assim realizar 
várias melhorias constantes em relação aos lasers da faixa 
estreita, fazendo com que seja possível que a fase se torne mais 
estreita; com isso será possível utilizar a variante no formato 
DPSK. 
A modulação de fase DPSK realiza a codificação da informa-
ção que será transmitida fazendo uso da diferença de fase em 
relação a 2 bits vizinhos. Dessa forma, um bit “1” irá representar 
a falta de mudança de fase da portadora óptica, e o bit “0” repre-
sentará a mudança de π radianos na fase da portadora óptica em 
relação ao bit anterior. Sendo assim, como podemos visualizar 
38 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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na imagem a seguir, enquanto não houver mudança nenhuma 
na fase entre os bits de dados gerados por dados consecutivos 
da portadora óptica o bit transmitido continuou sendo “1” (CERA-
GIOLI, 2008). 
Figura 14: Sinal modulado em DPSK
Fonte: Ceragioli (2008, p. 40 apud JACOBSON, 2004).
De acordo com Ceragioli (2008, p. 40), “a diferença entre 
PSK e o DPSK é que no DPSK os bits não são representados por 
certa fase, como ocorre no PSK, mas por uma mudança de fase”. 
A principal vantagem dessa modulação é que o processo 
de ser demodulado do sinal transmitido pode ser realizado 
com sucesso, porém, a fase da portadora precisa permanecer 
relativamente estável durante todo o período de apenas dois 
bits. Assim, exigências de largura do laser serão menos críticas 
do que as necessárias na modulação PSK (GARCIA, 2005). 
Na figura a seguir, podemos ver um exemplo de demodula-
ção de um sinal DPSK.
39COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 15: Demodulação de um sinal DPSK
Fonte: Ceragioli (2008, p. 41 apud Jacobson, 2004).
Pelo fato de as informações serem armazenadas na mu-
dança de fase e não diretamente na fase, a modulação DPSK é 
considerada uma boa opção para os sistemas em que não se co-
nheça a precisão da fase.
40 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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RESUMINDO
Chegamos ao final de mais um objeto de apren-dizagem. E então? Conseguiu aprender tudo que 
foi proposto neste ponto? Nesta unidade, foi es-
sencial entender que a modulação ASK refere-se à 
modificação que acontece em relação ao nível da 
amplitude da onda portadora levando-se em con-
sideração a função de entrada do sinal digital que 
será transmitido, sendo indicada em casos em que 
exista pouco ruído que venha a causar algum tipo 
de interferência na recepção do sinal. A amplitude 
da portadora na modulação ASK é comutada entre 
dois valores; utilizam-se o termo ligado e desliga-
do. A modulação FSK refere-se à variação existente 
na frequência da onda portadora em relação ao si-
nal digital que será transmitido. A amplitude da on-
da portadora será sempre constante no decorrer 
do processo de modulação, a variação de frequên-
cia da onda resultante acontece de acordo com os 
níveis lógicos do sinal modulante. Entendamos o 
FSK binário considerando duas frequências porta-
doras. Sobre a modulação BFSK binário, utiliza-se 
a primeira portadora, caso o elemento de dados 
seja igual a 0, e a segunda, caso o elemento seja 
igual a 1. No método FSK, pode se utilizar em mais 
de duas frequências, podendo até mesmo serem 
utilizadas quatro diferentes frequências (f1, f2, f3, 
f4) para realizar o envio de 2 bits por vez. Na mo-
dulação por chaveamento de fase (PSK), a fase da 
portadora será modificada podendo representar 
dois ou mais elementos de um mesmo sinal. A sua 
amplitude máxima e a frequência irão continuar 
sendo constantes à cada fase que vai sendo mo-
dificada. Vimos que no ASK, utiliza-se o critério de 
amplitude do sinal para poder realizar a detecção 
de bits; no caso do PSK o critério será a fase. Na 
modulação por amplitude de quadratura, podem 
ser usadas duas portadoras, sendo uma em fase
41COMUNICAÇÃO DE DADOS
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e a outra portadora com diferentes níveis em rela-
ção à amplitude de cada portadora. Por fim, vimos 
que a modulação de fase DPSK realiza a codifica-
ção da informação que será transmitida fazendo 
uso da diferença de fase em relação a 2 bits vizi-
nhos. Dessa forma, um bit “1” irá representar a fal-
ta de mudança de fase da portadora óptica, e o bit 
“0” representará a mudança de π radianos na fase 
da portadora óptica em relação ao bit anterior.
42 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Codificação NRZ e AMI 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender o conceito de codificação NRZ e AMI, 
compreendendo que a codificação NRZ se divide 
em NRZ-OOK, RZ-OOK, CSRZ, CRZ e duobinário. 
Veremos também como se estrutura a codificação 
AMI. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então, vamos lá. Avante!
Codificação NRZ
Uma das características da modulação se dá pela forma 
como acontece o pulso de modulação, sendo formatado com 
sinais considerados do tipo NRZ (Non Return-to-zero) e RZ (Return-
to-Zero). De acordo com Winzer e Essiambre (2006), o formato RZ 
é um tipo considerado mais robusto para uso de distorções não 
lineares.
Na figura a seguir, podemos visualizar uma representação 
dos sinais sendo do tipo NRZ-OOK e RZ-OOK utilizados para sinais 
modulados em intensidade e sinais do tipo NRZ-DPSK e RZ-DPSK 
para sinais modulados em fase (WINZER; ESSIAMBRE, 2006). 
43COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 16: Pulsos ópticos transmitidos por modulação de intensidade e de fase, utilizando 
sinais NRZ e RZ
Fonte: Winzer e Essiambre (2006).
Para casos de modulação em intensidade, como vimos 
na figura anterior, existe tanto a presença como a ausência de 
intensidade referente ao sinal óptico que irá indicar por qual 
bit a informação está sendo transmitida no momento. Tanto o 
NRZ como o RZ irão afetar a largura do pulso que está sendo 
transmitido. 
Sendo assim, para casos de sinais RZ o pulso que está 
sendo transmitido é mais estreito. Isso se dá porque a cada 
bit “1” o sistema irá retornar para o nível “0”, e acontece 
independentemente de qual será o próximo bit. 
Já no caso de sinais NRZ, o sinal óptico irá permanecer sendo 
transmitido durante o tempo em que a sequência de bits for “1”. 
Assim não há sinal óptico apresentando durante a transmissão 
do “0”. 
44 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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IMPORTANTE
Observemos que na modulação NRZ-DPSK existe 
sempre um sinal óptico presente na fibra. Isso irá 
ocorrer independentemente do bit de informação 
que está transmitindo. No caso da modulação RZ-
DPSK, existe sinal óptico quando há transmissão 
de um bit, podendo ser 0 ou 1. Porém, haverá 
intervalos em que não existirá nenhum sinal 
sendo transmitido, isso acontece por causa das 
características RZ. 
Figura 17: Equivalência de bits representados em sinais do tipo RZ e NRZ
Fonte: Ceragioli (2008, p. 33 apud LATHI, 1998).
Na figura anterior, verifica-se a representação dos sinais 
do tipo RZ e da mesma sequência de bits para NRZ. O tipo de 
modulação NRZ tem como característica não retornar ao nível 
zero a cada bit. Só haverá alteração apenas quando existir uma 
transição do bit passando do “1” para “0”. 
No caso do RZ, para cada bit “1” o sinal deverá retornar 
para 0 antes de ser realizada a transmissão do próximo bit, isso 
independe de ser zero ou um (LATHI, 1998). 
Os tipos RZ e NRZ possuem variações que podem ser 
geradas de adaptações vindas de RZ e NRZ unipolar, por exemplo: 
bipolar, polar etc. 
45COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Os tipos RZ e NRZ podem ser utilizados em modulações do 
tipo de intensidade, fase, frequência ou na polarização. No tipo 
de modulação em intensidade, será mais intuitivo às diferenças 
existentes entre RZ e NRZ. Veremos a seguir o detalhamento 
dessas modulações. 
NRZ-OOK - Non Return-to-Zero On/Off 
Keying
A modulação NRZ-OOK é considerada mais simples. A 
modulação NRZ tem sido bastante requisitada nos últimos anos 
em sistemas de comunicação. Isso se dá porque as principais 
razões para utilizar esse tipo de modulação NRZ, especialmente 
no início do uso de fibra óptica foram as seguintes (GARCIA, 
2005):
 • A NRZ é uma modulação não onsiderada sensível ao 
ruído de fase do laser se for comparada com o PSK.
 • A NRZ necessita de pouca largura de banda elétrica 
tanto para os transmissores como para os receptores, 
se comparada com o RZ.
 • Possui configuração simples tanto para o transmissor 
quanto para o receptor.
46 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 18: Espectro óptico e diagrama de olho, sendo R a taxa de bits das modulações
Fonte: Ceragioli (2008, p. 35 apud WINZER; ESSIAMBRE, 2006).
Na figura anterior, o diagrama apresenta um transmissor 
NRZ-OOK, em que o sinal elétrico é modulado como se fosse um 
modulador externo. Esse modulador poderá ser tanto do modelo 
Mach-Zehnder ou de eletroabsorção, que irá converter um sinal 
elétrico NRZ-OOK por meio de taxa de transmissão gerada em 
um sinal óptico utilizando-se da mesma taxa de bits (GARCIA, 
2005). 
IMPORTANTE
Utiliza-se de um fotodiodo no receptor para detectar 
um sinal óptico modulado com a modulação NRZ-
OOK. Com ele, é possível converter sinais ópticos 
por meio de corrente elétrica. 
47COMUNICAÇÃO DE DADOS
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RZ-OOK (Return-to-Zero On/Off Keying)
A modulação RZ-OOK (Return-to-Zero On/Off Keying) é outro 
tipo bastante conhecido, também podendo ser representada 
por apenas RZ. A modulação RZ-OOK é parecida com a NRZ-
OOK, tendo como diferença o fato de que para cada bit “1” o 
sinal irá retornar para zero. Isso acontece antes de ser realizada 
a transmissão do próximo bit, não importando se for 0 ou 1 
(WINZER; ESSIAMBRE, 2006). 
Entre as características dos sinais modulados em RZ, um 
dos principais é que eles possuem, de forma relativa, espectros 
ópticos que são mais amplos que a modulação NRZ-OOK. Isso 
acontece devido ao fato de poderem retornar a zero de cada 
bit “1”, como resultado de uma redução dada pela tolerância à 
dispersão, assim como de uma eficiência espectral reduzida 
(ZHANG, 2004). 
IMPORTANTE
O sinal óptico, quando modulado no RZ, é 
considerado maistolerante tanto a não linearidades 
quanto a PMD, do que se for modulado no formato 
NRZ. Isso acontece no formato RZ devido ao seu 
padrão regular dos dados referentes ao sinal 
óptico, que sempre retornam a zero logo após 
cada bit “1” (GARCIA, 2005). 
Podem-se implementar eletronicamente os sinais modula-
dos em RZ-OOK. Dessa forma, geram-se sinais elétricos RZ que 
irão modular uma portadora óptica de forma direta, ou então os 
sinais ópticos que forem modulados em NRZ serão aplicados a 
um desbastador de pulso (pulse carver), ou seja, a um modulador 
adicional que irá gerar como resultado um sinal óptico modulado 
em RZ, assim como demonstrado na imagem a seguir.
48 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 19: Estrutura de um típico modulador NRZ e RZ
Fonte: Ceragioli (2008, p. 36 apud WINZER; ESSIAMBRE, 2006).
Implementar o desbastador de pulso (pulse carver) pode ser 
interessante se for com o MZM ou EAM. Normalmente, executa-
se a modulação RZ utilizando o desbastador de pulso com base 
no MZM.
IMPORTANTE
O funcionamento do desbastador de pulso é 
considerado bastante simples, pois ele recebe 
um sinal óptico contínuo, por exemplo, um sinal 
modulado pelo NRZ-OOK, e assim gera pulsos 
ópticos RZ baseados em determinada taxa de 
transmissão. Isso quer dizer que ele deve ser 
utilizado para desenhar pulsos RZ de um sinal 
óptico.
De acordo com Winzer e Essiambre (2004), esse princípio de 
funcionamento é executado utilizando-se um MZM controlado 
por uma onda senoidal que desenha o pulso óptico. Pode-se 
utilizar para detectar no sinal modulado RZ o mesmo tipo de 
detecção para a modulação NRZ convencional (GARCIA, 2005). 
49COMUNICAÇÃO DE DADOS
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CSRZ (Carrier-Suppressed Return-to-
Zero)
A modulação CSRZ ou CS-RZ, do inglês Carrier-Suppressed 
Return-to-Zero), é um tipo de modulação conhecida por permitir 
que seja invertido o campo do sinal óptico sempre que for 
realizada uma transição de bit. O que difere essa modulação da 
RZ é o fato da modulação CSRZ ter uma defasagem de π entre 
bits adjacentes no sinal óptico.
Pelo fato de permitir uma alternância de fase em relação 
ao domínio óptico, nessa modulação não existe nenhum 
componente DC, porém, também não haverá nenhuma portadora 
no espectro referente ao sinal CSRZ. Podemos assim afirmar que 
a modulação CSRZ tem como principal objetivo a redução dos 
efeitos não lineares, assim como uma eficiência espectral cada 
vez melhor. 
A intensidade padrão para os bits nessa modulação permite 
que aconteça uma compensação de dispersão melhor. A supressão 
da portadora poderá reduzir a sensibilidade da modulação FWM 
em qualquer sistema WDM, isso se for comparada também com 
as modulações NRZ ou RZ (GARCIA, 2005). 
CRZ (Chirped Return-to-Zero)
A modulação CRZ (Chirped Return-to-Zero) é utilizada na 
maioria das vezes em transmissões de fibra óptica que tenham 
longa distância, ou seja, que atinjam acima de 3.000 km, com 
estrutura ponto a ponto.
50 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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NOTA
Um exemplo do uso desse tipo de modulação 
são os sistemas transoceânicos, os submarinos, 
que possuem modulação de fase de amplitude 
de aproximadamente 1 rad (WINZER; ESSIAMBRE, 
2006). 
Em casos em que exista a necessidade de alta robustez em 
relação a possíveis características de não linearidade na fibra 
óptica, utiliza-se a modulação CRZ. A modulação CRZ apresenta 
também um aumento sobre a resistência do sistema a MPI – 
MultiPath Interference. 
O alargamento espectral do sinal que está sendo transmitido 
é uma das principais desvantagem da modulação CRZ, conforme 
a Figura 18 (d), na qual m será o índice de modulação. Esse índice 
descreve o quanto há de mudanças no parâmetro que realiza a 
modulação do sinal que não está sendo modulado. 
Duobinário – DB (Duobinary)
A principal vantagem da modulação duobinário (DB) se dá 
por ela apresentar alta tolerância à dispersão cromática, assim 
como estreita banda óptica se for comparada com os formatos 
RZ e NRZ. Esse fator está ilustrado na Figura 18e (WINZER; 
ESSIAMBRE, 2006).
Na modulação DB, o sinal digital elétrico deve ser pré-
codificado, e a cada bit “0” haverá alteração do nível de tensão na 
sequência original. Isso acontece para que haja a prevenção de 
erros de propagação. 
AMI (Alternate-Mark Inversion)
A AMI (inversão de marca alternativa), no inglês Alternate-
Mark Inversion), na modulação óptica geralmente acontece na 
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forma RZ-AMI. O RZ-AMI utiliza uma modulação auxiliar da fase. 
Dessa forma, essa modulação ajuda na redução dos efeitos de 
não linearidade causados nas fibras ópticas. Na figura 18f é 
possível visualizar o espectro óptico. 
A AMI é uma técnica de codificação de relógio síncrono 
que usa pulsos bipolares para representar o 1 lógico. O próximo 
1 lógico é representado por um pulso de polaridade oposta. 
Portanto, uma sequência de 1s lógicos é representada por uma 
sequência de pulsos de polaridade alternada.
IMPORTANTE
AMI é o formato de codificação de  linha T1  em 
que 1s sucessivos (marcas) são alternadamente 
invertidos (enviados com polaridades de tensão 
elétrica opostas) da marca anterior ou 1.
Não é permitida a saída de mais de 15 0s consecutivos na 
portadora T1. Caso contrário, a sincronização pode ser perdida 
porque nenhuma tensão alternativa está disponível para o clock.
O padrão para densidade de 1s em um  Fluxo de bits é 
12,5%, ou um único 1 para cada oito bits no fluxo. Para evitar 
a violação da regra de densidade zero de 12,5%, o sétimo bit 
(menos significativo) de qualquer byte de 8 bits (canal dentro do 
quadro) deve ser alterado.  Isso não tem consequências para a 
voz, mas efetivamente restringe os dados a 7/8 de 64 Kbps ou 
56 Kbps.
Longos períodos (15 0s consecutivos) sem tensão (marca ou 
1) presente no circuito T1 podem fazer com que o equipamento 
perca seu ponto de referência, causando erros de enquadramento 
e sincronização. Isso é conhecido como regra de densidade zero 
e é ilustrado na figura a seguir.
https://www.ccexpert.us/routing-switching/t1-framing-and-encoding.html
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Figura 20: Densidade
Fonte: Winzer e Essiambre (2006).
É por isso que o sétimo bit (menos significativo) é alterado 
para forçar um 1 (tensão) no circuito em sistemas de codificação 
de linha AMI.
Como o sétimo bit de cada quadro T1  é alterado para 
atender ao requisito de densidade de 1s (12,5%), esse bit não 
está disponível para transmissão de dados do usuário. Portanto, 
um T1 com codificação de linha AMI só é capaz de suportar N 
canais x 56 Kbps, não canais N x 64 Kbps. Os T1s codificados por 
AMI têm uma largura de banda máxima de 1,344 Mbps (24 canais 
x 56 Kbps/canal).
As vantagens do AMI bipolar são:
 • Fácil de implementar.
 • Mesma taxa de sinalização que outros esquemas NRZ.
 • Usa menos energia do que esquemas de codificação de 
linha polar NRZ.
 • O sinal não tem componente DC.
 • O desvio da linha de base não é um problema.
 • Evita-se a ambiguidade polar.
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As desvantagens do AMI bipolar são:
 • Nenhum sinal de relógio embutido. 
 • Longas sequências de zeros podem causar perda de 
sincronização no receptor devido à ausência de transi-
ções de tensão.
Não há efetivamente nenhum componente CC – diz-se que 
o sinal é balanceado em CC – graças ao uso de níveis alternados 
de tensão positiva e negativa para representar a lógica alta. Isso 
significa que os elementos de transmissão acoplados em CA não 
apresentam nenhum problema e é improvável que ocorra desvio 
da linha de base. 
A transição no início de cada um bit binário permite que 
o receptor mantenha a sincronização, embora longos períodos 
de zeros tenham o potencial de ser problemáticos. Há também 
a vantagem adicional de que a polaridade não é um problema, 
pois ambas as tensões, positiva e negativa, representam um alto 
valor lógico.
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RESUMINDO
Concluímosmais um ponto de aprendizagem im-
portante. Como foram os seus estudos? Conseguiu 
entender todos os pontos que foram propostos? 
Vamos então resumir tudo que vimos até aqui. Vo-
cê deve ter aprendido que uma das características 
da modulação se dá pela forma como acontece o 
pulso de modulação, sendo formatado com sinais 
considerados do tipo NRZ (Non Return-to-zero) e RZ 
(Return-to-Zero). Vimos que os tipos RZ e NRZ po-
dem ser utilizados em modulações do tipo de in-
tensidade, fase, frequência ou na polarização. No 
tipo de modulação em intensidade, este será mais 
intuitivo às diferenças existentes entre RZ e NRZ. 
Estudamos que a modulação NRZ-OOK é conside-
rada mais simples. A modulação NRZ tem sido bas-
tante requisitada nos últimos anos em sistemas 
de comunicação. A modulação RZ-OOK é parecida 
com a NRZ-OOK, tendo como diferença o fato de 
que para cada bit “1” o sinal irá retornar para zero. 
Isso acontece antes de ser realizada a transmissão 
do próximo bit, não importando se 0 ou 1. A mo-
dulação CSRZ ou CS-RZ é um tipo de modulação 
conhecida por permitir que seja invertido o cam-
po do sinal óptico sempre que for realizada uma 
transição de bit. A modulação CRZ é utilizada, na 
maioria das vezes, em transmissões de fibra óptica 
que tenham longa distância, ou seja, que atinjam 
acima de 3.000 km, com estrutura ponto a ponto. 
Aprendemos que a principal vantagem da modula-
ção duobinário (DB) se dá por ela apresentar uma 
tolerância alta à dispersão cromática, assim como 
de estreita banda óptica se comparada com os for-
matos RZ e NRZ. Sobre a AMI, estudamos que utili-
za uma modulação auxiliar da fase.
55COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Dessa forma, essa modulação ajuda na redução 
dos efeitos de não linearidade causados nas 
fibras ópticas. AMI é uma técnica de codificação 
de relógio síncrono que usa pulsos bipolares para 
representar o 1 lógico.
56 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Manchester e codificação por 
blocos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender os métodos de codificação em linha e em 
blocos, compreendendo também sobre a estrutura 
do Manchester e Manchester diferencial. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!
Métodos de codificação
Veremos nesta unidade sobre como realizar a conversão 
dos digitais, que envolve as técnicas de codificação de linha e 
de blocos. Dentro da codificação em linha, vamos entender 
sobre o Manchester e como essa codificação é sempre bastante 
importante e necessária, o que não é o caso da codificação em 
blocos, que não nem sempre é necessária. 
Codificação em linha
A codificação em linha é o processo que realiza a conversão 
dos dados digitais em sinais digitais (FOROUZAN, 2010), a partir 
da ideia de que os dados, sejam eles na forma de texto, números, 
vídeo, áudio, ou imagens, serão armazenados na memória do 
computador seguindo uma sequência de bits. 
O método de conversão para codificar em linha converte 
essa sequência de bits para se tornar um sinal digital. Os dados 
serão codificados em um sinal digital no emissor, e no receptor 
esses dados digitais serão recriados, isso quer dizer que será 
reconvertido em sinal digital. Na figura a seguir, veremos como 
acontecem os processos desse método. 
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Figura 21: Codificação em linha e decodificação
Fonte: Forouzan (2010, p. 102).
Os métodos de codificação em linha podem ser divididos 
em cinco categorias, são elas: unipolar, polar, bipolar, multinível 
e multitransição, como podemos visualizar na figura a seguir.
Figura 22: Métodos de codificação de linha
Fonte: Forouzan (2010, p. 107).
No método unipolar, todos os níveis de sinal serão encon-
trados em relação ao eixo do tempo, ou dos lados, acima ou abai-
xo dele. Nos métodos polares, encontram-se as voltagens nos 
dois lados do eixo de tempo. 
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NOTA
Um exemplo desse método polar é que o nível 
de voltagem, quando for 0, poderá ser positivo; e 
quando o nível de voltagem for 1 pode ser negativo.
Na codificação NRZ, existe um problema quando não há 
sincronização dos clocks do emissor e do receptor. Quando isso 
acontece, o receptor fica sem saber quando um bit finalizou e já 
tem outro bit começando. 
A solução estaria no método RZ, que utiliza os valores 
positivo, negativo e zero. Nesse método, não há mudança do sinal 
entre os bits, a mudança acontece durante o bit. A desvantagem 
dessa codificação é que ela necessita de que aconteçam duas 
mudanças de sinal para que um único bit seja codificado, 
ocupando assim uma largura de banda maior. 
A complexidade é outro problema que acontece, pois, 
como o método RZ faz uso de três níveis de voltagem, ele passa 
a ser mais complexo tanto para criar como para distinguir. Esses 
problemas fizeram com que esse método fosse deixado de ser 
utilizado. 
A substituição se deu pelos métodos Manchester e Manches-
ter diferencial, pois possuem melhor desempenho. Vamos enten-
der mais sobre eles a seguir. 
Manchester 
No método Manchester, existe a combinação do conceito 
relacionado ao método RZ e ao método NRZ-L. Na codificação 
Manchester, divide-se a duração do bit em duas metades. No caso 
da voltagem, esta permanece com um nível na primeira metade, 
59COMUNICAÇÃO DE DADOS
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e depois na segunda metade, desloca-se para outro nível. No 
meio do bit, a transição fornece um sincronismo. 
IMPORTANTE
Os conceitos do método RZ (transição no meio 
do bit) e do método NRZ-L são combinados no 
método Manchester. Na codificação Manchester, 
a duração do bit é dividida em duas metades. 
A voltagem permanece em um nível durante a 
primeira metade e se desloca para o outro nível 
na segunda metade. A transição no meio do bit 
fornece sincronismo.
Manchester diferencial
O método Manchester diferencial faz a combinação dos 
conceitos que envolvem os métodos RZ e NRZ-I. Nesse método, 
sempre existe uma transição acontecendo no meio do bit, porém, 
os valores já são determinados logo no início dele. 
Quando o próximo bit for um 0, irá acontecer uma transição, 
quando o próximo bit for 1, não irá ocorrer nenhuma transição. Na 
Figura 22, estão ilustrados os métodos de codificação Manchester 
e Manchester diferencial.
60 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 23: Métodos Manchester e Manchester diferencial
Fonte: Forouzan (2010, p. 109).
61COMUNICAÇÃO DE DADOS
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IMPORTANTE
Tanto na codificação Manchester quanto na Man-
chester diferencial, utiliza-se a transição no meio 
do bit para realizar a sincronização.
O método Manchester consegue resolver diversos proble-
mas que estão associados à modulação NRZ-L. Os problemas 
associados ao NRZ-I são resolvidos utilizando-se o método Man-
chester diferencial. 
Primeiro é preciso entender que não existe nenhum afas-
tamento sobre a referência inicial. Não há nenhum componente 
DC (componente que representa sempre que o nível de voltagem 
do sinal digital for por certo período constante, e o espectro cria 
frequências bem baixas), pois cada bit terá uma contribuição tan-
to positiva como negativa em termos de voltagem (FOROUZAN, 
2010). 
O problema único que existe é sobre a taxa de sinal. A 
taxa de sinal utilizada para os métodos Manchester e Manchester 
diferencial é considerada o dobro do NRZ. Isso acontece porque 
existe tanto uma transição no meio do bit como uma possível 
transição ao final de cada bit. 
IMPORTANTE
Na codificação bipolar, também conhecida como 
binária multinível, é possível encontrar três níveis 
de voltagem, que são: positivo, negativo e zero. De 
acordo com Forouzan (2010, p. 110), “o nível de 
voltagem para um elemento de dados se encontra 
em zero, ao passo que o nível de voltagem para 
o outro elemento fica alternando entre valores 
positivos e negativos”.
O outro método de codificação em linha é o método mul-
tinível. Esse método surgiu da busca por uma velocidade maior 
62 COMUNICAÇÃO DE DADOSU
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ou uma largura de banda menor, e é o resultado da necessidade 
de métodos alternativos. 
O objetivo principal se deu na busca por aumentar a 
quantidade de bits por baud realizando a codificação de um 
padrão que saiu de m elementos de dados para chegar em um 
padrão formado por n elementos e sinal. 
Segundo Forouzan (2010, p. 111):
Quando se tem apenas dois tipos de elementos de 
dados (0s e 1s), o que significa que um grupo de m 
elementos de dados pode produzir uma combinação 
de 2m padrões de dados. Podemos ter diferentes tipos 
de elementos de sinal permitindo diferentes níveis de 
sinal. Se tivermos L níveis diferentes, podemos então 
produzir Ln combinações de padrões de sinal. 
Se existe 2m = Ln, dizemos que cada padrão de dados será 
codificado por um padrão de sinal. Caso se tenha 2m < Ln, a 
ocupação dos padrões de dados será de apenas um subconjunto 
dos padrões de sinal. 
O desenvolvimento desse subconjunto deve ser realizado 
de maneira cuidadosa, para evitar que haja o afastamento da 
referência inicial, fornecendo, assim, tanto a sincronização como 
a detecção de erros que aconteceram durante a transmissão 
de dados. Não existe possibilidade de realizar a codificação de 
dados se 2m > Ln, isso porque uma parte dos padrões de dados 
não é permitido ser codificada.
Classificam-se os métodos NRZ-I e Manchester diferencial 
como codificação diferencial, porém, utilizam-se duas regras de 
transição para ser possível codificar dados binários. 
Caso exista um sinal que possua mais de dois níveis, é 
possível elaborar o método de codificação diferencial com mais 
63COMUNICAÇÃO DE DADOS
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de duas regras de transição. A transição multilinha, por meio do 
MLT-3, é um deles. O método de transmissão multilinha de três 
níveis – MLT utiliza três níveis (+V, 0 e –V), além de três regras de 
transição para realizar a mudança de nível: 
 • Não existe transição se o próximo bit for 0. 
 • O próximo nível será 0, caso o próximo bit for 1 e o nível 
atual não for 0.
 • Se o próximo bit for 1 e o nível atual estiver em 0, o 
nível seguinte será dado pelo oposto do último nível 
que seja não zero.
Figura 24: Multitransição – método MLT-3
64 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Fonte: Forouzan (2010, p. 114).
O diagrama de estados anterior demostra o comportamento 
do MLT-3.
Codificação em blocos
Para detectar algum erro inerente e garantir que haja 
sincronismo, é preciso haver redundância. Essa redundância 
pode ser fornecida por meio da codificação em blocos, tendo 
assim um melhor desempenho que a da codificação de linha. 
DEFINIÇÃO
Dizemos que a codificação de blocos realiza a 
mudança de um bloco de m bits para um bloco 
que tenha n bits, em que n será maior que m. Essa 
técnica é bastante conhecida como técnica de 
codificação mB/Nb.
Na codificação de blocos, a barra é diferente da codificação 
de blocos que acontece na codificação multinível, pois esta 
é descrita sem a barra. Na codificação de blocos, acontece o 
65COMUNICAÇÃO DE DADOS
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envolvimento de três etapas, são elas: divisão, substituição e 
combinação (FOROUZAN, 2010): 
 • Divisão: nessa etapa, determinada sequência de bits 
será dividida em grupos contendo m bits. Na codificação 
4B/5B, divide-se em grupos de 4 bits a sequência de bits 
original.
 • Substituição: nessa etapa, será o âmago da codificação 
de blocos, ou seja, será substituído um grupo de m bits 
por um grupo que contém n bits. Na codificação 4B/5B, 
substitui-se um grupo contendo 4 bits por um grupo 
contendo 5 bits. 
 • Combinação: nessa etapa, os grupos de n bits serão 
combinados para que seja formado um fluxo de dados. 
Nesse caso, o novo fluxo terá mais bits que os contidos 
nos bits originais. 
Na figura a seguir, veremos de forma mais clara a aplicação 
desse procedimento.
66 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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Figura 25: Codificação em bloco
Fonte: Forouzan (2010, p.115).
Codificação em bloco 4B/5B
O método de codificação conhecido como quatro binário/
cinco binário (4B/5B) foi criado para uso na combinação NRZ-I. 
Esse tipo de combinação possui uma ótima taxa de sinal, sendo 
metade bifásico, porém, ele apresenta na sincronização alguns 
problemas. 
NOTA
Em transmissões em que aconteça uma sequência 
longa de 0s, poderá causar uma perda de sincro-
nismo pelo clock do receptor. A melhor solução 
seria realizar uma alteração no fluxo de bits que 
esteja anterior à codificação com combinação NRZ-
-I, de uma forma que ele não possa fazer transmis-
são com fluxo longo de 0s. Então o método 4B/5B 
é próprio para atingir esse objetivo. 
67COMUNICAÇÃO DE DADOS
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No fluxo que é codificado em blocos, não é possível existir 
mais de três 0s de maneira consecutiva. No receptor, o sinal 
digital que é codificado no NRZ-I primeiro será decodificado por 
meio de um fluxo de bits, e logo depois decodificado para que 
todas as redundâncias sejam eliminadas, como demonstrado na 
figura a seguir.
Figura 26: Codificação de blocos 4B/5B 
Fonte: Forouzan (2010, p. 116).
Nesse tipo de codificação, não existe mais um zero consi-
derado não significativo (bit esquerdo) na saída de 5 bits, que faz 
a substituição à entrada de 4 bits, além de que não tem mais de 
dois zeros depositados à direita (bits diretos). Dessa forma, sem-
pre que houver diferentes grupos combinando para criar uma 
nova sequência, não haverá possibilidade de existir mais de três 
0s consecutivos. 
Codificação em bloco 8B/10B
A codificação oito binário/dez binário (8B/10B) é bastante 
similar à estrutura da codificação 4B/5B. A diferença está no fato 
de que nessa será um grupo contendo 8 bits de dados que irá 
passar pelo processo de substituição a um código de 10 bits. 
A codificação em bloco 8B/10B fornece uma capacidade 
maior para detectar os erros do que a codificação 4B/5B. 
Essa codificação é considerada, na verdade, uma combinação 
68 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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existente entre a codificação 5B/6B e 3B/4B. Isso é demonstrado 
na figura a seguir. 
Figura 27: Codificação de blocos 8B/10B
Fonte: Forouzan (2010, p. 118).
Essa codificação acontece da seguinte forma: os 5 bits que 
são mais significativos em um bloco que contenha 10 bits serão 
injetados no codificador 5B/6B. Já os 3 bits considerados menos 
significativos serão injetados em um codificador 3B/4B. Com 
essa divisão, é possível simplificar mais a tabela de mapeamento 
(FOROUZAN, 2010). 
Quando é preciso realizar o envio de uma longa sequência 
contendo bits 0s ou 1s, o código utiliza um controlador de dispa-
ridades que realiza a verificação do excesso de 0s comparado a 
1s (ou vice-versa). 
Forouzan (2010, p. 118) afirma que: 
Se os bits no bloco atual criarem uma disparidade que 
contribua para a disparidade anterior (em qualquer 
uma das direções), então cada bit no código será com-
plementado (0 é transformado em 1 e 1 é transforma-
do em 0). 
Nessa codificação, pode existir um cálculo de 210 – 28 = 768 
referentes a grupos redundantes que poderão ser utilizados para 
fazer a verificação de possíveis disparidades e erros detectados. 
69COMUNICAÇÃO DE DADOS
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De maneira geral, essa técnica é considerada superior ao método 
4B/5B pelo fato de apresentar os melhores recursos tanto para 
encontrar detecção de erros como sincronização.
70 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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RESUMINDO
E então? Como foi seu aprendizado nesse capítulo? 
Conseguiu atingir os objetivos de aprendizagem 
proposto? Para garantir que você tenha entendido 
bem tudo que foi apresentado, vamos fazer um 
resumo dos pontos mais importantes, combinado? 
Nesta unidade, você deve ter aprendido que a 
codificação em linha é o processo que realiza a 
conversão dos dados digitais em sinais digitais. 
O método de conversão para codificar em linha 
converte uma sequência de bits para se tornar 
um sinal digital. Os dados serão codificados 
em um sinal digital no emissor, e no receptor 
esses dados digitais serão recriados.Isso quer 
dizer que será reconvertido em sinal digital. No 
método Manchester, existe a combinação do 
conceito relacionado ao método RZ e ao método 
NRZ-L. Nele, divide-se a duração do bit em duas 
metades, e no meio do bit a transição fornece um 
sincronismo. O método Manchester diferencial 
faz a combinação dos conceitos que envolvem os 
métodos RZ e NRZ-I. Nesse método, sempre existe 
uma transição acontecendo no meio do bit, porém, 
os valores já são determinados logo no início dele. 
Sobre a codificação em blocos, vimos que realiza 
a mudança de um bloco de m bits em um bloco 
que tenha n bits, em que n será maior que m. 
Essa técnica é bastante conhecida como a técnica 
de codificação mB/Nb. Na codificação de blocos, 
acontece o envolvimento de três etapas, são elas: 
divisão, substituição e combinação. Vimos que o 
método de codificação conhecido como quatro 
binário/cinco binário (4B/5B) foi criado para uso na 
combinação NRZ-I. Esse tipo de combinação
71COMUNICAÇÃO DE DADOS
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possui ótima taxa de sinal, sendo metade bifá-
sico, porém, apresenta na sincronização alguns 
problemas. A codificação oito binário/dez binário 
(8B/10B) é bastante similar à estrutura da codifica-
ção 4B/5B, a diferença está no fato de que nessa 
será um grupo contendo 8 bits de dados que irá 
passar pelo processo de substituição um código de 
10 bits.
72 COMUNICAÇÃO DE DADOS
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CERAGIOLI, F. Análise comparativa de formatos de modulação 
OOK, DPSK, e DQPSK para sistemas de fibras ópticas operando 
a taxa de 40gbs. São Paulo, 2008. Disponível em: https://dspace.
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	Conceito de modulação e modems analógicos
	Conceito de modulação
	Modulação analógica
	Modulação em amplitude – AM
	Modulação em frequência – FM
	Modulação em fase – PM
	Modem analógico
	Padrões de modem 
	V.32 e V.32bis
	V.34bis
	V.90
	V.92
	Modulação ASK e FSK versus Modulação PSK e DPSK
	Modulação por chaveamento de amplitude (ASK)
	Modulação por chaveamento de frequência (FSK)
	MFSK binário (BFSK)
	FSK multinível 
	Modulação por chaveamento de fase (PSK)
	PSK Binário (BPSK)
	Modulação por amplitude de quadratura
	Modulação por chaveamento de fase (DPSK)
	Codificação NRZ e AMI 
	Codificação NRZ
	NRZ-OOK - Non Return-to-Zero On/Off Keying
	RZ-OOK (Return-to-Zero On/Off Keying)
	CSRZ (Carrier-Suppressed Return-to-Zero)
	CRZ (Chirped Return-to-Zero)
	Duobinário – DB (Duobinary)
	AMI (Alternate-Mark Inversion)
	Manchester e codificação por blocos
	Métodos de codificação
	Codificação em linha
	Manchester 
	Manchester diferencial
	Codificação em blocos
	Codificação em bloco 4B/5B
	Codificação em bloco 8B/10B

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