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Gestão da clínica e processo de trabalho na atenção básica Ms. Emmanuella Azevedo APS: DIREFENTES INTERPRETAÇÕES APS como Atenção Primária Seletiva; APS como nível primário de Atenção à Saúde; APS como estratégia de organização do Sistema de Atenção à Saúde; APS como uma concepção ampliada, que permeia todo o Sistema de Saúde. FONTE: CONASS, Documenta 23 (2011) APS: CARACTERÍSTICAS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE FONTE: Mendes (2012) ATRIBUTOS FUNÇÕES • Primeiro Contato • Longitudinalidade • Integralidade • Coordenação • Focalização na Família • Orientação Comunitária • Competência cultural • Resolubilidade • Comunicação • Responsabilização O Decreto 7.508 (28/06/2011), que regulamenta a lei 8.080, faz uma clara opção por uma APS como estratégia de reordenamento do SUS e estabelece a APS como ordenadora do acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde. OS MODELOS DE ESTRUTURAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Modelo Tradicional Modelo Semachko Modelo de Medicina de Família e Comunidade Modelo de Estratégia Saúde da Família. FONTE: Mendes (2015) SUPERIORIDADE DA ESF EM RELAÇÃO AOS MODELOS TRADICIONAIS FONTE: Mendes (2012) ✓ Melhor Acesso ✓ População Adscrita ✓ Melhor Atenção Pré-Natal ✓ Aconselhamento em Violência Doméstica ✓ Educação em Saúde ✓ Prevenção do Uso do Álcool e Tabaco ✓ Utiliza mais as Diretrizes Clínicas e Linhas Guias ✓ Utiliza mais Instrumentos de Abordagem Familiar ✓ Oferta mais Atenção Domiciliar ✓ Se envolve com Trabalhos Intersetoriais ✓ Maior Tempo para as Consultas Médicas ✓ Recomendação de Atividade Física e Cuidado com o Idoso ✓ Oferta mais Serviços (puericultura, promoção aleitamento materno, atendimento odontológico a grupos prioritários, planejamento familiar) APS: DESAFIOS ❑ Valorização política, econômica e social da ESF; ❑ Fortalecimento institucional em todos os âmbitos do SUS; ❑ Fortalecimento da gestão do trabalho; ❑ Adensamento tecnológico e Infra-estrutura adequada nas unidades; ❑ Fortalecimento dos Sistemas de Apoio Diagnóstico (ex: Patologia Clínica); ❑ Utilização de equipes multiprofissionais (Atualmente, mais da metade das equipes não tem médicos; 36,6% dos médicos e 30,7% dos odontólogos não cumprem carga horária); ❑ Fortalecimento gerencial das unidades (hoje, o enfermeiro divide o tempo entre a gestão e a clínica); ❑ Fortalecimento do Controle Social e do Modelo de Atenção à Saúde; ❑ Financiamento adequado. FONTE: Mendes (2012) A DEMANDA NA APS É quantitativamente muito ampla; Envolve um amplo espectro de problemas, motivos de consulta ou condições de saúde; É concentrada em poucos problemas, motivos de consulta ou condições de saúde; A APS tem alta capacidade de resolução dos problemas. FONTE: Mendes (2015) AS BARREIRAS AO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE FONTE: Busse et al (2006) População Coberta por Seguro Saúde Extensão da Carteira de Serviços Arranjos de Financiamento Barreiras Geográficas Barreiras Organizacionais Utilização Efetiva dos Serviços ACESSO, OFERTA E DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE E OS BACKLOGS O acesso resulta de uma relação entre a oferta e a demanda por serviços de saúde (Institute of Medicine, 2015). Quando há um desequilíbrio entre demanda e oferta, com a demanda superando a oferta, surgem os backlogs - atendimentos agendados para o futuro que geram uma demanda represada no presente. FONTE: Mendes (2015) OS PERFIS DE OFERTA E DE DEMANDA NA APS 1. Atenção aos eventos agudos • Demandas por condições agudas • Demandas por condições crônicas agudizadas • Demandas por condições gerais e inespecíficas 2. Atenção às condições crônicas não agudizadas, às enfermidades e às pessoas hiperutilizadoras • Demandas por condições crônicas não agudizadas • Demandas por enfermidades • Demandas por pessoas hiperutilizadoras 3. Atenção às demandas administrativas Demandas administrativas 4. Atenção preventiva Demanda por atenção preventiva 5. Atenção domiciliar Demandas por atenção domiciliar 6. Atenção para o autocuidado apoiado Demandas por autocuidado apoiado A PROPOSTA DA CONSTRUÇÃO SOCIAL DA APS A Construção Social da APS implica uma coerência entre a estrutura da demanda e da oferta. Assim, parte-se do estabelecimento da estrutura da demanda e busca-se adequar as respostas sociais a cada tipo de demanda específica por meio de uma estrutura de oferta singular. O Processo de Construção Social da APS faz-se pelo desenvolvimento e implantação das estruturas e dos processos que permitem dar respostas satisfatórias às diferentes demandas, o que equivale a implementar soluções estruturais e processuais nos seis perfis de oferta. FONTE: Mendes (2015) A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA APS FONTE: Mendes (2015) REFERENCIAIS TEÓRICOS PARA O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE A atenção centrada na pessoa e não na doença; A gestão baseada na necessidade em saúde da população e não na oferta; A racionalização da demanda em contraposição ao aumento da oferta isoladamente; As diretrizes clínicas construídas com base em evidências científicas e o gerenciamento dos riscos, em contraposição à utilização desnecessária de consultas, procedimentos, exames e medicamentos; Racionalização e otimização dos tempos de espera nos serviços de saúde. FONTE: Mendes (2015) FUNDAMENTOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO ACESSO À APS ➢ A complexidade do acesso à APS: identificar os perfis de demanda da população e oferta de serviços para atender a essas demandas; ➢ O acesso à atenção primária e a coordenação da atenção à saúde: os cuidados primários desempenham a função de coordenação nas redes de atenção à saúde; ➢ O acesso e o atributo do primeiro contato na APS: que o primeiro contato, preferencialmente, seja realizado pela equipe de saúde responsável pela pessoa usuária. FONTE: Mendes (2016) FUNDAMENTOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO ACESSO À APS ➢ O tamanho do painel e o acesso à atenção primária à saúde: representa o número de pessoas adstritas a uma equipe de atenção primária à saúde. ➢ O uso de critérios de riscos populacionais para a racionalização do acesso à APS: protocolo de classificação de riscos para as urgências e estratificação de risco para as condições crônicas. ➢ A introdução de novas formas de encontros clínicos para a racionalização do acesso à APS: atenção contínua, atenção compartilhada a grupo; grupo de pares, grupos operativos, dentre outros. FONTE: Mendes (2016) ENFOQUES ALTERNATIVOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO ACESSO NA APS ➢ O alinhamento dos fluxos de agendamento; ➢ A otimização da força de trabalho organizada em equipes; ➢ Alternativas tecnológicas ao atendimento presencial: agendamentos por telefone, por internet, retornos programados; ➢ Acesso avançado: acesso aberto ou agendamento no mesmo dia – “faça hoje o trabalho de hoje”. FONTE: Institute of Medicine (2015) PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO ACESSO À APS ➢ Balanceamento entre a oferta e a demanda; ➢ Atendimento imediato das pessoas usuárias e suas famílias – “como podemos ajudá-lo hoje?”; ➢ Preferências das pessoas usuárias – são estimuladas a expressarem suas preferências durante o cuidado interativo; ➢ Utilização de uma atenção definida, sob medida, pelas necessidades das pessoas usuárias – inclui atendimentos alternativos aos encontros clínicos individuais face a face. FONTE: Institute of Medicine (2015) PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO ACESSO À APS ➢ Utilização de planos de contingência – para responder aos desequilíbrios previstos e imprevistos; ➢ Avaliação contínua – os dados coletados devem servir para avaliar as atividades diárias e monitorar os agendamentos em períodos de tempo específicos. FONTE: Institute of Medicine (2015) Gestão da clínica e processo de trabalho na atenção básica Ms. Emmanuella Azevedo
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