Buscar

unida 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COMUNICAÇÃO DE 
DADOS
Unidade 1
Conceitos básicos 
de comunicação de 
dados
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
MYLLENA SILVA DE FREITAS MORAIS
4 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
A
U
TO
RI
A
Jéssica Laisa Dias da Silva
Olá. Tenho graduação em Sistema da Informação e 
mestrado em Sistema e Computação na Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte (UFRN). Tenho experiência na área de 
Informática na Educação, com ênfase em Mineração de Dados 
Educacionais. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao universo 
dos jogos digitais inseridos no contexto educacional. Atualmente, 
realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento 
computacional para crianças e jovens. As áreas de interesse de 
estudo são: Educação, Engenharia de Software, Mineração de 
Dados, Pensamento Computacional, Jogos Digitais Educativos 
e Gerenciamento de Projeto. Sou apaixonada pelo que faço e 
adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão 
iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho. Conte comigo!
Myllena Silva de Freitas Morais
Olá. Sou formada em Licenciatura da Computação pela 
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Sou especialista em 
Tecnologias Educacionais e Educação a distância pelo Instituto 
Federal do Rio do Rio Grande do Norte (IFRN). Atualmente, sou 
professora da Educação Básica, lecionando a disciplina de Pensa-
mento Computacional. Sou grata por compartilhar a experiência 
de transmitir conhecimento para vocês que estão construindo 
a vida de profissionais. Sou apaixonada pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão inician-
do em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Tele-
sapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou 
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
5COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
ÍC
O
N
ES
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
OBJETIVO
Para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito.
NOTA
Quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento.
IMPORTANTE
As observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você.
EXPLICANDO 
MELHOR
Algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado.
VOCÊ SABIA?
Curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias.
SAIBA MAIS
Textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast.
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas.
6 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Sinais e dados e a transmissão analógica versus digital ..... 11
Um breve histórico, sinais e dados, transmissão analógica versus 
transmissão digital.............................................................................................11
Sinais e dados.....................................................................................................15
Transmissão analógica versus transmissão digital ...................................... 17
Transmissão digital .............................................................................18
Codificação em linha ............................................................ 18
Elementos de sinal versus elemento de dados .............. 18
Taxa de dados versus taxa de sinal .................................. 19
Largura de banda .................................................................20
Transmissão analógica .......................................................................20
Transmissão analógica de dados digitais ......................... 21
Conversão analógica-analógica ......................................... 22
Problemas frequentes na Trasmissão de dados .................. 25
Transmissão paralela versus transmissão serial .........................................26
Síncrono versus assíncrona versus isócrona ................................. 30
Comunicação síncrona ........................................................30
 Comunicação assíncrona ................................................... 32
Comunicação isócrona ........................................................34
Problema de transmissão ................................................................................35
Atenuação .............................................................................................36
Distorção devido a atraso..................................................................37
Ruído .....................................................................................................38
Térmico ...................................................................................38
Ruído de intermodulação ................................................... 39
SU
M
Á
RI
O
7COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Ruído de crosstalk ................................................................39
Ruído impulsivo ....................................................................39
Multiplexação de dados .......................................................... 42
Conceito de multiplexação...............................................................................42
Tipos de multiplexação .....................................................................................44
Multiplexação por divisão de frequência ........................................ 45
Processo de demultiplexação ............................................ 47
Multiplexação por divisão de comprimento de onda .................. 49
Multiplexação por divisão de tempo ............................................... 52
TDM síncrono ........................................................................53
TDM síncrono ........................................................................55
Canais de comunicação e modos de operação ..................... 58
Canais de comunicação .......................................................... 58
Simplex ..................................................................................................58
Half-duplex ...........................................................................................59
Full-duplex ............................................................................................61
Modo de transmissão .......................................................................................64
Modo paralelo ......................................................................................64
Modo em série .....................................................................................66
8 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
Todos nós precisamos de comunicação para nos relacio-
narmos, não é mesmo? Seja de maneira presencial ou utilizando 
tecnologia, o indivíduo, assim como diversos dispositivos, estão 
constantemente realizando trocas de informações, ou seja, estão 
manipulando dados. A comunicação de dados é um ramos im-
portantes da Computação, sendo essencial que um profissional 
da área de Sistemas de Informação tenha conhecimento amplo e 
especializado. A comunicação representa tanto para as organiza-
ções como para a sociedade um grande aumento de eficiência no 
uso dos mais variados recursos, gerando impactos na produtivi-
dade e até mesmomelhorando a competitividade em cenários 
globalizados. Sendo assim, ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo da comunicação de dados!
9COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
O
BJ
ET
IV
O
SOlá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Conceitos básicos de comunicação de dados. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Discernir sobre as diferenças entre os conceitos de 
sinais e dados, bem como os de transmissão analógica 
e transmissão digital.
2. Identificar os tipos de problemas existentes em uma 
transmissão de dados, apontando diferentes soluções 
para cada caso.
3. Compreender o processo da multiplexação de dados, 
identificando e avaliando seus principais tipos.
4. Analisar e identificar os diferentes formatos de canais 
de comunicação de dados e seus modos de operação.
10 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Sinais e dados e a transmissão 
analógica versus digital
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender o conceito de comunicação de dados. 
Você verá a diferença entre sinal e dados, além de 
como ocorre o processo de transmissão de dados 
digital e analógico. Aprenderemos também sobre 
os tipos de problemas que poderão existir nessa 
transmissão. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Vamos lá. Avante!
Um breve histórico, sinais e 
dados, transmissão analógica 
versus transmissão digital
A nossa sociedade sofreu e vem sofrendo diversas mudanças 
causadas pelo uso das tecnologias, ou seja, pela grande evolução 
que a computação vem gerando na sociedade. Dessa forma, as 
comunicações de dados, assim como as redes de computadores, 
vêm realizando transformações no modo como vivemos, assim 
como no mundo dos negócios. 
A maioria das decisões tomadas no mundo dos negócios 
quase sempre vêm passando por alguma dessas comunicações 
tecnológicas, fazendo com que essas decisões sejam tomadas 
de forma cada vez mais rápida, e a comunicação chegue ao seu 
destino de maneira mais precisa e imediata. 
Dessa forma, é notório que, na sociedade atual, há uma 
dependência em relação às redes de computadores e a essa 
comunicação de dados, sendo essencial entender como essas 
redes funcionam e fazem com que essa comunicação chegue 
11COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
cada vez mais rápido, atendendo ao mais diversos tipos de 
necessidade. 
IMPORTANTE
Estamos a todo instante compartilhando informa-
ções. Agora, podemos, por meio das redes, realizar 
essa comunicação, seja ela presencial ou remota. 
Os indivíduos realizam uma comunicação de forma 
presencial, ou seja, de forma local sempre que es-
tão frente a frente e realizam algum tipo de diálo-
go; já a comunicação remota acontece sempre que 
esses indivíduos estão em diferentes locais fazen-
do uso de algum tipo de tecnologia. 
Figura 1 – Comunicação remota
 
Fonte: Freepik
12 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
DEFINIÇÃO
De acordo com Forouzan (2010, p. 3), “o termo 
‘telecomunicação’ abrange a telefonia, telegrafia 
e televisão e comunicação a distância. Os dados 
são todas informações que têm um valor que será 
atribuído a alguma coisa, podendo ser utilizado e 
processado posteriormente”.
A comunicação de dados é, então, a forma como acontece 
a troca desses dados por meio de dois dispositivos, que servirão 
como um meio de transmissão, assumindo papel de um 
condutor. Essa comunicação de dados só irá acontecer se os 
dispositivos utilizados na comunicação estiverem dentro de um 
sistema de comunicação, sendo composto por equipamentos 
físicos (conhecidos como “hardware”) e lógicos (os programas – 
softwares). 
Forouzan (2010) elenca quatro elementos que são 
fundamentais para que aconteça uma comunicação de forma 
eficiente, são eles: entrega, precisão sincronização e jitter. 
1. Entrega: cabe ao sistema realizar de forma correta a 
entrega dos dados. Estes serão recebidos por algum 
usuário ou dispositivo antecipadamente definido, e 
essa entrega só será realizada por esse usuário ou dis-
positivo definido. 
2. Precisão: a entrega dos dados deverá acontecer de 
forma precisa. Sendo assim, qualquer dado que tenha 
sofrido alguma alteração ou tenha sido danificado na 
transmissão e que não tenha existido correção, ficará 
inutilizado na comunicação
3. Sincronização: o momento da entrega dos dados deve-
rá ser realizada no tempo certo. Dessa forma, qualquer 
dado que tenha sido entregue fora do tempo solicitado 
se tornará inútil. Em comunicação com vídeos ou áudio, 
13COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
isso significa que a entrega deverá acontecer no mo-
mento em que eles estão sendo reproduzidos, não ge-
rando atrasos. Esse tipo de entrega é classificado como 
“transmissão em tempo real”. 
4. Jitter: tempo de chegada de cada pacote de dados. O jit-
ter é o atraso desigual que acontece durante a entrega 
do pacote de dados para a reprodução de algum áudio 
ou vídeo. 
NOTA
Se um determinado pacote de áudio for enviado em 
um tempo de 30 minutos, caso venha a acontecer 
de algum desses pacotes atrasar 30 minutos ou 
35 minutos, a comunicação será irregular. Dessa 
forma, o áudio irá se tornar irregular. 
O sistema de comunicação de dados é composto por cinco 
componentes que estão dispostos como na Figura a seguir.
Figura 2 – Componentes da comunicação de dados
 
Fonte: Forouzan (2010).
14 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
 • Mensagem: refere-se às informações, ou seja, os dados 
que serão transmitidos. As informações mais populares 
que são transmitidas são: números, figuras, textos, 
vídeo e áudio. 
 • Emissor: é o dispositivo responsável por fazer o envio da 
mensagem de dados. Esse envio poderá ser realizado 
por meio de algum computador, telefone, estação de 
trabalho, televisão e tantos outros dispositivos. 
 • Receptor: aquele responsável por receber a mensagem 
enviada. Assim como no caso do emissor, o computador, 
o telefone, a estação de trabalho, a televisão, entre 
outros, poderão ser utilizados como receptor. 
 • Meios de transmissão: refere-se ao caminho físico por 
meio do qual irá trafegar a mensagem. Esse caminho 
irá acontecer do emissor até o receptor. Os meios de 
transmissão poderão ser as ondas de rádio, assim como 
a transmissão por cabo, podendo ser par trançado, 
fibra óptica ou cabo coaxial. 
 • Protocolo: refere-se às regras definidas para fazer o 
controle da comunicação de dados, sendo, assim, um 
acordo gerado entre todos os dispositivos que serão 
utilizados na comunicação. Sem a existência desse 
protocolo, poderá acontecer a conexão entre dois 
dispositivos que não estejam transmitindo nenhuma 
comunicação. 
Sinais e dados
Vamos entender um pouco mais sobre dados, bem como o 
conceito de sinais e seus tipos. 
15COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
DEFINIÇÃO
Um sinal refere-se a um conjunto de informações 
ou dados, podendo ser representando por uma 
função de tempo (por exemplo, o sinal da nossa 
televisão), ou por sinais distribuídos no espaço 
(como uma carga elétrica sendo distribuída em um 
determinado lugar). 
De uma forma geral, podemos dizer que os sinais são a 
forma de representar as informações no momento em que 
está acontecendo a transmissão dos dados. Matematicamente, 
podemos representar um sinal por meio de uma ou mais 
variáveis. 
Os sinais que existem podem ser:
 • Contínuos e discretos no tempo.
 • Analógicos e digitais.
 • Periódicos e não periódicos (aperiódicos).
 • De energia e potência.
 • Determinísticos e aleatórios.
 • Causais, não causais e anticausais.
Em relação aos tipos de sinais, existem o sinal analógico e 
o sinal digital:
 • Analógico: tipo de sinal que sofre variação de forma 
contínua no tempo. 
16 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 3 – Ondas de rádio
 
Fonte: Freepik
 • Digital: o sinal varia a partir de valores discretos. 
IMPORTANTE
É possível realizar a transmissão de qualquer tipo 
de dado utilizando os sinais analógico ou digital.Transmissão analógica versus 
transmissão digital
Na rede de computadores, uma das principais funções 
é realizar a transmissão de uma informação de um lugar para 
outro. Sendo assim, essas informações deverão ser convertidas 
em sinais digital ou analógico para que possam ser transmitidas. 
Veremos, então, como acontece o processo de transmissão 
de dados no formato digital e no formato analógico.
17COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Transmissão digital
Inicialmente, precisamos compreender que, para represen-
tar dados digitais, é preciso realizar a conversão dos dados para 
sinais digitais (FOROUZAN, 2010).
Codificação em linha
A codificação em linha refere-se ao processo de conversão 
os dados digitais em sinais digitais. Ou seja, os dados que 
estão em forma de números, letras, áudio, entre outros, serão 
armazenados em alguma memória de computador por meio de 
sequências de bits. 
Assim, na técnica de codificação de linha irá acontecer a 
conversão dessas sequências de bits em sinais digitais. Dentro 
dessa técnica, o emissor codifica os dados digitais em um sinal 
digital; caso não haja receptor, esses dados serão recriados e o 
sinal digital será revertido. 
Figura 4 – Codificação de linha e decodificação
 
Fonte: Forouzan (2010).
18 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Elementos de sinal versus elemento de dados
Precisamos identificar as diferenças que existem entre um 
elemento de sinal e os elementos de dados. O objetivo central 
da comunicação de dados é realizar a transmissão dos dados. 
Os dados são o principal elemento utilizado para representar 
qualquer informação. 
Na comunicação de dados digitais, esses elementos de 
sinal são utilizados para transportar os elementos de dados. Em 
um sinal digital, dizemos que o elemento de sinal será a menor 
unidade em relação ao tempo de um sinal digital (FOROUZAN, 
2010). 
Ou seja, esses elementos de dados representam o que se 
deseja transmitir. Já os elementos de sinal representam o que 
pode ser transmitido.  Dizemos que os elementos de dados 
são aqueles que são transportados; e os elementos de sinal, 
portadores.
Taxa de dados versus taxa de sinal
A taxa de dados tem a função de definir a quantidade de 
elementos de dados, isto é, a quantidade de bits que serão 
enviados, representado pelo um. A unidade utilizada será de bits 
por segundo (bps). 
A taxa de sinal irá representar a quantidade de elementos 
de sinal que serão enviados, representando pelo um. A unidade 
utilizada nessa taxa será Baud, podendo ser encontradas outras 
termologias. 
19COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
Encontramos em algumas literaturas a taxa 
de bits para denominar a taxa de dados. E em 
relação à taxa de sinal, pode-se encontrar descrito 
como “taxa de pulso”, “de transmissão” ou “de 
modulação”. 
Largura de banda
O transporte da informação em um sinal digital não 
acontece de forma periódica. Dessa forma, a largura de banda 
em um sinal também não acontece de maneira periódica, mas de 
forma contínua por meio de um intervalo infinito. 
No entanto, na vida real, os sinais digitais, em sua maioria, 
têm valores finitos para a largura da banda, isso significa que 
a largura da banda é infinita, porém, por existirem muitos 
componentes bem pequenos, esse fator poderá ser ignorado. 
VOCÊ SABIA?
Apesar de essa largura da banda real ser infinita 
em um sinal digital, uma largura de banda, quando 
efetiva, é considerada finita. 
Transmissão analógica
Apesar da importância da transmissão digital, é aconse-
lhado entender sobre a transmissão analógica, pois utilizada na 
transmissão de sinal digital, a largura de banda será alta, tornan-
do-se, algumas vezes, cara. 
Dessa forma, é possível utilizar a seguinte solução: trans-
formar os dados digitais em dados analógicos a partir de sua 
transmissão. Para realizar essa transformação, são usadas duas 
20 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
técnicas: técnicas para transmissão de dados analógicos e técni-
cas para transmissão de dados digitais. 
Para realizar essas transformações, deve-se utilizar uma 
técnica conhecida como “modulação”. 
DEFINIÇÃO
A nodulação refere-se ao processo no qual a infor-
mação será adicionada a ondas eletromagnéticas.
É dessa forma que a informação, seja ela digital ou analógica, 
é transmitida por meio de uma onda eletromagnética. A infor-
mação será adicionada pelo transmissor em uma onda básica, 
podendo ela ser recuperada depois por meio de um processo 
reverso conhecido como “modulação”. 
Transmissão analógica de dados digitais
Chamamos de “conversão digital-analógica” o processo 
responsável por modificar um sinal analógico a partir das 
informações geradas de dados digitais. 
Figura 5 – Conversão digital-analógica
 
Fonte: Forouzan (2010).
Dizemos que uma onda é senoidal quando ela apresenta 
três características definidas: amplitude, frequência e fase. Dessa 
forma, quando acontece essa alteração da característica em um 
21COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
sinal elétrico, pode-se utilizar a representação de dados digitais. 
É possível alterar tanto a amplitude como a frequência, como 
a fase permitindo utilizar mecanismos de modulação de dados 
digitais em sinal analógico. 
Alguns desses mecanismos são os seguintes:
 • Modulação por chaveamento de amplitude, do inglês 
Amplitude Shift-Keying – ASK.
 • Modulação por chaveamento de frequência, do inglês 
Frequency Shift Keying – FSK.
 • Modulação por chaveamento de fase, do inglês Phase 
Shift Keying – PSK.
 • Modulação de amplitude em quadratura, do inglês 
Quadrature Amplitude Modulation – QAM.
Figura 6 – Tipos de conversão digital-analógica
Fonte: Elaborada pela autora (2022).
Conversão analógica-analógica
Dizemos que existe uma conversão analógica quando as 
informações são representados por meio de um sinal analógico. 
É preciso utilizar a modulação.
22 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Os processos que podem ser realizados na conversão 
analógica, são: 
 • Amplitude modulação – SOU.
 • Modulação de frequência, do inglês Frequency Modu-
lation – FM.
 • Modulação em fase, do inglês Phase Modulation – PM.
De acordo com Forouzan (2010, p. 153), “a modulação cria 
uma largura de banda que é o dobro da largura de banda do 
sinal modulador e cobre um intervalo cujo centro é a frequência 
da portadora”. 
No entanto, os componentes do sinal que se apresentam 
acima e também abaixo da frequência portadora irão transportar 
as mesmas informações. Sendo assim, algumas implementações 
poderão descartar a metade do sinal, seguindo a largura de 
banda pela metade (FOROUZAN, 2010).
23COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que as comunicações de 
dados são importantes para entender a comu-
nicação no mundo em que vivemos, assim como 
no mundo dos negócios. Aprendeu que os dados 
são toda informação que tem um valor que será 
atribuído a alguma coisa, podendo ser utilizado e 
processado posteriormente. Dessa forma, vimos 
que a comunicação de dados refere-se à forma 
como acontece a troca desses dados por meio de 
dois dispositivos, que servirão como um meio de 
transmissão, assumindo um papel de condutor. 
Os quatro elementos fundamentais para que haja 
uma comunicação eficiente são: entrega, precisão 
sincronização e jitter. Aprendemos também que os 
componentes principais da comunicação de dados 
são mensagem, emissor, receptor, meios de trans-
missão e protocolo. Vimos que um sinal refere-se 
a um conjunto de informações ou dados, podendo 
ser representando por uma função de tempo ou 
espaço. Aprendemos também sobre os mecanis-
mos de transmissão de dados digital e analógico, 
entendendo as técnicas de par de conversão de 
dados, por exemplo, a codificação em linha. Apren-
demos a diferença entre os elementos de sinais edados, assim como você também deve ter com-
preendido as taxas de dados e as taxas de sinal. 
24 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Problemas frequentes na 
Trasmissão de dados
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender os tipos de transmissão de dados, se-
rial e paralela, compreendendo, assim, os tipos 
de transmissão serial: síncrona, assíncrona e isó-
crona. Aprenderemos também os problemas que 
poderão existir durante a transmissão de dados, 
como ruídos e atenuação. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Em todo tipo de transmissão de dados de um determinado 
dispositivo para outro é bastante importante para os dois 
dispositivos a sua fiação, esse é um dos principais interesses 
quando é necessário realizar algum fluxo de dados. 
Sendo assim, é preciso entender de que forma acontece 
essa transmissão: serão enviados apenas um bit ou vários ao 
mesmo tempo? A transmissão dos dados, quando binários, 
poderão acontecer de duas maneiras, quais sejam: transmissão 
paralela e transmissão serial. Na transmissão paralela há uma 
única maneira de enviar esses dados; na transmissão serial 
existem três formas: assíncrona, síncrona e isócrona.
25COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 7 – Tipos de comunicação
Fonte: Elabora pela autora (2022).
Transmissão paralela versus 
transmissão serial
A transmissão serial faz a transmissão dos dados utilizando 
apenas um bit por vez, de forma sequencial, fazendo uso de um 
único canal de comunicação. Em relação à velocidade que esses 
dados são transmitidos, podemos dizer que eles acontecem de 
forma limitada. 
Na transmissão paralela poderão ser transferidos vários 
bits de uma única vez, de maneira aleatória, e diferente da 
transmissão serial, poderão fazer uso de diversos canais de 
comunicação. 
26 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
Se for levado em consideração o uso de uma 
mesma velocidade na linha, assim como utilizando 
a mesma quantidade de tempo para que seja 
realizada a transmissão, entendemos, então, que 
na transmissão paralela poderão ser transmitido 
até oito ou mais bits; já na transmissão serial, 
apenas um.
Dessa forma, concluímos que a transmissão paralela 
trabalha de forma mais rápida que a transmissão serial, porém 
ela apresenta menos segurança, isso se dá pelo fato dessa 
transmissão não fornecer garantia de como os seus bits serão 
enviados ou recebidos. 
Outro fator é que essa transmissão também necessita de 
canais de comunicação que acabam sendo mais complexos, 
pelo fato de precisar fazer uso de cabos de cobre grandes. À 
medida que é preciso transmitir dados para destinos longos, 
será utilizada ligação paralela mais distante. Dessa forma, o sinal 
elétrico irá se degradando para esses nós que estão distantes. 
27COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 8 – Transmissão paralela
 
Fonte: Forouzan (2010).
Quando se busca economia de custos, a transmissão 
serial oferece esse serviço, pois sendo utilizados em sistemas 
de comunicação, poderão gerar redução de custos pelo fato de 
utilizar em sua estrutura menos fios para que a transmissão dos 
dados aconteça.
Dessa forma, a transmissão serial é bastante requisitada 
para ser utilizada em transmissões de longa distância, porém ela 
fará essa transmissão de forma mais lenta do que a transmissão 
paralela, e sua transmissão irá acontecer fazendo uso de 
transmissões já existentes e que, possivelmente, não foram 
construídas para essa finalidade. 
28 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 9 – Transmissão serial
 
Fonte: Forouzan (2010).
NOTA
As conexões via linhas telefônicas poderão ser 
utilizadas para esse tipo de transmissão de dados, 
assim como conexão por fibra óptica e linhas 
discadas. 
Nos softwares, as informações processadas utilizam a 
transmissão paralela, e para que essa transmissão alcance um 
nível de segurança desejada, deve-se realizar um processo de 
conversão para ser representado de forma serial. 
Para que isso aconteça, será preciso que haja uma 
concordância entre o transmissor e o receptor em relação a que 
bit, dentro da representação serial, irá fazer correspondência 
com o bit na transmissão paralela. 
29COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 10 – Transmissão serial e transmissão paralela
Fonte: Tanenbaum (1995).
Podemos visualizar na figura o caractere E representando 
01000101 (número binário), sendo transmitido na comunicação 
serial um bit de cada vez; já na comunicação paralela, podemos 
visualizar que são transferidos oito bits por vez.
Síncrono versus assíncrona versus 
isócrona
Na comunicação serial, a transferência acontece por um 
único caractere, porém é possível fazer a transferência de mais 
caracteres. A identificação na qual acontece o início e o fim de 
cada um desses caracteres se dá por meio do receptor, que 
irá informar sempre que toda a unidade dos dados tenha sido 
transmitida. Dessa forma, utiliza-se a comunicação síncrona e 
assíncrona para determinar essa ação (STALLINGS, 2017). 
Comunicação síncrona
Aqui existe a comunicação entre dois nós, que faz o 
monitoramento por meio desses dois nós, isso quer dizer 
que todo o trabalho para que haja a transmissão de dados irá 
acontecer de forma sincronizada entre os nós, tanto no momento 
30 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
em que os dados serão transmitidos como no momento em que 
são recebidos os dados.
Cada um desses nós compreende a transmissão que preci-
sarão realizar, se preparando para que aconteça a troca dos da-
dos. Dessa forma, há a sincronização entre os nós de envio e de 
recepção, cabendo ao nó receptor saber sempre quando existe 
um novo caractere sendo enviado. 
Para que aconteça essa comunicação, é preciso que os da-
dos sejam transmitidos em blocos, contendo as diversas sequên-
cias de bits. Na Computação, chamamos esses blocos de “fra-
mes”, quadros em português. 
IMPORTANTE
Na transmissão síncrona, os bits são enviados sem-
pre um após o outro sem bits de início, de parada 
ou intervalos, ficando sempre na responsabilidade 
do receptor fazer a função de agrupar esses bits. 
Na figura a seguir, podemos visualizar de forma esquemá-
tica como acontece a transmissão síncrona por meio da repre-
sentação das divisões entre os bytes. É preciso notar que não 
existem essas divisões, o que acontece é que o emissor faz o 
alinhamento dos seus dados por meio de uma string. 
Sempre que o emissor deseja fazer o envio de dados em 
pacotes separados, o intervalo entre eles deve ser preenchido 
utilizando uma sequência especial de zeros e uns, o que significa 
que a transmissão estará ociosa. Acontece pelo receptor a 
contagem dos bits sempre que eles vão chegando, sendo 
agrupados em grupos de oito bits. 
31COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 11 – Comunicação síncrona
 
Fonte: Forouzan (2010).
Na transmissão síncrona, como não existem intervalos, bem 
como os bits que representam o início e a parada, não irá existir 
também nenhuma maneira de facilitar para que o receptor possa 
organizar o seu fluxo intermediário para sincronizar os bits. 
Dessa forma, o timing torna-se importante, pois irá depender do 
dispositivo receptor para que haja a precisão das informações 
recebidas e, assim, realizar de forma precisa a contagem dos bits 
sempre que eles chegam.
O que essa transmissão traz de vantagem é que ela torna-se 
mais veloz, sendo mais rápida do que a transmissão assíncrona. 
Isso se dá pelo fato de a transmissão síncrona não ter que 
introduzir intervalo extra no emissor, tendo, assim, menos bits 
para utilizar na transmissão.
IMPORTANTE
De acordo com Forouzan (2010, p. 135), a trans-
missão síncrona “é muito útil para as aplicações de 
alta velocidade, como a transmissão de dados de 
um computador a outro. A sincronização de bytes 
é obtida na camada de enlace de dados”.
 Comunicação assíncrona
Nessa comunicação, a transmissão acontece inserindo 
bits especiais conhecidos como “bits de início e de parada”.32 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Chamamos esse processo de “encapsulamento de dados”, ou 
seja, na comunicação será indicado o início e o fim referente a 
cada caractere, e o receptor não precisará ter a informação de 
quando a sequência de dados será enviada, tampouco sobre o 
tamanho da mensagem.
Entendemos, então que o transmissor ficará livre para en-
viar os dados sem que seja preciso esperar nenhuma notifica-
ção realizada pelo receptor. Na comunicação assíncrona existem 
agrupamentos do fluxo de bits para bytes.
Cada unidade sendo enviada corresponde a um grupo 
formado, na maioria das vezes, por oito bits. Esses grupos serão 
tratados de forma independente, realizando a transmissão 
sempre que o enlace se apresentar pronto, não se preocupando 
com o tempo. 
IMPORTANTE
O termo “assíncrona” aqui significa que é assíncrono 
em relação ao nível de byte, porém ainda há a 
sincronização dos bits, e as suas durações serão 
sempre as mesmas. 
Na figura a seguir, veremos a representação da transmissão 
assíncrona. Nessa ilustração, vemos que os bits de início estão 
representados pelo 0s, e os de parada por 1s. No caso do 
intervalo, este está representado por meio de uma linha ociosa 
no lugar de bits, representando paradas adicionais (FOROUZAN, 
2010).
Pelo fato de ser preciso realizar o acréscimo de bits tanto 
de início como de parada, assim como inserir intervalos entre os 
fluxos de bits, a transmissão assíncrona torna-se mais lenta se 
comparada às outras. 
33COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Sua vantagem é que ela tem um custo menor, sendo 
considerada mais eficaz e atraente para uso em casos de 
comunicação que necessite de baixa velocidade. 
Figura 12 – Transmissão assíncrona
 
Fonte: Forouzan (2010).
NOTA
O terminal do computador no papel de transmis-
sor, estando conectado a um determinado sistema 
que assume a função de receptor, está sempre 
pronto para receber a transmissão dos dados, pois 
o sistema não saberá quando irá iniciar alguma 
transmissão vinda do terminal. Dessa forma, ele fi-
ca ocioso aguardando que seja dado o início de al-
guma transmissão de dados. No entanto, é impor-
tante destacar que antes que a transmissão inicie, 
haverá um aviso de início por meio de uma série 
de bits; o mesmo acontece no final, em que bits 
serão enviados para realizar a parada informando 
o término da transmissão. 
Comunicação isócrona
Existe falha da transmissão síncrona sempre que no mo-
mento da transmissão dos dados de áudio ou vídeo executados 
em tempo real, existir atrasos dos frames, gerando, assim, uma 
transmissão falha. 
34 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
NOTA
Na TV, as imagens são transmitidas, geralmente, 
por uma taxa de 30 imagens por segundo. É preciso 
que a visualização aconteça sempre nessa mesma 
taxa. Se for feito o uso de um ou vários quadros 
para enviar uma imagem, então, não é permitido 
que haja atrasos nesses quadros. 
Sendo assim, utilizar apenas sincronização entre caracteres 
não é possível, deverá haver sincronização de todo o fluxo de 
bits. O papel da transmissão isócrona será garantir que os dados 
sejam transmitidos e cheguem ao destino utilizando uma taxa 
fixa.
Problema de transmissão
No processo de transmissão de dados, poderão acontecer 
problemas, nos quais o sinal que o receptor recebe poderá ser 
diferente daquele que se está transmitindo. Na transmissão 
analógica, esse problema irá degradar a qualidade do sinal; já na 
transmissão digital irão ocorrer os erros de bit. 
Esses problemas que causam diferenças entre o sinal rece-
bido e o sinal transmitido poderão ser causadas por:
 • Atenuação.
 • Distorção por atenuação.
 • Distorção por atraso.
 • Ruído.
Vejamos a seguir como esses problemas acontecem:
35COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Atenuação
O problema de atenuação ocorre em um sinal quando 
existe um relativo aumento entre a distância existente ente o 
transmissor e o receptor. Esse tipo de problema de atenuação em 
relação à potência de um sinal irá depender também da forma 
com que a informação está sendo transmitida, por exemplo, 
quantidade de obstáculos, umidade relativa, tipo de relevo etc. 
Existem três pontos que são levados em consideração em 
relação à transmissão de dados pelo fato da existência de uma 
atenuação em algum sinal recebido:
1. Deve existir uma potência do sinal suficiente para que a 
atenuação seja detectada no receptor.
2. Para que o sinal seja recebido sem que tenha erro, é 
preciso que exista uma potência do sinal bem mais alta 
do que o ruído.
3. Existe o aumento da atenuação com o aumento da 
frequência.
O ponto um e o ponto dois trabalham sobre o nível de 
potência em relação ao sinal transmitido. A atenuação de 
um sinal se torna cada vez mais acentuada dependendo da 
distância existente entre o transmissor e o receptor, tornando a 
comunicação inadequada. 
Caso isso aconteça, será preciso fazer uso de amplificadores 
para os sinais analógicos, assim como repetidores, para quando 
são sinais digitais que estão sendo transmitidos. 
36 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
Já o terceiro ponto traz um problema que é bastante 
encontrado em sinais analógicos. A atenuação 
apresenta frequência em sinais analógicos, o que 
faz com que o sinal recebido chegue de forma 
distorcida, sendo preciso equalizar o sinal em 
faixas de frequências (banda de frequências).
Entre as maneiras de realizar essa equalização, está a 
utilização de bobinas de carga, que têm a função de mudar nas 
linhas de transmissão as suas características. Amplificadores 
poderão ser utilizados também, eles irão ampliar as altas 
frequências, bem mais do que as frequências baixas. 
Distorção devido a atraso
A distorção devido a atraso ocorre em meios guiados. A 
velocidade de propagação modifica com a frequência, podendo 
também acontecer em meios de comunicação que não tenham 
fio, isso acontece se existir alguma mobilidade relativa entre 
transmissor e receptor. Outro fator é quando acontecem 
múltiplos percursos no processo da transmissão.
Quando um sinal tem sua frequência limitada, a sua 
velocidade, na maioria das vezes, tende a ser alta, se aproximando 
da frequência central; já em relação às frequências laterais, elas 
irão tender a serem decrescentes. 
Sendo assim, os diversos componentes de frequência do 
sinal chegam no receptor em intervalos de diferentes tempos, 
causando no sinal uma distorção. Esse tipo de problema é 
bastante crítico na transmissão de sinais digitais.
37COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
NOTA
Imagine que uma comunicação está transmitindo 
uma sequência de bits. Durante a transmissão, 
houve uma distorção de atraso. Isso fará com 
que haja mudança de posições de bits de alguns 
componentes de frequência, podendo causar uma 
interferência entre símbolos.
Alguns autores consideram essa uma das maiores limita-
ções para que se possa chegar à taxa máxima de bits em qual-
quer canal de comunicação. Esse problema também poderá ser 
minimizado com o uso de técnicas de equalização. 
Ruído
Na transmissão de dados, é possível que, junto ao sinal 
recebido, cheguem também sinais adicionais que não sejam 
desejados entre o transmissor e o receptor. Esses sinais adicionais 
são conhecidos como “ruído”. 
Existem quatro categorias para classificar o ruído, sendo elas: 
1. Térmico.
2. Ruído de intermodulação.
3. Ruído de crosstalk.
4. Ruído impulsivo.
Vejamos como são caracterizados cada um desses ruídos:
Térmico
A origem desse ruído se dá no movimento aleatório dos 
elétrons existentes nos condutores, sendo causados pela 
agitação térmica, distribuído de maneira uniforme por meio do 
espectro de frequências. Por esse motivo é possível encontrar 
38 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
esse ruído também como “ruído branco”. O ruído térmico é um 
tipo que não se elimina, constituindo, assim, no desempenho da 
comunicação um limite superior. 
Ruído de intermodulação
Quando existem sinais com frequências distintas, ou seja,f1 
e f2, fluindo por um circuito, isso irá originar possíveis distorções. 
Estas poderão ser representadas pelo resultado da soma desses 
sinais ou de suas diferenças. Sendo assim, o resultado poderá 
causar interferência com um sinal desejado na frequência na 
seguinte fórmula: 
Frequência f1 + f2.
Ruído de crosstalk
O ruído de crosstalk refere-se ao acoplamento de sinais 
existentes entre canais diferentes. 
NOTA
Sempre que uma pessoa está em uma ligação 
telefônica e consegue ouvir a conversa entre 
outras pessoas de maneira não desejada. 
Esse fato ocorre devido à indução entre condutores 
existentes na linha de comunicação. 
Ruído impulsivo
O ruído impulsivo refere-se a curtos pulsos ou picos, porém 
com amplitude relativamente alta. Esse ruído pode ser gerado 
por meio de distúrbios eletromagnéticos externos. 
39COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
NOTA
Os relâmpagos podem causar um ruído impulsivo 
na comunicação.
No caso de sinais analógicos, os impulsos gerados têm 
uma menor importância. Em casos de transmissão de voz, 
por exemplo, caso haja algum ruído causado por cliques, a 
informação não irá sofrer inteligibilidade. No entanto, em caso 
de dados digitais, erros de bits poderão ser causados por um 
ruído impulsivo, eliminando uma sequência de bits referente aos 
dados que estão sendo transmitidos. 
40 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que é essencial entender 
que a transmissão dos dados, quando binários, 
poderá acontecer de duas maneiras: transmissão 
paralela e transmissão serial. Na transmissão 
paralela, há uma única maneira de enviar esses 
dados; na transmissão serial, existem três formas: 
assíncrona, síncrona e isócrona. Aprendemos 
que a transmissão serial faz a transmissão dos 
dados utilizando apenas um bit por vez, de forma 
sequencial, fazendo uso de um único canal de 
comunicação. Na transmissão paralela, poderão 
ser transferidos vários bits de uma única vez, de 
maneira aleatória e, diferente da transmissão 
serial, poderão fazer uso de diversos canais de 
comunicação. Aprendemos que na comunicação 
síncrona, a transmissão de dados irá acontecer de 
forma sincronizada entre os nós. Na comunicação 
assíncrona, a transmissão acontece inserindo bits 
especiais, chamados “bits de início e de parada”. 
Você deve ter aprendido também que há alguns 
problemas que podem acontecer durante a 
transmissão dados, por exemplo, o ruído e a 
atenuação, além de que existem quatro tipos de 
ruídos, são eles: térmico, ruído de intermodulação, 
ruído de crosstalk e ruído impulsivo.
41COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Multiplexação de dados
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender as técnicas de multiplexação, uma 
importante técnica para compartilhamento de 
banda. Entendendo os seus tipos e como cada 
uma delas se apresenta utilizando tanto sinais 
digitais como analógicos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Conceito de multiplexação
Atualmente, os sistemas de telecomunicações são cada vez 
mais modernos, precisando cada vez mais acomodar números 
maiores de canais, que têm larguras de faixas que crescem a 
partir das características das informações transmitidas, como 
em relação à velocidade e à quantidade de dados transmitidos. 
Esses canais modernos também melhoraram cada vez mais 
a capacidade de serem imunes a ruídos e interferências, além de 
operarem sempre com potências cada vez mais baixas. 
Para alcançar a eficiência desses sistemas, são utilizadas 
técnicas como a modulação e a multiplexação. Nesta Unidade, 
iremos estudar com mais detalhe a técnica de multiplexação. 
DEFINIÇÃO
A multiplexação é a técnica de compartilhamento 
de banda, permitindo que vários sinais recebidos 
de diversas fontes sejam combinados, fazendo 
com que haja transmissão simultânea, utilizando 
um único link de dados de uma linha física (TOCCI; 
WIDMER; MOSS, 2003).
Quando existe um aumento do uso de dados para realizar a 
comunicação, de forma automática, há um aumento do tráfego, 
https://acervolima.com/multiplexacao-compartilhamento-de-canal-na-rede-de-computadores-1/
42 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
que pode ser realizado fazendo a adição de links individuais 
quando houver a necessidade de criar um novo canal. 
Outra possível solução é fazer a instalação de links, tendo 
uma maior largura de banda. Com isso, é possível utilizá-lo para 
que seja feito o transporte de forma simultânea de vários links. 
Com a multiplexação, é possível otimizar os meios de trans-
missão, especialmente aqueles que apresentam uma capacidade 
limitada, pois irá gerar, dentro de uma transmissão, diversos si-
nais simultâneos.
NOTA
Quando precisa-se transmitir apenas uma pala-
vra, utilizando alguma largura de faixa em 200 Hz 
a 3400 Hz, podemos dizer que essa largura é sufi-
ciente, porém os sistemas hoje em dia demandam 
transmissões maiores, em que mais de uma pala-
vra precisa ser transmitida. 
Dessa forma, entendemos que dentro da comunicação de 
dados, a largura de banda é considerada um recurso precioso, 
pois o seu tamanho e a forma como os dados irão passar por 
ela será essencial para definir a qualidade da transmissão dos 
dados. 
Na figura a seguir, podemos observar um exemplo básico 
de uma sistema utilizando a técnica de multiplexação. As 
linhas postas à esquerda apresentam os fluxos de transmissão 
direcionados para um multiplexador, com abreviação de MUX, 
que tem a função de combinar as linhas em um único fluxo. 
Próximo ao receptor, vimos o fluxo junto aos seus componentes 
originais, que estão direcionando o fluxo para as linhas que 
fazem correspondência (FOROUZAN, 2010). 
43COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
A palavra “link” na figura representa o caminho 
físico; já a palavra “canal” representa uma parte 
de um link que tem a função de transportar uma 
transmissão entre um determinado par de linhas. 
Um único link poderá ter vários canais.
Figura 13 – Multiplexação
 
Fonte: Forouzan (2010).
Veremos a seguir os tipos de multiplexação e como cada 
uma delas são caracterizadas:
Tipos de multiplexação
As três técnicas de multiplexação são:
 • Multiplexação por divisão de frequência.
 • Multiplexação por divisão de comprimento de onda.
 • Multiplexação por divisão de tempo.
A técnica de divisão de frequência e a por divisão de 
comprimento de onda são desenvolvidas em casos de sinais 
analógicos; e a divisão por tempo, para sinais digitais.
44 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 14 – Tipos de multiplexação
Fonte: Elaborada pela autora (2022).
Multiplexação por divisão de 
frequência
A técnica analógica da multiplexação por divisão de fre-
quência, do inglês Frequency Division Multiplexing – FDM é uti-
lizada sempre que a largura de banda de um link estiver maior 
que a referente ao grupo de sinais que estão sendo transferidos.
Na multiplexação por divisão em frequência, são divididas 
as frequências em faixas consecutivas. Essas frequências são 
chamadas de “canais”, em que serão acomodados os sinais 
moduladores. Na técnica de FDM, todos os sinais gerados por 
meio de algum dispositivo emissor irão passar por modulação de 
frequências por diferentes portadoras. 
Esse circuito é formado por um combinador, que irá 
superpor a saída dos diferentes moduladores independentes, 
transportando os dados de seu receptivo sinal, para que possa 
45COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
encaixar-se dentro do seu próprio canal, evitando que aconteçam 
interferências em canais diferentes. 
Isso quer dizer que os sinais modulados combinados por 
meio de um sinal único composto serão transportados pelo 
link. Essas frequências portadoras irão ser separadas dentro 
uma banda de maneira que seja suficiente para guardar o sinal 
modulado.IMPORTANTE
Os canais serão os intervalos de largura de banda, 
por onde irão trafegar os mais diversos sinais, 
então, estes poderão estar separados por meio 
de faixas conhecidas como “bandas de proteção”, 
não utilizadas. Eles servirão para impedir que haja 
sobreposição dos sinais. 
Vejamos na figura a seguir a estrutura conceitual da técnica 
de FDM. Nela, o meio físico está dividido em três partes, nas 
quais teremos um canal para transportar uma transmissão.
Figura 15 – Multiplexação por divisão de frequência
 
Fonte: Forouzan (2010).
A técnica de FDM é utilizada para a multiplexação de 
dados analógicos, porém é possível utilizar em combinações 
de fontes que tenham sinais digitais, isso se dá pelo fato de ser 
permitido converter dados de sinal digital em um sinal analógico. 
Realizando essa conversão antes, poderemos aplicar a técnica de 
multiplexação. 
46 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
É preciso ficar claro que FDM é uma técnica que 
realiza multiplexação em sinais analógicos, sendo, 
assim, uma técnica de multiplexação analógica. 
Vejamos a seguir um processo de multiplexação FDM 
conceitual, nela notamos que cada fonte irá gerar intervalos 
com frequência similar. No multiplexador, dentro dele, os 
sinais similares irão modular em frequências com diferentes 
portadoras.
O resultado desses sinais modulados serão combinados 
através de um sinal composto único, que será enviado por meio 
de um link de comunicação, em que sua largura de banda irá 
acomodá-lo de forma suficiente (Forouzan, 2010). 
Figura 16 – Processo FDM
 
Fonte: Forouzan (2010).
Processo de demultiplexação
Dizemos que a demultiplexação é considerada o processo 
inverso da multiplexação, tendo uma única entrada de dados para 
47COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
diversas saídas, porém, cada uma dessas saídas são destinada a 
um determinado sinal de entrada.
O processo de demultiplexador utiliza vários filtros que 
servem para fazer a separação do sinal que foi multiplexado 
em sinais constituintes. Esses sinais de forma individual serão 
enviados para um demodulador que tem a função de separá-los 
de suas portadoras, passando para as linhas de saída. 
NOTA
As empresas de telefônicas têm buscado melhorar 
suas estruturas para que possam se tornar mais 
eficientes utilizando a técnica de multiplexação, ou 
seja, os sinais são multiplexados para que tenham 
linhas com maior largura de banda. Sendo assim, 
as linhas comutadas ou até mesmo as linhas 
alugadas poderão passar por uma combinação, 
utilizando menos canais, porém com uma largura 
de banda maior.
A técnica de FDM é bastante utilizada para a transmissão 
de rádio FM e AM. O meio de transmissão utilizado pelo rádio 
é o ar que utiliza frequências especiais reservadas para rádio 
AM de 530 a 1.700 KHz. Essa faixa é compartilhada por todas as 
estações de rádio. 
Esse sinal vindo do ar trata-se de uma combinação de sinais. 
O receptor irá receber esses sinais, porém irá filtrar apenas os 
sinais desejados. Caso não tenha o processo de multiplexação, a 
estação AM fará, caso deseje, a transmissão utilizando o ar como 
um link comum. 
IMPORTANTE
Quando realiza-se a sintonia de forma manual, o 
processo de multiplexação e demultiplexação será 
físico. 
48 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
A implementação da técnica de FDM é bastante simples. Na 
transmissão de rádio ou TV, por exemplo, não é necessário utilizar 
multiplexador ou demultiplexador de forma física. Para tanto, é 
preciso que exista uma concordância entre as estações, para que 
enviem suas transmissões pelo ar, fazendo uso de frequências de 
portadoras diferentes. Dessa forma, a multiplexação acontecerá 
de maneira natural. 
NOTA
Um sistema de telefonia celular irá precisar de uma 
estação-base, para que possa alocar ao usuário 
do telefone uma frequência portadora. Isso se 
dá porque não existe em uma célula capacidade 
suficiente para alocar uma largura de banda de 
forma permanente para todos os usuários de 
telefones celulares. Sempre que uma ligação é 
desligado pelo usuário, será alocada a largura de 
banda para outra chamada. 
Multiplexação por divisão de 
comprimento de onda
A técnica de multiplexação por divisão de comprimento de 
onda, do inglês Wavelength-division Multiplex – WDM, refere-
se a uma tecnologia que agrega diversos sinais ópticos, com 
diferentes comprimentos de onda, utilizando um combinador e 
os ligando por meio da mesma fibra que fará a transmissão de 
dados. 
Essa técnica foi desenvolvida para que fosse possível realizar 
a transmissão de uma grande quantidade de dados utilizando 
cabos de fibra óptica. Os cabos de fibra óptica têm uma maior 
capacidade de taxa de transmissão e resistência do que os cabos 
metálicos. 
49COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Não é recomendado utilizar um cabo de fibra óptica para 
apenas uma linha de transmissão, pois irá causar desperdício de 
largura de banda. Dessa forma, a técnica de multiplexação sendo 
aplicada, possibilita a combinação de linhas utilizadas por vários 
usuários dentro de um mesmo circuito. 
IMPORTANTE
A principal diferença entre a técnica de multiplexa-
ção por divisão de comprimento de onda e a téc-
nica de multiplexação por divisão em frequência 
se dá por envolver sinais ópticos que estão sendo 
transmitidos por fibra óptica, além de as frequên-
cias serem bem mais altas. 
Na figura a seguir, veremos como acontece a técnica WDM. 
Note que as faixas mais estreitas, vindas de diferentes destinos, 
são combinadas, tornando-se uma única faixa de luz mais larga. 
O demultiplexador separa os sinais no receptor.
Figura 17 – Multiplexação por divisão de comprimento de onda
Fonte: Forouzan (2010).
IMPORTANTE
A WDM é uma técnica de multiplexação analógica 
que tem a função de combinar sinais ópticos.
A principal função da multiplexação WDM se dá na 
capacidade de melhorar a transmissão por meio de fibra óptica, 
50 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
além de trazer uma melhoria para o uso dos recursos que são 
utilizados por esse tipo de tecnologia. 
Para esses sistemas, a técnica de WDM só funciona se houver 
um controle do comprimento da onda referente a cada sinal 
óptico. Em casos em que o intervalo referente ao comprimento 
da onda seja muito longo, poderá existir uma diminuição da taxa 
de utilização. 
NOTA
Uma rodovia em que, diariamente, passam diver-
sos tipos de veículos de marcas diferentes, e estes 
entram na rodovia e seguem o caminho separada-
mente até chegar ao seu destino. 
 Nos últimos anos, essa tecnologia vem crescendo de forma 
rápida, apresentando diversas vantagens, por exemplo: 
1. Aumento da capacidade de transmissão de dados, aju-
dando na economia dos recursos de fibra óptica. Em 
sistemas WDM, apenas se faz necessário um par de fi-
bra para todo um sistema, sem precisar levar em conta 
o número de sinais. 
2. Disponível para qualquer tipo de sinal, transmitindo 
para diferentes tipos de sinais, tanto analógico como 
digital, podendo decompô-lo ou sintetizá-lo.
3. Para a expansão da rede, não é preciso acrescentar a 
instalação de mais fibras ou melhorar os componentes 
para alta velocidade. Novos serviços poderão ser in-
troduzidos, assim como a capacidade aumentada, bas-
tando apenas adicionar um comprimento adicional de 
onda óptico. 
4. Para criar uma rede flexível, que dure mais e seja con-
fiável, é aconselhável utilizar uma rede óptica dinâmica 
51COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
reconfigurável, utilizando multiplexadores ópticos ad-
d-drop, do inglês Optical Add-Drop Multiplex (OADM). 
Multiplexação por divisão de tempo
A técnica de multiplexação por divisão de tempo, do inglês 
Time-Division Multiplexing – TDM, trabalha com sinais digitais, 
permitindo que diversas conexões possam ser compartilhadas 
por um único link que tenha uma largura de banda maior. 
Essa técnica não faz o compartilhamento de uma parte da 
largura de banda, o que acontece, de fato, é que o tempo que é 
compartilhado dessa técnicafaz com que a conexão ocupe no 
link uma fração de tempo. 
Na técnica de TDM, são divididos os sinais de entradas em 
faixas de tamanhos iguais em relação ao tempo de comprimento 
fixo. Logo após encerrar o processo de multiplexação, os sinais 
deverão ser transmitidos por meio de um compartilhamento, 
que irá os reagrupar para seu formato original, logo após passar 
pela demultiplexagem. 
Figura 18 – Multiplexação por divisão de tempo
 
Fonte: Tanembaum (1995).
Essa técnica trabalha com multiplexação digital, porém isso 
não afirma que não possam ser utilizadas fontes analógicas. Da-
dos analógicos poderão passar por um processo de conversão 
52 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
para dados digitais e, assim, serem multiplexados por essa téc-
nica. 
IMPORTANTE
A técnica de TDM atende à multiplexação digital, 
combinando diversos canais com taxa de transmis-
são baixa em um canal único canal de alta trans-
missão. 
Na multiplexação por divisão de tempo, divide-se o tempo 
em pequenos intervalos, sendo utilizado o enlace em cada um 
desses intervalos, de forma exclusiva, para que seja possível 
realizar a transmissão dos sinais de um único transmissor. 
O transmissor terá disponível no seu intervalo de tempo a 
total capacidade de transmissão do link. Vejamos a seguir que a 
técnica de TDM tem dois tipos: síncrono e assíncrono. 
TDM síncrono
Na técnica de TDM síncrono há intervalos de tempo que 
serão pré-alocados em cada transmissor. Dessa forma, deve-se 
dividir o tempo em intervalos, conhecidos como “frames”, e esses 
intervalos são subdivididos em outros três subintervalos, que 
são enumerados de um a três. 
Esses subintervalos são alocados no mesmo transmissor. 
Isso significa que o primeiro frame fica alocado no primeiro 
transmissor, o segundo frame no segundo transmissor e o 
mesmo acontece no terceiro. Chamamos de “canal” quando 
todos esses subintervalos são unidos e alocados em um mesmo 
transmissor.
53COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Figura 19 – TDM síncrono
 
Fonte: Forouzan (2010).
Forouzan (2010, p. 169) descreve esses subintervalos. 
Esses subintervalos são bem pequenos e, normal-
mente, em apenas um segundo, cada transmissor terá 
acesso a diversos de seus subintervalos. Dizendo de 
outro modo, em apenas um segundo, diversos  fra-
mes são transmitidos.
A taxa de dados referente ao link na técnica de TDM síncrono 
é n vezes mais rápida, assim como a duração da unidade é n 
vezes menor.
VOCÊ SABIA?
A técnica de TDM síncrono não é considerada 
muito eficiente, pois se acontecer de uma fonte 
estar zerada de dados para serem enviados, o slot 
que faz correspondência no frame de saída estará 
vazio.
Um dos problemas possíveis de encontrar na técnica de TDM 
síncrono é sobre como essa técnica trata possíveis disparidades 
entre as taxas de dados iniciais. Caso exista uma situação na qual 
haja diferença entre essas taxas de dados, deve-se utilizar três 
estratégias, são elas (FOROUZAN, 2010):
54 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
 • Multiplexação multinível: deve ser utilizada sempre que 
a taxa de dados de uma linha de entrada apresentar 
um múltiplo das demais.
 • Alocação de múltiplos slots: é mais eficiente fazer a 
alocação de mais de um slot em um determinado frame 
para uma única linha de entrada.
 • Inserção de pulsos: fazer com que a taxa de dados 
dominante seja a que apresente uma entrada mais 
elevada, para, assim, fazer a inserção de bits fictícios 
nas demais linhas com taxas menores.
O processo de implementar a técnica de TDM passa por 
algumas etapas que não são tão simples, especialmente em 
relação ao multiplexador e demultiplexador, que, às vezes, 
apresentam problemas importantes. 
Quando houver problema de sincronização entre eles, 
poderá acontecer de um bit que pertence a um determinado 
canal ser recebido por um canal incorreto. Dessa forma, o 
melhor é que os bits sejam inseridos ao início de cada frame. 
Esses bits são chamados de “bits de sincronização”, tendo um 
padrão representado por frame por frame, permitindo ao 
demultiplexador ser sincronizado com o fluxo de entrada, 
podendo separar os slots de maneira correta. 
TDM síncrono
A técnica de TDM síncrono foi criada para evitar que existam 
problemas com desperdício de banda, sempre que alguma 
estação não tenha informações para serem transmitidas no seu 
intervalo. 
55COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
IMPORTANTE
Não existe na técnica de TDM assíncrono alocação 
prévia de canais. Dessa forma, cada um tem a 
função de transmitir dados assim que for detectado 
algum meio de transmissão livre. No entanto, cada 
transmissão terá um tempo estabelecido para 
utilização. Isso ocorre para que seja evitado que 
um único transmissor tenha por um longo período 
de tempo o controle sobre o enlace.
Caso o tempo não seja suficiente para que todas as 
informações sejam transmitidas, cabe ao transmissor dividir 
as informações em partes, fazendo várias transmissões 
separadamente. Sendo assim, cada uma terá que buscar o acesso 
ao enlace junto aos demais transmissores.
Na técnica de TDM síncrono, a identificação do transmissor 
acontece pelo instante do tempo referente à informação 
recebida; já na técnica de TDM assíncrono, para que seja realizada 
a transmissão de cada informação, é preciso que exista um 
cabeçalho identificando tanto o transmissor quanto o receptor. 
Esse processo gasta uma parte da banda de rede disponível.
Outro fator é que a técnica de TDM assíncrono não tem 
uma alocação fixa de canais. Dessa forma, não garante nenhuma 
banda de transmissão de forma constante para ser utilizada por 
cada transmissor, isso se dá porque sempre que um equipamento 
deseja transmitir, o enlace poderá estar ocupado fazendo a 
transmissão vinda de outro equipamento.
Uma vantagem é que só existirá ociosidade se, de fato, 
nenhum usuário estiver desejando realizar uma transmissão. 
Podemos concluir que a técnica de TDM assíncrono permitirá 
que seja realizado um grande trafego de sinal a ser transmitido. 
56 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que multiplexação é a 
técnica de compartilhamento de banda, permitin-
do que vários sinais recebidos de diversas fontes 
diferentes sejam combinados. Com a multiplexa-
ção, é possível otimizar os meios de transmissão, 
especialmente aqueles que apresentam uma capa-
cidade limitada. As três técnicas de multiplexação 
são: multiplexação por divisão de frequência; mul-
tiplexação por divisão de comprimento de onda e 
multiplexação por divisão de tempo. A técnica ana-
lógica da multiplexação por divisão de frequência 
– FDM é utilizada sempre que a largura de banda 
de um link estiver maior que a referente ao grupo 
de sinais que estão sendo transferidos. A técnica 
de multiplexação por divisão de comprimento de 
onda – WDM refere-se a uma tecnologia que agre-
ga diversos sinais ópticos, tendo diferentes com-
primentos de onda, utilizando um combinador e os 
ligando por meio da mesma fibra que fará a trans-
missão de dados. E a técnica de multiplexação por 
divisão de tempo – TDM trabalha com sinais digi-
tais, permitindo que diversas conexões possam ser 
compartilhadas por um único link com uma largura 
de banda maior. 
57COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
Canais de comunicação e 
modos de operação
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de en-
tender os três tipos de canais de comunicação: 
simplex, half-duplex e full-duplex, conferindo como 
acontece cada uma dessas transmissões. Apren-
deremos também sobre os modos de transmissão 
serial e paralelo. E então? Motivado para desenvol-
ver esta competência? Vamos lá. Avante!
Canais de comunicação
Na comunicação de dados estão presente sempre dois 
personagens fundamentais: o receptor e o emissor. Podemos 
classificar a formacomo acontece a comunicação de três 
maneiras: 
 • Simplex.
 • Half-duplex. 
 • Full-duplex.
Vejamos a seguir as características de cada uma delas: 
Simplex
Nessa comunicação, o fluxo de dados sempre acontece em 
apenas uma direção, ou seja, existe apenas um emissor, como 
no caso da televisão. 
Esse tipo de transmissão acontece no sentido unidirecional. 
É possível ter um único transmissor que poderá enviar para 
vários receptores, porém o receptor não terá como sinalizar se 
houver a recepção dos dados ou não. 
58 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
NOTA
Um exemplo comparativo seria dizer que o canal 
simplex é como uma estrada com sentido único, 
em que o tráfego acontece apenas em uma única 
direção, nenhum veículo vindo na direção contraria 
seria permitido entrar na estrada. 
Figura 20 – Exemplo de transmissão simplex
 
Fonte: Freepik
Em canais de comunicação simplex não existe a possibilidade 
de transmitir e receber uma informação de forma simultânea. 
Esse tipo de canal é bastante utilizado em pedidos de socorro, 
segurança, pilotagem, comunicação entre navios, entre outros. 
Esse uso se dá porque o canal utiliza uma frequência única, 
não existindo processos de privacidade, podendo ser escutada 
em outros canais, como rádios. 
Half-duplex
Nessa comunicação o fluxo de dados acontece em ambos 
os sentidos que estão disponíveis para transmissão, porém 
59COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
acontece um de cada vez. Um exemplo desse tipo de comunicação 
é o rádio amador.
Uma comunicação é dita half-duplex quando a transmissão 
tem sentido bidirecional. Dessa forma, as informações poderão 
ser enviadas tanto pelo receptor quanto o transmitir; o mesmo 
acontece em relação a receber a informação, porém cada um 
transmite a informação por vez. 
NOTA
Um dispositivo A pode fazer a transmissão de 
dados que B irá receber. Logo após, o sentido da 
transmissão iria inverter e B passaria a transmitir 
para A a informação caso os dados tenham sido 
corretamente recebidos e não tenham sido detec-
tados erros de transmissão.
Figura 21 – Exemplo de comunicação duplex
 
Fonte: Pixabay
60 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
As redes Ethernet também funcionam nesse modo de 
transmissão e elas suportam em basicamente todos os dispositi-
vos que são utilizados nos dias atuais. 
Full-duplex
Na comunicação full-duplex, o fluxo de dados acontece em 
ambos os sentidos possíveis de forma simultânea. O telefone é 
um exemplo desse tipo de comunicação. 
Uma comunicação full-duplex acontece como uma 
transmissão bidirecional. Podemos comparar o canal full-duplex 
como duas linhas simplex, com cada uma seguindo uma direção. 
Pelo fato de essas transmissões permitirem que as 
informações sejam simultâneas nos dois sentidos, não há perda 
de tempo entre as operações das trocas dos sentidos durante a 
transmissão pelos dispositivos. 
Uma única linha full-duplex tem a capacidade de transmitir 
bem mais informações por unidade de tempo se comparado a 
uma linha half-duplex, levando em consideração a mesma taxa 
de dados. 
Figura 22 – Exemplo de comunicação full-duplex
 
Fonte: Pixabay
61COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
A capacidade de compartilhamento desse canal poderá ser 
obtida de duas formas: 
 • Separar em duas partes o link fisicamente, sendo uma 
para enviar e outra para receber. 
 • Permitir que seja possível que a capacidade de um canal 
seja transmitida pelos dois sinais na direção oposta.
SAIBA MAIS
Faça a leitura do artigo “Uso eficiente do canal 
em comunicações full-duplex por meio de uma 
reserva de canal inovadora”, que apresenta como 
as comunicação full-duplex podem contribuir para 
satisfazer os requisitos da sociedade da geração 5G 
de rede móveis, esperando que essa comunicação 
melhore as transmissões e o controle dos canais. 
Para acessar, acesse o QR-Code:
https://sol.sbc.org.br/https://scorm.onilearning.com.br/scorm.php?scorm=3be55f24c895248184abbc087e70d6a8&estudante=0&nome=&licao=&sessao=23dpbs2qaepnsod0snk24mvqbd/sbrc/article/view/12297/12162 
62 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
No quadro a seguir, vamos ver as principais diferenças 
entre os três modos de transmissão: simplex, half-duplex e full-
duplex.
Quadro 1 – Diferenças entre os canais de comunicação
Simplex Half-duplex Full-duplex
Comunicação 
unidirecional.
Comunicação 
direcional 
bidirecional, porém 
sendo uma de cada 
vez.
Comunicação 
direcional 
bidirecional, 
simultaneamente.
O remetente pode 
enviar dados, 
porém não pode 
recebê-los.
O remetente pode 
enviar dados e 
receber dados, 
porém um de cada 
vez.
O remetente pode 
enviar dados e 
receber dados, 
simultaneamente.
Oferece um menor 
desempenho 
do que as 
comunicações 
half-duplex e full-
duplex.
Oferece um menor 
desempenho do 
que a comunicação 
full-duplex.
Oferece o melhor 
desempenho entre 
as comunicações 
simplex e half-
duplex.
Exemplos: teclado e 
monitor.
Exemplo: walkie-
talkies. Exemplo: telefone.
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
É importante destacar que a camada física tem como 
função principal realizar a transmissão de sinais dentro de uma 
comunicação de dados de uma máquina para outra. 
63COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
ACESSE
No vídeo Simplex, half-duplex e full-duplex explica-
do com exemplos práticos, você poderá aprender 
mais sobre os canais de comunicação simplex, hal-
fduplex e full-duplex. Entendendo como acontecem 
essas transmissões, além de como esses conceitos 
se encaixam nas redes de computadores. Para 
acessar, clique no QR-Code:
Modo de transmissão
O modo de transmissão determina a quantidade de unida-
des elementares de bits, ou seja, de informações que poderão 
ser transmitidas de forma simultânea por meio de um canal de 
comunicação, isso quer dizer que trabalha de forma direta com 
a quantidade de bits que serão transmitidos no mesmo intervalo 
de tempo.
Modo paralelo
Os bits, na transmissão em modo paralelo, são enviados de 
forma simultânea por meio de diversas vias de dados. Dizemos 
que uma via é um fio, ou algum cabo, assim como qualquer 
dispositivo físico que pode ser utilizado como transporte. 
https://www.youtube.com/watch?v=DrrEh4T1-JY
64 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
A figura a seguir exemplifica esse modo de transmissão.
Figura 23 – Transmissão paralela
Fonte: Elaborada pela autora (2022).
As vantagens desse modo de transmissão é que irá atender 
de forma mais rápida, pois consegue enviar vários bits de uma 
única vez. Entretanto, é possível encontrar algumas desvantagens 
no sistema dessa transmissão, algumas delas são que necessita 
de quantidades grandes de fios, assim como de trilhas, para que 
possa realizar a transmissão dos bits, utilizando um para cada 
bit.
NOTA
Para uma transmissão paralela com 32 bits será 
necessário utilizar no mínimo 32 fios, para que seja 
possível realizar a interligação entre os dispositivos.
Outro problema é que o comprimento dos condutores 
utilizados na construção do canal paralelo podem ser de tamanhos 
diferentes, isso causado, por exemplo, por imperfeições de 
fabricação, gerando fios que sejam maiores ou menores, mesmo 
que com diferença mínimas.
65COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
O  atraso de propagação  pode acontecer devido a esse 
problema, e ele acontece quando os bits transmitidos juntos não 
chegam de maneira simultânea no receptor, podendo ocasionar 
os seguintes problemas: perda de performance na transmissão, 
assim como a perda de dados. Dessa forma, é importante que 
os sistemas criados tenham uma maior complexidade para 
solucionar esses tipos de problemas. 
Modo em série
Na transmissão em série, os bits são enviados de forma 
sequencial, sendo um bit de cada vez, como podemos visualizar 
na figura a seguir.
Figura 24 – Transmissão serial
Fonte: Elaborada pela autora (2022).
A transmissão em série é considerada mais lenta do que a 
transmissão em paralelo, se comparado no mesmo tempo. Isso 
se dá pelo fato de a transmissão paralelatransmitir vários bits 
por vez. Entretanto, aumentando o clock do modo em série, é 
possível maiores velocidades de transmissão do que a do modo 
paralelo. 
As vantagens da transmissão em série são que elas utilizam 
menos fios do que o modo paralelo, basta apenas no máximo três 
66 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
fios para que transmissões half-duplex e full-duplex aconteçam. 
Podem existir casos em que alguns fios a mais sejam necessários, 
isso irá depender do tipo de comunicação utilizada, como usar 
clock ou não. 
Essa transmissão apresenta menos erros e problemas 
com interferências eletromagnéticas. Dessa forma, é possível 
aumentar a velocidade da transmissão, ou seja, aumentar a taxa 
de transferência. Outro fator importante é que não há problema 
de atraso de propagação, pelo fato de os bits serem enviados 
sequencialmente, e não juntos. 
67COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que, na comunicação de 
dados, podemos classificar a forma como acontece 
a comunicação de três maneiras: simplex, half-
duplex e full-duplex. Na comunicação simplex, o 
fluxo de dados sempre acontece em apenas uma 
direção, ou seja, existe somente um emissor, como 
no caso da televisão.  Na half-duplex, o fluxo de 
dados acontece em ambos os sentidos que estão 
disponíveis para transmissão, porém acontece um 
de cada vez. Um exemplo desse tipo de comunicação 
é o rádio amador. Na comunicação full-duplex, o 
fluxo de dados acontece em ambos os sentidos 
possíveis, de forma simultânea. O telefone é um 
exemplo desse tipo de comunicação. Você deve ter 
aprendido também que o modo de transmissão 
determina a quantidade de unidades elementares 
de bits, ou seja, de informações que poderão ser 
transmitidas de forma simultânea por meio de um 
canal de comunicação. Além disso, que os bits na 
transmissão em modo paralelo são enviados de 
forma simultânea por meio de diversas vias de 
dados. Por fim, aprendemos que na transmissão 
em série os bits são enviados de forma sequencial, 
sendo um bit de cada vez.
68 COMUNICAÇÃO DE DADOS
U
ni
da
de
 1
RE
FE
RÊ
N
CI
A
S FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computa-dores. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. 
GUIMARÃES, L. M.; BORDIM, J, L. Uso eficiente do canal em 
comunicações full-duplex através de uma reserva de canal 
inovadora. 2020. Disponível em: https://sol.sbc.org.br/index.php/
sbrc/article/view/12297/12162. Acesso em: 28 mar. 2023.
MÉTODOS e tipos de transmissão, digital, analógico, paralelo, se-
rial. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (10 min). Publicado pelo canal Bora pa-
ra Prática!!! Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s-
cXak6Wd2_Y&ab_channel=BoraparaPr%C3%A1tica%21%21%21. 
Acesso em: 28 mar. 2023.
SIMPLEX, half-duplex e full-duplex explicado com exemplos 
práticos. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (9 min). Publicado pelo canal 
Professora Nattane. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=DrrEh4T1-JY&ab_channel=ProfessoraNattane. Disponível 
em: 28 mar. 2023.
STALLINGS, W. Arquitetura e organização de computadores. 
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
TANENBAUM, A. S. Distributed Operating Systems. Upper Saddle 
River: Prentice Hall, 1995.
TOCCI, R. J; WIDMER, N. S; MOSS, G. L. Sistemas digitais: princípios 
e aplicações. 11. ed: São Paulo: Pearson, 2003. 
	_GoBack
	Sinais e dados e a transmissão analógica versus digital
	Um breve histórico, sinais e dados, transmissão analógica versus transmissão digital
	Sinais e dados
	Transmissão analógica versus transmissão digital
	Transmissão digital
	Codificação em linha
	Elementos de sinal versus elemento de dados
	Taxa de dados versus taxa de sinal
	Largura de banda
	Transmissão analógica
	Transmissão analógica de dados digitais
	Conversão analógica-analógica
	Problemas frequentes na Trasmissão de dados
	Transmissão paralela versus transmissão serial
	Síncrono versus assíncrona versus isócrona
	Comunicação síncrona
	 Comunicação assíncrona
	Comunicação isócrona
	Problema de transmissão
	Atenuação
	Distorção devido a atraso
	Ruído
	Térmico
	Ruído de intermodulação
	Ruído de crosstalk
	Ruído impulsivo
	Multiplexação de dados
	Conceito de multiplexação
	Tipos de multiplexação
	Multiplexação por divisão de frequência
	Processo de demultiplexação
	Multiplexação por divisão de comprimento de onda
	Multiplexação por divisão de tempo
	TDM síncrono
	TDM síncrono
	Canais de comunicação e modos de operação
	Canais de comunicação
	Simplex
	Half-duplex
	Full-duplex
	Modo de transmissão
	Modo paralelo
	Modo em série

Outros materiais