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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL E MÍDIAS SOCIAIS MARIA GABRIELA OLIVEIRA DE JESUS AZEVEDO Resolução do Caso (N1) Como utilizar memes de forma estratégica para sua marca Salvador 2022 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL E MÍDIAS SOCIAIS MARIA GABRIELA OLIVEIRA DE JESUS AZEVEDO Resolução do Caso (N1) Como utilizar memes de forma estratégica para sua marca Dissertação apresentada à disciplina de Monitoramento e Engajamento em Mídias Sociais, da Universidade Anhembi Morumbi, como parte dos requisitos para obtenção da Especialização em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais. Salvador 2022 Como utilizar memes de forma estratégica para sua marca Antigamente era costume pensar nas organizações como uma estrutura de quatro paredes, séria e formal. Há algum tempo, esse formato foi ressignificado. As organizações se tornaram cada vez mais humanizadas, e todos os processos mais fluidos e conectados com o ser humano. É comum, no entanto, haver dúvidas de até que ponto as marcas devem humanizar esse processo, para que não aconteça máculas na sua imagem e reputação, principalmente quando as redes sociais são inseridas no contexto. O conceito de redes sociais se dá desde o final do século XIX, através do uso da sociologia para analisar interações entre indivíduos, grupos e sociedades. Pensando em um conceito mais atual, como Facebook, Instagram e WhatsApp, as redes sociais são centro de informações entre pessoas e/ou organizações, cujo principal objetivo é estabelecer relacionamento entre as partes envolvidas. Os autores Boyd e Ellison (2007, p.1) definem sites de redes sociais como serviços baseados na web que permitem aos indivíduos: (1) construir um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema limitado (2) articular-se com uma lista de outros usuários com os quais se compartilhará uma conexão. (3) ver e percorrer a sua lista de ligações e aquelas feitas por outras pessoas dentro do sistema. (apud Terra, Carolina F., p. 205). Uma pesquisa realizada pelo portal Cupom Válido mostrou que o Brasil é o terceiro país no mundo que mais usa redes sociais, ficando atrás apenas das Filipinas e das Colômbia. Um outro estudo, feito pelas empresas We are Social e Hootsuite, corrobora que o uso das redes sociais pelos brasileiros tem um objetivo comercial, ou seja, os brasileiros buscam diariamente produtos e/ou serviços pelas redes. Com isso, fica mais claro que, cada vez mais, as organizações precisam estar ativas nesses canais buscando se conectar com os usuários, que são seus consumidores, ou possivelmente se tornarão. O compartilhamento de informações é um dos fatores que fazem as redes sociais serem um sucesso. A possibilidade de compartilhar informações, de forma anônima ou identificada, motiva os usuários a compartilharem suas opiniões, pensamentos e experiências. Especialmente se as instituições forem colocadas em pauta, já que, até pouco tempo atrás, essas organizações eram as únicas detentoras do poder de criar conteúdo e informações. Hoje em dia, todo usuário de rede social é um possível criador de conteúdo, desta forma, ficou popular o termo “prosumers”, ou seja, consumidores que ao mesmo tempo são produtores de conteúdo e utilizam seus perfis para compartilhar informações e avaliações sobre produtos e serviços. Os prosumers e as redes sociais são “fontes de informação mercadológica, realizando uma análise sob a perspectiva da inteligência competitiva em empresas brasileiras”, como informa a doutora, Xenya Bucchioni (2020, p.3). Logo, pode-se afirmar que a forma que as marcas se posicionam no ambiente digital influencia diretamente no processo de decisão de consumo do usuário. É preciso, portanto, que haja uma estratégia bem traçada para a coleta, análise e utilização de dados, para que as decisões sejam tomadas de forma assertiva, e isso se torna possível com o monitoramento das redes sociais. O perfil do usuário varia de acordo com a rede social, e varia também de acordo com o perfil de cada geração. Por exemplo: os Baby boomers e a Geração X utilizam mais o Facebook, já os Millennials (Geração Y) e a Geração Z, são mais adeptos do Instagram, YouTube, LinkedIn e TikTok. As redes sociais são inconstantes, mudam o tempo todo de foco, de contexto de objetivo. cabe, portanto, para a marca ser eficaz em sua comunicação, é necessário estabelecer seus objetivos e traçar estratégias para alcançá-los. esse é o desafio. É preciso que as marcas se aproximem dos seus públicos, utilizando a linguagem que estes utilizam e compreendem, além de produzirem conteúdos que sejam relevantes para esse público, a fim de criar conexões de forma espontânea. Como muitas marcas estão se posicionando de forma assertiva nas redes, é preciso investir em estratégias e ferramentas diferentes para se reinventar e trazer resultados para a marca que está sendo representada. Uma das ferramentas utilizadas para todas as gerações e redes, é a utilização de memes. O meme é uma mensagem, acompanhada ou não de imagem, vídeo ou gif, que contém ironia e é cômico. Esse termo, foi criado por Richard Dawkins, em 1976, que definiu meme como: "uma unidade de transmissão cultural, ou de imitação" (apud Torres, 2016, p. 60), daí vem seu entendimento mais completo de ser amplamente divulgado e propagado nas redes sociais. A pesquisadora em comunicação digital e professora da Faculdade Cásper Líbero, Janaíra França, diz que "A facilidade com que esses canais permitem que uma dada informação seja repassada adiante é a força motriz da linguagem dos memes" (apud Torres, 2016, p. 60), isso acontece pois os memes são um recurso adaptável a vários temas, e com mensagens que são transmitidas de forma leve e de fácil compreensão, tudo o que uma rede social pede: rapidez e agilidade. A utilização dos memes, bem como de todos os outros recursos das redes sociais, deve ser feita de forma estratégica, e eles não devem ser usados como única forma de comunicação. Tudo deve ser avaliado e pensado através do monitoramento das redes sociais da organização para que a comunicação estabelecida esteja de acordo com a identidade e persona da instituição. 85% dos internautas brasileiros reagem a memes nas redes, como revela pesquisa realizada pela Consumoteca em parceria com a Globosat. A professora e jornalista especializada em marketing, Silvia Ferreira, alerta: “muitas empresas e instituições já possuem departamentos de comunicação que se encarregam de produzir memes. Se não entregarem algo novo, adaptado ao público, o meme pode ser subtraído da rede e sua evolução cessará" (apud Torres, 2016, p. 60). Sendo assim, muitas organizações estão utilizando dessa ferramenta para se aproximarem dos seus públicos, manterem um bom engajamento e ter presença nas redes sociais. Um exemplo bem sucedido de aplicabilidade de memes para empresas foi o da Piraquê. Tudo começou com uma fake news que dizia que o cantor Zeca Pagodinho protagonizou uma das campanhas da marca quando criança, em 1967. Depois de desfazer o mal-entendido, a Piraquê escolheu o cantor como embaixador. Zeca Pagodinho protagonizou as campanhas da marca cujo slogan escolhido foi: “Isso tem um Quê de Piraquê”, o cantor já é um fenômeno de memes nas redes, por conta do seu jeito irreverente e original. Cabe destacar que todo o trabalho realizado foi também para reposicionar a marca e aconteceu, inicialmente, de forma espontânea. Utilizando do que aconteceu de forma orgânica, os especialistas da Piraquê continuaram utilizando dos memes criados a partir da fake news, maspara isso, devem ter realizado as análises necessárias para traçar as campanhas. A utilização dos memes, deve ser feita de forma inteligente e estratégica, estes são um recurso criativo, que, se usados da forma correta, são muito potentes para impulsionar o engajamento, presença da marca e conexão com os públicos. Portanto, as organizações devem utilizá-los em seus discursos nas ocasiões pertinentes, utilizando desse importante recurso na visibilidade da marca. Referências Bibliográficas Brasil é o terceiro país do mundo que mais usa rede sociais, diz pesquisa. Tecnologia - Estado de Minas. set. 2021. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2021/09/28/interna_tecnologia,1309670/brasil- e-o-terceiro-pais-do-mundo-que-mais-usa-rede-sociais-diz-pesquisa.shtml>. Acesso em: 15 de mai. 2022. BUCCHIONI, Xenya. Monitoramento e Engajamento nas Mídias Sociais. Roteiro de Estudos. 2020. CONTADO, Valeria. Com Zeca Pagodinho, Piraquê reposiciona marca. Meio & Mensagem. fev. 2022. 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O que são Redes Sociais? Saiba tudo sobre Instagram, Linkedin, Facebook e mais. Resultados Digitais. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/tudo-sobre-redes- sociais/>. Acesso em: 15 de mai. 2022. OLIVEIRA, K. E. J.. PORTO, C. M.. ALVES, A.L.. Memes de redes sociais digitais enquanto objetos de aprendizagem na Cibercultura: da viralização à educação. Universidade Estadual de Maringá. Disponível em <https://www.redalyc.org/journal/3033/303360435005/html/>. Acesso em: 15 de mai. 2022. Prosumer: o que é, características e impactos no marketing. Rock Content. jul 2018. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/prosumer/>. Acesso em: 15 de mai. 2022. REZENDE, Murilo. Geração Z, marcas e redes sociais: a importância do posicionamento no digital. Consumidor Moderno. set. 2021. Disponível em: <https://www.consumidormoderno.com.br/2021/09/03/geracao-z-marcas-redes-sociais/>. 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Disponível em: <https://revista.uemg.br/index.php/cadernodeeducacao/article/view/2809/1541>. Acesso em 15 de mai. 2022. https://webcompany.com.br/o-poder-das-redes-sociais-no-cotidiano-dos-brasileiros/ https://webcompany.com.br/o-poder-das-redes-sociais-no-cotidiano-dos-brasileiros/ https://revista.uemg.br/index.php/cadernodeeducacao/article/view/2809/1541
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