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Caderno de Revisao - Questoes-2

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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE REVISÃO 
QUESTÕES 
 
SEMANA 03 
 
 
 
 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
2 
 
QUESTÕES 
 
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Segundo a teoria causal-naturalista, a conduta é tida como um movimento corporal voluntário que produz 
uma modificação no mundo exterior. Por outro lado, para os finalistas, a ação consiste na atividade humana 
dirigida a um fim, não se exigindo a ocorrência de um resultado naturalístico. 
 
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Segundo a teoria causal-naturalista, o tipo penal é formado por elementos objetivos e subjetivos. 
 
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Para o finalismo a culpabilidade baseia-se na teoria normativa pura, formada por imputabilidade, potencial 
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não fazem parte da culpabilidade. 
 
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Na concepção finalista o dolo é natural visto que apenas se constitui dos elementos consciência e vontade. 
Em contrapartida, para os causalistas, o dolo é normativo, sendo composto por consciência, vontade e 
consciência da ilicitude do fato. 
 
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
É exemplo de crime permanente o sequestro. 
 
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
3 
 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
O Código Penal tipifica como crime a conivência. Assim, mesmo que não tenha o dever de evitar o resultado, 
o agente que não intervém para fazer cessar o delito de que tem conhecimento pratica crime. 
 
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
A elementar do crime de peculato se comunica aos coautores e partícipes estranhos ao serviço público. 
 
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
Prevalece na doutrina que o Código Penal, no que se refere à participação, adotou a teoria da acessoriedade 
máxima. 
 
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
 
10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação ao concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
O concurso de pessoas tem como requisitos a pluralidade de condutas e agentes, a relevância causal das 
condutas, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade do fato. 
 
11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com decisões dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo: 
 
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que 
haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral. 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
4 
 
 
12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os 
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o 
item abaixo: 
 
A Teoria do Esboço do Resultado é uma exceção utilizada pela jurisprudência para afastar a aplicação da 
Teoria da Atividade, regra estabelecida no artigo 70 do Código de Processo Penal. 
 
13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os 
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o 
item abaixo: 
 
A competência de crimes cibernéticos contra a honra é, em regra, do local em que o sistema eletrônico ligado 
à rede mundial de computadores é alimentado. 
 
14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e 
expressa previsão legal: 
 
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no 
Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil. 
 
15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, julgue o item abaixo: 
 
A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de 
suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça Federal. 
 
16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
5 
 
Para a incidir a majorante do art. 40, V, da Lei n. 11.343/06 (... V - caracterizado o tráfico entre Estados da 
Federação ou entre estes e o Distrito Federal;), não é necessária a efetiva transposição das fronteiras 
estaduais, bastando apenas demonstrar a inequívoca intenção de realizar o tráfico interestadual, e, se além 
dela, houver a incidência de outra circunstância majorante elencada no mesmo artigo, é possível a aplicação 
de acréscimo acima da fração mínima (1/6) com base apenas no número de causas de aumento identificadas. 
 
17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei n. 11.343/2006 e com o entendimento jurisprudencial acerca do assunto, julgue o item 
abaixo: 
 
Não se admite-se a aplicação cumulativa, por configurar o bis in idem, das causas de aumento relativas à 
transnacionalidade e à interestadualidade do delito (incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas), quando 
evidenciado que a droga oriunda do exterior se destina a mais de um estado da federação, sendo a intenção 
dos autores distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país. 
 
18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
É desproporcional que as condenações anteriores pelo crime do art. 28 da Lei n. 11.343/06 gerem os efeitos 
da reincidência no julgamento de outros crimes. No entanto, quando cometido no interior de 
estabelecimento prisional, constitui falta grave. 
 
19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve 
responder pela conduta autônoma prevista no art. 36 da Lei n. 11.343/06, e não pelo crime do art. 33, caput, 
com a causa de aumento do art. 40, VII (VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.). Admite-se a 
aplicação do princípio da consunção entre os delitos do art. 33, § 1°, e do art. 34, desde que não caracterizada 
a existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma 
distinta. 
 
20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006), julgue o item abaixo: 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
6 
 
 
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado 
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar. 
 
21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando a Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), julgue o item abaixo: 
 
As armas de fogo apreendidas quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo 
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou 
doação aos órgãosde segurança pública ou às Forças Armadas. 
 
22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando a Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), julgue o item abaixo: 
 
A reincidência genérica é causa de aumento de pena pela metade no crime de Porte ilegal de arma de fogo 
de uso permitido. 
 
23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
A competência para a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e 
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território 
nacional é do Comando do Exército, e não da Polícia Federal. 
 
24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
Há previsão de causa de aumento da metade da pena para o crime de Tráfico Internacional de armas de fogo, 
quando envolver material de uso proibido ou restrito. O mesmo patamar se aplica para o crime de Comércio 
Ilegal de arma de fogo. 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
7 
 
 
25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
A competência para a concessão de autorização de porte de arma de fogo para seguranças de cidadãos 
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil é da Polícia Federal, e não do Comando do Exército. 
 
26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Quanto ao modo de elaboração, as constituições populares são caracterizadas por ser uma afirmação 
vitoriosa ao princípio democrático. 
 
27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
A constituição-garantia se caracteriza por prever metas, objetivos e programas de governo. 
 
28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Quanto à plasticidade, a constituição pode ser ortodoxa ou eclética. 
 
29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Não existe diferença entre a constituição no seu sentido formal ou material. 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
8 
 
 
30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca de Constituição, poder constituinte e princípios fundamentais, julgue o item abaixo: 
 
Embora se reconheça que o Brasil é um Estado democrático de direito, tal afirmação é uma construção 
doutrinária que não tem previsão constitucional expressa. 
 
31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
A denúncia pelo delito de lavagem deve ser instruída com indícios suficientes da existência da infração penal 
antecedente, sendo puníveis os fatos, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a 
punibilidade da infração penal antecedente. 
 
32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art. 1º da Lei nº 
9.613/98, não admite tentativa. 
 
33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada 
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública ou devolvidos aos seus proprietários, se 
houver interesse na sua conservação. 
 
34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
A pena será aumentada, de um a dois terços, se a lavagem for cometida de forma reiterada ou por intermédio 
de organização criminosa. 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
9 
 
35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
No processo que apure o delito de lavagem de dinheiro, se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 
 
36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
A omissão estatal exige nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o 
poder público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. 
 
37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
Cabe indenização em decorrência da morte de preso dentro da própria cela, em razão da responsabilidade 
objetiva do Estado. 
 
38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
Os atos legislativos não acarretam responsabilidade extracontratual para o Estado. 
 
39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
Excepcionalmente, o estado pode responder civilmente por atos jurisdicionais. 
 
40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
O Estado tem direito de regresso contra o agente causador do dano, quando este agiu com dolo ou culpa. 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
10 
 
 
41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que concerne à distinção nominativa atribuída aos Direitos Humanos e Fundamentais, julgue o item 
abaixo: 
 
Direitos humanos fundamentais ou direitos fundamentais são aqueles assegurados dentro de um 
ordenamento jurídico interno, pelas autoridades político-legislativas de cada nação. 
 
42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
Norberto Bobbio é considerado o maior expoente da corrente jusnaturalista de fundamentação dos direitos 
humanos. 
 
43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
A teoria jusnaturalista de fundamentação dos direitos humanos tem o mérito de ser compatível com a ideia 
de mutabilidade do catálogo de direitos humanos. 
 
44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
A teoria positivista de fundamentação dos direitos humanos é aceita sem maiores críticas. 
 
45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ensina Canotilho que os Direitos humanos desempenham quatro funções fundamentais: função de liberdade, 
função de prestação social, função de proteção diante de terceiros e função de não discriminação. Com base 
no exposto, julgue o item abaixo: 
 
A função de prestação social está associada à exigência de providências estatais voltadas à proteção dos 
titulares de direitos humanos em face da violação perpetrada por terceiros. 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
11 
 
46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTAA Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
 
Somente é possível o IDC nas hipóteses de casos de natureza penal. 
 
47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
“O Brasil tem uma taxa de superlotação carcerária de 166%. São 729.949 presos, sendo que existem vagas 
em presídios para 437.912 pessoas. Os dados são do estudo ‘Sistema Prisional em Números’, divulgado nesta 
terça-feira (21/08/2019) pela comissão do Ministério Público responsável por fazer o controle externo da 
atividade policial. A situação mais crítica é na região Norte, onde a superlotação atingiu a taxa de 200%. A 
região com a menor taxa é a Sul, com 130%. Os números são todos de 2018.” 
 
É público e notório que o Brasil vem descumprindo tanto a Constituição da República quanto a Lei de 
Execução Penal no tocante ao sistema prisional, violando, também, normas internacionais de proteção de 
direitos humanos das pessoas privadas de liberdade, como as Regras Mínimas das Nações Unidas para o 
Tratamento de Presos (“Regras de Mandela”), recentemente atualizadas. Feitas estas considerações, julgue 
o item abaixo: 
 
Segundo as Regras de Mandela, as instalações de banho e duche devem ser suficientes para que todos os 
reclusos possam, quando desejem ou lhes seja exigido, tomar banho ou ducha a uma temperatura adequada 
ao clima, tão frequentemente quanto necessário à higiene geral, de acordo com a estação do ano e a região 
geográfica, mas pelo menos uma vez por semana num clima temperado. 
 
48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
 
Possuem legitimidade concorrente para o IDC o Procurador-Geral de Justiça do Estado em que tramita o caso 
e o Procurador-Geral da República. 
 
49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
12 
 
 
O deslocamento da competência será proposto na fase pré-processual, sendo possível sua implementação 
até o limite máximo do recebimento da denúncia. 
 
50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal fixou tese de repercussão geral ao julgar recurso 
extraordinário interposto por familiares de um pescador que pleteia indenização por parte da República 
Federal da Alemanha por sua morte, em 1943, quando um barco pesqueiro foi afundado por um 
submarino alemão na costa brasileira. O ataque foi contra o barco pesqueiro Changri -lá e matou dez 
pescadores em julho de 1943, durante a II Guerra Mundial, em mar territorial brasileiro, nas 
proximidades de Cabo Frio (RJ). 
À luz do entendimento fixado pelo STF, julgue o item abaixo: 
 
Os atos ilícitos praticados por Estados estrangeiros em violação a direitos humanos não gozam de imunidade 
de jurisdição. 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
13 
 
COMENTÁRIOS 
 
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Segundo a teoria causal-naturalista, a conduta é tida como um movimento corporal voluntário que produz 
uma modificação no mundo exterior. Por outro lado, para os finalistas, a ação consiste na atividade humana 
dirigida a um fim, não se exigindo a ocorrência de um resultado naturalístico. 
 
COMENTÁRIO 
Trata-se do conceito correto de conduta segundo a concepção causal-naturalista e finalista, 
respectivamente. 
 
Na concepção clássica de conduta, tida como mero processo causal destituído de finalidade, 
ela envolve um movimento corporal voluntário que produz uma modificação no mundo 
exterior perceptível pelos sentidos. 
Na concepção finalista, criada por Hans Welzel, a conduta é tida como comportamento 
humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim. 
GABARITO: Certo 
 
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Segundo a teoria causal-naturalista, o tipo penal é formado por elementos objetivos e subjetivos. 
 
COMENTÁRIO 
Para os causalistas o tipo penal é formado apenas pelo tipo objetivo, já que os elementos 
subjetivos do delito se encontram na culpabilidade. 
Para a teoria causalista, a ação é o movimento corpóreo voluntário que causa modificação no 
mundo exterior. Assim, a conduta é despida de finalidade, a qual é analisada no elemento 
culpabilidade 
A culpabilidade era psicológica, formada pelos elementos subjetivos dolo e culpa, e constituía 
o vínculo psíquico que ligava o agente ao fato por ele cometido. 
 
GABARITO: Errado 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
14 
 
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Para o finalismo a culpabilidade baseia-se na teoria normativa pura, formada por imputabilidade, potencial 
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não fazem parte da culpabilidade. 
 
COMENTÁRIO 
Para o finalismo, a ação consiste na atividade humana dirigida a um fim. Não há, portanto, 
necessidade de resultado naturalístico no conceito de ação, de modo que, conceito de ação 
finalista explica tanto os crimes de resultado material (homicídio) quanto os crimes que se 
consumam sem resultado material (porte ilegal de arma de fogo) 
O finalismo adotou a teoria normativa pura da culpabilidade, formada por imputabilidade, 
potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não 
fazem mais parte da culpabilidade, sendo transportados para o fato típico, mais precisamente 
dentro do substrato da conduta. 
Tal teoria foi adotada pelo Código Penal Brasileiro. 
 
GABARITO: Certo 
 
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
Na concepção finalista o dolo é natural visto que apenas se constitui dos elementos consciência e vontade. 
Em contrapartida, para os causalistas, o dolo é normativo, sendo composto por consciência, vontade e 
consciência da ilicitude do fato. 
 
COMENTÁRIO 
Para a concepção finalista, diz-se que o dolo é natural visto que é formado pelos elementos 
consciência e vontade. O elemento normativo do dolo (consciência da ilicitude) passa a figurar 
como elemento da culpabilidade. 
Tal teoria foi adotada pelo Código Penal Brasileiro. 
 
GABARITO: Certo 
 
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
45785
45785
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
15 
 
Em relação à teoria do crime, julgue o item abaixo: 
 
É exemplo de crime permanente o sequestro. 
 
COMENTÁRIO 
O crime previsto no art. 148 do CP é um exemplo de delito permanente, pois sua conduta se 
dilata no tempo, enquanto não cessada a atividade criminosa. 
 
GABARITO: Certo 
 
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
O Código Penal tipifica como crime a conivência. Assim, mesmo que não tenha o dever de evitar o resultado, 
o agente que não intervém para fazer cessar o delito de que tem conhecimento pratica crime. 
 
COMENTÁRIO 
A conivência corresponde à participação por omissão, quando o agente não tem o dever de evitar o 
resultado, nem tampouco aderiu à vontade criminosa do autor. Não é punível pela lei brasileira. É o 
chamado concurso absolutamente negativo. 
 
GABARITO: Errado 
 
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
A elementar do crime de peculato se comunica aos coautorese partícipes estranhos ao serviço público. 
 
COMENTÁRIO 
As elementares se comunicam, conforme previsão na CP, sendo exceção em relação as circunstâncias 
incomunicáveis. 
 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares 
do crime. 
 
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GABARITO: Certo 
 
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
Prevalece na doutrina que o Código Penal, no que se refere à participação, adotou a teoria da acessoriedade 
máxima. 
 
COMENTÁRIO 
Na doutrina pátria predomina o entendimento de ter o CP adotado a teoria da acessoriedade limitada 
que exige que o fato principal seja típico e ilícito para que o partícipe possa responder pelo crime. 
 
Temos as seguintes teorias da acessoriedade, segundo classificação doutrinária: 
1) Teoria da acessoriedade mínima: exige-se somente a prática, pelo autor, de fato típico, para que o 
partícipe possa ser punido. 
2) Teoria da acessoriedade limitada: para que o partícipe seja punido, é necessário que o autor tenha 
praticado fato típico e ilícito. 
3) Teoria da acessoriedade máxima: exige-se a prática de fato típico, ilícito e culpável pelo autor para que 
o partícipe possa ser punido. 
4) Teoria da hiperacessoriedade: só se pune a participação, se for praticado fato típico, ilícito, culpável e 
punível. 
 
GABARITO: Errado 
 
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca do concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida 
de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; 
essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
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GABARITO: Certo 
 
10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação ao concurso de pessoas, julgue o item abaixo: 
 
O concurso de pessoas tem como requisitos a pluralidade de condutas e agentes, a relevância causal das 
condutas, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade do fato. 
 
COMENTÁRIO 
Para que se caracterize o concurso de pessoas é indispensável a presença de quatro requisitos: 
(A) Pluralidade de agentes e de condutas: são necessárias duas ou mais pessoas realizando a conduta 
típica. 
(B) Relevância causal das condutas: Se algum dos agentes praticar um ato sem eficácia causal, não haverá 
concurso de pessoas em relação a ele. 
(C) Liame subjetivo entre os agentes: deve haver a vontade de colaborar para o mesmo crime 
(homogeneidade de elemento subjetivo). 
(D) Identidade de infração penal: todos os concorrentes devem contribuir para o mesmo evento. 
 
GABARITO: Certo 
 
11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com decisões dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo: 
 
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que 
haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral. 
 
COMENTÁRIO 
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda 
que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral. Caso concreto: o ex-
Governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, com colaboração de outros agentes políticos, teria 
desviado recursos públicos e utilizado esse dinheiro para financiar sua campanha de reeleição no ano de 
1998. Vale ressaltar que esse dinheiro utilizado na campanha não teria sido contabilizado na prestação de 
contas, caracterizando aquilo que se chama, na linguagem popular, de “caixa dois”. 
 
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Em tese, o agente teria praticado os seguintes crimes: a) corrupção passiva (art. 317 do CP); b) falsidade 
ideológica (art. 350 do Código Eleitoral); c) lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/98). 
 
Dois crimes são de competência da Justiça Estadual Comum e um deles da Justiça Eleitoral. Como ficará a 
competência para julgar estes delitos? Serão julgados separadamente ou juntos? Qual será a Justiça 
competente? Justiça ELEITORAL. 
 
Competirá à Justiça Eleitoral julgar todos os delitos. Segundo entende o STF: Compete à Justiça Eleitoral 
julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos (Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco 
Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019). 
 
Ocorre que, no caso concreto, há uma peculiaridade: ainda durante o inquérito, ficou reconhecida a 
prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime eleitoral. Logo, houve arquivamento do inquérito 
no que tange ao crime eleitoral. Diante disso, indaga-se: mesmo assim, a Justiça Eleitoral continuará sendo 
competente para julgar os demais delitos? SIM. 
 
Mesmo operada a prescrição quanto ao crime eleitoral, subsiste a competência da Justiça Eleitoral. Trata-
se de aplicação lógica do disposto no art. 81 do CPP. 
STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/6/2021 (Info 1024). 
 
GABARITO: Certo 
 
12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os 
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o 
item abaixo: 
 
A Teoria do Esboço do Resultado é uma exceção utilizada pela jurisprudência para afastar a aplicação da 
Teoria da Atividade, regra estabelecida no artigo 70 do Código de Processo Penal. 
 
COMENTÁRIO 
De fato, a jurisprudência vem aplicando de forma eficaz a Teoria do Esboço do Resultado, principalmente 
em crimes de homicídio, por uma questão de facilidade probatória, quando a conduta se desenvolve em 
um lugar e o resultado do tipo penal ocorre em outo: 
 
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Supremo Tribunal Federal: “a jurisprudência tem admitido exceções a essa regra, nas hipóteses 
em que o resultado morte ocorrer em lugar diverso daquele onde se iniciaram os atos executórios, 
determinando-se que a competência poderá ser do local onde os atos foram inicialmente 
praticados. Tendo em vista a necessidade de se facilitar a apuração dos fatos e a produção de 
provas, bem como garantir que o processo possa atingir à sua finalidade primordial, qual seja, a 
busca da verdade real, a competência pode ser fixada no local de início dos atos executórios.” (HC 
95.853/RJ, julgado em 11/09/2012). 
 
Não obstante, a aplicação afasta a Teoria do Resultado, utilizada como regra pelo CPP, e não a Teoria da 
Atividade (utilizada excepcionalmente, em casos de tentativa). 
 
Obs.: Os procedimentos do JECRIM e do ECA (atos infracionais) adotam como padrão de competência o 
local da infração, logo, seguem a Teoria da Atividade. 
 
GABARITO: Errado 
 
13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os 
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o 
item abaixo: 
 
A competência de crimes cibernéticos contra a honra é, em regra, do local em que o sistema eletrônico ligado 
à rede mundial de computadores é alimentado. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, os crimes praticados na internet, 
em geral, especialmente aqueles contra honra e racismo, entre outros, é do local onde é alimentado o 
sistema informatizado:Superior Tribunal de Justiça: “A determinação da competência territorial para a apuração de 
crimes contra a honra praticados na internet relaciona-se ao local no qual as redes sociais são 
alimentadas, no qual ocorre a divulgação do conteúdo supostamente ofensivo. Precedentes.” 
(APn 895/DF, DJe 07/06/2019); 
 
“Em recente decisão desta Terceira Seção ficou consolidado que é competente para julgamento 
de crimes cometidos pela internet o juízo do local onde as informações são alimentadas, sendo 
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irrelevante o local do provedor. Esse local deve ser aquele de onde efetivamente partiu a 
publicação do conteúdo, o que ocorre no próprio local do domínio em que se encontra a home 
Page, porquanto é ali que o titular do domínio alimenta o seu conteúdo, independentemente do 
local onde se hospeda o sítio eletrônico (provedor).” (CC 145.424/SP, 26/04/2016); 
 
“Cuidando-se de crime de racismo por meio da rede mundial de computadores, a consumação do 
delito ocorre no local de onde foram enviadas as manifestações racistas.” (CC 102.454/RJ, DJe 
15/04/2009). 
 
GABARITO: Certo 
 
14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e 
expressa previsão legal: 
 
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no 
Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil. 
 
COMENTÁRIO 
Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere foro privilegiado a 
Delegado Geral da Polícia Civil. 
 
A autonomia dos estados para dispor sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, 
não pode ficar ao arbítrio político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal. 
STF. Plenário. ADI 5591/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/3/2021 (Info 1010). 
 
À luz do disposto no art. 125, § 1º, da Constituição Federal, o constituinte estadual possui legitimidade 
para fixar a competência do Tribunal de Justiça e, por conseguinte, estabelecer a prerrogativa de foro 
às autoridades que desempenham funções similares na esfera federal. 
 
O poder dos Estados-membros de definirem, em suas constituições, a competência dos tribunais de 
justiça está limitado pelos princípios da Constituição Federal (arts. 25, § 1º, e 125, § 1º). 
 
Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere foro privilegiado a 
Delegado Geral da Polícia Civil. 
 
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A autonomia dos estados para dispor sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, 
não pode ficar ao arbítrio político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal. 
 
No caso concreto, a CF/88 não prevê foro por prerrogativa de função para o Delegado-Geral da Polícia 
Federal, por exemplo. Logo, a instituição de foro por prerrogativa de função para o Delegado Geral da 
Polícia Civil não encontra simetria no modelo federal. 
 
GABARITO: Certo 
 
15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, julgue o item abaixo: 
 
A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de 
suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça Federal. 
 
COMENTÁRIO 
Essa é a tese de jurisprudência fixada pelo STJ (edição nº 72 – competência criminal): 
 
“19) A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da 
União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça 
Federal (art. 109, IV, da CF/88).” 
 
GABARITO: Certo 
 
16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
Para a incidir a majorante do art. 40, V, da Lei n. 11.343/06 (...V - caracterizado o tráfico entre Estados da 
Federação ou entre estes e o Distrito Federal;), não é necessária a efetiva transposição das fronteiras 
estaduais, bastando apenas demonstrar a inequívoca intenção de realizar o tráfico interestadual, e, se além 
dela, houver a incidência de outra circunstância majorante elencada no mesmo artigo, é possível a aplicação 
de acréscimo acima da fração mínima (1/6) com base apenas no número de causas de aumento identificadas. 
 
COMENTÁRIO 
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De fato, seja para o tráfico internacional (inciso I do artigo 40), seja para o tráfico interestadual (inciso V 
do artigo 40), é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a prova de destinação 
internacional das drogas ou a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
No entanto, o erro da assertiva encontra-se na segunda parte, porquanto a aplicação das majorantes 
previstas no art. 40 da Lei de Drogas exige motivação concreta, quando estabelecida acima da fração 
mínima, não sendo suficiente a mera indicação do número de causas de aumento. 
 
GABARITO: Errado 
 
17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei n. 11.343/2006 e com o entendimento jurisprudencial acerca do assunto, julgue o item 
abaixo: 
 
Não se admite-se a aplicação cumulativa, por configurar o bis in idem, das causas de aumento relativas à 
transnacionalidade e à interestadualidade do delito (incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas), quando 
evidenciado que a droga oriunda do exterior se destina a mais de um estado da federação, sendo a intenção 
dos autores distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país. 
 
COMENTÁRIO 
O STJ, ao contrário do que dispõe a assertiva, entende ser possível a referida aplicação cumulativa, sem 
que ocorra bis in idem, desde que presentes as circunstâncias descritas na questão. Confira: “PENAL E 
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS. 
TRANSNACIONALIDADE E INTERESDUALIDADE. APLICAÇÃO CUMULATIVA DAS MAJORANTES. CABIMENTO 
APENAS QUANDO A DROGA ORIUNDA DO EXTERIOR SE DESTINE AO COMÉRCIO EM MAIS DE UM ESTADO 
DA FEDERAÇAO. RECONHECIMENTO DE QUE HOUVE MERO TRANSPORTE DO ENTORPECENTE ATÉ O 
DESTINO. IMPOSSIBILIDADE DA INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO PREVISTA NO ART. 40, INCISO V, DA 
LEI N.º 11.343/2006. I – É cabível a aplicação cumulativa das causas de aumento relativas à 
transnacionalidade e à interestadualidade do delito, previstas nos incisos I e V do art. 40 da Lei de 
Drogas, quando evidenciado que a droga proveniente do exterior se destina a mais de um estado da 
federação, sendo o intuito dos agentes distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade 
do país. Contudo, entendeu o acórdão recorrido não ser esta a hipótese. A droga que se destina à unidade 
federativa que não seja de fronteira, necessariamente percorrerá mais de um estado. Porém, inexistindo 
difusão ilícita do entorpecente no caminho e comprovado que toda droga será comercializada em um 
mesmo estado, de fato, não resta configurado o tráfico interestadual. Precedentes. II – Nessa linha de 
raciocínio, quando não há difusão ilícita de drogas em mais de uma unidade federativa, o mero transporte 
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de entorpecente por estados fronteiriços até o destino final, como na presente hipótese, é apto a 
configurar apenas a transnacionalidade do tráfico. Agravo regimental desprovido” (AgRg no REsp 
1744207/TO, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe 01/08/2018). 
 
GABARITO: Errado 
 
18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
É desproporcionalque as condenações anteriores pelo crime do art. 28 da Lei n. 11.343/06 gerem os efeitos 
da reincidência no julgamento de outros crimes. No entanto, quando cometido no interior de 
estabelecimento prisional, constitui falta grave. 
 
COMENTÁRIO 
A jurisprudência caminhou no seguinte sentido: se as contravenções penais, puníveis com pena de prisão 
simples, não geram reincidência, mostra-se, portanto, desproporcional que condenação pelo crime do art. 
28 da Lei n. 11.343/2006 gerem os efeitos da reincidência, uma vez que sequer constitui pena privativa de 
liberdade. 
 
Outrossim, a posse de substância entorpecente para uso próprio continua sendo um crime doloso e, 
quando cometido no interior do estabelecimento prisional, configura falta grave, nos termos do art. 52 da 
Lei de Execução Penal - LEP (Lei n. 7.210/1984). 
 
GABARITO: Certo 
 
19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Em relação aos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, julgue o item abaixo: 
 
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve 
responder pela conduta autônoma prevista no art. 36 da Lei n. 11.343/06, e não pelo crime do art. 33, caput, 
com a causa de aumento do art. 40, VII (VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.). Admite-se a 
aplicação do princípio da consunção entre os delitos do art. 33, § 1°, e do art. 34, desde que não caracterizada 
a existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma 
distinta. 
 
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COMENTÁRIO 
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas 
deve responder pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com a incidência da causa 
de aumento de pena prevista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a 
conduta autônoma prevista no art. 36 da referida legislação. 
 
De fato, é possível a aplicação do princípio da consunção entre os crimes previstos no § 1º do art. 33 e/ou 
no art. 34 pelo tipificado no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, desde que não caracterizada a 
existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma 
distinta. 
 
GABARITO: Errado 
 
20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006), julgue o item abaixo: 
 
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado 
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar. 
 
COMENTÁRIO 
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado 
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar (STF, RHC 193153 
AgR/SP, DJe 28/01/2021). 
 
GABARITO: Certo 
 
21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando a Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), julgue o item abaixo: 
 
As armas de fogo apreendidas quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo 
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou 
doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. 
 
COMENTÁRIO 
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Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando 
não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do 
Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança 
pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
13.886, de 2019) 
 
GABARITO: Certo 
 
22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando a Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), julgue o item abaixo: 
 
A reincidência genérica é causa de aumento de pena pela metade no crime de Porte ilegal de arma de fogo 
de uso permitido. 
 
COMENTÁRIO 
Apenas a reincidência específica é causa de aumento de pena. 
 
Art. 20, Lei 10.826/03: "Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade 
se: (...) II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza”. 
 
GABARITO: Errado 
 
23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
A competência para a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e 
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território 
nacional é do Comando do Exército, e não da Polícia Federal. 
 
COMENTÁRIO 
A competência narrada é do Comando do Exército, segundo o Estatuto do Desarmamento: 
 
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Art. 9. Compete [...] ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a 
concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de 
representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional. 
 
GABARITO: Certo 
 
24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
Há previsão de causa de aumento da metade da pena para o crime de Tráfico Internacional de armas de fogo, 
quando envolver material de uso proibido ou restrito. O mesmo patamar se aplica para o crime de Comércio 
Ilegal de arma de fogo. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme previsto no Estatuto do Desarmamento, aplica-se a majorante de metade da pena para os 
crimes de Tráfico Internacional e Comércio Ilegal de arma de fogo (artigos 17 e 18), quando o objeto 
material dos delitos for armamento de uso proibido ou restrito: 
 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório 
ou munição forem de uso proibido ou restrito. 
 
GABARITO: Certo 
 
25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dispõe sobre o registro, a posse e a comercialização de 
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e também define diversos crimes 
específicos. Sobre esse relevante diploma legal, julgue o item abaixo: 
 
A competência para a concessão de autorização de porte de arma de fogo para seguranças de cidadãos 
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil é da Polícia Federal, e não do Comando do Exército. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo o Estatuto do Desarmamento: 
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Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela 
segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil [...]. 
 
GABARITO: Certo 
 
26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Quanto ao modo de elaboração, as constituições populares são caracterizadas por ser uma afirmação 
vitoriosa ao princípio democrático. 
 
COMENTÁRIO 
As constituições democráticas/populares/promulgadas pertencem a classificação relacionada à origem, 
ou seja, as forças responsáveis pelo surgimento da constituiçãoe não quanto ao modo de elaboração. 
 
CUIDADO: Além de saber as espécies de classificação, definição e distinção entre elas, é preciso saber os 
critérios de classificação, pois as bancas, com frequência, apresentam a espécie e definição corretas, mas 
atribuindo classificação errônea (tal como na assertiva). Também é preciso saber a classificação da CF 88 
conforme os diferentes critérios. 
 
GABARITO: Errado 
 
27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
A constituição-garantia se caracteriza por prever metas, objetivos e programas de governo. 
 
COMENTÁRIO 
A constituição-garantia é caracterizada como um simples instrumento de governo responsável pela 
definição de competências e regulação de processos (Canotilho, 1994). 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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A constituição programática é que se caracteriza por conter definidoras de tarefas, programas de ação 
a serem concretizadas pelos poderes públicos. 
 
GABARITO: Errado 
 
 
28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Quanto à plasticidade, a constituição pode ser ortodoxa ou eclética. 
 
COMENTÁRIO 
A plasticidade da constituição está relacionada à sua estabilidade, portanto é aferida com base na 
complexidade dos processos de sua alteração em comparação ao processo legislativo ordinário. Ela pode 
ser: imutável, fixa, rígida, super-rígida, semirrígida ou flexível. 
 
A classificação presente na alternativa se refere ao conteúdo ideológico (quanto à dogmática). 
 
GABARITO: Errado 
 
29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina 
constitucionalista, julgue o item abaixo: 
 
Não existe diferença entre a constituição no seu sentido formal ou material. 
 
COMENTÁRIO 
A constituição em sentido material é identificada por consagrar um conjunto de normas estruturantes 
de uma sociedade política, ou seja, disciplinam matérias típicas de Estado. Enquanto a constituição 
formal é um conjunto de normas formalizado de modo diverso do processo legislativo ordinário. Logo, 
há clara distinção entre o sentido formal e o sentido material de constituição. 
 
GABARITO: Errado 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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29 
 
30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca de Constituição, poder constituinte e princípios fundamentais, julgue o item abaixo: 
 
Embora se reconheça que o Brasil é um Estado democrático de direito, tal afirmação é uma construção 
doutrinária que não tem previsão constitucional expressa. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 
 
GABARITO: Errado 
 
31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
A denúncia pelo delito de lavagem deve ser instruída com indícios suficientes da existência da infração penal 
antecedente, sendo puníveis os fatos, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a 
punibilidade da infração penal antecedente. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 2º, § 1oA denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente, 
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta 
a punibilidade da infração penal antecedente. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012). 
 
GABARITO: Certo 
 
32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art. 1º da Lei nº 
9.613/98, não admite tentativa. 
 
COMENTÁRIO 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade 
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal. 
 
GABARITO: Errado 
 
33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada 
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública ou devolvidos aos seus proprietários, se 
houver interesse na sua conservação. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 7º, § 2 Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for 
decretada serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse na 
sua conservação. 
 
Logo, não há previsão de devolução aos proprietários. 
 
GABARITO: Errado 
 
34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
A pena será aumentada, de um a dois terços, se a lavagem for cometida de forma reiterada ou por intermédio 
de organização criminosa. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 1o, § 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos 
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. 
 
GABARITO: Certo 
 
35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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De acordo com a Lei 9.613/98, julgue o item abaixo: 
 
No processo que apure o delito de lavagem de dinheiro, se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 2º, § 2 No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei 
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não comparecer 
nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação 
de defensor dativo. 
 
ATENÇÃO! Trata-se de procedimento específico previsto na Lei 9.613/98, que difere da regra geral do CPP. 
 
GABARITO: Errado 
 
36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
A omissão estatal exige nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o 
poder público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo o STF, o Estado responde de forma objetiva pelas suas omissões específicas. No entanto, o nexo 
de causalidade entre essas omissões e os danos sofridos pelos particulares só restará caracterizado quando 
o Poder Público tinha o dever legal específico de agir para impedir o evento danoso e mesmo assim não 
cumpriu essa obrigação legal. Assim, o Estado responde de forma objetiva pelas suas omissões, desde que 
ele tivesse obrigação legal específica de agir para impedir que o resultado danoso ocorresse. A isso se 
chama de "omissão específica" do Estado. Dessa forma, para que haja responsabilidade civil no caso de 
omissão, deverá haver uma omissão específica do Poder Público (STF. Plenário. RE 677139 AgR-EDv-AgR, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 22/10/2015). 
 
GABARITO: Certo 
 
37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
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Cabe indenização em decorrência da morte de preso dentro da própria cela, em razão da responsabilidade 
objetiva do Estado. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme a jurisprudência doSTJ: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO NO CASO DE SUICÍDIO DE DETENTO. 
A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e indenização por danos morais no caso 
de morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisional mantido pelo Estado. 
Nessas hipóteses, não é necessário perquirir eventual culpa da Administração Pública. Na verdade, a 
responsabilidade civil estatal pela integridade dos presidiários é objetiva em face dos riscos inerentes ao 
meio no qual foram inseridos pelo próprio Estado. Assim, devem ser reconhecidos os referidos direitos em 
consideração ao disposto nos arts. 927, parágrafo único, e 948, II, do CC. AgRg no REsp 1.305.259-SC, Rel. 
Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/4/2013. 
 
GABARITO: Certo 
 
38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
Os atos legislativos não acarretam responsabilidade extracontratual para o Estado. 
 
COMENTÁRIO 
Em regra, a atuação legislativa realmente não acarreta responsabilidade civil do Estado, já que o caráter 
genérico e abstrato das normas jurídicas afasta a configuração dos efeitos (danos) individualizados, 
principal óbice à responsabilidade civil. 
 
Contudo, conforme a doutrina e jurisprudência, a responsabilidade civil por atos legislativos pode surgir 
em quatro situações excepcionais: 
1) Leis com danos desproporcionais; 
2) Leis de efeitos concretos; 
3) Leis inconstitucionais; 
4) Omissão legislativa. 
 
GABARITO: Errado 
 
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39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
Excepcionalmente, o estado pode responder civilmente por atos jurisdicionais. 
 
COMENTÁRIO 
Via de regra, em se tratando de exercício da função jurisdicional, descabe falar em responsabilidade do 
Estado por três argumentos: 
i. Recorribilidade das decisões judiciais e a coisa julgada; 
ii. Soberania; 
iii. Independência do magistrado. 
 
Obs.: Quando exerce função administrativa atípica há responsabilidade objetiva. 
 
Contudo, a responsabilidade do Estado por atos judiciais pode ocorrer, de forma excepcional, em três 
hipóteses: 
1) Erro Judiciário: deve ser erro substancial e inescusável. 
2) Prisão além do tempo fixado na sentença 
3) Demora na prestação jurisdicional: erro judiciário praticado por omissão, que causa dano 
desproporcional. 
 
Nesse sentido, inclusive, há previsão constitucional: 
 
CF. Art. 5º. LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim 
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
 
GABARITO: Certo 
 
40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Quanto ao tema da responsabilidade civil do Estado, julgue o item abaixo: 
 
O Estado tem direito de regresso contra o agente causador do dano, quando este agiu com dolo ou culpa. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme previsão na CF/88: 
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Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
GABARITO: Certo 
 
41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que concerne à distinção nominativa atribuída aos Direitos Humanos e Fundamentais, julgue o item 
abaixo: 
 
Direitos humanos fundamentais ou direitos fundamentais são aqueles assegurados dentro de um 
ordenamento jurídico interno, pelas autoridades político-legislativas de cada nação. 
 
COMENTÁRIO 
Direitos humanos fundamentais ou direitos fundamentais são aqueles assegurados dentro de um 
ordenamento jurídico interno pelas autoridades político-legislativas de cada Estado-Nação. 
 
GABARITO: Certo 
 
42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
Norberto Bobbio é considerado o maior expoente da corrente jusnaturalista de fundamentação dos direitos 
humanos. 
 
COMENTÁRIO 
Quando se fala em fundamentação dos direitos humanos, busca-se a sua razão justificativa ou a sua fonte 
legitimadora. Trata-se de um assunto mais ligado à Filosofia do Direito do que, especificamente, ao Direito 
Internacional dos Direitos Humanos. Existem diversas teorias que se propõem a fundamentar os direitos 
humanos, sendo as principais a jusnaturalista e a positivista, havendo, ainda, a teoria negacionista. 
 
Para a teoria negacionista, cujo maior expoente é Norberto Bobbio, é impossível encontrar um 
fundamento único ou absoluto para os direitos humanos, e isso por pelo menos três razões: 1) a expressão 
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“direitos humanos” é muito vaga e desprovida de consenso quanto ao seu significado; 2) trata-se de uma 
categoria que varia conforme a sua evolução histórica; e 3) os direitos humanos formam uma categoria 
heterogênea. Por isso, Bobbio afirma que “o problema grave do nosso tempo, com relação aos direitos 
humanos, não é mais o de fundamentá-los e sim o de protegê-los”. 
 
Observem, portanto, Bobbio não é o maior expoente da teoria jusnaturalista, e sim da teoria 
negacionista. 
 
GABARITO: Errado 
 
43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
A teoria jusnaturalista de fundamentação dos direitos humanos tem o mérito de ser compatível com a ideia 
de mutabilidade do catálogo de direitos humanos. 
 
COMENTÁRIO 
Para a teoria jusnaturalista, o ser humano possui direitos naturais, anteriores e superiores ao Estado, sejam 
eles oriundos de Deus (escola de direito natural de razão divina) ou da natureza inerente do ser humano 
(escola de direito natural moderno). 
 
Se os direitos humanos são naturais, anteriores e superiores ao Estado, eles teriam nascido todos de uma 
vez só, o que não se compatibiliza com a ideia de que o catálogo de direitos humanos é mutável. 
 
Costuma-se apontar dois pontos frágeis da teoria jusnaturalista: a) não há possibilidade de comprovação 
empírica ou mesmo teórica dos direitos naturais; e b) há uma grande dificuldade em explicar a 
imutabilidade dos direitos naturais em razão da constante alteração do conteúdo de direitos essenciais ao 
indivíduo ao longo dos séculos. 
 
GABARITO: Errado 
 
44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre a teoria geral dos DH, julgue o item abaixo: 
 
A teoria positivista de fundamentação dos direitos humanos é aceita sem maiores críticas. 
 
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COMENTÁRIO 
Para a teoria positivista, não há que se falar em direito natural, anterior e superior ao Estado (como na 
teoria jusnaturalista), de modo que a fundamentação dos direitos humanos somente pode ser encontrada 
no ordenamento jurídico internacional (tratados, convenções, declarações etc.). 
 
Entre as críticas à teoria positivista, destaca-se a seguinte: aceita sem maiores questionamentos a não 
observância das normas internacionais de direitos humanos se não houver a aceitação ou incorporação 
da norma pela ordem interna de um Estado. 
 
Logo, atenção: a teoria positivista não é totalmente aceita, sem maiores críticas. 
 
GABARITO: Errado 
 
45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ensina Canotilho que os Direitos humanos desempenham quatro funções fundamentais: função de liberdade, 
função de prestação social, função de proteção diante de terceiros e função de não discriminação. Com base 
no exposto, julgue o item abaixo: 
 
A função de prestação social está associada à exigência de providências estatais voltadas à proteção dos 
titulares de direitos humanos em face da violação perpetrada por terceiros. 
 
COMENTÁRIOA função de prestação social está associada aos direitos humanos cuja otimização dependa de providência 
positivas do Estado: saúde, educação, etc. 
 
A função da proteção perante terceiros exige providências estatais voltadas à proteção dos titulares de 
direitos humanos em face da violação perpetrada por terceiros. 
 
GABARITO: Errado 
 
46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
 
Somente é possível o IDC nas hipóteses de casos de natureza penal. 
 
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COMENTÁRIO 
Muito embora o mais comum sejam IDC’s de natureza penal, sua abrangência refere-se aos feitos cíveis 
e criminais, bem como de qualquer espécie de direitos humanos (abarcando todas as gerações de 
direitos), desde que se refiram a casos de “graves violações” de tais direitos. 
 
Importante ressaltar, ainda, que no julgamento do IDC nº. 01 (Caso Dorothy Stang), o STJ entendeu que 
não basta a grave violação de direitos humanos, devendo ser demonstrado no caso concretamente o risco 
de descumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais firmados pelo Brasil, resultante 
da inércia, negligência, falta de vontade política ou de condições reais do Estado-membro, por suas 
instituições, em proceder à devida persecução penal. Confira-se: 
 
“CONSTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO DOLOSO QUALIFICADO. (VÍTIMA IRMÃ 
DOROTHY STANG). CRIME PRATICADO COM GRAVE VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS. INCIDENTE DE 
DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA – IDC. INÉPCIA DA PEÇA INAUGURAL. NORMA CONSTITUCIONAL DE 
EFICÁCIA CONTIDA. PRELIMINARES REJEITADAS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E À 
AUTONOMIA DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. RISCO 
DE DESCUMPRIMENTO DE TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELO BRASIL SOBRE A MATÉRIA NÃO 
CONFIGURADO NA HIPÓTESE. INDEFERIMENTO DO PEDIDO. 1. Todo homicídio doloso, 
independentemente da condição pessoal da vítima e/ou da repercussão do fato no cenário nacional ou 
internacional, representa grave violação ao maior e mais importante de todos os direitos do ser humano, 
que é o direito à vida, previsto no art. 4º, nº 1, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, da qual 
o Brasil é signatário por força do Decreto nº 678, de 6/11/1992, razão por que não há falar em inépcia da 
peça inaugural. 2. Dada a amplitude e a magnitude da expressão “direitos humanos”, é verossímil que o 
constituinte derivado tenha optado por não definir o rol dos crimes que passariam para a competência da 
Justiça Federal, sob pena de restringir os casos de incidência do dispositivo (CF, art. 109, § 5º), afastando-
o de sua finalidade precípua, que é assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais firmados pelo Brasil sobre a matéria, examinando-se cada situação de fato, suas 
circunstâncias e peculiaridades detidamente, motivo pelo qual não há falar em norma de eficácia limitada. 
Ademais, não é próprio de texto constitucional tais definições. 3. Aparente incompatibilidade do IDC, 
criado pela Emenda Constitucional nº 45/2004, com qualquer outro princípio constitucional ou com a 
sistemática processual em vigor deve ser resolvida aplicando-se os princípios da proporcionalidade e da 
razoabilidade. 4. Na espécie, as autoridades estaduais encontram-se empenhadas na apuração dos fatos 
que resultaram na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, com o objetivo de punir os 
responsáveis, refletindo a intenção de o Estado do Pará dar resposta eficiente à violação do maior e mais 
importante dos direitos humanos, o que afasta a necessidade de deslocamento da competência originária 
para a Justiça Federal, de forma subsidiária, sob pena, inclusive, de dificultar o andamento do processo 
criminal e atrasar o seu desfecho, utilizando-se o instrumento criado pela aludida norma em desfavor de 
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RETA FINAL 
 
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seu fim, que é combater a impunidade dos crimes praticados com grave violação de direitos humanos. 5. 
O deslocamento de competência – em que a existência de crime praticado com grave violação aos direitos 
humanos é pressuposto de admissibilidade do pedido – deve atender ao princípio da proporcionalidade 
(adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito), compreendido na demonstração 
concreta de risco de descumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais firmados pelo 
Brasil, resultante da inércia, negligência, falta de vontade política ou de condições reais do Estado-
membro, por suas instituições, em proceder à devida persecução penal. No caso, não há a cumulatividade 
de tais requisitos, a justificar que se acolha o incidente. 6. Pedido indeferido, sem prejuízo do disposto no 
art. 1º, inc. III, da Lei nº 10.446, de 8/5/2002.” (STJ, IDC nº. 01/PA, Terceira Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves 
Lima, j. em 08.06.2005). 
 
GABARITO: Errado 
 
47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
“O Brasil tem uma taxa de superlotação carcerária de 166%. São 729.949 presos, sendo que existem vagas 
em presídios para 437.912 pessoas. Os dados são do estudo ‘Sistema Prisional em Números’, divulgado nesta 
terça-feira (21/08/2019) pela comissão do Ministério Público responsável por fazer o controle externo da 
atividade policial. A situação mais crítica é na região Norte, onde a superlotação atingiu a taxa de 200%. A 
região com a menor taxa é a Sul, com 130%. Os números são todos de 2018.” 
 
É público e notório que o Brasil vem descumprindo tanto a Constituição da República quanto a Lei de 
Execução Penal no tocante ao sistema prisional, violando, também, normas internacionais de proteção de 
direitos humanos das pessoas privadas de liberdade, como as Regras Mínimas das Nações Unidas para o 
Tratamento de Presos (“Regras de Mandela”), recentemente atualizadas. Feitas estas considerações, julgue 
o item abaixo: 
 
Segundo as Regras de Mandela, as instalações de banho e duche devem ser suficientes para que todos os 
reclusos possam, quando desejem ou lhes seja exigido, tomar banho ou ducha a uma temperatura adequada 
ao clima, tão frequentemente quanto necessário à higiene geral, de acordo com a estação do ano e a região 
geográfica, mas pelo menos uma vez por semana num clima temperado. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo as Regras de Mandela (Regra 16), “As instalações de banho e duche devem ser suficientes para 
que todos os reclusos possam, quando desejem ou lhes seja exigido, tomar banho ou duche a uma 
temperatura adequada ao clima, tão frequentemente quanto necessário à higiene geral, de acordo com a 
estação do ano e a região geográfica, mas pelo menos uma vez por semana num clima temperado”. 
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Por fim, cabe apenas ressaltar que as Regras de Mandela possuem natureza de soft law, não sendo 
vinculativas nem obrigatórias para os Estados. 
 
GABARITO: Certo 
 
48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
 
Possuem legitimidade concorrente para o IDC o Procurador-Geral de Justiça do Estado em que tramita o caso 
e o Procurador-Geral da República. 
 
COMENTÁRIO 
A motivação para a criação do IDC foi o Direito Internacional, que não admite que o Estado justifique o 
descumprimento de determinada obrigação em nome do respeito a “competências internas de entes 
federados”. O Estado Federal é uno para o Direito Internacional e passível de responsabilização, mesmo 
quando o fato internacionalmente ilícitoseja da atribuição interna de um Estado-membro da Federação. 
Esse entendimento é parte integrante do Direito dos Tratados e do Direito Internacional costumeiro. Com 
isso, o IDC decorre da internacionalização dos direitos humanos e, em especial, do dever internacional 
assumido pelo Estado brasileiro de estabelecer recursos internos eficazes e de duração razoável. 
 
A previsão do IDC está no art. 109, V-A e § 5º. Vejamos: “Aos juízes federais compete processar e julgar: 
(...) V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (...)§ 5º Nas hipóteses 
de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o 
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil 
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou 
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.” 
 
GABARITO: Errado 
 
49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A Emenda Constitucional nº. 45/2004 introduziu o § 5º no art. 109 da Constituição da República, prevendo o 
denominado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A seu respeito, julgue o item abaixo: 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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O deslocamento da competência será proposto na fase pré-processual, sendo possível sua implementação 
até o limite máximo do recebimento da denúncia. 
 
COMENTÁRIO 
A previsão do IDC está no art. 109, V-A e § 5º. Vejamos: “Aos juízes federais compete processar e julgar: 
(...) V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (...)§ 5º Nas hipóteses 
de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o 
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil 
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou 
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.” 
 
GABARITO: Errado 
 
50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal fixou tese de repercussão geral ao julgar recurso 
extraordinário interposto por familiares de um pescador que pleteia indenização por parte da República 
Federal da Alemanha por sua morte, em 1943, quando um barco pesqueiro foi afundado por um 
submarino alemão na costa brasileira. O ataque foi contra o barco pesqueiro Changri -lá e matou dez 
pescadores em julho de 1943, durante a II Guerra Mundial, em mar territorial brasileiro, nas 
proximidades de Cabo Frio (RJ). 
À luz do entendimento fixado pelo STF, julgue o item abaixo: 
 
Os atos ilícitos praticados por Estados estrangeiros em violação a direitos humanos não gozam de imunidade 
de jurisdição. 
 
COMENTÁRIO 
Trata-se de tese de repercussão geral fixada pelo STF no dia 23/08/2021. Veja-se: 
 
Ementa 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL. DIREITOS HUMANOS. DIREITO 
INTERNACIONAL. ESTADO ESTRANGEIRO. ATOS DE IMPÉRIO. PERÍODO DE GUERRA. CASO CHANGRI-LÁ. 
DELITO CONTRA O DIREITO INTERNACIONAL DA PESSOA HUMANA. ATO ILÍCITO E ILEGÍTIMO. IMUNIDADE 
DE JURISDIÇÃO. RELATIVIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. ACESSO À JUSTIÇA. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS 
HUMANOS. ART. 4º, II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1. Controvérsia inédita no âmbito desta 
Suprema Corte, estando em questão a derrotabilidade de regra imunizante de jurisdição em relação a atos 
de império praticados por Estado soberano, por conta de graves delitos ocorridos em confronto à proteção 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 03/12 
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internacional da pessoa natural , nos termos do art. 4º, II e V, do Texto Constitucional. 2. A imunidade de 
jurisdição do Estado estrangeiro no direito brasileiro é regida pelo direito costumeiro. A jurisprudência do 
STF reconhece a divisão em atos de gestão e atos de império, sendo os primeiros passíveis de 
cognoscibilidade pelo Poder Judiciário e, mantida, sempre, a imunidade executória, à luz da Convenção de 
Viena sobre as Relações Diplomáticas (Dec. 56.435/1965). Precedentes. 3. O artigo 6, “b”, do Estatuto do 
Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, reconhece como “crimes de guerra” as violações das leis e 
costumes de guerra, entre as quais, o assassinato de civis, inclusive aqueles em alto-mar. Violação ao 
direito humano à vida, incluído no artigo 6, do Pacto sobre Direitos Civis e Políticos. Assim, os atos 
praticados em períodos de guerra contra civis em território nacional, ainda que sejam atos de império, são 
ilícitos e ilegítimos. 4. O caráter absoluto da regra de imunidade da jurisdição estatal é questão persistente 
na ordem do dia do direito internacional, havendo notícias de diplomas no direito comparado e de cortes 
nacionais que afastaram ou mitigaram a imunidade em casos de atos militares ilícitos. 5. A Corte 
Internacional de Justiça, por sua vez, no julgamento do caso das imunidades jurisdicionais do Estado 
(Alemanha Vs. Itália), manteve a doutrina clássica, reafirmando sua natureza absoluta quando se trata de 
atos jure imperii. Decisão, no entanto, sem eficácia erga omnes e vinculante, conforme dispõe o artigo 59, 
do Estatuto da própria Corte, e distinta por assentar-se na reparação global. 6. Nos casos em que há 
violação à direitos humanos, ao negar às vítimas e seus familiares a possibilidade de responsabilização do 
agressor, a imunidade estatal obsta o acesso à justiça, direito com guarida no art. 5º, XXXV, da CRFB; nos 
arts. 8 e 10, da Declaração Universal; e no art. 1, do Pacto sobre Direitos Civis e Políticos. 7. Diante da 
prescrição constitucional que confere prevalência aos direitos humanos como princípio que rege o Estado 
brasileiro nas suas relações internacionais (art. 4º, II), devem prevalecer os direitos humanos - à vida, à 
verdade e ao acesso à justiça -, afastada a imunidade de jurisdição no caso. 8. Possibilidade de relativização 
da imunidade de jurisdição estatal em caso de atos ilícitos praticados no território do foro em violação à 
direitos humanos. 9. Fixação de tese jurídica ao Tema 944 da sistemática da repercussão geral: “Os atos 
ilícitos praticados por Estados estrangeiros em violação a direitos humanos não gozam de imunidade de 
jurisdição.” 10. Recurso extraordinário com agravo a que se dá provimento. 
 
Tese: 
Os atos ilícitos praticados por Estados estrangeiros em violação a direitos humanos não gozam de 
imunidade de jurisdição. 
 
Tema: 
944 - Alcance da imunidade de jurisdição de Estado estrangeiro em relação a ato de império ofensivo ao 
direito internacional da pessoa humana. 
 
GABARITO: Certo 
 
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