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Análise financeira de convênios

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Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Secretaria Executiva 
Fundo Nacional de Saúde
Coordenação Geral de Acompanhamento de 
Investimentos e Análise de Contas (CGAC)
Esplanada dos Ministérios, Ed. Anexo, bloco A
2º andar, sala 216
CEP: 70058-901 – Brasília/DF
Site: https://www.fns.saude.gov.br/
E-mails: fns@saúde.gov.br cgac@saude.gov.br
COORDENAÇÃO:
Élcio Franco – SE/MS
Dárcio Guedes Júnior – FNS/SE/MS
Mônica Cruz Kafer – CGAC/FNS/SE/MS
Caroline Endo Ougo Tavares – 
COAC/CGAC/FNS/SE/MS
ELABORAÇÃO DE TEXTO:
Alessandra Duarte Lopes – 
COAC/CGAC/FNS/SE/MS
Brena Pinheiro Coelho – COAC/CGAC/FNS/SE/MS
Cícero Dedice de Góes Junior – CGAC/FNS/SE/MS
Gabriel dos Santos Serpa – 
CCONT/CGEOFC/FNS/SE/MS
Jozué Batista dos Santos – COAC/CGAC/FNS/SE/MS 
Karina Silva Fiorillo – COACOM/CGAC/FNS/SE/MS
Kenia Cristina Rosa e Silva – SEMS-MG/SE/MS
Luciléia Aguiar da Silva – COAC/CGAC/FNS/SE/MS
Mário Alexander Lopes Rodrigues – 
DIAN/FNS/SE/MS
Pedro Henrique de Araújo Soares Correia – 
SECON/SEMS-PE/SE/MS
Valéria Monteiro do Nascimento – 
COACOM/CGAC/FNS/SE/MS
Silvana Cândida de de Castro - 
COAC/CGAC/FNS/SE/MS
Jeann Marie da Rocha Marcelino - 
COAC/CGAC/FNS/SE/MS
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Fundo Nacional de Saúde
Orientações para Análise Financeira de Convênios [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, 
Fundo Nacional de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
Modo de acesso: World Wide Web: <https://portalfns.saude.gov.br/biblioteca>
ISBN 
1. xxxxxxx. 2. xxxxxxxxxxxx. 3. xxxxxxxxxx. 4. Xxxxxxxxxxxxxxxxx
CDU 616-002.73
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2017/0019
2021 Ministério da Saúde 
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – 
Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 
Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode 
ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da 
Saúde: <xxxxxxxxxxxxxxxx>.
Tiragem: 1ª edição – 2021 – versão eletrônica
https://portalfns.saude.gov.br/biblioteca
PARTE I – MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
1. INTRODUÇÃO
1.1 Dever de Prestar Contas
1.2 Finalidade da Análise Financeira
1.3 Fluxo da Prestação de Contas no Âmbito do Ministério da Saúde
1.4 Competências e Responsabilidades
1.4.1 Do Concedente
1.4.2 Do Convenente
1.4.3 Do Analista de Contas
2. OPERACIONALIZAÇÃO
3. ESTRUTURA DO PARECER FINANCEIRO
3.1 Do Convênio
3.2 Das Análises Financeiras Antecedentes
3.3 Da Análise Financeira Atual
3.3.1 Verificação In Loco
3.3.2 Movimentação de Recursos do Convênio
3.3.3 Recursos de Contrapartida
3.3.4 Bloqueio Judicial na Conta Específica do Convênio
3.3.5 Receitas e Despesas
3.3.6 Plano de Trabalho
3.3.7 Licitação
3.3.8 Aquisição de Equipamentos
3.3.9 Doação
3.3.10 Documentos de Liquidação
3.3.11 Despesas Administrativas
3.3.12 Documentos Comprobatórios de Despesas
3.3.13 Irregularidades/Impropriedades na Documentação Exigida para a 
 Prestação de Contas
3.3.14 Conferência dos Pagamentos/Movimentações Financeiras
3.3.15 Aplicação do Recurso do Convênio
3.3.16 Devolução de Saldo Remanescente
3.4 Manifestação/Encaminhamentos
3.4.1 Aprovação
3.4.2 Aprovação com Ressalvas
3.4.3 Não Aprovação
4. ANÁLISE POR PROCEDIMENTO INFORMATIZADO E CRITÉRIOS DE 
 PRIORIZAÇÃO DO PASSIVO
5. SUGESTÃO DE CURSOS
10
11
12
13
15
16
16
16
17
18
20
21
24
24
24
26
27
28
29
30
31
36
38
38
44
45
51
52
53
55
59
59
59
60
62
64
SUMÁRIO
 ANEXO 1 – EXEMPLO DE PARECER
 ANEXO 2 - OBTV
 ANEXO 3: PLATAFORMA +BRASIL – VISÃO DO SISTEMA
 ANEXO 4 – FLUXOGRAMA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
 ANEXO 5 – MEMORANDO CIRCULAR Nº 03/2018/CGAC/FNS/SE/MS
 ANEXO 6 - OFÍCIO CIRCULAR Nº 11/2020/DIAN/FNS/SE/MS
PARTE II – MANUAL DE OPERAÇÃO PARA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE 
CONVÊNIOS POR PROCEDIMENTO INFORMATIZADO – IN Nº 5/2018
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
 Objetivo Geral
 Objetivos Específicos
3. LIMITES E CONDICIONANTES DA PRESTAÇÃO DE CONTAS INFORMATIZADA
4. PRESTAÇÃO DE CONTAS POR PROCDEDIMENTO INFORMATIZADO – PASSO A PASSO 
 BLOCO 1: Início da Análise
 BLOCO 2: Inserção do ato formal
 BLOCO 3: Evento de Comprovação
 BLOCO 4: Evento de Aprovação
 BLOCO 5: Evento de Conclusão
5. RECOMENDAÇÕES FINAIS
6. CONTATOS, DUVIDAS E ESCLARECIMENTOS
7. MANUAL ELETRÔNICO
 ANEXO I - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
 ANEXO II - Lista de Símbolos
 ANEXO III - Desenho do Processo
 ANEXO IV – Modelo 1.
 ANEXO V – Modelo 2. Parecer Técnico Final
 ANEXO VI – Modelo 3. Ofício de Comunicação do Encerramento da Prestação de Contas 
PARTE III – MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA ANÁLISE DOS ASPECTOS FINANCEIROS DAS 
PRESTAÇÕES DE CONTAS DOS CONVÊNCIOS FIRMADOS NO EXERCÍCIO DE 2011 PARA 
EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS 
1. OBJETIVO DO MANUAL
2. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
3. DA EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO DOS CONVÊNIOS
3.1 Da Execução Física
3.2 Da Execução Financeira
4. HISTÓRICO DAS ORIENTAÇÕES NORMATIVAS
5. METODOLOGIA
6. DA EXECUÇÃO DO CONVÊNIO DE ACORDO COM O PLANO DE TRABALHO 
6.1 Hipóteses de Desvio de Finalidade e Desvio de Objeto 
7. CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DAS DESPESAS APROVADAS NO 
 PLANO DE TRABALHO
66
71
74
97
98
100
102
104
107
108
108
109
112
113
114
117
120
123
126
128
130
131
135
136
137
138
141
142
143
146
148
149
149
150
155
157
158
159
7.1 Deficiências constatadas no Plano de Aplicação Detalhado
8. ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE/REANÁLISE DOS ASPECTOS FINANCEIROS 
 DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS
8.1. Movimentação dos Recursos do Convênio
8.2. Análise dos Pagamentos e Saques a Débito da Conta Específica do Convênio
8.3 Análise dos Pagamentos e Documentos Fiscais Comprobatórios
8.4 Execução de despesas não permitidas
8.5 Execução das Despesas Administrativas
8.6 Execução Financeira
9. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS ACERCA DOS ITENS QUE COMPÕEM O 
 ELEMENTO DE DESPESA
10. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ANÁLISE DAS DESPESAS EXECUTADAS 
 COM RECURSOS HUMANOS
10.1 Vinculação das Verbas Trabalhistas à Execução dos Serviços Objeto dos Convênios
10.2 Pagamento de Salário/Remuneração em Valor Superior ao estabelecido no 
 Plano de Trabalho 
10.3 Adicional Noturno
10.4 Adicional de Insalubridade
10.5 Auxílio-Maternidade
10.6 Impossibilidade de Remuneração de Servidor ou Empregado Público à Conta 
 de Recursos Conveniais
11. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
11.1 Pagamento das Verbas Rescisórias
11.2 Prazo de Pagamento
11.3 Multa Rescisória
11.4 Homologação do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT
11.5 Aviso Prévio
11.5.1 Aviso Prévio Trabalhado
11.5.2 Aviso Prévio Indenizado
11.5.3 Aviso Prévio Proporcional
12. DISPENSA DE GESTANTE EM GOZO DE ESTABILIDADE
13. DESPESAS DEVIDAS A TÍTULO DE VERBAS RESCISÓRIAS E ENCARGOS SOCIAIS
14. PAGAMENTOS DE MULTAS DECORRENTES DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS
15. PAGAMENTOS DE VERBAS TRABALHISTAS/CUSTAS PROCESSUAIS EM JUÍZO
16. CONTATOS, DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS
17. MANUAL ELETRÔNICO
PARTE IV – MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA ANÁLISE DOS APSPECTOS FINANCEIROS DAS 
PRESTAÇÃOES DE CONTAS DOS CONVÊNCIOS FIRMADOS NO EXERCÍCIO DE 2013 PARA 
EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
1. APRESENTAÇÃO
2. OBJETIVO DO MANUAL
3. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
4. DA EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA DOS CONVÊNIOS
4.1. Da Execução Física
161
162
163
166
167
169
170
171
172
177
178
179
180
180
181
182
184
185
185
185
186
187
187
189
190
192
194
197
199
201
202
204
205
207
210
213
214
4.2. Da Execução Financeira
5. HISTÓRICO DAS ORIENTAÇÕES NORMATIVAS
6. METODOLOGIA
7. DA EXECUÇÃO DO CONVÊNIO DE ACORDO COM O PLANO DE TRABALHO
7.1. Hipóteses de Desvio de Finalidade e Desvio de Objeto 
8. CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DAS DESPESAS APROVADAS NO 
 PLANO DE TRABALHO 
8.1. Deficiências constatadas no Plano de Aplicação Detalhado
9.ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE / REANÁLISE DOS ASPECTOS FINANCEIROS 
 DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS
9.1. Movimentação dos Recursos do Convênio
9.2. Análise dos Pagamentos e Saques a Débito da Conta Específicado Convênio
9.3. Análise dos Pagamentos e Documentos Fiscais Comprobatórios
9.4. Execução de despesas não permitidas
9.5. Execução das Despesas Administrativas
9.6. Execução Financeira
10. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS ACERCA DOS ITENS QUE COMPÕEM O 
 ELEMENTO DE DESPESA
11. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ANÁLISE DAS DESPESAS EXECUTADAS 
 COM RECURSOS HUMANOS
11.1. Vinculação das Verbas Trabalhistas à Execução dos Serviços Objeto dos Convênios
11.2. Pagamento de Salário/Remuneração em Valor Superior ao estabelecido no 
 Plano de Trabalho 
11.3. Adicional Noturno
11.4. Adicional de Insalubridade
11.5. Auxílio-Maternidade
11.6. Impossibilidade de Remuneração de Servidor ou Empregado Público à 
 Conta de Recursos Conveniais
12. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
12.1. Pagamento das Verbas Rescisórias
12.2. Prazo de Pagamento
12.3. Multa Rescisória
12.4. Aviso Prévio
13. DISPENSA DE GESTANTE EM GOZO DE ESTABILIDADE
14. DESPESAS DEVIDAS A TÍTULO DE VERBAS RESCISÓRIAS E ENCARGOS SOCIAIS
15. PAGAMENTOS DE MULTAS DECORRENTES DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS / 
 CUSTAS PROCESSUAIS EM JUÍZO.
16. PAGAMENTOS DE VERBAS TRABALHISTAS/CUSTAS PROCESSUAIS EM JUÍZO
17. DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS
18. MANUAL ELETRÔNICO
PARTE V – GLOSSÁRIO E REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS
214
215
220
222
223
224
226
228
229
232
234
236
237
238
239
244
245
245
246
247
248
249
251
252
252
252
253
258
260
263
265
267
268
270
271
273
PARTE I
MANUAL DE 
ORIENTAÇÕES PARA 
ANÁLISE FINANCEIRA 
DE CONVÊNIOS
1. INTRODUÇÃO
12 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
1.1 DEVER DE PRESTAR CONTAS
O ciclo de vida de um convênio é composto por quatro fases. A primeira é a “Proposição”, na 
qual o interessado elabora a proposta de trabalho e encaminha para o órgão responsável pela política 
pública. A segunda fase é a “Formalização”, nela o convenente e o concedente formalizam a celebração 
do instrumento. A terceira fase é a de “Execução”, na qual o objeto do convênio é executado de acordo 
com normas e com o plano de trabalho estabelecido. Por fim, tem-se a fase de “Prestação de Contas” a 
fim de comprovar a correta aplicação do recurso repassado. 
Este Manual trata da quarta fase do ciclo de vida do convênio, especificamente da prestação 
de contas financeira, por isso, é preciso conhecer quem deve comprovar a correta aplicação do recurso. 
Nos termos do disposto no art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, o dever 
de prestar contas é responsabilidade de “qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que 
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a 
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária” (BRASIL, 1988). 
Antes mesmo dessa obrigação constar na Carta Magna, o Decreto-Lei nº 200, de 25 de 
fevereiro de 1967, no art. 93, determinava que “quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar 
seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades 
administrativas competentes” (BRASIL, 1967). Portanto, todo gestor público ou quem quer que gerencie 
recursos públicos tem a obrigação de prestar contas, apresentando documentação comprobatória da 
execução do objeto pactuado, por meio da qual seja possível demonstrar ao órgão concedente a correta 
e regular aplicação dos recursos recebidos. 
Há ainda outros atos normativos infraconstitucionais que dispõem sobre a prestação de 
contas. Nos termos do art. 1º, inciso XII, do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, por exemplo, a 
prestação de contas é definida como o “procedimento de acompanhamento sistemático que conterá 
elementos que permitam verificar, sob os aspectos técnicos e financeiros, a execução integral do objeto 
dos convênios e dos contratos de repasse e o alcance dos resultados previstos” (BRASIL, 2007). 
Com vista a disciplinar o estabelecido no Decreto supracitado, foi publicada a Portaria 
Interministerial nº 424, de 30 de dezembro de 2016, que no art. 59, traz a obrigatoriedade da prestação 
de contas de convênios, inclusive dispondo sobre a omissão do dever de prestar contas e a possibilidade 
de responsabilização solidária.
Art. 59. O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida nesta 
Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, observando-
se o seguinte:
I - a prestação de contas inicia-se concomitantemente com a liberação da primeira 
parcela dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo concedente no SICONV;
[...]
§ 3º Se, ao término do prazo estabelecido, o convenente não apresentar a prestação 
de contas nem devolver os recursos nos termos do § 2º deste artigo, o concedente 
registrará a inadimplência no SICONV por omissão do dever de prestar contas e 
comunicará o fato ao órgão de contabilidade analítica a que estiver vinculado, para 
fins de instauração de tomada de contas especial sob aquele argumento e adoção de 
outras medidas para reparação do dano ao erário, sob pena de responsabilização 
solidária.
| 13ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
§ 4º Cabe ao representante legal da entidade sem fins lucrativos, ao prefeito e ao 
governador sucessor prestar contas dos recursos provenientes de instrumentos 
firmados pelos seus antecessores. (BRASIL, 2016)
Essa mesma Portaria define, nos arts. 61 e 62, o objetivo da prestação de contas e a sua 
composição:
Art. 61. A prestação de contas final tem por objetivo a demonstração e a verificação 
de resultados e deve conter elementos que permitam avaliar a execução do objeto e 
o alcance das metas previstas.
Art. 62. A prestação de contas será composta, além dos documentos e informações 
registradas pelo convenente no SICONV, pelo seguinte: 
I - Relatório de Cumprimento do Objeto; 
II - declaração de realização dos objetivos a que se propunha o instrumento; 
III - comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver; e 
IV - termo de compromisso por meio do qual o convenente será obrigado a manter 
os documentos relacionados ao instrumento, nos termos do § 3º do art. 4º desta 
Portaria. (BRASIL, 2016)
É relevante lembrar que na fase de prestação de contas deverá ser observada a legislação 
vigente à época da celebração do convênio, por isso, a importância de consultar o Termo de Convênio, 
no qual consta o normativo ao qual o convênio está sujeito.
Por fim, é importante destacar que prestar contas é uma obrigação estabelecida desde o 
início da execução do convênio, que se relaciona ao seu acompanhamento da execução e não somente 
ao final.
1.2 FINALIDADE DA ANÁLISE FINANCEIRA
A finalidade da Análise Financeira é verificar a conformidade financeira durante todo o 
período do convênio e analisar a prestação de contas final, de forma a avaliar a boa e regular aplicação do 
recurso público pelo convenente. É preciso que o convenente comprove ao concedente que as despesas 
foram executadas no cumprimento do objeto/objetivo e de acordo com o que estava previsto no Plano 
de Trabalho.
Conforme a Portaria Interministerial nº 424/2016, o concedente é “responsável pela 
transferência dos recursos, verificação da conformidade financeira, acompanhamento da execução e 
avaliação do cumprimento do objeto do instrumento” (BRASIL, 2016). Sendo a conformidade financeira 
definida como:
Aferição da execução financeira do objeto pactuado em relação ao previsto no plano 
de trabalho e no projeto básico, realizada pelo concedente ou pela mandatária de 
forma contínua, durante toda a vigência do instrumento, com registro de eventuais 
impropriedades ou irregularidades no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos 
de Repasse – SICONV (BRASIL, 2016).
14 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
A conformidade financeira faz parte da prestação de contas financeira, que conforme Inciso 
XXV, do §1º, do art. 1º da PortariaInterministerial nº 424/2016, é o “procedimento de acompanhamento 
sistemático da conformidade financeira, considerando o início e o fim da vigência dos instrumentos” 
(BRASIL, 2016). 
As despesas devem ser executadas de maneira que os documentos comprobatórios sejam 
emitidos nominalmente e identificados com o número do convênio. É necessário que seja possível ao 
analista de contas estabelecer nexo causal entre o desembolso dos recursos e as despesas incorridas na 
execução do objeto, devendo constar nos documentos elementos que façam uma associação irrefutável 
ao convênio pactuado. 
As orientações voltadas à prestação de contas estão listadas no Capítulo V da Portaria 
Interministerial nº 424/2016 e os principais pontos são:
Art. 59. O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida nesta 
Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, observando-
se o seguinte:
I - a prestação de contas inicia-se concomitantemente com a liberação da primeira 
parcela dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo concedente no 
SICONV;
II - o registro e a verificação da conformidade financeira, parte integrante do processo 
de prestação de contas, deverão ser realizados durante todo o período de execução 
do instrumento, conforme disposto no art. 56 desta Portaria;
Art. 61. A prestação de contas final tem por objetivo a demonstração e a verificação 
de resultados e deve conter elementos que permitam avaliar a execução do objeto e 
o alcance das metas previstas.
Art. 62. A prestação de contas será composta, além dos documentos e informações 
registradas pelo convenente no SICONV, pelo seguinte:
[...]
§ 3º A conformidade financeira deverá ser realizada durante o período de vigência 
do instrumento, devendo constar do parecer final de análise da prestação de contas 
somente impropriedades ou irregularidades não sanadas até a finalização do 
documento conclusivo.”;
[...]
§ 5º A análise da prestação de contas, além do ateste da conclusão da execução física 
do objeto, conterá os apontamentos relativos à execução financeira não sanados 
durante o período de vigência do instrumento.
§ 6º Objetivando a complementação dos elementos necessários à análise da 
prestação de contas dos instrumentos, poderá ser utilizado subsidiariamente 
pelo concedente ou pela mandatária, relatórios, boletins de verificação ou outros 
documentos produzidos pelo Ministério Público ou pela Corte de Contas, durante as 
atividades regulares de suas funções.
Art. 64. A autoridade competente do concedente ou a mandatária terá o prazo de 
um ano, contado da data do recebimento, para analisar a prestação de contas do 
| 15ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
instrumento, com fundamento no parecer técnico expedido pelas áreas competentes. 
(BRASIL, 2016)
A Portaria nº 558, de 10 de outubro de 2019, que altera a Portaria Interministerial nº 424/2016 
e dá outras providências, descreve que a análise da prestação de contas final deverá comprovar o 
atingimento dos resultados pactuados e considerar, para tanto, a análise da prestação de contas 
técnica, com elementos que comprovem a execução do objeto e do alcance dos resultados, e a análise 
da prestação de contas financeira. Dessa forma, a análise, que deve ser realizada pelo órgão concedente, 
precisa ter por base os pareceres técnico e financeiro expedidos pelas áreas competentes (BRASIL, 2019).
Em atendimento às portarias, a prestação de contas final será composta por dois pareceres. 
O parecer relativo ao cumprimento do objeto e atingimento dos objetivos e metas do convênio, emitido 
pela Área Técnica, e outro relativo aos aspectos financeiros emitido pela Área de Prestação de Contas, 
que deverá obedecer ao fluxo definido no Anexo 2.
1.3 FLUXO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Por meio do Memorando-Circular nº 3/2018/CGAC/FNS/SE/MS, (SEI 2811936), de 07 de 
março de 2018, Anexo 2, foi definido o fluxograma de prestação de contas no âmbito do Ministério da 
Saúde. Tal documento aponta que:
A critério dos Coordenadores/Chefes dos Núcleos Estaduais, serão enviados às Áreas 
Técnicas os processos cujos convênios estejam em prestação de contas finais, para 
que as mesmas se manifestem quanto ao alcance dos resultados previstos nas 
Avenças. As manifestações técnicas, para as quais espera-se a celeridade processual 
que o assunto exige, deverão ser retornadas aos NEMS ou ao Fundo Nacional de 
Saúde, quando cabível, em continuidade processual que resultará na celebração ou 
não do termo aditivo. O prosseguimento da prestação de contas dependerá também 
das manifestações que ensejaram a decisão sobre a aprovação ou não da prestação 
de contas pelo Ministério como órgão Concedente. (BRASIL, 2018) 
Os procedimentos definidos no Fluxograma de Prestação de Contas – Convênios SICONV, 
registrado no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) (3095701), são executados pelas atuais 
Superintendências Estaduais e a CGAC/FNS, do Ministério da Saúde, conforme listado a seguir:
1) Envia a Prestação de Contas por meio do SICONV;
2) Recebe a solicitação cadastrada no SICONV, registra no SEI e inicia a análise da Prestação de 
Contas (Começa a contagem do prazo de um ano para conclusão);
3) Documentação completa? 
 • Não - Inclui no SICONV solicitação de complementação.
 • Convenente complementa a documentação e retorna à SEMS/CGAC;
4) Inicia a análise financeira da PC;
5) Possui elementos suficientes para manifestação conclusiva?
• Não - Emite parecer de diligência e encaminha para a Convenente. 
• A convenente responde a diligência da SEMS/CGAC.
16 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
6) O analista emite o Parecer Financeiro Conclusivo;
7) Solicita a manifestação da Área Técnica quanto aos objetivos e metas físicas.
8) Área técnica verifica se a documentação contém elementos suficientes para a emissão de 
parecer conclusivo;
9) Possui elementos suficientes?
• Não - Edita cada aba desejada com a solicitação de complementação;
• O convenente responde solicitação de complementação da Área Técnica.
10) Emite o Parecer Favorável ou Desfavorável do Secretário, quanto aos objetivos e metas físicas;
11) Secretário emite Despacho;
12) SEMS/CGAC recebe a manifestação da Área Técnica e finaliza Prestação de Contas;
13) Aprova PC?
• Não - Emite NL de Não Aprovação > Cancela Restos a Pagar > Comunica por meio de 
Ofício a Não Aprovação;
• Emite NL de Aprovação > Cancela Restos a Pagar > Comunica por meio de Ofício a 
Aprovação ou a Aprovação com Ressalvas.
Caso haja cancelamento de Nota de Empenho inscritos em restos a pagar, ele será realizado 
pela Coordenação-Geral de Execução Orçamentária, Financeira e Contábil (CGEOFC), portanto, o analista 
deve seguir as orientações do Ofício-Circular nº 11/ /2020/DIAN/FNS/SE/MS, (SEI 0015999177), Anexo 3.
1.4 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
1.4.1 Do Concedente
A Portaria Interministerial nº 424/2016 descreve como competência do concedente 
monitorar e acompanhar a conformidade física e financeira durante a execução do convênio; analisar e 
selecionar propostas apresentadas para a celebração de convênios; transferir os recursos financeiros ao 
convenente; divulgar atos normativos e orientações; analisar e aceitar documentação técnica; celebrar 
instrumentos e ajustes de propostas; verificar a realização de procedimento licitatório; comunicar 
assinatura do termo e liberação de recursos; acompanhar, avaliar e aferir a execução do convênio; se 
manifestar quanto à execução física e financeira; notificar o convenente quanto à não apresentação da 
prestação de contas ou quando da constatação da má aplicação dos recursos e instaurar a Tomada de 
Contas Especial, se necessário. Ainda, deve observar as regras específicas quanto à execução de obras e 
serviços de engenharia (BRASIL, 2016).
1.4.2 Do Convenente
A Portaria Interministerial nº 424/2016 especifica que o convenente deve encaminhar 
a proposta do plano de trabalho dentro do prazo estabelecido, definindo as etapasde execução; 
elaborar os projetos técnicos, incluindo documentação necessária à celebração do convênio; executar 
e fiscalizar o convênio; observar normas e normativos e selecionar áreas de intervenção e beneficiários 
conforme diretrizes estabelecidas; realizar na Plataforma +Brasil atos relativos à formalização, execução, 
| 17ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
acompanhamento, prestação de contas e quaisquer informações sobre Tomada de Contas Especial; 
instaurar processo administrativo disciplinar quando constatada a malversação dos bens públicos, 
quaisquer irregularidades incorridas na gestão e execução do convênio; observar regramentos relativos 
à obras e serviços de engenharia e prestar contas dos recursos transferidos (BRASIL, 2016).
1.4.3 Do Analista de Contas
O Analista de Prestação de Contas, designado neste Manual resumidamente como Analista 
de Contas, é o responsável técnico do órgão concedente, incumbido de aferir a execução do objeto 
pactuado, avaliar, acompanhar, verificar a regular aplicação das parcelas dos recursos, bem como 
realizar a análise da prestação de contas financeira dos convênios celebrados pelo Ministério da Saúde.
Consoante a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, também conhecida como Lei de Improbidade 
Administrativa, “agente público é todo àquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura 
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território”. Salienta-
se que o agente público deve observar as sanções aplicáveis pela Lei 8.429 que determina que os atos 
de improbidade praticados contra a administração, por qualquer agente público, servidor ou não, serão 
punidos (BRASIL, 1992).
Por fim, a Instrução Normativa – TCU nº 71, de 28 de novembro de 2012, explicita que, 
em relação aos convênios, é dever do administrador público federal adotar medidas administrativas 
imediatas, necessárias à caracterização ou à elisão do dano, observando o devido cumprimento do 
prazo, podendo a autoridade responsável sofrer penalidades.
2. OPERACIONALIZAÇÃO
| 19ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Em 1999 foi desenvolvido pela equipe do Fundo Nacional de Saúde um sistema capaz de 
organizar a gestão de convênio do Ministério da Saúde, denominado Sistema de Gestão Financeira 
e de Convênios (GESCON), para apoiar o gerenciamento das atividades envolvidas no processo de 
acompanhamento e controle de projetos financiados pelo MS. O sistema armazena e fornece informações 
cadastrais sobre entidades beneficiárias, dirigentes, projetos, pareceres, convênios, portarias, aditivos, 
acompanhamento da execução, prestações de contas, empenhos, notas de créditos, ordens bancárias 
e notas de lançamentos, possibilitando consultas e emissão de relatórios operacionais e gerenciais. 
Viabiliza, sobretudo, a interface informatizada com o SIAFI, bem como a disponibilidade de informações 
na internet (BRASIL, 2009).
Posteriormente, em 2008, foi criado e regulamentado pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho 
de 2007, o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV) de uso obrigatório por 
todos os gestores de recursos públicos executados de forma descentralizada.
O SICONV é uma ferramenta on-line que possibilita o acompanhamento de todo o ciclo de 
vida dos convênios, desde a formalização da proposta até a prestação de contas final. O cadastramento 
de propostas dentro do SICONV pode ser realizado por órgãos ou entidades da Administração Pública 
ou por entidades privadas sem fins lucrativos ou ainda, por Organizações da Sociedade Civil (OSC).
Em 2018, foi desenvolvido o aplicativo SICONV Fiscalização, modificado/alterado para 
Fiscalização +BRASIL em 2019, tendo como principal objetivo apoiar fiscais e agentes públicos na 
gestão de vistorias em instrumentos advindos da Plataforma +BRASIL. O aplicativo apresenta, de forma 
intuitiva e objetiva, informações de instrumentos federais. Suas principais funcionalidades são: listagem 
de instrumentos - acesso a informações básicas sobre instrumentos que estão sob a responsabilidade 
do usuário e aqueles que necessitam de vistoria e monitoramento; relatório fotográfico - registro de 
imagens do instrumento vistoriado; georreferenciamento - acesso a informações de latitude, longitude, 
data e horário do registro da imagem vinculada ao instrumento (BRASIL, 2019).
Em 2019, foi lançada a Plataforma +BRASIL, a evolução do SICONV. Segundo informações 
constantes no site da Plataforma, do Ministério da Economia:
O diferencial da Plataforma +BRASIL é ser um sistema único online de âmbito nacional 
com potencial para integrar outros sistemas (módulos) para operacionalização de 
várias modalidades de transferências de recursos da União, comportando cada 
uma delas com suas características particulares, com vistas a instrumentalizar a 
gestão e a fiscalização pelos entes envolvidos na busca da efetividade nas entregas 
de políticas públicas para a sociedade (BRASIL, 2019).
Esse sistema visa a conferir aos instrumentos maior efetividade e transparência, pois todos 
os atos e procedimentos são realizados diretamente no portal, o qual está aberto para consultas dos 
técnicos, dos gestores e da população, permitindo, inclusive, o controle social. O Sistema pode ser 
acessado pelo endereço www.plataformamaisbrasil.gov.br.
Além disso, há o aplicativo “Cidadão Mais Brasil”, ferramenta que tem por objetivo 
fornecer informações sobre as Transferências Voluntárias operacionalizadas por meio da Plataforma 
+BRASIL atualizadas diariamente, permitindo o controle social no acompanhamento dos investimentos 
realizados para execução das políticas públicas.
http://www.plataformamaisbrasil.gov.br
3. ESTRUTURA DO 
PARECER FINANCEIRO
| 21ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Para melhor visualização da situação financeira do convênio, é preciso que o analista de 
contas elabore textos coerentes e coesos, ou seja, organizado de forma a transmitir da melhor maneira 
o seu ponto de vista, sempre de acordo com os normativos. Para isso, uma das regras de ouro da boa 
escrita é que seu texto deve ser objetivo e claro para qualquer leitor, não importando se ele entende ou 
não de prestação de contas financeira. Buscando simplificar as informações contidas no parecer, pode-
se utilizar quadros e tabelas que resumem tais informações, desde que mantenha a coerência e a coesão 
já mencionadas.
Para facilitar a organização das informações, este Manual sugere a estrutura a seguir: 
a) Do Convênio;
b) Das Análises Financeiras Antecedentes; 
c) Da Análise Financeira Atual; 
d) Manifestação/ Encaminhamento.
3.1 DO CONVÊNIO
A estrutura do parecer é iniciada com as informações básicas sobre o convênio:
a) Número do convênio; 
b) Número do SIAFI;
c) Número do processo ao qual está digitalizado no Sistema Eletrônico de Informações (SEI);
d) Concedente e Convenente que celebraram o convênio;
e) Vigência e prorrogações de prazo;
f) Objeto do convênio;
g) Responsáveis legais do convenente e período de gestão de cada gestor durante a vigência 
do convênio;
h) Valor global e das parcelas do convênio;
i) Identificação da Nota de Empenho e Ordens Bancárias.
Todas essas informações podem ser obtidas na Plataforma +BRASIL, na aba Dados da 
Proposta, na sub-aba Dados.
Módulo: Execução > > Aba: Dados da Proposta > > Sub-aba: Dados
22 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
Módulo: Execução > > Aba: Dados da Proposta > > Sub-aba: Dados
Documentos Digitalizados: Termo de Convênio
Módulo: Execução > > Aba: Execução Concedente
> > Sub-aba: Prorroga de Ofício e Termo Aditivos (TAs).
Módulo: Execução > > Aba: Dados da Proposta 
> > Sub-aba: Participantes > > Detalhar > > Diretoria
A disposição dessas informações no início do parecer facilita o entendimento sobreo projeto 
e evita a necessidade de pesquisa no processo para confirmação de dados básicos do convênio, ou 
ainda, possibilita consulta a sistemas somente com os dados já disponibilizados no parecer financeiro. 
É essencial que estejam disponíveis as informações sobre o objeto do convênio, a vigência e 
suas prorrogações, inclusive a data final para apresentação da prestação de contas, contida no próprio 
termo aditivo, se for o caso.
As prorrogações podem ser acessadas em:
Com relação às informações dos responsáveis legais do convenente, é indicado que sejam 
apresentados, em ordem cronológica, os respectivos dirigentes e período de mandatos durante a 
vigência do convênio, inclusive com os anexos que os comprovem. Nem sempre essas informações estão 
disponibilizadas de forma completa na Plataforma +BRASIL. Caso a documentação não esteja disponível 
no sistema ou no processo, será necessário solicitar ao convenente a atualização, de preferência 
concomitante à execução do convênio.
Para verificar se a documentação está disponível na Plataforma, siga os passos: no módulo 
“Execução” e com o convênio selecionado, na aba “Dados da Proposta”, selecione a sub-aba “Participantes”, 
clique em Detalhar e posteriormente no item Diretoria. 
| 23ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
É fundamental informar o Valor Global do Convênio, indicando a respectiva Nota de Empenho 
(NE), valor de repasse do recurso pelo Ministério da Saúde e o valor de contrapartida pactuada, anexando 
Termos Aditivos se houver.
As Notas de Empenho são acessadas em: Execução Concedente, na sub-aba NEs. 
Informar também a Conta Corrente específica do convênio na qual foi creditado o repasse, 
juntamente com o cronograma de desembolso, no qual são detalhadas as parcelas liberadas e não 
liberadas, comprovadas as liberações por meio das Ordens Bancárias (OB). Além de constarem na 
Plataforma +BRASIL, as OBs também podem ser consultadas pelo SIAFI. 
Importante destacar que, no caso de haver parcelas ou valores não liberados, deve-se 
verificar na aba NEs se existe valor empenhado maior que o valor repassado. Caso exista, é necessário 
informar ao Fundo Nacional de Saúde para que o empenho seja cancelado. 
Esse cuidado é importante para impedir que o empenho fique inscrito em restos a pagar 
após a aprovação do convênio, evitando assim a necessidade de estorno da aprovação para possibilitar 
o cancelamento do empenho e em seguida o retrabalho de nova aprovação, conforme orientação já 
emanada nos documentos NUP 25000.190806/2018-49, Memorando-Circular nº 14 COAC/CGAC (SEI 
7095710), Despacho COAC (SEI 7285835) e NUP: 25000.107068/2020-00 Ofício-Circular nº 11/2020 DIAN/
FNS (SEI 15999177). 
Módulo: Execução > > Aba: Dados da Proposta
> > Sub-aba: Dados > > Histórico Datas
Módulo: Execução > > Aba: Execução Concedente > > Sub-aba: NEs.
Módulo: Execução > > Aba: Execução Concedente > > Sub-aba: OPs / OBs.
24 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
3.2 DAS ANÁLISES FINANCEIRAS ANTECEDENTES
 Os pareceres financeiros emitidos devem ser organizados em ordem cronológica 
para permitir a revisão das análises realizadas, pois no parecer conclusivo é necessário apontar os 
questionamentos já levantados anteriormente.
Os pareceres podem ser acessados por meio do caminho:
3.3 DA ANÁLISE FINANCEIRA ATUAL
3.3.1 Verificação In Loco
Neste momento, o analista de contas precisa relatar os pontos importantes sobre a execução 
do convênio, ressalta-se sempre que seja feita em ordem cronológica dos fatos e com indicação da 
documentação comprobatória do que se alega. 
Inicialmente, pode ser informado o Parecer de Mérito da área técnica, com aprovação do 
objeto pactuado. 
Os Relatórios de Verificação In Loco são documentos que o analista deve necessariamente 
observar e relatar em seu parecer, pois são eles que subsidiam o Parecer. É importante relatar as principais 
constatações encontradas nas visitas in loco, pois caso tenha sido constatada alguma impropriedade 
ou irregularidade no relatório, que não tenha sido atendida pelo convenente, recomenda-se diligenciar 
(formal, informal) para saneamento e até impugnação de despesa. Essencial também informar o 
percentual de execução, equipamentos instalados, patrimoniados e disponibilizados.
Os Relatórios podem ser encontrados na Plataforma +BRASIL, no módulo: Acompanhamento 
e Fiscalização, na funcionalidade: Relatório Convênio - Acompanhamento e Relatório Fotográfico.
Módulo: Acomp. Fiscalização > > Funcionalidades: 
Relatório Convênio – Acompanhamento
Módulo: Acomp. Fiscalização > > Funcionalidades: 
Relatório Fotográfico
Módulo: Prestação de Contas > > Com um convênio selecionado > > Aba: Pareceres
| 25ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
O Analista pode solicitar ainda, junto ao convenente ou terceiros, os documentos que julgar 
necessários, para complementação da informação, ou embasar a análise. 
Conforme Portaria Interministerial nº 424/2016, art. 7º, inciso XIV: 
XIV - fornecer ao concedente ou à mandatária, a qualquer tempo, informações sobre 
as ações desenvolvidas para viabilizar o acompanhamento e avaliação do processo” 
(BRASIL, 2016).
Segundo a Lei do Processo Administrativo, Lei nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999, é dever do 
administrado prestar as informações que lhe forem solicitadas, colaborando para o esclarecimento dos 
fatos (BRASIL, 1999).
O analista pode relacionar, também, todas as prestações de contas parciais e finais/relatórios 
de execução encaminhadas pelo convenente. 
Para acesso aos relatórios na Plataforma +BRASIL, é preciso acessar:
Este item não é obrigatório, tendo em vista que todos os relatórios devem estar disponíveis 
na Plataforma +BRASIL, no entanto, pode-se fazer menção a eles no parecer de prestação de contas final.
Os Relatórios de Execução são gerados automaticamente pelo Convenente e deverão ser 
verificados pelo Concedente se estão de acordo com os valores apurados quando da análise da prestação 
de contas, o que poderá subsidiar a aprovação destes relatórios. 
Observação: Os Relatórios de Execução, quando aprovados, são exibidos no Módulo 
Prestação de Contas, na aba Relatórios, apenas para consulta, não é possível qualquer alteração, visto 
que já estão aprovados.
Salienta-se que conforme Portaria Interministerial nº 424/2016, em seu art. 57 e §6º, além 
do art. 58:
Art. 57. O concedente ou a mandatária comunicará ao convenente quaisquer 
irregularidades decorrentes do uso dos recursos ou outras pendências de ordem 
técnica, apurados durante a execução do instrumento, e suspenderão a liberação 
dos recursos, fixando prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para saneamento ou 
apresentação de informações e esclarecimentos, podendo ser prorrogado por igual 
período.
§ 1º Recebidos os esclarecimentos e informações solicitados, o concedente ou 
mandatária, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, apreciará, decidirá e comunicará 
quanto à aceitação ou não das justificativas apresentadas e, se for o caso, realizará 
a apuração do dano ao erário.
§ 2º Caso as justificativas não sejam acatadas, o concedente abrirá prazo de 45 
(quarenta e cinco) dias para o convenente regularizar a pendência e, havendo dano 
ao erário, deverá adotar as medidas necessárias ao respectivo ressarcimento.
Módulo: Execução > > Aba: Execução Concedente 
> > Sub-aba: Relatório de Execução
26 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
[...]
§ 6º As comunicações elencadas no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo serão 
realizadas por meio de correspondência com aviso de recebimento - AR, devendo 
a notificação ser registrada no SICONV, e em ambos os casos com cópia para a 
respectiva Secretaria da Fazenda ou secretaria similar, e para o Poder Legislativo do 
órgão responsável pelo instrumento.
[...]
Art. 58. O concedente deverá comunicar os Ministérios Públicos Federal e Estadual 
e à Advocacia-Geral da União quando detectados indícios de crime ou ato de 
improbidade administrativa. (BRASIL, 2016)
3.3.2 Movimentaçãode Recursos do Convênio
Desde julho de 2012, a movimentação dos recursos da conta específica do convênio é 
realizada por meio da Ordem Bancária de Transferências Voluntárias (OBTV), conforme disposto no art. 
4º da Portaria nº 424:
§ 4º A movimentação financeira na conta corrente específica do instrumento, deverá 
ocorrer por meio da funcionalidade do SICONV denominada Ordem Bancária de 
Transferências Voluntárias - OBTV, em observação ao disposto no parágrafo único 
do art. 3º do Decreto nº 7.641, de 12 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2016).
Essa funcionalidade faz com que haja mais transparência na movimentação dos recursos, 
podendo ser realizados somente pagamentos a fornecedores identificados por meio de transferências 
bancárias. Conforme o art. 3º, parágrafo único, do Decreto nº 7.641/2011:
Considera-se Ordem Bancária de Transferências Voluntárias a minuta da ordem 
bancária de pagamento de despesa do convênio, termo de parceria ou contrato 
de repasse encaminhada virtualmente pelo SICONV ao Sistema Integrado de 
Administração Financeira - SIAFI, mediante autorização do Gestor Financeiro e do 
Ordenador de Despesa do convenente, ambos previamente cadastrados no SICONV, 
para posterior envio, pelo próprio SIAFI, à instituição bancária que efetuará o crédito 
na conta corrente do beneficiário final da despesa (BRASIL, 2011).
Assim, as movimentações financeiras por OBTV, são comandos realizados no sistema 
da Plataforma +BRASIL para realização de transferências financeiras da conta bancária específica do 
convênio para outra conta bancária relacionada à operação de pagamento que está sendo realizada.
A funcionalidade “movimentações financeiras” permite registrar pagamentos, devoluções, 
aplicações e ingressos de recursos, devendo o analista financeiro verificar todas as ações efetivadas pelo 
gestor financeiro do Convenente, na análise da prestação de contas.
É possível listar os seguintes tipos e formas de movimentações financeiras na Plataforma 
+BRASIL, que podem ser visualizados no:
Módulo: Execução > > Execução Convenente > > Movimentações 
Financeiras > > Listar Movimentações Financeiras
| 27ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Para convênios anteriores a esse período, e que não operam por OBTV, verifica-se, algumas 
vezes, movimentações fora da conta específica do convênio, o que torna complexa a conferência dos 
comprovantes das despesas realizadas. Isso vai de encontro às portarias que regem os convênios, 
conforme abaixo especificadas:
IN nº 01/1997
Art. 20. Os recursos serão mantidos em conta bancária específica somente permitidos 
saques para pagamento de despesas constantes do Programa de Trabalho ou para 
aplicação no mercado financeiro, nas hipóteses previstas em lei ou nesta Instrução 
Normativa, devendo sua movimentação realizar-se, exclusivamente, mediante 
cheque nominativo, ordem bancária, transferência eletrônica disponível ou outra 
modalidade de saque autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fiquem 
identificados sua destinação e, no caso de pagamento, o credor (BRASIL, 1997).
Portaria nº 127/2008
Art. 50. Os recursos deverão ser mantidos na conta bancária específica do convênio 
ou contrato de repasse e somente poderão ser utilizados para pagamento de 
despesas constantes do Plano de Trabalho ou para aplicação no mercado financeiro, 
nas hipóteses previstas em lei ou nesta Portaria (BRASIL, 2008).
Portaria nº 507/2011
Art. 64. Os recursos deverão ser mantidos na conta bancária específica do convênio 
e somente poderão ser utilizados para pagamento de despesas constantes do Plano 
de Trabalho ou para aplicação no mercado financeiro, nas hipóteses previstas em lei 
ou nesta Portaria (BRASIL, 2011).
Atenção! Cabe esclarecer que, caso a execução tenha ocorrido fora da conta específica, 
existindo a possibilidade de realizar o nexo causal entre os pagamentos e a execução do objeto e o gestor 
consiga comprovar o adequado uso dos recursos públicos, a irregularidade pode ser caracterizada como 
um erro formal, apesar de infringência aos artigos das portarias acima citadas, no entanto, deve-se fazer 
uma ressalva ao final do parecer. 
Destaca-se também que os recursos mantidos fora da conta específica do convênio devem 
ser corrigidos monetariamente pelo período que deveriam estar aplicados em poupança. 
No Apêndice 2 deste Manual serão abordadas as OBTVs existentes na Plataforma +BRASIL.
3.3.3 Recursos de Contrapartida
A Portaria nº 424/2016, define, em seu art. 18, que “a contrapartida será calculada sobre o 
valor total do objeto e, se financeira, deverá ser depositada na conta bancária especificado instrumento 
em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso” (BRASIL, 2016).
O valor de contrapartida de um convênio é calculado conforme termos dispostos na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias vigente no ato da celebração do convênio, conforme especifica a Portaria nº 
424/2016:
§ 1º A contrapartida, a ser aportada pelo convenente, será calculada observados 
os percentuais e as condições estabelecidas na lei federal anual de diretrizes 
orçamentárias vigentes à época do instrumento.
§ 2º A comprovação pelo proponente de que a contrapartida proposta está 
28 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
devidamente assegurada, deverá ocorrer previamente à celebração do instrumento.
§ 3º A previsão de contrapartida a ser aportada pelos órgãos públicos, exclusivamente 
financeira, deverá ser comprovada por meio de previsão orçamentária.
§ 4º Na celebração de instrumentos com entidades privadas sem fins lucrativos, 
o órgão concedente deverá observar as regras de contrapartida dispostas na lei 
federal anual de diretrizes orçamentárias.
§5º Os aportes de contrapartida deverão obedecer ao pactuado no plano de trabalho, 
podendo haver antecipação de parcelas, inteiras ou parte, a critério do convenente 
(BRASIL, 2016).
No que tange à prestação de contas final, o analista deve observar se houve aporte de 
contrapartida extra ao convênio, prática comum nesses tipos de instrumentos. Isso ocorre, geralmente, 
devido à morosidade dos processos, fazendo com que o convenente prefira complementar com recursos 
próprios o convênio a realizar o ajuste do plano de trabalho ou celebrar um Termo Aditivo. É necessário 
verificar as justificativas do convenente em relação a essa complementação de contrapartida.
3.3.4 Bloqueio Judicial na Conta Específica do Convênio
O bloqueio judicial de valores em conta bancária ocorre por meio do sistema chamado 
BACEN JUD, que é um instrumento de comunicação entre o Poder Judiciário e instituições financeiras 
brasileiras e gerido pelo Banco Central do Brasil (GALENDI, 2013).
Os magistrados são registrados no próprio sistema do Banco Central, possuindo um login e 
senha. A partir deste sistema, os juízes emitem ordens tanto para bloqueio, quanto para desbloqueio de 
valores que porventura existam em contas bancárias em nome do executado.
Importante esclarecer que, por ser efetuado pelo sistema do Banco Central, é realizada 
uma pesquisa geral em todas as instituições financeiras. Essa pesquisa retorna apontando em quais 
instituições financeiras o executado possui conta e o saldo existente nela. Dessa maneira, o magistrado 
verifica o valor a ser bloqueado e procede o bloqueio total ou parcial.
Durante a execução dos convênios celebrados, principalmente com as Entidades Privadas 
sem Fins Lucrativos, os técnicos das Superintendências Estaduais do Ministério da Saúde – SEMS e do 
Fundo Nacional de Saúde são surpreendidos, com uma certa frequência, com os bloqueios nas contas 
dos convênios por dívidas de natureza diversa ao pactuado no instrumento.
Os convênios consistem em instrumentos de transferência voluntária, sendo sua execução 
efetuada a partir de um plano de trabalho, com cronograma programado, considerando a liberação de 
recursos que são destinados especificamente para esse fim. A celebração de Convênios é decorrência de 
política pública relevante, vez que envolve aplicação de recursospúblicos. Portanto, os bloqueios judiciais 
realizados sobre esses recursos ofendem os princípios constitucionais da eficiência da Administração 
Pública, da continuidade dos serviços públicos, da repartição tributária dos entes federados, bem como 
da vinculação da natureza dos recursos repassados, o que, inclusive, sujeita à fiscalização do Tribunal de 
Contas da União.
Dessa forma, orienta-se que as SEMS e o FNS oficiem as Procuradorias da União em suas 
| 29ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
respectivas regiões, vez que são órgãos de execução da Advocacia-Geral da União, integrantes da estrutura 
da Procuradoria-Geral da União, onde estão lotados os Advogados da União que são responsáveis pela 
representação judicial perante os diversos órgãos do Poder Judiciário espalhados pelo país.
Contudo, nos casos em que houver bloqueio judicial ainda não restituído aos cofres 
públicos ou conta especifica do convênio, a jurisprudência do Tribunal de Contas da União aponta para a 
responsabilização do convenente. O Acórdão TCU nº 2848/2019 Primeira Câmara, julgou que o bloqueio 
judicial de recursos de convênio para pagamento de dívidas trabalhistas do convenente configura débito 
decorrente de desvio de finalidade e, portanto, não afasta a responsabilidade de o ente beneficiado 
restituir os respectivos valores aos cofres do concedente (BRASIL, 2019).
Portanto, nos casos em que ocorram bloqueios judiciais na conta específica do convênio, 
deve-se notificar ao convenente, pelo débito apurado relativo ao bloqueio judicial, com a devida correção 
monetária, se for o caso.
3.3.5 Receitas e Despesas
É preciso organizar as receitas e despesas realizadas durante o convênio, isso proporciona 
uma visão macro do recurso recebido e do que foi utilizado.
As receitas são constituídas pelos recursos repassados pelo Ministério da Saúde, pelo valor 
de Contrapartida (quando aportada) e pelos rendimentos de aplicação. Já as despesas são compostas 
pelos pagamentos realizados na consecução do objeto e pelas devoluções de rendimento de aplicação 
e do saldo da conta específica.
Exemplo:
Receitas Despesas
Repasse R$ 230.000,00 Pagamentos (Repasse/Contrapartida) R$ 150.000,00 
Contrapartida R$ - Devolução Rendimento de Aplicação R$ 40.000,00
Rendimento de Aplicação R$ 40.000,00 Devolução Repasse - Saldo R$ 80.000,00
Total R$ 270.000,00 Total R$ 270.000,00 
Definição dos elementos das receitas e despesas constantes na tabela acima:
• Repasse – recurso aportado pelo Ministério da Saúde para a consecução do objeto;
• Contrapartida – recurso aportado pelo convenente para a consecução do objeto. Para 
entidades privadas, não há, na legislação, a obrigatoriedade desse aporte. No que tange 
aos convênios celebrados com órgãos públicos, o convenente pode participar mediante 
contrapartida financeira e/ou de bens e serviços;
• Rendimento de Aplicação – correção monetária relativa ao tempo em que o recurso ficou 
aplicado;
• Pagamentos - despesa total realizada com recursos de repasse, de contrapartida e de 
rendimentos;
• Devolução Rendimento de Aplicação - saldo de rendimento não utilizado e que deve ser 
devolvido ao Ministério da Saúde. Caso a Área Técnica tenha aprovado a sua utilização pelo 
30 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
convenente, o Plano de Trabalho deverá ser alterado para a inclusão desse recurso e o 
convenente deve prestar contas de sua utilização;
• Devolução Repasse/Saldo - caso o convenente não tenha utilizado todo o recurso 
repassado pelo Ministério da Saúde na consecução do objeto, o valor deverá ser devolvido 
à concedente.
É necessário lembrar que a tabela acima é apenas exemplificativa e que o analista pode 
acrescentar os elementos que julgar necessários para o bom entendimento da execução das receitas e 
despesas relativas ao convênio analisado.
3.3.6 Plano de Trabalho 
De acordo com a Portaria nº 424/2016, Plano de Trabalho é conceituado como a “peça 
processual integrante dos instrumentos, que evidencia o detalhamento do objeto, da justificativa, dos 
cronogramas físico e financeiro, do plano de aplicação das despesas, bem como das informações da 
conta corrente específica, dos partícipes e dos seus representantes” (BRASIL, 2016).
Ainda, segundo a mencionada Portaria, em seu art. 20, § 3º, todos os ajustes que forem 
realizados durante a execução do objeto necessitam integrar o Plano de Trabalho, e as alterações devem 
ser aprovadas pelo concedente (BRASIL, 2016).
Na análise da Prestação de Contas de um convênio deve-se observar se o Plano de Trabalho 
Aprovado foi executado de acordo com o previsto.
3.3.6.1 Plano de Aplicação Detalhado
No Plano de Aplicação Detalhado devem estar especificadas todas as aquisições que serão 
realizadas no convênio, que estejam relacionados à sua execução. O Plano de Aplicação pode ser baixado 
para Excel, por meio da Plataforma +BRASIL e nele as despesas estão detalhadas por:
a) Tipo de despesa;
b) Descrição;
c) Código Natureza de Despesa;
d) Natureza de Aquisição;
e) Unidade;
f) Quantidade;
g) Valor Unitário;
h) Valor Total; e
i) Status.
O Tipo de Despesa classifica a despesa em bem, serviço, obra, tributo, outros. 
A Descrição trata da especificação do produto que será adquirido pelo convenente, por isso 
é preciso observar se o bem adquirido está em conformidade com o que foi planejado. 
No Código Natureza de Despesa, o analista deverá verificar se a indicação do item da despesa 
executada está de acordo com o elemento de despesa especificado no Plano de Aplicação Detalhado. 
| 31ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Cita-se como exemplo quando o convenente deveria ter classificado a despesa em “Outros Serviços de 
Terceiros”, utilizando o elemento de despesa 33.90.36 “Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física”, 
quando deveria ter utilizado o elemento de despesa 33.90.39 “Outros Serviços de Terceiros – Pessoa 
Jurídica”.
Cabe destacar que essa irregularidade não é suficiente para o analista impugnar a despesa. 
É preciso verificar se, apesar do elemento de despesa estar incorreto, ele guarda nexo com o objeto 
pactuado no convênio e se sua finalidade foi cumprida. 
O item “Natureza de Aquisição” mostra se os itens serão adquiridos com recursos do 
convênio, de contrapartida ou de rendimentos. 
Ademais, é necessária atenção quanto à Quantidade e Valor do Unitário previstos e 
adquiridos no projeto, tendo em vista que alterações de valores e quantidades devem ser solicitadas 
por meio de Alteração de Plano de Trabalho pelo convenente, aprovado pela Área
Módulo: Plano de Trabalho > > Plano de aplicação detalhado
Técnica responsável pelo acompanhamento da execução do convênio.
Após conferência de toda a documentação do convênio, pode ser apresentado o comparativo 
entre o Plano de Trabalho Aprovado e o Plano de Trabalho Executado.
3.3.7 Licitação
Apesar do Manual ser voltado para a análise de prestação de contas final de convênios, 
quando se trata do assunto Licitação, são necessários esclarecimentos quanto ao processo inicial, de 
execução, para que o analista, na análise final, possa verificar se toda a documentação foi apresentada 
corretamente pelo convenente e se está em conformidade com o processo licitatório previsto na 
legislação vigente. Para isso, serão apresentados os itens que deverão ser analisados, destacando que 
as orientações demonstradas aqui não esgotam todos os elementos passíveis de análise.
Os convênios firmados a partir de 1º de abril de 2021, devem obedecer a Lei 14.133, publicada 
nessa data, que estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e abrange 
os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do 
Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função administrativa; os fundos especiais 
e as demais entidades controladas direta ou indiretamentepela Administração Pública.
3.3.7.1 Processo Licitatório
Com a finalidade de coibir o uso pessoal e indiscriminado da máquina administrativa, 
oportunizando a todos possibilidades iguais de contratação de serviços/obras com o poder público, 
foi estabelecido na Constituição Federal, no seu art. 37, inciso XXI, que a regra para a realização destes 
compromissos depende da observância da licitação, conforme abaixo transcrito:
32 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte:
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos 
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensável à garantia do cumprimento das obrigações (BRASIL, 1998).
No intuito de regulamentar o processo licitatório, foi publicada a Lei nº 8.666, de 21, de 
junho de 1993, que prevê, em seu art. 116, que as regras ali estabelecidas, embora sejam dirigidas aos 
contratos públicos, aplicar-se-ão, no que couber, aos convênios administrativos (BRASIL, 1993).
Assim, os convênios vigentes e em fase de prestação final de contas, quando firmados entre 
órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, obedecerão às normas previstas no art. 116 
da Lei nº 8.666/1993, devendo também obedecer aos princípios gerais da Administração Pública, em 
especial os de impessoalidade, igualdade dos particulares perante a Administração Pública e probidade 
administrativa, sem os quais o convênio não poderá ser realizado.
É de suma importância esclarecer que o papel do concedente no processo licitatório se limita 
a analisar a documentação produzida pelo convenente e não acompanhar os atos que são praticados 
durante a consecução desse processo.
O caput do art. 25 da Lei nº 8.666/93 prevê a inexigibilidade de licitação nos casos em que houver 
inviabilidade de competição, sendo nesse caso autorizada a contratação direta pela Administração 
Pública.
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em 
especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser 
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a 
preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de 
atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria 
a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação 
Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de 
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada 
a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou 
através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou 
pela opinião pública (BRASIL, 1993).
A IN nº 01/1997, em seu art. 28, inciso X, estabeleceu que os órgãos ou entidades que 
receberem recursos ficarão sujeitos a apresentar prestação de contas final do total dos recursos 
recebidos, que será constituído de relatório de cumprimento do objeto, acompanhada de cópia do 
despacho adjudicatório e homologação das licitações realizadas ou justificativa para sua dispensa ou 
inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal, quando o convenente pertencer à Administração 
Pública (BRASIL, 1997).
| 33ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
A Portaria Interministerial nº 127/2008, art. 49, §3º, bem como a Portaria Interministerial nº 
507/2011, art. 62, §3º, mantiveram as mesmas condições, incluindo que as informações referentes às 
dispensas e inexigibilidades, deverão ser registradas no SICONV, para fins de prestação de contas. 
Assim, é possível concluir que a conferência documental, até então observada e desenvolvida 
na normatização anterior, apresenta certa semelhança em relação ao instrumento denominado “aceite” 
pela Portaria Interministerial nº 424/2016, mesmo que realizado, até então, em momento distinto da 
execução convenial.
A inovação trazida pela Portaria Interministerial nº 424/2016 desencadeou questionamentos 
quanto à forma do “aceite” do processo licitatório por parte do concedente, mesmo que este não participe 
efetivamente do processo licitatório.
Quanto à questão, o legislador tentou não desamparar a árdua tarefa dos técnicos em relação 
às análises das documentações a serem apresentadas pelos convenentes, observando-se no artigo 6º, 
inciso II, alínea “d” da Portaria Interministerial nº 424/2016, que são competências e responsabilidades 
do concedente: 
d) verificação de realização do procedimento licitatório pelo convenente, atendo-se 
à documentação no que tange: à contemporaneidade do certame, aos preços do 
licitante vencedor e sua compatibilidade com os preços de referência, ao respectivo 
enquadramento do objeto ajustado com o efetivamente licitado e ao fornecimento 
pelo convenente de declaração expressa firmada por representante legal do órgão 
ou entidade convenente, ou registro no SICONV que a substitua, atestando o 
atendimento às disposições legais aplicáveis (BRASIL, 2016).
Desse modo, resta claro que o legislador, ao estabelecer o rol de forma taxativa, teve a 
intenção de não deixar qualquer margem de interpretação do que o concedente deveria apreciar no 
momento do “aceite” do processo licitatório. 
Fica evidenciado que o papel do analista de contas, ao analisar se aceita ou não o processo 
licitatório, se restringe, única e exclusivamente, a verificar se as informações ali constantes estão em 
consonância com os itens previstos no Plano de Trabalho, ou seja, simples conferência de conformidade 
ao que foi aprovado e ao que efetivamente foi licitado. 
Corroborando os argumentos apresentados, transcreve-se, para melhor assimilação, 
os termos da Diretriz nº 01, de 04 de abril de 2018, aprovada pela Comissão Gestora do SICONV, que 
estabelece:
(...)
2) O aceite do processo licitatório, a ser realizado pelo concedente ou mandatária 
da União, deverá levar em consideração o disposto na alínea “d”, inciso II, do 
art. 6º c/c com o inciso VII do art. 7º da PI nº 424, de 2016, ou seja, no aceite do 
processo licitatório, o concedente ou a mandatária da União, deverão observar a 
documentação no que tange:
a) à atualidade do certame;
b) aos preços do licitante vencedor e sua compatibilidade com os preços de referência;
c) ao respectivo enquadramento do objeto ajustado com o efetivamente licitado; e
d) à declaração expressa do convenente, firmada por seu representante legal, ou registro 
no SICONV que a substitua, atestando o atendimento às disposições legais aplicáveis.
34 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
3) A análise do concedente para fins de aceite do processo licitatório não se 
equipara à auditoria do processo licitatório e ficará restrita ao disposto na alínea 
“d” do inciso II do art. 6º da PI nº 424, de 2016, não cabendo responsabilização 
dos técnicos pela incidência de impropriedades, inconformidades ou 
ilegalidades praticadas pelos convenentes durante a execução do referido 
processo licitatório (grifo nosso).
4) De acordo com o disposto no inciso VII do art. 7º da PI nº 424, de 2016, é de inteira 
responsabilidade do convenente, realizar, sempre que optar pela execução indireta 
de obras e serviços, o processo licitatório nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, e 
demais normas pertinentes à matéria, assegurando a correção dos procedimentos 
legais, a suficiência do projeto básico, da planilha orçamentária discriminativado 
percentual de Encargos Sociais e de Bonificação e Despesas Indiretas - BDI utilizados, 
cada qual com o respectivo detalhamento de sua composição, por item de orçamento 
ou conjunto deles, além da disponibilização da contrapartida, quando for o caso. 
(BRASIL, 2018)
Contudo, deve-se ressaltar que, mesmo com todo o esforço empreendido pela Comissão 
Gestora da Plataforma +Brasil na elaboração da Diretriz, infere-se que não foi superada a questão da 
“contemporaneidade do certame, aos preços do licitante vencedor e sua compatibilidade com os preços 
de referência e enquadramento do objeto ajustado com o efetivo licitado”, suscitada pelos integrantes 
do Ministério da Saúde e registrada na Ata de Reunião Ordinária nº 02, publicada no dia 05 de abril 
de 2018, o que ocasionou a realização de debates no âmbito deste Fundo Nacional de Saúde sobre a 
questão, a fim de tentar suprimir essa lacuna e definir, da melhor forma, como deve ser analisado pelos 
técnicos para os quais este manual se destina.
Insta destacar que a forma mais fácil de definir a questão colocada em debate seria conceituar 
no artigo 1º, §1º, da própria Portaria Interministerial nº 424/2016, o que vem a ser a “contemporaneidade 
do certame, aos preços do licitante vencedor e sua compatibilidade com os preços de referência e 
enquadramento do objeto ajustado com o efetivo licitado” no entendimento do legislador, a fim de se 
evitar futuros questionamentos de órgãos de controle quanto a lisura dos trabalhos realizados pelos 
técnicos das SEMS e do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016).
Dessa forma, considerando a Diretriz nº 01/2018 - Aceite do Processo Licitatório pelo 
Concedente ou Mandatária -, este Fundo Nacional de Saúde interpreta o termo “aceite” como “estar de 
acordo” exclusivamente quanto ao item 2 da Diretriz, pois trata-se de mero ato administrativo e anterior 
ao processo licitatório, cujo procedimento é de execução exclusiva do convenente, e sem qualquer 
intervenção/atuação por parte do concedente. 
3.3.7.2 Contemporaneidade do Certame
Para entender o que vêm a ser contemporaneidade do certame licitatório é necessário 
compreender que a definição da palavra contemporaneidade, de acordo com o dicionário, significa 
característica ou condição daquilo que é contemporâneo, moderno ou atual; modernidade ou 
qualidade daquilo que existe ao mesmo tempo de (outra coisa ou outra pessoa), coexistência 
(CONTEMPORANEIDADE, 2018).
Diante dessa definição, podemos extrair da etimologia da palavra que contemporaneidade 
está atrelada à atualização, ou seja, algo que está acontecendo em um determinado espaço de tempo.
| 35ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Por meio dessas definições, conceituamos a contemporaneidade do certame licitatório, 
como sendo o “concurso entre entes com personalidade jurídica própria na busca de um determinado 
fim, cujos atos praticados devem ser realizados dentro dos prazos previstos na legislação vigente”.
Deste modo, devemos observar o disposto no art. 110, da Lei nº 8.666/1993, que estabelece a 
contagem dos prazos em procedimentos licitatórios, que se inicia a partir da última publicação realizada, 
desde que nessa data já esteja o ato convocatório disponível para consulta e/ou obtenção de cópia pelos 
interessados. Em hipótese contrária, a contagem será iniciada quando ocorrer essa disponibilização 
(BRASIL, 1993).
Em procedimento mais usual, todas as publicações obrigatórias são realizadas em uma 
única data. Neste caso, essa será, como regra geral, a data do início da contagem do prazo. Ainda, nos 
termos do art. 110, da Lei de Licitações, esse dia do início deverá ser excluído da contagem, desde que 
seja dia em que haja expediente no órgão ou entidade, ou seja, dia útil.
A finalidade do legislador ao estabelecer os prazos foi assegurar a publicidade da licitação, 
a fim de garantir a participação de amplo número de interessados, assegurando, assim, a obediência ao 
princípio da competitividade.
3.3.7.3 Preços do Licitante Vencedor e sua Compatibilidade com Preços e Referência
O Convenente, ao iniciar o processo licitatório, deve atentar que o Ministério da Saúde divulga 
a relação de equipamentos por meio da Relação Nacional de Equipamentos e Materiais Permanentes 
que são financiáveis (RENEM), instituída pela Portaria GM/MS nº 3.134/2013, de 17 de dezembro de 
2013, e disponível para pesquisa em: <www.fns.saude.gov.br/sigem>. Embora a referida portaria trate 
fundamentalmente da modalidade de repasses Fundo a Fundo, a RENEM é aplicável também às demais 
modalidades de repasses financeiros do Ministério da Saúde, tais como convênios e termos de execução 
descentralizada.
A SEMS deve analisar se o convenente, ao celebrar o certame licitatório, observou as 
características técnicas do item, em conformidade com os critérios técnicos e econômicos estabelecidos pelo 
Ministério da Saúde no Plano de Trabalho aprovado (Plataforma +BRASIL – Plano de Aplicação Detalhado).
O Ministério da Saúde disponibiliza itens com atas de registro de preço, vinculada à ação 
programática específica, dentro do prazo de vigência, com preço, marca, modelo e fornecedor já 
definidos, no intuito de desburocratizar os trâmites do certame.
Assim, uma vez aderido os itens que possuem atas de registros de preços, o convenente fica 
dispensado de realizar o processo licitatório, bastando que a entidade solicite ao Ministério da Saúde, 
via sistema de Gestão de Registro de Preços (GRP), a autorização de fornecimento para o equipamento/
material, que deverá ser apresentada para o fornecedor identificado como vencedor.
Após a emissão da autorização do Ministério da Saúde via GRP, a entidade deverá contatar 
o fornecedor indicado, solicitando o fornecimento do material nas condições aprovadas no Plano de 
Trabalho, ou seja, marca, modelo, preço e especificação técnica do item deverão ser idênticas aos 
descritos no Plano de Trabalho aprovado.
O Registro de Preços centralizado pelo Ministério da Saúde é um processo licitatório que 
tem por objetivo obter preços para aquisição em escala, elevada quantidade, de itens.
A empresa fornecedora vencedora do certame licitatório tem a prerrogativa de aceitar o pedido 
de fornecimento ou não, de acordo com o estabelecido nas cláusulas contratuais previstas em edital.
36 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
Não obstante, caso a entidade não opte pela especificação e preços de uma eventual ata 
de registro de preços, o convenente deverá realizar o processo licitatório em consonância aos itens 
aprovados no Plano de Trabalho, em cumprimento aos trâmites que a legislação determina. 
Para verificar o disposto na Portaria Interministerial nº 424/2016, quanto aos preços praticados 
pela empresa vencedora, em comparação ao preço de referência, relacionado, exclusivamente, ao objeto 
aquisição de equipamentos e materiais permanentes, deve-se seguir as orientações abaixo estabelecidas.
Após a compatibilização do objeto de convênio com a proposição do processo licitatório, deve-
se verificar se as Unidades de Saúde Beneficiadas cadastradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos 
de Saúde (CNES) são as mesmas aprovadas no Plano de Trabalho. Essa verificação é suficiente, pois a 
distribuição dos recursos por Programa Estratégico, bem como o tipo de Serviço, já foi analisada durante 
a fase de cadastramento de propostas, culminando no Plano de Trabalho aprovado.
Em seguida, o técnico responsável pela análise deverá compatibilizar a lista de equipamentos 
médicos e materiais permanentes disponível no processo licitatório da entidade e ofertado pela empresa 
vencedora com a lista de itens do Plano de Trabalho aprovado pelo Ministério da Saúde. Essa análise 
deverá se basear na nomenclatura (Plataforma +BRASIL– campo Descrição do item) e na especificação 
técnica (Plataforma +BRASIL – campo Observação, do item específico) e de cada item do Plano de 
Trabalho Aprovado, de modo que essas informações sejam compatíveis tecnicamente.
Após a etapa de verificação técnica da especificaçãoe nomenclatura, o técnico deverá 
compatibilizar o preço estabelecido no Plano de Trabalho Aprovado para cada item com o preço praticado 
pela empresa vencedora no processo licitatório.
Em caso de existência de divergência de qualquer informação acima citada (unidade 
beneficiada, nomenclatura, especificação técnica e preço), a entidade deverá ingressar com pedido de 
alteração de Plano de Trabalho para os devidos ajustes técnicos, salvo nos casos previstos no artigo 66, 
inciso II, da Portaria Interministerial nº 424/2016.
A validação das informações técnicas do processo licitatório é de responsabilidade da 
Comissão de Licitação, conforme disposto nas legislações vigentes. Ao Ministério da Saúde caberá 
a análise de conformidade das informações acima descritas, com emissão do aceite ou não, dos 
documentos apresentados para fins de prosseguimento do trâmite.
3.3.7.4 Enquadramento do Objeto Ajustado com o Efetivo Licitado
Ao verificar se as informações constantes estão em consonância com o objeto pactuado 
e em conformidade com os itens previstos no plano de trabalho, e caso, encontre inconsistências na 
especificação do item, é recomendado que seja feita diligência ao convenente para justificativa em 
relação a alteração do item, visando resguardo quanto a eventuais questionamentos do convenente na 
prestação de contas.
3.3.8 Aquisição de Equipamentos
O analista deve verificar se as especificações dos equipamentos adquiridos é a mesma do 
plano de trabalho aprovado/plano de aplicação detalhado.
A Portaria nº 3.134, de 17 de dezembro de 2013, dispõe sobre à aquisição de equipamentos 
e materiais permanentes no Sistema Único de Saúde (SUS), a qual também criou a Relação Nacional de 
Equipamentos e Materiais Permanentes financiáveis para o SUS (RENEM).
| 37ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
Art. 3º A RENEM é a relação de equipamentos e materiais permanentes considerados 
financiáveis pelo Ministério da Saúde por meio de propostas de projetos de órgãos 
e entidades públicas e privadas sem fins lucrativos vinculadas à rede assistencial do 
SUS.
§ 1º A RENEM contém as configurações e acessórios permitidos, os preços de referência 
e outras informações relacionadas aos equipamentos e materiais permanentes 
financiáveis e pode ser acessada no Portal da Saúde, por meio do sítio eletrônico 
www.fns.saude.gov.br/sigem.
§ 2º Os equipamentos e materiais da RENEM, bem como suas configurações 
permitidas, buscam proporcionar condições básicas para que os órgãos e entidades, 
públicas e privadas, vinculadas ao SUS possam realizar de forma segura e eficaz o 
atendimento à população (BRASIL, 2013).
Ainda, consoante a Portaria nº 3.134/2013:
Art. 7º As solicitações de financiamento de equipamentos e materiais permanentes 
serão cadastradas pelo ente federativo interessado no sítio eletrônico www.fns.
saude.gov.br em formato de propostas, que conterão:
I - a ação, política ou programa de governo de referência a qual os equipamentos e 
materiais permanentes serão destinados;
II - os equipamentos e materiais permanentes a serem financiados;
III - a justificativa de aquisição dos equipamentos e materiais permanentes;
IV - a identificação dos estabelecimentos e unidades de saúde a que se destinarão os 
equipamentos e materiais permanentes;
V - a especificação técnica com configurações e acessórios permitidos, conforme 
estabelecido na RENEM; e
VI - a quantidade e valor estimado dos equipamentos e materiais permanentes.
Art. 8º As propostas cadastradas serão priorizadas e enviadas para a análise de 
mérito e técnico-econômica pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013).
Apesar da portaria tratar de repasses de recurso na modalidade Fundo a Fundo, esclarece-
se que as instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que encaminharem proposta de aquisição 
de Equipamentos Médico-Hospitalares e/ou Materiais Permanentes por meio de convênios, devem 
observar a RENEM.
Além disso, o Sistema de Informação e Gerenciamento de Equipamentos e Materiais 
Permanentes Financiáveis para o SUS (SIGEM):
“[...] disponibiliza as informações das configurações permitidas e não permitidas, 
especificações e preços sugeridos pelo Ministério da Saúde e outras informações 
relacionadas aos itens da RENEM permitindo que as que as instituições públicas e 
privadas sem fins lucrativos se orientem para a elaboração de suas especificações 
técnicas e para a estruturação dos serviços” (BRASIL, 2013).
Quanto à verificação do Código de Natureza de Despesa pelo analista de contas, a Portaria 
nº 448, de 13 de setembro de 2002, divulga o detalhamento das naturezas de despesas para auxílio aos 
entes federativos para a apropriação contábil da despesa (BRASIL, 2002).
38 | MINISTÉRIO DA SAÚDE
Na Plataforma +BRASIL, na aba Documentação, é apresentada uma relação dos documentos 
que deverão ser analisados durante a Verificação In Loco, no entanto, muitos não são afeitos aos 
convênios de equipamentos, sendo pertinentes somente para convênios de obras. Da relação 
disponibilizada, somente as Notas Fiscais sempre deverão ser verificadas pelo acompanhamento do 
convênio de equipamentos.
A documentação referente a Licença das instalações radioativas emitida pela Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) deverá constar quando no Plano de Aplicação Detalhado contiver 
equipamentos como acelerador linear, equipamentos para braquiterapia. Os equipamentos de raio X 
fixo ou móvel e odontológico não necessitam desta autorização.
A Aprovação do Sistema de Tratamento de Água para Diálise deverá ser observada quando 
houver equipamentos para hemodiálise no Plano de Aplicação Detalhado do convênio.
É importante enfatizar que qualquer apontamento feito pelos técnicos durante a Verificação 
In Loco deverá ser atendido pelo convenente e verificado pelo analista de contas quando da prestação 
de contas final.
3.3.9 Doação
Durante a execução de um convênio é possível ocorrer a aquisição de bens que poderão 
ser incorporados ao patrimônio da Administração ou do convenente. Sendo assim, se integrados ao 
patrimônio público estarão sujeitos às regras do regime jurídico de direito público, portanto indisponíveis 
e impenhoráveis, enquanto afetados a uma destinação de interesse público (SOUZA, 2013).
Fica condicionada a doação dos bens pelo concedente mediante a aprovação da prestação 
de contas. 
3.3.10 Documentos de Liquidação 
O pagamento de uma despesa só pode ser realizado após a sua liquidação, isso significa 
que é preciso verificar o direito adquirido do credor, com documentos que comprovem seu crédito, para 
que o pagamento seja realizado. A Lei n° 4.320 de 17 de março de 1964, que estabelece normas gerais 
de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal estabelece o seguinte:
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua 
regular liquidação. 
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo 
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar: 
I - a origem e o objeto do que se deve pagar; 
II - a importância exata a pagar; 
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. 
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por 
base:
 I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
| 39ORIENTAÇÕES PARA ANÁLISE FINANCEIRA DE CONVÊNIOS
II - a nota de empenho; 
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço” 
(BRASIL, 1964).
Na aba Documento de Liquidação, na Plataforma +BRASIL, é possível verificar os documentos 
comprobatórios das despesas realizadas durante a vigência do convênio, inclusive exportar os dados. 
Para isso é preciso acessar:
Módulo: Execução Convenente > > Documentos de Liquidação
As Portarias nº 127/2008, 507/2011 e 424/2016 estabelecem que os documentos relacionados 
à

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