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TEMA 2 - Demonstrações Patrimoniais e Financeiras

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DESCRIÇÃO
Demonstrações patrimoniais e financeiras, com ênfase nas demonstrações de fluxo de caixa e de valor
adicionado.
PROPÓSITO
Compreender a demonstração do valor adicionado, analisando o valor da riqueza gerada pela
companhia, e a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
para que seja possível avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e como esse caixa é consumido.
PREPARAÇÃO
Para acompanhar o curso, é necessário ter em mãos os Pronunciamentos Contábeis que regem toda
a contabilidade: pronunciamento técnico 03; pronunciamento técnico 09; e pronunciamento técnico 26.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar as variações no fluxo de caixa das empresas
MÓDULO 2
Esquematizar a demonstração do valor adicionado
MÓDULO 3
Reconhecer as mutações e composições do patrimônio líquido
INTRODUÇÃO
Os relatórios financeiros são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do
desempenho da entidade. Eles devem representar fenômenos econômicos em palavras e números de
forma fidedigna.
Essa representação inclui todas as informações necessárias para que os usuários (investidores,
clientes, credores e financiadores) compreendam os fenômenos que estão sendo representados, com
todas as descrições e explicações.
Essas informações devem estar disponíveis a tempo para que possam ser levadas em conta nas
decisões tomadas por esses usuários que dependem da avaliação das perspectivas da empresa e da
gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das
demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa, bem como as
necessidades de utilização desses fluxos de caixa.
Outro fator importante a ser considerado pelo usuário externo é o valor adicionado, que representa a
riqueza criada pela empresa, de forma geral medido pela diferença entre o valor das vendas e os
insumos adquiridos de terceiros.
A empresa inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros
e transferido à entidade. As demonstrações, juntamente com informações constantes das notas
explicativas, são fundamentais para os stakeholders .
MÓDULO 1
 Identificar as variações no fluxo de caixa das empresas
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das
demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes
de caixa, bem como as necessidades de utilização desses fluxos de caixa.
As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem não só essa avaliação como também
levam em conta a época da sua ocorrência e o grau de certeza de sua geração.
A demonstração do fluxo de caixa está apresentada no pronunciamento técnico 03 (R2), do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, com correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 7 (IASB
– BV2010).
O objetivo desse pronunciamento é requerer a prestação de informações acerca das alterações
históricas de caixa e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa
que classifique os fluxos do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
A demonstração dos fluxos de caixa se tornou obrigatória, no Brasil, a partir de 2008, conforme a Lei nº
6.404, de 15 de dezembro de 1976:
ART. 176. AO FIM DE CADA EXERCÍCIO SOCIAL, A
DIRETORIA FARÁ ELABORAR, COM BASE NA
ESCRITURAÇÃO MERCANTIL DA COMPANHIA, AS
SEGUINTES DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, QUE
DEVERÃO EXPRIMIR COM CLAREZA A SITUAÇÃO DO
PATRIMÔNIO DA COMPANHIA E AS MUTAÇÕES
OCORRIDAS NO EXERCÍCIO:
IV – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA; E
(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.638, DE 2007)
§ 6º A COMPANHIA FECHADA COM PATRIMÔNIO LÍQUIDO,
NA DATA DO BALANÇO, INFERIOR A R$2.000.000,00 (DOIS
MILHÕES DE REAIS) NÃO SERÁ OBRIGADA À
ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS
FLUXOS DE CAIXA. (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.638,
DE 2007)
Os usuários das demonstrações contábeis de uma entidade estão interessados em saber como a
entidade gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa.
Esse é o ponto, independentemente da natureza das atividades da entidade, e ainda que o caixa seja
considerado produto da entidade, como pode ser o caso de instituição financeira.
As entidades necessitam de caixa essencialmente pelas mesmas razões. Por mais diferentes que sejam
as suas principais atividades geradoras de receita, elas precisam de caixa para:
LEVAR A EFEITO SUAS OPERAÇÕES
PAGAR SUAS OBRIGAÇÕES
PROPORCIONAR UM RETORNO PARA SEUS INVESTIDORES
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações
contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos ativos
líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para
mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas
circunstâncias e oportunidades.
As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa e permitem aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor
presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades.
A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o incremento da comparabilidade na
apresentação do desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos
decorrentes do uso de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.
Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como indicador do montante,
época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a
exatidão das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação
entre lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços.
APRESENTAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS
FLUXOS DE CAIXA
A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por:
ATIVIDADES OPERACIONAIS
ATIVIDADE DE INVESTIMENTO
ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO
A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de
tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de
caixa.
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto
prazo – e não para investimento ou outros propósitos.
Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade
imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor.
Portanto, um investimento normalmente é qualificado como equivalente de caixa somente quando tem
vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da aquisição.
Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido) não estão contemplados no
conceito de equivalentes de caixa, a menos que sejam, substancialmente, equivalentes de caixa, por
exemplo, no caso de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo definido de resgate e cujo prazo
atenda à definição de curto prazo.
De acordo com o Art. 188, da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007:
“As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e
equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos.”
Vamos a cada uma das atividades.
ATIVIDADES OPERACIONAIS
O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um indicador-chave da extensão
pela qual as operações da entidade têm geradosuficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos,
manter a capacidade operacional, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos
investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento.
As informações sobre os componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais históricos são úteis,
em conjunto com outras informações, na projeção de fluxos futuros de caixa operacionais.
Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais
atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, geralmente resultam de transações e de outros
eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo.
EXEMPLOS DE FLUXOS DE CAIXA QUE DECORREM DAS
ATIVIDADES OPERACIONAIS:
1
2
3
4
5
6
7
1
Recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços.
2
Recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas.
3
Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços.
4
Pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados.
5
Recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros
benefícios da apólice.
6
Pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser
especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento.
7
Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis
para venda futura.
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em
função de tais fluxos representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela
entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro.
Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis
de classificação como atividades de investimento.
EXEMPLOS DE FLUXOS DE CAIXA ADVINDOS DAS ATIVIDADES DE
INVESTIMENTO:
1
Pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo
(esses pagamentos incluem os relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos
imobilizados de construção própria).
Recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo
prazo.
2
3
Pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos
considerados equivalentes de caixa ou os mantidos para negociação imediata ou futura).
Recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida
de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos
referentes aos títulos considerados equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata
ou futura).
4
5
Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos
feitos por instituição financeira).
Recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a
terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira).
6
7
Pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como
atividades de financiamento.
Recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados
como atividades de financiamento.
8
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é importante por
ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à
entidade.
EXEMPLOS DE FLUXOS DE CAIXA ADVINDOS DAS ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO:
Imagem: Shutterstock.com
Caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais.
Imagem: Shutterstock.com
Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade.
Imagem: Shutterstock.com
Caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida,
hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos.
Imagem: Shutterstock.com
Amortização de empréstimos e financiamentos.
Imagem: Shutterstock.com
Pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento (a expressão
“arrendamento mercantil” foi substituída em todo o pronunciamento por “arrendamento” pela Revisão
CPC 14).
APRESENTAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DAS
ATIVIDADES OPERACIONAIS
A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais usando alternativamente:
O MÉTODO DIRETO
O MÉTODO INDIRETO
O MÉTODO DIRETO
Segundo esse método, as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são
divulgadas.
O MÉTODO INDIRETO
De acordo com esse método, o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que
não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre
recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de
itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de
financiamento.
Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e de
pagamentos brutos podem ser obtidas alternativamente:
Imagem: Shutterstock.com
Dos registros contábeis da entidade.
Imagem: Shutterstock.com
Pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos (no caso
de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de juros e encargos e similares) e
outros itens da demonstração do resultado ou do resultado abrangente referentes a:
 Variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar.
 Outros itens que não envolvem caixa.
 Outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de
financiamento.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais é
determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
 Variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar.
 Itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e
perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável.
 Todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e
de financiamento.
Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais pode ser apresentado
pelo método indireto, mostrando-se as receitas e as despesas divulgadas na demonstração do resultado
ou resultado abrangente e as variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a
receber e a pagar.
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser
fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido das
atividades operacionais.
A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a serem conciliados, à
semelhança do que deve fazer a entidade que usa o método indireto em relação aos ajustes ao lucro
líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Resumindo, temos:
Os passos para fazer a DFC pelo método indireto, no fluxo operacional, são os seguintes:
Passo 1: Utilizar o lucro líquido do exercício.
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa.
Passo 3: Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
FLUXO DE ATIVIDADES OPERACIONAIS – MÉTODO
INDIRETOPasso 1: Utilizar o lucro líquido do exercício.
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa.
Exemplo de despesas que não resultam em saída de caixa e devem ser ajustadas:
DEPRECIAÇÃO
AMORTIZAÇÃO
EXAUSTÃO
DESPESAS FINANCEIRAS
PERDA NO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Exemplo de receitas que não resultam em entrada de caixa e devem ser ajustadas:
 Equivalência patrimonial.
 Receita financeira não recebida.
Passo 3: Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
Se todas as operações da empresa fossem realizadas à vista, o lucro ajustado já seria equivalente à
movimentação do caixa. Porém, é comum que as empresas realizem operações a prazo. Portanto,
devemos eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
FLUXO DE ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS – MÉTODO
INDIRETO
Os fluxos de investimentos estão relacionados à compra e venda de ativos não circulantes e
investimentos que não sejam equivalentes de caixa.
FLUXO DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS – MÉTODO
INDIRETO
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do
capital próprio e no capital de terceiros da entidade. É composto pelo:
Dinheiro dos sócios
Aumento de captial

Dinheiro de terceiros
Empréstimos
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO
DIRETO
Pelo método indireto, será usado o lucro líquido e a variação do saldo das contas patrimoniais. No
método direto, as contas patrimoniais são utilizadas e ajustadas pelas contas de resultado.
São as mesmas informações, mas a forma de cálculo muda.
Para o cálculo pelo método direto, basta utilizar:
Saldo inicial + Entradas - Saídas = Saldo final
O saldo inicial e final de cada conta vem do balanço patrimonial. As contas de resultado representam as
entradas ou as saídas, dependendo da conta.
Entre o método indireto ou direto só há diferença no fluxo das atividades operacionais. Os fluxos das
atividades de Investimento e Financiamento são iguais nos dois métodos.
APRESENTAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES
DE INVESTIMENTO E DE FINANCIAMENTO
A entidade deve apresentar separadamente as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos
brutos advindos das atividades de investimento e de financiamento.
APRESENTAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM BASE
LÍQUIDA
Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de financiamento podem ser
apresentados em base líquida nas situações em que houver:
Imagem: Shutterstock.com
Recebimentos de caixa e pagamentos em caixa em favor ou em nome de clientes, quando os fluxos de
caixa refletirem mais as atividades dos clientes do que as da própria entidade.
Imagem: Shutterstock.com
Recebimentos de caixa e pagamentos em caixa referentes a itens cujo giro seja rápido, os montantes
sejam expressivos e os vencimentos sejam de curto prazo.
TRANSAÇÃO QUE NÃO ENVOLVE CAIXA OU
EQUIVALENTES DE CAIXA
Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa
devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de caixa.
Também devem ser divulgadas nas notas explicativas as demonstrações contábeis, de modo que
forneçam todas as informações relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.
Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre os fluxos de caixa
correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade.
A exclusão de transações que não envolvem caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos
de caixa é consistente com o objetivo da referida demonstração, visto que tais itens não envolvem fluxos
de caixa no período corrente.
São exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa:
 A aquisição de ativos, seja pela assunção direta do passivo respectivo seja por meio de
arrendamento financeiro..
 A conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.
Vamos ver agora um modelo de demonstração de fluxo de caixa – método indireto:
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido
(+) Depreciação, amortização e exaustão
(+)(-) Resultado da equivalência patrimonial
(+)(-) Resultado na alienação de imobilizado, investimentos ou intangíveis
(+) Despesas financeiras que não afetam o caixa
(-) Receitas financeiras que não afetam o caixa
(=) Lucro ajustado
(+)(-) Variação nas contas do ativo circulante e realizável a longo prazo:
Duplicatas a receber
Clientes
PDD
Duplicatas descontadas
PDD
Estoques
Despesas antecipadas
(+)(-) Variação nas contas do passivo circulante e passivo não circulante:
Fornecedores
Contas a pagar
Impostos a recolher
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos

Terceiros
Empréstimos e financiamentos (passivo – captação e pagamento)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do ativo não circulante)
Vejamos agora um modelo de demonstração de fluxo de caixa – método direto:
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de clientes
Recebimento de juros
Pagamentos
A fornecedores de mercadorias
De impostos
De salários
De juros
Despesas pagas antecipadamente
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos

Terceiros
Empréstimos e financiamentos (passivo – captação e pagamento)
 ATENÇÃO
No método direto, a partir de informações do balanço e da DRE, usamos a fórmula:
Saldo inicial + entradas - saídas = saldo final
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
Neste vídeo, o especialista Sidmar Roberto Vieira Almeida falará sobre o conceito da DFC, explicará
sobre a DFC pelo método direto e pelo método indireto e, por fim, detalhará as atividades operacionais,
de financiamento e de investimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ CONTABILIDADE/2013) - UMA COMPANHIA DE
CAPITAL FECHADO COM PATRIMÔNIO LÍQUIDO SUPERIOR A 2 MILHÕES
INFORMOU OS SEGUINTES VALORES:
- PAGAMENTO DE DIVIDENDOS: 60.000,00
- RECEBIMENTO POR EMISSÃO DE DEBÊNTURES: 100.000,00
- RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS: 50.000,00
- VENDA DE IMOBILIZADO: 70.000,00
CONSIDERANDO EXCLUSIVAMENTE AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS E A
BOA TÉCNICA CONTÁBIL PARA A ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS
FLUXOS DE CAIXA, PELO MÉTODO DIRETO, O CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES
DE FINANCIAMENTO, EM REAIS, AUMENTOU:
A) 10.000,00
B) 20.000,00
C) 40.000,00
D) 60.000,00
E) 170.000,00
2. (CESGRANRIO/PETROBRÁS/ CONTABILIDADE/2015) - CONSIDERE AS
INFORMAÇÕES A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO. A COMPANHIA F,
OBRIGADA À ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DE
QUE TRATA O PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03(R2) DO COMITÊ DE
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, APROVADO PELA DELIBERAÇÃO CVM N°
641/2010, INFORMOU A REALIZAÇÃO DAS SEGUINTES OPERAÇÕES DE CAIXA,
NO EXERCÍCIO SOCIAL ENCERRADO:
REAIS
PAGAMENTOS DE CAIXA:
 AO INVESTIDOR PELA COMPRA (RESGATE) DAS PRÓPRIAS AÇÕES: 900,00.
 PELA AQUISIÇÃO DE INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS: 300,00.
 POR CONTA DE EMPREGADOS: 700,00.
RECEBIMENTOS DE CAIXA:
 DA COMPANHIA SEGURADORA POR SINISTRO OCORRIDO: 1.100,00.
 PELA VENDA DE UM INTANGÍVEL: 500,00.
 PELOS ROYALTIES DE PATENTES: 2.000,00.
CONSIDERANDO-SE SOMENTE AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS E OS DIZERES
DO PRONUNCIAMENTO TÉCNICO, O FLUXO DE CAIXA DA COMPANHIA F,
ADVINDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS, APURADO PELO MÉTODO DIRETO,
EM REAIS, É DE:
A) (800,00) consumidos
B) (700,00) consumidos
C) 400,00 gerados
D) 1.800,00 gerados
E) 2.400,00 gerados
GABARITO
1. (CESGRANRIO/Liquigás/ Contabilidade/2013) - Uma companhia de capital fechado com
patrimônio líquido superior a 2 milhões informou os seguintes valores:
- Pagamento de dividendos: 60.000,00
- Recebimento por emissão de debêntures: 100.000,00
- Recolhimento de tributos: 50.000,00
- Venda de Imobilizado: 70.000,00
Considerando exclusivamente as informaçõesapresentadas e a boa técnica contábil para a
elaboração da demonstração dos fluxos de caixa, pelo método direto, o caixa líquido das
atividades de financiamento, em reais, aumentou:
A alternativa "C " está correta.
(-) Pagamento de dividendos: (60.000,00)
(+) Recebimento por emissão de debêntures: 100.000,00
= Fluxo Gerado pelas Atividades de Financiamento: 40.000,00
2. (CESGRANRIO/Petrobrás/ Contabilidade/2015) - Considere as informações a seguir para
responder à questão. A companhia F, obrigada à elaboração da demonstração dos fluxos de
caixa de que trata o Pronunciamento Técnico CPC 03(R2) do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM n° 641/2010, informou a realização das seguintes
operações de caixa, no exercício social encerrado:
Reais
Pagamentos de caixa:
 Ao investidor pela compra (resgate) das próprias ações: 900,00.
 Pela aquisição de instrumentos patrimoniais: 300,00.
 Por conta de empregados: 700,00.
Recebimentos de caixa:
 Da companhia seguradora por sinistro ocorrido: 1.100,00.
 Pela venda de um intangível: 500,00.
 Pelos royalties de patentes: 2.000,00.
Considerando-se somente as informações recebidas e os dizeres do Pronunciamento Técnico, o
fluxo de caixa da companhia F, advindo das atividades operacionais, apurado pelo método direto,
em reais, é de:
A alternativa "E " está correta.
Das operações de caixa apresentadas, são considerados fluxos operacionais:
(-) Pagamento a empregados: (700,00)
(+) Recebimento de seguros: 1.100,00
(+) Royalties de patentes: 2.000,00
Total = + 2.400,00
MÓDULO 2
 Esquematizar a demonstração do valor adicionado
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
(DVA)
As demonstrações do valor adicionado estão apresentadas no pronunciamento técnico 09, do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis. Esse Pronunciamento tem como objetivo estabelecer critérios para
elaboração e apresentação da DVA, a qual representa um dos elementos componentes do balanço
social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante
determinado período.
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76):
“Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)”
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza
criada pela entidade em determinado período e à forma como tais riquezas foram distribuídas.
O valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral, medida pela diferença
entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado
recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.
A DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA CRIADA DEVE SER DETALHADA,
MINIMAMENTE, DA SEGUINTE MANEIRA:
1
Pessoal e encargos.
Impostos, taxas e contribuições.
2
3
Juros e aluguéis.
Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos.
4
5
Lucros retidos/prejuízos do exercício.
A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores
que representam dupla contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto
Interno Bruto (PIB).
Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros
e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.
PARA A ELABORAÇÃO DA DVA, É
FUNDAMENTAL ENTENDER A SUA
COMPOSIÇÃO
FORMAÇÃO DA RIQUEZA
RIQUEZA CRIADA PELA PRÓPRIA ENTIDADE
A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza criada pela entidade. Os
principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir:
RECEITAS
Venda de mercadorias, produtos e serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas
receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou
faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo
dessas receitas.
Outras receitas: assim como ocorre no item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas.
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – constituição/reversão: inclui os valores relativos à
constituição e reversão dessa provisão.
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos: inclui os valores das matérias-
primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos
serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros: inclui valores relativos às despesas originadas da
utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros.
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc.
consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo,
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, Imposto sobre os Produtos
Industrializados – IPI, Programa de Integração Social – PIS e Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social – COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas
utilizadas na demonstração do resultado.
Perda e recuperação de valores ativos: inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de
mercado de estoques, imobilizados, investimentos etc. Também devem ser incluídos os valores
reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas
por desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos
(se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado).
Depreciação, amortização e exaustão: inclui a despesa ou os custos contabilizados no período.
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial: o resultado da equivalência pode representar receita ou
despesa. Caso apresente despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo.
Receitas financeiras: inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas,
independentemente de sua origem.
Outras receitas: inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de
franquia etc.
DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi
distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir:
Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de:
Imagem: Shutterstock.com
REMUNERAÇÃO DIRETA
Representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os
pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos
resultados etc.
Imagem: Shutterstock.com
BENEFÍCIOS
Representados pelos valores relativos à assistência médica, à alimentação, ao transporte, aos planos de
aposentadoria etc.
Imagem: Shutterstock.com
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)
Representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados.
Impostos, taxas e contribuições – valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o
lucro, contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS - (incluídos aqui os valores do Seguro
de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostose
contribuições a que a empresa esteja sujeita.
Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas
os valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições
incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados “insumos
adquiridos de terceiros”.
FEDERAIS
ESTADUAIS
MUNICIPAIS
FEDERAIS
Inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos
Estados, Municípios, autarquias etc., tais como: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSSL), IPI, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),
PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal.
ESTADUAIS
Inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos
Municípios, autarquias etc., tais como o ICMS e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA).
MUNICIPAIS
Inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às
autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISS) e o IPTU.
Remuneração de capitais de terceiros – valores pagos ou creditados aos financiadores externos de
capital.
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JUROS
Incluem as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos
de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas
de obtenção de recursos. Incluem os valores que tenham sido capitalizados no período.
Imagem: Shutterstock.com
ALUGUÉIS
Incluem os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a
terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos.
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OUTRAS
Incluem outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que
originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais etc.
Remuneração de capitais próprios – valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e
acionistas.
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP) E DIVIDENDOS
Incluem os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período,
ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos
apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os
dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram
tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados.
LUCROS RETIDOS E PREJUÍZOS DO EXERCÍCIO
Incluem os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando
tiverem esse tratamento. Nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo.
As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de JCP, independentemente de serem
registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento
dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados.
A Lei nº 6.404/76 não estabelece um modelo exato de demonstração do valor adicionado a ser seguida,
apenas explica que:
“Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no
mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (...)
II – demonstração do valor adicionado: o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição
entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)”
Desse modo, vamos apresentar o modelo preconizado no CPC 09.
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO VALOR
ADICIONADO PRECONIZADO NO CPC 09
O DVA tem o escopo de evidenciar a riqueza gerada pela entidade, bem como sua distribuição. Os
dados para sua elaboração são extraídos a partir da demonstração do resultado.
(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.
Quadro: Modelo - Demonstração do valor adicionado – empresas em geral.
Extraído de: CPC 09
Descrição
Em milhares de
reais 20X1
Em milhares de
reais 20X0
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas relativas à construção de ativos
próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa –
Reversão / (Constituição)
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui
os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos
serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO
PELA ENTIDADE (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM
TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
(5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Pessoal
8.1.1 – Remuneração direta
8.1.2 – Benefícios
8.1.3 – F.G.T.S
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1 – Federais
8.2.2 – Estaduais
8.2.3 – Municipais
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1 – Juros
8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 – Outras
8.4) Remuneração de Capitais Próprios
8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio
8.4.2 – Dividendos
8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício
8.4.4 – Participação dos não controladores nos
lucros retidos (só p/ consolidação)
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Vamos resolver, a seguir, um exercício que já foi cobrado em concurso para verificar como isso ocorre
na prática.
(FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ/RJ/2014) - DETERMINADA EMPRESA COMERCIAL
APRESENTAVA AS SEGUINTES INFORMAÇÕES REFERENTES AO PRIMEIRO
SEMESTRE DE 2013:
RECEITA BRUTA DE VENDAS 500.000,00
(−) IMPOSTOS SOBRE VENDAS R$90.000,00
(=) RECEITA LÍQUIDA R$410.000,00
(−) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS R$220.000,00
(=) LUCRO BRUTO R$190.000,00
(−) DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESA DE DEPRECIAÇÃO R$20.000,00
DESPESA COM SALÁRIOS R$10.000,00
(=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL R$160.000,00
(−) IR E CSLL R$24.000,00
(=) LUCRO LÍQUIDO R$136.000,00
SABE-SE QUE O VALOR DOS TRIBUTOS RECUPERÁVEIS REFERENTES ÀS
MERCADORIAS COMERCIALIZADAS NO PRIMEIRO SEMESTRE FOI R$30.000,00
E, ALÉM DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA COM FORNECEDORES, NENHUM GASTO
ADICIONAL FOI NECESSÁRIO PARA COLOCAR AS MERCADORIAS EM
CONDIÇÕES DE SEREM VENDIDAS.
COM BASE NESTAS INFORMAÇÕES, O VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR
GERADO PELA EMPRESA, NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013, FOI:
A) R$250.000,00
B) R$230.000,00
C) R$410.000,00
D) R$190.000,00
E) R$280.000,00
GABARITO
(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RJ/2014) - Determinada empresa comercial apresentava as seguintes
informações referentes ao primeiro semestre de 2013:
Receita bruta de vendas 500.000,00
(−) Impostos sobre vendas R$90.000,00
(=) Receita líquida R$410.000,00
(−) Custo das mercadorias vendidas R$220.000,00
(=) Lucro bruto R$190.000,00
(−) Despesas operacionais
Despesa de depreciação R$20.000,00
Despesa com salários R$10.000,00
(=) Lucro antes do IR e CSLL R$160.000,00
(−) IR e CSLL R$24.000,00
(=) Lucro líquido R$136.000,00
Sabe-se que o valor dos tributos recuperáveis referentes às mercadorias comercializadas no
primeiro semestre foi R$30.000,00 e, além da obrigação assumida com fornecedores, nenhum
gasto adicional foi necessário para colocar as mercadorias em condições de serem vendidas.
Com base nestas informações, o valor adicionado a distribuir gerado pela empresa, no primeiro
semestre de 2013, foi:
A alternativa "B " está correta.
A resposta é B, pois:
1 - Receitas 500.000,00
2 – Insumos adquiridos de terceiros CMV (220.000 + 30.000) (250.000,00)
3 – Valor adicionado bruto 250.000,004 – Retenções (20.000,00)
5 – Valor adicionado líquido 230.000,00
6 – Valor adicionado recebido em transf. 0,00
7 – Valor adicionado total a distribuir 230.000,00
Os impostos sobre venda foram de R$90.000, houve R$30.000,00 de impostos recuperáveis. Assim, o
valor distribuído ao Governo como imposto sobre vendas foi de R$60.000,00.
Lucro Líquido 136.000,00
IR e CSLL 24.000,00
Despesa com salários 10.000,00
Impostos (90000 - 30000) 60.000,00
Valor adicionado a distribuir 230.000,00
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
(DVA)
Neste vídeo, o especialista Sidmar Roberto Vieira Almeida falará sobre o conceito da DVA, explicará
sobre a sua finalidade e obrigatoriedade e, por fim, detalhará os principais grupos presentes na DVA.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ CIÊNCIAS-CONTÁBEIS/2015) - A DEMONSTRAÇÃO
DO VALOR ADICIONADO (DVA) TEM POR OBJETIVO EVIDENCIAR A RIQUEZA
QUE FOI CRIADA PELA ENTIDADE, EM UM EXERCÍCIO SOCIAL, E A FORMA
COMO ESSA RIQUEZA FOI DISTRIBUÍDA.
NESSE ENFOQUE, UMA SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO, PARA A
ELABORAÇÃO DA SUA DVA, EM UM DETERMINADO EXERCÍCIO SOCIAL, FEZ
AS SEGUINTES ANOTAÇÕES, EM REAIS:
DESPESA DE 13° SALÁRIO 100.000,00
DESPESA DE SALÁRIOS, INCLUINDO AS FÉRIAS 1.500.000,00
FGTS DEPOSITADO NAS CONTAS DOS EMPREGADOS 128.000,00
ICMS INCIDENTE SOBRE AS VENDAS DE MERCADORIAS 1.800.000,00
ICMS INCIDENTE SOBRE OS INSUMOS ADQUIRIDOS DE
TERCEIROS (MERCADORIAS)
1.350.000,00
INSS, PARTE DO EMPREGADOR 432.000,00
CONSIDERANDO-SE AS ANOTAÇÕES FEITAS PELA SOCIEDADE ANÔNIMA E AS
NORMAS CONTÁBEIS VIGENTES PARA A ELABORAÇÃO DA DVA, VERIFICA-SE
QUE A DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA AO PESSOAL, EM REAIS, FOI DE:
A) 1.372.000,00
B) 1.500.000,00
C) 1.600.000,00
D) 1.628.000,00
E) 1.728.000,00
2. (FCC/SEFAZ PE/2015) - A CIA. VALOR & RIQUEZA, EMPRESA COMERCIAL,
APRESENTOU AS SEGUINTES INFORMAÇÕES REFERENTES AO ANO DE 2014,
COM OS VALORES EXPRESSOS EM REAIS:
RECEITA BRUTA DE VENDAS 700.000,00
(−) IMPOSTOS SOBRE VENDAS (120.000,00)
(=) RECEITA LÍQUIDA 580.000,00
(−) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (340.000,00)
(=) LUCRO BRUTO 240.000,00
(−) DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESA DE DEPRECIAÇÃO (30.000,00)
DESPESA COM SALÁRIOS (20.000,00)
(=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL 190.000,00
(−) IR E CSLL (42.000,00)
(=) LUCRO LÍQUIDO 148.000,00
O VALOR DOS TRIBUTOS RECUPERÁVEIS QUE ESTAVAM INCLUÍDOS NO
VALOR DA COMPRA DOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NO ANO DE 2014 FOI
DE R$35.000,00. CONSIDERANDO ESSAS INFORMAÇÕES, O VALOR
ADICIONADO A DISTRIBUIR GERADO PELA CIA. VALOR & RIQUEZA NO ANO DE
2014 FOI, EM REAIS, DE:
A) 700.000,00
B) 295.000,00
C) 325.000,00
D) 330.000,00
E) 240.000.00
GABARITO
1. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ Ciências-Contábeis/2015) - A demonstração do valor adicionado
(DVA) tem por objetivo evidenciar a riqueza que foi criada pela entidade, em um exercício social,
e a forma como essa riqueza foi distribuída.
Nesse enfoque, uma Sociedade Anônima de capital aberto, para a elaboração da sua DVA, em um
determinado exercício social, fez as seguintes anotações, em reais:
Despesa de 13° salário 100.000,00
Despesa de salários, incluindo as férias 1.500.000,00
FGTS depositado nas contas dos empregados 128.000,00
ICMS incidente sobre as vendas de mercadorias 1.800.000,00
ICMS incidente sobre os insumos adquiridos de terceiros (mercadorias) 1.350.000,00
INSS, parte do empregador 432.000,00
Considerando-se as anotações feitas pela Sociedade Anônima e as normas contábeis vigentes
para a elaboração da DVA, verifica-se que a distribuição da riqueza ao pessoal, em reais, foi de:
A alternativa "E " está correta.
Despesa de 13° salário: 100.000,00
Despesa de salários, incluindo as férias: 1.500.000,00
FGTS depositado nas contas dos empregados: 128.000,00
Total :1.728.000,00
2. (FCC/SEFAZ PE/2015) - A Cia. Valor & Riqueza, empresa comercial, apresentou as seguintes
informações referentes ao ano de 2014, com os valores expressos em reais:
Receita bruta de vendas 700.000,00
(−) Impostos sobre vendas (120.000,00)
(=) Receita líquida 580.000,00
(−) Custo das mercadorias vendidas (340.000,00)
(=) Lucro bruto 240.000,00
(−) Despesas operacionais
Despesa de depreciação (30.000,00)
Despesa com salários (20.000,00)
(=) Lucro antes do IR e CSLL 190.000,00
(−) IR e CSLL (42.000,00)
(=) Lucro líquido 148.000,00
O valor dos tributos recuperáveis que estavam incluídos no valor da compra dos produtos
comercializados no ano de 2014 foi de R$35.000,00. Considerando essas informações, o valor
adicionado a distribuir gerado pela Cia. Valor & Riqueza no ano de 2014 foi, em reais, de:
A alternativa "B " está correta.
Lucro líquido 148.000,00
IR e CSLL 42.000,00
Despesa com salários 20.000,00
Impostos (120.000 – 35.000) 85.000,00
(=) Lucro bruto 240.000,00
Distribuição do valor adicionado 295.000,00
MÓDULO 3
 Reconhecer as mutações e composições do patrimônio líquido
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS
ACUMULADOS (DLPA) E
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
As demonstrações de lucros e prejuízos acumulados estão apresentadas no pronunciamento técnico 26
(R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que tem correlação às Normas Internacionais de
Contabilidade – IAS 1 (IASB – BV 2011).
A função dessa demonstração é evidenciar as movimentações da conta, lucros ou prejuízos
acumulados, passando desde o saldo do início do período (se for prejuízo) até a recepção do lucro (que
vem da DRE) e sua distribuição.
A demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) não é obrigatória, segundo a Lei das
Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76).
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, apresentando com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício.
Dessa maneira, segundo a Lei nº 6.404, a demonstração obrigatória é a dos lucros ou prejuízos
acumulados (DLPA).
O CPC 26 não menciona nada sobre a DLPA. O pronunciamento inclui no conjunto completo de
demonstrações contábeis a demonstração das mutações do patrimônio líquido do período.
A DLPA demonstra o dividendo por ação do capital social. A demonstração do resultado do exercício
(DRE) apresenta o lucro ou prejuízo por ação do capital. Desse modo, o resultado encontrado na DRE
irá figurar na DLPA em lucro/prejuízo acumulados.
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
Imagem: Shutterstock.com
O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial.
Imagem: Shutterstock.com
As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício.
Imagem: Shutterstock.com
As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao
fim do período.
A distribuição do resultado do exercício, evidenciada na DLPA, segue basicamente a seguinte estrutura:
Saldo do início do exercício (só se for prejuízo acumulado)
(+/-) Ajustes de exercícios anteriores
(+) Reversão de reservas de lucros do período
(+) Lucro líquido do exercício
(-) Transferência para reservas de lucros
(-) Dividendos propostos
(-) Parcela dos lucros incorporada ao capital social
(-) Dividendos intermediários
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Saldo no fim do período
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(-) TRANSFERÊNCIA PARA RESERVAS DE
LUCROS
a) Reserva legal
b) Reserva estatutária
c) Reservas para contingências
d) Reserva de retenção de lucros
e) Reserva de lucros a realizar
f) Reserva de incentivos fiscais
g) Reserva especial de dividendo obrigatório não distribuído
h) Reserva específica de prêmio na emissão de debêntures
Vamos analisar de forma minuciosa os principais grupos.
SALDO DO INÍCIO DO PERÍODO
O resultado auferido na DRE deverá ser transferido para dentro do patrimônio líquido, no balanço
patrimonial, na conta de lucro ou prejuízos acumulados.
A conta de lucros acumulados não pode mais constarcom saldo no balanço patrimonial, quando do
fechamento da demonstração. Ela deverá ser destinada. A conta de prejuízos acumulados poderá
apresentar saldo ao término do exercício, diminuindo o PL, pois essa conta apresenta saldo devedor.
Os lançamentos são:
EM CASO DE LUCRO
D – Lucro (zerando o saldo da conta) C – PL (aumenta o PL)
EM CASO DE PREJUÍZO
D – PL (diminui o PL) C – Prejuízo (zerando o saldo da conta)
AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
Segundo o parágrafo 1º do artigo 186 da Lei nº 6.404/76: “Como ajustes de exercícios anteriores serão
considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes”.
CONSTITUIÇÃO E REVERSÃO DA RESERVA DE LUCROS
A reserva de lucros é constituída pelo seguinte lançamento:
D – LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
C – RESERVA DE LUCRO
A reversão ocorre com o seguinte lançamento:
D – RESERVA DE LUCRO
C – LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
SALDO DO INÍCIO DO PERÍODO
A DRE poderá apontar lucro ou prejuízo após o confronto das receitas com despesas. Caso apresente
prejuízo, há uma ordem de prioridade para que haja a absorção desse deficit, a saber:
“Art. 189. Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.
[...]
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros”. (LEI Nº
6.404/1976)
DIVIDENDOS
Os dividendos representam a remuneração do capital dos sócios. Os acionistas têm direito de receber
como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto.
Esses dividendos são contabilizados da seguinte forma:
D – LUCROS ACUMULADOS (PL)
C – DIVIDENDOS A PAGAR (PASSIVO)
O estatuto é livre para fixar o percentual que pagará a título de dividendos obrigatórios, sendo no mínimo
25% do lucro líquido ajustado. Todavia, podem existir casos de omissão do valor a ser distribuído aos
acionistas. Nesse caso, a Lei nº 6.404 estabelece que:
OS ACIONISTAS TÊM DIREITO DE RECEBER COMO
DIVIDENDO OBRIGATÓRIO, EM CADA EXERCÍCIO, A
PARCELA DOS LUCROS ESTABELECIDA NO ESTATUTO OU,
SE ESTE FOR OMISSO, A IMPORTÂNCIA DETERMINADA DE
ACORDO COM AS SEGUINTES NORMAS:
I - METADE DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DIMINUÍDO OU
ACRESCIDO DOS SEGUINTES VALORES:
A) IMPORTÂNCIA DESTINADA À CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
LEGAL (ART. 193); E
B) IMPORTÂNCIA DESTINADA À FORMAÇÃO DA RESERVA PARA
CONTINGÊNCIAS (ART. 195) E REVERSÃO DA MESMA RESERVA
FORMADA EM EXERCÍCIOS ANTERIORES.
Em caso de omissão, a base de cálculo é a seguinte:
Base de cálculo para estatuto omisso:
Lucro líquido do exercício
- Reserva legal
- Reserva para contingências
+ Reversão da reserva de contingências
- Reserva de incentivos fiscais (facultativamente)
- Reserva esp. emissão de debêntures (facultativamente)
Lucro líquido ajustado x 50% = dividendo devido
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CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS DE LUCRO
As reservas de lucro são retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo de
preservar o patrimônio líquido de uma sociedade, e posterior destinação.
As principais reservas de lucros existentes são as seguintes:
RESERVA LEGAL
RESERVAS ESTATUTÁRIAS
RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS
RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS
RESERVAS DE RETENÇÃO DE LUCROS
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS
NÃO DISTRIBUÍDOS
RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES
Vamos conhecer cada uma delas.
RESERVA LEGAL
A primeira reserva de lucro a ser constituída é a reserva legal.
Segundo o Art. 193 da Lei nº 6.404/1976: “Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão
aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de
20% (vinte por cento) do capital social.
Imagem: Shutterstock.com
A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta
por cento) do capital social.
Imagem: Shutterstock.com
A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para
compensar prejuízos ou aumentar o capital.”
Existe o limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual seja, quando ela, somada às
reservas de capital, atingir o montante de 30% do capital social.
RESERVAS ESTATUTÁRIAS
A reserva estatutária deverá estar preconizada no estatuto da empresa, devendo ter a indicação de
modo preciso e completo além da sua finalidade.
Quando esta for constituída, deverá constar no estatuto os critérios para a determinação da parcela
anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição, bem como a evidenciação do limite
máximo da reserva.
RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS
Segundo o Art. 195:
“A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à
formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro
decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com
as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua
constituição ou em que ocorrer a perda.” (LEI Nº 6.404/1976)
As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital social, de modo que se
posteriormente algo acontecer, decorrente de perda julgada provável cujo valor possa ser estimado, a
companhia esteja preparada.
É importante aqui destacar a diferença entre a reserva de contingência e provisões para contingência.
A RESERVA PARA CONTINGÊNCIA
A PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIA
A RESERVA PARA CONTINGÊNCIA
Apresenta as seguintes características: é destinada para a compensação de perda em exercício futuro;
segrega no patrimônio líquido a parcela de lucros que poderia ir para dividendos; é revertida para lucros
acumulados; é uma conta do patrimônio líquido, sendo uma reserva de lucros; por fim, não afeta o
resultado.
Exemplo: secas.
A PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIA
Apresenta as seguintes características: tem como objetivo a cobertura de perda em que já houve fato
gerador; é constituída independente do lucro ou prejuízo do exercício e figura como uma conta do
passivo e contrapartida em despesa no resultado.
Exemplo: contingência trabalhista.
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS
A reserva de incentivos fiscais é uma reserva de lucro que tem por objetivo demonstrar as doações ou
subvenções recebidas pela Entidade.
A ASSEMBLEIA GERAL PODERÁ, POR PROPOSTA DOS
ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DESTINAR PARA A
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS A PARCELA DO LUCRO
LÍQUIDO DECORRENTE DE DOAÇÕES OU SUBVENÇÕES
GOVERNAMENTAIS PARA INVESTIMENTOS, QUE PODERÁ
SER EXCLUÍDA DA BASE DE CÁLCULO DO DIVIDENDO
OBRIGATÓRIO (INCISO I DO CAPUT DO ART. 202 DESTA
LEI). (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.638,DE 2007)
(LEI Nº 6.404/1976)
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
Segundo o Art. 197 da Lei nº 6.404/1976.: “No exercício em que o montante do dividendo obrigatório,
calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do
exercício, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar.
Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder
da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001).
I – o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial;
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operaçõesou contabilização de ativo e passivo pelo valor
de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.
A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e,
para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar
de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro.”
A contabilização da reserva de lucros a realizar é a seguinte:
D – RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
C – LUCROS ACUMULADOS
Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento:
D – LUCROS ACUMULADOS
C – DIVIDENDOS A PAGAR (PASSIVO)
RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS
NÃO DISTRIBUÍDOS
O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da
administração informarem à assembleia geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da
companhia.
O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na companhia
aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias
da realização da assembleia geral, exposição justificativa da informação transmitida à assembleia.
Desse modo, o montante que figurar na reserva especial, se não absorvido por prejuízos em exercícios
subsequentes, deverá ser pago como dividendo assim que a situação financeira da companhia permitir.
RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES
O prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da Lei n°
11.638 e 11.941, passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de
competência.
RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCRO OU RESERVA
ORÇAMENTÁRIA
RETENÇÃO DE LUCROS
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro
líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.
O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros
proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e
poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto
de investimento.
O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia geral ordinária que deliberar sobre o balanço do
exercício revisado anualmente quando tiver duração superior a um exercício social.
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do
capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) se
elaborada e publicada pela companhia.
A seguir um exemplo de como se calculam os valores dos dividendos a pagar e dos dividendos
adicionais:
(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT/12/2013) - O PATRIMÔNIO
LÍQUIDO DA EMPRESA "COMERCIAL MJDX S.A.", EM
31/12/X0, ERA COMPOSTO PELAS SEGUINTES CONTAS:
CAPITAL: $8.000.000
RESERVA LEGAL: $200.000
RESERVA ESTATUTÁRIA: $500.000
RESERVA PARA EXPANSÃO: $300.000
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO: $9.000.000
A "COMERCIAL MJDX S.A." OBTEVE, NO ANO X1, UM
LUCRO LÍQUIDO DE $4.000.000 E CONSTITUIU AS
SEGUINTES RESERVAS:
 Reserva legal, de acordo com o estabelecido na Lei das Sociedades por Ações.
 Reserva estatutária no valor correspondente a 10% do lucro líquido.
 Reserva para contingências no valor de $800.000.
O FUNDAMENTO ECONÔMICO À RESERVA PARA
EXPANSÃO CONTABILIZADA EM 31/12/X0 NÃO MAIS
EXISTE, POIS A EMPRESA JÁ CONCLUIU O PROJETO DE
EXPANSÃO.
SABENDO-SE QUE O ESTATUTO DA EMPRESA NÃO
DETERMINA O CRITÉRIO PARA O CÁLCULO DO DIVIDENDO
MÍNIMO OBRIGATÓRIO, O VALOR A SER CONTABILIZADO
NO PASSIVO COMO DIVIDENDOS A PAGAR E O VALOR A
SER CONTABILIZADO COMO DIVIDENDOS ADICIONAIS NO
GRUPO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SÃO,
RESPECTIVAMENTE:
RESPOSTA
As reservas de lucro terão os seguintes valores.
javascript:void(0)
Lucro líquido do exercício 4.000.000
(-) Reserva legal (5%) (200.000)
(-) Reserva estatutária (10%) (400.000)
(-) Reserva para contingência (800.000)
A base de cálculo para os dividendos obrigatórios é:
Lucro líquido do exercício 4.000.000
(-) Reserva legal (5%) (200.000)
(-) Reserva para contingência (800.000)
Base de cálculo 3.000.000
(X) 50% (dividendo obrigatório estatuto omisso) 1.500.000
Lucro líquido do exercício: 4.000.000
(-) Reserva legal: 200.000
(-) Reserva estatutária: 400.000
(-) Reserva para contingência: 800.000
(-) Dividendos obrigatórios: 1.500.000
= Total: 2.900.000
Lucro líquido restante: 1.100.000
Reversão da reserva para expansão: 300.000
Dividendos adicionais 1.400.000
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
Neste vídeo, o especialista Sidmar Roberto Vieira Almeida falará sobre o conceito da DMPL, explicará
sobre sua composição e o cálculo do dividendo e, por fim, detalhará as reservas de lucros e de capital.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/ CIÊNCIAS-CONTÁBEIS/2012) - O CPC 26 DO
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, APROVADO PELA
DELIBERAÇÃO CVM N.º 595, DE 15/09/2009, ALTERADA PELA DELIBERAÇÃO
CVM N.º 624, DE28/01/2011, E REVOGADA PELA DELIBERAÇÃO CVM N.º 676, DE
13/12/2011, QUE O RENOMEOU PARA CPC 26 (R1) E O TORNA OBRIGATÓRIO
PARA AS COMPANHIAS DE CAPITAL ABERTO, ESTABELECE QUE ESSAS
ENTIDADES DEVEM APRESENTAR A DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO, A QUAL DEVE INCLUIR AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
A) Capital autorizado e resultado do período.
B) Resultado do período e valor agregado.
C) Capital autorizado, valor agregado e resultado abrangente do período.
D) Resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos
proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não
controladores.
E) Resultado do exercício, resultado abrangente do período e valor agregado, apresentando
separadamente o valor da riqueza agregada no período, bem como os três fluxos de caixa e o montante
da riqueza atribuída aos proprietários, terceiros e governo.
2. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ CONTABILIDADE/2012) - UMA SOCIEDADE
ANÔNIMA, COM ELEVADA DISPONIBILIDADE FINANCEIRA, NO INÍCIO DO
EXERCÍCIO SOCIAL/2010, INCORPOROU TODAS AS RESERVAS AO CAPITAL
SOCIAL E, NO FINAL DESSE MESMO EXERCÍCIO SOCIAL, APUROU UM LUCRO
LÍQUIDO MENOR QUE A SOMA DAS RESERVAS INCORPORADAS.
NA DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO E PREJUÍZO ACUMULADO, FOI EVIDENCIADO
QUE O LUCRO NÃO DESTINADO FOI INTEGRALMENTE DISTRIBUÍDO COMO
DIVIDENDO, NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA VIGENTE.
CONSIDERANDO EXCLUSIVAMENTE AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS E AS
IMPOSIÇÕES DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA, NO QUE TANGE À DISTRIBUIÇÃO
DO RESULTADO, NA COMPARAÇÃO COM O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ANTERIOR, O
PATRIMÔNIO LÍQUIDO APURADO NO BALANÇO DE 2010:
A) Reduziu em valor igual ao das reservas incorporadas.
B) Reduziu em valor igual à diferença entre as reservas incorporadas e o lucro.
C) Manteve o valor, uma vez que o lucro apurado foi totalmente distribuído.
D) Aumentou em valor igual ao do lucro apurado no exercício.
E) Aumentou em valor igual ao da reserva legal constituída.
GABARITO
1. (CESGRANRIO/Transpetro/ Ciências-Contábeis/2012) - O CPC 26 do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM N.º 595, de 15/09/2009, alterada
pela Deliberação CVM N.º 624, de28/01/2011, e revogada pela Deliberação CVM N.º 676, de
13/12/2011, que o renomeou para CPC 26 (R1) e o torna obrigatório para as companhias de capital
aberto, estabelece que essas entidades devem apresentar a demonstração das mutações do
patrimônio líquido, a qual deve incluir as seguintes informações:
A alternativa "D " está correta.
Na revisão (R1), foi eliminada a possibilidade de incluir a DRA na DMPL. A DRA deve ser uma
demonstração separada. Mas também entra na DMPL, pois as contas do resultado abrangente ficam no
PL.
2. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ Contabilidade/2012) - Uma sociedade anônima, com elevada
disponibilidade financeira, no início do exercício social/2010, incorporoutodas as reservas ao
capital social e, no final desse mesmo exercício social, apurou um lucro líquido menor que a
soma das reservas incorporadas.
Na demonstração do lucro e prejuízo acumulado, foi evidenciado que o lucro não destinado foi
integralmente distribuído como dividendo, nos termos da legislação societária vigente.
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as imposições da legislação
societária, no que tange à distribuição do resultado, na comparação com o patrimônio líquido
anterior, o patrimônio líquido apurado no balanço de 2010:
A alternativa "E " está correta.
Admita que o lucro líquido seja de 1.000. A reserva legal corresponde a 5%, que no caso corresponderia
a 50. Os restantes 95%, ou seja, 950, tenham ido para dividendos. A situação final do patrimônio será:
Capital Social: 1.000
Reserva Legal: 50
Total: 1.050
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, entendemos as informações sobre o fluxo de caixa de entidades para proporcionar aos
usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como analisar como o caixa foi consumido em cada tipo atividade.
Além do caixa, também foi possível conhecer os componentes básicos do balanço social, representado
na demonstração do valor adicionado, que tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e
sua distribuição. De maneira prática, a DVA evidencia a circulação do patrimônio fornecendo informação
sobre os benefícios obtidos por cada fator de produção: governo, credores e trabalhadores.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Planalto. Consultado na internet em: 16 abr. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL. CPC 00: Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro.
CPC. Consultado na internet em: mar. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL. CPC 03: Demonstração dos Fluxos de Caixa. CPC.
Consultado na internet em: mar. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL. CPC 09: Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
CPC. Consultado na internet em: mar. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL. CPC 26: Apresentação das Demonstrações Contábeis.
CPC. Consultado na internet em: mar. 2021.
GELBECK, E. R. et. al. Manual de Contabilidade Societária: Aplicável a todas as sociedades. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2018.
EXPLORE+
 Acompanhe a divulgação dos resultados das companhias abertas disponíveis no site da
Comissão de Valores Mobiliários. Essa é a dica para estar por dentro da dinâmica apresentada
pelas empresas. O acompanhamento da teleconferência de resultado da companhia ocorre,
normalmente, um dia após o arquivamento das demonstrações. Esse evento é aberto a qualquer
pessoa, acionista ou não.
 Outra dica é acessar o site de Relação com Investidores (RI) das Lojas Americanas S. A. e ler o
kit do investidor, em especial o Relatório da Administração, que propiciará uma visão ampla e
estratégica da companhia.
CONTEUDISTA
Prof. Ms. Sidmar Roberto Vieira Almeida
 CURRÍCULO LATTES
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