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TED - Curso Orzil

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TERMOS DE EXECUÇÃO 
DESCENTRALIZADA
Sumário
Esta exposição está dividida nas seguintes partes:
1. Introdução
1.1. Transferências voluntárias: conceito, evolução e tipos;
1.2. Convênio e Contrato de Repasse;
1.3. Termo de Parceria;
1.4. Termo de Colaboração e Termo de Fomento;
1.5. Termo de Cooperação; e
1.6. Termo de Execução Descentralizada.
2. Evolução Histórica
3. Legislação de regência
Sumário
4. Principais questões relacionadas aos TED
4.1. Finalidades do TED;
4.2. Protocolo de intenções;
4.3. Caracterização de interesses recíprocos;
4.4. Relação entre a proposta e o programa federal;
4.5. Problema a ser resolvido;
4.6. Público-Alvo;
4.7. Capacidade técnica e gerencial;
4.8. Declaração de contrapartida;
4.9. Plurianualidade;
Sumário
5. Formalização dos termos
5.1. Cláusulas necessárias;
5.2. Cláusula suspensiva;
5.3. Vigência e prorrogação;
5.4. Denúncia e rescisão;
5.5. Publicação;
6. Plano de trabalho
6.1. Observações preliminares;
6.2. Atribuições das unidades descentralizadora e
recebedora dos recursos;
Sumário
6.3. Descrição do objeto;
6.4. Apresentação das justificativas;
6.5. Definição dos resultados esperados e dos
cronogramas de execução do projeto e desembolso;
6.6. Previsão orçamentária e sua relação com o plano de
aplicação;
6.7. Declaração do proponente – gestão recebedora;
6.8. Aprovação da gestão descentralizadora;
7. Projeto básico e termo de referência;
7.1. Conceitos básicos;
7.2. Competência e responsabilidade das partes;
7.3. Destino dos bens remanescentes;
Sumário
8. Análise do projeto
8.1. Análise da proposta;
8.2. Análise do plano de trabalho;
8.3. Análise do termo de referência e do projeto básico;
9. Assinatura e publicação
9.1. Requisitos para celebração;
9.2. Dispensa de celebração;
10. Execução do TED
10.1. Liberação de recursos;
10.2. Fiscalização da execução do objeto;
10.3. Vedação para a execução;
Sumário
10.4. Contratação de terceiros;
11. Providências que podem ser adotadas para corrigir problemas
detectados durante a execução do TED;
11.1. Alterações no TED;
11.2. Prorrogação de ofício;
11.3. Celebração de termo aditivo;
12. Prestação de contas;
12.1. Conceitos básicos;
12.2. Relatório de gestão;
13. Estudo de casos
13.1. Fluxogramas – MTur e UFAL
13.2. Modelos – Mtur
13.3. TED celebrado pelo Ministério da Mulher e pela UFMG
INTRODUÇÃO
Primeira Parte 
1.1. Transferências Voluntárias
O art. 23 da Constituição Federal estabeleceu várias
competências comuns ou concorrentes para os entes
federados, as quais abarcam variadas áreas: saúde,
educação, assistência social, habitação, proteção ao
patrimônio histórico, artístico e cultural.
Para que os entes da Federação possam desempenhar suas
atribuições, deve haver uma repartição adequada das
receitas arrecadadas.
1.1. Transferências Voluntárias
Ocorre que a repartição das receitas, da forma como está
regulamentada atualmente, por si só, não garante a
consecução dos objetivos fixados pela Constituição.
Daí a necessidade de desenvolver instrumentos jurídicos
que permitam conjugar os esforços desses entes e
possibilitem a transferência de recursos para a consecução
dos objetivos previstos na Constituição Federal.
1.1. Transferências Voluntárias
Nesse contexto, ocorrem as transferências da União para os
demais entes da Federação, as quais podem ser
constitucionais, legais ou voluntárias.
As transferências constitucionais são parcelas de recursos
arrecadadas pelo Governo Federal e repassadas a estados e
municípios por força de mandamento constitucional.
Exemplos: FPE e FPM (art. 159, I, “a” e “b”, da CF e art. 34, §
2º, do ADCT) e CIDE (art. 177, § 4º, da CF).
1.1. Transferências Voluntárias
As transferências legais estão disciplinadas em normas
específicas, que especificam a forma de habilitação,
transferência, aplicação dos recursos e prestação de contas.
Exemplo: indenização pela exploração de petróleo
(royalties), regulamentada pela Lei 9.478/1997.
As transferências voluntárias destinam-se à consecução de
projetos e atividades de interesse comum da União e do
ente que recebe os recursos.
1.1. Transferências Voluntárias
Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se
por transferência voluntária a entrega de recursos
correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os
destinados ao Sistema Único de Saúde.
1.2. Convênio e Contrato de Repasse
Segundo o art. 1º, § 1º, da Portaria 424/2016:
- Contrato de repasse é o instrumento administrativo, de
interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos
recursos financeiros se processa por intermédio de
instituição ou agente financeiro público federal, que atua
como mandatário da União;
1.2. Convênio e Contrato de Repasse
Segundo o art. 1º, § 1º, da Portaria 424/2016:
- Convênio: é o instrumento que disciplina a transferência
de recursos financeiros de órgãos ou entidades da
Administração Pública Federal, direta ou indireta, para
órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual,
Distrital ou Municipal, direta ou indireta, consórcios
públicos, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos,
visando à execução de projeto ou atividade de interesse
recíproco, em regime de mútua cooperação;
1.2. Convênio e Contrato de Repasse
Segundo o art. 1º, § 1º, da Portaria 424/2016:
- Convênio de receita: ajuste em que órgãos e entidades
federais figuram como convenentes, recebendo recursos
para executar programas estaduais ou municipais, ou os
órgãos da administração direta, programas a cargo da
entidade da administração indireta, sob regime de
mútua cooperação, na forma do § 3º do art. 1º do
Decreto 6.170/2007.
1.2. Convênio e Contrato de Repasse
Art. 1, § 3º, do Decreto 6.170/2007:
“Excepcionalmente, os órgãos e entidades federais
poderão executar programas estaduais ou municipais, e os
órgãos da administração direta, programas a cargo de
entidade da administração indireta, sob regime de mútua
cooperação mediante convênio.”
1.3. Termo de Parceria
Em consonância com o art. 9º da Lei 9.790/1990, Termo de
Parceria é o instrumento passível de ser firmado entre o
Poder Público e as entidades qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público –
OSCIP destinado à formação de vínculo de cooperação
entre as partes, para o fomento e a execução das
atividades de interesse público previstas no art. 3ª da
referida Lei.
1.3. Termo de Parceria
Cabe salientar que podem se qualificar como Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas
de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido
constituídas e se encontrem em funcionamento regular há,
no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos
requisitos instituídos pela Lei 9.790/1999.
1.3. Termo de Parceria
Considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito
privado que não distribui, entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados ou
doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou
líquidos, dividendos, bonificações, participações ou
parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício
de suas atividades, e que os aplica integralmente na
consecução do respectivo objeto social.
1.3. Termo de Parceria
A qualificação instituída por esta Lei, observado em
qualquer caso o princípio da universalização dos serviços,
no respectivo âmbito de atuação das Organizações,
somente será conferida às pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham
pelo menos uma das seguintes finalidades:
I - promoção da assistência social;
II - promoção da cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se a
forma complementarde participação das organizações de
que trata esta Lei;
1.3. Termo de Parceria
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma
complementar de participação das organizações;
V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e
combate à pobreza;
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos
sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção,
comércio, emprego e crédito;
1.3. Termo de Parceria
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de
novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse
suplementar;
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos
humanos, da democracia e de outros valores universais;
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias
alternativas, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às
atividades mencionadas neste artigo.
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a
disponibilização e a implementação de tecnologias
voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de
transporte.
1.4. Termo de Colaboração e Termo de 
Fomento
O art. 1º da Lei 13.019/2014 apresenta as seguintes
definições:
Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são
formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela administração pública que envolvam a
transferência de recursos financeiros.
1.4. Termo de Colaboração e Termo de 
Fomento
O art. 1º da Lei 13.019/2014 apresenta as seguintes
definições:
Termo de fomento: instrumento por meio do qual são
formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pelas organizações da sociedade civil, que
envolvam a transferência de recursos financeiros.
1.4. Termo de Colaboração e Termo de 
Fomento
São consideradas organizações da sociedade civil:
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua
entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados,
sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos,
dividendos, isenções de qualquer natureza, participações
ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o
exercício de suas atividades, e que os aplique
integralmente na consecução do respectivo objeto social,
de forma imediata ou por meio da constituição de fundo
patrimonial ou fundo de reserva;
1.4. Termo de Colaboração e Termo de 
Fomento
São consideradas organizações da sociedade civil:
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei 9.867/1999;
as integradas por pessoas em situação de risco ou
vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por
programas e ações de combate à pobreza e de geração de
trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e
capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de
agentes de assistência técnica e extensão rural; e as
capacitadas para execução de atividades ou de projetos de
interesse público e de cunho social;
1.4. Termo de Colaboração e Termo de 
Fomento
São consideradas organizações da sociedade civil:
c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades
ou a projetos de interesse público e de cunho social
distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos.
1.5. Termo de Cooperação
O Termo de Cooperação foi definido na Portaria
Interministerial MP/MF/CGU 507, de 24/11/ 2011, como
sendo o “instrumento por meio do qual é ajustada a
transferência de crédito de órgão ou entidade da
Administração Pública Federal para outro órgão federal da
mesma natureza ou autarquia, fundação pública ou
empresa estatal dependente”.
A partir de janeiro de 2014, foi substituído pelo Termo de
Execução Descentralizada, instituído pelo Decreto 8.180,
de 30/12/2013.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
O Termo de Execução Descentralizada, que é utilizado
desde janeiro de 2014, foi definido pelo art. 1º, § 1º, III, do
Decreto 10.426/2020 como sendo:
“instrumento por meio do qual a descentralização de
créditos entre órgãos e entidades integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União é
ajustada, com vistas à execução de programas, de projetos
e de atividades, nos termos estabelecidos no plano de
trabalho e observada a classificação funcional
programática”.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Destaco que se trata de descentralizar créditos entre
órgãos e entidades da administração pública federal
integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
da União, por meio da celebração do TED, com vistas à
execução de ações de interesse recíproco ou de interesse
da unidade descentralizadora.
Essa descentralização configura delegação de
competência para a unidade descentralizada promover a
execução de programas, projetos ou atividades previstos
no orçamento da unidade descentralizadora.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
O Decreto 10.426/2020 trouxe as seguintes definições:
I - ressarcimento de despesa - descentralização de crédito
para reembolso por despesa realizada anteriormente pela
unidade descentralizada;
II - relatório de cumprimento do objeto - documento
apresentado pela unidade descentralizada para comprovar
a execução do objeto pactuado e a aplicação dos créditos
orçamentários descentralizados e dos recursos financeiros
repassados; e
1.6. Termo de Execução Descentralizada
III - custos indiretos - custos operacionais necessários à
consecução do objeto do TED, tais como:
a) aluguéis;
b) manutenção e limpeza de imóveis;
c) fornecimento de energia elétrica e de água;
d) serviços de comunicação de dados e de telefonia;
e) taxa de administração; e
f) consultoria técnica, contábil e jurídica.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Outros conceitos relevantes:
a) unidade descentralizadora - órgão da administração
pública federal direta, autarquia, fundação pública ou
empresa estatal dependente detentora e descentralizadora
da dotação orçamentária e dos recursos financeiros.
Esclareço que, no dia 24/4/2019, o TCU, com fulcro no
disposto no art. 2º, III, da Lei de Responsabilidade Fiscal,
firmou o entendimento de que empresa estatal
dependente é a empresa controlada que recebe do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de
aumento de participação acionária.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
b) unidade descentralizada - órgão da administração
pública federal direta, autarquia, fundação pública ou
empresa estatal dependente recebedora da dotação
orçamentária e recursos financeiros.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Descentralização de créditos orçamentários: transferência
de uma unidade orçamentária ou administrativa para
outra do poder de utilizar créditos orçamentários ou
adicionais que estejam sob a sua supervisão ou lhe tenham
sido dotados ou transferidos.
São operações descentralizadoras de crédito:
a) destaque: operação descentralizadora de crédito
orçamentário em que um Ministério ou Órgão transfere
para outro Ministério ou Órgão o poder de utilização dos
recursos que lhe foram dotados. Deve ser respeitada
fielmente a classificação funcional e por programas. É
considerada uma descentralização externa;
1.6. Termo de Execução Descentralizada
b) provisão: operação descentralizadora de crédito
orçamentário, realizada entre Unidades Gestoras de um
mesmo Órgão ou Entidade integrantes do Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social, respeitada, fielmente, a
classificação funcional e por programas. É uma
descentralização interna de créditos.
1.6. Termo de ExecuçãoDescentralizada
Crédito orçamentário: autorização constante da Lei
Orçamentária para a realização de despesas. Possui um
limite de recursos financeiros cuja utilização está
autorizada (dotação orçamentária).
Dotação orçamentária é toda e qualquer verba prevista
como despesa em orçamentos públicos e destinada a fins
específicos. Qualquer tipo de pagamento que não tenha
dotação específica só pode ser realizado se for criada uma
nova dotação para cobrir essa despesa.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Consoante exposto no Parecer 593/2015 CONJUR-
MDA/CGU/AGU:
“No âmbito da execução orçamentária, a descentralização
de créditos é um dos instrumentos de realização do
orçamento-programa e concretização do modelo gerencial
de administração pública, pois, o que se busca são os
resultados inerentes ao programa que o ente público se
comprometeu a atingir.”
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Consoante exposto no citado Parecer 593/2015 CONJUR-
MDA/CGU/AGU:
“Com efeito, é comum se constatar que o órgão ou
entidade para o qual se encontra alocada determinada
dotação orçamentária ou não tem como executar sozinho
aquela ação de governo considerando a abrangência da
mesma ou, se vier a executá-la, o fará com menos eficiência
que juntamente com outro, posto que desprovido da
estrutura e recursos humanos ou tecnológicos necessários
à melhor execução.”
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Ainda segundo o Parecer 593/2015 CONJUR-
MDA/CGU/AGU:
“Ou seja, algumas execuções de ações programadas,
aparentemente, seriam mais eficazes se descentralizadas a
outros órgãos ou entidades, ficando ao ente detentor
originário do crédito a tarefa de gerenciar os resultados. A
descentralização de crédito transfere a execução da
despesa pública, de modo que as relações jurídicas
advindas dessa execução, passam a ser da unidade ou
entidade descentralizada.”
1.6. Termo de Execução Descentralizada
O art. 7º da Lei 13.898/2019 (LDO 2020) dispõe que:
“Art. 7º Todo e qualquer crédito orçamentário deve ser
consignado diretamente à unidade orçamentária à qual
pertencem as ações correspondentes, vedando-se a
consignação de crédito a título de transferência a outras
unidades orçamentárias integrantes dos Orçamentos Fiscal
e da Seguridade Social.
§ 1º Não caracteriza infringência ao disposto no caput,
bem como à vedação contida no inciso VI do caput do art.
167 da Constituição Federal, a descentralização de créditos
orçamentários para execução de ações pertencentes à
unidade orçamentária descentralizadora.”
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Cabe esclarecer que o art. 167, VI, da Constituição Federal
veda a transposição, o remanejamento ou a transferência
de recursos de uma categoria de programação para outra
ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Observações:
a) o destaque orçamentário viabilizado por meio de termo
de execução descentralizada é um ato de gestão de
execução orçamentária. Apesar de não possuir natureza
contratual, ele gera consequências na esfera jurídica;
b) o termo de execução descentralizada é o único
instrumento jurídico hábil para a formalização da
descentralização externa de créditos orçamentários;
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Observações:
c) nesse mesmo sentido, por exemplo, o art. 1º da Portaria
1.529/2014 do Ministério da Educação, dispõe que a
descentralização de créditos orçamentários efetuados no
âmbito do Ministério da Educação, para execução de ações
de seu interesse, depende da celebração prévia de Termo
de Execução Descentralizada, bem como à análise e à
aprovação de Projeto Básico, Termo de Referência ou
outros documentos que fundamentem a descentralização
pela unidade gestora da política;
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Observações:
d) em decorrência de sua natureza e das obrigações que
dele irão advir para as entidades e/ou órgãos envolvidos, o
termo deve necessariamente ser submetido à prévia
análise do respectivo órgão de assessoramento jurídico.
Consoante estabelecido no art. 12 do decreto
regulamentador, essa análise será dispensada se forem
utilizados a minuta padrão do TED e os modelos de plano
de trabalho e de relatório de cumprimento do objeto, que
foram disponibilizados pelo Ministério da Economia, no dia
1º/9/2020.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
A Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério
da Economia (SEGES/SEDGG/ME) disponibilizou os
modelos padronizados dos seguintes documentos,
aprovados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional-
PGFN e pela sessão realizada em 27.08.2020 da Câmara
Nacional de Convênios e Instrumentos Congêneres-CNCIC
da Consultoria-Geral da União:
1.6. Termo de Execução Descentralizada
I – Termo de Execução Descentralizada;
II – Plano de Trabalho;
III – Declaração de Compatibilidade de Custos;
IV – Declaração de Capacidade Técnica da Unidade
Descentralizada;
V – Relatório de Cumprimento do Objeto; e
VI – Check-list para celebração do TED.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Novas análises jurídicas somente serão necessárias em
caso de dúvidas específicas. Assim sendo, recomendo que
a área técnica avalie a existência dessas características
peculiares à luz do caso concreto em exame; e
e) desde que as dotações descentralizadas sejam
empregadas obrigatoriamente e de forma integral na
consecução do objeto previsto pelo programa de trabalho
pertinente, respeitando-se fielmente a classificação
funcional programática, não existe óbice a que o recurso
descentralizado seja decorrente de emendas
parlamentares.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
O Decreto 10.426/2020 estabeleceu que a unidade
descentralizada deve apresentar a declaração de
compatibilidade de custos. Aduzo que a descentralizadora
deve analisar a adequação de custos.
Nesse sentido, destaco que o TCU já decidiu que o valor a
ser repassado por meio de descentralização de créditos
orçamentários deve ser estabelecido com fulcro em análise
de custos, de maneira que o montante envolvido na
operação seja compatível com o seu objeto.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Não é permitido o repasse de créditos insuficientes para a
a conclusão do objeto nem o excesso que permita uma
execução por preços acima dos vigentes no mercado, de
forma análoga ao que prevê o art. 35, § 1º, da Lei
10.180/2001, ao dispor sobre a celebração de
compromissos que envolvam transferências de recursos
financeiros entre órgãos e entidades integrantes da
Administração Pública.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
No Acórdão 149/2019 – 1ª Câmara, o TCU afirmou que a
ausência de análise detalhada do custo dos itens previstos
no Plano de Trabalho, realizada visando validar o valor do
objeto da descentralização e evitar a descentralização de
valores excessivos ou insuficientes, afronta o disposto no
art. 116, IV, da Lei 8.666/1993 e o princípio do
planejamento disposto no art. 6º, I, do Decreto-Lei
200/1967.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
No art. 16 do Decreto 10.426/2020, foi estabelecido que a
execução de programas, projetos e atividades será
realizada nos termos estabelecidos no TED, observado o
plano de trabalho e a classificação funcional programática.
Caso seja expressamente previsto no TED, poderá haver
subdescentralização entre a unidade descentralizada e
outro órgão ou entidade da administração pública federal,
hipótese em que a unidade responsável pela execução
observará as regras estabelecidas no TED.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Conceitos úteis:
- atividade: conjunto de operações que se realizam de
modo contínuo ou permanente e concorrem para a
manutenção da ação do governo, das quais resulta um
produto ou serviço;
- projeto: conjunto de operações, limitadas no tempo, das
quais resulta um produto;
1.6. Termo de Execução Descentralizada
- ação: operação da qualresultam produtos (bens ou
serviços) que contribuem para alcançar o objetivo de um
programa. Incluem-se também no conceito de ação as
transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes
da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de
subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre
outros, e os financiamentos.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Na subdescentralização, a delegação de competência fica
estendida às unidades responsáveis pela execução final
dos créditos orçamentários descentralizados.
A forma de execução dos créditos orçamentários
descentralizados será expressamente prevista no TED e
observará as características da ação orçamentária
constantes do cadastro de ações, disponível no Sistema
Integrado de Planejamento e Orçamento - Siop, e poderá
ser:
I - direta, por meio da utilização da força de trabalho da
unidade descentralizada;
1.6. Termo de Execução Descentralizada
II - por meio da contratação de particulares, observadas as
normas para licitações e contratos da administração
pública; ou
III - descentralizada, por meio da celebração de convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres, com
entes federativos, entidades privadas sem fins lucrativos,
organismos internacionais ou fundações de apoio regidas
pela Lei 8.958/1994. Nessa hipótese, será observada a
legislação aplicável a cada tipo de ajuste.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
A contratação de particulares e a execução
descentralizada não descaracterizam a capacidade técnica
da unidade descentralizada e não afasta a necessidade de
observação dos atos normativos que tratam dos
respectivos instrumentos jurídicos de contratação ou de
execução descentralizada.
A unidade descentralizada poderá celebrar convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres com
entes federativos, entidades privadas sem fins lucrativos,
organismos internacionais ou fundações de apoio regidas
pela Lei 8.958/1994, observada a legislação aplicável.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
No acórdão 1.945/2018 – Plenário, relativo à auditoria
realizada no Programa Universidade Aberta, o TCU
admitiu três modalidades de execução:
- Execução direta: a Instituição Pública de Ensino Superior -
IPES federal realiza as despesas de custeio e de capital dos
cursos ativos, ficando responsável por toda a contratação
de terceiros (pessoas físicas e jurídicas);
1.6. Termo de Execução Descentralizada
- Execução indireta: a IPES repassa a gestão administrativa
e financeira do curso para a Fundação de Apoio (FAP)
mediante a subscrição de contrato/convênio. Por sua vez,
a FAP fica incumbida de realizar todas as despesas de
custeio e de capital correlatas e contratações de terceiros
(pessoas físicas e jurídicas). É regida pela IN 5/2017 do
MPOG; e
- Execução direta e indireta. A IPES realiza e contrata
diretamente uma parcela dos gastos de custeio e de
capital. Concomitantemente, delega outra parte à FAP.
1.6. Termo de Execução Descentralizada
Cabe salientar que as empresas públicas, inclusive as
dependentes, e as sociedades de economia mista da União,
que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda
que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de
monopólio da União ou seja de prestação de serviços
públicos, estão sujeitas às normas relativas a licitações e
contratos introduzidas pela Lei 13.303/2016 (Lei das
Estatais).
1.6. Termo de Execução Descentralizada
É possível a celebração de termo de execução
descentralizada quando se tratar de ajuste entre órgãos da
Administração Direta e entidades públicas legalmente
incumbidas do desempenho de atividades voltadas para a
própria Administração Pública Federal ou entre órgãos da
Administração Direta e entidades da Administração
Indireta.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Segunda Parte 
2. Evolução histórica
O Decreto 825/1993, que estabeleceu normas para a
programação e execução orçamentária e financeira, já
previa a possibilidade de descentralização de créditos
como forma legítima de viabilizar a consecução de
objetivos previstos na lei orçamentária, desde que as
dotações fossem rigorosamente empregadas na execução
do programa de trabalho pertinente, respeitada fielmente
a classificação funcional programática.
2. Evolução histórica
“Art. 2° A execução orçamentária poderá processar-se
mediante a descentralização de créditos entre unidades
gestoras de um mesmo órgão/ministério ou entidade
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social,
designando-se este procedimento de descentralização
interna.
Parágrafo único. A descentralização entre unidades
gestoras de órgão/ministério ou entidade de estruturas
diferentes, designar-se-á descentralização externa.
Art. 3° As dotações descentralizadas serão empregadas
obrigatória e integralmente na consecução do objeto
previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitada
fielmente a classificação funcional programática.”
2. Evolução histórica
O referido decreto previa ainda, originariamente, que a
transferência de crédito se daria mediante a celebração de
convênio entre as entidades/unidades envolvidas:
“Art. 5º A descentralização de crédito de um
órgão/ministério para entidades da administração indireta
ou entre estas dependerá de celebração de convênio ou
termo similar, disciplinando a consecução do objeto
colimado e as relações e obrigações das partes.”
2. Evolução histórica
Posteriormente, o Decreto 6.619/2008 estabeleceu o
Termo de Cooperação como o instrumento adequado para
ajustar-se a transferência de crédito orçamentário. Por via
de consequência, revogou a exigência de convênio
prevista no art. 5º do Decreto 825/1993.
Em seguida, o art. 6, III, da Portaria Interministerial
MP/MF/CGU 127/2008 proibiu expressamente a
celebração de convênios entre órgãos e entidades da
administração pública federal. Adicionalmente,
determinou que, nessa hipótese, fosse formalizado um
termo de cooperação.
2. Evolução histórica
Pouco depois, o art. 89, parágrafo único, da
Portaria Interministerial 507/2008 remeteu à
regulamentação conjunta dos Ministros de Estado
da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
Gestão e da Controladoria- Geral da União os
procedimentos para a formalização do Termo de
Cooperação, inclusive mediante a aprovação de
minuta-padrão.
2. Evolução histórica
Os Secretários-Executivos do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, da Fazenda e da Controladoria Geral
da União publicaram a Portaria Conjunta 8, de 7/11/2012,
mediante a qual foi aprovada a minuta-padrão de Termo
de Cooperação para Descentralização de Crédito, com
vistas a orientar os órgãos e as entidades envolvidos na
celebração desse instrumento e na realização de
descentralização de créditos
Vale destacar que o TCU considera que, guardadas as
devidas cautelas, a utilização da minuta-padrão aprovada
atende ao princípio da legalidade, dispensando nova
apreciação jurídica.
2. Evolução histórica
Nesse sentido, a AGU, em seu Parecer 550/2017
Conjur-MinC, esclareceu que:
“Desde a edição da Portaria Conjunta 8/2012,
considera-se não ser necessária a análise jurídica dos
instrumentos de descentralização orçamentária e
respectivos termos aditivos (salvo se houver dúvida
jurídica específica), bastando que o Órgão Gestor
adote o modelo padronizado e simplificado de Termo
de Execução Descentralizada para realizar a
descentralização de créditos.”
2. Evolução histórica
Acrescento que a descentralização de crédito é
assunto de natureza estritamente orçamentária. Assim
sendo, o TED não ostenta uma natureza contratual e
pretende conferir dinamismo ao funcionamento e à
organização da administração federal.
Dito de outra forma, busca tornar mais eficiente a
execução orçamentária, permitindo que outro ente,
diverso daquele a quem inicialmente foram alocados
os recursos, execute despesas para cumprir ações de
interesse da unidade orçamentáriadescentralizadora.
2. Evolução histórica
Em seguida, o art. 1º, § 1º, III, do Decreto 6.170/2007, com
a redação conferida pelo Decreto 8.180/2013, introduziu o
TED em substituição ao Termo de Cooperação. Da leitura
do dispositivo acima citado, verifica-se que não houve
alteração da natureza jurídica do instrumento em análise,
mas apenas um aprimoramento da linguagem técnica.
Por fim, o Decreto 10.426/2020 dispôs sobre a
descentralização de créditos entre órgãos e entidades da
administração pública federal integrantes dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social da União, por meio da
celebração de termo de execução descentralizada.
LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA
Terceira Parte 
3. Legislação de Regência
- Decreto 825, de 28/5/1993: Estabelece normas para a
programação e execução orçamentária e financeira dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, aprova
quadro de cotas trimestrais de despesa para o Poder
Executivo e dá outras providências;
- Lei Complementar 101/2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF): Estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá
outras providências;
3. Legislação de Regência
- Lei 10.180/2001: Organiza e disciplina os Sistemas de
Planejamento e de Orçamento Federal, de
Administração Financeira Federal, de Contabilidade
Federal e de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, e dá outras providências;
- Lei 4.320/1964: estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos
e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal;
3. Legislação de Regência
- Lei 8.666/1993: regulamenta o art. 37, XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras
providências;
- Decreto 6.170/2007: dispõe sobre as normas relativas
às transferências de recursos da União mediante
convênios e contratos de repasse e dá outras
providências;
- Decreto 8.943/2016: altera o Decreto 6.170/2007.
3. Legislação de Regência
- Portaria Conjunta MP/MF/CGU 8, de 7/11/2012:
Aprova a minuta-padrão de Termo de Cooperação para
Descentralização de Crédito a fim de orientar os órgãos
e entidades envolvidos na celebração deste
instrumento e na realização de descentralização de
créditos;
- Decreto 8.180/2013: altera o Decreto 6.170/2007;
3. Legislação de Regência
- Diretriz 2/2014 da Comissão Gestora do Sistema de
Gestão de Convênios e Contratos de Repasse –
SICONV: estabelece que a descentralização de créditos
entre integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social da União não configura a transferência de
responsabilidade pela execução da ação orçamentária
objeto da avença, atribuindo à unidade
descentralizadora o acompanhamento e fiscalização da
consecução dos objetivos pretendidos pelo TED e à
unidade descentralizada a execução dos recursos
repassados, bem como os respectivos
acompanhamento e fiscalização.
3. Legislação de Regência
- Decreto 10.426/2020.
PRINCIPAIS QUESTÕES 
RELACIONADAS AOS TED
Quarta Parte 
4.1. Finalidades do TED
O art. 3º do Decreto 10.426/2020 explicita as finalidades
do TED, verbis:
I - execução de programas, de projetos e de atividades de
interesse recíproco, em regime de colaboração mútua;
II - execução de atividades específicas pela unidade
descentralizada em benefício da unidade
descentralizadora; ou
III - ressarcimento de despesas.
Nas duas primeiras hipóteses, haverá a celebração de TED.
Na terceira, serão emitidas nota de movimentação de
crédito e nota de programação financeira, que serão
registradas no SIAFI.
4.1. Finalidades do TED
Entendimentos do TCU:
No caso do ressarcimento de despesas, deverão ser
anexados ao processo documentos que comprovem a
efetiva realização dos gastos que serão reembolsados, tais
como, atesto da despesa, ordem de serviço ou fatura.
É possível ressarcir despesas de custeio, desde que seja
demonstrada a conveniência para a unidade
descentralizadora de a contratação ser realizada por outra
unidade.
O ressarcimento de despesas deverá ser excepcional,
devidamente fundamentado e instruído.
4.1. Finalidades do TED
A título de exemplo, cito que o TCU e o Senado Federal
celebraram um TED visando ao ressarcimento das despesas
condominiais, de manutenção e de conservação de um
imóvel funcional do TCU que está cedido ao Senado.
Na exposição de motivos, foi demonstrada a conveniência
da realização desses pagamentos pelo TCU que administra
o referido prédio.
4.2. Protocolo de Intenções
É um instrumento utilizado para viabilizar a execução
descentralizada de programas e ações federais, devendo o
objeto conter a descrição pormenorizada e objetiva de
todas as atividades a serem realizadas com os recursos
federais.
A celebração do protocolo de intenções não permite a
realização de qualquer atividade, serve apenas para firmar
a intenção de fazer algo. Para que alguma atividade seja
efetivamente executada, será necessário celebrar um
acordo específico, no âmbito do qual será aprovado o
respectivo Plano de Trabalho.
4.2. Protocolo de Intenções
Por meio do documento assinado, as instituições
envolvidas fixam as regras para a futura parceria, no caso
específico, um Termo de Execução Descentralizada, bem
como a responsabilidade de cada parceiro.
O estabelecimento da vigência do protocolo de intenções
fica a cargo da autoridade competente, com base em
critérios de conveniência e oportunidade.
4.2. Protocolo de Intenções
O protocolo de intenções conterá, entre outras, as
seguintes cláusulas:
I – descrição detalhada do objeto, indicando os
programas por ele abrangidos;
II – indicação dos partícipes;
III – montante dos recursos que serão repassados;
IV – definição das responsabilidades dos
partícipes, inclusive quanto ao acompanhamento
e fiscalização; e
V – a duração do ajuste.
4.3. Caracterização de interesses recíprocos
O art. 1º do Decreto 10.426/2020 previu que o TED poderá
ser celebrado havendo ou não interesses recíprocos.
Afinal, o que importa, em última análise, é a tempestiva e
eficiente execução das ações orçamentárias que estão a
cargo da descentralizadora.
4.4. Relação entre a proposta e o programa 
federal
Previamente à assinatura do TED, deve ser realizada uma
análise técnica consistente, que demonstre a
compatibilidade do objeto com a missão institucional dos
órgãos ou entidades envolvidos, bem como seu
enquadramento no respectivo programa e ação
orçamentários dos quais decorrem os recursos que serão
descentralizados.
4.4. Relação entre a proposta e o programa 
federal
A referida análise técnica deverá contemplar:
a) a aderência da ação proposta à missão institucional dos
partícipes;
b) o mérito administrativo (oportunidade e conveniência)
da celebração do instrumento proposto;
c) a viabilidade técnica da execução, em especial no que
concerne ao atingimento dos objetivos e das metas nos
prazos propostos;
4.4. Relação entre a proposta e o programa 
federal
A referida análise técnica deverá contemplar:
d) a adequação dos recursos envolvidos aos objetivos a
serem alcançados;
e) o enquadramento do respectivo programa e ação
orçamentários dos quais decorrem os recursos que serão
descentralizados; e
f) a descrição da capacidade técnica do órgão ou entidade
federal recebedora do recurso para a execução direta do
objeto, ressalvadas as atividades que podem ser conferidas
a terceiros desde que sejam observadas, no momento da
contratação, as normas legais aplicáveis (Leis 8.666/1993
ou Lei 13.303/2016, por exemplo).
4.5. Problema a ser resolvido
O problema a ser resolvido deve ser perfeitamente
caracterizado, de forma a embasar a tomada de
decisão sobre as seguintes questões
fundamentais:
a) opção pela execução direta, pelo TED ou por
uma contratação pública tradicional;
b) estimativa dos custos envolvidos, o que é
essencial para definir o valor a ser transferido; e
c) a escolha da unidade descentralizada.4.6. Público-Alvo
O público-alvo é o conjunto de pessoas que serão
beneficiadas pelas atividades executadas de forma
descentralizada.
Sua definição é vital para possibilitar a análise dos
resultados obtidos pelo TED, a qual deverá ser realizada
pela unidade descentralizadora.
4.7. Capacidade técnica e gerencial
Um dos requisitos críticos de um TED é a descentralização
de créditos para uma unidade que detenha capacidade
técnica e gerencial adequada para executar de forma
eficiente e eficaz a atividade que lhe foi conferida.
Em conformidade com o disposto no art. 3º do Decreto,
quando se tratar da execução de atividades específicas
pela unidade descentralizada em benefício da unidade
descentralizadora, essa última poderá realizar um
chamamento público.
4.7. Capacidade técnica e gerencial
Por meio do chamamento público, será possível ampliar a
competitividade e buscar melhores preços.
Contudo, de forma motivada, poderá ser feito convite para
determinado órgão/entidade, caso este possua
competência e expertise para realizar aquela atividade
específica ou apresente interesse recíproco em executar
programas, projetos e atividades, por exemplo.
De qualquer forma, a opção deverá ser motivada.
4.7. Capacidade técnica e gerencial
O objeto do TED deve constar na execução das atividades
finalísticas do órgão recebedor. Por esse motivo, a unidade
descentralizadora deve avaliar previamente se a entidade
a ser beneficiada tem, nas suas atribuições estatuárias ou
regimentais, compatibilidade com o objeto pretendido, em
observância aos princípios constitucionais da legalidade e
da eficiência.
Além disso, deve-se analisar a capacidade técnica do órgão
recebedor, verificando se ele terá condições de executar
adequadamente a ação governamental a ser
descentralizada.
4.8. Declaração de contrapartida
A contrapartida não é obrigatória no caso dos TEDs. Assim
sendo, é rara sua existência.
Quando houver, a contrapartida deverá ser utilizada
exclusivamente na consecução do objeto do TED.
Se for o caso, a unidade descentralizada deve declarar
formalmente que dispõe dos recursos necessários para
aportar a contrapartida.
Deve declarar ainda que, na hipótese de eventual
necessidade de um aporte adicional de recursos, ela se
compromete a integralizar tais recursos durante a vigência
do TED.
4.9. Plurianualidade
Quanto o período de vigência do TED ultrapassar um
exercício financeiro, o respectivo instrumento deverá
indicar o crédito e o empenho para atender à despesa no
exercício em curso (aquele no qual foi celebrado o
mencionado instrumento).
Também deverão ser registradas contabilmente as
despesas que serão executadas nos exercícios
subsequentes.
A unidade descentralizadora ficará obrigada a incluir em
suas propostas orçamentárias dos exercícios seguintes a
dotação necessária à execução do instrumento.
4.9. Plurianualidade
Note-se que a liberação desses valores dependerá da
celebração de termos aditivos, os quais indicarão os
créditos e empenhos respectivos.
No caso dos TED cuja vigência ultrapasse o exercício fiscal,
deve-se atentar para o estabelecimento de um cronograma
detalhado que permita aferir o atingimento das metas
relativas a cada exercício (metas parciais).
Isso é importante também porque a unidade transferidora
deverá inserir no seu relatório de gestão, a ser
encaminhado ao TCU, a avaliação do cumprimento dessas
metas anuais.
4.9. Plurianualidade
Por fim, friso que a execução orçamentária e financeira dos
créditos descentralizados deverá observar estritamente
o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA),
além dos demais normativos que regulamentam a matéria.
FORMALIZAÇÃO DOS TERMOS
Quinta Parte 
5.1. Cláusulas necessárias
Em conformidade com o disposto no art. 9º do Decreto,
são cláusulas necessárias as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos, em
consonância com o plano de trabalho aprovado e
assinado, que integrará o termo celebrado;
II - as obrigações dos partícipes;
III - a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para
a consecução do objeto e em função das metas
estabelecidas;
IV - os valores e a classificação funcional programática;
5.1. Cláusulas necessárias
V - a destinação e a titularidade, quando for o caso, dos
bens adquiridos, produzidos ou construídos em
decorrência da descentralização de créditos e dos bens
remanescentes quando da conclusão ou extinção do
ajuste, observada a legislação pertinente; e
VI - as hipóteses de denúncia e rescisão.
Outras obrigações decorrentes de especificidades do
programa ou da ação orçamentária ou de atos normativos
da unidade descentralizadora constarão como cláusulas
específicas do TED.
5.1. Cláusulas necessárias
O TED e eventuais termos aditivos serão assinados pelos
partícipes, representados pelo Ministro de Estado ou pelo
dirigente máximo da entidade da administração pública
federal.
Poderá haver delegação de competência para firmar o
TED.
5.2. Cláusula suspensiva
Cláusula suspensiva é aquela que condiciona a eficácia do
instrumento e a liberação de recursos ao implemento da
condição suspensiva.
Na vigência da Portaria Interministerial 507/2011
MPOG/MF/CGU, o uso de cláusula suspensiva poderia
ocorrer desde que houvesse a devida justificativa pela área
técnica responsável, de acordo com o estabelecido no §§
2º e 6º do art. 37 e § 6º do art. 39 dessa Portaria.
Atualmente, essa cláusula pode ser utilizada quando
houver a necessidade de aprovação de alguma proposta
formulada pela unidade descentralizada.
5.3. Vigência e prorrogação
Conforme estabelecido no art. 10 do Decreto, o prazo de
vigência do TED não será superior a sessenta meses,
incluídas eventuais prorrogações.
Excepcionalmente, a vigência do TED poderá ser
prorrogada por até doze meses, mediante justificativa da
unidade descentralizada e aceite pela unidade
descentralizadora, nas hipóteses em que:
I - tenha ocorrido atraso na liberação dos recursos
financeiros pela unidade descentralizadora;
5.3. Vigência e prorrogação
II - tenha ocorrido paralisação ou atraso na execução do
objeto pactuado em decorrência de:
a) determinação judicial;
b) recomendação de órgãos de controle; ou
c) em razão de caso fortuito, força maior ou interferências
imprevistas; ou
III - o objeto destine-se à execução de obras, projetos e
serviços de engenharia.
5.3. Vigência e prorrogação
Na hipótese de atraso na liberação dos recursos, o TED
será prorrogado de ofício pela unidade descentralizadora,
por um prazo limitado ao período de atraso.
Recomenda-se que a possibilidade de prorrogação esteja
expressa no Termo.
Em geral, o prazo de vigência começa a ser contado a
partir da data de assinatura do TED, podendo ser
prorrogado por meio de termo aditivo.
5.3. Vigência e prorrogação
O pedido de prorrogação do prazo deverá ser
requerido formalmente à outra parte, com as
devidas justificativas, antes da data do término do
prazo de vigência delimitado (o quanto antes
deverá ser definido no TED).
5.4. Denúncia e rescisão
Há rescisão quando a cessação dos efeitos do Termo é
requerida por um dos partícipes com base em justa causa
(via de regra, devido a fato imputável culposamente ao
outro partícipe).
O Decreto prevê as seguintes causas para uma rescisão:
a) inadimplemento das cláusulas pactuadas;
b) constatação de irregularidade em sua execução;
c) caso fortuito ou força maior, regularmente comprovado,
que impeça a execução do objeto; ou
d) verificação de outras circunstâncias que ensejem a
tomada de contas especial.
5.4. Denúncia e rescisão
Há denúncia, geralmente comunicada com
determinado período de antecedência, quando a
cessação dos efeitos do TED decorre da livre
manifestação da vontade de um dos partícipes, de
um juízo negativo de conveniência e
oportunidade. Pode ensejar o pagamento de
indenização pelos investimentos realizados de boa
fé peladescentralizada.
5.4. Denúncia e rescisão
Nas hipóteses de denúncia ou de rescisão do TED,
os créditos orçamentários e os recursos financeiros
transferidos e não executados no objeto serão
devolvidos no prazo de trinta dias, contado da
data de publicação do evento.
Na hipótese de ter havido execução orçamentária
e financeira, a unidade descentralizadora solicitará
à unidade descentralizada a apresentação do
relatório de cumprimento do objeto do TED,
observado o prazo acima especificado.
5.4. Denúncia e rescisão
Caso o referido relatório não seja apresentado no
novo prazo fixado, a unidade descentralizadora
solicitará à descentralizada a instauração imediata
da tomada de contas especial para apurar os
responsáveis e eventuais danos ao erário.
5.5. Publicação
Consoante disposto no art. 14 do Decreto, o TED e
seus eventuais termos aditivos serão publicados
no sítio eletrônico oficial da unidade
descentralizadora, no prazo de vinte dias, contado
da data da assinatura.
As unidades descentralizadora e descentralizada
disponibilizarão a íntegra do TED celebrado e do
plano de trabalho atualizado em seus sítios
eletrônicos oficiais nesse mesmo prazo.
PLANO DE TRABALHO
Sexta Parte 
6.1. Observações preliminares
É fundamental que o Plano de Trabalho do TED contenha
os elementos mínimos necessários para avaliar a
adequação da proposta, respeitada fielmente a
classificação funcional programática.
Com esse objetivo, o art. 8º do Decreto estabeleceu que o
Plano de Trabalho conterá, no mínimo:
I - a descrição do objeto;
II - a justificativa;
6.1. Observações preliminares
III - o cronograma físico, com a descrição das metas e dos
produtos pactuados, as unidades de medida, a quantidade
e os valores unitários e totais;
IV - o cronograma de desembolso;
V - o plano de aplicação consolidado até o nível de
elemento de despesa;
VI - a identificação das unidades descentralizadora e
descentralizada, com discriminação das unidades gestoras;
e
VII - a identificação dos signatários.
6.1. Observações preliminares
O plano de trabalho será analisado quanto à viabilidade,
aos custos, à adequação ao programa e à ação
orçamentária e ao período de vigência.
É permitido o pagamento de despesas relativas a custos
indiretos necessários à consecução do objeto, no limite de
20% do valor global pactuado, mediante previsão expressa
no plano de trabalho.
6.1. Observações preliminares
Esse limite poderá, excepcionalmente, ser ampliado
quando custos indiretos superiores forem imprescindíveis
para a execução do objeto, mediante justificativa da
descentralizada e aprovação da descentralizadora.
Na hipótese de execução de forma descentralizada por
meio de convênio ou instrumento similar, a
proporcionalidade e as vedações referentes aos tipos e
percentuais de custos indiretos observarão a legislação
aplicável a cada tipo de ajuste.
6.1. Observações preliminares
Por meio do Acórdão 3.036/2021 – 2ª Câmara, de
02/03/2021, o TCU deu ciência à Fundação Universidade
do Amazonas (Ufam) e à Fundação Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
com fundamento no art. 9º, I, da Resolução-TCU 315/2020,
de que, no âmbito da execução do Plano Nacional de
Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor), a
Ufam realizou pagamento a seus servidores para a
realização de atividades administrativas de apoio, o que é
vedado pelo item 9.5 do Manual Operativo do Parfor.
6.1. Observações preliminares
No entanto, no caso da Ufam, devido à necessidade de
implantação urgente do programa e aos obstáculos que
seriam enfrentados pelos gestores na contratação de
terceiros, inclusive com aumento de custo para entidade,
entendeu-se razoável que eles tenham optado por utilizar
servidores públicos para prestar os serviços técnicos
necessários à execução do programa.
Para a contratação dos serviços, seria necessário acionar a
Fundação Unisol que, para administrar o programa,
resgataria entre 5 a 10% de parte do orçamento do
PARFOR como taxa de administração. Todos os encargos
trabalhistas deveriam ser garantidos também através dos
recursos do PARFOR.
6.1. Observações preliminares
Não seria admissível colocar em risco a execução de um
programa da grandeza de atividades e de necessidade
social premente como o PARFOR, com improvisações de
operadores de atividades complexas e específicas, como os
controles e registros antes mencionados, bem como a
segurança em face do uso de senhas. Os servidores que
atuavam no PARFOR reuniam uma acumulada experiência
que dava a segurança desejada e esperada. Assim foi feito
porque naquele momento não havia possibilidade diversa
para a continuidade do Programa.
6.1. Observações preliminares
Para realizar a análise de custos, a unidade
descentralizadora poderá solicitar à unidade
descentralizada informações adicionais para justificar os
valores dos bens ou dos serviços que compõem o plano de
trabalho.
6.1. Observações preliminares
De forma mais descritiva, pode-se dizer que a Minuta do
Plano de Trabalho do TED conterá, pelo menos, os
seguintes itens: dados cadastrais das unidades
descentralizadora e recebedora dos recursos; descrição
detalhada do objeto do TED; justificativa do motivo pelo
qual se deve firmar o ajuste; resultados esperados;
cronograma de execução física-financeira do projeto;
previsão orçamentária e cronograma de desembolso.
6.1. Observações preliminares
Por meio do Acórdão 377/2021 - Plenário, de 03/03/2021,
foi julgada auditoria realizada na Universidade Federal do
Paraná (UFPR), na Fundação da Universidade Federal do
Paraná (Funpar) e na Fundação de Pesquisas Florestais do
Paraná (Fupef), com o objetivo de avaliar a aplicação de
recursos públicos descentralizados pelo Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), pela
Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) e pela Agência
Nacional de Transportes Aquaviáros (Antaq).
6.1. Observações preliminares
Naquela oportunidade, o TCU destacou que
a) foi comprovado que os projetos de pesquisa a cargo da
UFPR foram efetivamente executados;
b) restou comprovado que os projetos executados pelas
fundações de apoio envolveram atividades de pesquisa,
descaracterizando a existência de irregularidade em sua
contratação;
c) restaram elididas as questões relacionadas à
subcontratação dos objetos de alguns ajustes, inexistindo
mácula nos procedimentos adotados;
d) foram elididas as questões relacionadas a pagamentos
supostamente indevidos a pessoas físicas e jurídicas
diversas;
6.1. Observações preliminares
e) restaram afastados os indícios de que os recursos
captados por meio das descentralizações de crédito
tenham privilegiado interesses privados;
f) o pagamento de bolsas-projeto para docentes no âmbito
dos projetos tratados nestes autos foi regular;
g) o Decreto 10.426/2020 contribuiu para o fortalecimento
dos mecanismos de controle inerentes à utilização do TED.
6.1. Observações preliminares
Nesse contexto, o TCU deu ciência ao Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte e à Agência
Nacional de Transportes Aquaviários de que, à luz das
disposições contidas no Decreto 10.426/2020 e as
características próprias dos projetos desenvolvidos pelas
Instituições Federais de Ensino, é necessário estabelecer
metodologia específica para a pactuação de
descentralizações orçamentárias, considerando as
finalidades e as características dessas entidades,
contemplando:
i) motivação necessária para justificar a escolha em
detrimento da contratação de empresas privadas;
6.1. Observações preliminares
ii) previsão dos resultados em termos de ensino, pesquisa e
extensão e a estimativa da mobilização de docentes e
alunos de graduação e pós-graduação;
iii) devida orçamentação nos planos de trabalho,
considerando a inexistência de encargos trabalhistas e de
incidência de lucros nas atividades realizadas por
docentes, servidores e alunos;
iv) previsão da execução descentralizadadas
Universidades por meio da utilização de fundações de
apoio, se for o caso; e
v) estimativa dos custos decorrentes da execução indireta.
6.1. Observações preliminares
Observações:
a) a celebração do TED dependerá de prévia aprovação do
plano de trabalho pela unidade descentralizadora;
b) o plano de trabalho, anexo ao TED, deverá basear-se no
projeto básico ou no termo de referência, os quais
permanecerão arquivados e disponíveis para consulta na
unidade descentralizada e deverão conter, entre outros
elementos, o detalhamento estimativo de custos dos bens
e serviços.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Conforme disposto no art. 6º do Decreto, compete à
unidade descentralizadora:
I - analisar e aprovar os pedidos de descentralização de
créditos;
II - analisar, aprovar e acompanhar a execução do plano de
trabalho;
III - descentralizar os créditos orçamentários;
IV - repassar os recursos financeiros em conformidade com
o cronograma de desembolso;
V - aprovar a prorrogação da vigência do TED ou realizar
sua prorrogação, de ofício, quando necessário;
VI - aprovar as alterações no TED;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
VII - solicitar relatórios parciais de cumprimento do
objeto ou outros documentos necessários à
comprovação da execução do objeto, quando
necessário;
VIII - analisar e manifestar-se sobre o relatório de
cumprimento do objeto apresentado pela unidade
descentralizada; e
IX - instaurar tomada de contas especial, quando
cabível.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Além disso, a descentralizadora poderá assumir ou
transferir a responsabilidade pela execução do
objeto do Instrumento, no caso de paralisação das
atividades decorrente de evento posterior
relevante, de modo a evitar a descontinuidade das
ações pactuadas.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Deverá notificar a unidade descentralizada
quando não for apresentada a prestação de
contas dos recursos aplicados ou for constatada a
má aplicação dos recursos públicos transferidos.
Caso os problemas não sejam resolvidos de forma
amigável, deverá instaurar a Tomada de Contas
Especial (último recurso).
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
No acórdão 1.853/2018 – Plenário, o TCU assim decidiu:
“Considerando que não houve análise conclusiva acerca da
prestação de contas dos recursos do termo de
descentralização em apreço por parte da Capes, propõe-se
determinar à Capes que, no âmbito do TED 1.295/2014,
firmado com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal),
examine a irregularidade abaixo caracterizada e adote as
providências cabíveis, inclusive instaurando a tomada de
contas especial, se for o caso, assegurando o contraditório
e a ampla defesa às partes envolvidas, comunicando ao
TCU, no prazo de 90 (noventa) dias, os resultados obtidos:”
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Observação:
Deverá constar do Termo de Execução
Descentralizada o nome da área técnica da
unidade descentralizadora responsável pelo
monitoramento da execução do objeto do Termo
de Execução Descentralizada.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
A unidade descentralizada deve:
I - elaborar e apresentar o plano de trabalho;
II - apresentar a declaração de capacidade técnica
necessária à execução do objeto;
III - apresentar a declaração de compatibilidade de
custos;
IV - executar os créditos orçamentários
descentralizados e os recursos financeiros
recebidos;
V - aprovar as alterações no TED;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
VI - encaminhar à unidade descentralizadora:
a) relatórios parciais de cumprimento do objeto,
quando solicitado; e
b) o relatório final de cumprimento do objeto;
VII - zelar pela aplicação regular dos recursos
recebidos e assegurar a conformidade dos
documentos, das informações e dos
demonstrativos de natureza contábil, financeira,
orçamentária e operacional;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
VIII - citar a unidade descentralizadora quando
divulgar dados, resultados e publicações
referentes ao objeto do TED, quando necessário; e
IX - instaurar tomada de contas especial, quando
necessário, dando conhecimento dos fatos à
unidade descentralizadora.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
A unidade descentralizar deverá ainda:
a) movimentar os recursos financeiros relativos ao
Termo, aplicando-os em conformidade com o
Plano de Trabalho aprovado, exclusiva e
tempestivamente no cumprimento do objeto
pactuado;
b) executar os trabalhos necessários à consecução
do objeto pactuado no TED, observando os custos
previstos no plano de trabalho;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
c) fiscalizar a execução do objeto do termo,
designando um servidor para exercer essa
fiscalização;
d) no caso de execução indireta, prestar a
assessoria técnica e fornecer dados e orientações
necessários à boa execução do termo;
e) facilitar a fiscalização pela descentralizadora,
permitindo o acompanhamento in loco e
fornecendo as informações e os documentos
relacionados com a execução do objeto do Termo;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
f) informar à descentralizadora quaisquer ocorrências que
dificultem ou interrompam a execução do objeto do
Termo. Assim, caso circunstâncias adversas impossibilitem
provisória ou definitivamente a execução orçamentária e
financeira de acordo com as condições estabelecidas no
Termo de Execução Descentralizada, deverá a unidade
executora comunicar o fato à unidade gestora da política,
para viabilizar a tempestiva adoção de medidas que
assegurem o atingimento dos objetivos propostos no
Termo.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
g) prestar contas dos recursos descentralizados, no
âmbito do Termo de Execução Descentralizada, em
sua tomada de contas anual a ser apresentada aos
órgãos de controle interno e externo da União;
h) concluir o objeto do Termo nos prazos
estabelecidos no Plano de Trabalho aprovado ou nos
prazos eventualmente prorrogados mediante a
celebração de termos aditivos; e
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
i) observar, quando da contratação de terceiros
para execução de obras, serviços ou aquisição de
bens vinculados à execução do objeto do TED, as
disposições contidas na Lei 8.666/1993 e nas
demais normas federais pertinentes às licitações e
contratos administrativos, inclusive os
procedimentos ali definidos para os casos de
dispensa e/ou inexigibilidade de licitação.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Observações:
a) os saldos dos créditos orçamentários
descentralizados e não empenhados e os recursos
financeiros não utilizados serão devolvidos à
unidade descentralizadora até quinze dias antes
da data estabelecida para encerramento do
exercício financeiro, salvo quando a
descentralização for efetivada após essa data.
Nessa hipótese, os partícipes acordarão nova data
para a devolução dos créditos;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Observações:
b) após o encerramento do TED ou da conclusão
da execução do objeto, o que ocorrer primeiro, os
créditos orçamentários e os recursos financeiros
serão devolvidos no prazo de trinta dias, contado
da data do encerramento ou da conclusão;
c) a unidade descentralizada disponibilizará os
documentos comprobatórios da aplicação regular
dos recursos aos órgãos de controle e à unidade
descentralizadora;
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Observações:d) a unidade descentralizada instaurará a tomada
de contas especial, na hipótese de:
I - identificação de indícios de atos de improbidade
que importem enriquecimento ilícito ou que
causem lesão ao erário; ou
II - solicitação da unidade descentralizadora ou
dos órgãos de controle, em decorrência da
identificação desses indícios.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Observações:
e) a unidade descentralizada iniciará os
procedimentos de instauração da tomada de
contas especial no prazo de trinta dias, contado da
data do recebimento da comunicação da unidade
descentralizadora ou dos órgãos de controle.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
O relatório de cumprimento do objeto será
apresentado pela unidade descentralizada no
prazo de cento e vinte dias, contado da data do
encerramento da vigência ou da conclusão da
execução do objeto, o que ocorrer primeiro.
Na hipótese de não haver apresentação desse
relatório no prazo estabelecido, a unidade
descentralizadora estabelecerá o prazo de trinta
dias para a apresentação do relatório.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Caso esse novo prazo seja descumprido, a unidade
descentralizadora solicitará à descentralizada a
instauração imediata de tomada de contas
especial para apurar os responsáveis e eventuais
danos ao erário.
A análise do relatório de cumprimento do objeto
pela unidade descentralizadora abrangerá a
verificação quanto aos resultados atingidos e o
cumprimento do objeto pactuado.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Essa análise deverá ocorrer no prazo de cento e
oitenta dias, contado da data do recebimento do
relatório de cumprimento do objeto.
Se esse relatório não for aprovado ou for
identificado desvio de recursos, a unidade
descentralizadora solicitará que a descentralizada
instaure, imediatamente, a tomada de contas
especial para apurar os responsáveis e eventuais
danos ao erário.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Friso que a os créditos descentralizados e
efetivamente executados deverão integrar,
oportunamente, as contas anuais da unidade
recebedora.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
A unidade descentralizada deverá indicar
formalmente um gestor e um fiscal da execução
do TED.
O art. 41 da IN 5/2017 do então MPOG prevê que
a indicação do gestor, do fiscal e de seus
substitutos poderá ser estabelecida em normativo
próprio de cada órgão ou entidade, de acordo
com o funcionamento de seus processos de
trabalho e sua estrutura organizacional.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
O gestor e os fiscais deverão ser cientificados,
expressamente, da indicação e das respectivas
atribuições antes da formalização do ato de
designação.
Na indicação de servidor devem ser considerados
a compatibilidade com as atribuições do cargo, a
complexidade da fiscalização, o quantitativo de
contratos por servidor e a sua capacidade para o
desempenho das atividades.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
Nos casos de atraso ou falta de indicação, de
desligamento ou afastamento extemporâneo e
definitivo do gestor ou dos fiscais e seus
substitutos, até que seja providenciada a
indicação, a competência de suas atribuições
caberá ao responsável pela indicação ou a quem
for previsto em normativo.
6.2. Atribuições das unidades 
descentralizadora e recebedora dos recursos
O Fiscal deverá:
a) atuar visando assegurar o fiel cumprimento das
cláusulas do TED;
b) alertar as autoridades competentes e o gestor, caso haja
alguma diretriz estabelecida no TED não esteja sendo
cumprida em conformidade com o disposto no
cronograma de desembolso e no plano de aplicação;
c) atestar, juntamente com o gestor, documentos
comprobatórios das entregas de bens e das prestações de
serviços, para fins de pagamento, na forma estabelecida
no TED (no caso do fiscal da descentralizada).
6.3. Descrição do objeto
O objeto de um TED é o resultado que se pretende obter,
ou seja, o produto desse termo, observados o programa de
trabalho e as finalidades da avença.
Ele deve ser descrito com clareza, de modo a mitigar as
possibilidades de desvio na sua consecução.
Devem ser também estabelecidas as metas, que são
parcelas quantificáveis do objeto, e as etapas ou fases de
execução.
Note-se que o objeto pode envolver tanto um benefício
direto para a sociedade quanto para os órgãos envolvidos.
6.3. Descrição do objeto
Em determinados casos, é conveniente que o
Plano de Trabalho contenha uma descrição
sumária da metodologia que será utilizada para a
consecução do objeto do TED.
6.4. Apresentação das justificativas
A justificativa para a celebração do TED, que também pode
ser denominada motivação, deve conter a caracterização
da relação entre a proposta de celebração do termo e os
objetivos e diretrizes do programa federal, além da
indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e
dos resultados esperados.
Deverá ser esclarecido, no Plano de Trabalho, quais foram
os motivos da opção pelo TED em detrimento da execução
direta pelo órgão repassador.
6.4. Apresentação das justificativas
Note-se que deverá ser emitido um parecer técnico acerca
do enquadramento do objeto à funcional programática e
ao atendimento das finalidades especificadas para os
TEDs.
Além disso, deverá ser demonstrado que a unidade
descentralizada detém as condições necessárias para
executar o objeto de forma eficiente e eficaz.
Nesse sentido, por meio do Acórdão 1.771/2009 –
Plenário, o TCU determinou que seja avaliado,
previamente à descentralização de créditos, se a entidade
a ser beneficiada tem, nas suas atribuições estatutárias ou
regimentais, compatibilidade com o objeto pretendido.
6.5. Definição dos resultados esperados e dos cronogramas de 
execução do projeto e desembolso
A descrição dos resultados esperados pode ser
feita a partir da caracterização do produto que se
busca obter, da forma de entrega/geração desse
produto e do prazo estabelecido para essa
entrega/geração.
6.5. Definição dos resultados esperados e dos cronogramas de 
execução do projeto e desembolso
O cronograma de execução expressa as metas
ordenadas, especificadas e quantificadas, em cada
etapa ou fase, segundo a unidade de medida
pertinente, com previsão de início e fim.
Assim sendo, ele deverá indicar as atividades que
serão desenvolvidas, além das respectivas fases e
prazos.
Esse cronograma poderá ser alterado por acordo entre
as partes.
6.5. Definição dos resultados esperados e dos cronogramas de 
execução do projeto e desembolso
Já o cronograma de desembolso deverá conter as
seguintes informações: quantidade de parcelas, natureza
da despesa, mês da liberação, valor e período da execução.
Por meio do Acórdão 149/2019 – 1ª Câmara, o TCU
recomendou ao Ministério da Cultura que:
a) os próximos TED estabeleçam cronogramas de repasse
financeiro e de execução física;
b) condicionem os repasses financeiros da
descentralização às entregas estabelecidas no cronograma
de execução física, de modo que o repasse referente a
determinada etapa só seja efetuado após a entrega
completa da etapa anterior;
6.5. Definição dos resultados esperados e dos cronogramas de 
execução do projeto e desembolso
c) condicione os repasses futuros dos TED firmados com a
Universidade ... à efetiva entrega dos produtos e projetos
previstos no cronograma de execução física.
6.6. Previsão orçamentária e sua relação com o plano 
de aplicação
A previsão orçamentária é o detalhamento orçamentário
com previsão de desembolso e classificação orçamentária
da despesa.
Assim sendo, a previsão orçamentária deverá informar a
unidade orçamentária, o grupo de natureza de despesa
(GND), a fonte,o valor por exercício (R$) e o total (R$).
É essencial que a previsão orçamentária e o plano de
aplicação estejam em sintonia. Afinal, a unidade
descentralizadora se compromete a descentralizar os
créditos orçamentários e a repassar os recursos financeiros
na forma prevista no cronograma de desembolso, o qual
foi elaborado com fulcro no plano de aplicação.
6.6. Previsão orçamentária e sua relação com o plano 
de aplicação
Cabe acrescentar que o Plano de Trabalho
obrigatoriamente incluirá a previsão orçamentária
e os cronogramas de execução física-financeira e
de desembolso. É fundamental que ele contenha
os elementos mínimos necessários para avaliar a
adequação da proposta, respeitada fielmente a
classificação funcional programática.
6.7. Declaração do proponente – gestão recebedora
A unidade descentralizadora deverá encaminhar,
preliminarmente, ofício ou e-mail ao potencial órgão
descentralizado, de modo a demonstrar o interesse na
celebração do TED nas condições especificadas.
Em resposta, o possível descentralizado deverá manifestar
formalmente, por meio de ofício ou e-mail, sua
concordância com a assinatura do termo em tela.
Em seguida, os órgãos descentralizador e descentralizado
deverão elaborar em conjunto a minuta do Plano de
Trabalho. Note-se que a unidade descentralizadora, na
condição de titular do crédito, deve ajustar os gastos de
acordo com a necessidade, a oportunidade e a
conveniência da ação governamental pretendida.
6.8. Aprovação da gestão descentralizadora
A área técnica da unidade descentralizadora deverá autuar
um processo de formalização do TED, o qual deverá conter
alguns documentos básicos, quais sejam: a Nota Técnica
que fundamentou a proposta de celebração do TED, a
manifestação de interesse do parceiro, a Minuta do Termo
de Execução Descentralizada, o Plano de Trabalho e o
extrato dos recursos disponíveis.
A área técnica analisará o Plano de Trabalho e, caso
necessário, solicitará sua complementação junto ao
potencial parceiro.
6.8. Aprovação da gestão descentralizadora
Recomenda-se realizar uma cotação de preços
para validar a conformidade com o preço de
mercado, observados os critérios estabelecidos na
Instrução Normativa SLTI/MP 5, de 27/6/2014, e
em suas alterações posteriores.
6.8. Aprovação da gestão descentralizadora
Aprovado o Plano de Trabalho, a Minuta de TED será
elaborada e juntada ao processo, que será encaminhado
ao setor competente para verificar a disponibilidade
orçamentária.
O referido setor registrará a disponibilidade orçamentária,
respeitando o princípio da anualidade orçamentária do
repasse e da execução do TED. Todavia, se não houver
essa disponibilidade, o processo será devolvido à área
técnica para verificação e realização de ajustes.
6.8. Aprovação da gestão descentralizadora
Em seguida, a área técnica deverá ponderar se o processo
do TED deverá ou não ser submetido à análise jurídica da
Consultoria Jurídica, avaliando os casos que envolverem
materialidade significativa e/ou criticidade e relevância.
Caso seja considerado pertinente, a área técnica tramitará
o processo contendo a Minuta do TED para o setor
responsável pela análise jurídica.
Finalmente, o processo será encaminhado para a
autoridade competente que, se aprovar a minuta, a
assinará e determinará a publicação do seu extrato no sítio
do ente descentralizador.
PROJETO BÁSICO E TERMO DE 
REFERÊNCIA
Sétima Parte 
7.1. Conceitos básicos
O art. 6º, IX, da Lei 8.666/1993 define o Projeto Básico
como sendo:
“conjunto de elementos necessários e suficientes, com
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos:”
7.1. Conceitos básicos
Nas alíneas do referido artigo, foram estabelecidos os
elementos mínimos que o Projeto Básico deve conter:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a
fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e de realização das obras
e montagem;
7.1. Conceitos básicos
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como
suas especificações que assegurem os melhores resultados
para o empreendimento, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
métodos construtivos, instalações provisórias e condições
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão
da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia
de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;
7.1. Conceitos básicos
f) orçamento detalhado do custo global da obra,
fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados.
Percebe-se que a Lei 8.666/1993 previu a elaboração de
projetos básicos para obras e serviços em geral. Essa
percepção é corroborada pela leitura do art. 7º, § 2º, o qual
prevê que as obras e os serviços somente poderão ser
licitados quando houver projeto básico aprovado pela
autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório.
7.1. Conceitos básicos
O Termo de Referência possui função similar à do Projeto,
qual seja, especificar o objeto a ser licitado.
Cumpre destacar que ele apresenta complexidade e
exigências inferiores às do projeto básico, até porque se
presta a especificar bens e serviços comuns. Todavia,
contém todos os requisitos necessários para subsidiar a
licitação.
7.1. Conceitos básicos
Segundo dispõe o art. 9º, § 2º, do Decreto 5.504/2005, o
termo de referência é o documento que deverá conter
elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela
Administração, diante de orçamento detalhado, definição
dos métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em
planilhas de acordo com o preço de mercado, cronograma
físico-financeiro, se for o caso, critério de aceitação do
objeto, deveres do contratado e do contratante,
procedimentos de fiscalização e gerenciamento do
contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara,
concisa e objetiva.
7.1. Conceitos básicos
No caso dos termos de execução descentralizada, o termo
de referência é o documento apresentado quando o
objeto do TED envolver a aquisição de bens ou a prestação
de serviços.
Ele deverá conter elementos capazes de propiciar a
avaliação dos custos envolvidos, que serão calculados a
partir de um orçamento detalhado. Devem ser
considerados os preços praticados no mercado, os
métodos definidos para a consecução do objeto e o
respectivo prazo de execução.
7.1. Conceitos básicos
De forma detalhada, o Termo de Referência deve
apresentar as seguintes informações:
a) tipo de instrumento de execução da ação;
b) título da ação;
c) unidade descentralizadora;
d) unidade descentralizada;
e) objetivos;
f) justificativa;
g) público alvo;
7.1. Conceitos básicos
h) resultados esperados;
i) prazo de execução;
j) discriminação orçamentária;
k) cronograma de desembolso por ano;
l) aprovação da unidade descentralizadora.
Observações:
a) Tanto o termo de referência como o projeto básico
devem ser elaborados a partir dos estudos técnicos
preliminares e devem conter os elementos necessários e
suficientes, com nível de precisão adequado para
caracterizar o objeto;
7.1. Conceitos básicos
b) a elaboração do termo de

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