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Exercicio avaliativo Direito Administrativo

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Analise o seguinte julgado e faça o que e pede em seguida:
 
Ementa: ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. ANULAÇÃO DE AUTO DE INFRAÇÃO. IBAMA. IMPOSIÇÃO DE MULTA. PORTARIA Nº 267-P/88. DECRETO-LEI Nº 289 /67. ILEGALIDADE DAS PENALIDADES IMPOSTAS. NÃO RECEPÇÃO PELO ART. 25 DO ADCT. I – São ilegais as multas impostas com base em portarias, por não encontrarem respaldo no ordenamento jurídico vigente. Isto porque, o ato administrativo não pode criar obrigações ou impor penalidades, sob pena de infringência ao princípio constitucional da legalidade, segundo o qual ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei, a teor do disposto no artigo 5º , inciso II , da Constituição Federal . II – A delegação de competência prevista no Decreto-lei nº 289 /67 perdeu a eficácia jurídica com a edição da Emenda Constitucional 11 /78 (art. 3º) e não foi recepcionada pelo art. 25 do ADCT, da Constituição de 1988. III – A Portaria nº 267-P, de 05/9/88 - IBDF, não pode subsistir, quando dispõe sobre penalidades administrativas, na medida em que fundada na delegação de competência contida no diploma legal não recepcionado pela Constituição de 1988. IV – O IBAMA não dispõe de expressa previsão legal para punir o ilícito administrativo, eis que as Leis nº 7.735 /89 e nº 8.005 /90 não descrevem infração ou penalidade administrativas, prescindindo de complementação na forma de lei (em sentido formal), consoante o princípio da legalidade (art. 5º , inciso II , da Constituição Federal de 1988). V – A Portaria nº 267-P/88 – IBDF, por sua vez, viola o princípio da reserva legal, porque somente a lei pode descrever infração e impor penalidade. Aplicação de multa decorrente de contravenção penal cabe, exclusivamente, ao Poder Judiciário. VI – Apelação cível e remessa necessária improvidas. (TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 9902057357 RJ 99.02.05735-7 ) (Links para um site externo.)
 
1ª) Explique, a partir da decisão acima, a afirmação de que a gestão pública é função subordinada de aplicação. (Valor: 4 pontos)
2ª) Explique como o princípio da separação de funções se aplica à Administração Pública em suas relações com o Poder Judiciário e com o Poder Legislativo.  (Valor: 4 pontos)
3ª) Quais são e como são aplicados os critérios de atração do Direito Administrativo no ordenamento brasileiro? (Valor: 2 pontos)
Os critérios de atração do Direito Administrativo são aplicados e compostos por:
1- Critério do Poder Executivo: Tem como característica um complexo de leis que disciplinam o Poder Executivo e exclui os outros poderes que também exercem função administrativa e, além disso, há matérias submetidas ao direito privado (comercial, consumerista).
2- Critério das Relações Jurídicas: É um conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública e os cidadãos administrados; exclui a organização interna e a relação com seus bens. 
3- Critério da Puissance Publique: É caracterizado pela exorbitância gente ao direito privado (atos de império x atos de gestão), deixa de fora os atos negociais praticados em igualdade. 
4- Critério do Serviço Público: É um resumo das regras de gestão e organização dos serviços públicos, não abrange os delegatários e o exercício de atividade econômica. 
5- Critério Teleológico: É como um conjunto de normas que regulam a atividade do Estado para o cumprimento dos seus fins – insuficiente pela dificuldade de se definir o que são os fins do Estado.
6- Critério Negativo ou Residual: Caracterizado como todas as atividades reguladas pelo direito administrativo, exceto as legislativas, jurisdicionais e patrimoniais. 
Logo, o critério da Administração Pública para definir o Direito Administrativo é adotado pela maioria dos administrativistas brasileiros contemporâneos desde a segunda metade do século XX.
E essa composição do critério possui como funções o sentido objetivo, funcional ou material; e o sentido subjetivo, estrutural ou orgânico faz parte dos entes e órgãos. Tudo isso tem como objetivo a satisfação das necessidades da sociedade e a viabilização do funcionamento estatal.

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