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TAI - Inteligência - NP1

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T.A.I. T.A.I. 
Simone GonçalvesSimone Gonçalves
Simone Gonçalves
- AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA X NEUROPSICOLÓGICA
- INTELIGÊNCIA FLUIDA X INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA
- INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
- WISC-IV
AGENDA
Simone Gonçalves
NEUROPSICOLOGIA
Resolução CFP Nº 002/2004: 
“É uma das áreas de especialização de Psicologia, que 
tem como objetivo levantar dados clínicos que permitam 
auxiliar no diagnóstico e tipos de intervenção e 
reabilitação para indivíduos e grupos de pacientes em 
condições nas quais tenha ocorrido prejuízo ou 
modificação significativa do funcionamento cognitivo, 
afetando diretamente o funcionamento e qualidade de 
vida do indivíduo. Auxilia também no fornecimento de 
dados objetivos e na formulação de hipóteses sobre o 
funcionamento cognitivo para tomada de decisões de 
profissionais de outras áreas.”
3
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO 
PSICOLÓGICA: Investigação sobre o funcionamento 
psicológico que gerou e que mantém os sintomas 
atuais do paciente
Realizada por profissional da psicologia
 NEUROPSICOLÓGICA: Investigação mais complexa, 
das funções cognitivas e do comportamento, 
relacionando-as ao funcionamento normal ou
deficitário do SNC 
 Realizada por profissional da psicologia com 
 especialização em neuropsicologia
4
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Espécie de avaliação psicológica mais complexa
Fundamental ter o conhecimento do sistema nervoso e 
suas patologias
Possui duas regras fundamentais:
1. Trate cada paciente como um indivíduo
2. Pense a respeito do que você está fazendo
“...frente a um adulto que apresentou mudancas de 
personalidade marcantes, afetando funções 
cognitivas, ele nao vai se contentar em dizer que tais 
sintomas podem ter uma explicacao psicodinamica...” 
(Weinstein & Seidman, 1994)
5
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Principal objeto de análise: COGNIÇÃO
Foco de atenção inicial: dificuldades cognitivas e/ou 
alterações marcantes de personalidade apresentadas 
no encaminhamento
Os casos passíveis de encaminhamento para avaliação 
neuropsicológica são muito variados
Fatores pessoais do indivíduo podem refletir no 
desempenho, para além dos escores dos testes: 
ansiedade, fadiga, motivação, medicação, etc
6
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
A hipótese sobre déficit cognitivo / desfunção cerebral 
deve basear-se em:
- Encaminhamento
- Queixa do paciente
- História clínica
- História de vida passada
- Quadro atual
- Desempenho nos testes
As hipóteses vão definir as áreas de investigação, 
estabelecer prioridades e fundamentar a seleção de 
estratégias a serem utilizadas
 
7
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Tarefas do neuropsicólogo:
- Identificar e mensurar déficits psicológicos
- Observar e apontar competências do indivíduo
- Medir mudanças no quadro neuropsicológico 
através do tempo
LEMBRAR: ainda que o encaminhamento tenha sido 
feito por uma única razão, as avaliações 
neuropsicológicas podem ter múltiplos propósitos
Neuropsicólogos podem fornecer dados e formulações 
diagnósticas que contribuem para as conclusões 
diagnósticas
8
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
É especialmente importante nos casos em que os 
estudos laboratoriais não podem ser conclusivos como, 
por exemplo, Alzheimer e outros processos demenciais
LEMBRAR: os instrumentos não podem ser utilizados 
sem serem submetidos a estudos e validação de suas 
características psicométricas
É essencial conhecer: idade, escolaridade, história de 
vida e dominância manual
Normas da população geral X Idade e Escolaridade
9
Simone Gonçalves
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
“A neuropsicologia entende a participação do cérebro 
como um todo no qual as áreas são interdependentes e 
inter-relacionadas, funcionando comparativamente a 
uma orquestra, que depende da integração de seus 
componentes para realizar um concerto.” (Luria, 1981)
É uma ciência do comportamento humano com foco 
no funcionamento cerebral 
10
Simone Gonçalves
NEUROPSICOLOGIA INFANTIL
OBJETIVOS da Avaliação Neuropsicológica Infantil: 
-Identificar precocemente alterações no 
desenvolvimento comportamental e cognitivo 
- Determinar o nível de desenvolvimento da criança
- Possibilitar a intervenção adequada, precoce e 
precisa
- Auxiliar no processo de ensino e aprendizagem
- Contribuir para o desenvolvimento saudável das 
potencialidades da criança
É preciso ter responsabilidade no processo de avaliação 
neuropsicológica e seguir, SEMPRE, 
INVARIAVELMENTE, o Código de Ética do Psicólogo
11
Simone Gonçalves
NEUROPSICOLOGIA INFANTIL
LEMBRAR: o cérebro da criança está em 
desenvolvimento
Os testes neuropsicológicos adaptados para crianças 
devem considerar:
. a organização e o desenvolvimento do sistema 
nervoso da criança
. a variabilidade dos parâmetros de desenvolvimento 
entre crianças da mesma idade
. a estreita ligação entre o desenvolvimento físico, 
neurológico e o surgimento progressivo das funções 
corticais superiores
Cuidado com os RÓTULOS!
12
Simone Gonçalves
NEUROPSICOLOGIA INFANTIL
Alguns aspectos avaliados:
1. Inteligência: se avalia, primariamente, habilidades 
essenciais para o desempenho acadêmico
- WISC, WPPSI, Stanford-Binet (testes verbais)
- Matrizes Progressivas de Raven e Escala de 
Maturidade Mental Colúmbia (testes não verbais)
A inteligência vai além das habilidades acadêmicas. Ela 
também engloba a capacidade de relacionar idéias 
complexas, formar conceitos abstratos, derivar 
implicações lógicas através de regras gerais, entre 
outras.
13
Simone Gonçalves
NEUROPSICOLOGIA INFANTIL
Alguns aspectos avaliados:
2. Memória: se avalia a capacidade de aprendizado 
de funções de memória 
- RAVLT, RVDLT, WRAML
3. Linguagem: se avaliam as funções da linguagem
- Boston Naming Test (reconhecimento e 
nomeação)
- FAS – Teste de Fluência Verbal
- Teste de Token (compreensão verbal)
Ademais, se avaliam: atenção, funções executivas, 
funções motoras, comportamentos e emoções, etc
14
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
Etimologia: (latim) INTELLIGERE = INTER-: “entre” + 
LEGERE: “escolher ou ler”. Se refere a quem percebe, 
compreende, conhece e sabe discernir sobre 
determinadas questões
“Capacidade de conhecer, compreender e aprender, 
adaptando-se a novas situações. Ao longo da história da 
humanidade , o conceito de inteligência foi definido de 
diferentes formas” (Oxford Languages)
15
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
“Capacidade de extrair informações, aprender com a 
experiência, adaptar-se ao ambiente, compreender e 
utilizar corretamente o pensamento e a razão” (APA, 2010)
- Conhecer
- Aprender
- Compreender
- Adaptar
- Raciocinar 
- Resolver problemas
“O constructo de inteligência tem sido proposto para explicar e 
esclarecer o complexo conjunto de fenômenos que justificam as 
diferenças individuais em termos de funcionamento intelectual.” 
(Mcgrew & Flanagan,1998) 16
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
Charles Spearman – Teoria Bi-fatorial (dos dois fatores)
- Fator de Inteligência geral (fator g) – presente em 
todas as atividades intelectuais
- Fatores específicos (fatores s) – relativos a uma 
tarefa específica
Quantidade de (g) determina maior ou menor inteligência
Thorndike contesta a existência de uma entidade capaz 
de explicar vários tipos de desempenho intelectual e 
concebe uma teoria multifatorial (inteligência é produto 
de um amplo número de capacidades intelectuais 
diferenciadas, mas inter-relacionadas)
17
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
Louis Thrustone – propôs a existência de um pequeno 
número de fatores independentes ou capacidades 
mentais primárias (multifatorial)
- Espacial
- Rapidez de percepção
- Numérica
- Compreensão Verbal
- Fluência Verbal
- Memória
- Raciocínio Indutivo
18
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
Raymond Cattell – Teoria dos Dois Fatores Gerais 
- Gf e Gc
John Horn confirmou os estudos de Cattel e designou:
- Gf – Inteligência Fluida
- Gc –Inteligência Cristalizada
Adicionou 8 fatores à teoria original, totalizando 10 
fatores na Teoria Gf-Gc de Cattell - Horn
19
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA FLUIDA: Prioriza o raciocínio 
- Capacidade geral de processar informações, 
operações mentais (que não podem ser executadas 
automaticamente) realizadas quando se resolvem 
problemas novos, raciocínio abstrato 
- Capacidade de raciocinar e lidar com informações 
complexas em torno de nós
- Capacidade de se adaptar e ser flexível diante de 
novas situações
- Está ligada a fatores genéticos e ao desenvolvimento
20
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA FLUIDA:
- Independente da aprendizagem, experiência, 
educação e cultura
- Associada a componentes não verbais, pouco 
dependentes de conhecimentos previamente adquiridos
- Decai com a idade 
 
Ex.: Quebra-cabeças, estratégias de resolução de 
problemas, escape room
21
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA: Prioriza o conhecimento 
- Se refere à profundidade das informações adquiridas 
via escolarização e geralmente é usada na resolução de 
problemas semelhantes ao que se aprendeu no passado
 
- Relacionada à aprendizagem, experiência, educação 
e aspectos culturais
- Diretamente influenciada pelo ambiente
- Aumenta com a idade
22
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA: 
 
- NÃO é sinônimo de desempenho escolar 
Ex.: Resolução dos testes de inteligência, compreensão 
de leitura e vocabulário, operações matemáticas
23
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
John Carroll – Teoria das Três Camadas 
- Estrutura hierárquica
- Camada I: capacidades específicas 
(especializações das capacidades que refletem os 
efeitos da experiência e da aprendizagem)
- Fatores de nível = nível de domínio 
demonstrado em uma tarefa
- Fatores de rapidez ou velocidade = rapidez 
com que se realiza uma tarefa ou velocidade de 
aprendizagem
24
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
John Carroll – Teoria das Três Camadas 
- Camada II: capacidades amplas ou gerais (8 
fatores) 
- Inteligência Fluida
- Inteligência Cristalizada
- Memória e Aprendizagem
- Percepção Visual
- Percepção Auditiva
- Capacidade de Recuperação
- Rapidez Cognitiva
- Velocidade de Processamento
Cada capacidade ampla está associada à 
inteligência geral (G) e inclui capacidades específicas 
25
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
John Carroll – Teoria das Três Camadas 
- Camada III: capacidades geral (G)
Carroll: Fator G subjacente a todas as atividades 
intelectuais e relacionado à hereditariedade 
X
Horn: Não existe um fator geral acima das capacidades 
Gf e Gc
As duas teorias também diferem na classificação de 
algumas capacidades como gerais ou específicas 
(conhecimento quantitativo, leitura e escrita, memória)
26
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
McGrew – integrou as duas teorias e deu origem ao 
modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC)
Foram mantidas as 10 capacidades gerais de Cattel-
Horn, relacionando a elas a maioria das capacidades 
específicas da camada I proposta por Carroll. Além 
disso, foram incluídos alguns fatores específicos não 
citados por Carroll, totalizando 73 capacidades na 
camada I
Exclusão do fator geral (G), não pela negação de sua 
existência, mas pela constatação de que não tem uma 
importância prática
Evolução dos modelos anteriores, decompõe 
conceitos clássicos em seus elementos mais básicos 
27
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
Modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC)
- Teve significativo impacto na revisão de testes 
de inteligência, entre eles o WISC-IV e o WAIS-III
- Indicação do uso do modelo CHC na avaliação 
psicoeducacional, mais especificamente para a 
compreensão das dificuldades de aprendizagem
- Expectativa de que a inteligência seja 
compreendida não como uma capacidade única, inata e 
estática, mas composta por capacidades múltiplas e 
passíveis de estimulação
28
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA
29
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Campo de investigação relativamente novo
Proposta de ampliação do conceito tradicional de 
inteligência, incluindo emoções e sentimentos
A APA, em 1997, enfatizou que pouco se sabe sobre as 
possíveis formas de inteligência e que os testes atuais 
seriam capazes de captar apenas algumas delas
A inteligência acadêmica seria uma das formas possíveis 
de inteligência, não a única
30
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Para Sternberg uma das características mais 
importantes da inteligência seria a capacidade de pensar 
de forma abstrata
Thorndike foi um dos primeiros a tentar ampliar o 
conceito de inteligência, propondo a Inteligência Social 
Inteligência Social: habilidade de decodificar 
informações oriundas do contexto social (emoções, 
motivações e comportamentos) e desenvolver 
estratégias comportamentais eficazes, para atingir 
objetivos sociais
31
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Sternberg: a ausência de habilidades sociais poderia 
limitar a capacidade de uma adaptação social bem 
sucedida
Gardner – Teoria das Inteligências Múltiplas
- Independentes entre si, operando em blocos 
separados no cérebro, obedecendo a regras próprias
- Inteligências: lógico-matemática, linguística, 
musical, espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal e 
interpessoal
32
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Emoção: aspecto multidimensional que torna o conceito 
de IE complexo 
A coordenação de múltiplos processos é uma 
característica principal da emoção para os seguintes 
autores:
Fortes D’Andrea: emoções demarcam fatos importantes 
em nossa vida e influenciam a forma como reagimos a 
essas experiências
Smith e Lazarus: as emoções podem causar 
importantes impactos no bem-estar subjetivo das 
pessoas, na saúde física e mental, nas interações 
sociais, além de influenciar a capacidade de resolução 
de problemas
33
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Campos, Campos e Barret: as emoções seriam 
responsáveis pelas relações da pessoa com o ambiente 
externo, sua manutenção ou interrupção
A emoção, portanto, seria:
- Reação psicobiológica complexa
- Envolveria inteligência e motivação, impulso para a 
ação, aspectos sociais e da personalidade, mudanças 
fisiológicas
- Expressaria um acontecimento significante para o 
bem-estar subjetivo do sujeito no seu encontro com o 
ambiente
34
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Assim, a emoção seria parcialmente biologicamente 
determinada e parcialmente o produto da experiência e 
do desenvolvimento humano no contexto sociocultural
Competências emocionais são essenciais nas interações 
sociais!
Uma interação social positiva demanda perceber, 
processar e manejar informação emocional de forma 
inteligente
Competências emocionais são cruciais para a adaptação
35
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
IE é uma habilidade a ser aprendida e desenvolvida
Salovey e Mayer (1990): IE é uma subforma da IS, que 
abrangeria a habilidade de monitorar as emoções e 
sentimentos próprios e dos demais, discriminá-los e utilizar 
essa informação para orientar pensamentos e ações
Daniel Goleman (1996): lança Emotional Intelligence, 
popularizando a IE e ocasionando a redefinição de IE
Mayer e Salovey (1997): IE envolve a capacidade de 
perceber acuradamente, avaliar e expressar emoções; a 
capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando 
eles facilitam o pensamento; a capacidade de 
compreender a emoção e o conhecimento emocional; a 
capacidade de controlar emoções para promover o 
crescimento emocional e intelectual
36
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
O processamento da informação emocional passa a ser 
explicado segundo um modelo de 4 níveis (Mayer et al):
- Percepção Emocional: 
- Habilidade mais básica da IE
- Aptidão para reconhecer distintas emoções em si e 
nos outros, de forma acurada
- Capacidade de expressar emoções nas situações 
sociais
- Poderia estar associada a um sentimento de 
competênciapara lidar com distintas situações e pessoas
 
- Componente emocional poderia agir como um 
importante recurso de informação nas interações sociais
 
37
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
- Emoção como Facilitadora do Pensamento: 
- Capacidade de o pensamento gerar emoções
- Possibilidade das emoções influenciarem o 
processo cognitivo
- Capacidade de Compreensão Emocional:
- Capacidade de identificar emoções e codificá-las
- Entender os significados, curso e a maneira como 
as emoções se constituem e se correlacionam
38
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
- Conhecer as causas e consequências das emoções
- Capacidade de compreensão dos significados e 
situações emocionais, através da utilização de processos de 
memória e codificação emocional
- Gerenciamento Emocional: 
- Capacidade de regular emoções em si e nos outros, 
ou seja, gerar emoções positivas e reduzir as negativas
- Foi relacionado à satisfação com a qualidade das 
interações sociais e à tendência a obter suporte dessas 
interações
- Habilidade de regular emoções com o objetivo de 
promover bem-estar e crescimento emocional e intelectual 39
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Mayer, Caruso e Salovey: IE requer o cumprimento de 
3 critérios para atingir o status de uma inteligência 
como as já reconhecidas
- Conceitual:
- IE necessita refletir um performance mental 
ao invés de formas de comportamento, auto-estima ou 
características não intelectivas
- As habilidades relacionadas às emoções 
devem ser medidas através de testes que requeiram 
desempenho mental
40
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
- Correlacional:
- IE necessita abranger um conjunto de 
habilidades relacionadas que seriam similares, mas 
distintas das habilidades mentais descritas por 
inteligências previamente existentes
- Desenvolvimental:
- IE deve ser passível de aprimoramento ao 
longo da vida, com idade e experiência
41
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Modelos propostos por Goleman e por Bar-On possuem 
campos de definição vastos, como motivação e dimensões da 
personalidade (persistência, zelo e otimismo)
Goleman: 
- Afirmou que IE envolveria autoconsciência, empatia, 
autocontrole, sociabilidade, zelo, persistência e automotivação
 - Referiu-se à IE como caráter
- Sugeriu que IE determinaria, em grande parte, sucesso 
ou fracasso das relações e experiências cotidianas
- Afirmou que IE é responsável por 85% do desempenho 
de líderes bem sucedidos
- Afirmou que a IE é duas vezes mais importante que o QI 42
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Foram denominadas concepções mistas as de Goleman e 
Bar-On, pois incluem em suas definições conceitos não 
intelectivos
Goleman reconheceu a necessidade de mais pesquisa 
acerca de suas afirmações
Mayer, Salovey e Caruso propõem o modelo cognitivo e 
procuram expor os mitos e promessas referentes à IE como 
infundados, por falta de evidências que sustentem tais 
informações
Para eles, cientistas acadêmicos deveriam discernir entre 
senso comum e pesquisa científica
As pesquisas têm apoiado a IE como uma habilidade 
mental, contrariando a sobreposição de conceitos das 
concepções mistas 43
Simone Gonçalves
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A teoria de Goleman não foi submetida à avaliação por 
pares e ele não ofereceu respaldo empírico para as 
afirmações
A popularização de sua proposta, sem respaldo e 
validação da comunidade acadêmica, levou a um 
descrédito do construto IE e, com isso, achados 
importantes foram negligenciados pela comunidade 
acadêmica
O desenvolvimento de uma teoria de IE é desafiador, 
pois abrange um campo conceitual complexo e 
multidimensional sobre inter-relações entre emoção e 
cognição
44
Simone Gonçalves
ESCALA WECHSLER DE 
INTELIGÊNCIA PARA CRIANÇA –> 
WISC - IV
45
Simone Gonçalves
WISC - IV
46
Primeira edição em 1939, denominada Escala 
Wechsler-Bellevue (Escala W-B)
Em 1949 passa por adaptação de alguns subtestes 
e é denominada Escala Wechsler de Inteligência 
para crianças – WISC
Em 1974 é revisada e recebe o nome de WISC- R 
(revised). Seguem as revisões WISC I, II, III
Em 2003 - 4ª edição: WISC IV. Edição brasileira: 2013
Simone Gonçalves
WISC - IV
47
Como se utiliza?
- Na avaliação minuciosa da capacidade intelectual 
e do processo de resolução de problemas
- Faixa etária: 6 anos e 0 meses e 16 anos e 11 
meses
- Aplicação Individual, de preferência em duas 
sessões
Simone Gonçalves
WISC - IV
48
Para quê se utiliza?
- Avaliação psicológica, neuropsicológica, no 
diagnóstico diferencial de desordens 
neurológicas (TEA, TDAH) e psiquiátricas (T. 
Ansiedade, T. Humor, TOC) e no planejamento 
de programas de reabilitação cognitiva
- Evidenciar talentos, deficiências, 
capacidades e dificuldades do examinando
Simone Gonçalves
WISC - IV
49
Para quê se utiliza?
- Os resultados ajudam a planejar um 
tratamento/reabilitação ou a tomar decisões 
pedagógicas
- O WISC-IV complementa outros testes 
aplicados na avaliação neuropsicológica
Simone Gonçalves
WISC - IV
50
Composto por 15 subtestes, sendo:
 - 10 principais
Cubos Semelhanças Dígitos Conceitos 
Figurativos
Códigos
Vocabulário Sequência de 
Número e 
Letras
Raciocínio 
Matricial
Compreensão Procurar 
Símbolos
Simone Gonçalves
WISC - IV
51
Composto por 15 subtestes, sendo:
 - 5 suplementares
Completar
Figuras
Cancelamento Informação Aritmética Raciocínio 
com
palavras
Simone Gonçalves
WISC – IV - Ordem de Aplicação
52
Conforme aparece no protocolo de registro
52
1. Cubos
2. Semelhanças
3. Dígitos
4. Conceitos figurativos
5. Código
6. Vocabulário
7. Sequência de 
números e letras
8. Raciocínio matricial
9. Compreensão
10. Procurar símbolos
11. Completar figuras
12. Cancelamento
13. Informação
14. Aritmética
15. Raciocínio com palavras
QI total: aplicar 10 subtestes principais
Simone Gonçalves
WISC – IV - Considerações Gerais 
5353
- Itens de Entrada: considera-se a idade da 
criança para determinar o primeiro ítem do 
subteste que ela irá responder
- Sequência Inversa: caso a criança não atinja 
pontuação total nos dois primeiros ítens aplicados 
para sua idade, utiliza-se a ordem inversa de 
aplicação, ou seja, se aplicam os ítens anteriores 
ao ítem de início, até que ela consiga dois acertos 
consecutivos e, então, se dá sequência à 
aplicação do subteste a partir do ítem seguinte ao 
erro que iniciou a sequência inversa
Simone Gonçalves
WISC – IV - Considerações Gerais 
5454
- Interrupção: cada subteste tem um limite de 
erros que vai determinar a interrupção de sua 
aplicação 
- Tempo: alguns subtestes exigem controle de 
tempo. Utilizar cronômetro
Simone Gonçalves
WISC – IV - Aplicação 
5555
- Ambiente iluminado, silencioso, livre de 
distrações e interrupções
- Examinando debe ficar de costas para janelas e 
portas
- A mesa e as cadeiras devem ser adequadas 
para a criança
- Observar o estado geral do examinando antes 
de aplicar o teste
- Explicar o que será feito, tomando cuidado para 
não gerar ansiedade na criança/adolescente
Simone Gonçalves
WISC – IV - Aplicação 
5656
- Incentive a criança para que ella “Faça da 
melhor maneira que puder…”
- Fale com tranquilidade, seja gentil, lide com 
suas expectativas e ansiedades para que elas 
não interfiram na avaliação
- Treine a aplicação, a correção, a devolutiva. 
Tenha sempre o apoio de um supervisor
- LEMBRE-SE que ser testado não é uma 
situação agradável para a maioria das 
pessoas, tranquilize a criança, tenha empatia e 
seja acolhedora
Simone Gonçalves
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Danielle I. et al. Avaliação neuropsicológica da 
criança. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 80, n. 2, supl. p. 
111-116, abr. 2004. 
CUNHA, J. O ABC da avaliação neuropsicológica. In: CUNHA, 
J. et al. Psicodiagnóstico-V. 5ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
cap.15, p.171-176.
FIGUEIREDO, V. L.; ARAUJO, J. M. G.; VIDAL, F. A. Avaliando 
com o WISC-III: Prática e Pesquisa. São Paulo: Casado 
Psicólogo, 2012.
MANSUR-ALVES, Marcela. Contrastando avaliação psicológica 
e neuropsicológica: acordos e desacordos. In: MALLOY-DINIZ, 
Leandro F. et al. Avaliação Neuropsicológica. 2. ed. Porto 
Alegra: Artmed, 2018. cap. 1, p. 1-9.
57
Simone Gonçalves
BIBLIOGRAFIA
PRIMI, Ricardo. Inteligência: avanços nos modelos teóricos e 
nos instrumentos de medida. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 2, n. 
1, jun. 2003.
SCHELINI, P. W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: 
início e evolução. Estud. psicol. (Natal) Natal, v. 11, n. 3, 2006. 
VIDAL, Francisco Antonio Soto; FIGUEIREDO, Vera Lúcia 
Marques de; NASCIMENTO, Elizabeth do. A quarta edição do 
WISC americano. Aval. psicol., Itatiba, v. 10, n. 2, p. 205-
207, ago. 2011. 
Wechsler, D. Escala Weschsler de inteligência para crianças: 
WISC-IV. Manual Técnico. Tradução do manual original Maria 
de Lourdes Duprat. 4. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2013.
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BIBLIOGRAFIA
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avançada. 1ª ed. São Paulo: Pearson Clinical Brasil, 2016. Cap. 
2. P.63-70.
WOYCIEKOSKI, C.; HUTZ, C. S. Inteligência emocional: teoria, 
pesquisa, medida, aplicações e controvérsias. Psicol. Reflex. 
Crit. Porto Alegre, v. 22, n. 1, 2009. 
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Simone Gonçalves
Lembre-se: a prova se baseia na bibliografia do curso
BOM ESTUDO!Simone Gonçalves
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