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Atividade 2 Geomorfologia

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ATIVIDADE 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO
GEOMORFOLOGIA I
ROSSANA MADRUGA TELLES
Responda as questões propostas:
1. O avanço das técnicas de navegação em prol do mundo mercantilista levou à ampliação do espaço geográfico e permitiu a evolução do conhecimento nas várias ciências. Em relação à área geológica e geomorfológica podemos afirmar que o germe das ideias mobilistas foi lançado já em meados do século XVII, embora só tenham culminado na
segunda metade do século XX. Elabore um texto de caráter retrospectivo sobre o mobilismo explicitando sua relação com a técnica e com os aspectos econômicos e geopolíticos.
O mobilismo, ao longo da história, tem sido impulsionado pela constante evolução da técnica, o que tem impactado diretamente os aspectos econômicos e geopolíticos. A relação entre mobilismo e técnica é intrínseca, uma vez que o desenvolvimento de tecnologias de transporte tem sido um dos principais impulsionadores desse fenômeno.
Desde a invenção da roda e a domesticação de animais para transporte até a criação de veículos motorizados, aviões e a revolução digital, a técnica tem desempenhado um papel fundamental no aumento da mobilidade humana. As inovações tecnológicas proporcionaram meios de transporte mais eficientes, rápidos e acessíveis, encurtando distâncias e conectando diferentes regiões do mundo.
No âmbito econômico, o mobilismo desempenha um papel crucial no comércio global e no crescimento econômico. A capacidade de transportar mercadorias em grande escala e a baixo custo impulsionou as trocas comerciais entre países e permitiu a expansão dos mercados além das fronteiras nacionais. A infraestrutura de transporte, como estradas, ferrovias, portos e aeroportos, é essencial para facilitar a circulação de bens e a consolidação das cadeias de suprimentos globais.
No contexto geopolítico, o mobilismo também desempenha um papel relevante. A competição por rotas comerciais estratégicas e o controle de infraestruturas de transporte podem gerar disputas políticas e influenciar as relações internacionais. A conectividade e a mobilidade também afetam questões como migração, segurança e integração cultural, levando a desafios e debates em nível global.
O mobilismo não está isento de desafios e impactos negativos. O intenso uso de veículos motorizados e o consumo de combustíveis fósseis resultam em poluição ambiental, emissões de carbono e danos aos ecossistemas. A dependência de recursos não renováveis também traz preocupações sobre segurança energética e volatilidade dos preços.
Assim, o mobilismo é impulsionado pela constante evolução da técnica, que proporciona meios de transporte mais eficientes e rápidos. Esse fenômeno tem impactos significativos nos aspectos econômicos, promovendo o comércio global e o crescimento econômico, assim como nos aspectos geopolíticos, influenciando as relações internacionais. No entanto, é necessário considerar os desafios ambientais e socioeconômicos associados ao mobilismo para buscar soluções sustentáveis e equilibradas.
2. A teoria da Tectônica Global representa um arcabouço teórico sólido no qual inúmeras observações da Terra se combinam para formar um modelo geral de dinâmica da litosfera, onde a origem e a evolução das feições estruturais da Terra são resultantes de um sistema de placas litosféricas em movimento, tais placas se comportam como corpos rígidos em cujos limites se concentra a maior parte das interações. Enumere os diferentes tipos de limites entre placas e caracterize os tipos de fenômenos geológicos envolvidos em cada um dos tipos.
Sobre os tipos de limites entre placas tectônicas, existem três principais: limites convergentes, limites divergentes e limites transformantes. Cada um desses tipos de limites está associado a diferentes fenômenos geológicos. Limites convergentes que ocorrem quando, duas placas se movem em direção uma à outra. Existem três subtipos de limites convergentes, dependendo do tipo de crosta envolvida:
a) Convergência Oceano-Continente: Nesse tipo de limite, uma placa oceânica se subduz (mergulha) sob uma placa continental. A zona de subducção resultante é marcada pela formação de uma trincheira oceânica. O processo de subducção pode causar terremotos, vulcanismo explosivo e a formação de cadeias de montanhas continentais. Um exemplo desse tipo de limite é a subducção da Placa do Pacífico sob a Placa Norte-Americana, ao longo da costa oeste das Américas.
b) Convergência Continente-Continente: Nesse tipo de limite, duas placas continentais colidem. Essa colisão pode levar à formação de grandes cadeias de montanhas, como o Himalaia. O processo de colisão também pode resultar em terremotos e dobras e falhas complexas na crosta terrestre.
c) Convergência Oceano-Oceano: Nesse tipo de limite, duas placas oceânicas colidem. A zona de subducção resultante pode gerar atividade vulcânica, terremotos e a formação de ilhas vulcânicas e arcos de ilhas. Um exemplo desse tipo de limite é a subducção da Placa do Pacífico sob a Placa das Filipinas, resultando no Círculo de Fogo do Pacífico, conhecido por sua intensa atividade sísmica e vulcânica.
Os Limites divergentes ocorrem quando nesses limites, duas placas se afastam uma da outra, criando espaço onde o magma emerge da astenosfera e forma nova crosta oceânica. Existem dois tipos principais de limites divergentes:
a) Divergência Oceano-Oceano: Nesse tipo de limite, duas placas oceânicas se afastam, formando uma dorsal oceânica no meio do oceano. A atividade vulcânica é comum nessas áreas, resultando na formação de vulcões submarinos e derrames de lava. O exemplo mais conhecido desse tipo de limite é a Dorsal Mesoatlântica.
b) Divergência Continente-Continente: Nesse tipo de limite, duas placas continentais se afastam, criando uma ampla região de falha e falhas normais. O afastamento resultante pode causar atividade vulcânica e sísmica, bem como a formação de vales riftes e lagos. O Vale do Rift na África Oriental é um exemplo desse tipo de limite.
Os Limites transformantes ocorrem quando nesses limites, duas placas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem criar ou destruir crosta. Os limites transformantes são caracterizados por falhas transformantes, onde a tensão acumulada ao longo do tempo é liberada em grandes terremotos. Um exemplo famoso de limite transformante é a Falha de San Andreas, na Califórnia, Estados Unidos.
3. Selecione 5 evidências geológicas, paleoclimáticas e paleontológicas referenciadas pelos autores que evidenciam a ligação entre América do Norte /Europa e América do Sul/África.
 
Sobre evidências Geológicas podemos citar, a correlação de formações geológicas: Existem várias formações geológicas semelhantes nas margens opostas do Oceano Atlântico. Wegener argumentava que algumas cadeias que se encontravam bruscamente interrompidas, como seria o caso de cadeias na Argentina e África do Sul, adquiriam perfeita continuidade quando se juntavam a América e África. Essa correlação geológica sugere que essas áreas geográficas estiveram conectadas no passado. A ocorrência de rochas metamórficas idênticas nas áreas de Apalaches, na América do Norte, e nas Montanhas Caledonianas, na Europa, é uma evidência de que essas regiões estiveram interligadas. A semelhança nas características das rochas metamórficas indica que elas foram formadas sob condições geológicas semelhantes e, portanto, estavam unidas em algum momento.
Sobre as evidências Paleoclimáticas a distribuição de fósseis de plantas como a presença de certos fósseis de plantas em ambos os lados do Atlântico, como o fóssil de Glossopteris, é uma evidência de uma conexão passada entre as massas de terra. Esses fósseis indicam que as áreas atualmente separadas tiveram climas semelhantes e que as plantas puderam se espalhar livremente entre elas. Os indicadores de glaciação também são evidenciados através da ocorrência de depósitos glaciais semelhantes em várias partes da América do Norte e da Europa, sugere que essas regiões experimentaram eventosglaciais simultâneos. A presença dessas evidências de glaciação indica uma conexão entre os continentes durante os períodos glaciais.
Nas evidências Paleontológicas a distribuição de fósseis de animais mostra a presença de fósseis de animais semelhantes, como os dinossauros terópodes, nas Américas do Norte e do Sul, bem como na Europa e na África, sugere que essas áreas estiveram interligadas. A distribuição geográfica desses fósseis indica que houve uma conexão biogeográfica entre esses continentes no passado. Outra evidencia são os Fósseis de mesossauros, répteis marinhos semelhantes a lagartos, foram encontrados tanto na América do Sul quanto na África. A presença desses fósseis em ambos os continentes é uma evidência da existência de um antigo corpo de água que os conectava, conhecido como Oceano Thetis, durante o período Permiano.
4. Exponha os principais aspectos que envolvem o conceito de Expansão do Assoalho Oceânico divulgados por HESS e DIETZ. Comente sobre a repercussão desse conceito para a ampla aceitação do novo modelo de tectônica global.
Hess e Dietz desenvolveram o conceito de expansão do assoalho oceânico com base no esquema anteriormente imaginado por Holmes. Em vez de os continentes derivarem na crosta oceânica, os mesmos derivariam passivamente por movimentos laterais “da crosta” desde a fonte de uma corrente de convecção até a sua descida. Nova crosta oceânica é gerada no meio das cadeias mesooceânicas, onde material quente do manto ascende devido a menor densidade aumentando a altura da cadeia. Nas elevações, as rochas superficiais são quebradas por tensão e separadas e o rift é preenchido por material vulcânico novo do manto. Onde as células de convecção convergem a crosta oceânica é arrastada para baixo para formar as fossas. Evidencias como 
Paleoreconstrução (Bullard), a altura e topografia das cordilheiras meso-oceânicas, aumento sistemático da espessura dos sedimentos oceânicos a medida que nos afastamos das cordilheiras meso-oceânicas, vulcanismo no eixo das cordilheiras (foco raso), zonas sísmicas no continente (cinturão de fogo do Pacífico), arcos de ilhas e vulcanismo próximo a margens oceânicas. Evidências que dão suporte a Teoria da Tectônica de Placas, Idade das montanhas submarinas (seamounts) aumenta a medida que nos afastamos da cordilheira, como mostrado por Tuzo Wilson (1963) –University of Toronto para o Atlântico Simetria dos flancos das cordilheiras meso-oceânicas demonstrado por Bruce Heezen e Maurice Ewing com base em perfis sísmicos (reflexão) de alta resolução. Os perfis mostram quase zero de espessura de sedimentos nas proximidades da cordilheira até vários Km de espessura nas margens continentais, simétricos nos lados opostos da cordilheira.
5. A observação da existência de grandes deslocamentos laterais das anomalias magnéticas ao longo das zonas de fraturas oceânicas levaram Tuzo Wilson (1965) a criar o conceito de falhas transformantes. Exponha os principais aspectos que caracterizam essas falhas.
As falhas transformantes são caracterizadas pelo deslizamento horizontal das placas tectônicas adjacentes, sem criação ou destruição de litosfera. Elas estão associadas a atividades sísmicas e desempenham um papel importante na evolução da paisagem terrestre. O exemplo mais conhecido de uma falha transformante é a Falha de San Andreas, na Califórnia, nos Estados Unidos. Ela é responsável pela atividade sísmica frequente na região e pelo movimento entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte.
6. O que são terremotos? Qual sua área de ocorrência predominante? Existe alguma relação entre o tipo de fronteira (limite) entre placas e a profundidade dos focos?
Os Terremotos são fenômenos naturais que ocorrem quando há uma liberação repentina de energia na crosta terrestre, resultando em vibrações e ondas sísmicas. Essa liberação de energia geralmente é causada pelo movimento das placas tectônicas da Terra. A área de ocorrência predominante dos terremotos está associada às regiões de interação entre as placas tectônicas, conhecidas como limites de placas.
Quanto à relação entre o tipo de fronteira (limite) entre as placas e a profundidade dos focos sísmicos, geralmente existem algumas tendências, quando se trata de limites convergentes os terremotos podem ocorrer em diferentes profundidades. Os terremotos mais profundos geralmente ocorrem nas zonas de subducção, onde a placa subduzida mergulha sob a placa adjacente. À medida que a placa subduzida afunda em direção ao manto, ela pode gerar terremotos a profundidades de até centenas de quilômetros. No entanto, também podem ocorrer terremotos mais rasos em áreas de deformação crustal causada pela colisão das placas. Nos limites divergentes os terremotos tendem a ocorrer em profundidades mais rasas, pois estão associados ao movimento de magma e à formação de nova crosta oceânica. Os terremotos geralmente ocorrem ao longo da zona de rifteamento, onde as placas se afastam e o magma ascende. Nesses casos, os terremotos costumam ser menos intensos do que em limites convergentes. Nos limites transformantes os terremotos podem ocorrer em várias profundidades, dependendo das características da falha. Em geral, eles podem ocorrer em profundidades rasas a intermediárias, embora também possam ocorrer terremotos mais profundos em algumas falhas transformantes. É importante notar que a profundidade exata dos terremotos pode variar dependendo das características geológicas específicas de cada região e das interações complexas entre as placas tectônicas.
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7. Na conceituação de placas tectônicas assume-se que as deformações se restringem aos seus limites, entretanto estudos realizados na década de 80 mostraram que as placas também são ativas internamente. Quais são as causas dessa atividade?
As causas dessas atividades internas das placas podem ser atribuídas a várias causas, como atividade magmática, forças mantélicas, estresse acumulado e deformações em resposta a forças externas. Nas Forças mantélicas, o movimento das placas tectônicas é impulsionado pela convecção no manto terrestre, que é a camada semi-fluida localizada abaixo da litosfera. As correntes de convecção no manto geram forças que movem as placas em diferentes direções. Essas forças mantélicas podem resultar em deformação interna das placas, levando a atividade sísmica e formação de estruturas geológicas, como cadeias montanhosas. Nas atividades magmáticas A atividade vulcânica também está associada à atividade interna das placas. Quando o magma é gerado nas regiões do manto superior, pode ascender através das fraturas e falhas presentes na litosfera, formando vulcões. Essa atividade magmática interna está relacionada ao movimento e interação das placas tectônicas. No Estresse acumulado á medida que as placas tectônicas se movem, ocorre acúmulo de tensão nas bordas das placas e também no interior das próprias placas. Essa tensão acumulada pode resultar em falhas e terremotos internos, onde a energia acumulada é liberada. Na Deformação em resposta a forças externas, as placas tectônicas podendo ser consideradas como unidades rígidas, elas podem sofrer deformações internas em resposta a forças externas, como o arrasto causado pelo movimento das placas vizinhas. Essas deformações internas podem levar a atividade sísmica e movimentação de falhas internas. Ressaltando que a atividade interna das placas geralmente é de menor magnitude em comparação com as principais interações e deformações que ocorrem nos limites das placas. No entanto, a compreensão desses processos internos é fundamental para um melhor entendimento da dinâmica e evolução das placas tectônicas e da superfície terrestre.
8. Exponha os modelos propostos para explicar as forças que governam a tectônica de placas.
Existem diferentes modelos propostos para explicar as forças que impulsionam e controlam a tectônica de placas. Dentre eles pode-se citar alguns dos principais modelos, como o modelo da expansão do fundooceânico,proposto por Harry Hess e Robert Dietz na década de 1960, que sugere que o movimento das placas é impulsionado pela formação de novo assoalho oceânico nas dorsais meso-oceânicas. A atividade vulcânica nessas dorsais criam uma nova crosta oceânica que se afasta das cristas, empurrando as placas adjacentes. Outro Modelo é o da convecção do manto, proposto por Arthur Holmes em 1929 e ampliado posteriormente por John Tuzo Wilson, esse modelo baseia-se na ideia de que o manto terrestre está em constante movimento convectivo. As correntes de convecção no manto quente e viscoso movem as placas tectônicas, arrastando-as sobre a superfície da Terra. Já o modelo das zonas de subducção, descreve a convergência de duas placas, em que uma placa oceânica mergulha sob uma placa continental ou outra placa oceânica. A força de empurrão gerada pela densidade mais elevada da placa oceânica em subducção é uma das principais forças que impulsionam a tectônica de placas. O Modelo das falhas transformantes, descreve as falhas geológicas onde duas placas tectônicas deslizam horizontalmente uma em relação à outra. Essas falhas permitem que as placas se movam lateralmente umas em relação às outras, aliviando o estresse acumulado. As forças que governam essas falhas transformantes ainda são objeto de estudo e pesquisa. E por fim o modelo das forças de empuxo do manto que fala das forças de tração e empurrão, alguns modelos propõem a existência de forças de empuxo provenientes do manto. Essas forças seriam resultado da variação da densidade e composição do manto terrestre, impulsionando o movimento das placas.
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9. Caracterize morfologicamente as margens continentais.
É a parte periférica, submersa dos continentes, geralmente constituída por Plataforma Continental, Talude Continental e Sopé Continental, alguns autores colocam reservas quanto à inclusão da Sopé Continental na Margem Continental pois, frequentemente, sob o sopé, em profundidade, se encontra crosta oceânica e não crosta continental. O conjunto plataforma continental e Talude continental constitui o Terraço Continental.
As características de cada margem continental são o resultado da atuação de fatores diversos, designadamente o ambiente tectônico, as variações do nível médio do mar, os caudais (líquidos e sólidos) fluviais que a ela afluem, a amplitude da maré, a energia associada à agitação marítima, as correntes oceânicas, entre outros. Frequentemente consideram-se dois tipos principais de margens: Margens Continentais Ativas (sísmicas, ou do tipo Pacífico) e as Margens Continentais Passivas (assísmicas, ou do tipo Atlântico).As Margens Continentais Ativas (sísmicas, ou do tipo Pacífico) ocorrem nas fronteiras de placas, principalmente nas fronteiras do tipo convergente, são geralmente estreitas, com taludes continentais apresentando pendentes bastante elevadas, (com frequência transitando diretamente para fossas abissais) e com sopés continentais pouco desenvolvidas ou mesmo inexistentes. A parte continental emersa é do tipo montanhosa, com ocorrência de vulcanismo relativamente próximo. A plataforma continental é estreita ou mesmo inexistente. Margens Continentais Passivas (assísmicas ou Atlântica) ocorrem longe das fronteiras de placas, correspondendo frequentemente a áreas onde, no passado geológico, se iniciou a abertura de oceanos (isto é, onde ocorreu riftogênese). São geralmente largas, com vertentes continentais apresentando pendentes relativamente suaves e com sopés continentais bem desenvolvidos. Na parte continental emersa não existem, normalmente, grandes cadeias montanhosas. A plataforma continental é geralmente larga; por vezes pode ficar exposta em estágios de nível médio do mar mais baixos (nos períodos glaciais), ou amplamente coberta pelo oceano nos períodos interglaciais quando o nível do mar se eleva.
10. Caracterize morfologicamente o fundo das bacias oceânicas.
As bacias oceânicas são caracterizadas morfologicamente por grandes depressões situadas nas regiões mais profundas dos oceanos. A sua morfologia é caracterizada por diferentes elementos. O fundo oceânico é formado por Planícies Abissais, que são vastas áreas planas e sedimentares encontradas nas partes mais profundas das bacias oceânicas. Elas são cobertas por uma camada espessa de sedimentos marinhos, compostos principalmente por lodo, silte e argila. Essas planícies abissais são marcadas por uma topografia suave, com poucas características distintas. As Cordilheiras Meso-oceânicas são cadeias montanhosas submarinas que se estendem ao longo do fundo das bacias oceânicas, geralmente no centro delas. Essas cordilheiras são formadas pela atividade tectônica das placas litosféricas, onde novas crosta oceânica é constantemente criada através do processo de expansão do assoalho oceânico. Elas são marcadas por fendas vulcânicas, fontes hidrotermais e atividade sísmica. As Dorsais Oceânicas, são cristas lineares e elevadas que se estendem ao longo do fundo das bacias oceânicas. Essas dorsais são formadas pela separação de placas tectônicas, onde a crosta oceânica está se expandindo. Elas são caracterizadas por atividade vulcânica e sísmica intensa, com a emissão de lava basáltica e a formação de cadeias de montanhas submarinas.
As Fossas Oceânicas, são as áreas mais profundas das bacias oceânicas, formadas pelas zonas de subducção, onde uma placa litosférica é empurrada para baixo de outra. Essas fossas são caracterizadas por uma topografia extremamente acidentada e abrigam as maiores profundidades oceânicas conhecidas, como a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico.
Além desses elementos, as bacias oceânicas podem apresentar outros recursos topográficos, como montanhas submarinas isoladas, plataformas continentais nas áreas próximas à costa e taludes continentais que conectam as planícies abissais às plataformas continentais.

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