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Resumo Competencias TGP

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Competências - Resumo TGP
Direito (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
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TEORIA GERAL DO PROCESSO
COMPETÊNCIAS
É confundida com a jurisdição. É ela a medida, gradação da jurisdição. Também pode se dizer que ela é o
exercício da jurisdição. Não é possível estabelecer um grau de superioridade entre as competências pois relacionam-
se com o todo da jurisdição.
Para distribuir as competências deve-se analisar 3 questões: 1. A constituição diferenciada de órgãos
judiciários; 2. A repartição das causas em grupos; 3. A atribuição dos grupos a certos órgãos. 
→ Onde encontram-se as regras de competência
 As regras de competência podem ser extraídas da CF/88. Esta estabelece um duplo critério para a fixação de
competência: competência dos ramos da justiça (eleitoral, comum, federal, militar) e dos tribunais superiores
(stj, stf, tst, tse).
 Além da CF/88, as regras de competência também constam na lei federal. Há notadamente 2 códigos que
trazem as regras, o CPC e o CPP. No entanto, não são só eles, mas também outras leis (como as leis federais,
que trazem regras sobre o foro competente).
 Onde mais encontra-se regras de competência é nas Constituições Estaduais, estabelecendo competências
originárias dos tribunais locais. 
 Também encontram nas leis de organização judiciária, fixando competência do juízo. 
 Hoje podemos acrescentar a jurisprudência 
 Fases do iter, cada qual representando um problema a ser resolvido – como determinar qual órgão é
competente para julgar tal demanda
a) Competência de jurisdição (justiça especial ou comum)
b) Competência originária (superior ou inferior)
c) Competência de foro (qual comarca – para justiça estadual - ou subseção – para justiça especializada e
federal)
d) Competência de juízo (qual vara)
e) Competência interna (qual juiz)
f) Competência recursal (se o mesmo órgão é competente para julgar tal recurso ou é um órgão superior)
 Dados relevantes no direito brasileiro para determinação de competência
a) No próprio litígio ou causa – leva em conta o modo como se apresentam os elementos da causa para
determinar a competencia
A lei exige que toda demanda apresentada em juízo contenha os seguintes elementos identificadores:
 As partes = exequente e executado, sendo necessária sua qualidade, sua sede – há varas de proteção
específica a determinada parte (vara de violência a mulher, da criança e do adolescente)
 O pedido = se traduz a pretensão do autor e solicitação da medida judicial pretendida, sendo necessária a
natureza do bem (móvel ou imóvel), seu valor, sua situação.
 Os fatos = narrativa do que aconteceu, sendo necessária a natureza da relação jurídica controvertida (penal,
trabalhista... – competência material) e, em alguns casos, o lugar onde se deu o fato do qual resulta a
pretensão apresentada (local da consumação do crime, por exemplo).
 Os fundamentos jurídicos = dispositivos legais relevantes ao fato – reside neste tópico o que tecnicamente se
chama causa de pedir.
 Os fatos e os fundamentos se conectam com a causa de pedir: é o fato jurisdicionado 
b) No processo mediante o qual a causa será reconhecida judicialmente. Isso se dá pela:
 Natureza do processo: a natureza dele classifica a competência (tipo de recurso por exemplo)
 Natureza do procedimento: em alguns Estados há varas especializadas para as causas de procedimento
sumário).
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 Relação com o processo anterior: ex. lava jato; a depender da causa o processo tem vínculos com o anterior
que geraria problema prático – poderia viabilizar decisões contraditórias; ou o processo contendo o mesmo
conflito já apreciado em outro é da competência do mesmo juiz deste (há exeções – CDC – execução
coletiva).
 Repartição tríplice – sistema de repartição de competências reconhecida internacionalmente de Wach e
Chiovenda. É construído para estruturas judiciárias diversas da brasileira e por isso não se amolda com
perfeição ao BR. 
a) Competência objetiva (valor ou natureza da causa, qualidade das pessoas)
b) Competência funcional
c) Competência territorial
 Competência dos órgãos
A competência originária é, em regra, dos órgãos inferiores, e excepcionalmente do STF e Tribunais Superiores.
 Competência do foro: é sinônimo de competência territorial – foro é o território dentro de cujos limites o juiz
exerce a jurisdição. Na Justiça Estadual, o foro é chamado de comarca; já na JF, é chamado de subseção
judiciária.
Foro comum: no processo civil prevalece o foro do domicílio do réu. Já no processo penal, prevalece o foro da
consumação do delito, e no processo trabalhista, o foro da prestação dos serviços ao empregador. Estabelece-se tal
foro para o processo penal devido ao princípio da verdade real: onde se deram os fatos é mais provável que se
consigam novas procas idôneas que o reconstituam mais fielmente ao espírito do juiz.
Foro especial: tem a finalidade de facilitar o acesso à justiça, como a residência da mulher nas ações de anulação
de casamento.
Foros concorrentes: estão sujeitos à escolha exclusiva do autor
Foro subsidiário: recorre-se a este quando não é possível determinar a competência pelos critérios primários
fornecidos pela lei
 Competência de juízo: resulta da distribuição dos processos entre órgãos judiciários do mesmo foro. Juízo é
sinônimo de órgão judiciário, e em primeiro grau de jurisdição corresponde às varas. É determinada:
a) Pela natureza da relação jurídica controvertida, ou seja, pelo fundamento jurídico-material da demanda
b) Pela condição das pessoas (varas privativas da Fazenda Pública)
 Competência interna dos órgãos judiciários: decorrente da existência de mais de um juiz no mesmo juízo, ou
de várias câmaras, turmas ou seções no mesmo tribunal. Só em processo civil que, havendo 2 juízes na
mesma comarca ou vara, aquele que tiver iniciado a instrução oral em audiência, prosseguirá no processo até
o fim
 Competência recursal: p. do duplo grau de jurisdição
 Distribuição do exercício jurisdicional
Ora atende ao interesse público, ora ao interesse ou comodidade das partes.
Interesse público: é pela perfeita atuação da jurisdição que prevalece a distribuição de competência entre as
Justiças, juízes, varas. EM princípio, não se tolera a modificaçãonos critérios estabelecidos (competência absoluta –
em caso do processo iniciar com juiz incompetente, todos os atos decisórios serão nulos pelo vício de competência,
salvando-se os demais atos do processo, que serão aproveitados pelo juiz competente)
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Interesse das partes: prevalece apenas quando se trata da distribuição territorial da competência.
No processo civil a coisa julgada sana o vício decorrente de incompetência, dentro do prazo de dois anos a
contar do trânsito em julgado, pode a ação ser desconstituída através da ação rescisória. Já no processo penal, a
anulação virá através da revisão criminal ou do habeas corpus, mas somente se tratar de sentença condenatória.
 Prorrogação de competências – as hipóteses que a determina não é fator para determinar a competência dos
juízes.
A improrrogabilidade absoluta é aquela que não comporta modificação alguma, já a relativa é aquela que,
dentro de certos limites, pode ser modificada. A locução prorrogação de competências traz a ideia de ampliação da
esfera de competência de um órgão judiciário, o qual recebe um processo para o qual não seria normalmente
competente. 
Nos casos em que se admite a prorrogação de competência, esta se prorroga vezes por disposição própria da
lei (prorrogação legal) ou por ato de vontade das partes (prorrogação voluntária).
a) Prorrogação legal: nos casos em que entre duas ações haja relação de conexidade (quando duas ou várias
demandas têm em comum o objeto ou os fundamentos do pedido – o genitor pedindo a redução de
alimentos e a genitora, representando o menor, pede a majoração de alimentos) ou continência (quando
uma causa é mais ampla e contém a outra – dentro da causa maior de violência contra a mulher, estão
contidas vários outros pedidos como o divórcio ou medidas protetivas – aquele órgão que trata da causa
maior também tratará da causa menor). Em consequência de um desses fatores, se uma das causas
conexas ou ligadas por nexo de continência for da competência territorial de um órgão e para outra delas
for competente outro, prorroga-se a competência de um deles para que possa conhecer de ambas as
causas.
b) Prorrogação voluntária: dá-se por acordo expressamente formulado pelos titulares da relação jurídica
controvertida, antes da instauração do processo. Dá-se pela eleição de foro, ou seja, em determinados
casos pode-se escolher o foro que instaurará a ação – como o caso de consumidor, onde permite a que a
ação seja manejada em seu domicílio. Também pode-se escolher entre justiça comum ou juizado. 
Uma vez estabelecida a competência ela não muda, com exceção do desaforamento, constante no art. 424
do CPP, que consiste em deslocamento de competência para deslocamento de matéria estadual para federal. Há 3
hipóteses para que isso ocorra: interesse da ordem pública (caso Marielle); dúvidas sobre a imparcialidade do júri;
risco à segurança pessoal do acusado. O único que pode pedir o desaforamento é o PGR - Deslocamento de
competências: nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal
 Competências de jurisdição – entre justiças
 Competência hierárquica – superior ou inferior
 Competência de juízo
 Competência interna
 Competência de foro – única relativa, o resto é absoluta
AÇÃO
Ação é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir esse exercício). Mediante o
exercício da ação provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce através daquele complexo de atos que é o
processo. É reconhecida a autonomia do direito de ação.
Tradicionalmente era vinculado ao direito material, isso por influência do direito romano. A ação era a
consequência do direito (agir para fazer valer o direito). 
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 Teorias
a) Teoria imanentista/clássica: a ação seria o direito de pedir em juízo aquilo que nos é devido. Com o passar do
tempo foi-se percebendo que essa teoria não era em todo verdadeira, pois, por exemplo, há ações sem
direito.
Críticas: muitas ações são julgadas improcedentes porque a sentença julga infundada a pretensão do autor,
declarando a inexistência do direito subjetivo material invocado. Mas, apesar da inexistência do direito,
houve exercício da ação, até a declaração de improcedência
b) Muther: distinguiu nitidamente direito lesado e ação. Disso, nascem dois direitos, ambos de natureza
pública: o direito do ofendido à tutela do Estado (dirigido contra o Estado) e o direito do Estado à eliminação
da lesão, contra aquele que a praticou
c) Liebman: define como o direito subjetivo instrumental – e mais que um direito, um poder ao qual não
corresponde uma obrigação do Estado, igualmente interessado na distribuição da justiça.
 Autonomia do direito de ação – teorias que tentam explicar essa autonomia
a) A teoria do direito concreto à tutela jurídica: a ação é um direito autônomo, não pressupondo
necessariamente o direito subjetivo material violado ou ameaçado. Dirige-se contra o Estado por configura o
direito de exigir a proteção jurídica, mas também contra o adversário, do qual se exige a sujeição. Entretanto,
como a existência da tutela jurisdicional só pode ser satisfeita através da proteção concreta, o direito de ação
só existiria quando a sentença fosse favorável. Consequentemente, a ação seria um direito público e
concreto, ou seja, um direito existente nos casos concretos em que existisse direito subjetivo.
Críticas: para refutá-la, basta pensar nas ações julgadas improcedentes, onde, pela teoria concreta, não seria
possível explicar satisfatoriamente os atos processuais praticados até a sentença. 
b) A teoria do direito abstrato de agir: o direito de ação independe da existência efetiva do direito material
invocado: não deixa de haver ação quando uma sentença justa nega a pretensão do autor ou quando uma
sentença injusta acolhe sem que exista na realidade direito subjetivo material. A própria ação se torna o
direito – há um direito de ação. É essa teoria que ganha mais destaque. A CF/88 é a primeira a consagrar o
direito como autônomo e abstrato. 
 Natureza jurídica da ação – direito subjetivo ou potestativo? A doutrina não dá respostas
A ação é caracterizada como uma situação jurídica de que desfruta o autor perante o Estado, seja ela um
direito ou um poder.
Nessa concepção, que é da doutrina dominante, a ação se dirige apenas ao Estado (obrigo ao Estado o
proferimento de uma sentença, qualquer que seja o pedido e a sentença), embora, uma vez apreciada pelo juiz, vá
ter efeitos na esfera jurídica de outra pessoa: o réu. Nega-se ser ela exercida contra o adversário isoladamente,
contra este e o Estado ao mesmo tempo, ou contra a pessoa física do juiz. 
Assim, a ação é direito ao provimento jurisdicional, qualquer que seja a natureza deste – (des)favorável ou
(in)justo – e, portanto, de natureza abstrata. Também é um direito autônomo e instrumental, pois sua finalidade é
dar solução a uma pretensão de direito material. Nesse sentido, é conexo a uma situação jurídica concreta. 
 Ação penal – só tem pretensão na medida em que é codificado penalmente
Da violação efetiva ou aparente da norma penal nasce a pretensão punitiva do Estado, que se opõe à
pretensão do indigitado infrator à liberdade. No entanto, assim como é proibida a justiça privada, o Estado também
não pode exercer seu poder de punir senão quando autorizado pelo órgão jurisdicional.O direito de pedir provimento jurisdicional nada mais é senão a própria ação. O Estado, portanto, através do
órgão do MP exerce a ação, a fim de ativar a jurisdição penal, dirigindo-se aos juízes, postulando a atuação da
vontade concreta da lei para a possível satisfação da mesma.
Classifica-se a ação penal em: pública (quando dela é titular o MP) e de iniciativa privada (quando movida
pelo ofendido).
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A ação penal pública será condicionada quando dispositivos legais condicionam o exercício do MP à
representação do Ministro da Justiça (em certos casos a persecução penal está subordinada a uma conveniência
política) ou o ofendido (o crime afeta imediatamente o interesse particular e de modo mediato o geral, assim quem
promove a ação é o MP mas desde que haja o concurso da vontade do ofendido). A ação penal será incondicionada
quando, para promove-la, o MP independe da manifestação da vontade. 
A ação de iniciativa privada também se subdivide em: exclusivamente privada e subsidiária da pública. Na
primeira, entende-se que a publicidade do direito afeta tão profundamente a esfera íntima e secreta do indivíduo
que é preferível relegar a segundo plano a pretensão punitiva do Estado. Na segunda, a titularidade da ação compete
a qualquer uma das pessoas citadas sempre que o titular da ação penal pública (MP) deixe de intentá-la no prazo da
lei. Uma vez intentada a ação penal subsidiária da pública, o MP além de intervir obrigatoriamente em todos os atos
do processo, poderá instalar-se no polo ativo do processo como parte principal em caso de negligência do
querelante. Também poderá adiar a queixa ou oferecer denúncia substitutiva quando não ocorrer qualquer das
causas que extinguem a punibilidade. 
 Condições da ação: requisitos para que se possa exigir provimento jurisdicional; deve-se, inclusive ao
princípio de economia processual. Para uma corrente da doutrina, ainda que seja negada o ingresso da ação,
terá havido o exercício da função jurisdicional. Para outra corrente, as condições da ação são as condições de
existência da ação. 
a) Possibilidade jurídica do pedido: ex. nos países onde não há divórcio será juridicamente impossível um
pedido de sentença com o efeito de das às partes o status de divorciados. Constitui tendência moderna a de
encarar a impossibilidade jurídica da demanda como uma razão de improcedência desta, isso devido aos
movimentos de amplo acesso à justiça e ao ideário da universalização da jurisdição.
b) Interesse de agir: embora o Estado tenha o interesse no exercício da jurisdição, não lhe convém acionar o
aparato judiciário sem que dessa atividade se possa extrair algum resultado útil. É preciso que cada
pretensão seja necessária e adequada. A Adequação faz referência a relação existente entre a situação
trazida pelo autor e o provimento jurisdicional solicitado (que deverá ser voltado a corrigir o mal de que o
autor se queixa); já a necessidade relaciona-se com o fato de que sem a intervenção do Estado, seria
impossível obter a satisfação do alegado direito.
c) Legitimidade ad causam: ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado
por lei (o que configuraria a legitimidade extraordinária, onde uma pessoa atua por nome próprio na defesa
do direito alheio por força do ordenamento jurídico). Dessa forma, é titular da ação apenas a própria pessoa
que se diz titular do direito subjetivo material cuja tutela pede (legitimidade ativa), podendo ser demandado
apenas aquele que seja titular da obrigação correspondente (legitimidade passiva)
 Carência de ação
Quando não há possibilidade jurídica do pedido, ocorrendo quando faltar uma só que seja das condições.
Caso a inexistência das condições for aferida somente ao final do processo, duas posições podem ser
adotadas: a) teoria da apresentação: a decisão será de carência da ação; ou b) teoria da asserção: a sentença será de
mérito, é esta que prevalece na doutrina brasileira.
 Identificação da ação
Para distinguir uma demanda das demais, tem-se os elementos que são: as partes, a causa de pedir e o pedido.
a) Partes: pessoas que participam do contraditório perante o Estado-juiz. É aquele que, por si próprio ou
através de representante, vem deduzir uma pretensão à tutela jurisdicional, formulando pedido, bem como
aquele que se vê envolvido pelo pedido feito (réu); a parte pode ser legítima ou ilegítima, mas não perde sua
condição de parte.
b) Causa de pedir: dá suporte fático; referente aos fatos dos quais deduz ter o direito que alega. Ex. duas ações
de despejo entre as mesmas partes e referentes ao mesmo imóvel serão diversas entre si se uma delas se
fundar na falta de pagamento dos aluguéis e outra em infração contratual de diversa natureza; ou quando a
mesma pessoa tem acusações por dois delitos da mesma natureza, cometidos mediante condutas
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concretamente diversas. O que constitui a causa petendi relevante para a delimitação da sentença é a
exposição dos fatos, não a sua qualificação jurídica.
c) Pedido: vincula-se ao mérito; terá natureza cognitiva quando caracterizar o julgamento da pretensão
deduzida em juízo pelo autor, tratando-se de uma sentença de mérito; ou terá natureza executiva quando se
tratar da medida através da qual o juiz realiza, na prática, os resultados determinados através da vontade
concreta do direito. Há o provimento cautelar, que visa resguardar determinado direito da parte para evitar
desgastes ou ultrajes. Basicamente, os pedidos serão de dar, fazer e não-fazer. Todo provimento que o autor
vem a juízo pedir refere-se a determinado objeto.
 Classificação das ações
Ação de conhecimento: visa ao provimento do mérito (julgamento da causa); dá a causa um processo de
conhecimento. Subdividem-se as ações de conhecimento em meramente declaratórias, constitutivas e
condenatórias. 
Ação executiva: visa ao provimento satisfativo, o cumprimento da sentença
A mais famosa das teorias é a trinária – versando sobre as causas que não são penais – subdivisão das ações de
conhecimento.
a) ações declaratórias: o objetivo é obter o provimento judicial (ex. ação de reconhecimento de paternidade)
b) ações constitutivas/desconstitutivas: toda ação se constitui a partir de 3 sujeitos: sujeito, objeto, vínculo.
As relações podem criar efeitos jurídicos ou não.
c) ações condenatórias: obrigam a parte a prestar algo
Para a teoria quaternária da classificação das ações, insere-se às supracitadas a ação mandamental, tendente a obter
uma ordem judicial dirigida a outro órgão do Estado ou particulares; o comando que contém é apto a propiciar a
imediata atuação concreta dos resultados desejados, independentemente de um processo executivo.
Para a teoria quinaria, insere-se as outras a ação executiva lato sensu para designar a ação voltada a uma sentença
de mérito, consistente em legitimar a execução sem a necessidade de um novo processo. 
 Classificação das ações trabalhistas
a) individual: pretensões não penais englobadas pelo processo civil em sentido amplo, podendo o sujeito da
ação ser tanto o empregado quanto o empregador. 
b) coletivas: visam a direitos de classe, grupos ou categorias. Quando se trata de sentença coletiva proferida
em dissídio coletivo de natureza econômica não é adequado falar em execução de sentença pois esta terá natureza
constitutiva (constituirá novos direitos e novas relações jurídicas). Mas tratando-se de sentença coletiva proferida em
dissídio coletivo de natureza jurídica seu cumprimento se fará pela via das chamas ações de cumprimento.
PROCESSO
O processo pode ser encarado pelo dúplice aspecto: a) dosatos que lhe dão corpo e das relações entre eles;
b) das relações entre seus sujeitos. É o instrumento através do qual a jurisdição opera, estando presente tanto nas
atividades estatais quanto nas atividades não estatais. 
Assim, o procedimento é apenas o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o
processo., não passando da coordenação de atos que se sucedem.
Já os autos, por sua vez, são a materialidade dos documentos nos quais se corporificam os atos do
procedimento.
Baixado por M. Isabely (isamisaki250@gmail.com)
lOMoARcPSD|31287645
→ Teorias sobre a natureza jurídica do processo – entre os pontos geralmente aceitos está o caráter público do
processo moderno, pois hoje é encarado como o instrumento de exercício de uma função do Estado que ele
exerce por autoridade própria, soberana, independentemente da voluntária submissão das partes
a) o processo como contrato: parte do pressuposto de que as partes se submetem voluntariamente ao
processo e aos seus resultados, através de um verdadeiro negócio jurídico de direito privado (a litiscontestação).
b) processo como quase contrato: surgiu da crença da necessidade de enquadrar o processo nas categorias
de direito privado.
c) processo como relação jurídica: tem como mérito a sistematização, ordenadora da conduta dos sujeitos no
processo, ou seja, a existência de dois planos de relações: o de direito material, que se discute no processo, e o de
direito processual, no qual se instala a discussão sobre aquele. Observou também que a relação jurídica processual
se distingue da de direito material por 3 aspectos: por seus sujeitos, por seu objeto, por seus pressupostos. Essa é a
teoria mais adotada pela doutrina, por ter acertado ao dizer que o processo não se reduz a mero procedimento. 
Através da relação jurídica o direito regula não só os conflitos de interesses entre as pessoas, mas também a
cooperação que estas devem desenvolver em benefício de determinado objetivo comum; é o que liga dois ou mais
sujeitos, atribuindo-lhes poderes, direitos, faculdades...
O processo também é em si mesmo uma relação jurídica composta de inúmeras posições ativas e passivas de cada
um de seus sujeitos: poderes, faculdades, deveres, sujeição e ônus.
 Poderes e faculdades são posições jurídicas ativas, correspondentes à permissão de certas atividades pelo
ordenamento jurídico. Por exemplo, o juiz tem o poder de determinar o comparecimento de testemunhas, as
quais, uma vez intimadas, passam a ter o dever de comparecimento, sendo que as partes têm a faculdade de
formular perguntas a serem dirigidas às testemunhas pelo juiz.
 Sujeição e deveres são posições jurídicas passivas, uma vez que dever é a exigência de uma conduta,
enquanto insujeição é a impossibilidade de evitar uma atividade alheia ou a situação criada por ela. Para
mais, o ônus é uma faculdade cujo exercício é necessário para a realização de um interesse.
A aceitação dessa teoria não significa afirmar que o processo seja a própria relação processual, não são expressões
sinônimas. O processo é a síntese da relação jurídica progressiva (relação processual) e da série de fatos que
determinam sua progressão (procedimento). Cada ato processual (cada elo da cadeia de procedimento) realiza-se no
exercício de um poder ou faculdade ou para desencargo de ônus de um dever, o que significa que a relação jurídica
que dá razão de ser ao procedimento; por sua vez, cada poder, faculdade, ônus, dever, só tem sentido enquanto
tende a favorecer a produção de fatos que possibilitarão a consecução do objetivo final do processo.
Dessa forma, é lícito dizer que o processo é o procedimento realizado mediante o desenvolvimento da relação entre
seus sujeitos, presente o contraditório. Tanto que a observância do procedimento constitui fator de legitimação do
ato imperativo a ser proferido a final pelo juiz (projeção da garantia constitucional do devido processo legal).
d) o processo como situação jurídica: em contraposição a teoria acima, essa determina que onde haveria o
direito, agora há chances; possibilidades (de praticar atos para que o direito seja reconhecido), expectativas (de obter
esse reconhecimento), perspectivas (de uma sentença desfavorável) e ônus (encargo de praticar certos atos, cedendo
a imperativos ou impulsos do próprio interesse, para evitar sentença desfavorável)
→ Sujeitos da relação jurídica processual
São 3: Estado, demandante e demandado. O juiz é sujeito do processo, não participa do jogo de interesses
contrapostos mas comanda toda atividade processual, distinguindo-se das partes por ser necessariamente
desinteressado e, portanto imparcial.
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→ Objeto da relação processual
O bem que constitui objeto das relações jurídicas substanciais (primárias) é o bem da vida, ou seja, o próprio
objeto dos interesses em conflito. O objeto da relação jurídica processual (secundária), diferentemente, é o serviço
jurisdicional que o Estado tem o dever de prestar, consumando-o mediante o provimento final em cada processo.
O objeto do processo é o mérito da causa, que coincide com a pretensão trazida pelo demandante para
apreciação do juiz.
→ Pressupostos da relação processual
São requisitos para a validade do ato jurídico em geral a capacidade do agente, a licitude do objeto e a
observância das exigências legais quanto à forma. Sem os pressupostos ela pode nascer, mas será inválida, eles
corresponderiam aos requisitos de admissibilidade do provimento jurisdicional. 
São pressupostos processuais: uma demanda regularmente formulada; a capacidade de quem a formula; a
investidura do destinatário da demanda, a qualidade do juiz. Os pressupostos inserem-se entre os requisitos de
admissibilidade do provimento jurisdicional. Uma sentença de mérito só poderá ser proferida se constantes todos
esses requisitos.
→ Características da relação processual
 Complexidade: a relação jurídica processual apresenta-se como a soma de uma série de posições jurídicas
ativas e passivas, derivando daí seu caráter complexo
 Progressividade: nas relações jurídicas simples a ocorrência de determinado fato jurídico (extintivo) dissolve
a relação. Já nas complexas ou acumulam-se desde logo diversas posições jurídicas ou então passa-se de
posição em posição, pela ocorrência de fatos juridicamente relevantes. No processo, ocorrem atos e fatos
jurídicos que conduzem de uma posição jurídica a outra, ao longo de todo o arco do procedimento.
 Unidade: todos os atos do processo e todas essas posições jurídicas são coordenadas a um objetivo comum,
que é a emissão de um ato estatal imperativo
 Estrutura tríplice: existência de 3 sujeitos
 Natureza pública: o juiz é o órgão através do qual age o próprio Estado, exercendo sobre as partes sua
autoridade soberana4, sendo a relação de direito público (aquelas que se caracterizam pelo desequilíbrio
entre as posições dos seus sujeitos).
 Autonomia: a relação jurídica processual independe, para ter validade, da existência da relação de direito
substancial controvertida. Instaurado o processo, sua validade vai depender de requisitos próprios, pouco
importando que esta exista ou não.
 Início e fim do processo: tem início quando o primeiro ato é praticado e termina, ordinariamente, quando a
situação litigiosa é eliminada por completo (por sentença constitutiva, por sentença que declare nada ser
devido,
→ Classificação dos processos
 Processo de conhecimento: visa produzir um julgamento de causa mediante uma sentença de mérito que
concluirá por dar razão a uma das partes e negando-a à outra
 Processo de execução: atividades destinadas à efetiva satisfação de um direito reconhecido em sentença ou
em algum título executivo extrajudicial
 Processo cautelar:impor medidas urgentes destinadas a neutralizar os efeitos do decurso do tempo.
Sujeitos do processo
A configuração tríplice de sujeitos do processo é simplificada, pois além do juiz, autor e réu também
configuram como partes:
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 Órgão auxiliares da justiça
 Órgãos colegiados – magistrados
 Pluralidade de autores e/ou de réus
 Advogados
 Juiz – super et inter partes
O direito lhe atribui determinados poderes:
 Poderes administrativos ou de polícia, que se exercem a fim de evitar a perturbação do processo e assegurar
a ordem e o decoro que o envolvem (ex. juiz tem o poder de expulsar o inconveniente da sala, empregar
força policial, etc)
 Poderes jurisdicionais, que se desenvolvem no processo, subdividindo-se em poderes-meio (ordinários, que
abrangem o andamento processual e instrutórios, que se referem à formação e convencimento do juiz) e
poderes-fim (compreendem os decisórios e de execução). 
Além de poderes, também lhe são atribuídos deveres, quais sejam de prestar serviço à comunidade e
particularmente aos litigantes. 
 Demandante e demandado (nomes genéricos capazes de designar todas as situações)
Autor é aquele que deduz em juízo uma pretensão e réu aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida.
As posições de demandante e demandado no processo são disciplinadas de acordo com 3 princípios básicos:
 Princípio da dualidade das partes – é inadmissível um processo sem que haja pelo menos dois sujeitos em
posições processuais contrárias
 P. da igualdade das partes – paridade no tratamento processual
 P. do contraditório – garante às partes a ciência dos atos e termos do processo 
No processo penal a figura do autor cabe ordinariamente ao MP, sendo o réu o acusado de ofensa criminal. Nos
casos de ação penal de iniciativa privada é autor o ofendido. 
 Litisconsórcio
É um fenômeno de pluralidade de pessoas em um só ou em ambos os polos conflitantes da relação jurídica
processual. 
Há casos de litisconsórcio necessário, ou seja, indispensável sob penal de nulidade do processo e da sentença; e
caso de litisconsórcio unitário, em que as partes devem receber tratamento homogêneo. No entanto, pode haver um
litisconsórcio unitário e necessário.
 Intervenção de terceiro
Há situações em que, embora já integrada a relação processual, a lei permite ou reclama o ingresso de terceiro
no processo, seja em sucessão a uma das partes ou em acréscimo a elas de modo a ampliar a relação. 
No processo civil a intervenção se dá:
 Pela assistência – ingresso voluntário do terceiro com o fim de ajudar uma das partes
 Pela oposição – ingresso voluntario visando a obter o bem que está sendo controvertido entre as partes
originárias
 Denunciação da lide – uma das partes traz terceiro ao processo com vista a obter uma sentença que o
responsabilize
 Nomeação à autoria – ato com o qual o réu indica ao autor a parte legítima
 Advogado
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Pessoa que, em virtude de sua condição e estranho ao conflito e de seu conhecimento do direito, está em
condição psicológica e intelectual de colaborar para que o processo atinja sua finalidade de eliminar conflitos e
controvérsias com realização da justiça.
Em processo civil admite-se que a parte postule em causa própria apenas quando tiver habilitação legal ou no
caso de falta de advogado, recusa ou impedimento dos que houver. Já no processo penal, é exigido um advogado,
mesmo na hipótese de revelia do acusado e não se admitindo qualquer renúncia a defesa.
Para dar eficácia ao preceito constitucional da assistência jurídica, foi instalada a Defensoria Pública. 
 Ministério Público
A lei confere legitimidade para o MP oficiar no processo, seja criminal ou civil. Conforme o caso, o MP assume no
processo a tutela do direito objetivo ou a defesa de uma pessoa: ele defende alguma pessoa em juízo como parte
principal ou como assistente (com base nessa distinção é que se pode distinguir as funções dos promotores do
processo.
Como parte principal: no processo-crime ou quando deduz no juízo acidentário a pretensão do empregado, ou
nas reclamações trabalhistas...
Como assistente: nos processo-crime instaurados mediante queixa privada, nas ações acidentárias propostas
através de advogado, ou quando atua na defesa de incapazes.
Atos processuais
Fatos processuais são os eventos que têm perante o direito a eficácia de constituir, modificar ou extinguir
situações jurídicas processuais; compõem a relação processual. Já os atos processuais são todas as condutas dos
sujeitos do processo que tenham por efeito a criação, modificação ou extinção de situações jurídicas processuais; são
voluntários na medida em que a lei lhe confere tal faculdade, não deixando margem, porém, para que o indivíduo
determine suas consequências.
 Atos processuais do juiz
Provimentos são os pronunciamentos do juiz no processo, expressões verbais ou escritas de seu pensamento;
contém a decisão sobre a pretensão ou a determinação de providências a serem realizadas. Segundo sua influência
sobre a causa, serão finais (decidem a causa) ou interlocutórios (pronunciados ao longo do processo). No CPC são: as
sentenças, as decisões interlocutórias, os despachos.
Os atos materiais não têm qualquer caráter de resolução ou determinação. São instrutórios (realizar inspeções
em pessoas ou coisas, ouvir alegações, ...) ou de documentação (assinaturas).
 Atos dos auxiliares de justiça
A movimentação (conclusão dos autos ao juiz, vistas às partes, remessa ao contador, ...) e a documentação
(termo de audiência, lavradura dos termos da movimentação, ...) fazem-se através do escrivão e seus funcionários.
A execução é ordinariamente encargo do oficial de justiça: atos realizados fora dos auditórios e cartórios, em
cumprimento a mandado judicial (penhora, prisão, busca e apreensão).
A comunicação processual consiste em citações e intimações, e é feita pelo escrivão com auxílio dos Correios, ou
pelo oficial de justiça. 
 Atos processuais das partes
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Atos postulatórios são mediante os quais a parte pleiteia dado provimento jurisdicional (denúncia, petição inicial,
contestação, recurso). A doutrina distingue: pedido (postulação referente à própria causa) e requerimento
(postulação relativa a marcha do processo).
Atos dispositivos são aqueles através dos quais se abre mão, em prejuízo próprio, de determinada posição
jurídica processual ativa, como a desistência do processo e a renúncia ao direito de queixa. 
Atos instrutórios são aqueles destinados a convencer o juiz.
Ato reais são as condutas materiais das partes no processo, pagando custas, comparecendo fisicamente às
audiências, exibindo documentos, ...
 Atos processuais simples e complexos
Complexos são um conglomerado de vários atos unidos pela contemporaneidade e pela finalidade comum, como
a audiência e a sessão.
Audiência ocorre quando o juiz reúne-se com as partes, advogados, MP, testemunhas, etc. Já a sessão é a reunião
dos órgãos colegiados
 Documentação do ato processual
Termo é a documentação escrita de atos processuais, feita por serventuário da Justiça.
Assentada é o termo de comparecimento das testemunhas em juízo
Ata é o registro das ocorrências havidas em sessão ou reunião
Auto é o termo que documenta os atos praticados pelo juiz, auxiliares da Justiça e partes fora dos auditórios e
cartórios.
Defeitos do ato processual
Como a eficácia dos atos do processo depende de sua celebração com os cânones da lei, sendo que da
inobservância da forma estabelecida é que o ato fique privado dos efeitos que ordinariamente haveria de ter. 
São 4 grupos de irregularidade: 
1. Irregularidade sem consequência(termo lavrado em tinta clara ou de lápis); 
2. Irregularidades que acarretam sanções extraprocessuais; 
3. Irregularidades que acarretam nulidade (absoluta ou relativa); 
4. Irregularidades que acarretam inexistência jurídica. 
 Nulidade – trata-se de sanção à irregularidade
Mesmo quando há vício que determina sua nulidade, o ato processual considera-se de início válido e eficaz,
deixando de sê-lo apenas quando um pronunciamento judicial decrete a nulidade. Assim, a condição de ineficaz é
subsequente ao pronunciamento judicial (o juiz anula), só se caracterizando a partir da aplicação da sanção de
ineficácia. 
A sanção de nulidade pode ser imposta segundo 3 sistemas diferentes: a) todo e qualquer defeito do ato jurídico
leva à sua nulidade; b) nulo só será o ato se a lei assim declarar; c) distingue-se as irregularidades conforme sua
gravidade.
O CPP adota o modelo B, fornecendo um elenco dos atos e termos substanciais mediante uma casuística e uma
rigidez que contradizem toda a teoria moderna da nulidade. Já o CPC diz que será nulo o ato se houver cominação
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expressa e também quando, na comparação com o modelo legal, se verificar que não foi celebrado com fidelidade a
este. 
 Decretação da nulidade
A anulação do ato processual obedece regras, que estão nos princípios:
1. Da causalidade: impõe que a nulidade de um ato contamine os posteriores que dele sejam dependentes,
com a consequência de dever-se anular todo o processo a partir do ato celebrado com imperfeição. A
nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras e, caso se repita o ato irregular, não se anula todo o
processo.
2. Da instrumentalidade das formas: impõe que só sejam anulados os atos imperfeitos se o objetivo não tiver
sido atingido.
3. Do interesse: diz que a própria parte que tiver dado causa à irregularidade não será legitimada a pleitear a
anulação do ato. Essa restrição só tem aplicação às hipóteses de restrição de nulidade relativa, quando a
exigência de determinada forma é instituída no interesse das partes e não da ordem pública.
4. Da economia processual: presente, por exemplo, na determinação que os atos posteriores ao ato nulo não se
contaminam quando não dependentes deste; também no aproveitamento dos atos do processo inadequados
à ação exercida ou dos atos não decisórios do processo celebrado perante juiz absolutamente incompetente.
 Nulidade relativa e absoluta
Diz nulidade absoluta quando a exigência de determinada forma do ato jurídico visa preservar interesses da
ordem pública no processo, sendo que dever ser decretada de ofício pelo juiz, independentemente da provocação da
parte interessada. É preciso, caso a caso, verificar se a exigência formal foi instituída no interesse da ordem pública.
A nulidade relativa dá-se quando é exclusivamente da parte o interesse visado por dada determinação legal da
forma: a parte tem o ônus de fazer a alegação na primeira oportunidade em que falar nos autos, sob pena de ficar
convalescido o ato imperfeito. Ela nunca é cominada pela lei e seu reconhecimento depende sempre da comparação
do ato celebrado em concreto com o modelo legl: se não houver fidelidade a este e não envolver interesse de ordem
pública, haverá nulidade relativa.
 Inexistência jurídica do ato processual
Ocorre quando faltam elementos essenciais à sua constituição.
Ex.: sentença que não contenha a parte dispositiva ou que condene o réu a uma prestação impossível
 Convalidação do ato processual – convalidar é tornar válido, efetuar correções de modo que fique perfeito
Podem suceder fatos que façam convalescer o ato, o qual se revigora e sai da mira da sanção de ineficácia.
Quanto a nulidade relativa, convalida o ato quando a parte interessada não manifesta a irregularidade,
ocorrendo a preclusão da faculdade de alegar.
No tocante a nulidade absoluta, na maioria dos casos, passando em julgado a sentença de mérito e a
irregularidade torna-se irrelevante e não pode ser mais decretada; mas há certos vícios que o legislador considera
mais graves e que mesmo após o trânsito em julgado podem ser levados em conta para determinar a anulação.
Às vezes é possível repetir o ato declarado nulo ou suprir a falta de algum ato omitido no processo e, uma vez
feito isso, convalescem todos os atos posteriores que estiverem contaminados pelo vício. 
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