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T.A.I. T.A.I. Simone GonçalvesSimone Gonçalves Simone Gonçalves - AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA X NEUROPSICOLÓGICA - INTELIGÊNCIA FLUIDA X INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - WISC-IV AGENDA Simone Gonçalves NEUROPSICOLOGIA Resolução CFP Nº 002/2004: “É uma das áreas de especialização de Psicologia, que tem como objetivo levantar dados clínicos que permitam auxiliar no diagnóstico e tipos de intervenção e reabilitação para indivíduos e grupos de pacientes em condições nas quais tenha ocorrido prejuízo ou modificação significativa do funcionamento cognitivo, afetando diretamente o funcionamento e qualidade de vida do indivíduo. Auxilia também no fornecimento de dados objetivos e na formulação de hipóteses sobre o funcionamento cognitivo para tomada de decisões de profissionais de outras áreas.” 3 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Investigação sobre o funcionamento psicológico que gerou e que mantém os sintomas atuais do paciente Realizada por profissional da psicologia NEUROPSICOLÓGICA: Investigação mais complexa, das funções cognitivas e do comportamento, relacionando-as ao funcionamento normal ou deficitário do SNC Realizada por profissional da psicologia com especialização em neuropsicologia 4 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Espécie de avaliação psicológica mais complexa Fundamental ter o conhecimento do sistema nervoso e suas patologias Possui duas regras fundamentais: 1. Trate cada paciente como um indivíduo 2. Pense a respeito do que você está fazendo “...frente a um adulto que apresentou mudancas de personalidade marcantes, afetando funções cognitivas, ele nao vai se contentar em dizer que tais sintomas podem ter uma explicacao psicodinamica...” (Weinstein & Seidman, 1994) 5 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Principal objeto de análise: COGNIÇÃO Foco de atenção inicial: dificuldades cognitivas e/ou alterações marcantes de personalidade apresentadas no encaminhamento Os casos passíveis de encaminhamento para avaliação neuropsicológica são muito variados Fatores pessoais do indivíduo podem refletir no desempenho, para além dos escores dos testes: ansiedade, fadiga, motivação, medicação, etc 6 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA A hipótese sobre déficit cognitivo / desfunção cerebral deve basear-se em: - Encaminhamento - Queixa do paciente - História clínica - História de vida passada - Quadro atual - Desempenho nos testes As hipóteses vão definir as áreas de investigação, estabelecer prioridades e fundamentar a seleção de estratégias a serem utilizadas 7 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Tarefas do neuropsicólogo: - Identificar e mensurar déficits psicológicos - Observar e apontar competências do indivíduo - Medir mudanças no quadro neuropsicológico através do tempo LEMBRAR: ainda que o encaminhamento tenha sido feito por uma única razão, as avaliações neuropsicológicas podem ter múltiplos propósitos Neuropsicólogos podem fornecer dados e formulações diagnósticas que contribuem para as conclusões diagnósticas 8 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA É especialmente importante nos casos em que os estudos laboratoriais não podem ser conclusivos como, por exemplo, Alzheimer e outros processos demenciais LEMBRAR: os instrumentos não podem ser utilizados sem serem submetidos a estudos e validação de suas características psicométricas É essencial conhecer: idade, escolaridade, história de vida e dominância manual Normas da população geral X Idade e Escolaridade 9 Simone Gonçalves AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA “A neuropsicologia entende a participação do cérebro como um todo no qual as áreas são interdependentes e inter-relacionadas, funcionando comparativamente a uma orquestra, que depende da integração de seus componentes para realizar um concerto.” (Luria, 1981) É uma ciência do comportamento humano com foco no funcionamento cerebral 10 Simone Gonçalves NEUROPSICOLOGIA INFANTIL OBJETIVOS da Avaliação Neuropsicológica Infantil: -Identificar precocemente alterações no desenvolvimento comportamental e cognitivo - Determinar o nível de desenvolvimento da criança - Possibilitar a intervenção adequada, precoce e precisa - Auxiliar no processo de ensino e aprendizagem - Contribuir para o desenvolvimento saudável das potencialidades da criança É preciso ter responsabilidade no processo de avaliação neuropsicológica e seguir, SEMPRE, INVARIAVELMENTE, o Código de Ética do Psicólogo 11 Simone Gonçalves NEUROPSICOLOGIA INFANTIL LEMBRAR: o cérebro da criança está em desenvolvimento Os testes neuropsicológicos adaptados para crianças devem considerar: . a organização e o desenvolvimento do sistema nervoso da criança . a variabilidade dos parâmetros de desenvolvimento entre crianças da mesma idade . a estreita ligação entre o desenvolvimento físico, neurológico e o surgimento progressivo das funções corticais superiores Cuidado com os RÓTULOS! 12 Simone Gonçalves NEUROPSICOLOGIA INFANTIL Alguns aspectos avaliados: 1. Inteligência: se avalia, primariamente, habilidades essenciais para o desempenho acadêmico - WISC, WPPSI, Stanford-Binet (testes verbais) - Matrizes Progressivas de Raven e Escala de Maturidade Mental Colúmbia (testes não verbais) A inteligência vai além das habilidades acadêmicas. Ela também engloba a capacidade de relacionar idéias complexas, formar conceitos abstratos, derivar implicações lógicas através de regras gerais, entre outras. 13 Simone Gonçalves NEUROPSICOLOGIA INFANTIL Alguns aspectos avaliados: 2. Memória: se avalia a capacidade de aprendizado de funções de memória - RAVLT, RVDLT, WRAML 3. Linguagem: se avaliam as funções da linguagem - Boston Naming Test (reconhecimento e nomeação) - FAS – Teste de Fluência Verbal - Teste de Token (compreensão verbal) Ademais, se avaliam: atenção, funções executivas, funções motoras, comportamentos e emoções, etc 14 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA Etimologia: (latim) INTELLIGERE = INTER-: “entre” + LEGERE: “escolher ou ler”. Se refere a quem percebe, compreende, conhece e sabe discernir sobre determinadas questões “Capacidade de conhecer, compreender e aprender, adaptando-se a novas situações. Ao longo da história da humanidade , o conceito de inteligência foi definido de diferentes formas” (Oxford Languages) 15 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA “Capacidade de extrair informações, aprender com a experiência, adaptar-se ao ambiente, compreender e utilizar corretamente o pensamento e a razão” (APA, 2010) - Conhecer - Aprender - Compreender - Adaptar - Raciocinar - Resolver problemas “O constructo de inteligência tem sido proposto para explicar e esclarecer o complexo conjunto de fenômenos que justificam as diferenças individuais em termos de funcionamento intelectual.” (Mcgrew & Flanagan,1998) 16 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA Charles Spearman – Teoria Bi-fatorial (dos dois fatores) - Fator de Inteligência geral (fator g) – presente em todas as atividades intelectuais - Fatores específicos (fatores s) – relativos a uma tarefa específica Quantidade de (g) determina maior ou menor inteligência Thorndike contesta a existência de uma entidade capaz de explicar vários tipos de desempenho intelectual e concebe uma teoria multifatorial (inteligência é produto de um amplo número de capacidades intelectuais diferenciadas, mas inter-relacionadas) 17 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA Louis Thrustone – propôs a existência de um pequeno número de fatores independentes ou capacidades mentais primárias (multifatorial) - Espacial - Rapidez de percepção - Numérica - Compreensão Verbal - Fluência Verbal - Memória - Raciocínio Indutivo 18 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA Raymond Cattell – Teoria dos Dois Fatores Gerais - Gf e Gc John Horn confirmou os estudos de Cattel e designou: - Gf – Inteligência Fluida - Gc –Inteligência Cristalizada Adicionou 8 fatores à teoria original, totalizando 10 fatores na Teoria Gf-Gc de Cattell - Horn 19 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA INTELIGÊNCIA FLUIDA: Prioriza o raciocínio - Capacidade geral de processar informações, operações mentais (que não podem ser executadas automaticamente) realizadas quando se resolvem problemas novos, raciocínio abstrato - Capacidade de raciocinar e lidar com informações complexas em torno de nós - Capacidade de se adaptar e ser flexível diante de novas situações - Está ligada a fatores genéticos e ao desenvolvimento 20 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA INTELIGÊNCIA FLUIDA: - Independente da aprendizagem, experiência, educação e cultura - Associada a componentes não verbais, pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos - Decai com a idade Ex.: Quebra-cabeças, estratégias de resolução de problemas, escape room 21 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA: Prioriza o conhecimento - Se refere à profundidade das informações adquiridas via escolarização e geralmente é usada na resolução de problemas semelhantes ao que se aprendeu no passado - Relacionada à aprendizagem, experiência, educação e aspectos culturais - Diretamente influenciada pelo ambiente - Aumenta com a idade 22 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA: - NÃO é sinônimo de desempenho escolar Ex.: Resolução dos testes de inteligência, compreensão de leitura e vocabulário, operações matemáticas 23 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA John Carroll – Teoria das Três Camadas - Estrutura hierárquica - Camada I: capacidades específicas (especializações das capacidades que refletem os efeitos da experiência e da aprendizagem) - Fatores de nível = nível de domínio demonstrado em uma tarefa - Fatores de rapidez ou velocidade = rapidez com que se realiza uma tarefa ou velocidade de aprendizagem 24 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA John Carroll – Teoria das Três Camadas - Camada II: capacidades amplas ou gerais (8 fatores) - Inteligência Fluida - Inteligência Cristalizada - Memória e Aprendizagem - Percepção Visual - Percepção Auditiva - Capacidade de Recuperação - Rapidez Cognitiva - Velocidade de Processamento Cada capacidade ampla está associada à inteligência geral (G) e inclui capacidades específicas 25 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA John Carroll – Teoria das Três Camadas - Camada III: capacidades geral (G) Carroll: Fator G subjacente a todas as atividades intelectuais e relacionado à hereditariedade X Horn: Não existe um fator geral acima das capacidades Gf e Gc As duas teorias também diferem na classificação de algumas capacidades como gerais ou específicas (conhecimento quantitativo, leitura e escrita, memória) 26 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA McGrew – integrou as duas teorias e deu origem ao modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC) Foram mantidas as 10 capacidades gerais de Cattel- Horn, relacionando a elas a maioria das capacidades específicas da camada I proposta por Carroll. Além disso, foram incluídos alguns fatores específicos não citados por Carroll, totalizando 73 capacidades na camada I Exclusão do fator geral (G), não pela negação de sua existência, mas pela constatação de que não tem uma importância prática Evolução dos modelos anteriores, decompõe conceitos clássicos em seus elementos mais básicos 27 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA Modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC) - Teve significativo impacto na revisão de testes de inteligência, entre eles o WISC-IV e o WAIS-III - Indicação do uso do modelo CHC na avaliação psicoeducacional, mais especificamente para a compreensão das dificuldades de aprendizagem - Expectativa de que a inteligência seja compreendida não como uma capacidade única, inata e estática, mas composta por capacidades múltiplas e passíveis de estimulação 28 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA – HISTÓRIA 29 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Campo de investigação relativamente novo Proposta de ampliação do conceito tradicional de inteligência, incluindo emoções e sentimentos A APA, em 1997, enfatizou que pouco se sabe sobre as possíveis formas de inteligência e que os testes atuais seriam capazes de captar apenas algumas delas A inteligência acadêmica seria uma das formas possíveis de inteligência, não a única 30 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Para Sternberg uma das características mais importantes da inteligência seria a capacidade de pensar de forma abstrata Thorndike foi um dos primeiros a tentar ampliar o conceito de inteligência, propondo a Inteligência Social Inteligência Social: habilidade de decodificar informações oriundas do contexto social (emoções, motivações e comportamentos) e desenvolver estratégias comportamentais eficazes, para atingir objetivos sociais 31 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Sternberg: a ausência de habilidades sociais poderia limitar a capacidade de uma adaptação social bem sucedida Gardner – Teoria das Inteligências Múltiplas - Independentes entre si, operando em blocos separados no cérebro, obedecendo a regras próprias - Inteligências: lógico-matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal e interpessoal 32 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Emoção: aspecto multidimensional que torna o conceito de IE complexo A coordenação de múltiplos processos é uma característica principal da emoção para os seguintes autores: Fortes D’Andrea: emoções demarcam fatos importantes em nossa vida e influenciam a forma como reagimos a essas experiências Smith e Lazarus: as emoções podem causar importantes impactos no bem-estar subjetivo das pessoas, na saúde física e mental, nas interações sociais, além de influenciar a capacidade de resolução de problemas 33 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Campos, Campos e Barret: as emoções seriam responsáveis pelas relações da pessoa com o ambiente externo, sua manutenção ou interrupção A emoção, portanto, seria: - Reação psicobiológica complexa - Envolveria inteligência e motivação, impulso para a ação, aspectos sociais e da personalidade, mudanças fisiológicas - Expressaria um acontecimento significante para o bem-estar subjetivo do sujeito no seu encontro com o ambiente 34 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Assim, a emoção seria parcialmente biologicamente determinada e parcialmente o produto da experiência e do desenvolvimento humano no contexto sociocultural Competências emocionais são essenciais nas interações sociais! Uma interação social positiva demanda perceber, processar e manejar informação emocional de forma inteligente Competências emocionais são cruciais para a adaptação 35 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL IE é uma habilidade a ser aprendida e desenvolvida Salovey e Mayer (1990): IE é uma subforma da IS, que abrangeria a habilidade de monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos demais, discriminá-los e utilizar essa informação para orientar pensamentos e ações Daniel Goleman (1996): lança Emotional Intelligence, popularizando a IE e ocasionando a redefinição de IE Mayer e Salovey (1997): IE envolve a capacidade de perceber acuradamente, avaliar e expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual 36 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL O processamento da informação emocional passa a ser explicado segundo um modelo de 4 níveis (Mayer et al): - Percepção Emocional: - Habilidade mais básica da IE - Aptidão para reconhecer distintas emoções em si e nos outros, de forma acurada - Capacidade de expressar emoções nas situações sociais - Poderia estar associada a um sentimento de competênciapara lidar com distintas situações e pessoas - Componente emocional poderia agir como um importante recurso de informação nas interações sociais 37 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Emoção como Facilitadora do Pensamento: - Capacidade de o pensamento gerar emoções - Possibilidade das emoções influenciarem o processo cognitivo - Capacidade de Compreensão Emocional: - Capacidade de identificar emoções e codificá-las - Entender os significados, curso e a maneira como as emoções se constituem e se correlacionam 38 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Conhecer as causas e consequências das emoções - Capacidade de compreensão dos significados e situações emocionais, através da utilização de processos de memória e codificação emocional - Gerenciamento Emocional: - Capacidade de regular emoções em si e nos outros, ou seja, gerar emoções positivas e reduzir as negativas - Foi relacionado à satisfação com a qualidade das interações sociais e à tendência a obter suporte dessas interações - Habilidade de regular emoções com o objetivo de promover bem-estar e crescimento emocional e intelectual 39 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Mayer, Caruso e Salovey: IE requer o cumprimento de 3 critérios para atingir o status de uma inteligência como as já reconhecidas - Conceitual: - IE necessita refletir um performance mental ao invés de formas de comportamento, auto-estima ou características não intelectivas - As habilidades relacionadas às emoções devem ser medidas através de testes que requeiram desempenho mental 40 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Correlacional: - IE necessita abranger um conjunto de habilidades relacionadas que seriam similares, mas distintas das habilidades mentais descritas por inteligências previamente existentes - Desenvolvimental: - IE deve ser passível de aprimoramento ao longo da vida, com idade e experiência 41 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Modelos propostos por Goleman e por Bar-On possuem campos de definição vastos, como motivação e dimensões da personalidade (persistência, zelo e otimismo) Goleman: - Afirmou que IE envolveria autoconsciência, empatia, autocontrole, sociabilidade, zelo, persistência e automotivação - Referiu-se à IE como caráter - Sugeriu que IE determinaria, em grande parte, sucesso ou fracasso das relações e experiências cotidianas - Afirmou que IE é responsável por 85% do desempenho de líderes bem sucedidos - Afirmou que a IE é duas vezes mais importante que o QI 42 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Foram denominadas concepções mistas as de Goleman e Bar-On, pois incluem em suas definições conceitos não intelectivos Goleman reconheceu a necessidade de mais pesquisa acerca de suas afirmações Mayer, Salovey e Caruso propõem o modelo cognitivo e procuram expor os mitos e promessas referentes à IE como infundados, por falta de evidências que sustentem tais informações Para eles, cientistas acadêmicos deveriam discernir entre senso comum e pesquisa científica As pesquisas têm apoiado a IE como uma habilidade mental, contrariando a sobreposição de conceitos das concepções mistas 43 Simone Gonçalves INTELIGÊNCIA EMOCIONAL A teoria de Goleman não foi submetida à avaliação por pares e ele não ofereceu respaldo empírico para as afirmações A popularização de sua proposta, sem respaldo e validação da comunidade acadêmica, levou a um descrédito do construto IE e, com isso, achados importantes foram negligenciados pela comunidade acadêmica O desenvolvimento de uma teoria de IE é desafiador, pois abrange um campo conceitual complexo e multidimensional sobre inter-relações entre emoção e cognição 44 Simone Gonçalves ESCALA WECHSLER DE INTELIGÊNCIA PARA CRIANÇA –> WISC - IV 45 Simone Gonçalves WISC - IV 46 Primeira edição em 1939, denominada Escala Wechsler-Bellevue (Escala W-B) Em 1949 passa por adaptação de alguns subtestes e é denominada Escala Wechsler de Inteligência para crianças – WISC Em 1974 é revisada e recebe o nome de WISC- R (revised). Seguem as revisões WISC I, II, III Em 2003 - 4ª edição: WISC IV. Edição brasileira: 2013 Simone Gonçalves WISC - IV 47 Como se utiliza? - Na avaliação minuciosa da capacidade intelectual e do processo de resolução de problemas - Faixa etária: 6 anos e 0 meses e 16 anos e 11 meses - Aplicação Individual, de preferência em duas sessões Simone Gonçalves WISC - IV 48 Para quê se utiliza? - Avaliação psicológica, neuropsicológica, no diagnóstico diferencial de desordens neurológicas (TEA, TDAH) e psiquiátricas (T. Ansiedade, T. Humor, TOC) e no planejamento de programas de reabilitação cognitiva - Evidenciar talentos, deficiências, capacidades e dificuldades do examinando Simone Gonçalves WISC - IV 49 Para quê se utiliza? - Os resultados ajudam a planejar um tratamento/reabilitação ou a tomar decisões pedagógicas - O WISC-IV complementa outros testes aplicados na avaliação neuropsicológica Simone Gonçalves WISC - IV 50 Composto por 15 subtestes, sendo: - 10 principais Cubos Semelhanças Dígitos Conceitos Figurativos Códigos Vocabulário Sequência de Número e Letras Raciocínio Matricial Compreensão Procurar Símbolos Simone Gonçalves WISC - IV 51 Composto por 15 subtestes, sendo: - 5 suplementares Completar Figuras Cancelamento Informação Aritmética Raciocínio com palavras Simone Gonçalves WISC – IV - Ordem de Aplicação 52 Conforme aparece no protocolo de registro 52 1. Cubos 2. Semelhanças 3. Dígitos 4. Conceitos figurativos 5. Código 6. Vocabulário 7. Sequência de números e letras 8. Raciocínio matricial 9. Compreensão 10. Procurar símbolos 11. Completar figuras 12. Cancelamento 13. Informação 14. Aritmética 15. Raciocínio com palavras QI total: aplicar 10 subtestes principais Simone Gonçalves WISC – IV - Considerações Gerais 5353 - Itens de Entrada: considera-se a idade da criança para determinar o primeiro ítem do subteste que ela irá responder - Sequência Inversa: caso a criança não atinja pontuação total nos dois primeiros ítens aplicados para sua idade, utiliza-se a ordem inversa de aplicação, ou seja, se aplicam os ítens anteriores ao ítem de início, até que ela consiga dois acertos consecutivos e, então, se dá sequência à aplicação do subteste a partir do ítem seguinte ao erro que iniciou a sequência inversa Simone Gonçalves WISC – IV - Considerações Gerais 5454 - Interrupção: cada subteste tem um limite de erros que vai determinar a interrupção de sua aplicação - Tempo: alguns subtestes exigem controle de tempo. Utilizar cronômetro Simone Gonçalves WISC – IV - Aplicação 5555 - Ambiente iluminado, silencioso, livre de distrações e interrupções - Examinando debe ficar de costas para janelas e portas - A mesa e as cadeiras devem ser adequadas para a criança - Observar o estado geral do examinando antes de aplicar o teste - Explicar o que será feito, tomando cuidado para não gerar ansiedade na criança/adolescente Simone Gonçalves WISC – IV - Aplicação 5656 - Incentive a criança para que ella “Faça da melhor maneira que puder…” - Fale com tranquilidade, seja gentil, lide com suas expectativas e ansiedades para que elas não interfiram na avaliação - Treine a aplicação, a correção, a devolutiva. Tenha sempre o apoio de um supervisor - LEMBRE-SE que ser testado não é uma situação agradável para a maioria das pessoas, tranquilize a criança, tenha empatia e seja acolhedora Simone Gonçalves BIBLIOGRAFIA COSTA, Danielle I. et al. Avaliação neuropsicológica da criança. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 80, n. 2, supl. p. 111-116, abr. 2004. CUNHA, J. O ABC da avaliação neuropsicológica. In: CUNHA, J. et al. Psicodiagnóstico-V. 5ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. cap.15, p.171-176. FIGUEIREDO, V. L.; ARAUJO, J. M. G.; VIDAL, F. A. Avaliando com o WISC-III: Prática e Pesquisa. São Paulo: Casado Psicólogo, 2012. MANSUR-ALVES, Marcela. Contrastando avaliação psicológica e neuropsicológica: acordos e desacordos. In: MALLOY-DINIZ, Leandro F. et al. Avaliação Neuropsicológica. 2. ed. Porto Alegra: Artmed, 2018. cap. 1, p. 1-9. 57 Simone Gonçalves BIBLIOGRAFIA PRIMI, Ricardo. Inteligência: avanços nos modelos teóricos e nos instrumentos de medida. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 2, n. 1, jun. 2003. SCHELINI, P. W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: início e evolução. Estud. psicol. (Natal) Natal, v. 11, n. 3, 2006. VIDAL, Francisco Antonio Soto; FIGUEIREDO, Vera Lúcia Marques de; NASCIMENTO, Elizabeth do. A quarta edição do WISC americano. Aval. psicol., Itatiba, v. 10, n. 2, p. 205- 207, ago. 2011. Wechsler, D. Escala Weschsler de inteligência para crianças: WISC-IV. Manual Técnico. Tradução do manual original Maria de Lourdes Duprat. 4. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2013. 58 Simone Gonçalves BIBLIOGRAFIA WEISS, LAWRENCE G. et al. WISC-IV: interpretação clínica avançada. 1ª ed. São Paulo: Pearson Clinical Brasil, 2016. Cap. 2. P.63-70. WOYCIEKOSKI, C.; HUTZ, C. S. Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre, v. 22, n. 1, 2009. 59 Simone Gonçalves Lembre-se: a prova se baseia na bibliografia do curso BOM ESTUDO!Simone Gonçalves Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60
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