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INTRODUÇÃO À DRENAGEM LINFÁTICA

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DESCRIÇÃO
Sistema linfático, seus conceitos, suas definições, as manobras realizadas, indicações, contraindicações
e a ficha de anamnese da Drenagem Linfática Manual.
PROPÓSITO
Compreender os princípios básicos de Drenagem Linfática Manual (DLM), bem como os métodos
disponíveis para implementação da terapêutica desejada.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o histórico e os conceitos básicos da Drenagem Linfática Manual, bem como as etapas de
anamnese
MÓDULO 2
Reconhecer os métodos de Drenagem Linfática Manual
INTRODUÇÃO
Antigamente, a Drenagem Linfática Manual (DLM) era alvo de vários questionamentos em relação à
terapêutica e aos resultados, inclusive pela área médica. Com o passar do tempo e por meio da
comprovação de vários estudos de casos, artigos científicos, entre outros, a DLM foi ganhando
credibilidade e, hoje, é considerada uma técnica conhecida mundialmente, sendo indicada para diversas
patologias e disfunções estéticas, desde que seja realizada por um profissional habilitado e com
conhecimento de anatomia e fisiologia.
Além disso, a DLM ganhou espaço no mercado da saúde, estética e bem-estar e começou a ser
destaque entre muitas terapias; com isso, tornou-se disciplina profissionalizante de inserção nesta área.
MÓDULO 1
 Identificar o histórico e os conceitos básicos da Drenagem Linfática Manual, bem como as
etapas de anamnese
HISTÓRICO
Antes do século V, o sistema linfático já era conhecido, e Hipócrates definia a linfa como “sangue
branco”; porém, embora caminhássemos para mais estudos e a abertura de portas para o
conhecimento, tudo foi interrompido durante a Idade Média. Dessa forma, os avanços das pesquisas na
área da Medicina foram freados por conta de proibições (NATALE et al., 2017).
Por décadas, não houve progresso no campo da Medicina, e isso durou até o século XVII, quando
Cláudio Galeno (médico e filósofo grego) apresentou a questão da produção de sangue pelo fígado a
partir do quilo, dizendo que todos os órgãos do corpo se beneficiavam de sangue, em uma constante
renovação. A partir deste período, em que várias descobertas foram surgindo sobre o sistema linfático,
outros pesquisadores realizaram estudos sobre esse sistema.
JEAN PECQUET
Identificou a cisterna chyli (ou quilo), atualmente conhecida como cisterna de Pecquet.
THOMAS BARTHOLIN
Injetava contraste nos vasos linfáticos, a fim de comprovar a existência dos vasos e da linfa, o que lhe
atribuiu o título de: “O descobridor do sistema linfático”, ao qual se referia como um sistema de
“irrigação” e “limpeza do corpo”.
OLOF RUDBECK
Pesquisou sobre os vasos linfáticos, referindo-se a eles como “vasos serosos”, e os gânglios linfáticos.
JOHANN CONNAD PEYER
Em 1677, pesquisou sobre agregados de linfoides (ou nódulos linfáticos) localizados no trato
gastrintestinal, que tinha como função principal a produção de imunoglobulinas e diversos anticorpos,
denominados placas de Peyer.
As pesquisas sobre o sistema linfático prosseguiram durante o Iluminismo, quando Frederik Ruysch
descreveu um mecanismo que impulsionava a linfa, denominado válvulas linfáticas (linfangions), e Paolo
Mascagni falou sobre sua descoberta da rede linfática em humanos.
Em 1932, um casal dinamarquês, Emil Vodder (biológico e fisioterapeuta) e Estrid Vodder, que já
executava técnicas de massagens na cidade de Cannes, na Riviera Francesa, começou a observar que
indivíduos gripados tinham aumento dos gânglios na região cervical; então, resolveram colocar em
prática os estudos que apontavam o sistema linfático ligado a uma rede de gânglios. Assim, de maneira
muito experimental e intuitiva, o casal deu origem à massagem terapêutica, chamada de Drenagem
Linfática Manual.
Em 1936, eles aprofundaram seus estudos e suas experiências sobre os resultados positivos dos efeitos
que a técnica, aprimorada pelo casal, apresentava nos indivíduos. 
A partir de um congresso de Estética em Paris (França), em 1936, depois de profundos estudos, um
método referente a uma massagem terapêutica foi apresentado aos profissionais da Estética, entre
outras áreas da saúde, mas nem todos acreditavam ou eram adeptos dos resultados da técnica
(GODOY & GODOY, 2004).
A partir da divulgação da Drenagem Linfática Manual por Vodder, após aceitação pela medicina
científica, em 1966, a técnica conseguiu vários adeptos, que criaram a Sociedade da Drenagem Linfática
Manual, que contava com a participação de Leduc, Foldi, entre outros, para capacitar outros
profissionais.
 ATENÇÃO
A DLM foi introduzida no Brasil, mais precisamente em Belo Horizonte (MG), por intermédio de uma
esteticista, Waldtraud Ritter Winter, que realizava a técnica precursora de Vodder. Ela conheceu esse
procedimento ao participar de um curso ministrado pelo próprio Emil Vodder, em 1969; desde então, ela
passou a ministrar vários cursos, capacitando profissionais de diversas áreas da saúde para a
realização desta prática.
CONCEITO
O sistema linfático está associado ao sistema sanguíneo de forma paralela, sendo o sanguíneo um
sistema “fechado”; por ser circulatório, tem o coração como propulsor do sangue, líquido que o circunda
em todo o seu trajeto, considerado uma via de mão dupla. Já o linfático é um sistema “aberto”,
comparado a uma via de mão única, que tem seu início no espaço intersticial, com o líquido presente, a
linfa, que é impulsionada pelo mecanismo dos linfangions em todo o seu trajeto linfático:
CAPILAR LINFÁTICO
VASO LINFÁTICO
GÂNGLIOS LINFÁTICOS
TRONCO LINFÁTICO
DUCTOS LINFÁTICOS
O sistema linfático apresenta grande importância para o organismo, principalmente devido à resposta
imunológica que confere ao ser humano, pois é constituído por uma extensa rede de vasos capilares,
ductos linfáticos, gânglios e órgãos linfoides, que combatem agentes invasores e controlam processos
infecciosos, entre outras ações.
Segundo Godoy & Godoy (2004), se não houvesse o sistema linfático no corpo humano, com a
eliminação de proteínas, toxinas, entre outros, o indivíduo não sobreviveria 24 horas, pois as proteínas
plasmáticas não atravessam facilmente as paredes dos vasos capilares, formando, assim, um acúmulo
de fluido, denominado edema.
O sistema linfático tem seu processo de formação entre a sexta e a sétima semana do desenvolvimento
embrionário, após o surgimento dos componentes do sistema circulatório, e apresenta seu formato
definitivo no ser humano após os 12 meses de vida.
VAMOS DEFINIR DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL?
DENTRO DAS VIGENTES LITERATURAS,
ENCONTRAMOS VÁRIAS DEFINIÇÕES PARA A
TÉCNICA DA DLM, E UMA DELAS DIZ O SEGUINTE:
“MECANISMO QUE, POR MEIO DA EXECUÇÃO DE
MANOBRAS SUAVES E SUPERFICIAIS, DRENA O
LÍQUIDO EXCESSIVO CONCENTRADO EM ALGUMAS
REGIÕES DO CORPO, NO ESPAÇO INTERSTICIAL,
QUE REALIZA A REABSORÇÃO DE PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS E RESÍDUOS METABÓLICOS,
ATUANDO NA RENOVAÇÃO DE NUTRIENTES E
OXIGÊNIO, PRESERVANDO O EQUILÍBRIO HÍDRICO
DO MEIO INTERCELULAR, FAZENDO-O RETORNAR À
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA E REALIZANDO O CICLO
DE DRENAGEM LINFÁTICA FISIOLÓGICA DO SER
VIVO”.
A AÇÃO DAS MANOBRAS DA DLM NO
ORGANIMO HUMANO
As manobras da realização da DLM visam imitar os movimentos da drenagem fisiológica; para tanto, o
mecanismo dos linfangions é preconizado, atuando por meio de pressões suaves, de forma rítmica, e
manobras padronizadas, sem proporcionar alterações para o organismo, mas promovendo um suporte,
acelerando a evacuação e a reabsorção da linfa no período de 24 horas.
A Drenagem Linfática Manual citada pelo Dr. Emil Vodder está associada às mãos do profissional que irá
executá-la; isso ocorre de forma tão íntima, que nenhum aparelho seria capaz de substituir a técnica.
Porém, apesar de vários benefícios, nem todos podem receber o método terapêutico; logo, as
“possíveis” contraindicações devem ser observadas antes de o cliente iniciar a DLM.
Em relação às manobras realizadas da DLM, no método Vodder, temos a prática imitando as contrações
da musculatura lisa dos vasos linfáticos e seus ritmos fisiológicos, executandomanobras que consistem
em círculos e espirais, sobrepondo-se à topografia do trajeto linfático e exercendo pressão,
descompressão, além de carrear a linfa até seu gânglio proximal.
As manobras de Drenagem Linfática Manual criadas pelo Dr. Emil Vodder tinham como objetivo
“imitar” a DLM fisiológica. Neste seguimento, citam-se as manobras e suas áreas específicas:
EVACUAÇÃO
Consiste em descongestionar (região dos gânglios), liberando o trajeto (vias pelas quais a linfa irá fluir)
para a passagem da linfa, que terá seu fluxo aumentado devido à realização da DLM.
CAPTAÇÃO
Consiste em carrear a linfa da região do interstício celular e transportá-la por todo o trajeto linfático,
direcionando-a para o gânglio linfático proximal, a fim de que a circulação venosa sobre uma região de
edema retorne.
REABSORÇÃO
Realiza a DLM nos pré-coletores linfáticos, carreando a linfa captada para os capilares linfáticos.
Neste vídeo, você entenderá as manobras de Drenagem linfática Manual.
VEJAMOS AS CONTRAINDICAÇÕES DA DLM
Dentro de um padrão de entrevista e avaliação com o cliente (ficha de anamnese), é possível avaliar se
essa pessoa tem algum tipo de impedimento para realizar DLM; neste caso, uma contraindicação
relativa, ou realmente não pode receber a massagem terapêutica, configurando contraindicação
absoluta.
CONTRAINDICAÇÃO RELATIVA DA DLM
Hipertireodismo
Afecção no tegumento (pele)
Crise de doenças respiratórias (asma e bronquite)
Hipotensão arterial (aferir antes da DLM)
Taquicardia
CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA
Trombose venosa
Infecções de forma geral
Reações alérgicas de ação aguda
Erisipela (fase aguda)
Edemas sistêmicos: renal e cardíaco
Tumores malignos
INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL – PADRÃO ESTÉTICO
São várias as indicações da DLM dentro do âmbito estético, ou seja, de competência de um profissional
esteta.
1
Autor: karelnoppe / Fonte: Shutterstock
PREPARATÓRIO PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
(FACIAIS E CORPORAIS).
FEG (FIBRO EDEMA GINOIDE – “CELULITE”).
Autor: Africa Studio / Fonte: Shutterstock
2
3
Autor: SNeG17 / Fonte: Shutterstock
EDEMA GESTACIONAL EM MEMBROS INFERIORES.
RETENÇÃO HÍDRICA.
Autor: PJs Panda / Fonte: Shutterstock
4
5
Autor: kei907 / Fonte: Shutterstock
HIDROLIPODISTROFIA GINOIDE.
ACNE.
Autor: Geinz Angelina / Fonte: Shutterstock
6
7
Autor: Lipowski Milan / Fonte: Shutterstock
ROSÁCEA.
TRATAMENTOS CAPILARES ESTÉTICOS (MASSOFILAXIA).
Autor: GingerKitten / Fonte: Shutterstock
8
9
Autor: TY Lim / Fonte: Shutterstock
PSORÍARE.
EQUIMOSES.
Autor: Nadezhda Novikova / Fonte: Shutterstock
10
11
Autor: Aleksey Boyko / Fonte: Shutterstock
HEMATOMAS.
CICATRIZES HIPERTRÓFICAS E QUELOIDES.
Autor: Koldunova Anna / Fonte: Shutterstock
12
13
Autor: Artem Furman / Fonte: Shutterstock
ENXAQUECAS.
LINFEDEMAS.
Autor: Petia_is / Fonte: Shutterstock
14
15
Autor: fizkes / Fonte: Shutterstock
TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM).
INSÔNIA.
Autor: Realstock / Fonte: Shutterstock
16
17
Autor: Prostock-studio / Fonte: Shutterstock
SINUSITE.
PÓS-CIRÚRGICO DE ANGIOLOGIA ETC.
Autor: Tibanna79 / Fonte: Shutterstock
18
FICHA DE ANAMNESE PARA A DRENAGEM
LINFÁTICA MANUAL
Autor: smolaw / Fonte: Shutterstock
Pode ser descrita como a primeira ação a ser feita pelo profissional que realizará o procedimento,
levando em consideração a queixa da cliente. A ficha de anamnese é muito importante para o
profissional de saúde, pois vale como um “documento”; nela, devem constar dados importantes em
relação à saúde do indivíduo.
Para a realização do procedimento, é preciso saber o motivo da busca ou a indicação terapêutica do
cliente, perguntando, por exemplo, o que a pessoa veio buscar com a DLM:
RELAXAMENTO?
ALIVIAR EDEMA?
PREPARAÇÃO CIRÚRGICA?
CUIDAR DO PÓS-OPERATÓRIO?
ALIVIAR EDEMA GESTACIONAL?
FEG?
OUTROS?
Se, durante a realização da avaliação corporal, o profissional perceber a existência de uma patologia,
lesão ou outra situação que não envolva sua competência de atuação, ele deve encaminhar o cliente, de
forma ética e com cautela, a um médico especialista.
Depois de preencher corretamente a ficha de anamnese, o cliente deverá assiná-la, confirmando a
veracidade das informações relatadas.
Dependendo do histórico de saúde atual (período de cinco anos), o cliente será ou não liberado para
realizar o procedimento estético. Está ficha deverá ser consultada sempre, caso haja dúvida ou seja
necessário acrescentar algo durante o tratamento. Trata-se de um documento do profissional e, por isso,
deverá ficar arquivada na pasta do cliente; caso este solicite a ficha, a cópia deverá ser fornecida, mas a
original permanecerá com o profissional.
Somente com base na avaliação do especialista e nas possíveis contraindicações, entre outras
condições, a cliente será liberada para receber a terapêutica da Drenagem Linfática Manual.
 SAIBA MAIS
Em caso de encaminhamento (ou solicitação) de tratamento médico, o (a) cliente deve entregar ao
profissional a indicação (receituário ou encaminhamento), que deverá ficar arquivada junto à ficha de
anamnese do (a) cliente.
A anamnese deve ser realizada em etapas:
ETAPA DA ENTREVISTA COM O CLIENTE
Deverá ser feita em uma sala de avaliação, onde o cliente possa informar a sua QP (Queixa Principal), o
motivo que o levou a procurar aquele tratamento, o que o está preocupando.
Itens a serem preenchidos: problemas de saúde – informações de seu histórico de saúde; deverá ser
preenchida pelo próprio e assinada. Além destes, devem constar os dados cadastrais do cliente e outras
informações que podem contribuir para o diagnóstico do terapeuta quando for elaborar seu programa de
tratamento, como: nome, sexo, idade, profissão, endereço, entre outras.
ETAPA DA AVALIAÇÃO PROFISSIONAL
Também deve ser feita na sala de avaliação, pois os recursos de aparelhos possibilitam ao profissional
executar, de forma segura, a avaliação, inspeção e análise da região que será tratada, além de poder
fotografar o local. É nesta etapa que o profissional fecha seu diagnóstico terapêutico, com base em seus
métodos avaliativos e nas conclusões de sua análise. A partir de então, ele define qual tratamento será
realizado; no caso da Drenagem Linfática Manual, número de sessões, frequência do tratamento, tempo
de duração, valores dos serviços executados etc.
Orientações aos clientes: trazer roupas confortáveis. Para receber o tratamento de DLM, o cliente
deve utilizar traje de banho ou roupa íntima folgada, para evitar o efeito garrote nos vasos linfáticos,
ingerir dois copos de água antes de iniciar a sessão e não pode realizar drenagem linfática logo após as
refeições (deve aguardar, pelo menos, uma hora).
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as etapas da anamnese na DLM.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. FOI UNS DOS PRIMEIROS A PERCEBER O SISTEMA LINFÁTICO NO SER
HUMANO, REFERINDO-SE À LINFA COMO “SANGUE BRANCO”:
A) Aristóteles.
B) Emil Vodder.
C) Albert Leduc.
D) Hipócrates.
E) Jean Piquet.
2. A HISTÓRIA DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL ENVOLVEU VÁRIOS
PESQUISADORES, QUE PROCURARAM DESVENDAR UM SISTEMA POR MEIO
DO QUAL NÃO CIRCULAVA SANGUE, E SIM UM FLUIDO DE COLORAÇÃO
CLARA. DIVULGADA INICIALMENTE POR VODDER, EM UM CONGRESSO DE
ESTÉTICA, ATRAIU A ATENÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA. ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA SOBRE A DLM:
A) A prática da DLM só pôde ser divulgada depois de aceita pela medicina científica, em 1999.
B) A esteticista Waldtraud Ritter Winter é a precursora da Drenagem Linfática Manual.
C) No século XVII, Galeno referia-se à linfa como “sangue branco” dos humanos.
D) A sociedade de DLM da época contava com a participação de Leduc e Godoy.
E) Para comprovar a existência dos vasos e da linfa, Thomas Bartholin injetava contraste nos vasos
linfáticos.
GABARITO
1. Foi uns dos primeiros a perceber o sistema linfático no ser humano, referindo-se à linfa como
“sangue branco”:
A alternativa "D " está correta.
Hipócrates, antes do século V, já tinha conhecimentoda linfa, que chamava de “sangue branco”, devido
a sua coloração esbranquiçada.
2. A história da Drenagem Linfática Manual envolveu vários pesquisadores, que procuraram
desvendar um sistema por meio do qual não circulava sangue, e sim um fluido de coloração
clara. Divulgada inicialmente por Vodder, em um congresso de Estética, atraiu a atenção dos
profissionais da área. Assinale a alternativa CORRETA sobre a DLM:
A alternativa "E " está correta.
Um dos grandes de sua época, Thomas Bartholin utilizava em suas pesquisas do sistema linfático o
contraste, como forma de rastrear seu trajeto e poder melhor estudá-lo. Tal avanço em suas pesquisas o
fez receber o título de “O descobridor do sistema linfático”.
MÓDULO 2
 Reconhecer os métodos de Drenagem Linfática Manual
MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
Atualmente, a drenagem tornou-se uma terapêutica muito indicada e prescrita em vários tratamentos,
inclusive para diversas aplicabilidades, que vão desde a retenção hídrica por ficar horas em pé (estética)
até a intervenção em tratamentos mais sérios, como mastectomia (médica). Hoje, alguns planos de
saúde do Brasil já reembolsam os custos com DLM, caso se trate de prescrição médica para tratamento
de linfedemas e executada por profissional qualificado, em razão de suas ações terapêuticas.
Devido aos seus benefícios cientificamente comprovados, a partir de Vodder, outras técnicas com
validação científica surgiram, baseando-se na original, mas mantiveram o seguimento da precursora,
como as técnicas conhecidas de Leduc e Godoy.
O que difere uma técnica da outra são detalhes mínimos, como: movimento realizado, local aplicado,
entre outros; contudo, o importante é que todas elas seguem o trajeto do sistema linfático (topografia),
obedecendo/respeitando a drenagem linfática fisiológica, atingindo, por meio da DLM, seus objetivos
terapêuticos.
Autor: Yuliya Loginova / Fonte: Shutterstock
MÉTODO VODDER
 Ao pensarmos em drenagem linfática, é impossível não lembrarmos do Dr. Emil Vodder, pesquisador
que batizou o método de massagem terapêutica, com movimentos rítmicos, suaves, com métodos de
bombear as cadeias ganglionares, realizando manobras de movimentos circulares de Drenagem
Linfática Manual sem a necessidade de produtos lubrificantes. Trata-se de um procedimento muito
diferente da massagem, que utiliza movimentos fortes e rigorosos sobre os tecidos moles por meio da
compressão de sangue entre um tecido e outro, utilizando um produto lubrificante como forma de
promover o deslizamento das mãos.
O “método revolucionário no tratamento da pele”, como era chamado por Vodder no início, era realizado
em tratamentos na região da face, como sinusite, ou em regiões cuja patologia estava instalada, como
em alguns membros, por exemplo. Entretanto, Vodder observou que, por meio deste tratamento, regiões
com edemas, devido ao quadro patológico, e atingidas pela sinusite tiveram o edema reduzido, além de
o procedimento ter proporcionado conforto e efeito analgésico ao paciente. A partir destas observações,
a técnica estendeu-se para todo o corpo, e não somente para as regiões afetadas; contudo, ainda se
recomenda a execução da prática com ênfase nas regiões comprometidas com edema.
A técnica exercida pelo Dr. Emil Vodder consiste em utilizar linhas “imaginárias” (linhas de sandwish)
como forma de delimitar o trajeto linfático nas regiões do corpo e sequenciar as manobras executadas.
Para Vodder, a técnica deve ser executada de distal para proximal do segmento que compreende a
região a ser drenada.
O QUADRO A SEGUIR EXEMPLIFICA A REALIZAÇÃO DA
DLM EM MEMBROS INFERIORES.
Fonte: Acervo do autor
 Esquema do seguimento distal/proximal de Vodder na DLM.
POR QUE, SEGUNDO O DR. VODDER, A DLM NÃO
NECESSITA DE PRODUTO LUBRIFICANTE PARA SUA
EXECUÇÃO?
RESPOSTA
Os movimentos da Drenagem Linfática Manual devem ser similares aos da drenagem fisiológica; por isso, o
profissional, ao executá-la, exerce a pressão e descompressão e carreia, tentando reproduzir os movimentos
fisiológicos. Sendo assim, qualquer tipo de lubrificação pode afetar a pressão.
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MÉTODO ALBERT LEDUC
O Dr. Albert Leduc, belga, doutor em Linfologia, foi aluno de Vodder e ajudou a disseminar a técnica de
DLM que aprendeu, mas realizou suas adaptações conforme achou necessário. Como meio de resposta
para o organismo, chega-se à conclusão de que o sistema linfático era composto por órgãos e tecidos
linfoides.
Segundo Leduc, a execução da DLM é baseada no tipo do distúrbio encontrado para tratamento. Ele
também incluiu técnicas de bandagens e exercícios associados como forma terapêutica em seus
tratamentos de DLM. Seu método de realização consiste em regiões sem infiltrações e trabalha de
proximal para distal, ou vice-versa. Porém, quando se trata de linfedema, ele começa pela raiz do
membro.
Cinco movimentos são demonstrados por Leduc em relação à técnica dos membros, os quais, para ele,
justificam a combinação dos movimentos que formam um sistema de massagem drenante. Leduc não
trabalha estimulando a cisterna de Picquet.
OS MOVIMENTOS PROPOSTOS POR LEDUC SÃO OS
SEGUINTES:
1
CÍRCULO COM OS DEDOS SEGUNDO A TÉCNICA DE
REABSORÇÃO
Movimentos em círculos, deslocando a pele através de pressão mediana e gradual.
CÍRCULO COM O POLEGAR SEGUNDO A TÉCNICA DE
DEMANDA
Movimentos em círculos, utilizando o polegar, deslocando a pele através de pressão mediana e gradual,
exercendo a mobilidade que o dedo possibilita.
2
3
CÍRCULOS COMBINADOS APENAS COM O POLEGAR E
COM TODOS OS DEDOS
Segue a sequência dos movimentos anteriores, juntando as duas técnicas.
TÉCNICA DE PRESSÃO EM BRACELETE
É executada com as duas mãos, simulando um “bracelete/algema”, trabalhando a compressão e
descompressão, conduzindo a linfa até o gânglio (leva).
4
5
TÉCNICA DE DRENAGEM DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS
(ENTREGA)
Após concluir o movimento e a chegada na cadeia dos gânglios linfáticos da região inguinal, realiza-se o
movimento de entrega, com a pressão moderada, perpendicular, sobre os gânglios, conforme etapa de
evacuação.
MÉTODO GODOY & GODOY
o método Godoy & Godoy é a referência brasileira e foi criado pelo Dr. José Maria Godoy, cirurgião
vascular e angiologista, e por sua esposa, Fátima Guerreiro Godoy, doutora em terapia ocupacional.
Em 1999, o casal apresentou o uso de roletes associado à execução da Drenagem Linfática Manual. A
técnica consiste em um método inovador de adaptação sobre a original, com uso de roletes ou bastões
flexíveis e delicados como recursos que facilitem a compressão da pressão externa – além das mãos do
terapeuta, que atuarão sobre a pele – no trajeto linfático, promovendo um “rolamento” da linfa até a
região dos gânglios linfáticos. A sequência de atuação é de proximal a distal.
Após entendermos os métodos disponíveis e bastante utilizados nos dias atuais, vejamos, a
seguir, o quadro comparativo para melhor visualização:
MÉTODOS VODDER LEDUC Godoy & Godoy
Manobras
Círculos fixos
Bombeamento
Mãos em concha
Giratório ou
rotação
Circular com os
dedos
Circular com os
polegares
Combinados
Pressão em
bracelete
Bombeamento
por ativação
supraclavicular
Mãos em concha
Giratório ou
rotação
Pressão
aplicada
De 30 a 40 mmHg,
suave e leve, devendo
De 30 a 40 mmHg,
suave e leve,
De 30 a 40 mmHg,
suave e leve, devendo
por cada
autor
ser decrescente, da
palma das mãos para
os dedos.
devendo ser
decrescente, da
palma das mãos
para os dedos.
ser decrescente, da
palma das mãos para
os dedos.
Acessórios Não utiliza.
Bandagens e
exercícios
Roletes e RA de Godoy
Sentido da
DLM
corporal
Manobras de distal
para proximal, e vice-
versa.
Manobras de
proximal para distal,
e vice-versa.
Manobras de proximal
para distal, e vice-
versa.
Sentido da
DLM facial
Centro da face ao
gânglio
correspondente.
Centro da face ao
gânglio
correspondente.
Centro da face ao
gânglio
correspondente.
 Fonte: Adaptada de Guirro & Guirro (2002) Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
QUAL MÉTODO O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA
DEVE UTILIZAR?
Como todos os métodos criados ou adaptados pelos seus pesquisadores têm a devida comprovação
científica, o profissional poderá escolher aquele com o qual se adaptar ou até mesmo fazer uma
associação entre eles, ou seja, alternar técnicas de Vodder com Leduc, por exemplo. O importante é não
fugir da metodologia científica e respeitar o sistema fisiológico linfático, realizando as etapas das
execuções, como demonstra o quadro anterior das análises comparativas dos métodos.
A DLM pode ser incluída em programa de tratamento estético e conjugada com eletroterapia, por
exemplo. Toda terapêutica só será implementada a partir de uma anamnese bem detalhada feita por
profissional habilitado.
 SAIBA MAIS
O ser humano é o único mamífero que edemacia sem que haja traumatismo ou transtornos metabólicos;
desta forma, evidencia-se a presença do edema no indivíduo e a necessidade da realização da
Drenagem Linfática Manual.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSISTE NO MÉTODO QUE UTILIZA A TÉCNICA DOS ROLETES PARA
EXECUÇÃO DAS MANOBRAS DE DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL.
A) Vodder.
B) Leduc.
C) Godoy.
D) Foldi.
E) Ganância.
2. A QUEM PERTENCE O MÉTODO CUJA TÉCNICA DE DLM FAZ MENÇÃO À
UTILIZAÇÃO DE BANDAGENS E EXERCÍCIOS ASSOCIADOS COMO FORMA
TERAPÊUTICA.
A) Vodder.
B) Leduc.
C) Godoy.
D) Foldi.
E) Waldtraud.
GABARITO
1. Consiste no método que utiliza a técnica dos roletes para execução das manobras de
Drenagem Linfática Manual.
A alternativa "C " está correta.
Pertence a Godoy & Godoy a utilização de roletes como técnica e execução da DLM.
2. A quem pertence o método cuja técnica de DLM faz menção à utilização de bandagens e
exercícios associados como forma terapêutica.
A alternativa "B " está correta.
Albert Leduc realizou algumas modificações na DLM de Vodder, entre elas a utilização de bandagens e
exercícios na drenagem.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos que, diferentemente do que muitos imaginavam, a Drenagem Linfática Manual não é
algo recente, já que, no ano de 1932, o Dr. Emil Vodder e sua esposa aplicavam suas técnicas de DLM,
na tentativa de comprovar os efeitos benéficos atuantes em vários procedimentos.
A partir da comprovação científica de Vodder e sua revelação sobre os métodos de DLM, outros
pesquisadores, interessados em seus métodos terapêuticos, realizaram algumas adaptações na técnica
original e deram seguimento aos seus próprios métodos, como Leduc, Godoy, entre outros.
Hoje, estes métodos são utilizados em centros de saúde, beleza e bem-estar para o tratamento de
disfunções estéticas e patológicas. Nesse sentido, é importante realizar uma anamnese detalhada, a fim
de implementar a terapêutica adequada, como também o número de sessões.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em Estética: conceitos e técnicas. São Paulo: Ed.
Phorte, 2016.
FURTADO, G. P. Z.; THIESEN, L. C. Drenagem linfática. Indaial: Uniasselvi, 2019.
GODOY, J. M. P.; GODOY, M. F. G. Drenagem linfática manual: um novo conceito. Jornal Vascular
Brasileiro, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 77-80, 2004c.
GODOY, M. F.; GODOY, J. M. P.; BRAILE, D. M. Tratamento do linfedema de membros superiores:
atividades e exercícios linfomiocinéticos. Rio de Janeiro: Di Livros, 2006.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos, recursos,
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GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos, recursos e
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GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Manole, 2007.
NATALE, G.; BOCCI, G.; RIBATTI, D. Estudiosos e cientistas na história do sistema linfático. ISSN
(electrónico): 1695-2987 - ISSN (papel): 0003-3170 J. Anat, 2017.
EXPLORE+
Leia o artigo científico Análise comparativa das técnicas de Drenagem Linfática Manual: método
Vodder e método Godoy & Godoy, de Daniella Andrade Ferreira dos Santos e Dayana Priscila
Maia Mejia.
CONTEUDISTA
Claudia Lúcia Batalha
 CURRÍCULO LATTES
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