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30
Lição 2
A BÍBLIA COMO LIVRO
Esta Lição apresenta como eram formados os livros nos tempos 
em que a Bíblia foi escrita. O processo era bem diferente do de hoje, 
desde o material utilizado até a maneira como eram feitos e conservados 
os registros escritos. Por isso, a Bíblia tinha uma aparência totalmente 
diferente de como a conhecemos hoje em seu formato impresso, e mais 
ainda na forma virtual e on-line. 
Sem alterar jamais o teor da mensagem divina, a composição da 
Bíblia também sofreu alterações, a considerar que os livros sagrados não 
estavam no princípio todos reunidos como os temos agora. As invenções 
e descobertas feitas pelo homem ao longo da História, como o papel e 
o prelo de tipos móveis, propiciou a difusão progressiva da Palavra de 
Deus por todo o globo.
Diversas são as designações que a Bíblia emprega a si mesma, o 
que veremos durante o estudo desta Lição, assim como o significado e a 
origem deste termo – Bíblia.
A estrutura da Bíblia é também objeto de estudo desta Lição, como 
sua divisão em dois Testamentos, em capítulos e em versículos. Os 
autores dos livros bíblicos são igualmente aqui abordados, levando-se em 
conta que foram escritos por cerca de quarenta pessoas, no decorrer de 
aproximadamente dezesseis séculos, o que não impediu jamais o milagre 
da perfeita harmonia e da unidade do texto bíblico.
31
Sendo Jesus Cristo o tema central dos 66 livros que compõem as 
Sagradas Escrituras, é possível sintetizá-los, para efeito de entendimento, 
em (a) preparação, (b) manifestação, (c) explanação e (d) consumação.
Além da composição, da estrutura e do tema central da Bíblia, esta Lição 
apresenta sobre ela algumas particularidades, que seguramente nos serão úteis 
e práticas ao estudo. Acompanhemos, então, as páginas que se seguem.
Esboço da Lição
1. Os Livros Antigos
2. A Estrutura da Bíblia (Parte 1)
3. A Estrutura da Bíblia (Parte 2)
4. O Tema Central da Bíblia
5. Observações Úteis e Práticas
Objetivos da Lição
Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de:
1. Descrever a forma primitiva da Bíblia;
2. Definir a palavra testamento no contexto do estudo da Bíblia;
3. Dar a estrutura da Bíblia no que concerne ao Novo Testamento;
4. Dizer qual é o tema central da Bíblia;
5. Mencionar três observações úteis e práticas no estudo das 
Escrituras.
Bibliologia I
32 TEXTO 1
OS LIVROS ANTIGOS
Como todo livro antigo, a Bíblia, em sua composição original, também 
tinha a forma de rolo (Jr 36.2). Esses rolos eram feitos de papiro ou pergaminho. 
Papiro
O papiro era uma folha para escrever e/ou 
pintar, feita de tiras cortadas da entrecasca do papiro, 
planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e 
banhados do Oriente. Essa planta existe ainda hoje 
no Sudão, na Galileia Superior e no vale de Sarom. 
As tiras extraídas do papiro eram umedecidas, justa-
postas e/ou entrecruzadas, batidas para se obter sua 
unificação, e geralmente polida após a secagem, 
tornando-se uma folha apropriada para escrever ou 
pintar. As folhas eram então coladas umas às outras, 
até formarem um rolo de qualquer extensão. Criado 
pelos egípcios, foi o principal suporte da escrita na 
antiguidade, especialmente na região do Mar Mediterrâneo, onde a maior 
parte dos livros e registros diversos era constituída por rolos de papiro.
Este material gráfico primitivo é mencionado muitas vezes na 
Bíblia, por exemplo em Êxodo 2.3, Jó 8.11 e Isaías 18.2. Em certas 
versões da Bíblia, o papiro é mencionado como junco; de fato, o papiro 
é um tipo de junco de grandes proporções. De papiro deriva-se a palavra 
papel. Seu uso nas Escrituras remonta ao ano 3000 a.C.
Pergaminho
O pergaminho consistia em peles, princi-
palmente de carneiro ou ovelha, submetidas a 
um banho de cal e depois raspadas e polidas 
com pedra-pomes. Feito isso, eram lavadas, 
novamente raspadas e postas a secar em 
molduras de madeira, para evitar a formação 
de pregas ou rugas. Por fim, recebiam uma ou 
mais demãos de alvaiade (pigmento branco, 
constituído de carbonato de chumbo, usado 
em pintura de exteriores). O material é 
melhor e mais durável que o papiro.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
33O nome pergaminho deriva da cidade de Pérgamo, onde, prova-
velmente no século II a.C., o processo foi desenvolvido. Seu uso é mais 
recente do que o do papiro; provém dos primórdios da Era Cristã, apesar 
de já ser conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 
2 Timóteo 4.13.
O formato primitivo da Bíblia
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro 
um rolo. Assim, vemos que, a princípio, os livros sagrados não estavam 
reunidos uns aos outros como os temos agora em um volume único: 
a Bíblia. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no século 
II pelos chineses, bem como a do prelo de tipos móveis em 1450 d.C., 
por Gutenberg, tipógrafo alemão. Até então, era tudo manuscrito pelos 
escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.
Quanto ao aspecto da difusão da Sua Palavra, Deus tem abençoado 
maravilhosamente. Através dos milhões de exemplares impressos, com 
rapidez e facilidade em muitos pontos do globo, a distribuição e a disse-
minação da Bíblia, ou mesmo apenas do Novo Testamento, mais e mais 
pessoas vêm sendo alcançadas. 
Graças também ao progresso obtido no campo das invenções e 
da tecnologia, hoje podemos transportar, com toda a comodidade, um 
exemplar da Bíblia, coisa impossível nos tempos primitivos. Todavia, 
devido aos ritos tradicionais, os rolos sagrados das escrituras hebraicas 
continuam, ainda hoje, em uso nas sinagogas judaicas.
O vocábulo Bíblia
O termo Bíblia não se encontra no texto das Sagradas Escrituras. 
Consta apenas da capa, mas não do texto. Donde, pois, provém este 
vocábulo? Do grego, a língua original do Novo Testamento. 
A palavra Bíblia, que é uma forma plural, deriva do grego biblos ou 
biblíon, que significa rolo ou livro. Biblíon, no caso nominativo plural, 
assume a forma bíblia, significando livros. No latim medieval, é usado 
como uma palavra singular – uma coleção de livros ou “a Bíblia”.
Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblíon, e vários 
destes formavam uma bíblia. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer 
dizer coleção de livros pequenos. Com a invenção do papel desapareceram 
Bibliologia I
34 os rolos, e a palavra biblos deu origem a livro, como se vê em biblioteca, 
bibliografia, bibliófilo etc. É consenso entre os doutos no assunto que o 
nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João 
Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no século IV da nossa era.
Devido as Escrituras constituírem uma unidade perfeita, a palavra 
Bíblia, sendo uma forma plural, como acabamos de ver, passou a ser 
singular, significando O Livro, isto é, O Livro dos Livros, O Livro por 
Excelência. Como Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é “A 
Revelação de Deus à Humanidade”.
Entre inúmeros outros, os nomes mais comuns que a Bíblia emprega 
a si mesma, isto é, nomes canônicos, são:
 Escrituras: “Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: 
A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por 
cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso 
aos nossos olhos?” (Mt 21.42).
A HISTÓRIA DOS LIVROS
A história dos livros é tão antiga quanto a 
história da escrita. Alguns historiadores apon-
tam que surgiram juntos. Além da escrita, 
outros fatores, como a economia, a política e 
a necessidade de registrar a história contri-
buíram para o surgimento do livro. O homem 
aprendeu a escrever há milênios, a fim de ar-
mazenar tudo o que conhecia e repassar to-
das as informações às futuras gerações. Com 
o correr do tempo e dos fatos, seria impossível 
guardar tudo no cérebro. A escrita surgiu, por-
tanto, para registrar a história do homem.
A preservação da história do povo de Deus 
deu-se primeiramente pela tradição oral. A 
história era passada dos pais aos filhos. O co-
nhecimento dos feitos de Deus no Egito e da 
libertação do povo da escravidãofoi assim 
preservado. “E para que contes aos ouvidos de 
teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas 
que fiz no Egito, e os meus sinais, que tenho 
feito entre eles; para que saibais que eu sou o 
Senhor” (Êx 10.2). Mas igualmente por ordem 
de Deus, e inspirado pelo Seu Santo Espírito, 
Moisés registrou por escrito os Seus feitos e a 
história do Seu povo. Seus registros foram fei-
tos em papiros e pergaminhos – os primeiros 
materiais de escrita.
O pergaminho surgiu depois do papiro e 
veio dar mais resistência aos escritos. A du-
rabilidade de um documento em pergaminho 
era maior.
Os livros não nasceram na forma como os 
conhecemos hoje; esse tipo de encadernação 
e formato é moderno. Com o passar dos anos, 
a invenção de tecnologias possibilitou uma 
melhor conservação, bem como o armazena-
mento do conhecimento, além de facilitar a 
produção de obras e o acesso à informação. 
Antigamente, a escrita era uma atividade ex-
clusiva dos escribas, assim como a leitura (Ne 
8.1-3). Somente eles sabiam ler e escrever. No 
papiro, deveria constar apenas informações 
oficiais, como leis e assuntos administrativos.
A invenção dos livros encadernados acon-
teceu quase no final da Antiguidade, quan-
do estudiosos decidiram organizar os per-
gaminhos em páginas, em vez de rolos, para 
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
35 Sagradas Escrituras: “O qual antes prometeu pelos seus 
profetas nas santas escrituras” (Rm 1.2).
 Livro do Senhor: “Buscai no livro do Senhor, e lede; 
nenhuma destas coisas faltará...” (Is 34.16).
 A Palavra de Deus: “Invalidando assim a palavra de Deus 
pela vossa tradição...” (Mc 7.13); “Porque a palavra de Deus 
é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de 
dois gumes ...” (Hb 4.12).
 Os oráculos de Deus: “... aos judeus foram confiados os 
oráculos de Deus” (Rm 3.2 – ARA).
EXERCÍCIOS
Associe a coluna “A” à coluna “B”.
Coluna “A”
___2.01 Originalmente, a Bíblia era assim confeccionada.
facilitar a locomoção e o manuseio. Durante 
a Idade Média, os livros viraram exclusivi-
dade de clérigos, tornando-se objeto para 
devoção a deuses. A Igreja chegou a proibir 
inúmeros livros, considerados impróprios 
por membros do clero. Isso fez com que, 
nos dias da Reforma Protestante, as Bíblias 
fossem acorrentadas ao púlpito, e de uso 
exclusivo dos padres.
A prensa de Gutenberg
O alemão Johannes Gutenberg revolucionou 
a história da comunicação, com a prensa de 
tipos móveis. Foi a partir dessa invenção que 
teve início a impressão em massa de mate-
riais. Com a criação da prensa móvel, o custo 
de impressão dos livros barateou muito. An-
tes, a cópia de um texto era atividade dos es-
cribas, que a faziam a mão, letra por letra, o 
que tornava demorado e caro qualquer mate-
rial escrito. Foi através da nova invenção, que 
o custo para a fabricação de livros diminuiu 
consideravelmente. E o primeiro exemplar im-
presso foi a Bíblia em latim, que ficou conheci-
da como a Bíblia de Gutenberg.
Com a disseminação do papel e a facilida-
de na reprodução de materiais com a prensa 
de tipos móveis, os livros se popularizaram 
entre as pessoas, a educação deu início a um 
processo de democratização e a imprensa co-
meçou a surgir. Lutero traduziu a Bíblia para o 
alemão dando ao povo a oportunidade de po-
der ler a Palavra de Deus em seu idioma.
Referências Bibliográficas
Barbier, Frédéric. História das Bibliotecas: De 
Alexandria às Bibliotecas Virtuais, tradução 
de Regina Salgado Campos – São Paulo: Edi-
tora da Universidade de São Paulo, 2018.
Febvre, Lucien, 1878-1956. O Aparecimento do 
Livro - Lucien Febvre & Henri-Jean Martin; 
colaboração Anne Basanoff… [et al]; tradu-
ção de Fulvia M. L. Moretto & Gracira Mar-
condes Machado – São Paulo: Editora da Uni-
versidade de São Paulo, 2017.
Bibliologia I
36 ___2.02 Materiais com que eram feitos os livros antigos.
___2.03 Consistia em pele de animal submetida a um banho de cal e 
depois raspada e polida.
___2.04 Cada um de seus livros formava um rolo.
___2.05 Donde provém o vocábulo Bíblia.
___2.06 Como livro divino, a Bíblia é “a revelação de Deus à humanidade”.
___2.07 “... é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma 
de dois gumes”.
Coluna “B”
A. Grego.
B. Pergaminho.
C. A Palavra de Deus.
D. Bíblia.
E. Em rolos.
F. Definição canônica da Bíblia.
G. Papiro e pergaminho.
TEXTO 2
A ESTRUTURA DA BÍBLIA
Parte 1
Estudaremos neste Texto a estrutura ou composição da Bíblia, 
isto é, sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classifi-
cação por assuntos, divisão em capítulos e versículos, e certas parti-
cularidades indispensáveis.
Os Dois Testamentos
A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo e o Novo 
Testamentos, tendo ao todo 66 livros: 39 no Antigo Testamento e 27 em 
o Novo. Estes 66 livros foram escritos num período de aproximadamente 
de 16 séculos, por cerca de 40 autores. 
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
37Aqui está um dos milagres da Bíblia. Esses escritores pertenciam às 
mais variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, 
regiões e continentes diferentes, distantes uns dos outros, em épocas 
e condições diversas. Entretanto, seus escritos formam uma harmonia 
perfeita. Isto prova que Um só os dirigia no registro da revelação divina.
A palavra testamento provém do termo grego diatheke e significa:
a) aliança ou concerto. No Antigo Testamento, a palavra usada 
é berith, que significa concerto.
b) testamento, isto é, um documento contendo a última vontade 
de alguém quanto à distribuição de seus bens após a morte. 
Esta é a palavra empregada em o Novo Testamento, como, 
A NECESSIDADE DA REVELAÇÃO
Por que carecemos da revelação? Porque 
precisamos conhecer a Deus e tomar cons-
ciência do nosso pecado. Nós somos pergun-
tadores por essência; perguntamos tudo sobre 
tudo. E as grandes perguntas da humanidade 
são exatamente o anseio do homem em busca 
de Deus. Perguntas como “Quem eu sou? Para 
onde vou? De onde viemos? Qual a origem da 
vida?” são indagações de quem está em busca 
de algo maior que si mesmo. A Bíblia nos res-
ponde todas essas interrogações:
– Quem eu sou? Filho de Deus!
– Para onde eu vou? Se buscar a Cristo 
e confessá-lo como único e suficien-
te Salvador, vou para o céu.
– De onde viemos? Fomos criados por 
Deus, do pó da Terra.
– Qual a origem da vida? O próprio 
Deus; Ele é a verdade e a vida.
Todas essas perguntas são feitas no anseio 
pelo autoconhecimento. Diante disto, algumas 
pessoas estarão propensas ao próprio racio-
cínio, à capacidade humana de formular ques-
tões filosóficas. Ninguém duvidaria de um pro-
fessor de matemática que diz que 1+1=2. Esse 
conhecimento é afirmado com toda a certeza; 
ele pertence às ciências exatas. Entretanto, 
esse tipo de conhecimento não tem a menor 
relevância diante das questões últimas da vida. 
Acaso você já viu alguém chorar comovido por 
haver descoberto o sentido da vida ao deparar-
-se com o fato de que, sem dúvida alguma, a 
menor distância entre dois pontos é uma reta? 
Seria uma situação no mínimo ridícula.
A existência de Deus pode ser negada, como 
a própria Bíblia revela: "Disse o néscio no 
seu coração: Não há Deus" (Sl 14.1). Ora, se a 
existência de Deus pode ser negada, de onde 
então vem a certeza de que Ele existe? Da Bí-
blia. Sim, a resposta é simples assim. Deus 
não é para ser questionado, mas aceito! O 
pecado nos afasta de Deus (Rm 3.23) e afeta 
todos os aspectos da vida humana, inclusive 
nossa consciência e razão. Por isso, todas as 
vezes que o homem procurar encontrar Deus 
por meio de sua consciência, ou de suas pro-
priedades intelectuais, sempre chegará a con-
clusões estranhas sobre o Criador. Por isso é 
necessária a revelação bíblica: para que pos-
samos chegar ao verdadeiro conhecimento de 
Deus e ter comunhão com Ele. Sem a revelação 
Bíblica a nós disponível, seria impossível, por 
exemplo, concebermos a Doutrina da Trinda-
de, que é essencial ao cristianismo.
Bibliologia I
38 por exemplo, em Lucas 22.20.O duplo sentido do termo 
grego mostra duas coisas: que a morte do testador (Cristo) 
ratificou ou selou a Nova Aliança e, portanto, nos garante 
toda a herança (Hb 9.15-17).
O título “Antigo Testamento” foi primeiramente aplicado aos 
primeiros 39 livros da Bíblia por Tertuliano e Orígenes, que integram a 
era patrística da Igreja.
Na primeira divisão principal da Bíblia temos o Antigo Concerto 
(também chamado de pacto, aliança), vindo pela Lei, feito no Sinai e 
selado com sangue de animais (Êx 24.3-8; Hb 9.19,20). Na segunda 
divisão principal, o Novo Testamento, temos o Novo Concerto, advindo 
pelo Senhor Jesus Cristo, feito no Calvário e selado com o Seu sangue 
(Lc 22.20; Hb 9.11-15). É, pois, um concerto superior ao anterior.
O Antigo Testamento
Como dissemos, o Antigo Testamento contém 39 livros e foi escrito 
originalmente em hebraico, com exceção de pequenos trechos escritos em 
aramaico, língua que Israel contraiu no exílio babilônico. Há também 
algumas palavras persas. Seus 39 livros estão classificados em 4 grupos, 
conforme o assunto a que pertencem: Lei, História, Poesia e Profecia.
1. Lei. São 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e 
Deuteronômio. Esta seção do Antigo Testamento também é 
chamada de “Pentateuco”. Esses livros tratam da origem de 
todas as coisas, da Lei e do estabelecimento da nação israelita.
2. História. São 12 livros: de Josué a Ester. Ocupam-se da 
história de Israel nos seus vários períodos:
a) Teocracia, sob o comando dos juízes;
b) Monarquia, sob o reino de Saul, Davi e Salomão;
c) Divisão do reino e cativeiro, contendo o relato dos 
reinos de Judá e Israel, este levado sob cativeiro para 
a Assíria e, aquele, à Babilônia.
d) Pós-Cativeiro, sob a liderança de Zorobabel, Esdras 
e Neemias em conjunto com os profetas, seus 
contemporâneos.
3. Poesia. São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão. 
São chamados “Poéticos”, não porque sejam cheios de 
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
39imaginação e fantasia, mas devido ao gênero de seu 
conteúdo. São também chamados “Devocionais”.
4. Profecia. São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Subdividem-se em:
a) Profetas Maiores: Isaías a Daniel (5 livros);
b) Profetas Menores: Oséias a Malaquias (12 livros).
Os nomes “Maiores” e “Menores” não se referem ao mérito ou à 
notoriedade do profeta, mas ao tamanho dos livros e à dimensão do 
ministério profético.
Apresentamos a seguir um quadro com todos os livros do Antigo 
Testamento separados por assunto, de acordo com a versão Septuaginta 
das Sagradas Escrituras.
ANTIGO TESTAMENTO
Lei Livros Históricos Livros Poéticos Livros proféticos
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
1 Samuel
2 Samuel
1Reis
2 Reis
1 Crônicas
2 Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cantares de 
Salomão
Os Profetas 
Maiores
Isaías
Jeremias
Lamentações de 
Jeremias
Ezequiel
Daniel
Os Profetas 
Menores
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
Bibliologia I
40 EXERCÍCIOS
Assinale com “x” a alternativa correta.
2.08 A Bíblia tem, ao todo,
___a) 39 livros.
___b) 27 livros.
___c) 66 livros.
___d) 49 livros.
2.09 Os livros da Bíblia foram escritos num período de 16 séculos e 
tiveram cerca de
___a) 60 autores.
___b) 40 autores.
___c) 27 autores.
___d) 39 autores.
2.10 A palavra testamento provém do termo grego diatheke e significa 
aliança ou
___a) concerto.
___b) anel.
___c) dialeto.
___d) papiro.
2.11 A segunda divisão principal da Bíblia refere-se ao Novo Concerto, 
advindo por
___a) Moisés.
___b) Tertuliano.
___c) Jesus Cristo.
___d) Orígenes.
2.12 Os cinco livros escritos por Moisés são também chamados de:
___a) O Pentateuco.
___b) Os Poéticos.
___c) Os Proféticos.
___d) Os Históricos.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
41TEXTO 3
A ESTRUTURA DA BÍBLIA
Parte 2
A classificação dos livros do Antigo Testamento por assunto advém 
da versão Septuaginta, através da Vulgata, e não leva em conta a ordem 
cronológica dos acontecimentos relatados em cada livro, o que, para o leitor 
menos avisado, dá lugar a não poucas confusões, procurar agrupar a narra-
tiva cronologicamente. Estudaremos a cronologia bíblica mais adiante, em 
Lição específica. Na Bíblia hebraica (que é o nosso Antigo Testamento), a 
divisão dos livros é bem diferente, como veremos posteriormente.
O Novo Testamento
Composto por 27 livros, o Novo Testamento foi escrito em grego, 
não o grego clássico dos eruditos, mas o do povo comum, chamado 
“Koiné”. Seus livros também estão classificados em 4 grupos, conforme 
o assunto a que pertencem: Biografia, História, Epístolas e Profecia.
1. Biografia. São os 4 Evangelhos. Descrevem a vida do Senhor 
Jesus Cristo e Seu glorioso ministério terreno. Os três 
primeiros Evangelhos são chamados “Sinópticos” devido 
ao paralelismo das informações que há entre eles. Todos os 
livros que precedem os Evangelhos tratam da preparação 
para a manifestação de Jesus Cristo, e os que os seguem são 
explicações da doutrina de Cristo.
2. História. É o Livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história 
da Igreja Primitiva, seu viver, a propagação do Evangelho; 
tudo através do Espírito Santo, conforme Jesus prometera 
(At 1.8).
3. Epístolas. São 21 epístolas (ou cartas), e abrangem de 
Romanos a Judas. Elas contêm a Doutrina da Igreja e os 
destinatários são diversos, também conforme o assunto:
a) 9 são d ir ig ida s a igreja s (de Romanos a 2 
Tessalonicenses);
b) 4 são dirigidas a indivíduos (duas a Timóteo, uma a 
Tito e uma a Filemom);
c) 1 é dirigida aos hebreus cristãos;
Bibliologia I
42 d) 7 são dirigidas a todos, indistintamente (Tiago, 1 e 
2 Pedro, 1, 2, e 3 João e Judas). Estas são também 
chamadas “Universais”, “Católicas” ou “Gerais”, apesar 
de duas delas (2 e 3 João) serem dirigidas a particulares.
4. Profecia. É o Livro de Apocalipse (ou Revelação). Trata da 
volta pessoal do Senhor Jesus Cristo à terra e das coisas que 
precederão esse glorioso evento. Nesse livro bíblico vemos 
o Senhor Jesus vindo com os Seus santos para:
a) destruir o poder gentílico mundial, então sob o 
reinado da Besta;
b) livrar Israel, que estará no centro da Grande Tribulação;
c) julgar as nações;
d) estabelecer o Seu reino milenar.
Assim como os do Antigo Testamento, os livros do Novo Testa-
mento não estão situados em ordem cronológica, pelas mesmas razões 
já mencionadas.
NOVO TESTAMENTO
Biografia História
Epístolas
Paulinas
Epístolas
Gerais
Profecia
Mateus
Marcos
Lucas
João
O Livro
de Atos
Romanos
1 Coríntios
2 Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
1 Tessalonicenses
2 Tessalonicenses
1 Timóteo 
2 Timóteo 
Tito 
Filemom
Hebreus
Tiago
1 Pedro
2 Pedro
1 João
2 João
3 João
Judas
Apocalipse
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
43Particularidades da versão católica da Bíblia
Nas Bíblias de edição católico-romana, os Livros de 1 e 2 Samuel 
e 1 e 2 Reis são chamados 1, 2, 3 e 4 Reis, respectivamente. Os livros 
de 1 e 2 Crônicas são chamados 1 e 2 Paralipômenos. Esdras e Neemias 
são chamados 1 e 2 Esdras. 
Também nas edições católicas de Matos Soares e Antonio Pereira de 
Figueiredo, o salmo 9 corresponde, na versão de João Ferreira de Almeida, 
aos Salmos 9 e 10. O de número 10, ao de número 11. Isto assim se sucede 
até aos Salmos 146 e 147, que em nossa Bíblia é o de número 147. Deste 
modo, os três salmos finais são idênticos em qualquer das versões acima 
mencionadas. Essas diferenças de numeração em nada afetam o texto em 
si; nem poderia ser de outra forma, sendo a Bíblia o Livro do Senhor.
EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.
___2.13 O Novo Testamento é composto de 29 livros.
___2.14 O Novo Testamento foi escrito em grego clássico, o dos eruditos.
___2.15 O Livro de Atos registra a história da Igreja Primitiva.
___2.16 As Epístolas contêm a Doutrina dos Últimos Dias.
___2.17 Apocalipse ou Revelação é o Livro Profético do Novo Testamento.
___2.18 Nas Bíblias de edição católico-romana, os Livros de 1 e 2 Samuel,e 1 e 2 Reis, são chamados 1, 2, 3 e 4 Reis, respectivamente.
TEXTO 4
O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus Cristo é o tema central da Bíblia. Ele mesmo o declara nos 
evangelhos: 
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse 
estando ainda convosco: Que convinha que se 
cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei 
de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.” (Lc 24.44)
Bibliologia I
44 “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter 
nelas a vida eterna, e são elas que de mim testi-
ficam.” (Jo 5.39)
Leia também Atos 3.18; 10.43 e Apocalipse 22.16.
Se examinarmos atentamente o Antigo Testamento, veremos que em 
tipos, figuras, símbolos e profecias, Jesus ocupa o lugar central das Escrituras. 
E, em todo o Novo Testamento, temos registrada a Sua manifestação.
Cristo – De Gênesis a Apocalipse
Destacamos abaixo o tratamento dado a Jesus Cristo por cada um 
dos livros bíblicos, segundo seu contexto, autor e propósitos divinos.
Em Gênesis, Cristo é a Semente de Mulher;
Em Êxodo, é o nosso Cordeiro Pascal;
Em Levítico, é o nosso Sumo Sacerdote;
Em Números, é a Coluna de Nuvem de Dia e a Coluna 
de Fogo à Noite;
Em Deuteronômio, é o Profeta no Meio do Povo;
Em Josué, é o Capitão do Exército do Senhor;
Em Juízes, é o nosso Juiz e Libertador;
Em Rute, é o nosso Parente Remidor;
Em 1 Samuel, é o nosso Profeta;
Em 2 Samuel, é o nosso Sacerdote;
Em 1 Reis, é o Rei Sábio;
Em 2 Reis, é o Rei Fiel;
Em 1 Crônicas, é o Grande Monarca;
Em 2 Crônicas, é o Monarca que Permanece;
Em Esdras, é o Grande Escriba;
Em Neemias, é o nosso Restaurador;
Em Ester, é o nosso Escape da Morte;
Em Jó, é o nosso Redentor que Vive;
Em Salmos, é o nosso Pastor;
Em Provérbios, é a Sabedoria de Deus;
Em Eclesiastes, é a nossa Vida Completa;
Em Cantares de Salomão, é o Amado de nossa Alma;
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
45Em Isaías, é o Messias Prometido;
Em Jeremias, é o Renovo da Justiça;
Em Lamentações, é Aquele que Chora por Nós;
Em Ezequiel, é o Renovo Principal;
Em Daniel, é o Quarto Homem na Fornalha;
Em Oséias, é o Marido Fiel;
Em Joel, é o nosso Batizador;
Em Amós, é o Divino Lavrador;
Em Obadias, é o nosso Salvador;
Em Jonas, é o Grande Missionário;
Em Miquéias, é o Libertador Divino;
Em Naum, é o Juiz das Nações;
Em Habacuque, é o Deus da nossa Salvação;
Em Sofonias, é o Senhor Zeloso;
Em Ageu, é o Desejado das Nações;
Em Zacarias, é o Renovo da Justiça;
Em Malaquias, é o Sol da Justiça;
JESUS CRISTO, O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
A Bíblia foi escrita em um período de aproxi-
madamente 1600 anos, por cerca de 40 escri-
tores, mas o seu real autor é Deus, e o seu real 
intérprete é o Espírito Santo. Por isso, toda a Bí-
blia tem um único tema: Jesus Cristo. Por todas 
as páginas da Bíblia podemos ver o Senhor Jesus 
(Não estamos, com isto, dizendo que Jesus é a 
chave-hermenêutica para se interpretar a Bíblia; 
tal pensamento é um refugo do iluminismo tra-
vestido de espiritualidade). O que estamos afir-
mando é que Jesus é o assunto de toda a Bíblia.
Os evangelhos, assim como os demais livros 
da Bíblia, possuem uma unidade de pensamen-
to, uma coerência que avança numa sequência 
precisa dos capítulos. De Gênesis 1 até Apoca-
lipse 22 temos um único Livro, dividido em 66 
capítulos que apontam para a nossa redenção. 
A leitura deste Livro abre-nos as janelas da 
mente, limpa-nos a alma e põe-nos em contato 
com o Criador e Sustentador de tudo.
Sobre quem é a Bíblia? Ao contrário do que 
muitos creem, a Bíblia não é uma série de his-
tórias desconexas. Cada narrativa ali é parte 
de uma história única. No Antigo Testamento, 
o relato da queda no Jardim do Éden já aponta 
para a boa notícia da vinda do segundo Adão, 
melhor que o primeiro e que completou o tes-
te no Jardim das aflições, trazendo a redenção 
à humanidade. Jesus Cristo é o autor da nossa 
Salvação (Lc 24.27, 44-45; At 10.43).
“Olhando firmemente para o Autor e Con-
sumador da fé, Jesus, o qual, em troca da 
alegria que lhe estava proposta, supor-
tou a cruz, não fazendo caso da ignomí-
nia, e está assentado à destra do trono 
de Deus. Considerai, pois, atentamente, 
aquele que suportou tamanha oposição 
dos pecadores contra si mesmo, para 
que não vos fatigueis, desmaiando em 
vossa alma.” (Hb 12.2,3 ARA)
Bibliologia I
46 Em Mateus, é o Rei dos Judeus;
Em Marcos, é o Servo de Deus;
Em Lucas, é o Filho do Homem;
Em João, é o Filho de Deus;
Em Atos, é o Senhor Ressurreto;
Em Romanos, é Aquele que nos Faz Mais que Vencedores,
Em 1 Coríntios, é o Senhor das nossas Vidas;
Em 2 Coríntios, é o nosso Conforto;
Em Gálatas, é o Libertador do Jugo da Lei;
Em Efésios, é Aquele que Cumpre Tudo em Todos;
Em Filipenses, é o Modelo de Humildade;
Em Colossenses, é a Plenitude de Deus;
Em 1 Tessalonicenses, é Aquele que Virá Arrebatar a Igreja;
Em 2 Tessalonicenses, é Aquele que Virá para Julgar os Ímpios;
Em 1 Timóteo, é o Único Mediador Entre Deus e os Homens;
Em 2 Timóteo, é o nosso Modelo;
Em Tito, é o nosso Exemplo;
Em Filemom, é o nosso Senhor e Mestre;
Em Hebreus, é o nosso Intercessor Junto ao Pai;
Em Tiago, é o nosso Modelo Singular;
Em 1 Pedro, é a Pedra Angular da nossa Fé;
Em 2 Pedro, é a nossa Força;
Em 1 João, é o nosso Advogado Junto ao Pai;
Em 2 João, é a Verdade;
Em 3 João, é o Caminho;
Em Judas, é o nosso Protetor;
Em Apocalipse, Jesus Cristo é o Rei dos reis e Senhor 
dos senhores. Aleluia!
Reconhecendo o Senhor Jesus Cristo como o centro da Bíblia, o Dr. 
C. I. Scofield resume os 66 livros em quatro palavras a Ele referentes, 
da seguinte forma:
1. Preparação: todo o Antigo Testamento, ao tratar da 
preparação para o advento de Jesus Cristo.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
472. Manifestação: os evangelhos, ao tratar da encarnação, 
manifestação e vida de Jesus Cristo.
3. Explanação: as epístolas, que fornecem o esclareci-
mento sobre a doutrina de Cristo.
4. Consumação: o Livro de Apocalipse, ao tratar da consu-
mação de todas as coisas preditas, através de Cristo.
Portanto, as Escrituras sem Jesus seriam como a Física sem a matéria 
ou a Matemática sem os números.
Alguns fatos e particularidades da Bíblia
A Bíblia, originalmente, não era dividida em livros, capítulos e 
versículos. A divisão em capítulos foi feita em 1250 d.C. pelo cardeal 
ISAÍAS 53
Bibliologia I
48 Hugo de Saint-Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A 
divisão em versículos deu-se em duas etapas: 
1. O Antigo Testamento, em 1445, pelo rabi Nathan.
2. O Novo Testamento, em 1551, por Robert Stevens, um impressor 
de Paris que publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos 
e versículos em 1555, sendo esta a Vulgata Latina. Quanto às 
imperfeições destas divisões, trataremos noutro texto.
O Antigo Testamento tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O 
Novo Testamento tem 260 capítulos e 7.959 versículos. Assim, a Bíblia 
toda possui 1.189 capítulos e 31.173 versículos.
A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo, após a 
invenção do prelo em 1452, em Mainz, Alemanha. Segundo dados 
publicados em 2021 pela Sociedade Bíblica do Brasil, a Bíblia 
completa acha-se traduzida em 704 línguas; o Novo Testamento, 
em 1571, e porções dela acham-se disponíveis em 1.160. Ou seja, dos 
7.359 idiomas existentes no mundo, 3.435 contam com a tradução 
de pelo menos uma porção das Escrituras. No entanto, resta muito 
trabalho a ser feito: 3.924 idiomas ainda não possuem tradução de 
nenhuma linha da Bíblia. Oremos pelos tradutores e para que Deus 
levante obreiros para a seara da tradução da Sua Palavra. De todo 
modo, o Senhor o tem feito: nos últimos anos, o processo de tradução 
da Bíblia tem-se acelerado surpreendentemente. Em apenas 8 anos, 
de 2013 a 2021, o número de idiomas para os quais a Bíblia foi 
completamente traduzida subiu de 600 a 704. Deus seja louvado! 
Desta forma, as palavras de Jesus, em Marcos 16.15, podem ter o 
seu fiel cumprimento: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai 
o evangelho a toda criatura”. 
CONTINENTE 
OU REGIÃO
PORÇÕES
SÓ
TESTAMENTOS
BÍBLIA
TODA
TOTAL
África 223 292 158 673
Ásia 223 236 130 589
Austrália,Nova 
Zelândia e 
Ilhas do 
Pacífico
155 224 38 417
Europa 112 35 61 208
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
49América do 
Norte
41 28 07 76
Ilhas do Caribe, 
México,
América Central 
e América do Sul
120 264 27 411
Línguas 
Construídas
02 0 01 03
Totais 876 1.079 422 2.377
(https://biblia.sbb.org.br/artigo/707-milhoes-de-pessoas).
EXERCÍCIOS
Associe a coluna “A” à coluna “B”.
Coluna “A”
___2.19 O tema central da Bíblia.
___2.20 Testificam de Jesus.
___2.21 Palavra referente a Jesus, em todo o Antigo Testamento.
___2.22 Palavra referente a Jesus, nos evangelhos.
___2.23 Palavra referente a Jesus, nas epístolas.
___2.24 Palavra referente a Jesus, no Apocalipse.
Coluna “B”
A. Preparação.
B. Consumação.
C. Jesus.
D. Explanação.
E. As Escrituras.
F. Manifestação.
Bibliologia I
50 TEXTO 5
OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS
Este Texto visa ajudar-nos no manuseio e estudo da Bíblia. 
Portanto, tenhamos sempre em mente o fato de que melhor proveito 
terá do estudo das Escrituras quem melhor souber manuseá-la.
Os pontos abordados a seguir, se observados atentamente, ajudar-nos-ão 
a ter o aproveitamento que tanto desejamos no estudo das Escrituras.
1. Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar notas de suas 
meditações na Palavra de Deus. A memória falha. Distribua 
seus apontamentos por assuntos previamente escolhidos e 
destacados uns dos outros. Use um caderno de anotações, 
pois, se não houver organização nos seus apontamentos, eles 
não lhe serão úteis.
2. Referências Bíblicas. O sistema mais simples e rápido para 
escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica 
do Brasil: duas letras, sem ponto, para cada livro da Bíblia 
(ver p. VIII). Entre o capítulo e o versículo põe-se apenas um 
ponto. No índice das Bíblias editadas pela Sociedade Bíblica 
do Brasil, há uma lista das abreviaturas dos livros. Veja, a 
seguir, alguns exemplos de referências por este sistema.
a) 1 Jo 2.4 (Primeira Epístola de João, capítulo dois, 
versículo quatro);
b) Jó 3.7,8 (Livro de Jó, capítulo três, versículos sete e oito);
c) 1 Cr 6-10 (Primeiro Livro das Crônicas, capítulos seis 
a dez);
d) 1 Pe 5.2-9 (Primeira Epístola de Pedro, capítulo cinco, 
versículos 2 a 9);
e) Fp 1.23 (Epístola de Paulo aos Filipenses, capítulo 
um, versículo vinte e três);
f) Fm v. 14 (Epístola de Paulo a Filemom, versículo 
quatorze);
g) Ap 9 (Apocalipse de João, capítulo nove).
3. Texto, contexto, referência e inferência.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
51 A diferença entre os quatro aspectos bíblicos acima assinalados 
é fundamental para a compreensão do estudo das Escrituras:
a) Texto. Conjunto de palavras contidas numa passagem;
b) Contexto. É a parte anterior e posterior ao texto em 
relevo. O contexto pode ser geral, imediato ou remoto. 
Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro.
c) Referência. É a conexão direta sobre determinado 
assunto. Além de indicar o livro, capítulo e versículo, 
a referência pode levar a outras indicações como:
 “a” – indica a parte inicial do versículo; 
exemplo: Rm 11.17a;
 “b” – indica a parte final do versículo; exemplo: 
Rm 11.16b;
 “ss” – indica os versículos que se seguem até o 
fim ou não do capítulo; exemplo: Rm 11.17ss;
 “qv” – significa que veja; recomendações para 
não se deixar de ler o texto indicado; provém 
da expressão latina quod vide = que veja;
 “cf” – significa compare, confirme, confronte; 
provém do latim confere;
 “i.e.” – significa isto é; provém do latim id est. 
 As referências também podem ser verbais e reais. A primeira é 
um paralelismo de palavras; a segunda, de assuntos ou ideias.
d) Inferência. É uma conexão indireta entre assuntos. É 
uma ilação ou dedução.
4. Siglas das diferentes versões em vernáculo. O uso dessas 
siglas poupa tempo e trabalho.
– ARC = Almeida Revista e Corrigida. É a Bíblia de 
Almeida antiga, impressa inicialmente pela Imprensa 
Bíblica Brasileira;
– ARA = Almeida Revista e Atualizada. É a Bíblia de 
Almeida, revisada e publicada pela Sociedade Bíblica 
do Brasil, completa, a partir de 1958;
Bibliologia I
52 - ACF = Almeida Corrigida e Fiel. Tradução feita pela 
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, em 1994, 
usando como base a Almeida Revista e Corrigida, e 
com a característica de basear-se no Textus Receptus 
grego para o NT e no Texto Massorético hebraico para 
o AT (os mesmos textos usados por Almeida em sua 
tradução original).
– FIG = Antonio Pereira de Figueiredo. Atualmente é 
impressa pela Sociedade Bíblica Britânica e Estran-
geira, Londres;
– SOARES = Matos Soares. Versão popular dos 
católicos brasileiros;
– RHODEN = Hubert Rhoden. Versão particular desse 
ex-padre brasileiro;
– CBSP = Centro Bíblico de São Paulo. Edição católica 
popular da Bíblia;
– TRAD. BRAS. = Tradução Brasileira, 1917;
5. O tempo antes e depois de Cristo. A ordem cronológica dos 
fatos ocorridos antes e depois de Cristo é feita da seguinte 
maneira:
– a.C. = Antes de Cristo, isto é, antes do nascimento de 
Cristo.
– d.C. = Depois de Cristo, isto é, o tempo depois do 
nascimento de Cristo. Também aparece em algumas 
obras como “a.D.”, proveniente da expressão latina 
Anno Domini, isto é, ano do Senhor, em alusão ao 
nascimento de Cristo.
6. Manuseio do volume sagrado. Obtenha completo 
domínio do manuseio da Bíblia, a fim de encontrar com 
rapidez qualquer referência bíblica. Jesus fazia assim. 
Em Lucas 4.17 diz que Ele “achou o lugar onde estava 
escrito”. Ora, naquele tempo, isso era muito mais difícil 
do que hoje, com o avanço da indústria gráfica e dos 
recursos tecnológicos.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
53EXERCÍCIOS
Associe a coluna “A” à coluna “B”.
Coluna “A”
___2.25 Abreviatura de 1 João capítulo 2, versículo 4.
___2.26 Abreviatura de Filemom, versículo 14.
___2.27 Conjunto de palavras contidas numa passagem.
___2.28 É a conexão direta sobre determinado assunto.
___2.29 É uma conexão indireta entre assuntos; é uma ilação ou 
dedução.
___2.30 As expressões a.C. e d.C. indicam o tempo em relação ao 
nascimento de Cristo.
Coluna “B”
A. Texto.
B. Fm v. 14.
C. Inferência.
D. 1 Jo 2.4.
E. Antes e depois.
F. Referência.
Assinale com “x” a alternativa correta.
2.31 Nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, isto é, nomes 
canônicos.
___a) Livro do Senhor e Palavra do Senhor.
___b) Palavra de Deus e Oráculos de Deus.
___c) Escrituras e Sagradas Escrituras.
___d) Todas as alternativas estão corretas.
2.32 Os livros do Antigo Testamento, conforme seu agrupamento por 
assuntos, são classificados como:
Bibliologia I
54 ___a) História, Pentateuco e Profecia.
___b) Poesia, História e Geografia.
___c) Profecia, História e Poesia.
___d) Pentateuco, História, Poesia e Profecia.
2.33 Em o Novo Testamento, além do Livro da Revelação, ou Apoca-
lipse, classificado como Profecia, encontramos os seguintes grupos:
___a) Biografia, História e Lei
___b) História e Epístolas.
___c) Epístolas, História e Profecia.
___d) Biografia, História e Epístolas.
2.34 A divisão da Bíblia em capítulos foi feita em 1250 d.C., pelo Cardeal
___a) Hugo de Saint-Cher.
___b) D. Jaime de Barros Câmara.
___c) Lavoisier.
___d) Nenhuma das alternativas está correta.
2.35 Além de indicar o livro, capítulo e versículo, é também a conexão 
direta sobre determinado assunto.
___a) Texto.
___b) Inferência.
___c) Referência.
___d) Contexto.
REVISÃO DA LIÇÃO
Associe a coluna “A” à coluna “B”.
Coluna “A”
___2.36 Materiais com que eram feitos os livros antigos.
___2.37 Formato original dos livros da Bíblia.
___2.38 A Bíblia é “a revelação de Deus à humanidade”.
___2.39 Possui 66 livros escritos por 40 autores, em 16 séculos.
Lição 2 - A Bíblia com
o Livro
55___2.40 Do grego diatheke, significa aliança ou concerto.
 ___2.41 Lei, História, Poesia, Profecia.
___2.42 O tema central da Bíblia
___2.43 Com referência a Jesus, resumem os 66 livros da Bíblia.
Coluna “B”
A. Divisões do AT.
B. Testamento.
C. Rolos.
D. Bíblia.
E. Jesus.
F. Definição canônica da Bíblia.
G. Preparação,Manifestação, Explanação, Consumação.
H. Papiro e pergaminho.
Marque “C” para certo e “E” para errado.
___2.44 O Novo Testamento foi escrito em grego clássico, o dos 
eruditos.
___2.45 Biografia, História, Epístolas e Profecia são as divisões do 
Novo Testamento.
___2.46 Texto é o conjunto de palavras contidas numa passagem, e 
contexto é a parte anterior e posterior ao texto em relevo.
___2.47 Além de indicar o livro, capítulo e versículo, a referência é 
também a conexão direta sobre determinado assunto.

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