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Disciplina: Planejamento e Programação na Administração Pública Nome do aluno: Pamela de Andrade Polo: Paracambi Matrícula: 19213110101 Unidade IV - Planos de Desenvolvimento no Brasil: Estudamos nessa unidade sobre os planos concebidos pelo Governo e sua importância no uso desses instrumentos no processo de modernização do Estado e desenvolvimento da sociedade no Brasil, ao nos depararmos com os caminhos percorridos para a incorporação do processo e planejamento dentro das organizações estatais, podemos perceber as contribuições advindas dos diferentes campos do conhecimento. De um lado os conhecimentos teóricos e práticos fornecem o embasamento necessário à formulação de planos voltados para o desenvolvimento da produção e redução dos desequilíbrios financeiros e fiscais, do outro, a execução, o acompanhamento e a avaliação deles requererão um aprendizado político-institucional administrativo. Durante o período do Império e da Primeira República o planejamento governamental era caracterizado pela eventualidade, onde, os planos iniciais de governo tinham uma preocupação essencialmente econômica, com vista a reduzir os desequilíbrios financeiros e fiscais do país. Os dois primeiros planos nacionais foram praticamente impostos à sociedade em um momento político de fechamento do Legislativo e da proibição de funcionamento dos partidos políticos. Nesse momento, pensava-se em construir um forte Estado capitalista, centrado na presença do setor estatal e complementado pelo capital nacional no esforço de industrialização do país. Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional - Duração de cinco anos, o primeiro plano econômico a pôr em prática, tinha como objetivo iniciar indústrias básicas como siderurgia e realização de obras públicas, em busca da defesa nacional do país. Esse plano necessitou de recursos especiais, porém desde que não comprometessem o início de empresas básicas, a preparação de orçamentos especiais, contratos flexíveis sustentados por normas contábeis, o plano possuía ações ligadas ao transporte e a indústria. Plano de Obras e Equipamentos (POE) - Com duração de dois anos, seu objetivo era a realização de obras públicas indispensáveis para o país e induzindo as indústrias básicas, se tornou uma ampliação do Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional. Plano SALTE – Aprovado no Congresso Nacional na tentativa de reorganizar os gastos públicos, teve uma das primeiras tentativas de integrar a iniciativa privada nas atuações do governo, esse plano teve como base na melhora da saúde, alimentação, transporte e energia para o país. Plano de Metas - Teve execução em todo o país pois houve um planejamento governamental com eficiência. Metas foram elaboradas com a finalidade de serem alcançadas pelo governo, incluiu uma comissão do Brasil com Estados Unidos, no qual conclui-se que precisávamos de investimentos privados e projetos fundamentais para o crescimento econômico do país. Foi criada a Comissão Mista Brasil – Estados Unidos a fim de contribuir para o conhecimento da situação econômica brasileira, tornando-se o primeiro órgão do país que possuía o plano de desenvolvimento que apontava trinta metas. Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social – Com a inflação do país elevada, a economia do Brasil vivia um período de dificuldades, então foi necessário a criação do Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, tendo como propósito a manutenção da taxa de crescimento, normatização da inflação, reforma na base administrativa, inspecionamento da balança de importação e crescer a exportação, mesmo com a estrutura governamental suscetível. Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) e Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico Social - Teve como intenção acelerar o crescimento econômico interno, reduzindo os preços elevados, diluir a desigualdade de renda no país, estimular a geração de empregos, e também a formação do banco nacional de habitação. Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) – Tendo como visão o fortalecimento do setor privado, ampliando a capacidade de compra do indivíduo, diminuição da inflação, utilizou de estudos e coerência para administrar o instrumento de política econômica e adaptação da máquina administrativa. I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND) - conhecido como o “milagre econômico brasileiro” com crescimento de 11,2% ao ano, tinha como finalidade a transformação do país em uma potência mundial, com investimentos em empresas, consolidando a economia interna, construção de hidrelétricas, impulsionando a mineração e a relação com o norte do país, como a Amazônia e o Nordeste. II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) - Mesmo com o crescimento contínuo, a inflação se eleva, iniciando a primeira crise do petróleo mesmo com a exportação de 2/3 da sua produção, a balança comercial f oi afetada com o deficit. Com esses acontecimentos, se tornou propício a criação de uma política econômica que trouxesse estabilização para a moeda e consequentemente, o plano de estabilização econômica. Plano de Estabilização Econômica - Após todas as tentativas de planos econômicos, o real estabilizou o país e a inflação, fazendo jus ao nome que esse plano recebeu. Conclusão: Podemos concluir, que mesmo após tantos planos com foco na economia, para obtermos um crescimento é indispensável que a economia do país seja desestabilizada em muitos aspectos. Com todos esses períodos, o país teve sua estrutura oscilada, porém podemos perceber suas capacidades e suas adaptações as mudanças, revelando quão forte o país é. Porém mesmo com o crescimento que ocorreu durante esses anos, a população brasileira transporta uma carga de inflação considerável, capaz de atrapalhar a geração de empregos e o crescimento do país. UNIDADE V – A Estrutura do Planejamento Governamental A Estrutura do Planejamento Governamental atribuía ao estado como figura estatal que obtinha sua soberania e poder, porém a Constituição de 1988, trouxe a visão para educação, saúde e urbanismo. Além de conceituar e influenciar a participação pública e o controle social dentro das políticas públicas. Segundo a Constituição, o estado possui a imagem de um agente econômico, regulador e responsável pelo planejamento, com sua promulgação, foi inserida a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tendo como alicerce o planejamento que estabelece normas e projetos de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Foram inseridos também o Plano plurianual, a Lei de diretrizes orçamentarias e a Lei Orçamentária Anual, incluindo planejamento territorial com a participação dos estados. O Plano Plurianual no âmbito federal (executivo), elabora um plano de longo prazo, com duração de quatro anos, no qual é votado quatro meses antes do primeiro ano de governo e é seguido até o primeiro ano do governo presidencial subsequente, visando as metas administrativas para o país, protegidos pela Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), no qual encaminha para as principais metas administrativas e a Lei de Orçamento Anual (LOA), certifica o recurso financeiro necessário para a realização dos investimentos. Dessa forma, impossibilitando gastos desnecessários ou desvios de dinheiro público para outra finalidade, pois estando sancionado e escrito torna-se lei. O Plano Anual primário foi construído mais por imposição do que um projeto e foi marcado com muita instabilidade política e desequilíbrios económico-financeiros, consequentemente o segundo traçou um crescimento para o país, pois encontrou uma estabilidade econômica possibilitado pelo Plano Real, o terceiro plano levou formas diferentes de gestão e procedimentos para impulsionar o crescimento no país. Surgindo então a organização para um programa de ações no qual é a ferramenta de união entre o plano plurianual, orçamentos anuais e execução, tornou-se importante estabelecer o problema e sua solução. Por meiodo PPA a elaboração é criada, a fim de encontrar o que o país necessita, suprir e acompanhar através das etapas: Elaboração, constrói a base estratégica, definindo Programas e ações; Implantação, como será introduzido e por onde será o ponto de partida; Monitoramento, acompanhar o que está sendo realizado e como está sendo feito; Avaliação, utilizar de meios de teste para conhecimento do efeito de resultado; e Revisão, reexaminar algum conceito ou algo indevido. O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) possui como principal objetivo o planejamento estratégico nacional, ofertando novos planos nacionais, formulação de planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais, promover conexões com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e dispor orçamentos em proveito de programas de governo, dispondo de um órgão central, ministério do planejamento; órgãos setoriais, advocacia geral da união; e órgãos específicos, focados no planejamento e orçamento. Conclusão: Podemos concluir que com a Constituição Federal de 1988, o conhecimento sobre a importância do planejamento se tornou necessário no país, sendo uma peça chave para o crescimento, pois não é vantajoso despender mais do que possui, pois em ocorrência desse acontecimento, o governo emite mais dinheiro consumando sua dívida, porém como consequência obtemos uma elevação na inflação incapaz de conter posteriormente, levando o país a uma recessão. O planejamento é necessário para utilizar de maneira correta os recursos previstos no país, alcançando seus objetivos já estabelecidos. UNIDADE VI – Práticas Participativas na Gestão e no Planejamento Tais práticas auxiliam o indivíduo que padece com qualquer atitude governamental, existe duas vertentes para participação pragmática vista como processo de elevação na eficiência e do carácter político desobrigando o aumento do poder da sociedade nas decisões. Pode ser visualizada como ocasião favorável para melhoria do atendimento e sinônimo de governabilidade, em interpelação emancipatória da gestão, julgado como solução para a exclusão social. A organização da sociedade civil exige representatividade e competências dos grupos para a participação da base do planejamento do governo e planejamento participativo que é uma junção de população e governo. O nascimento de conselhos de políticas públicas com alvo em formar espaços entre representantes estatais e líderes da sociedade civil, com a intenção de argumentarem sobre os assuntos da sociedade. Os orçamentos participativos (OPs), processos de discussão pública, onde o gestor compartilha com a sociedade civil sobre os orçamentos municipais, baseados nas Leis Orgânicas Municipais. Os benefícios do processo participativo são: a redução de custos em obtenção de dados ambientais; aumento de credibilidade da avaliação, confiando nas informações obtidas; fortalecimento de instituições locais nas áreas administrativas; concilia diferentes visões, por possuir diferentes correntes ideológicas. As desvantagens seriam a perca de legitimidade, seleção de indivíduos com apta educação para dispor de cargos de ajuda ao governo, conflitos socioculturais, entre outros. O Planejamento Estratégico Participativo (PEP) foi inspirado em união com o Planejamento Estratégico Situacional (PES) e Planejamento Estratégicos de Cidades (PEC), formando pensamentos críticos e planejamento com a comunidade local. A valorização de utensílios de gestão para obter uma grande força na recuperação da boa governabilidade. O PEP é formado por três componentes: Tomado o conhecimento dos problemas críticos que afetam o grupo/comunidade; É Realizado um planejamento em comum com a comunidade, onde identifica os problemas, formula estratégias para enfrentar tais problemas e encontra soluções alternativas com propostas; e por fim organiza o grupo para cumprir as estratégias anteriores. Tem por um dos seus fundamentos a participação democrática, onde é conduzida a participação dos servidores com total transparência de seus gestores, na condução decisória do conteúdo apresentado, onde é exposto, discutido e concretizado democraticamente as visões e noções sobre o curso de ações e o direcionamento das organizações. Conclusão: Por fim, concluímos que a partir da Constituição Federal de 1988, os planos finais de governo em junção com a sociedade civil, oferece uma revolução de participação do cidadão nas tomadas de decisão governamentais, e consequentemente levando a população não só a olhar, mas a conhecer e pensar a respeito dos impostos que são arrecadados e para que finalidade são empregados. Referência: Misoczky, Maria Ceci Araujo. Planejamento e programação na administração pública / Maria Ceci Araujo Misoczky, Paulo Guedes. – 2. ed. reimp. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012. 113-172p.: il.
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