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RENATA POCZTARUK | FLÁVIO GOMES ILUMINAÇÃO guia de Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 RENATA POCZTARUK | FLÁVIO GOMES ILUMINAÇÃO guia de ARQEXPRESS Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 Guia - Iluminação Autora: Renata Pocztaruk e Flávio Gomes Desenvolvimento de conteúdo: Renata Pocztaruk Desenvolvimento de imagens: Amanda Baldi Diagramação | Editoração eletrônica: Tiemy Saito - Eska Design + Comunicação Este material foi desenvolvido com informações necessárias para mostrar a importância da iluminação no desenvolvimento de projetos. Queremos ver as pessoas mais felizes. Queremos veras pessoas vivendo melhor, e, com certeza, um bom projeto de iluminação pode trazer uma sensação de aconchego e bem-estar. Material publicado pela ARQEXPRESS em Porto Alegre Reservados todos os direitos de publicação à ARQEXPRESS. Porto Alegre, RS – Brasil (51) 3377-8222 | euquero@arqexpress.com.br | www.arqexpress.com.br Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 A todos os profissionais que buscam aumentar o seu conhecimento, sua bagagem e seu repertório. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 Gaúcha, formada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-RS, estudou Design Industrial na UniRitter e é pós-graduada em Gestão Empresarial pela ESPM. Começou a empreender com 17 anos criando uma empresa de acessórios, mas sendo filha de uma grande arquiteta e de um dos maiores engenheiros da região, acabou se apaixonando por Arquitetura e Decoração com o passar dos anos. Sonhadora, destemida, é es- pontânea e com a sua comunicação descomplicada e didática é capaz de simplificar a informação, tiran- do a complexidade do processo e mostrando como, sim, pode ser fácil. Em 2015, fundou a ARQEXPRESS com o objetivo de democratizar a ar- quitetura. Sua maior motivação é levar mais qualidade de vida para as pessoas. Dentro de sua empresa desenvolveu um braço de educação onde comparti- lha todo o seu conhecimento, e é reco- nhecida, hoje, como uma das maiores arquitetas do Brasil. “Sozinha não vou conseguir fazer esta grande revolução. Compartilho meus conhecimentos para desenvolver profis- sionais que sejam responsáveis por criar mais projetos e levar mais qualidade de vida e felicidade para a vida das pessoas. Meu grande objetivo é levar arquitetura para todos.” Renata Pocztaruk A rainha da arquitetura! Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 Apaixonado por iluminação, trabalha e estuda todos os dias para melhorar seus conhecimentos na área. Técnico, Engenheiro e Lighting Designer. Os principais conhecimentos em iluminação foram adquiridos na prática, visitando obras, falando com eletricistas, construtores e até mesmo atendendo clientes, arquitetos e designers. Começou a trabalhar com projetos luminotécnicos e elétricos no ano de 2012, e desde então, vive esse mundo fantástico da iluminação. Empreendedor, músico, poeta, gestor, esposo e pai de duas crianças lindas. Vive todos os dias buscando crescimento pessoal e empresarial, com determinação, foco e principalmente humildade. A humildade veio de suas raízes: já trabalhou em roça, jardinagem, lavador de garrafas, mesmo sem saber, mas sempre com visão de empreendedor, desde os 10 anos de idade. Fundou a LEDLUX Iluminação em 2015, vendendo produtos de iluminação para residências de alto padrão. Sempre em parceria com arquitetos e designers, viu uma oportunidade nessa área, fazendo os projetos luminotécnicos para os clientes, como também consultoria técnica na obra. Em seguida criou o @studioflaviogomes para ensinar dicas de iluminação inovadoras, o que realmente acontece na prática. Logo surgiu o Curso Seja Luz (Curso de Iluminação desenvolvido para quem ama essa área). “Conectei meus conhecimentos em parceria com Renata Pocztaruk, para você aprender de forma prática o que de fato é iluminação.” Flávio Gomes Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 SAIBA MAIS SOBRE Fundada em 2015 em Porto Alegre pela arquiteta Renata Pocztaruk, é hoje a maior plataforma de arquitetura e decoração do Brasil. Com um braço de serviço e outro em educação, nosso grande objetivo é democratizar a arquitetura, por meio de serviços eficientes e simplificação do processo. Sem dúvida, sem surpresa e dentro do orçamento do cliente. Pessoas que vivem melhor são mais felizes, por isso queremos desenvolver mais profissionais que possam atender cada vez mais clientes, levando assim bem- estar para dentro de todas as famílias. Queremos ver as pessoas mais felizes e queremos que você faça parte desta revolução. www.arqexpress.com.br @arqexpress Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 SUMÁRIO CONCEITOS BÁSICOS DE ILUMINAÇÃO 12 ELETRICIDADE BÁSICA 13 CIRCUITOS E COMANDOS ELÉTRICOS 16 TIPOS DE ILUMINAÇÃO 19 ILUMINAÇÃO E SAÚDE 48 EFEITOS DE ILUMINAÇÃO 51 TIPOS DE ILUMINAÇÃO 54 TIPOS DE LÂMPADAS 58 TIPOS DE LUMINÁRIAS 73 ACESSÓRIOS 89 LEGENDA ILUMINAÇÃO 93 CÁLCULO LUMINOTÉCNICO 94 FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DE UM PROJETO LUMINOTÉCNICO 95 CHECKLIST DE PROJETO LUMINOTÉCNICO 96 PROJETO RESIDENCIAL 99 SALA DE ESTAR 103 SALA DE JANTAR 110 COZINHA 114 VARANDA 118 CORREDOR 119 BANHEIRO 120 DORMITÓRIOS 123 CLOSET 131 HOME OFFICE / ESCRITÓRIO 132 CAMARIM / ÁREA DE SE MAQUIAR 133 ILUMINAÇÃO PARA QUADROS 134 PROJETO COMERCIAL 135 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 10 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 11 ILUMINAÇÃO É CAPAZ DE MUDAR COMPLETAMENTE UM AMBIENTE. Você já parou para pensar que a iluminação pode alterar completamente a maneira como se percebe um ambiente? Temos a tendência de entrar em um ambiente e olhar a cor da parede, o modelo do sofá, o tipo de decoração, mas a verdade é que “luz muda tudo. O bem-estar depende de uma boa iluminação. A iluminação quando bem planejada traz conforto. A luz permite muito mais que clarear o ambiente, ela é capaz de iluminar, valorizar, realçar, destacar, estimular, dar charme, trazer vida, trazer diferentes sensações; ao mesmo tempo, uma má iluminação pode acabar com qualquer projeto. Cada vez mais os profissionais precisam entender a importância da iluminação. Aqueles que estiverem aptos a desenvolver bons projetos de iluminação irão com certeza se diferenciar. É importante reconhecer a influência da luz sobre a saúde, produtividade, conforto. Ao mesmo tempo, um bom projeto de iluminação pode ampliar o ambiente, ressaltar a decoração, trazer diferentes sensações e ainda diminuir a conta de energia. Luz traz charme criando diversas cenas para diferentes momentos do dia. Luz dá vida ao ambiente, quebra a monotonia. Luz estimula as diferentes sensações. Com luz tudo faz mais sentido O projeto luminotécnico deve conciliar a funcionalidade de cada ambiente e identificar o melhor tipo de iluminação, trazendo assim conforto visual. Na hora de desenvolver o projeto, avalie o tamanho do ambiente, analise a quantidade de luz natural, atente à temperatura de cor das lâmpadas, combine diferentes tipos de iluminação, pense na economia de energia. Criamos este guia para ajudar você a conhecer e entender os conceitos básicos de iluminação, podendo assim desenvolver um projeto de forma mais simples e assertiva. Com luz, tudo faz mais sentido. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 12 CONCEITOS BÁSICOS DE ILUMINAÇÃO O QUE É LED? LED (light emitting diode) Baixo consumo de energia Facho de luz livre de calor Vida útil longa Alta eficiênciaLivre de metais pesados Excelente qualidade de luz Acendimento instantâneo LED significa light emitting diode, ou seja, diodo emissor de luz. É um componente semicondutor que, ao ser polarizado, emite luz com alta eficiência luminosa e baixo consumo de energia. O LED pode ser utilizado em lâmpadas, fitas, luminárias integradas (que já vêm com o LED fixado na luminária), como também em eletrodomésticos e carros. O LED pode ser fabricado em uma única cor (como vermelho, amarelo, azul), também pode ser RGB (red, green e blue), que são três LEDs próximos entre si, que, variando, formam outras cores, e também temos as temperaturas de cor, como, por exemplo, 2700K, 3000K, 4000K, 6000K. A cada dia os pesquisadores conseguem deixar a tecnologia LED ainda mais eficiente, iluminando mais com menos energia. Lâmpadas LED confiáveis têm certificação! Possuem o selo INMETRO, nos modelos que a entidade exige. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 13 ELETRICIDADE BÁSICA CORRENTE ELÉTRICA É um fenômeno físico que permite o fluxo de cargas elétricas dentro de um sistema condutor, a partir de uma diferença de potencial elétrico. Para medir a intensidade de corrente, a unidade é em ampère (A). Fazendo uma analogia com uma torneira, é como se fosse a velocidade da água saindo da mesma. No gráfico abaixo, conseguimos observar como a corrente contínua se mantém constante, enquanto a corrente alternada oscila entre o polo positivo e o negativo: É fácil observar na ilustração que o driver serve para transformar a corrente alternada da concessionária para corrente contínua que alimenta o LED. CORRENTE CONTÍNUA CORRENTE ALTERNADA É a que todo LED precisa para acender É a que liga no driver para transformar em contínua e acender o LED A energia não consegue ir muito “longe”, pois segue apenas um fluxo A energia consegue viajar longas distâncias, como de uma usina até sua casa Usada em pilhas, baterias, LED Usada na rede elétrica das residências, comércios CONTÍNUA ALTERNADA Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 14 TENSÃO ELÉTRICA Tensão é a diferença entre potencial elétrico em dois pontos. Sua unidade de medida é Volts (V). É indispensável saber a tensão da cidade onde será feito o projeto (popularmente conhecida como voltagem). Os produtos podem ter versões nas duas tensões de rede [127 ou 220V]; poderá se danificar o produto caso seja ligado em tensão diferente. Corrente alternada da concessionária Corrente contínua para ligar LEDDriver Já que todo LED liga em corrente contínua, por que algumas lâmpadas sãos ligadas direto em corrente alternada? As lâmpadas PAR20, dicroica, AR70, entre outras, já vêm com o driver na mesma estrutura e não precisam de driver externo. Já as fitas de LED de 12V precisam de um driver externo. Também podemos encontrar no mercado produtos de iluminação bivolt (podem ligar tanto em 127V como em 220V). Antes de comprar a lâmpada, verifique sempre a tensão nas especificações da lâmpadas. MAS O QUE SIGNIFICAM 12V E 24V NOS PRODUTOS? As tensões 12V e 24V são em corrente contínua, são essas tensões que o LED precisa para funcionar. Já as tensões 127V e 220V são em corrente alternada, essas tensões são as que alimentam o driver. ? Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 15 É comum que ambientes corporativos e shoppings, por exemplo, utilizem 220V, mesmo que a tensão da região seja 27V. Isso acontece devido à elevada demanda de potência, demanda que talvez não seja tão elevada na maior parte das residências! Indiferente da tensão escolhida, várias ações devem ser tomadas visando a aumentar a segurança da instalação. É muito importante, por exemplo, instalar os disjuntores. Eles são dispositivos de proteção que têm o papel de atuar, caso alguma corrente ultrapasse o valor nominal permitido. Também proteger com DR (Disjuntor Diferencial Residual), para pequenas fugas de corrente, e usar aterramento em iluminação que possa ocasionar choque elétrico em alguém, geralmente em arandelas baixas e luminação instalada no piso. POTÊNCIA Potência, em iluminação, é a quantidade de trabalho que um determinado produto precisa para acender; quanto maior a potência, mais esse produto precisará de energia elétrica da concessionária, influindo na conta de energia. Imagine um ferro elétrico e um forno elétrico: o ferro produz menos temperatura do que o forno, logo o forno tem uma potência maior para gerar seu trabalho. O QUE É FATOR DE POTÊNCIA? Podemos encontrar o FP (fator de potência) nas especificações dos produtos. Quanto maior o FP, que vai de uma escala de 0 até 1, melhor a eficiência. Logo, se tiver uma lâmpada com FP 0,5 e outra com FP 0,8, é melhor a segunda opção em relação ao fator de potência. Quanto maior a potência de uma lâmpada mais ela ilumina? Não! O fluxo luminoso deve ser analisado pela quantidade de lúmens e não pela potência. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 16 Os interruptores são responsáveis por ligar e desligar a luz. Coloque no máximo 6 comandos de interruptores no mesmo ambiente, isso evita confusão na hora de acender a iluminação. CIRCUITOS E COMANDOS ELÉTRICOS Um circuito é nada mais que uma espécie de caminho fechado pelo qual uma corrente elétrica percorre. Esse movimento de cargas é o responsável por gerar a eletricidade que alimenta os dispositivos presentes no caminho. Os circuitos alimentam os equipamentos, mas são os interruptores que fazem os comandos dos acionamentos da iluminação. Um ambiente pode ter um ou mais comandos para diferentes cenas de iluminação. Na parte técnica, separamos os circuitos por questões de segurança elétrica. Na parte estética, criamos comandos para diferentes cenas no ambiente, ou seja, diferentes formas de acendimento da iluminação no ambiente. Circuitos elétricos são ligações responsáveis por ligar os equipamentos elétricos de uma residência, feitos por meio de fios condutores, formando um caminho fechado que produz uma corrente elétrica. Segunda a legislação brasileira, os circuitos de tomada e de iluminação devem ser separados. Todo circuito de iluminação deve ser separado do circuito de tomadas. Isso evita que o disjuntor do circuito de tomadas desarme e garante que a iluminação esteja ligada. CIRCUITO COM ILUMINAÇÃO Fio com seção mínima de 1,5mm² Fio com seção mínima de 2,5mm²CIRCUITO DE TOMADAS Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 17 Os circuitos elétricos podem ter seus dispositivos associados em diferentes configurações. Quando os elementos de um circuito são ligados no mesmo ramo, dizemos que eles são ligados em série. Se os elementos de um circuito estiverem ligados em ramos diferentes, mas sob a mesma diferença de potencial, dizemos que são ligados em paralelo. Quando os dispositivos de um circuito encontram-se ligados no mesmo ramo, serão percorridos pela mesma corrente elétrica. Por exemplo, uma fita de LED, quando é conectada uma na outra, para ligar o último LED da fita a corrente tem que passar pelo início da mesma. As ligações em paralelo ocorrem sempre entre dois nós, apresentando-se em dois ou mais ramos. Tratando-se de circuitos de iluminação podemos ter um único circuito para um ambiente ou mais de um. Quando temos uma diversidade de circuitos conseguimos criar diferentes cenas e trazer sensações diversas ao ambiente. Podemos ainda ter um ambiente com apenas um interruptor que acende todas as lâmpadas de uma vez só, ou ter vários interruptores e controlar quando acender cada uma das lâmpadas, criando assim um ambiente mais charmoso e aconchegante, capaz de elevar o nível do seu bem-estar e mudar a qualidade do ambiente! CIRCUITO EM SÉRIE CIRCUITO PARALELO O circuito em série “liga e desliga” em um único lugar, já o circuitoparalelo pode ser comandado em diferentes locais. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 18 EXEMPLO DE COMANDO ÚNICO X MAIS DE UM COMANDO COMANDO ÚNICO Acende todas as lâmpadas ao mesmo tempo através de um in- terruptor simples, ou seja, você entra no quarto, aperta o botão e a iluminação geral, do armário e da cabeceira liga junto. Desta forma você terá muita luz no ambiente em todos os momentos do dia. TRÊS COMANDOS Com um interruptor triplo é possível controlar o acendimento das lâmpadas a partir dos comandos criados! Iluminação Geral: luz geral para o ambiente, ilumina todo o espaço. Iluminação Armários: ideal para quando precisa acessar roupas e acessórios. Iluminação Cabeceira: ideal para momentos de leitura e descanso antes de dormir! Iluminação Geral, Iluminação Armários, Iluminação Cabeceira 1 1 1 1 1 1 2 2 3 3 A iluminação é capaz de mudar a percepção do ambiente. Com a distribuição de diferentes circuitos é possível criar diferentes cenas para os diferentes momentos do dia. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 19 TIPOS DE ILUMINAÇÃO A iluminação interfere diretamente na maneira como percebemos um ambiente e estimula sensações, humor, produtividade, etc. Na hora de desenvolver um projeto luminotécnico, devemos levar em consideração a luz natural, principalmente se for em ambientes que são ocupados pela manhã e tarde, como lojas ou ambientes corporativos. Quanto menor a quantidade de luz natural, maior será o esforço para iluminar o ambiente de forma artificial. ILUMINAÇÃO NATURAL É a iluminação fornecida pelo sol. Para ter um controle mecânico dessa iluminação nas arquiteturas é preciso observar vários fatores, como a orientação solar, que é um ponto crucial em qualquer projeto, uma vez que a incidência da luz natural pode mudar as características e atividades em um ambiente. Cuidado ao analisar a posição do sol: por mais simples que seja, essa é uma tarefa bem importante para o projeto e fará toda diferença. Dependendo da posição solar, a incidência de luz natural no ambiente será alterada para mais ou para menos. Quanto menos luz natural tiver no ambiente, mais fontes de luz artificiais irá precisar para iluminá-lo de forma artificial. Todos os ambientes em um projeto de arquitetura deveriam ter pelo menos uma janela, pois de acordo com nosso ciclo biológico, o ser humano precisa de orientação, se é manhã, tarde ou noite. Na falta de iluminação natural, podemos ter vários tipos de danos na nossa saúde ao longo do tempo. Veremos logo mais detalhes em “iluminação e saúde”. Além da luz natural, a escolha da cor dos revestimentos, como piso, cor da parede, móveis, elementos de decoração, irá afetar diretamente na iluminação do ambiente. Cores escuras absorvem a luz, cores claras refletem a luz. Quanto mais escuro for o ambiente, maior será o esforço para iluminá-lo. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 20 LUZ E SOMBRA Existem basicamente duas formas de iluminar um objeto. Geralmente, quando começamos a estudar iluminação, achamos que só podemos iluminar um objeto na sua parte frontal. Porém usamos também a sombra da luz ao nosso favor, criando contrastes e silhuetas nos objetos. O ideal para nossa saúde é ter o mínimo possível de luz artificial entrando nos nossos olhos durante a noite. Sempre que for iluminar algo, imagine como o facho da fonte de luz se comporta. Só assim você vai destacá-lo da melhor forma possível. ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL Foi criada para suprir a iluminação durante a noite, após o pôr do sol. Depois de várias tecnologias em iluminação, como as lâmpadas incandescentes, fluorescentes, chegamos ao LED, que tem melhor eficiência energética. Uma vantagem da iluminação artificial em relação à iluminação natural é que podemos controlar o fluxo luminoso, a partir do desenvolvimento do projeto de iluminação. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 21 O lúmen é a quantidade de luz emitida por uma lâmpada em todas as direções, que é a unidade de medida do fluxo luminoso. Representa o quanto uma lâmpada ilumina um ambiente: quanto maior esse número, mais luz a lâmpada emite. Já o Watt, que é a unidade de medida da potência, está relacionado ao consumo de energia elétrica. Portanto, não representa a emissão de luz. Apesar de serem características separadas, elas andam juntas quando o assunto é iluminação. FLUXO LUMINOSO É a radiação total emitida por uma fonte de luz. Ou seja, é a quantidade de luz total que uma fonte de luz pode fornecer. Sua unidade de medida é lúmens (lm). MAIOR POTÊNCIA NÃO QUER DIZER QUE ILUMINA MAIS! Os nossos avós compravam lâmpadas incan- descentes antigamente da forma correta, pela quantidade de velas. Era a seme- lhança que a lâmpada fornecia de fluxo lu- minoso, em relação a uma soma de velas. Já para os LEDs mudou essa prática. A maioria das pessoas compram pela potência, que não quer dizer que irá iluminar mais, se a potência for maior. ! Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 22 Imagine duas lâmpadas PAR20, ambas com 550lm de fluxo luminoso, como na imagem abaixo. A primeira lâmpada tem um ângulo de 30º e a segunda tem 60º. Dessa forma é fácil identificar o que é intensidade luminosa, pois quanto mais abre o ângulo do facho, menos candelas vai ter nessa lâmpada. INTENSIDADE LUMINOSA É a medida da percepção da potência emitida por uma fonte luminosa em uma dada di- reção, por exemplo, uma lâmpada que direciona seu facho. Sua unidade de medida é candelas (cd). Usamos bastante a intensidade luminosa nos projetos residenciais. Um exemplo: quando queremos destacar um objeto com iluminação, como o facho da lâmpada é direcional, nós usamos a intensidade luminosa em candelas (cd), para calcular. De uma forma simples, podemos dizer que intensidade luminosa é a “quantidade de luz dentro do facho”, por isso, se tivermos duas lâmpadas com a mesma quantidade de candelas e diferentes ângulos de abertura, a lâmpada de maior ângulo terá intensidade luminosa menor. 1m 2m 3m Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 23 ILUMINÂNCIA É a relação entre o fluxo luminoso que incide na direção perpendicular a uma superfície e a sua área. Sua unidade de medida é lux (lúmens/m2) Lux é a quantidade de fluxo luminoso por metro quadrado. Seu cálculo é feito pela quantidade de lúmens de uma lâmpada dividido pelo metro quadrado do espaço. Veremos na parte de cálculos como achar o fluxo luminoso em um ambiente. O fluxo luminoso é o resultado que mais procuramos nos cálculos luminotécnicos. Lux é a intensidade luminosa [iluminância] por unidade de área [m2]. É igual à quantidade de lúmens por metro quadrado. Resumindo, lux é a quantidade de luz que chega em uma superfície. Mensurar a intensidade luminosa é importante para verificar se a iluminação atende à necessidade luminosa da atividade que será realizada no ambiente. A Norma da ABNT de iluminação em vigor é a NBR ISO 8995- 1:2013. Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 5413:1992 e a ABNT NBR 5382:1985. Antigamente, quando a NRB 5413 estava em vigor, para achar o fluxo luminoso de ambientes residenciais, como cozinha, sala de estar, banheiro, tinha tudo definido em tabela, porém depois de mudanças normativas e estudos científicos, não foram colocados alguns ambientes na nova norma, a mesma foca mais em tipos de tarefas ou atividades. Para achar o fluxo luminoso que um determinado ambiente, tarefa ou atividade, é só procurar na norma. Onde (em, LUX) é a iluminância mantida. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 24 Podemos usar a tabela da NBR 5413, somente como referência para ambientes residenciais. Essa tabela está descontinuadae não tem nenhuma validade normativa. TIPO DE AMBIENTE, TAREFA OU ATIVIDADE Em lux UGRL Ra OBSERVAÇÕES 1. ÁREAS GERAIS DA EDIFICAÇÃO SAGUÃO DE ENTRADA 100 22 60 SALA DE ESPERA 200 22 80 ÁREAS DE CIRCULAÇÃO E CORREDORES 100 28 40 NAS ENTRADAS E SAÍDAS, ESTABELECER UMA ZONA DE TRANSIÇÃO, A FIM DE EVITAR MUDANÇAS BRUSCAS. ESCADAS, ESCADAS ROLANTES E ESTEIRAS ROLANTES 150 25 40 RAMPAS DE CARREGAMENTO 150 25 40 REFEITÓRIO/CANTINAS 200 22 80 SALA DE DESCANSO 100 22 80 SALAS PARA EXERCÍCIOS FÍSICOS 300 22 80 VESTIÁRIOS, BANHEIROS, TOALETES 200 25 80 ENFERMARIA 500 19 80 SALAS PARA ATENDIMENTO MÉDICO 500 16 90 Top NO MÍNIMO 4.000K ESTUFAS, SALA DOS DISJUNTORES 200 25 60 CORREIOS, QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 500 19 80 DEPÓSITOS, ESTOQUES, CÂMARA FRIA 100 25 60 200lux, SE FOREM CONTINUAMENTE OCUPADOS. AMBIENTE LUX SALA - LUZ GERAL 100-200 SALA - LUZ LOCAL (LEITURA) 300-750 COZINHA - LUZ GERAL 100-200 COZINHA - LUZ LOCAL (PIA, MESA E FOGÃO) 200-500 QUARTO - LUZ GERAL 100-200 QUARTO - LUZ LOCAL (CABECEIRA) 200-500 BANHEIRO - LUZ GERAL 100-200 BANHEIRO - LUZ LOCAL (ESPELHO) 300 VESTIÁRIOS, BANHEIROS, TOALETES 200-500 HALL, ESCADA, DESPENSA, GARAGEM 75-150 ESCRITÓRIO - MESA DE TRABALHO 300-500 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 25 “Iluminância é a luz que se espalha no ambiente e chega a alguma superfície, como uma mesa, Já a luminância é a luz que chegou nessa mesa e refletiu para todos os lados.” LUMINÂNCIA É uma medida da intensidade de uma luz refletida numa dada direção. Sua unidade de medida é (cd/m²). Na imagem é fácil de entender o que é cada um. A lâmpada emite um fluxo luminoso (quantidade de luz), em uma determinada direção (intensidade luminosa). Essa luz chega em uma superfície (iluminância) e a luz refletida chamamos de luminância. A iluminação é um fator considerável no dia a dia e na vida das pessoa. Ela interfere diretamente nos nossos sentidos, na nossa saúde e em nossa produtividade. É muito importante ficar atento ao tipo de iluminação em cada ambiente, principalmente na área de trabalho, onde precisamos de concentração e segurança. Para cada tipo de atividade existe um nível de intensidade luminosa em lux a ser atendido pela norma, visando sempre ao bem-estar. Nem sempre a quantidade de luminárias está ligada a uma boa iluminação, por isso a importância de conhecer os conceitos e observar a quantidade de lúmens que ela oferece, bem como o ângulo de distribuição, para assim atingir os lux necessários para o ambiente. MAS COMO SABER QUANTO DE LUZ SERÁ NECESSÁRIA EM UMA SALA DE JANTAR? Vai depender de vários fatores, como as cenas que você quer criar, a idade das pessoas que vão morar; se forem idosos, precisam de mais luz, conforto visual, dentre outros. Veremos como definir. ? Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 26 EFICIÊNCIA LUMINOSA É o fluxo luminoso dividido pela quantidade de energia total consumida em potência. O ideal é sempre identificar esse número e optar pela lâmpada que emitir maior quantidade de lúmens, consumindo a menor quantidade de energia elétrica. Assim você estará sendo ecologicamente correto e evitando que o cliente não gaste muito na conta de energia. Sua unidade de medida é lm/W (lúmen/Watt). Temos essa informação na etiqueta do INMETRO que vem nas lâmpadas, não sendo necessário fazer o cálculo Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 27 Exemplo: digamos que tenha uma placa de LED no eixo desse dormitório de 9,6m². Foram pesquisadas 2 marcas de placas de LED, seguem dados: A marca X é mais eficiente do que a marca Y, pois ilumina mais, consumindo a mesma quantidade de energia elétrica. Marca X: Placa de LED 18W Fluxo Luminoso da Placa: 1200 lm Marca Y: Placa de LED 18W Fluxo Luminoso da Placa: 1100 lm Marca X: Marca Y: ÁREA AMBIENTE = 9,6m2 η = = 66,67lm/W 1200lm 18w η = = 61,11lm/W 1100lm 18w EFICIÊNCIA LUMINOSA (η) = LÚMENS (lm) / POTÊNCIA (W) Um mesmo ambiente pode ser iluminado de diferentes formas. Podemos utilizar uma única lâmpada com 1100lm, ou então quadro lâmpadas com 275lm. O fluxo luminoso será o mesmo, a diferença será no efeito da iluminação e na sensação do ambiente. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 28 UGR UGR significa Unified Glare Rating (Índice de Ofuscamento Unificado). É esse índice que fornece informações sobre ofuscamento. O brilho da luminária, brilho da luz circundante no ambiente, ângulo de visão do observador, altura de instalação e dimensão da área luminosa são fatores observados para determinar o UGR. A escala UGR é: 13 - 16 - 19 - 22 - 25 - 28. Na norma NBR ISO 8995-1:2013, cada tipo de ambiente, tarefa ou atividade tem índice limite de ofuscamento unificado UGRL. TIPO DE AMBIENTE, TAREFA OU ATIVIDADE Em lux UGRL Ra OBSERVAÇÕES 1. ÁREAS GERAIS DA EDIFICAÇÃO SAGUÃO DE ENTRADA 100 22 60 SALA DE ESPERA 200 22 80 ÁREAS DE CIRCULAÇÃO E CORREDORES 100 28 40 NAS ENTRADAS E SAÍDAS, ESTABELECER UMA ZONA DE TRANSIÇÃO, A FIM DE EVITAR MUDANÇAS BRUSCAS. ESCADAS, ESCADAS ROLANTES E ESTEIRAS ROLANTES 150 25 40 RAMPAS DE CARREGAMENTO 150 25 40 REFEITÓRIO/CANTINAS 200 22 80 SALA DE DESCANSO 100 22 80 SALAS PARA EXERCÍCIOS FÍSICOS 300 22 80 VESTIÁRIOS, BANHEIROS, TOALETES 200 25 80 ENFERMARIA 500 19 80 SALAS PARA ATENDIMENTO MÉDICO 500 16 90 Top no mínimo 4.000K ESTUFAS, SALA DOS DISJUNTORES 200 25 60 CORREIOS, QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 500 19 80 DEPÓSITOS, ESTOQUES, CÂMARA FRIA 100 25 60 200LUX, SE FOREM CONTINUAMENTE OCUPADOS. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 29 A forma de calcular o UGR é dada por um método tabular ou uma fórmula para diferentes posições do observador. Na prática não calculamos manualmente quando queremos achar o valor do UGR, faz-se necessária a uti- lização de um software de cálculos luminotécnicos. Mas é importante saber os tipos de ofuscamento, para já evitar os problemas que o mesmo pode causar. TIPOS DE OFUSCAMENTO: Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o ofuscamento pode ser dividido em algumas categorias, como: Ofuscamento direto, devido a uma fonte luminosa situada na mesma ou aproximadamente na mesma direção do objeto observado; Ofuscamento indireto, devido a uma fonte luminosa situada numa direção diferente daquela do objeto observado; Ofuscamento por reflexão, produzido por reflexões especulares provenientes de fontes luminosas, especialmente quando as imagens refletidas aparecem na mesma ou aproximadamente na mesma direção do objeto observado. Para uma mesa de trabalho, é necessário obedecer à zona de conforto visual, sem ver a fonte de luz que está dentro da luminária. Você sabe que está ofuscado quando sente um desconforto indesejado, por causa de um alto brilho da fonte luminosa. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 30 Cuidado com objeto com superfícies brilhosas, como a laca, o vidro, a laca alto brilho, para não ofuscar o usuário por refletância. Superfícies espelhadas também podem causar ofuscamento. PROPAGAÇÃO DA LUZ A luz se propaga a princípio em três formatos, para atravessar um material. São eles: transparentes, translúcidos e opacos. Ao encontrar um objeto, a iluminação terá maior absorção ou reflexão de acordo com a temperatura de cor. Todos os objetos têm um índice de refletância. Quanto mais claros, mais refletem. Em contraponto, quanto mais escuros, mais absorvem a luminosidade. Assim, para realizar um projeto é necessário que você saiba de todas as cores dos materiais que vão estar nesse ambiente, para proporcionar uma iluminação mais assertiva. PRETO: absorve maior luminosidade, refletindo pouca luz BRANCO: absorve pouca luz, refletindo maior luminosidade É muito importante saber a relação depropagação de luz, na hora de executar um projeto luminotécnico. Quando temos um banheiro com o revestimento cinza-escuro, boa parte da luz é absorvida, já em um banheiro com revestimento branco, a maioria da luz é refletida para iluminar o ambiente. No banheiro com o revestimento escuro, irá precisar de mais fluxo luminoso (lúmens) do que o outro. TRANSPARENTES Como o ar e o vidro Como o acrílico fosco e leitoso Como placas de alumínio e madeiras TRANSLÚCIDOS OPACOS Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 31 Nas tabelas abaixo é possível observar a relação entre os materiais e as cores com o índice de refletância: CORES % BRANCO 70-80 AMARELO-CLARO 55-65 VERDE-CLARO 45-50 AZUL-CELESTE 40-45 CINZA-CLARO 40-45 LARANJA 20-25 VERMELHO 20-25 AZUL-MARINHO 05-10 PRETO 05-10 MATERIAIS % TIJOLO 5-25 VIDRO TRANSPARENTE 6-8 MADEIRA CLARA 40 MADEIRA ESCURA 15-20 ROCHA 60 CIMENTO 15-40 GESSO 80 ESMALTE BRANCO 65-75 AZULEJO BRANCO 60-75 TEMPERATURA DE COR É a “aparência” da cor reproduzida por uma fonte de iluminação. Sua unidade de medida é o Kelvin [K]. Foi criado esse termo de temperatura de cor, com a associação de um objeto que é esquentado, e acharam uma semelhança da tonalidade desse objeto com a luz. Quanto mais quente ficar em Kelvin (K), mais semelhante com o branco frio, e quando baixa a temperatura, a sua cor fica próxima do branco quente. Kelvin - É a grandeza que expressa a aparência de cor de uma luz. Veremos abaixo as temperaturas de cor mais utilizadas pelos fabricantes de iluminação. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 32 As temperaturas de cor correlatas podemos chamar de branco frio, neutro ou quente. Para cada nome tem uma variação de acordo com a tabela abaixo. A temperatura afeta diretamente nossa percepção do espaço, por isso é fundamental especificar a temperatura correta da lâmpada quando projetar um ambiente. A luz quente acolhe, a luz fria acorda. Qual a temperatura de cor ideal para os ambientes de arquitetura? A resposta é simples: para ambientes utilizados durante o dia, quando precisamos produzir cortisol no nosso organismo, tem que ser luz fria, ou no máximo neutra. Já em ambientes que utilizamos durante a noite, quanto menor a temperatura de cor, melhor, logo utilizamos 2700-3000K. Vamos ver, mais à frente, quais efeitos a luz tem em nossa saúde. As temperaturas de cor quente são indicadas quando se deseja um ambiente íntimo, sociável, pessoal e aconchegante para o ambiente [residências]. Já as frias são adequadas onde se deseja estimular atividades de precisão e destacar aspecto de limpeza e organização [hospitais]. APARÊNCIA DA COR TEMPERATURA DA COR CORRELATA QUENTE ABAIXO DE 3300K INTERMEDIÁRIA NEUTRA 3300K A 5300K FRIA ACIMA DE 5300K Não estamos nos referindo ao calor físico da lâmpada, e sim ao tom de cor que ela dá ao ambiente. Para não esquecer, lembre-se sempre do sol – nossa maior fonte de luz. Ao amanhecer, tem um tom mais avermelhado, sua luz tem um tom mais quente; à medida que o dia vai passando, a luz vai ficando mais amarela até se tornar bem branca, é quando nossas atividades aumentam. No final da tarde, quando pensamos em relaxar, a luz volta a ficar mais quente, mais alaranjada. Perceberam? Luz mais quente remete a maior aconchego e relaxamento; luz mais fria relaciona-se com maior atividade. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 33 2700K 4000K 6500K É ideal para ambientes que necessitam de mais conforto e aconchego, como dormitórios. É uma ótima opção para ambientes que não precisam de muita iluminação. Além disso, esse tipo de luz não interfere na coloração dos objetos. É excelente para ambientes que necessitam de muita atenção, como escritórios e hospitais. LUZ QUENTE LUZ NEUTRA LUZ FRIA Quanto mais alta for a temperatura de cor, mais clara será a to- nalidade de cor da luz - mais fria. Quanto mais baixa for a tem- peratura de cor, mais amarelada a tonalidade - mais quente. QUAL A IMPORTÂNCIA DA TEMPERATURA DE COR? A temperatura de cor afeta diretamente o conforto do ambiente. Tonalidades mais quentes são mais aconchegantes, por isso, o uso indicado é para ambientes onde queremos atingir sensação de aconchego, como dormitórios, salas, restaurantes, sala de jantar e ambientes românticos! Aquela luz amarelada no quarto antes de dormir... Não causa uma sensação de relaxamento? A luz mais clara, branca, azulada se torna estimulante, por isso, geralmente é utilizada em ambientes de trabalho, clínicas, farmácias e hospitais. Imagine você chegando do almoço ao trabalho com uma luz amarelada. Vontade de dormir, certo? Para isso, usamos luz fria, para você chegar e acordar. IMPORTANTE: a escolha da temperatura de cor mais adequada para cada ambiente é uma escolha pessoal, ou seja, cada pessoa tem sua preferência. Os gostos do cliente podem afetar nesta decisão! Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 34 Uma dúvida muito frequente é se podemos misturar temperaturas de cor em um só ambiente, ou em ambientes integrados. A resposta é sim, porém tem algumas particularidades: nunca misture luz fria com luz quente, sempre priorize quente com neutra. Uma dica que é muito pouco utilizada em projetos é utilizar duas temperaturas de cor em um mesmo ambiente, na mesma luminária. Por exemplo, nessa cozinha, poderia ter um perfil de LED, com dois tipos de fitas de LED dentro do mesmo, sendo uma 3000K e outra 4000K. Isso seria o ideal, pois à noite poderia ligar a luz quente e durante o dia ligaria a luz neutra. Para ligar ambas as fitas, teria que dividir os comandos, 1 (uma) tecla do interruptor para a fita quente e 1 (uma) tecla do interruptor para a neutra. COMO ILUMINAR CADA AMBIENTE? Não é uma regra e, sim, pode haver variações, mas abaixo segue um mapa do que julgamos a melhor escolha para ambientes residenciais. Luz quente 2700-3000K Luz neutra 4000K LAVABO BANHEIRO SUÍTE SALA DE ESTAR COZINHA ÁREA DE SERVIÇO Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 35 RGB E CORES PRIMÁRIAS SATURADAS É a abreviação do sistema de cores primárias red, green e blue, que significa vermelho, verde e azul em português. Produtos como fitas de LED e projetores têm essa opção de iluminação. O controle pode ser usado pra dimerizar, trocar as cores e escolher efeitos de luz. Então é só utilizar a imaginação! Quando acendemos, por exemplo, o vermelho e o verde ao mesmo tempo no chip de LED, é criada uma iluminação amarela. E é assim a mágica do RGB, ao variar as cores, consegue criar outras cores. As cores primárias são caracterizadas por serem criadas a partir da luz. Também levam esse termo por serem consideradas “cores puras” (luz monocromática), isto é, podem ser obtidas pela mistura de outras cores. São elas: vermelho, verde e azul. A partir da união de duas cores primárias é possível a criação das cores secundárias e terciárias. As múltiplas possibilidades de combinação abrem espaço para uma grande versatilidade de opções. Ao todo, podemos formar mais de 16 milhões de alternativas. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 36 ESPECTRO DE RADIAÇÃO MAGNÉTICA O nome em si é muito difícil, não é verdade? Mas na prática o entendimento é muito fácil. Nada mais é que a distribuição de ondas eletromagnéticas a partir dos comprimentos de ondas e frequência das radiações. Ao todo são sete tipos de ondas que se propagam na velocidade da luz: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios X e raios Y. Dentre elas apenas a luz visível é captada pelo olho humano. São essas ondas de luz visível que conseguimos enxergar nos diferentes tipos de cores. Na imagem temos todos os comprimentos de onda que são visíveis para o nosso olho. O vermelhotem seu comprimento de onda 700nm, o laranja 600nm e assim por diante. Talvez você esteja imaginando: para que eu preciso saber disso nos meus projetos? A questão é que a teoria dos comprimentos de onda é uma base para você entender o que é IRC, a relação das cores no nosso sistema biológico, dentre outras coisas. As temperaturas de cor são junções de vários comprimen- tos de onda, reproduzindo várias cores ao mesmo tempo. Já um LED verde, que geralmente usam em jardim, só irá reproduzir a cor verde das plantas. “Por favor, não use luz verde em jardim.” Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 37 DISTRIBUIÇÃO ESPECTRAL Quando nos dedicamos a estudar a iluminação, também nos deparamos com o termo distribuição espectral, que se refere à concentração de qualquer quantidade luminosa em função do comprimento de onda. Resumindo, são as cores que uma fonte de luz tem na sua composição, para reproduzir. Esse conceito é essencial, uma vez que ao conhecer suas potencialidades podemos escolher qual iluminação seria ideal para cada ambiente e também identificar se a luz tem muito azul ou não, pois essa cor é prejudicial a nossa saúde. Alguns fabricantes disponibilizam a curva de distribuição espectral na embalagem, porém são poucos, a maioria não disponibiliza. Na imagem abaixo podemos ver a distribuição de uma fonte de luz branco frio e outra branco quente. Na primeira curva, temos a distribuição de um LED branco frio. Observamos que a intensidade da luz azul é muito forte, essa é uma característica comum em lâmpadas com luz fria. Já na segunda imagem, temos uma fonte de luz quente, que tem pouco azul. Já as cores mais quentes, como vermelho, amarelo e verde, são mais intensas. Já foi comprovado cientificamente que a luz azul é uma das piores para o nosso sistema biológico, causando vários danos a nossa saúde. Mais à frente iremos ver detalhes. LUZ FRIA LUZ QUENTE Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 38 ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC) É a relação entre a cor real de um objeto e a aparência percebida diante de uma fonte luminosa. A fidelidade na reprodução das cores é indicada por um índice: IRC – Índice de Reprodução de Cor. O IRC é a métrica mais aceita para representar a capacidade de uma fonte de luz de reproduzir com exatidão a cor do objeto iluminado. Ou seja, o IRC representa o modo como as cores serão vistas de fato. Dependendo do IRC da lâmpada, vê-se uma roupa mais azulada ou esverdeada, por exemplo. À luz que tem reprodução das cores com a máxima fidelidade atribui-se IRC = 100, que é medida em uma escala de 0 a 100 (não podemos chamar de 100%, pois não é em porcentagem), que seria equivalente à luz natural do sol. IRC E A TECNOLOGIA LED Lâmpadas LED são geralmente limitadas na reprodução de cor na faixa do vermelho. Por exemplo, um objeto vermelho iluminado por uma lâmpada LED pode não apresentar a mesma tonalidade de cor quando iluminado sob luz natural. Essa métrica é nomeada R9, esse parâmetro deve ser sempre maior que 0. Em geral, lâmpadas com IRC 90 possuem elevado valor de R9. O valor de R medido individualmente indica a capacidade de fonte de luz reproduzir a cor vermelha. O IRC é a média dos valores R medidos, e seu índice depende de qual definição IRC é utilizada. Para lâmpadas LED, IRC maiores que 90 são considerados excelentes; acima de 80, é considerado bom, enquanto que menores que 80 são considerados ruins. O IRC varia de 0 a 100. Quanto mais próximo de 100, melhor a reprodução da cor. A iluminação com R9 elevado é muito importante para valori- zar obras de arte, alimentos, tons de pele, etc. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 39 O IRC surgiu com a análise de 8 cores, porém, depois de um tempo, viu-se a necessidade de analisar a reprodução de outras cores, como o famoso R9 (vermelho). Essas cores que foram adicionadas são 4 cores puras como o vermelho (R9), amarelo (R10), verde (R11) e azul (R12), e mais 3 cores pastel. Lâmpada marca Y tem IRC 80 com R9 60 Lâmpada marca X tem IRC 80 com R9 18 Vamos considerar duas lâmpadas AR70, de duas marcas diferentes e ambas com o mesmo IRC 80, porém uma tem o R9=18 e a outra tem R9=60, como na imagem acima. Logo a que tem R9=60 vai reproduzir melhor as cores vermelhas. O IRC é uma média da reprodução de todas as cores avaliadas. R1 R9R2 R10 R11 R12 R13 R14 R15R3 R4 R5 R6 R7 R8 L ig ht g re yi sh re d S tr o ng re d D ar k g re yi sh y e llo w S tr o ng y e llo w S tr o ng y e llo w g re e n S tr o ng g re e n L ig ht b lu is h g re e n L ig ht y e llo w is h p in k (s ki n) L ig ht b lu e M o d e ra te o liv e re e n (le af ) L ig ht v io le t A si an s ki n L ig ht re d is h p u rp le M o d e ra te y e llo w is h g re e n S tr o ng b lu e Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 40 TM-30 Embora já se tenha avançado ao estender o número de cores avaliadas, ainda não é possível analisar perfeitamente uma fonte de luz com a tabela do IRC. Para tal acuidade, está em desenvolvimento pela Comissão Internacional de Luz o TM-30, uma nova ferramenta para avaliação de cor que promete ser muito mais precisa. Para se ter uma ideia, essa ferramenta avalia não mais 15 cores puras, e sim 99. Além disso, está prevista uma segunda métrica relacionada à saturação da cor, que tratará também o grau de pureza. Apesar de muito mais completo, o método de medição TM-30 não aposentará o IRC, que apesar de suas falhas é bastante simples e suficientemente preciso para a grande maioria das avaliações, quando complementada pela tabela estendida. Reprodução de cor não é apenas IRC (Índice de Reprodução de Cor), também temos que olhar a temperatura de cor. Por exemplo, para iluminar uma loja que só tem calças azuis, o ideal é temperatura de cor fria, pois tem mais azul na sua distribuição espectral. Já para iluminar quadros que são todos vermelhos, amarelos e laranjas, o ideal são temperaturas de cor quentes, pois tem mais dessas cores no seu na sua distribuição espectral. Para ver a cor de uma roupa, com o IRC 100, é só sair na luz do dia, que você vai ver realmente a cor. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 41 ÂNGULO DE ABERTURA É o ângulo formado pelo cone de luz projetado pela fonte luminosa (os fachos não são exatamente um cone, mas usamos dessa forma para ficar fácil de interpretar). Essa característica da lâmpada interfere no quanto o facho de luz é mais focado ou aberto. É uma informação fundamental quando o objetivo é iluminação de destaque, com efeitos de luz na parede, objetos ou quadros. Esse ângulo também deve ser considerado na hora de projetar, para evitar desconfortos visuais e criar diferentes efeitos em paredes e pisos. Os ângulos variam em diferentes linhas e marcas. É importante saber o ângulo de abertura das fontes luminosas para criar uma iluminação adequada que esteja em harmonia com o ambiente no qual está inserida. Em projetos de iluminação, o ângulo de abertura das lâmpadas deve ser considerado para evitar desconforto visual e também para criar diferentes efeitos de luz em paredes ou até mesmo no piso. Quando se aumenta a distância entre uma fonte de luz e um objeto, a luz é difundida em uma área maior e sua intensidade diminui. PROJETOR 90° 35° 24° 10° DICROICA MINIDRICROICA PAR - 20 AR - 70 FACHO BEM MARCADO MÓDULO AR AR - 111 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 42 Para destacar algum objeto, como um manequim de uma loja, ou até mesmo uma decoração em uma prateleira, temos que ter no mínimo 3x a iluminância que temos no ambiente total. Um exemplo, se a iluminância média de uma loja é 300 lux, então teremos que ter900 lux no mínimo para destacar o manequim. Tem gente que gosta de trabalhar 5x, outras 7x, vai da sua percepção no projeto. A relação entre a distância e a intensidade é dada pela lei do quadrado inverso: a intensidade da luz é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a fonte de luz e a superfície sobre a qual ela incide. Sendo assim, quanto maior o pé-direito do ambiente, menos se enxerga o facho de luz marcado e menor a intensidade de luz. Por exemplo, nesse facho de luz de 25º com uma lâmpada PAR20, podemos observar que na altura de 1m temos 1350 lux, que é a iluminância medida. Quando vamos aumentando a distância, vai diminuindo a iluminância, em 4 metros temos somente 84 lux. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 43 CURVA DE DISTRIBUIÇÃO Nada mais é que a curva de iluminação que uma fonte luminosa produz em determinado ambiente. Essas curvas são registradas através de um gráfico que ressalta a distribuição espacial de luz. Por meio da curva de distribuição de luz é que podemos avaliar as luminárias ideais para cada ambiente, levando em conta seu grau de iluminação. Caso o fabricante não forneça, você tem somente o ângulo do facho para fazer essa análise. Cada luminária possui uma curva própria de distribuição de luz. Geralmente, essas informações estão facilmente disponíveis, sendo essenciais para a consulta. Entender este gráfico possibilita maior compreensão sobre o fluxo luminoso, direção e intensidade. Existem três tipos de curvas: transversal, longitudinal e diagonal. Na imagem abaixo, conseguimos compreender melhor essa relação entre o grau de iluminação x intensidade luminosa: Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 44 Através da curva de distribuição de luz é que podemos avaliar as luminárias ideais para cada ambiente, levando em conta seu grau de iluminação. Caso o fabricante não forneça, você tem somente o ângulo do facho para fazer essa análise. Esse gráfico representa a curva de distribuição de um painel de LED. Nesse tipo de luminária, a luz ganha uma curva circular, alcançando geralmente 120 graus. No entanto, a intensidade luminosa vai mudando de acordo com o ângulo. Enquanto que em 60º (ao todo< 120º) vão ser registrados 180 (cento e oitenta) candelas. Em 0º (bem abaixo da lâmpada), seu potencial chega no máximo, com 450 candelas. Ou seja, a intensidade luminosa muda drasticamente de acordo com o ângulo. Nessa outra curva, conseguimos observar na marcação do ponto vermelho, a 30º, que o limite da intensidade nesse ângulo é 200 candelas, logo, se observarmos o ângulo de 45º, a intensidade luminosa é zero. A maior intensidade nessa curva é no ângulo 0º, sendo 430cd. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 45 ÍNDICE DE PROTEÇÃO (IP) É o padrão internacional estabelecido para especificar os níveis de proteção dos equipamentos em relação a resíduos sólidos, como poeira, e também contra líquidos, como jatos de água, respingos, chuva intensa e submersão. O valor do Índice de Proteção (IP) é composto de dois dígitos: Primeiro 0-6: proteção conta objetos sólidos; Segundo 0-8: proteção contra água. Uma fita de LED IP20 não pode ser utilizada em nicho de banheiro, devido à umidade no ambiente. O ideal seria uma com proteção IP44 ou maior. IPXX 2° DÍGITO 1° DÍGITO IP20 IP44 IP65 IP66 IP67 Sem proteção contra água e umidade Proteção contra respingos de água Proteção contra jatos de água Proteção contra jatos fortes de água Proteção contra submersão temporária Proteção contra submersão contínuaIP68 Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 46 Na tabela, podemos ver a relação entre os índices e o grau de proteção que eles oferecem em cada caso. Qual o Índice de Proteção que devo levar em consideração ao comprar uma luminária? Depende. Você precisa levar em consideração aspectos como: o ambiente em que a luminária irá se encontrar, se estará sujeita a poeira, areia ou líquidos, altas temperaturas, etc. Por isso, é essencial que antes de tudo você analise o ambiente em que irá desenvolver o projeto. LUXÍMETRO Todos sabemos que para a execução dos projetos de iluminação é necessário calcular bem a quantidade de luz (iluminância) que estará disponível no ambiente. Por isso, é essencial que após a execução do projeto esses cálculos sejam confirmados através de equipamentos que irão medir esses números. Dentre eles, o luxímetro ganha maior destaque por ser mais utilizado por pessoas que trabalham em projetos luminotécnicos. Esse aparelho é responsável por medir a quantidade exata da intensidade de luz em um ambiente ou superfície. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 47 A medição é feita a partir de um sensor que identifica a quantidade de lúmens incidentes por metro quadrado. Assim, pode ser utilizado para confirmar se a quantidade de luz após a execução do projeto é igual à que foi planejada inicialmente. VIDA DAS LÂMPADAS Com o decorrer do tempo, toda fonte luminosa vai perdendo parte do seu fluxo luminoso. Esse processo de deterioração é inerente à vida útil das lâmpadas. Quando a lâmpada perde 25% do fluxo luminoso, considera-se que sua vida útil acabou. Sua substituição é recomendada mesmo que esteja funcionando. Exemplo: uma lâmpada que tem 100 lúmens. Quando 25% do fluxo luminoso tiverem sido depreciados, essa lâmpada perdeu sua vida útil. É preciso lembrar que a vida média em horas de uma lâmpada é maior que a sua vida útil. Por isso é comum ver luminárias continuarem funcionando após o fim de sua vida. O processo de “queimar a lâmpada” pode acontecer antes ou depois da vida útil e pode ser ocasionado por surtos elétricos. Na hora de escolher uma lâmpada, preste bem atenção nas especificações descritas na embalagem ou pesquise antes de comprar. A maioria das empresas apresenta as principais características dos seus produtos na embalagem. Confira a seguir um exemplo desse tipo de representação: Confira sempre a em- balagem do produto. Quase to- das as lâmpadas trazem a quan- tidade de fluxo luminoso, ângulo de abertura, IP... Bem como todos os conceitos que acabamos de apresentar. Fique atento a to- das as informações do produto para ter um resultado de proje- to de acordo com o esperado. Conhecendo os conceitos fica mais simples escolher o tipo de lâmpada adequada para cada um dos ambientes. ESPECIFICAÇÕES/REF. 434000 FLUXO LUMINOSO: 250LM INTENSIDADE LUMINOSA: 530CD ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR >80 ÂNGULO DE ABERTURA (50%): 38` VIDA ÚTIL (L70): 25.000H POTÊNCIA: 4W TENSÃO: 100-240V FREQUÊNCIA: 50/60HZ CORRENTE ELÉTRICA: 50mA (127V)/38mA (220V) FATOR DE POTÊNCIA ≥0.5 TEMP. DE OPERAÇÃO: -20ºC A 40ºC DIMENSÕES DA LÂMPADA: 50mm (D) X 55mm (A) ÍNDICE DE PROTEÇÃO: IP 20 TEMPERATURA DE COR: QUENTE 3.000K Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 48 ILUMINAÇÃO E SAÚDE Antigamente, para fazer um projeto luminotécnico era preciso saber somente como iluminar os ambientes, de acordo com as tarefas, destaques, balizamento, dentre outros. Hoje em dia, depois de descoberto o novo fotorreceptor no olho humano, e associado ao ciclo circadiano, comprovaram que iluminação não é somente iluminar os ambientes, é principalmente a saúde das pessoas que estão em um espaço. CICLO CIRCADIANO O ser humano e outros seres vivos são regulados de acordo com o ciclo circadiano. É o nome dado à variação nas funções biológicas, que está associado literalmente a luz solar, 24 horas, no período do dia e noite. O nosso cérebro controla um relógio biológico, que é alternado de acordo com os horários do dia. Para cada horário do dia, nós temos um série de mudanças no funcionamento do nosso organismo. A renovação celular, o ciclo sono-vigília, a secreção de hormônios e o metabolismo energéticoestão entre os principais processos biológicos, que estão associados a iluminância e cores emitidas pelas fontes de luz nos ambientes. No entanto, mudanças no ciclo circadiano (como passar noites em claro, trocar o dia pela noite ou alterações de fuso horário) podem interferir em inúmeros processos biológicos, resultando na desregulação metabólica, como, por exemplo, o aumento da liberação de cortisol e redução da liberação de melatonina, além de exercer influência sobre os sistemas nervoso central, cardiovascular e imunológico. Essas mudanças acabam por favorecer o desenvolvimento de uma ampla variedade de doenças, incluindo obesidade, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e maior susceptibilidade a infecções. Por isso afirmamos que os projetos luminotécnicos não são somente estética, são principalmente a relação com a saúde dos seres humanos. A cor azul, que tem maior intensidade nas temperaturas de cor frias, é a pior para o uso durante a noite (que é o período em que produzimos o hormônio melatonina), por isso as temperaturas de cor frias não são adequadas para períodos noturnos, isso faz parar a nossa produção de melatonina. O ideal seria que em períodos noturnos o ser humano estivesse literalmente no escuro, esse é o cenário perfeito para produção de melatonina. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 49 Já que não conseguimos ficar sem iluminação durante a noite, precisamos ter vários tipos de cuidados, para a iluminação não ser prejudicial à produção de melatonina. Durante a noite produzimos melatonina para relaxar e dormir, e durante o dia produzimos cortisol, para trabalhar e fazer atividades, ficar ativos. Caso tenhamos luz inadequada durante a noite, iremos produzir cortisol, e se estivermos no escuro durante o dia, iremos produzir melatonina. Por isso temos que balancear o que é dia e o que é noite, e usar esses períodos da melhor forma possível, de acordo com o ciclo circadiano. A melatonina é um hormô- nio produzido naturalmente pelo organismo, que possui como principal função regu- lar o ciclo circadiano, fazendo com que funcione normal- mente. Além disso, a mela- tonina promove o bom fun- cionamento do organismo e atua como antioxidante. Este hormônio é produzido pela glândula pineal, que só é ativada quando não há es- tímulos luminosos, ou seja, a produção de melatonina só ocorre à noite, induzindo o sono. Por isso, na hora de dormir, é importante evitar a luminosidade, estímulos sonoros ou aromáticos que possam acelerar o metabo- lismo e diminuir a produção de melatonina. Geralmente, a produção de melatonina di- minui com o envelhecimento, e é por isso que os distúrbios de sono são mais frequentes em adultos ou idosos. O uso de telas, como celular, tablet, computadores, tele- visores, faz com que a luz entre literalmente no nosso olho e pare a produção de melatonina. Mesmo que você use a tela em modo no- turno, que fica mais amarela- da, como se fosse tempera- turas quentes, ainda irá parar a produção de melatonina. Você já ficou com insônia, depois de passar um período olhando para alguma tela? E ao fechar os olhos não con- seguiu dormir? Isso é uma influência da luz, que não estava produzindo mela- tonina, e fez com que você não conseguisse dormir. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 50 ILUMINAÇÃO INTEGRATIVA A Iluminação Integrativa transforma ambientes promovendo bem-estar, influenciando na fisiologia e nos aspectos emocionais. De acordo com a CIE (Comissão Internacional de Iluminação), o termo mais adequado para utilizar em projetos que estão relacionados aos requisitos visuais é Iluminação Integrativa (integrative lighting). A pesquisadora Betina Martau diz que a iluminação integrativa é o projeto que tenta dar conta dos aspectos visuais e não visuais da iluminação. O objetivo dessa abordagem em projetos de iluminação é garantir que o ritmo natural do corpo seja mantido independente do espaço interno, e dessa forma consiga manter uma qualidade para o usuário no espaço. A produção de melatonina é distribuída para todo o corpo. A ausência dela reduz as funções metabólicas. Precisamos dela para o nosso corpo dormir, e o papel do sono é regenerar e energizar o corpo, resetar mesmo. Luz fria é para ser usada somente durante o dia, junta- mente para gerar cortisol, independente da atividade. Já a luz quente é para utilizar durante a noite, pois tem pouco azul, não gera cortisol e deixa a produção de melatonina fluir. Também tem outro fator importante: a melhor iluminação para não parar a produção de melatonina é a indireta, depois vem na sequência a difusa, e a pior é a direta, que dá para ver o chip de LED, que ofusca. A parte de baixo do nosso olho é a mais sensível para a luz parar a produção de melatonina, isso tudo é porque somos acostumados a ver a luz solar, que sempre vem de cima. O ideal para uma iluminação, por exemplo, quando você acorda para ir ao banheiro durante a noite, seria luz indireta, e que esteja baixa ou no máximo até a metade da altura da parede. Pode ser feito com balizadores baixos, arandelas indiretas, iluminação indireta nos móveis, abajur, dentre outras. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 51 EFEITOS DE ILUMINAÇÃO Inicialmente havía apenas a luz natural, o que limitava as horas produtivas do dia e impunha uma série de perigos para as horas sem luz solar. Com o descobrimento da luz artificial ocorreu uma revolução no modo de viver e se relacionar, tornando impensável imaginar nosso dia sem luz elétrica. Depois da luz solar, agora é a hora de aprender sobre a luz artificial e seus usos. Veremos os três tipos mais utilizados: difusa, direta e indireta. LUZ DIFUSA A luz difusa é mais homogênea, possui uma espécie de filtro, geralmente um acrílico ou vidro. Pode ser por exemplo um painel de LED que possui um difusor de acrílico que deixa a luz mais confortável, com menos intensidade e sem deixar a desejar no fluxo luminoso. Por ser difusa, a luz é distribuída de modo uniforme pelo ambiente, sem criar sombras fortes, já que a lâmpada não fica direcionada diretamente para algum ponto específico. Seu uso é bem versátil e cai bem em qualquer ambiente, como salas, quartos, banheiros, cozinhas, corredores e até mesmo garagens. Também é ideal para ambientes comerciais e corporativos. É importante sempre combinar a luz difusa com outras fontes de luz. Se o ambiente for uma sala ou um quarto, é importante ter outros tipos de fonte, pois nem sempre se deseja somente luz geral no ambiente. Para isso, criamos cenas e distribuímos comandos com o objetivo de causar diferentes sensações no ambiente. LUZ DIFUSA Luz distribuída por um difusor, que pode ser um acrílico Destaca pontos específicos Suave, agradável, a melhor para não parar a produção de melatonina LUZ DIRETA LUZ INDIRETA Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 52 Proporciona uma luz uniforme para todo ambiente Proporciona uma luz concentrada sobre áreas específicas DISTRIBUÍDA LOCALIZADA LUZ DIRETA Sabe quando temos um foco específico de luz? Em um quadro, sobre uma decoração ou mesa de trabalho? Essas são as situações em que é indicado o uso de luz direta! Ela é vertical e incide sobre o plano de trabalho. Prática e funcional, esse tipo de iluminação é muito utilizada quando queremos dar evidência a um ponto específico! Ou seja, a luz direta é direcionada exatamente sobre a superfície que precisa de destaque. O fluxo luminoso desse tipo de luz fica voltado especificamente para o objeto ou espaço de destaque. Por isso, usamos luz para qualquer objeto que queremos destacar ou até mesmo para iluminação intimista. A luz direta é também muito utilizada sobre mesas de trabalho, fornecendo assim um fluxo luminoso ideal para realizar essa atividade. Os tipos de lumináriasmais indicados para iluminação direcional são embutidos, pendentes, spots, abajures de piso, espetos de LED, embutidos de solo. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 53 LUZ INDIRETA A luz indireta ajuda na percepção do ambiente como um todo. Ela funciona por meio de reflexão, ou seja, o facho de luz é direcionado de forma a refletir no ambiente. Por isso a luz indireta é mais suave e mais agradável, já que não atinge diretamente os olhos das pessoas. A dica é direcionar a luminária para uma superfície de boa reflexão, ou seja, que reflita bem o fluxo luminoso e provoque o efeito da luz no espaço; quanto mais clara a cor, melhor. Arandelas, perfis, rasgos no gesso fazem bem essa função e espalham a reflexão no ambiente! Usamos a iluminação indireta em lugares como salas e quartos, onde esse efeito traz um bom resultado. Para a criação desse efeito, escolha uma luminária adequada ao tipo de lâmpada, ela precisa esconder a lâmpada e proporcionar o efeito refletor para maior conforto visual. Outra opção é escolher luminárias com LED já integrado. Os ambientes podem ser iluminados de diferentes formas, é preciso levar em consideração as necessidades do espaço a partir das atividades que serão realizadas para definir os tipos de iluminação ideal para o ambiente. O uso do espaço diz tudo sobre a iluminação. Ambientes residenciais e comerciais têm necessidades completamente diferentes, por exemplo, a temperatura de cor. Em um mesmo ambiente podemos combinar diferentes efeitos de iluminação, criando assim uma atmosfera agradável, funcional e bonita. A iluminação interfere nos sentidos, na emoção, na produtividade, na motivação e na capacidade de concentração. É muito comum observarmos espaços iluminados sem nenhum conhecimento técnico. Iluminação em excesso aumenta o consumo de energia e uma má distribuição da luz pode gerar desconforto e até mesmo atrapalhar em tarefas. A luz direta pode se tornar cansativa, uma vez que cria sombras com grande diferença entre os pontos mais claros e mais escuros. Por isso, evite colocá-la sobre o sofá ou acima da televisão e aproveite a possibilidade de controlar a intensidade da luz utilizando lâmpadas dimerizáveis. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 54 TIPOS DE ILUMINAÇÃO GERAL: Ambiente como um todo TRABALHO: Foco e produção BALIZAMENTO: Indica o caminho EMERGÊNCIA: Para segurança DECORATIVA: Enfeita DESTAQUE: Valoriza 1 2 5 63 4 Não existe certo ou errado na hora de escolher a lâmpada ou luminária, mas sim qual a opção mais adequada às necessidades funcionais e estéticas do projeto. Cuidado com a posição do interruptor! Para a iluminação geral, precisamos colocá-lo sempre na entrada do cômodo ou em um local de fácil acesso. 1. ILUMINAÇÃO GERAL É a iluminação “principal do ambiente”, ou seja, corresponde à fonte que distribuirá a luz de forma regular. Ela deve ser omnidirecional, ou seja, distribuída de modo uniforme e proporcionando uma iluminação homogênea. É o ponto principal do espaço, normalmente o central! 2. ILUMINAÇÃO DE TRABALHO É a iluminação que destinamos exclusivamente a trabalhos desenvolvidos em um ambiente. Um exemplo de iluminação de trabalho em residências seria a bancada da cozinha, área de serviços, área da pia. Também podemos considerar uma área de trabalho, enfim, é tudo em que podemos exercer algum tipo de atividade que precise de atenção. Já em ambientes corporativos, comerciais, é mais fácil de achar as áreas de trabalho. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 55 3. ILUMINAÇÃO DECORATIVA Neste tipo de iluminação, a função estética e decorativa é tão importante quanto a luz gerada pela lâmpada. A iluminação decorativa cria um efeito charmoso no ambiente! A luminária, pela sua beleza e pela forma como ilumina, está posicionada para decorar, como lustres, pendentes, abajures e luminárias de piso, prateleiras iluminadas com fitas de LED, por exemplo. Esse tipo de iluminação proporciona uma luz mais aconchegante, que não tem só a intenção de iluminar, mas sim deixar o ambiente acolhedor e mais bonito. Alguns pendentes são tão decorativos que é necessário instalar outra fonte de luz para iluminar. As lâmpadas de filamento LED produzem muito esse efeito! A iluminação decorativa também pode ter um efeito cênico, com função mais intimista e convidativa, com efeitos de luz, sombra, cores, formas e desenhos. 4. ILUMINAÇÃO DE DESTAQUE É uma iluminação direta que valoriza algum ponto específicio. Essa iluminação proporciona mais luz e sombra, já que o facho de luz é concentrado. A iluminação de destaque tem o objetivo de criar um centro de interesse no elemento a ser destacado. Ela dá ênfase ao aspecto escolhido, chamando a atenção do olhar. Consideramos 3x ou mais a iluminância do ambiente, para ser considerada de destaque. Esse efeito é obtido com uso de spots, por exemplo, em nichos de mobiliário, onde a luz fica bem próxima da superfície iluminada. A iluminação de destaque pode ser pontual, focada na atividade realizada no ambiente e atendendo às necessidades de forma funcional. 5. ILUMINAÇÃO DE BALIZAMENTO É um tipo de iluminação para indicar um caminho, porém é muito utilizado como decorativa. Essa iluminação usamos bastante em escadas, entradas de residências, cinemas, contorno de piscina, em quartos, circulações. Esse tipo de iluminação é bem interessante para utilizar em quartos, onde balizamos o usuário até o banheiro, para utilização durante a noite. Isso é legal, pois não compromete a produção de melatonina. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 56 6. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA É uma iluminação voltada para trazer luz a áreas de passagem e pontos de atenção quando há falta de iluminação normal. Com o objetivo de evitar acidentes, além de garantir a saída e a evacuação de pessoas em casos emergenciais, a iluminação de emergência é necessária em ambientes comerciais que tenham circulação de pessoas. Podemos usar os tipos de luz e de iluminação para criar efeitos diferentes e provocar sensações em um ambiente. Vamos conferir alguns deles: wallwash, downlight e uplight. WALL WASHING Traduzido de maneira literal, significa “banho de luz na parede”. É o efeito criado com a instalação de spots embutidos no forro, bem próximos à parede, direcionando o facho de luz. Muito utilizado para iluminar texturas e detalhes arquitetônicos, criando efeitos de luz e sombra muito interessantes. Para ser considerado Wallwash, é necessário que a fonte luminosa esteja distanciada acima de 30cm da parede. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 57 WALL GRAZING Diferente do Wall Washing, o Wall Grazing é uma luz rasante, que banha a parede mostrando suas ondulações e efeitos em revestimentos, texturas. Para ser considerado esse efeito, é necessário que as fontes de luz estejam em uma distância menor que 30cm. DOWNLIGHT Iluminação de cima para baixo, utiliza luminárias específicas para embutir no forro, com a intenção de ocultar a fonte luminosa. Direciona de maneira vertical ao facho de luz, e com o uso de diferentes luminárias e lâmpadas em posicionamentos alternados torna possível criar efeitos diversos. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 58 UPLIGHT Efeito criado ao se empregar a iluminação de baixo para cima, por meio de luminárias que emitam luz direcionada para o forro. Neste caso, o forro na cor branca auxilia muito na reflexão da luminosidade pelo ambiente. TIPOS DE LÂMPADAS A escolha das lâmpadas é um fator importante para conseguir o efeito desejado no ambiente e, principalmente, para garantir conforto com um valor considerável de economia de energia. A grande variedade de opções LED já é uma realidade no mercado. São lâmpadas, fitase luminárias de diversos tipos, entre elas, as luminárias com LED já integrado, que facilitam a instalação e entregam uma solução completa de iluminação. Fizemos uma seleção com as nossas principais escolhas e indicações das soluções LED que mais utilizamos em nossos projetos. As lâmpadas de LED foram criadas exclusivamente para substituir as lâmpadas fluorescentes, halógenas, incandescentes e outras. Mas a tendência é que de acordo com o passar dos anos elas saiam do mercado e sejam substituídas por luminárias integradas. As luminárias integradas além da sua estrutura já ser projetada para o LED ter uma melhor eficiência possível, como dissipação de calor, também diminuem o preço desses produtos, pois em um só produto o fabricante já produz as duas coisas ao mesmo tempo, otimizando tempo e recursos. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 59 LÂMPADAS TIPO PAR Vamos começar falando da família das lâmpadas tipo PAR (refletor parabólico de alumínio). Essas lâmpadas são bastante utilizadas em iluminação de destaque, quando queremos destacar alguma coisa, ou até mesmo como iluminação geral, colocando várias no teto. A diferença entre elas é basicamente seus tamanhos, bases, fluxo luminoso e intensidade luminosa. Em relação ao tamanho, a menor seria a MR11, mais conhecida como minidicroica, e assim vai na sequência, MR16 (dicroica), PAR20, PAR30 e PAR38. As bases das MR11 e MR16 são GU10, já nas outras é E27. Muito cuidado sobre onde irá instalar esse tipo de lâmpada, pois a maioria é para áreas internas, IP20 geralmente, que não suportam nenhum tipo de respingo de água. Em relação a fluxo luminoso, antigamente, quanto menor a lâmpada, menos fluxo luminoso tinha. Hoje em dia já existem modelos em que uma dicroica tem mais fluxo luminoso do que as PAR20, por isso é importante analisar as informações na embalagem. Vamos falar mais sobre cada uma delas e depois iremos fazer um comparativo com as lâmpadas AR70 e AR111. Qual a diferença entre uma PAR20 e PAR30? A diferença está no tamanho, na potência e na intensidade luminosa. Para pé-direito mais alto, escolha a PAR30. Esse modelo entrega maior intensidade de luz, mas sempre conferindo no cálculo ponto a ponto! Qual a diferença entre a PAR20 e a dicroica? A diferença é em relação à dimensão, pois enquanto a primeira precisa de uma luminária maior, a segunda utiliza luminárias mais delicadas. Dependendo do modelo, pode haver também diferença na intensidade luminosa e no ângulo de abertura do facho de luz. Se você procura uma iluminação “cênica” para o projeto, a lâmpada dicroica é a mais indicada. Se você procura uma luz mais intensa, indicamos o uso da lâmpada PAR20. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 60 MINIDICROICA Conhecidas como MR11, as lâmpadas minidicroicas são de destaque, mas também servem para decorar e realçar detalhes. Perfeitas para criar cenas mais aconchegantes. Usamos muito em circulações para marcar o caminho e no box do banheiro para criar um momento para relaxar. Assim como as dicroicas, a minidicroica também tem modelos dimerizáveis excelentes para criação de cenas. ONDE UTILIZAMOS? Escritório, home theater, estar, dormitório, box de banheiros, nichos, hall e circulação. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 61 ONDE UTILIZAMOS? Escritório, cozinha, gourmet, home theater, estar, jantar, dormitório, banheiro, closet, varanda, hall, circulação e banheiro. DICROICA Conhecidas como MR16, as lâmpadas dicroicas são usadas para destacar, são maiores e têm geralmente um pouco mais de fluxo luminoso que as minidicroicas. São econômicas e têm fachos mais direcionais, com ângulos de 10º, 25º, 36º. Os modelos dimerizáveis são muito úteis na criação de cenas, têm um efeito visual agradável e seu facho é bem marcado. Cuidado, se utilizar um dimmer e a lâmpada não for dimerizável, poderá queimar. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 62 PAR20, PAR30 E PAR 38 As lâmpadas PAR20, PAR30 e PAR38 são usadas para destacar ou até mesmo iluminar o ambiente. Uma curiosidade é que as lâmpadas PAR têm um menor custo do que as lâmpadas tipo AR. Também podem ser dimerizáveis. ONDE UTILIZAMOS? Escritório, cozinha, gourmet, home theater, estar, jantar, dormitório, closet, banheiro e varanda. Lâmpada par38 é difícil de utilizar em projetos residenciais, devido ao seu alto fluxo luminoso. Elas possuem superfície refletora que enfatiza o brilho da luz, garantindo uma distribuição uniforme e homogênea da mesma, e são ideais para decoração e para locais que requerem uma boa iluminação. Devem ter a escolha entre o modelo PAR 20 ou 30 guiada com base na necessidade de intensidade de luz e o pé-direito. A diferença entre uma lâmpada PAR20 e PAR30 se dá em termos de potência e fluxo luminoso, sendo a PAR30 indicada para ambientes com pé-direito acima de 280cm. As lâmpadas PAR30 são muito utilizadas em ambientes comerciais como vitrine de lojas, hotéis, restaurantes, supermercados. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 63 LÂMPADAS TIPO AR As lâmpadas tipo AR (refletor de alumínio) têm algumas diferenças em relação às PAR, sendo principalmente sua estrutura mecânica, que faz com que o usuário não ofusque ao olhar para ela. Para a luz conseguir sair da lâmpada, ela precisa ser refletida na sua estrutura e direcionada para o objeto desejado. A base dessas lâmpadas na maioria das vezes são GU10, e podemos perceber que a AR70 é menor do que a AR111. Os ângulos de abertura do facho delas, geralmente, são de 10º e 24º. Qual a diferença entre a AR70 e AR111? A diferença entre a AR70 e a AR111 é similar à diferença entre a PAR20 e a 30: a AR111 emite mais luz e, por isso, é indicada para espaços com o pé-direito mais alto, enquanto a AR70 é indicada para uso em pé-direito padrão. Acima de 2,80cm consideramos o uso de lâmpadas como AR111 ou PAR30. A maioria das luminárias consegue encaixar uma lâmpa- da AR70 ou PAR20, já que ambas possuem praticamente o mesmo diâmetro. A mesma regra vale para lâmpadas AR111 e PAR30. O tamanho da luminária pode ser o mesmo, o que mudará será a base da lâmpada. LÂMPADAS TIPO PAR Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 64 AR70 As lâmpadas AR70 são usadas para destacar, são mais interessantes com temperatura de cor quente e podem ser dimerizáveis dependendo do modelo. Como o LED está escondido, a luz emana para cima e reflete no espelho superior, que na maioria das vezes é de alumínio - isso impede o ofuscamento. O ângulo de abertura da AR70 pode ser 12º ou 24º, especifique o ângulo para criar o efeito desejado no seu projeto. ONDE UTILIZAMOS? Gourmet, home theater, estar, jantar, dormitório e banheiro. O efeito e a sensação que esse tipo de lâmpada emite são ideais para quartos. Podemos utilizá-la no centro do quarto ou até mesmo sobre as mesas de cabeceira. Utilize sempre que possível o dimmer para controle da intensidade. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 65 AR111 As lâmpadas AR111 são usadas para destacar com maior intensidade e entregam temperatura de cor quente. São refletoras (geram baixo ofuscamento) e dimerizáveis. Assim como a AR70, podem ser com ângulo de 12 ou 24º. São indicadas geralmente para locais com o pé-direito alto, acima de 2,80cm. ONDE UTILIZAMOS? Sala de estar, vitrines e shoppings. Documento de uso EXCLUSIVO de Denise Mattos (denise.omattos@gmail.com) Pedido75673 66 TUBULAR As lâmpadas tubulares LED têm alta durabilidade e substituem as tradicionais lâmpadas fluorescentes. Temos nos modelos com base T8, que geralmente têm um menor preço do que as T5, que são mais fininhas. As tubulares T8 têm medidas padrões 60cm, 1,20m e 2,4m, já as T5 encontramos com
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