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WBA0300_v1.0 ACIONAMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Renato Kazuo Miyamoto Leitura crítica: Ana Paula Zanatta No cenário brasileiro, aproximadamente 40% do consumo energético está associado à indústria. Neste setor, 70% do consumo de energia ocorre pelo acionamento de motores elétricos (WEG, 2020). É notório que a escolha correta do acionamento destes motores, aliado a um correto dimensionamento do motor elétrico e de seu acionamento, pode trazer benefícios financeiros. Esta disciplina aborda conceitos sobre os métodos diretos e indiretos de acionamento de máquinas elétricas, bem como a confiabilidade e características das técnicas mais utilizadas. Adicionalmente, existem processos industriais em que o controle da velocidade das máquinas implica uma melhoria no processo produtivo. As máquinas elétricas rotativas são os conversores eletromecânicos de energia mais utilizados no mundo e, se técnicas adequadas de controle de velocidade forem implementadas, uma redução significativa do consumo energético pode ocorrer, em comparação com métodos de acionamentos elétricos sem variação de velocidade. Desse modo, a disciplina também aborda técnicas escalares e vetoriais para controle de velocidade e conjugado em motores de indução, que são amplamente utilizados no setor industrial, devido aos seus aspectos construtivos e à pouca manutenção que exigem. Antigamente, essas máquinas eram utilizadas apenas operando à velocidade nominal, mas, com o advento da eletrônica de potência, criou-se a possibilidade de operação em amplas faixas de velocidade. 3 O controle de velocidade em máquinas de corrente contínua também é abordado. Embora estejam sendo substituídas pelos motores de indução, sua viabilidade está no baixo ruído e na facilidade de acionamento. São descritas as principais técnicas de controle de velocidade e conjugado, elucidando o comportamento dinâmico da máquina, de acordo com a modificação de parâmetros e dos sinais de alimentação. Assim, esta disciplina aborda os conceitos e técnicas mais utilizados para acionamento de máquinas elétricas rotativas de corrente alterada (CA) e de corrente contínua (CC), observando o comportamento destas máquinas em regime transitório e permanente e percorrendo as fases de projeto, dimensionamento e implementação. WEG. Eficiência Energética – Índices de rendimento. C2019. Disponível em: https://www.weg.net/institutional/BR/pt/solutions/ energy-efficiency/efficiency-index. Acesso em: 22 mar. 2020. INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! https://www.weg.net/institutional/BR/pt/solutions/energy-efficiency/efficiency-index https://www.weg.net/institutional/BR/pt/solutions/energy-efficiency/efficiency-index TEMA 1 Introdução ao acionamento de máquinas rotativas ______________________________________________________________ Autoria: Renato Kazuo Miyamoto Leitura crítica: Ana Paula Zanatta 5 DIRETO AO PONTO Em aplicações industriais, as máquinas elétricas rotativas são utilizadas para movimentação de cargas mecânicas em geral. O conhecimento sobre as técnicas envolvidas no acionamento dessas máquinas auxilia quando há a necessidade de dimensionar ou implementar determinada técnica de partida. Os métodos de partida direta são empregados em motores com potência inferior a 10 CV (podendo variar de acordo com a concessionária de energia). Seu princípio de operação consiste na conexão das bobinas do estator diretamente à rede elétrica. Este fato resulta em elevados conjugados e correntes de partida. As técnicas de partidas indiretas visam mitigar os efeitos da corrente transitória. A partida estrela-triângulo propicia uma redução de até 2/3 da corrente de partida, a partir da comutação entre os fechamentos das bobinas da máquina. Entretanto, a tensão da rede elétrica deve ser a mesma da tensão da ligação triângulo do motor, caso contrário, outra técnica deve ser adotada. Em uma partida estrela-triângulo, para o cálculo das correntes que circulam na chave, devemos considerar o diagrama unifilar do circuito de força ilustrado na Figura 1. Deste modo, se considerarmos , e os valores das correntes que circulam nos contatores , e , respectivamente, podemos dimensionar os dispositivos de proteção. Assim, a análise se inicia pela ligação em triângulo, de acordo com a Figura 2(a). Em fechamento triângulo, a tensão de linha é igual à tensão de fase e a corrente de fase vale . A impedância é dada por . 6 Figura 1 – Diagrama unifilar de força da chave estrela- triângulo Fonte: adaptada de Franchi (2013). Para calcularmos a corrente que circula no contator ( ), consideramos a ligação em estrela, de acordo com a Figura 2(b). A corrente em estrela é dada pela tensão dividido pela impedância, logo: (1) Assim, temos: (2) (3) (4) 7 Figura 2 – Ligação do motor em triângulo e estrela (a) (b) Fonte: adaptada de Franchi (2013). A corrente de partida tem redução de 66% em relação à partida direta, pelo uso da chave ligação estrela-triângulo. Assim obtemos: . Deste modo, fica evidenciada uma topologia de dimensionamento para esta técnica de partida. Vale ressaltar que a escolha dos componentes (contatores e dispositivos de proteção) para cada acionamento depende do tempo de resposta e o processo ao qual a máquina está submetida, ou seja, deve-se analisar o datasheet do fabricante para uma escolha assertiva. Referências bibliográficas FRANCHI, C. M. Acionamentos elétricos. 5. ed. São Paulo: Érica, 2013. 8 PARA SABER MAIS O software CADe SIMU pode ser utilizado para simular acionamentos de motores elétricos. Nele, há uma interface de simulação capaz de ilustrar a operação das máquinas. Software de simulação de acionamentos No seu navegador de preferência, procure por “CADe SIMU” e sua versão gratuita poderá ser baixada. Você pode simular o circuito ilustrado na Figura 3. O referido circuito refere-se a uma partida direta com reversão, ou seja, o botão de impulso B1_K1 liga a máquina em um sentido de rotação. É necessário desligar o motor por meio do botão B0, e, após, o botão B1_K2 liga a máquina no sentido contrário. Figura 3 – Diagrama de força e comando de uma partida direta com reversão Fonte: elaborada pelo autor. 9 A compreensão de diagramas de acionamentos é essencial para qualquer tipo de projeto que envolva máquinas elétricas rotativas. Assim, é possível modificar o projeto proposto adicionando lâmpadas-pilotos de sinalização, ou mesmo implementando outras técnicas de partidas estudadas. TEORIA EM PRÁTICA Você é engenheiro de uma empresa e precisa dimensionar os componentes necessários para realizar uma partida indireta do tipo estrela-triângulo. Assim, sabe-se que se trata de um motor de 100 CV, dois polos, 380 V / 660 V, 60 Hz , com comando em 220 V e . Ainda, segundo dados de placa, tem-se uma corrente nominal e . Como você faria este dimensionamento? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O livro de Franchi (2013) retrata de modo didático os diagramas e simbologias para acionamentos de máquinas elétricas. Sugere-se a leitura do capítulo 5 (“Chaves de partidas”) da obra. Para realizar Indicações de leitura 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina a leitura, acesse o parceiro Minha Biblioteca, na plataforma Biblioteca Virtual da Kroton, e busque pelo título da obra. FRANCHI, C. M. Chaves de partidas. In: FRANCHI, C. M. Acionamentos elétricos. 5. ed. São Paulo: Érica, 2013. Indicação 2 Osprincipais métodos de acionamentos em máquinas rotativas, bem como os conceitos de dimensionamento e operação das máquinas, são importantes para qualquer projeto. Aliado a isto, a compreensão sobre o conjugado de um motor deve ser levada em consideração quando estamos projetando um sistema de partida. Assim, sugere-se a leitura do capítulo 6 (“Máquinas polifásicas de indução”) da obra de Umans (2014), para um aperfeiçoamento de conhecimentos sobre as análises em circuitos equivalentes e características dos conjugados neste tipo de máquina elétrica. UMANS, S. D. Máquinas polifásicas de indução. In: UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 11 1. Sobre o método de partida indireta, chave estrela-triângulo, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. Não necessita de chaves eletrônicas de potência e/ou transformadores, então possui baixo custo. II. Seus componentes demandam amplo espaço para acomodar o autotransformador. III. O número máximo de manobras permitido está limitado à vida útil dos componentes envolvidos no processo. a. Apenas a I está correta. b. Apenas a II está correta. c. Apenas a I e III estão corretas. d. Apenas a II e III estão corretas. e. Apenas I e II estão corretas. 2. Sobre o método de partida direta, analise as afirmações e assinale a alternativa correta. a. A partida direta é a técnica mais simplista de acionar uma máquina elétrica e consiste na ligação das três fases diretamente ao motor, que resulta em um pico de corrente. b. A partida direta é utilizada de modo a mitigar os elevados valores de corrente de partida em máquinas elétricas rotativas. c. A partida direta emprega uma redução de tensão nas bobinas do motor durante a sua partida. d. A partida direta alimenta as bobinas da máquina com tensão reduzida, por meio de uma chave de partida. Assim, há o emprego de um autotransformador com taps de tensão. e. A partida direta auxilia para que o uso de chaves eletrônicas se torne cada vez mais economicamente viável e prático. 12 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: a chave estrela-triângulo não necessita de elementos de potência e o número máximo de manobras é limitado à vida útil dos componentes no circuito de acionamento. Assim, na alternativa II, consta um erro ao afirmar que há a utilização de um autotransformador, logo, as alternativas corretas são I e III. Questão 2 - Resposta A Resolução: a alternativa que apresenta o conceito de partida direta é a que descreve que a partida direta é a técnica mais simplista de acionar uma máquina elétrica e consiste na ligação das três fases diretamente ao motor, que resulta em um pico de corrente. Todas as demais se referem a algum tipo de partida indireta. TEMA 2 Variação de velocidade com controle escalar ______________________________________________________________ Autoria: Renato Kazuo Miyamoto Leitura crítica: Ana Paula Zanatta 14 DIRETO AO PONTO Em ambientes industriais, os acionamentos de máquinas elétricas rotativas podem ser realizados por meio de partidas diretas ou indiretas. A vantagem de técnicas de partidas indiretas é a redução do transitório da corrente de partida. Quando técnicas escalares ou vetoriais são aplicadas, há a possibilidade de realizar o controle sobre a sua velocidade. Imagine sistemas automatizados de prensas ou esteiras transportadoras onde o controle da velocidade acarretaria ganhos de produção, ou, ainda, redução do custo energético oriundo do acionamento das máquinas. Tal fato também acarreta uma redução em manutenção. Muitas técnicas podem ser utilizadas para um controle de velocidade, entretanto, para cada uma delas, temos algumas restrições. Nós vamos analisar as técnicas de controle escalar, ou seja, o controle de conjugado não deve ser uma preocupação. Os controles mais usuais podem ser descritos a seguir: • Controle pela resistência rotórica: para esta técnica, o motor de indução deve ser do tipo rotor bobinado, e consiste na inserção de uma resistência externa em série com os anéis deslizantes que dão acesso aos enrolamentos. Isto resulta em uma redução da velocidade e, instantes após a partida, os resistores externos podem ser reduzidos até o curto-circuito. Entretanto, essas resistências podem reduzir a eficiência da máquina quando opera em baixas velocidades. • Motores de polos variáveis: consistem em motores específicos, que construtivamente dispõem nas bobinas do estator a possibilidade de ligação em dois ou quatro polos, assim, acarretando uma alteração de velocidade 15 na proporção 2:1. Vale ressaltar que, neste caso citado, a máquina só altera entre duas velocidades síncronas, e não necessita de elementos de eletrônica de potência em seu acionamento, apenas de um circuito de força e comando com contatores. • Controle da tensão do estator: consiste na redução da tensão de alimentação da máquina, pode ocorrer a partir da utilização de transformadores ou autotransformadores (variac). Ao reduzir a tensão, há a redução da velocidade e, também, do conjugado, fato este que pode prejudicar o sistema em operação. Outro fato que pode ocorrer é o sobreaquecimento da máquina, pois o sistema de ventilação é projetado para operar em velocidade nominal. Portanto, essa técnica geralmente é aplicada onde o baixo rendimento possa ser tolerado. • Controle da frequência de alimentação: como a velocidade de uma máquina de indução depende do número de polos e da frequência angular ( ), em que , se alterarmos a frequência de armadura ( ) aplicada ao estator, podemos alterar a velocidade do motor. Quando aplicamos este controle, à medida que a frequência de armadura é reduzida, o escorregamento aumenta, não sendo a técnica ideal para baixas velocidades. • Controle da razão tensão/frequência constante: também conhecida como controle constante, consiste num controle simultâneo entre tensão e frequência, visando manter a densidade de fluxo constante. Esse cuidado é tomado, pois, se essa densidade aumentar muito, os elevados valores de corrente e as perdas no núcleo podem contribuir para a saturação da máquina. 16 Dentre as técnicas descritas acima, a é a técnica escalar mais comum utilizada industrialmente, pois as estratégias de controle atreladas a ela são relativamente simples. Esta técnica, se comparada com técnicas de controle vetorial, apresenta como desvantagem um baixo desempenho devido ao fato do conversor atuar no controle sobre o campo girante, e não sobre a velocidade do rotor da máquina de indução. Outra característica é que o escorregamento ( s ) não opera em constância, este fato resulta em possíveis instabilidades em certas condições. Adicionalmente, a corrente no estator não pode ultrapassar o valor nominal da máquina, isto poderia ocasionar sérios problemas para os componentes eletrônicos do circuito de controle, por isso, geralmente, um saturador de corrente é alocado nos projetos de controle. O controle escalar consiste, então, em uma técnica de regulação de velocidade em máquinas rotativas que não possui controle direto de conjugado, em contrapartida, a implementação se torna viável devido à baixa complexidade dos algoritmos de controle. Então, de todas as técnicas estudadas, a escolha da adequada depende do modo e das características de operação da máquina, analisada a partir da relação conjugado versus velocidade, e considerando as características da carga a ser acionada. PARA SABERMAIS Que o controle de velocidade em máquinas elétricas pode trazer benefícios, já sabemos, mas se não observarmos o comportamento do conjugado, a técnica escolhida pode se tornar ineficiente. Assim, analisa-se o circuito equivalente da máquina e estima-se a curva característica de velocidade versus conjugado para que possamos definir o correto acionamento. 17 Imagine um motor com as seguintes especificações: MIT com rotor bobinado 460 V, 25 HP, 60 Hz, 4 polos e ligado em Y. Os valores das impedâncias, em ohms, por fase, referidas ao circuito de estator são: ; ; ; ; . Convido você, então, a acessar o seguinte material e realizar a leitura deste exemplo resolvido 6.5 na página 341: CHAPMAN, S. J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.. Nele consta a dedução da fórmula do conjugado de partida e conjugado máximo em máquinas de indução, além da estimativa destas grandezas. Para esta máquina, foi estimado um conjugado de partida de 104 Nm e um conjugado máximo de 229 Nm. A Figura 1 ilustra o comportamento do conjugado x velocidade para este motor. Também está plotado o comportamento ao dobrar o valor da resistência (que é a resistência do rotor bobinado refletida ao estator) para verificarmos a diferença quando inserimos uma resistência em série no rotor, por exemplo. Figura 1 – Conjugado x velocidade do MIT em análise Fonte: elaborada pelo autor. 18 Percebe-se que os valores teóricos de conjugado estimados correspondem aos valores em ênfase na curva em linha contínua da Figura 1 (106,6 Nm de partida e 229,7 Nm máximo). Agora repare que, ao dobrarmos o valor da resistência (curva tracejada), o conjugado de partida aumenta, entretanto, o máximo se mantém e o escorregamento aumenta. Esta análise gráfica é de grande valia para realizar o projeto de acionamento de partidas em máquinas elétricas a partir do conhecimento da carga que ela irá acionar. TEORIA EM PRÁTICA Imagine que a empresa em que você trabalha estipulou uma tarefa para que você realize. Há um motor de indução alocado a uma esteira que transporta um material que deve ser cortado em medidas específicas. Este material possui comprimentos diferentes, dependendo da sua aplicação. Todo esse processo ocorria de modo manual, ou seja, um operador era responsável por ligar a máquina/esteira, e um segundo operador, por acionar o cortador. Agora a gerência da empresa resolveu automatizar todo o processo e lançar novos produtos com medidas ainda menores, ou seja, agora deve haver controle da velocidade da esteira, para que não ocorra erro no corte e, também, evite gargalos. O sistema escolhido foi o e, como sabemos, tem o objetivo de manter a densidade de fluxo constante. O sinal de controle é inserido como entrada no inversor PWM da Figura 2. A Figura 2 ilustra o conversor CA-CC-CA utilizado neste sistema de controle. Perceba que há um retificador (CA-CC) que envia tensão ao link CC e uma tensão Vdc aplicada como tensão de compensação. 19 Figura 2 – Conversor CA-CC-CA de um controle Fonte: elaborada pelo autor. O motor de indução possui as características a seguir: Potência: 5 HP. Tensão de linha: 200 V. Frequência: 60 Hz. Número de polos: 4 polos. Fator de potência: 0,86 (atrasado). Rendimento 82%. Parâmetros internos: ; ; ; ; . Como você faria para encontrar a relação Vdc para um controle em malha fechada? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 20 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta obra aborda de forma didática os métodos de acionamento e controle em máquinas elétricas rotativas, explicando as suas aplicações e o papel desempenhado por cada bloco constituinte da malha de controle. Possui uma ênfase no controle escalar em malha fechada. Assim, a recomendação é a leitura do capítulo 12 – “Acionamentos do motor de indução: controle de velocidade”, da obra a seguir. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. MOHAN, N. Acionamentos do motor de indução: controle de velocidade. In: MOHAN, N. Máquinas elétricas e acionamentos – Curso introdutório. São Paulo: LTC, 2017. p. 200-215. Indicação 2 Este documento realiza a simulação do comportamento de velocidade e conjugado em vários motores CA e também CC, a fim de validar aplicações de motores em veículos híbridos e elétricos. A maior contribuição está na análise de eficiência e custo dos motores simulados sob variação de carga. A recomendação é realizar a leitura do artigo a seguir. Para realizar a leitura, acesse a plataforma SAE Mobilus, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. SHARMA, S.; KUMAR, V. Optimized motor selection for various hybrid and electric vehicles. In: SAEINDIA International Mobility Conference & Exposition and Commercial Vehicle Engineering Congress, 8, 2013,[s.l.].Anais eletrônicos […]. Índia: Sae Mobilus, 2013. Disponível em: https://saemobilus.sae.org/ content/2013-01-2833/. Acesso em: 28 jul. 2020. Indicações de leitura https://saemobilus.sae.org/content/2013-01-2833/ https://saemobilus.sae.org/content/2013-01-2833/ 21 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A técnica de acionamento tensão/frequência constante ( constante) é um procedimento adotado para realizar variações de frequência a partir do valor nominal para se obter o mesmo conjugado máximo em uma faixa de variação de velocidade e, adicionalmente, evitar a saturação magnética da máquina. Considere um motor de 380 V em frequência nominal de 60 Hz. Para manter o conjugado máximo com uma tensão de 220 V, qual deve ser, aproximadamente, a frequência de operação? a. 35 Hz. b. 54 Hz. c. 114 Hz. d. 143 Hz. e. 230 Hz. 22 2. Tem-se um motor de indução de dois polos que opera em 60 Hz e fornece uma velocidade de 3.520 rpm. Então, calcule o escorregamento e o conjugado induzido, sabendo que conjugado ( ) é , onde é a potência de saída em watts, e é a velocidade do rotor em rad/s Assinale a alternativa correta: a. Escorregamento de 0,0222 e conjugado de 40,7 Nm. b. Escorregamento de 0,0222 e conjugado de 58,9 Nm. c. Escorregamento de 0,0222 e conjugado de 70,8 Nm. d. Escorregamento de 0,227 e conjugado de 4,7 Nm. e. Escorregamento de 0,227 e conjugado de 40,7 Nm. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: o método de controle constante obedece ao equacionamento. , logo Questão 2 - Resposta A Resolução: a velocidade síncrona é calculada como: , em que P é o número de polos. Logo, rpm. Então, tem-se um escorregamento de e conjugado de: Nm. TEMA 3 Acionamentos com controle vetorial de velocidade ______________________________________________________________ Autoria: Renato Kazuo Miyamoto Leitura crítica: Ana Paula Zanatta 24 DIRETO AO PONTO Vastamente utilizado na indústria devido à sua manutenção facilitada, o motor de indução trifásico possui baixo custo de aquisição e robustez em sua construção, o que permite que ele seja empregado em locais sujeitos a poeira e altas temperaturas, por exemplo. O controle eletrônico da velocidade e conjugado desenvolvidos por motores de indução trifásicos têm inúmeras aplicações em sistemas industriais e comerciais. Em meados da década de 1970, o controle vetorial orientado pelo campo (sigla para o inglês – FOC) começou a ser estudado e desenvolvido e foi inserido como uma alternativa para o controle de máquinas de indução semelhante ao controle realizado nos motores de corrente contínuacom excitação independente. Esta técnica é fundamentada na análise direta dos erros de posição, velocidade mecânica e/ou torque eletromagnético e do fluxo do rotor durante a operação do motor. As principais vantagens oferecidas por ela incluem menores ondulações de correntes trifásicas e de torque eletromagnético, além de uma melhor resposta em situações em que são desejadas baixas velocidades. O controle vetorial direto de conjugado (sigla para o inglês – DTC), em sua essência, utiliza o mesmo princípio do controle FOC. Assim, consiste em desacoplar as correntes de estator (ia e ib) e estimar os valores de conjugado e fluxo. A partir desses valores, os controladores (um de conjugado e outro de fluxo) realizam a comparação por meio de uma tabela setorial. Deste comparativo, é modulada uma saída para um inversor PWM responsável pelo acionamento do motor de indução. Quando se trata de acionamento e controle de máquinas elétricas, existem as mais variadas técnicas que possuem características 25 próprias. A escolha da técnica ideal leva em consideração o custo a ser investido, a complexidade do sistema e a aplicação desempenhada pela máquina. A Figura 1 ilustra as técnicas mais conhecidas para controle de velocidade em motores de indução. Figura 1 – Métodos de controle de velocidade do MIT Fonte: elaborada pelo autor. Dentre as técnicas de controle escalar, a que emprega a razão de tensão/frequência constante possui o melhor desempenho devido à sua característica de manter a constância da densidade de fluxo. Entretanto, esta técnica não realiza o controle de conjugado e, apesar de possuir um desempenho satisfatório em baixas velocidades, há um pequeno transitório de corrente que pode gerar ruídos no controle. Quando se aplica a técnica de controle escalar pela variação da tensão do estator, a grande dificuldade está no conjugado, que reduz consideravelmente. Trata-se de uma técnica simples e de baixo custo, aplicável quando o baixo rendimento da máquina pode ser tolerado. Já quando se altera a frequência da tensão de alimentação, a densidade de fluxo aumenta à medida que a frequência reduz. Deste modo, para esta técnica, a preocupação é em relação à saturação da máquina. Os controles vetoriais de velocidade possuem como característica o controle de velocidade e conjugado, com uma melhor resposta 26 em baixas velocidades, se comparado aos controles escalares. Para isto, é necessário que sensores sejam acoplados no sistema físico e/ou que os parâmetros de fluxo, conjugado e velocidade sejam estimados. De qualquer modo, todas elas empregam algum tipo de estimador a partir de grandezas coletadas, o que pode tornar mais complexo o algoritmo de controle. Assim, independente da técnica empregada, os sistemas de acionamento e controle de velocidade em máquinas de indução requerem conhecimentos avançados em teoria de controle, dinâmica de máquinas e eletrônica de potênci. PARA SABER MAIS Em dinâmica de máquinas elétricas e algoritmos de controle de velocidade, o sistema de coordenadas ortogonais (ou arbitrário – dq0) é frequentemente utilizado para redução de equações matemáticas. As equações que regem o comportamento dos motores são variantes no tempo à medida que o rotor gira, logo, as equações diferenciais variantes no tempo são convertidas em equações de indutância contínua. Este fato resulta em uma simplificação das seis equações diferenciais referentes aos eixos trifásicos do estator (as, bs e cs) do rotor (ar, br e cr) em apenas quatro equações de indutância contínua (as,d, as,q, ar,d,ar,q), referentes ao eixo direto e quadratura do estator e rotor, respectivamente. A relação entre o sistema de coordenadas trifásico e arbitrário é apresentada na Equação 1: (1) 27 Em que o X pode representar qualquer variável da máquina, como tensão, corrente ou fluxo, por exemplo. A matriz de transformação ( ) é dada pela Equação 2, em que é o ângulo que referencia o sistema de coordenadas arbitrário, geralmente utilizado como o ângulo entre o eixo ortogonal e o eixo do estator que gira a uma velocidade ( ) do rotor: (2) Assim, quando todas as operações e os algoritmos de controle forem realizados, há a conversão novamente ao sistema trifásico por meio da matriz de transformação inversa : (3) Para saber mais, procure por livros e artigos que abordem a técnica de transformada em sistema arbitrário. A sugestão é a leitura da obra a seguir, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton: UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Apêndice C, p. 680-691. Geralmente, estas modelagens são realizadas por softwares computacionais, por meio do equacionamento sugerido na Equação 1. 28 TEORIA EM PRÁTICA Você trabalha em uma empresa que necessita otimizar o processo produtivo. Em reunião com a gerência, a partir de dados da planta, foi constatado que uma melhoria seria acarretada se houvesse o controle de velocidade nas máquinas de indução que acionam esteiras e guindastes. Na linha de produção atual não há controle de velocidade, entretanto, os processos produtivos precisam operar em amplas faixas de velocidade. Assim, quando a velocidade de operação precisa ser baixa, o operador deve parar a máquina e acionar o modo manual de operação. Como você resolveria este problema? Qual técnica de controle você escolheria? Por quê? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta obra detalha desde o princípio da conversão eletromecânica de energia até o controle de velocidade em máquinas elétricas rotativas. No capítulo 10 – “Controle de velocidade e conjugado”, são relatados os princípios dos controladores de velocidade, bem como os diagramas de blocos para cada tipo de acionamento. Indicações de leitura 29 Neste capítulo, você irá aprofundar os conhecimentos sobre os tipos de controle existentes para os diferentes tipos de máquinas elétricas. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. UMANS, S. D. Controle de velocidade e conjugado. In: UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. p. 569-615. Indicação 2 Este artigo revela o comportamento de um sistema dinâmico para armazenamento de energia elétrica. Para isto, utiliza um motor de indução acoplado a uma carga sobre a influência de um controle DTC. A resposta do conjugado e velocidade é demonstrada e análises de transitório são realizadas. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual SAE Mobilus, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. O’CONNEL, T.; WELLS, J.; LAMM, P.; DEWITT, L. A direct torque- controlled induction machine bidirectional power architecture for more electric aircraft. SAE Int. J. Aerosp., v. 3, n. 1, p. 65-73, 2010. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 30 Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Em máquinas de indução, a implementação de um controle que possibilite operação em velocidades variáveis pode ser feito pela escolha de uma dentre as diversas técnicas existentes. Estas técnicas se dividem em controle do tipo escalar e vetorial. Assim, analise as técnicas dispostas a seguir e classifique-as como controle escalar (1) ou controle vetorial (2): ( ) Controle da tensão do estator. ( ) Controle direto de conjugado. ( ) Controle por orientação de campo. ( ) Controle pela razão tensão/frequência constante. Assinale a alternativaque classifica corretamente as colunas de cima para baixo: a. 1 – 2 – 2 – 1. b. 1 – 1 – 2 – 1. c. 1 – 1 – 2 – 2. d. 2 – 2 – 1 – 1. e. 2 – 1 – 1 – 2. 2. Em sistemas de modelagem de máquinas e controle de velocidade, uma técnica é muito utilizada com o objetivo de simplificar a quantidade de equações matemáticas que modelam o comportamento dinâmico do motor. Ela consiste na transformação do sistema trifásico convencional em um sistema: 31 a. De coordenadas ortogonais (ou arbitrário - dq0). b. De coordenadas triangulares (ou ortogonal – αβ). c. De coordenadas simétricas (ou arbitrário - dq0). d. De coordenadas de Krishnan (ou ortogonal – αβ). e. De coordenadas abc (ou arbitrário - abc). GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: as técnicas de controle escalar são técnicas mais simplistas, entretanto, amplamente utilizadas pelo baixo custo quando não há necessidade de controle de posição. Dentre elas podemos destacar: controle da tensão do estator e controle pela razão tensão/frequência. Já dentre as técnicas vetoriais, podemos citar: controle direto de conjugado e controle por orientação de campo. Questão 2 - Resposta A Resolução: o sistema de coordenadas ortogonais ou arbitrário consiste em transformar equações trifásicas variantes no tempo para um sistema em quadratura com eixos intitulados eixo d, eixo q e eixo 0, por meio de uma matriz de transformação. Posterior à modelagem, o sistema pode ser novamente convertido ao abc. TEMA 4 Controle de velocidade em máquinas de corrente contínua ______________________________________________________________ Autoria: Renato Kazuo Miyamoto Leitura crítica: Ana Paula Zanatta 33 DIRETO AO PONTO O controle de velocidade de uma Máquina de Corrente Contínua (MCC) em derivação, basicamente, pode ser realizado por meio de três métodos: (1) controle da corrente de campo (por meio do ajuste da resistência de campo, implicando o ajuste de fluxo magnético); (2) controle por meio da tensão terminal da armadura; e (3) controle por meio da variação da resistência do circuito de armadura. No controle pelo ajuste da corrente de campo, se aumentarmos a resistência de campo ( ), a corrente do campo decresce proporcionalmente de acordo com a Equação 1: (1) Esse fato acarreta uma redução do fluxo ( ). Esta redução de fluxo gera uma queda na tensão gerada ( ), que eleva a corrente de armadura, de acordo com a Equação 2: (2) Por outro lado, quando o motor acelera, a tensão gerada ( Ea ) aumenta e, consequentemente, a corrente de armadura ( Ia ) reduz. Essa redução implica a redução do conjugado induzido, que vai diminuindo até o instante em que se iguala ao conjugado de carga. Neste instante, a velocidade em regime permanente da MCC é superior à velocidade nominal de operação. Vale ressaltar que, para operação em velocidades muito baixas da MCC, se a resistência de campo for aumentada, implica diretamente 34 uma redução de velocidade. O aumento da corrente de armadura pode ser insuficiente para compensar a redução do fluxo, reduzindo bruscamente o conjugado. Nesses casos, principalmente em motores CC de pequeno porte que operam com velocidades muito baixas, esta técnica pode não ser efetiva, sendo necessário o controle de velocidade por meio da tensão terminal de armadura. A segunda técnica que pode ser implementada é o controle de velocidade por meio do ajuste da tensão terminal de armadura. Nessa aplicação, a tensão aplicada ao campo deve se manter constante. Logo, se a tensão terminal aplicada à armadura ( Vr ) aumentar na Equação 2, há um aumento da corrente de armadura ( Ia ), ocasionando um aumento também no conjugado induzido ( �induzido K�I ), tornando τinduzido τcarg e aumentando a velocidade da MCC. Para a terceira técnica de controle de velocidade, se inserirmos um resistor em série com o circuito de armadura da MCC, haverá uma redução de velocidade. Este método é pouco utilizado devido à grande potência dissipada neste resistor e por ser um controle de velocidade de baixa eficiência. Neste sentido, sua principal aplicação é em sistemas que operam grande parte do tempo em velocidade nominal, mas precisam de reduções de velocidades periódicas, tornando o baixo custo inicial de implantação uma característica atrativa. Deste modo, as duas técnicas mais comuns são o controle pela resistência de campo e pela tensão de armadura. Para o primeiro, à medida que a corrente de campo reduz, a velocidade aumenta. As MCCs, quando alimentadas por tensões nominais, operam a uma velocidade nominal (ou velocidade-base). Dito isso, o controle pela resistência de campo opera apenas acima da velocidade- base, pois, se fosse operar em velocidades reduzidas, a corrente de campo teria valores extremamente elevados, podendo danificar os enrolamentos da máquina. 35 Em contrapartida, no controle pela tensão da armadura, quanto menor a tensão aplicada, menor a velocidade. Assim, o sistema opera para velocidades abaixo da nominal, pois, para obter faixas de velocidade elevadas, a tensão aplicada poderá ser muito alta, danificando os enrolamentos da armadura. Fica evidente que as duas técnicas descritas se complementam, podendo estender as regiões de operação de velocidade em dois limites: o limite superior de até o dobro da velocidade nominal e o limite inferior para operações em até um décimo da velocidade nominal. PARA SABER MAIS Imagine um circuito de acionamento de uma MCC que necessita de um controle de velocidade por chaveamento de largura de pulso conforme a Figura 1. A MCC opera em excitação independente e o controle será pela corrente de campo. A tensão retificada no link CC do retificador é de 240 V e a máquina possui uma resistência de armadura R 47mΩ , uma resistência de campo R 187Ω , e uma indutância de campo L 4 2H . Figura 2 – Sistema de modulação para enrolamento de campo em uma MCC Fonte: Fitzgerald, Kingsley e Umans (2006, p. 531). 36 O controlador é modulado por um ciclo de trabalho D = 0,75 com um período de chaveamento de 1 ms. Assim, como podemos definir o valor da corrente média e a variação da amplitude do ripple da corrente ( ∆ i )? Para o primeiro questionamento, basta aplicar a Equação 3: (3) Para saber a variação da corrente de campo, aplicamos a Equação 4, em que a constante de tempo de carga em um circuito RL é . Assim, temos: (4) Da Equação 4, tem-se a variação , elucidando uma visualização mais prática da operação de um circuito eletrônico de chaveamento por largura de pulso. TEORIA EM PRÁTICA Você é o engenheiro responsável por projetos e dimensionamentos de partidas de máquinas elétricas em uma fábrica. Sua tarefa é calcular a corrente de armadura necessária para o controle de uma MCC para operar a 2.000 rpm e a 2.500 rpm. Neste sistema, o conjugado de carga é o conjugado nominal da máquina. É necessário um controlador de velocidade e conjugado, que atua por meio de um controle direto de conjugado, modulando a corrente de armadura. 37 Ela opera em excitação independente e seus dados estão dispostos a seguir: Como você desempenharia esta tarefa? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O capítulo 8 desta obra aborda detalhadamente desde os aspectos construtivos até os algoritmos de implementação de controle em máquinas de corrente contínua. Além disso, também aborda projetos e análises de comportamento da velocidade e conjugado em MCCs com scripts que podem ser testados em software MATLAB® ou Octave. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. CHAPMAN, S. J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. Cap.8, p. 464-514. Indicações de leitura 38 Indicação 2 O capítulo 10 desta obra aborda os principais aspectos do controle de velocidade e conjugado em máquinas de correntecontínua. Além da explicação sobre as principais técnicas de controle, há a modelagem matemática e o diagrama de blocos destes sistemas. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Cap.10, p. 569-588. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Trata-se de uma técnica de controle de velocidade em máquinas de corrente contínua, amplamente utilizada quando há a necessidade de o sistema operar em velocidades superiores à nominal, visando sempre preservar os enrolamentos da máquina. Qual a técnica de controle proposta? Assinale a alternativa correta: 39 a. Controle pela corrente de campo. b. Controle pela resistência do circuito de armadura. c. Controle pela tensão terminal de armadura. d. Controle eletrônico com conversor CC-CA. e. Controle triângulo-estrela do enrolamento de armadura. 2. Uma máquina de corrente contínua em derivação (shunt) possui uma tensão gerada de Ea = 190 V, corrente de armadura Ia = 6 A e opera a uma velocidade . Para realizar o controle de velocidade e conjugado, você precisa estimar o conjugado sobre estas condições. Assim, determine o conjugado mecânico da máquina de corrente contínua em análise. Assinale a alternativa correta: a. 0,72 Nm. b. 6,76 Nm. c. 15,4 Nm. d. 22,5 Nm. e. 347 Nm. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: o controle por corrente de campo consiste na inserção de uma resistência de campo em série com o circuito de campo em derivação. A velocidade aumenta à medida que a corrente de campo diminui. Assim, se esta técnica fosse empregada para baixas velocidades, a corrente de campo seria extremamente elevada. O controle 40 pela tensão do circuito de armadura é característico para operação abaixo da velocidade nominal, assim como com a inserção de resistores na armadura. O emprego de um conversor CC-CA não é possível, pois a alimentação na MCC deve ser em tensão contínua, e a aplicação triângulo-estrela não é utilizada em MCCs. Questão 2 - Resposta B Resolução: o conjugado mecânico é dado por: Para a resposta em Nm, a potência deve ser em watt e a velocidade deve ser em rad/s. Assim, deve-se converter “rotações por minuto – rpm” em “rad/s”: uma rotação equivale a ; e para convertermos a rotação por minutos em rotação por segundos, dividimos por 60. Logo, a constante de transformação é . Assim, temos: . BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5:
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