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Aula 00 AFRFB 2009 CONTABILIDADE - RESUMO

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N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br página 1 
Conteúdo 
1  Introdução ................................................................................................................. 1 
2  Organização do Curso .............................................................................................. 2 
3  Conceito de Contabilidade, histórico patrimônio, funções da contabilidade, 
princípios, convenções e estrutura básica conceitual ....................................................... 3 
4  Atos e Fatos Contábeis e Exercícios sobre Atos e Fatos Contábeis ....................... 12 
5  Contas e Teoria das Contas - Livros Contábeis e Fiscais – Lançamento ............... 15 
5.1  Operações importantes – para registro ............................................................. 34 
5.1.1  Desconto de duplicatas ............................................................................. 35 
5.1.2  Fechamento do exercício .......................................................................... 41 
5.1.3  Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD ....................... 43 
5.1.4  Operações com seguros ............................................................................ 46 
5.1.5  Constituição de empresa e aumento de capital ......................................... 48 
5.1.6  Folha de pagamentos ................................................................................ 49 
 
 
1 Introdução 
Prezado aluno, 
Com a proximidade do concurso, bate no candidato (principalmente naquele que está 
preparado) aquela sensação de desespero. É normal pensar: “será que eu estudei tudo o 
que era importante”, “será que eu vou me lembrar de tudo na hora da prova” ou “e 
agora, o que é que falta fazer?”. 
Acredite, isso acontece mesmo! E afirmo porque isso também aconteceu comigo, todas 
as vezes em que fui candidato. 
Pois bem, é nesse momento que se deve lançar mão de um “Resumão”, como este aqui 
apresentado. 
Com efeito, o “Resumão” é a oportunidade perfeita para se fazer uma leitura rápida dos 
assuntos do edital (já tratados detalhadamente em nosso curso “Contabilidade 
Decifrada”, com o objetivo de trazer à mente a essência dos conceitos estudados ao 
longo do longo processo de preparação para a prova. 
Uma ressalva importante! Este não é um curso completo de “Contabilidade Decifrada”, 
mas – tão somente – um “Resumão Decifrado de Contabilidade”. 
Assim, se você já conhece o assunto (Contabilidade) e deseja um material rápido, 
destinado à sedimentação e fixação de conceitos este resumo foi feito para você. 
Ao contrário, se você não conhece a matéria, não inicie seus estudos por aqui. Para 
quem não conhece a matéria, o caminho é fazer um curso extensivo que trate de 
contabilidade básica, avançada, análise e custos como – por exemplo – nosso curso de 
“Contabilidade Decifrada”. 
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br página 2 
Faço essa ressalva logo de início porque prefiro perder um aluno nesse momento a 
minha reputação como professor sério (que, uma vez perdida, estaria perdida para 
sempre). 
Dando continuidade à apresentação de nosso “Resumão Decifrado de Contabilidade”, 
informo que, aqui, faremos uma abordagem completa em relação ao edital, tratando de 
todos os assuntos, porém não nos deteremos em sua explicação, faremos apenas a 
APRESENTAÇÃO de cada conceito, para lembrança e fixação, com a utilização de 
figuras, tabelas e quadros sinóticos. 
Adicionalmente, cabe colocar que – neste resumo – não serão trabalhadas questões 
específicas de concurso (na forma de proposição e posterior resolução e comentários e 
atualização). Entretanto, para fins de fixação do conteúdo, serão apresentados vários 
exemplos numéricos (na forma de questões adaptadas). 
Feitos os necessários esclarecimentos iniciais, passaremos ao curso. 
2 Organização do Curso 
Nosso curso está estruturado em quatro aulas, além desta aula demonstrativa, 
abrangendo os assuntos a seguir: 
1 Conceito de Contabilidade, histórico patrimônio, funções da contabilidade, princípios, convenções e estrutura básica conceitual
2 Atos e Fatos Contábeis e Exercícios sobre Atos e Fatos Contábeis
3 Contas e Teoria das Contas ‐ Livros Contábeis e Fiscais – Lançamento
3.1    Operações importantes – para registro
3.1.1       Desconto de duplicatas
3.1.2       Fechamento do exercício
3.1.3       Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD
3.1.4       Operações com seguros
3.1.5       Constituição de empresa e aumento de capital
3.1.6       Folha de pagamentos
Aula 00 ‐ Demonstrativa
1 Demonstrações financeiras
2 Balanço Patrimonial
2.1    Considerações gerais
2.2    Ativo Circulante
2.3    Ativo não circulante
2.4    Passivo circulante e não circulante
2.5    Patrimônio Líquido
2.6    Observações sobre o instituto da reavaliação espontânea
2.7    Exemplos
2.7.1       Classificação de grupos patrimoniais
2.7.2       Avaliação de elementos patrimoniais
2.8    Cálculo da reserva legal
3 Demonstração do Resultado do Exercício – Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido
3.1    Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
3.2    Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados – DLPA
3.3    Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL
3.4    Apuração de elementos importantes da DRE e da DLPA
3.4.1       Participações no resultado
3.4.2       Dividendos mínimos obrigatórios
3.5    Exemplos
Aula 01
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br página 3 
1 Demonstração dos Fluxos de Caixa (em comparação com a antiga Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos)
1.1    Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR –
1.1.1       Conceitos básicos
1.1.2       Exemplos
1.2    Demonstração dos Fluxos de Caixa
1.2.1       Conceitos
1.2.2       Fórmulas propostas
1.2.3       Exemplos
2 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e exercícios sobre a DVA
3 Participações Societárias
3.1    Método do Custo
3.2    Método da Equivalência Patrimonial
Aula 02
1 Depreciação Amortização, Exaustão e Teste de Recuperabilidade de Ativos (impairment)
2 Operações com Mercadorias e Controle de Estoques
3 Análise de Demonstrações Financeiras
Aula 03
1 Padrões internacionais de Contabilidade e Cotejo da evolução legislativa relativa ao processo de convergência internacional
1.1    Variações cambiais de investimentos
1.2    Ajuste a valor presente
1.3    Leasing
1.4    Intangíveis
1.5    Remuneração por ações
1.6    Partes relacionadas
1.7    Alteração da Lei das S/A
Aula 04
Bem, colocada nossa proposta Didática e apresentada a estrutura do nosso Resumão, 
vamos a ele. 
3 Conceito  de  Contabilidade,  histórico  patrimônio,  funções  da 
contabilidade,  princípios,  convenções  e  estrutura  básica 
conceitual 
1 - Conceito de Contabilidade (Ciência / Campo, objeto, método/técnicas) 
Contabilidade é a ciência (atividade rigorosa de estudo) que tem por campo a azienda 
(qualquer ente que possa vir a ter patrimônio), por objeto o patrimônio e por método o 
das partidas dobradas – o que resulta na elaboração de técnicas de registro, elaboração 
de demonstrações, análise de demonstrações e auditoria. 
2- Histórico (Antiguidade, Renascimento, Atualidade) 
A Contabilidade existe desde que o homem descobriu a idéia de propriedade, mas sua 
sistematização e a transformação da feição que ela hoje apresenta teve origem na época 
do renascimento e das grandes navegações, sendo o Frei Lucca Pacciolliresponsável 
pela condensação das técnicas então utilizadas em seu livro Summa Aritmética; 
introduzindo o método das partidas dobradas, passou a ser conhecido como o pai da 
Contabilidade. Na atualidade, a Contabilidade – no Brasil – está regida pelas 
disposições da Lei das S/A (Lei 6.404, de 1976). 
3 - Patrimônio (itens, significado, denominações) 
O patrimônio é composto por recursos (bens e direitos) e obrigações. Os recursos (bens 
e direitos) compõem o grupo do patrimônio denominado Ativo, as obrigações compõem 
o grupo denominado passivo. A diferença entre Ativo e Passivo é denominada 
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Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
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Patrimônio Líquido. Estes três grupos são conhecidos por outros nomes também, 
conforme abaixo: 
- Ativo – patrimônio bruto, total das aplicações, total dos investimentos; 
- Passivo – passivo exigível, exigibilidades, capital de terceiros; 
- Patrimônio Líquido – capital próprio, situação líquida do patrimônio e passivo a 
descoberto (somente no caso dele ser negativo). 
Nossa proposta didática de apresentação do patrimônio é a proposta da caixa de areia. 
Considere uma caixa que tenha formato quadrado, e seja dividida ao meio, por uma 
linha vertical, separando dois lados: 
- o lado esquerdo – representando os bens e direitos (recursos) componentes do 
patrimônio; e 
- o lado direito – representando as obrigações componentes do patrimônio, bem como a 
diferença entre bens/direitos e obrigações. 
Qualquer recurso (bem ou direito) pode ser encarado, no patrimônio, como um 
montinho de areia do lado esquerdo da caixa de areia e, quanto maior for o valor do 
recurso, maior será o tamanho do referido montinho de areia. 
Obrigações reduziriam a quantidade de areia existente na caixa e, dessa forma, podem 
ser vistas, no patrimônio, como buracos feitos na caixinha de areia (de onde foi retirada 
areia). 
Por fim, o Patrimônio Líquido é considerado uma “obrigação de longuíssimo prazo e 
exigibilidade muito pequena”, a ser entregue a terceiros (sócios) - visto também como 
um buraco no patrimônio. 
Ativo Passivo
--------------------------- Patrimônio Líquido
Bens e Direitos Obrigações 
Bens e Direitos (-) Obrigações
 
A equação fundamental do Patrimônio é a seguinte: 
 A (-) P (=) PL . 
onde: 
- A = Ativo; 
- P = Passivo; 
- PL = Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida). 
Assim, uma Situação Líquida Superavitária ocorre quando o PL > 0, ou seja, A > P, 
conforme apresentado abaixo: 
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Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
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Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
 
Adicionalmente, uma Situação Líquida Nula - ocorre quando o PL = 0, ou seja, A = P, 
conforme representado a seguir: 
Ativo Passivo
 
Finalmente, uma Situação Líquida deficitária – denominada também passivo a 
descoberto – ocorre quando o PL < 0, ou seja, A < P, de acordo com o quadro abaixo. 
Ativo Passivo
Patrimônio líquido
 
Os elementos patrimoniais também são conhecidos por outros nomes, conforme 
ilustrado abaixo: 
Passivo em
Sentido
Amplo
(Conforme a 
Lei das S/A - 
art. 178)
Ativo Passivo
--------------------------- Patrimônio Líquido
Total dos Investimentos Exigibilidades
Capital Próprio
Patrimônio Bruto
Bens e Direitos
Total das Aplicações 
Investimentos
Recursos
Aplicações
Situação líquida do Patrimônio
Passivo a Descoberto (se negativo) *
Obrigações 
Passivo Exigível
Capital de Terceiros
Bens e Direitos (-) Obrigações
 
A seguir, encontram-se apresentadas as diferentes possibilidades de configuração 
patrimonial. 
Ativo passivo Obs.:
Bens e direitos = Obrigações + P.L. A=P+PL Situação líquida positiva - A > P
Bens e direitos = Obrigações A=P Situação líquida nula (compensada) - PL = 0
Bens e direitos < Obrigações A=P-PL Passivo a descoberto-Situação negativa (deficitária) - A < P
Bens e direitos = P.L. A=PL A empresa não tem passivo exigível - P = 0
Bens e direitos = 0 < Obrigações A=0 Passivo a descoberto-A empresa não tem bens nem direitos
 
4 - Funções da Contabilidade (Sistema de Informação / usuários / funções: 
administrativa e econômica / evidenciação e forma x essência) 
A Contabilidade é um sistema de informações, para usuários internos e externos 
(principalmente para estes). A informação gerada pelo sistema contábil tem duas 
funções: (1) administrativa – o controle do patrimônio e (2) econômica – apuração do 
resultado (ou redito). Na apresentação da informação contábil, dois objetivos são 
perseguidos: (1) a evidenciação – mostrar tudo o que realmente está acontecendo no 
patrimônio e (2) a apresentação da essência (às vezes, em detrimento da forma) dos 
fatos ocorridos. 
N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
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Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
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5 - Princípios (Entidade / Continuidade / Oportunidade: tempestividade, integridade / 
Registro pelo Valor Original / Atualização Monetária / Competência / Prudência) 
Historicamente, o assunto “princípios fundamentais de contabilidade” tem sido cobrado 
em uma das questões da prova. Dessa vez, a novidade é a possibilidade de cobrança 
desse assunto de forma coordenada com outro – novo – e a ele relacionado: a estrutura 
básica conceitual da Contabilidade, proposta pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis), em linha com os padrões internacionais de contabilidade. De qualquer 
maneira, é necessária a leitura da Resolução CFC n° 750, de 1993, que define os 
princípios fundamentais de contabilidade. 
a) Entidade – o patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa. 
b) Continuidade – a empresa deve ter seu patrimônio registrado a partir da premissa de 
que sua atividade é eterna; ao contrário, quando houver clara informação de quebra de 
continuidade da empresa, o registro do patrimônio pode e deve ser alterado (ativos 
podem ser registrados pelo seu valor de realização – alienação – prazos do passivo 
devem ser alterados para estarem de acordo com a data de interrupção das atividades da 
empresa). 
c) Oportunidade – o princípio da oportunidade se desdobra em duas idéias principais, a 
saber: (1) a tempestividade – o que ocorre no patrimônio deve ser registrado no 
momento de sua ocorrência (nem antes, nem depois) e (2) integridade – o que ocorre no 
patrimônio deve ser registrado por completo (não se aceita o registro apenas parcial de 
um acontecimento). 
d) Registro pelo valor original – os elementos constantes do patrimônio devem ser, nele, 
registrados pelo valor de transacionado com terceiros (para a entrada do referido 
elemento no patrimônio). 
e) Atualização monetária – proibida pela Lei 9.249, de 1995. 
f) Competência – as receitas devem ser registradas quando auferidas, 
independentemente de seu recebimento, e as despesas devem ser registradas quando 
incorridas, independentemente de seu pagamento. 
g) Prudência – frente a duas opções igualmente corretas, a Contabilidade deve preferir 
(para registro de fatos e informações no patrimônio) aquele que: (1) para ativos 
representem o menor valor e (2) para passivos representem o maior valor. 
6 - Convenções (Uniformidade / Materialidade / Objetividade) – tratadas na revogada 
Deliberação CVM nº 29, de 1986, mas vistas aqui para efeito de contextualização de 
conceitos e entendimento de como ela foi absorvida pela Resolução CFC nº 750, de 
1993 (que instituiu os princípios) e o pronunciamento do CPC, que definiu a estrutura 
conceitual básica da Contabilidade. 
Pela convenção da Uniformidade, uma vez escolhido um critério de registro do 
patrimônio, esse critério deve PREFERENCIALMENTE,ser mantido ao longo do 
tempo (facilitando a comparação de séries temporais). Pela convenção da 
Materialidade, o registro do patrimônio deve se referir a itens materialmente 
importantes (sendo os demais passíveis de registro em conjunto). Pela convenção da 
objetividade, entre um suporte documental e a opinião subjetiva de alguém, o registro 
contábil deve ser realizado com base no suporte documental (objetivo). 
7 - PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO – ESTRUTURA CONCEITUAL 
PARA A PREPARAÇÃO E A APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
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Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br página 7 
CONTÁBEIS – Pronunciamento elaborado pelo CPC, dispondo sobre as bases da 
Contabilidade, em linha com os padrões internacionais determinados pelo IASB, 
adotado pela CVM e pelo CFC, coexistindo com atos anteriores que dispunham sobre 
os princípios fundamentais de contabilidade. Os pressupostos básicos da estrutura 
conceitual apresentada são a competência e a continuidade. 
A) O OBJETIVO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Prover o usuário de 
informações acerca do patrimônio das entidades, para a tomada de decisões. 
B) AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS INFORMAÇÕES 
B.1) COMPREENSIBILIDADE – As informações sobre o patrimônio devem ser 
apresentadas da forma mais simples possível, de modo a ser compreendida pela maior 
parcela possível dos usuários. 
B.2) RELEVÂNCIA – Na apresentação de informações sobre o patrimônio, devem ser 
escolhidas as informações mais relevantes, para que o usuário não se perca em detalhes. 
B.3) CONFIABILIDADE – Na apresentação das informações relevantes para o 
patrimônio, deve-se tomar cuidado para não apresentar informações que, apesar de 
relevantes, trazem tantas dúvidas em seu conteúdo que, ao invés de auxiliar o usuário no 
entendimento do patrimônio, confundam-no. para que se garanta a confiabilidade, 
busca-se quatro requisitos, a saber: (1) representação com propriedade, (2) primazia da 
essência sobre a forma, (3) neutralidade, (4) prudência e (5) integridade. 
B.4) COMPARABILIDADE – As informações devem ser apresentadas de forma a 
facilitar a comparação do patrimônio da entidade (tanto em sua evolução no tempo, 
quanto em relação a outras entidades). 
C) LIMITAÇÕES NA RELEVÂNCIA E NA CONFIABILIDADE DAS 
INFORMAÇÕES – São fatores da limitação na relevância e na confiabilidade das 
informações: (1) a tempestividade (nem sempre a informação está pronta para ser 
apresentada a tempo de se tomar uma decisão), (2) a relação custo benefício (a 
apresentação apressada de informações tem um custo – da incerteza – e um benefício – 
de possibilitar decisões), (3) o equilíbrio entre as características das informações e (4) o 
objetivo de apresentar uma visão verdadeira e adequada da informação. 
D) A DEFINIÇÃO, O RECONHECIMENTO E A MENSURAÇÃO DOS 
ELEMENTOS QUE COMPÕEM AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Ativos, 
Passivos, Patrimônio Líquido, Receitas e despesas. 
E) OS CONCEITOS DE CAPITAL E DE MANUTENÇÃO DO CAPITAL – Conceito 
financeiro x conceito físico. 
Finalmente, para facilitar a memorização dos conceitos acima, a seguir, encontram-se 
cotejados os referidos conceitos: 
a) Resolução CFC n° 750, de 1993 
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CFC
Princípios Fundamentais de contabilidade Deliberação CVM Estrutura básica - CPC
Entidade Postulado n/a
Oportunidade n/a limitação confiabilidade x relevância
Continuidade postulado pressuposto básico
Registro pelo Valor original princípio critério de avaliação do ativo (custo histórico)
Atualização Monetária n/a n/a
Competência princípio pressuposto básico
Prudência convenção requisito da confiabilidade de informação
Correspondência
 
b) Deliberação CVM n° 29, de 1996 
CVM
Postulados-princípios-convenções princípios CFC Estrutura básica - CPC
postudado da entidade entidade n/a
postulado da continuidade continuidade pressuposto básico
princípio do custo como base de valor reg. Valor original critério de avaliação do ativo (custo histórico)
princípio da realização da receita e confrontação com despesa competência pressuposto básico
princípio do denominador comum monetário reg. Valor original critério de avaliação do ativo (custo histórico)
convenção da objetividade n/a requisito da confiabilidade de informação (neutralidade)
convenção da materialidade n/a limitação da confiabilidade x relevância (custo x benefício)
convenção da consistência n/a característica qualitativa da informação (comparabilidade)
convenção do conservadorismo prudência requisito da confiabilidade de informação (prudência)
Correspondência
 
Repare que os postulados e princípios, bem como convenções, da Deliberação CVM n° 
29, de 1986, estão completamente absorvidos pelas normas posteriores (CFC – CPC) 
tendo recebido tratamento específico. 
c) Estrutura Conceitual Básica - CPC 
CPC
Pressupostos-características qualitativas - requisitos confiab. princípios CFC CVM
pressuposto básico da competência competência princípio da realiz da receita e confront com depesa
pressuposto básico da continuidade continuidade postulado da continuidade
caracterítica qualitativa da compreensibilidade n/a n/a
característica qualitativa da comparabilidade n/a convenção da consistência
característica qualitativa da confiabilidade n/a n/a
requisito da confiabilidade - representação com propriedade n/a n/a
requisito da confiabilidade - essência sobre a forma n/a n/a
requisito da confiabilidade - neutralidade n/a convenção da objetividade
requisito da confiabilidade - prudência prudência convenção do conservadorismo
requisito da confiabilidade - integridade n/a n/a
característica qualitativa da relevância n/a n/a
limitação da relevância x confiabilidade - tempestividade oportunidade n/a
limitação da relevância x confiabilidade - custo/benefício n/a convenção da materialidade
limitação da relevância x confiabilidade - equilíbrio das características n/a n/a
limitação da relevância x confiabilidade - visão verdadeira e adequada n/a n/a
Correspondência
 
Colocada – resumidamente – a teoria, cabe ilustrar sua aplicação em provas, com a 
apresentação de dois exemplos (um tratando de patrimônio, outro de princípios e, 
finalmente, um tratando da estrutura conceitual básica). 
Exemplo 1 – Patrimônio 
Enunciado 
03- A Cia. Eira & Eira foi constituída com capital de R$ 750.000,00, por três sócios, 
que integralizaram suas ações como segue: 
- Adão Macieira R$ 300.000,00 
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Resumão Decifrado de Contabilidade – AFRFB 2009 – Aula 00 - Demonstrativa 
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- Bené Pereira R$ 150.000,00 
- Carlos Parreira R$ 300.000,00 
Após determinado período, a empresa verificou que nas suas operações normais lograra 
obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais R$ 150.000,00 foram distribuídos e pagos aos 
sócios. Os restantes R$ 450.000,00 foram reinvestidos na empresa na conta Reserva 
para Aumento de Capital, nada mais havendo em seu Patrimônio Líquido. 
Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios futuros e que suas 
dívidas representam 20% dos recursos aplicados atualmente no patrimônio, podemos 
afirmar que o valor total de seus ativos é de 
a) R$ 1.200.000,00 
b) R$ 750.000,00 
c) R$ 600.000,00 
d) R$ 1.350.000,00 
e) R$ 1.500.000,00 
Resolução e Comentários 
1) valor do PL da empresa = capital inicial (+) lucros (-) dividendos 
750.000+600.000-150.000=1.200.000 
2) valor do passivo (=) 20% dos recursos aplicados no patrimônio 
P = 0,2 * A 
3) PL (=) ativo (-) passivo 
PL = A – 0,2 * A 
4) ocorre que o PL já foi calculado 1.200.000,00, logo, o ativo pode ser calculadopor 
substituição desse valor na equação expressa no item anterior 
1.200.000 = A – 0,2 * A 
0,8 * A = 1.200.000 
A = 1.200.000/0,8 A = 1.500.000,00 
Repare que o valor acima apurado corresponde à alternativa de letra E. 
 
Exemplo 2 – Princípios Fundamentais de Contabilidade 
ENUNCIADO 
8 - Sobre os enunciados dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, estabelecidos 
na Resolução n. 750/1993, são apresentadas as seguintes assertivas: 
I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser 
feito, de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as 
originaram, mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. 
II. após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter 
alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua reavaliação e 
atualização monetária e a decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou 
integral, a outros elementos do patrimônio líquido. 
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III. consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, parcial ou total, 
de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um 
ativo de valor igual ou maior. 
IV. quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e 
qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou não da entidade, bem como sua 
vida definida ou provável, pois influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos 
casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da 
entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
V. quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a hipótese de que resulte menor 
patrimônio líquido. 
Considerando que a seqüência das assertivas apresentadas não guarda necessariamente 
correlação com a seqüência das opções apresentadas, das assertivas apresentadas, a 
única incorreta é aquela que se refere ao Princípio da (do): 
a) Continuidade. 
b) Prudência. 
c) Competência. 
d) Registro pelo Valor Original. 
e) Oportunidade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda – tão somente – o 
conhecimento do conteúdo da Resolução CFC n° 750, de 1993, que dispõe sobre os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. Aqui, por razões didáticas, analisaremos 
cada assertiva em separado, identificando a que princípio ela se refere e verificando se a 
afirmação está de acordo com o referido princípio, ou não. 
I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser 
feito, de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as 
originaram, mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. 
A afirmação acima se refere ao Princípio da Oportunidade. Segundo esse princípio, os 
acontecimentos relevantes para o patrimônio devem ser registrados por completo e no 
momento em que ocorrem. 
Ora, a afirmação em tela é exatamente essa. Assim, conclui-se que essa afirmação se 
refere ao princípio da Oportunidade e está correta. 
II. após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter 
alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua reavaliação e 
atualização monetária e a decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou 
integral, a outros elementos do patrimônio líquido. 
A afirmação acima se refere ao Princípio do Registro pelo Valor Original. Segundo 
esse princípio, os acontecimentos relevantes para o patrimônio devem ser registrados 
por completo e no momento em que ocorrem. 
Porém, a Reavaliação espontânea (bem como as Reservas de Reavaliação) deixaram de 
estar previstas na Lei das S/A – com o advento da Lei n° 11.638, de 2007. Assim, 
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conclui-se que essa afirmação se refere ao princípio do Registro pelo Valor Original e 
está incorreta. 
III. consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, parcial ou total, 
de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um 
ativo de valor igual ou maior. 
A afirmação acima se refere ao Princípio da Competência. O princípio da 
Competência define o momento em que se deve considerar auferida uma receita 
(entendida como um fato que, sem consistir na contribuição dos sócios, logra aumentar 
o patrimônio da entidade) e em que se deve considerar incorrida uma despesa 
(entendida como um fato que, sem consistir na distribuição de patrimônio aos sócios, 
logra reduzir o patrimônio da entidade). 
Assim, conclui-se que essa afirmação se refere ao princípio da Competência e está 
correta. 
IV. quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e 
qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou não da entidade, bem como sua 
vida definida ou provável, pois influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos 
casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da 
entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
A afirmação acima se refere ao princípio da continuidade. Segundo esse princípio, na 
Contabilidade, deve ser considerada a continuidade ou não da entidade, bem como sua 
vida definida ou provável quando da classificação e avaliação das mutações 
patrimoniais, quantitativas e qualitativas. Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-
se que ela continue indefinidamente, todavia, a continuidade influencia o valor 
econômico dos bens e direitos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento das 
obrigações, especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo determinado, 
previsto ou previsível. 
Assim, conclui-se que essa afirmação se refere ao princípio da Continuidade e está 
correta. 
V. quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a hipótese de que resulte menor 
patrimônio líquido. 
A afirmação acima se refere ao princípio da Prudência. Segundo o Princípio da 
Prudência, deve ser adotado o menor valor para os componentes do Ativo e o maior 
para os componentes do Passivo, sempre que se apresentem duas alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações do patrimônio. 
Portanto, conclui-se que essa afirmação se refere ao princípio da Prudência e está 
correta. 
Pelo que foi acima colocado, verifica-se que a única assertiva que não está de acordo 
com o respectivo princípio contábil é a assertiva que comenta o princípio do Registro 
pelo Valor Original – conforme alternativa (D). 
Exemplo 3 – Pronunciamento Conceitual Básico 
Enunciado 
209 A estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações 
contábeis da CVM recomenda que as incertezas que envolvem certos eventos e 
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circunstâncias sejam tratadas com prudência, não se superestimando ativos e receitas, e 
não se subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em conta a 
neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, a formação de reservas 
ocultas ou provisões excessivas. 
Resolução e Comentários 
De acordo com a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das 
demonstrações contábeis, a confiabilidade da informação depende da prudência, da 
neutralidade e da imparcialidade. 
Especificamente quantoà prudência, temos que ela não pode ser exagerada. O 
exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou 
provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação 
deliberada de passivos ou despesas, pois as demonstrações contábeis deixariam de ser 
neutras e, portanto, não seriam confiáveis. 
Pelo que foi acima colocado, conclui-se que a assertiva está correta. 
4 Atos  e  Fatos  Contábeis  e  Exercícios  sobre  Atos  e  Fatos 
Contábeis 
Atos contábeis são eventos que, ocorrendo na empresa, não alteram (qualitativamente 
ou quantitativamente) seu patrimônio. Como exemplo de atos contábeis temos as 
garantias, as custódias e as consignações. 
Fatos contábeis são eventos que, ocorrendo, alteram (qualitativamente ou 
quantitativamente) seu patrimônio. Fatos contábeis se dividem em fatos permutativos, 
modificativos ou mistos. 
Fatos contábeis permutativos são aqueles em que não há modificação no valor do 
Patrimônio Líquido, ocorrendo apenas troca de valores entre elementos patrimoniais. 
Como exemplos, podemos citar a compra de veículos a prazo, o saque de um cheque, o 
depósito bancário, etc. 
Fatos contábeis modificativos são aqueles em que há modificação do valor do 
Patrimônio Líquido, subdividindo-se entre: (a) fatos contábeis modificativos 
aumentativos e (b) fatos contábeis modificativos diminutivos. 
Os fatos contábeis modificativos aumentativos são aqueles em que há surgimento de um 
recurso (bem ou direito) ou, ainda, extinção de uma obrigação, com o conseqüente 
aumento do valor do patrimônio Líquido. Como exemplos, podemos citar a Receita de 
aluguel, a Receita de comissões, etc. 
Os fatos contábeis modificativos diminutivos são aqueles em que há surgimento de uma 
obrigação ou, ainda, desaparecimento de um recurso (bem ou direito), com a 
conseqüente redução do valor do patrimônio Líquido. São exemplos de fatos contábeis 
modificativos diminutivos as despesas de comissão, despesas com tributos, etc. 
Fatos contábeis mistos são aqueles que, ao mesmo tempo, são permutativos e 
modificativos. Em outras palavras, são aqueles em que há troca de valores entre 
elementos patrimoniais (com alteração de valores em mais de um elemento do ativo ou 
do passivo) e, também, alteração no valor do patrimônio líquido. 
Os fatos contábeis mistos aumentativos são aqueles em que há troca de valores entre 
elementos do patrimônio e, adicionalmente, aumento do valor do patrimônio Líquido. 
Como exemplo, citamos as vendas com lucro. 
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Os fatos contábeis mistos diminutivos são aqueles em que há troca de valores entre 
elementos do patrimônio e, adicionalmente, redução do valor do patrimônio Líquido. 
Como exemplo, citamos as vendas com prejuízo. 
Resumidamente, temos a seguinte classificação para fatos contábeis: 
a) permutativos (qualitativos) ⇒ são Fatos que somente alteram a distribuição de 
valores entre bens, direitos e obrigações, sem alterar o montante do Patrimônio Líquido; 
b) modificativos (quantitativos) ⇒ são Fatos que alteram o valor do Patrimônio 
Líquido. Os Fatos Modificativos são classificados em aumentativos ou diminutivos: 
b.1) aumentativos (positivos) ⇒ são Fatos modificativos que aumentam o Patrimônio 
Líquido; 
b.2) diminutivos (negativos) ⇒ são Fatos Modificativos que diminuem o Patrimônio 
Líquido; 
c) mistos1 ⇒ são Fatos que, ao mesmo tempo, são 
permutativos e modificativos, ou seja, há troca de valor entre elementos patrimoniais 
(bens, direitos ou obrigações) e alteração do valor do PL, com lucro ou prejuízo. Os 
Fatos Mistos são classificados em aumentativos ou diminutivos: 
c.1) aumentativos (positivos) ⇒ quando há aumento do PL; 
c.2) diminutivos (negativos) ⇒ quando há redução do PL. 
De maneira prática, quando não há alteração do PL, o fato é permutativo. Se houver 
alteração do PL (para mais ou para menos), o fato será respectivamente aumentativo ou 
diminutivo, mas não sabemos se ele é modificativo ou misto. Para esclarecermos, 
devemos nos perguntar se houve alteração de valor em mais do que um elemento entre 
ativos e passivos: 
- se a resposta for negativa, o fato será modificativo; 
- se a resposta for positiva, o fato será misto. 
Vista a teoria, cabe um exemplo prático de sua aplicação. 
Exemplo 01 – Fatos contábeis 
ENUNCIADO 
10- Ao longo da existência de uma entidade, vários fatos podem acontecer e que 
refletem no patrimônio desta de forma positiva ou negativa. Em relação aos fatos 
contábeis e suas respectivas variações no patrimônio, julgue os itens que se seguem e 
marque a opção incorreta. 
a) A Insubsistência Passiva acontece quando algo que deixou de existir provocou efeito 
negativo no patrimônio da entidade. 
b) Quando ocorre uma Superveniência Passiva, a Situação Líquida diminui. 
c) As Superveniências provocam sempre um aumento do passivo ou do ativo. 
d) O desaparecimento de um bem é um exemplo de Insubsistência do Passivo. 
 
1 Também referidos por “Fatos Compostos” 
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e) Toda Insubsistência do Passivo é uma Insubsistência Ativa. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
Para resolução da questão, é necessário precisar alguns termos: 
(1) insubsistência – desaparecimento; 
(2) superveniência – aparecimento; 
(3) ativa – que aumenta o ativo (portanto, aumenta o patrimônio); 
(4) passiva – que aumenta o passivo (portanto, reduz o patrimônio). 
Feitas considerações, podemos analisar as alternativas da questão: 
a) A Insubsistência Passiva acontece quando algo que deixou de existir provocou efeito 
negativo no patrimônio da entidade. 
Assertiva Correta. 
Insubsistência Passiva é INSUBSISTÊNCIA QUE AUMENTA O PASSIVO e, com isso, 
reduz o patrimônio. Trata-se do desaparecimento de um elemento que logra reduzir o 
patrimônio. O exemplo é o de um bem que desapareceu por roubo ou incêndio. Ora 
essa situação tem efeito negativo no patrimônio da entidade, portanto, a assertiva está 
correta. 
b) Quando ocorre uma Superveniência Passiva, a Situação Líquida diminui. 
Assertiva Correta. 
A Superveniência Passiva é SUPERVENIÊNCIA QUE AUMENTA O PASSIVO e, com 
isso, reduz o patrimônio. Trata-se do aparecimento de um elemento que logra reduzir o 
patrimônio. O exemplo é o de uma dívida que aparece como, por exemplo, uma multa 
por descumprimento contratual que surge. Ora essa situação logra diminuir a situação 
líquida (patrimônio líquido). Portanto, a assertiva está correta. 
c) As Superveniências provocam sempre um aumento do passivo ou do ativo. 
Assertiva Correta. 
Encarando superveniência como “aparecimento”, elas podem ser o aparecimento de 
um ativo ou de um passivo. Assim, alternativamente, um desses dois grupos 
patrimoniais deverá aumentar (lembrando que isso resultará, respectivamente, em 
aumento ou redução do PL). Portanto, a assertiva está correta. 
d) O desaparecimento de um bem é um exemplo de Insubsistência do Passivo. 
Assertiva ERRADA. 
O desaparecimento de um bem é um exemplo de insubsistência passiva (pois logra 
reduzir o patrimônio). Ao contrário, uma insubsistência do passivo corresponde ao 
desaparecimento de uma obrigação e, portanto, logra aumentar o patrimônio. 
Seguindo os conceitos (ainda que soe estranho) uma insubsistência do passivo é uma 
insubsistência ativa. Assim, conclui-se que a assertiva está errada. 
e) Toda Insubsistência do Passivo é uma Insubsistência Ativa. 
Assertiva Correta. 
A insubsistência do passivo corresponde ao desaparecimento de uma obrigação. O 
desaparecimento de uma obrigaçãologra aumentar o patrimônio. Assim, a 
insubsistência do Passivo resulta em aumento do patrimônio e, portanto, a 
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insubsistência do passivo corresponde a uma insubsistência ativa. Dessa forma, 
conclui-se que a assertiva está correta. 
Pelo que foi acima colocado, a resposta para a questão é a alternativa “D”. 
5 Contas  e  Teoria  das  Contas  ­  Livros  Contábeis  e  Fiscais  – 
Lançamento 
Conceito de conta contábil. Uma conta contábil é um nome que referencia um 
conjunto de elementos do patrimônio de características semelhantes e que demandam 
controle conjunto (separadamente dos demais elementos) de seu valor e respectivos 
aumentos, ou reduções. Em outras palavras, uma conta contábil é um nome que 
referencia um item que compõe sistema patrimonial de informação (um item do 
patrimônio ou um motivo pelo qual esse patrimônio tenha aumentado ou diminuído em 
um período de tempo). 
Contas analíticas e contas sintéticas. As contas analíticas são as contas propriamente 
ditas – que merecem registro (direto nelas) dos fatos contábeis a elas relacionados. As 
contas sintéticas são nomes que referenciam um conjunto de contas analíticas, sendo seu 
valor o somatório dos valores das contas analíticas que a compõem. 
Elementos da conta. Os elementos da conta são: (1) o valor inicial saldo inicial, (2) os 
aumentos de valor (registrados a débito ou a crédito, conforme a natureza da conta), (3) 
as reduções de valor (registradas a débito ou a crédito, conforme a natureza da conta) e 
(4) o valor final da conta saldo final. 
Plano de Contas. É uma relação ordenada das contas componentes do patrimônio, bem 
como referentes ao resultado, com a informação de seu significado e comportamento. 
Em tempo, denomina-se Balancete de Verificação a relação de todas as contas – 
componentes do plano de contas –, cada uma com seu respectivo saldo. 
Teoria Patrimonialística. Pela teoria patrimonialística, classificam-se as contas em (1) 
Patrimoniais – Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido e (2) de Resultado – Receitas e 
Despesas. Importante, o conhecimento da teoria patrimonialística revela o objetivo 
informacional das contas: 
- as contas patrimoniais têm por objetivo informar o valor de um elemento do 
patrimônio em um dado momento (valor de um recurso – bem/direito, de uma obrigação 
ou da diferença entre recursos e obrigações); 
- as contas de resultado têm por objetivo informar a razão pela qual – durante o 
exercício – o valor líquido do patrimônio (o valor da diferença entre recursos e 
obrigações) aumentou ou diminuiu e o respectivo valor desse aumento ou diminuição. 
A figura a seguir ilustra a definição das contas de resultado, em oposição às contas 
patrimoniais. 
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Ativo Passivo
----------------------- Patrimônio Líquido
Despesas Receitas
Bens e Direitos Obrigações 
Bens e Direitos (-) Obrigações
 
Teoria Personalística. Pela teoria personalística, classificam-se as contas em (1) dos 
agentes consignatários (BENS – Ativo), (2) dos agentes correspondentes a débito 
(DIREITOS – Ativo), (3) dos agentes correspondentes a crédito (OBRIGAÇÕES – 
Passivo) e (4) dos proprietários (a DIFERENÇA entre Ativos e Passivos – Patrimônio 
Líquido, os aumentos da DIFERENÇA – Receitas e as reduções da DIFERENÇA – 
Despesas). Importantíssimo, o conhecimento dessa teoria revela a razão pela qual: 
- as contas de ativo são de natureza devedora – aumentam de saldo a débito e reduzem o 
saldo a crédito; 
- as contas de passivo e de patrimônio líquido são de natureza credora – aumentam de 
saldo a crédito e reduzem o saldo a débito; 
- as contas de despesa são unilaterais e de natureza devedora – somente aumentam de 
saldo a débito (durante todo o exercício); e 
- as contas de receita são unilaterais e de natureza credora – somente aumentam de saldo 
a crédito (durante todo o exercício). 
A figura a seguir ilustra a natureza das contas: 
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Saldos de natureza Devedora Saldos de natureza Credora
Ativo Passivo
----------------------- Patrimônio Líquido
Despesas Receitas
Bens e Direitos Obrigações 
Bens e Direitos (-) Obrigações
 
Teoria Materialística. Pela teoria materialística, as contas são classificadas em (1) 
contas integrais, que representam itens componentes do patrimônio (Recursos – 
Bens/Direitos – Ativos e Obrigações – Passivos) e (2) contas diferenciais, que 
representam a diferença entre recursos e obrigações (Patrimônio Líquido e seus 
respectivos aumentos – Receitas e reduções – Despesas). Importante, o conhecimento 
da teoria materialística permite o entendimento de que despesas e receitas são valores 
que pertencem ao Patrimônio Líquido e que, portanto, ao final de cada exercício devem 
ser eliminados e transferidos para o Patrimônio Líquido. 
A figura a seguir ilustra a relação entre as contas de resultado e o PL. 
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Ativo Passivo Ativo Passivo
------- PL ------- PL
Início Final
Despesas Receitas
-----
Saldo líquido (Receitas-Despesas)
Exercício
 
Exemplos de nomes de contas contábeis 
A seguir, para um contato inicial com a nomenclatura geralmente utilizada pela 
Contabilidade, apresentaremos nomes utilizados para designação de elementos de 
informação patrimonial – contas – classificados em: 
(1) contas patrimoniais: (1.a) Ativo, (1.b) Passivo e (1.c) Patrimônio Líquido; bem 
como 
(2) contas de resultado: (2.a) Receitas e (2.b) Despesas 
Cada um dos nomes exemplificativamente apresentados estará seguido de alguns breves 
comentários destinados à facilitar o entendimento. 
Contas Patrimoniais 
Ativo 
Ações: ações são títulos que representam o capital de uma empresa e, portanto, dão 
direito, ao respectivo titular, a uma fração ideal do patrimônio dessa empresa. Assim, 
quando em nosso patrimônio há ações de outras empresas, há um recurso, representado 
pelo direito a uma parte do patrimônio dessas empresas – o que caracteriza um Ativo. 
Bancos – movimento: a conta Bancos-movimento representa o direito que nossa 
empresa tem de sacar do banco todo o valor anteriormente por ela depositado, em sua 
conta-corrente (nele mantida) – esse recurso caracteriza um Ativo. 
Caixa: a conta caixa representa o dinheiro guardado em espécie na empresa – o direito à 
titularidade do dinheiro, sendo um recurso, caracteriza um Ativo. 
Despesas de Instalação: o significado dessa conta é dependente da legislação. 
Saliente-se que houve alteração da legislação em 2008, assim, vamos analisar essa conta 
(1) à luz da legislação anterior e (2) à luz da legislação atual. 
(1) Até o advento da Medida Provisória nº 449, de 2008 (convertida na Lei n° 11.941, 
de 2009), as despesas de instalação (apesar da palavra despesas em seu nome) 
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representavam gastos realizados antes da empresa começar a funcionar2. Esses são 
gastos necessários para que a empresa tenha o direito de, funcionando, auferir lucros 
nos próximos exercícios. Sendo um direitoao lucro dos exercícios vindouros, as 
despesas de instalação eram reconhecidas como um recurso, o que caracteriza um Ativo. 
(2) Após o advento da Medida Provisória nº 449, de 2008 (convertida na Lei n° 11.941, 
de 2009), essas despesas passaram a ser reconhecidas como despesas propriamente ditas 
(ou seja, reduções do patrimônio – pela saída de dinheiro sem a entrada de outro ativo). 
Devedores por Duplicatas: a conta Devedores por Duplicatas (também denominada 
Duplicatas a receber) representa o direito de exigir dos compradores (devedores) que 
paguem o valor das compras realizadas a prazo. Sendo um direito, é um recurso que 
caracteriza um Ativo. 
Estoques: a conta estoques representa o conjunto de mercadorias (entre outros 
elementos semelhantes3). Mercadorias, representando o direito à titularidade de bens, 
são recursos da empresa, que caracterizam Ativo. 
ICMS a Recuperar: a conta ICMS a Recuperar decorre da aplicação do princípio da 
não-cumulatividade do ICMS4 (segundo o qual, do tributo devido pelo contribuinte em 
razão das saídas de mercadorias do seu estabelecimento, o contribuinte tem o direito de 
descontar o valor do imposto já recolhido nas etapas anteriores de circulação da 
mercadorias, que está incluso no preço e foi por ele pago na aquisição das mercadorias). 
Sendo um direito, o ICMS a recuperar consiste em um recurso que caracteriza Ativo. 
Imóveis: a conta imóveis representa o conjunto de terrenos e edificações. Terrenos e 
edificações representam o direito à titularidade de bens que, sendo recursos da entidade, 
consistem em Ativo. 
Marcas e Patentes: Marcas e Patentes representam o direito de exploração de nomes ou 
de patentes de invenções. Em outras palavras, Marcas e Patentes representam o direito 
à titularidade de bens imateriais, o que caracteriza recurso da entidade, classificado 
como Ativo. 
Matérias-primas: matérias-primas representam um dos itens do estoque – existente em 
empresas industriais, as matérias-primas se transformam em produtos para a venda 
(durante o processo de industrialização). Como itens do estoque, as matérias-primas 
consistem em direitos à titularidade de bens e, assim, na qualidade de recursos da 
entidade, devem ser classificadas como Ativo. 
Mercado aberto: pelo nome “mercado aberto”, são referenciadas aplicações financeiras 
realizadas por empresas (notadamente em CDBs – Certificados de Depósitos Bancários 
– e RDBs – Registros de Depósitos Bancários – entre outras). A característica deste 
elemento patrimonial é o direito que a empresa investidora possui, de receber o valor de 
 
2 Este conceito será detalhadamente analisado adiante neste curso, quando da análise do Balanço 
Patrimonial, com a apresentação da estrutura do antigo Ativo Permanente (atualmente denominado Ativo 
não-circulante) e, em especial, do ora extinto grupo “Diferido”. 
3 Que serão estudados em aula específica, à parte – posteriormente – neste curso. 
4 ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços Interestaduais e Intermunicipais de 
Transporte e de Telecomunicações – é um imposto da competência dos Estados membros e do Distrito 
Federal, previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988 – art. 155 – e informado 
pelo princípio da não-cumulatividade. 
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seu investimento (nos termos contratados). Na qualidade de direitos, os investimentos 
em mercado aberto representam recursos, que ficam classificados como Ativo. 
Produtos: produtos são o resultado da manipulação, por empresas industriais, de 
matérias-primas (com a utilização de mão de obra direta e custos indiretos de 
fabricação) com o objetivo de conseguir itens para venda. O direito à titularidade 
desses bens, os produtos, caracteriza recurso da entidade, que deve ser classificado 
como Ativo. 
Selos: selos são itens necessários (por determinação legal) à comercialização de alguns 
produtos industrializados (por exemplo, bebidas e cigarros que – por determinação legal 
– somente podem sair do estabelecimento depois de selados). O direito à utilização dos 
selos é um recurso da empresa, que deve ser classificado como Ativo. 
Suprimentos (empréstimos) a coligadas: o nome “suprimentos a coligadas” é 
utilizado para designar empréstimos concedidos pela empresa a outras empresas, que 
com ela possuam uma relação societária5. Tendo concedido um empréstimo, a empresa 
fica com o direito de exigir que o valor emprestado seja devolvido. Esse direito 
caracteriza um recurso da entidade e, portanto, deve ser classificado como Ativo. 
Veículos: o nome veículos serve para designar todos os carros, motos, caminhões, 
caminhonetes, etc. utilizados pela empresa para transporte. São direitos (de 
propriedade, uso etc.) que têm por objeto bens (veículos), caracterizadores de recursos 
da entidade que devem ser classificados como Ativos. 
Passivo 
Acionistas, conta Dividendos: Dividendos são definidos como a parte do lucro que 
cabe ao acionista. Assim, quando se fala em “Acionistas, conta Dividendos”, refere-se 
à obrigação que a empresa tem de entregar uma parte de seus lucros aos acionistas. Na 
qualidade de obrigação, o elemento patrimonial denominado “Acionistas, conta 
Dividendos” (também denominado “Dividendos a Pagar”) deve ser classificado como 
Passivo. 
Bancos-conta empréstimos: empréstimos tomados em bancos pela empresa resultam 
na obrigação da empresa pagar por esse valor tomado. Na qualidade de obrigação, a 
conta “Banco-conta empréstimos” é caracterizada como uma conta de passivo. 
Credores por duplicatas: os “Credores por duplicatas” são aqueles que, tendo 
realizado vendas a prazo (de mercadorias compradas pela empresa) têm o direito de 
exigir que a empresa pague pelas mercadorias compradas, por conseqüência, nossa 
empresa tem a obrigação de pagar por elas. Na qualidade de obrigação, a conta 
“Credores por duplicatas” é classificada como Passivo. 
Duplicatas a Pagar: outro nome para designar o mesmo elemento patrimonial acima 
(Credores por duplicatas), as “Duplicatas a Pagar” representam uma obrigação contraída 
pela empresa, de pagar pelas mercadorias por ela compradas a prazo. Na qualidade de 
obrigação, a conta “Duplicatas a Pagar” é classificada como Passivo. 
Empréstimos em bancos: outro nome para designar o elemento patrimonial “Banco-
conta empréstimos”, referencia empréstimos tomados em bancos pela empresa, que 
 
5 Veremos o conceito de coligação no capítulo que trata de Equivalência Patrimonial, adiante neste curso. 
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resultam na obrigação da empresa pagar por esse valor tomado. Na qualidade de 
obrigação, a conta “Empréstimos em Bancos” é classificada como Passivo. 
ICMS a Recolher: ICMS a recolher é a conta que representa a obrigação da empresa de 
recolher aos cofres públicos o imposto ICMS – Imposto sobre a Circulação de 
Mercadoria e Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
telecomunicações. Sendo uma obrigação, trata-se de conta de Passivo. 
Rendas antecipadas: este tipo de denominação para elementos patrimoniais é da maior 
relevância – no tocante à quantidade de vezes em que é utilizado em questões de prova. 
Para entender o significado dessa conta, vamos voltar a alguns conceitos básicos, 
explanados quando da apresentação do princípio da competência6. Caso alguém receba 
antecipadamente um valor, por conta de um serviço ainda não prestado ou da venda de 
um bem ainda não entregue, nasce em seu patrimônio a obrigação de prestação do 
serviço,da entrega do bem ou da devolução do valor recebido. Esse é o caso de 
“Rendas antecipadas”, conta também conhecida pelos nomes de “Receitas antecipadas”, 
“Rendas a vencer”, “Receitas a vencer”, “Receitas recebidas antecipadamente” e etc. 
Sendo uma obrigação, as Rendas antecipadas são classificadas como Passivo.7 
Suprimentos de coligadas: Suprimentos de coligadas são caracterizados por valores 
decorrentes de empréstimos, recebidos de empresas com as quais haja uma relação de 
participação societária (uma é detentora de ações da outra – conforme será visto no item 
que trata de Equivalência Patrimonial, adiante neste curso). A empresa, tendo recebido 
valores de outra, incorre na obrigação de devolvê-los. Assim, Suprimentos de 
coligadas, caracterizam uma obrigação, que deve ser classificada como Passivo. 
Patrimônio Líquido 
O patrimônio líquido é definido como a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, um 
simples valor - calculado. Assim, pela definição, sendo um único valor, não 
necessitaria de várias contas que o representassem. Entretanto, a Lei das S/A determina 
a existência de várias contas para o Patrimônio Líquido. Para entender este aparente 
paradoxo, é necessário colocar que – para facilitar o entendimento da estrutura do 
patrimônio – a lei determinou que a diferença entre Ativo e Passivo (que compõe o 
Patrimônio Líquido) deve ser apresentada em vários elementos (cada um referenciando 
um dos motivos pelos quais surgiu esta diferença). Os motivos pelos quais nasce a 
diferença entre Ativo e Passivo e, consequentemente, ensejam a existência do 
Patrimônio Líquido são, em apertada síntese: (1) o fato de sócios, ou terceiros, 
colocarem valores na empresa para formação de seu patrimônio; (2) o fato da empresa 
lograr lucro com suas atividades. 
Acionistas, conta Capital: o termo “Acionistas, conta Capital” é usado para identificar 
o valor colocado pelos acionistas (a título de capital) na formação do patrimônio da 
 
6 Anteriormente visto neste curso. 
7 Dependendo da exigibilidade de prestações positivas e da possibilidade de devolução do valor recebido 
antecipadamente, uma conta com essa denominação podia também ser classificada como “Resultado de 
Exercícios Futuros” – mas esse assunto será pormenorizadamente discutido quando da apresentação dos 
grupos patrimoniais constantes do Balanço Patrimonial, inclusive com referência às recentes alterações da 
Lei das S/A decorrentes da edição da Medida Provisória nº 449, de 2008 (convertida na Lei n° 11.941, de 
2009), adiante neste curso. 
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empresa. Como esse valor será, teoricamente, devolvido para os sócios (ao final da 
existência da empresa), assim, conclui-se que ele faz parte do Patrimônio Líquido. 
Capital: Capital é um termo utilizado com o mesmo sentido de “Acionistas, conta 
Capital” e é usado para identificar o valor colocado pelos acionistas (a título de capital) 
na formação do patrimônio da empresa e, portanto, faz parte do Patrimônio Líquido. 
Reservas de lucro: Reservas de lucro são os resultados auferidos pela empresa em 
períodos passados, no desempenho de suas atividades, e que podiam ter sido 
distribuídos aos acionistas, mas foram destinados a permanecer no patrimônio da 
empresa até que um dia fosse necessária sua utilização. Como esse valor será, 
teoricamente, devolvido para os sócios (ao final da existência da empresa), ele também 
faz parte do Patrimônio Líquido. 
Contas de Resultado 
As contas de resultado somente têm função informativa se contextualizadas no exercício 
(no decorrer do intervalo de tempo compreendido entre o início e o final dos doze meses 
que compõem o exercício). Assim, receitas e despesas são, respectivamente, motivos 
que ensejam aumentos ou reduções no valor do Patrimônio Líquido – durante o 
exercício. Com base nesse conceito, apresentaremos exemplos de contas de receita e 
despesa (consideradas genericamente contas de resultado). 
Receitas 
Juros Ativos: a expressão “Juros ativos” é largamente utilizada para designar a receita 
auferida com juros. Para entender o significado dessa expressão, sugerimos a utilização 
de duas “palavras mágicas”, que elucidam o sentido da expressão em tela, são elas: que 
aumentam. Assim, “Juros ativos” podem ser entendidos como “Juros que aumentam 
ativos”. Ora, Juros que aumentam ativos são juros que aumentam o patrimônio e, 
assim, são classificados como Receitas (caracterizando aumento do patrimônio). 
Receita Bruta de Vendas: a expressão “Receita Bruta de Vendas” designa o valor da 
mercadoria (constante da nota fiscal) de venda8. Ora, a venda é um motivo pelo qual o 
patrimônio aumenta, assim, a Receita Bruta de Vendas consiste em uma receita. 
Receitas financeiras: a expressão “Receitas financeiras” é utilizada para designar 
aumentos do patrimônio devidos a (1) juros – entendidos como o valor do dinheiro no 
tempo – oriundos de transações com terceiros e (2) aplicações realizadas em instituições 
financeiras. De qualquer modo, são aumentos do patrimônio e, por isso, receitas. 
Despesas 
Impostos sobre vendas: a expressão “Impostos sobre vendas” é utilizada para designar 
um dos motivos pelos quais o patrimônio diminui: o surgimento da obrigação de 
recolher impostos, pela ocorrência do fato gerador do tributo (saída da mercadoria do 
estabelecimento contribuinte ou faturamento – ambos decorrentes, geralmente, de 
vendas). Ora, sendo uma hipótese de redução do patrimônio, trata-se de uma despesa. 
 
8 Na aula em que serão tratadas as operações com mercadorias, veremos que o valor da mercadoria 
(constante da Nota Fiscal) nem sempre é idêntico ao valor pago pelo comprador, nem ao valor 
contabilizado a título de estoque de mercadoria. O importante – nesse ponto da matéria – é saber que a 
Receita Bruta de Vendas corresponde ao valor da mercadoria (constante da Nota Fiscal), os demais 
detalhes serão estudados em momento próprio, adiante neste curso. 
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Variações Monetárias passivas: a expressão “Variações Monetárias passivas” é 
largamente utilizada para designar a despesa (redução no patrimônio) decorrente da 
variação de índices econômicos9. Para entender o significado dessa expressão, 
sugerimos a utilização das mesmas duas “palavras mágicas” já referidas, quais sejam, 
que aumentam. Assim, “Variações Monetárias passivas” podem ser entendidas como 
“Variações Monetárias que aumentam passivos”. Ora, Variações Monetárias que 
aumentam passivos, reduzem o patrimônio. Referenciando reduções do patrimônio, as 
Variações Monetárias Passivas são classificadas como Despesas. 
Nomes especiais de conta 
Neste item, apresentamos um glossário de contas cujo nome não é auto-explicativo e, 
talvez por isso mesmo, sejam as mais utilizadas nas questões de prova consideradas 
difíceis. 
Juros ativos a incorrer. 
Trata-se de uma expressão cujo entendimento também demanda a utilização daquelas 
duas “palavras mágicas” (que aumentam) e o conhecimento de que a expressão “a 
incorrer” significa que os juros são antecipados. Vistos esses conceitos, temos: 
ativos a incorrer
Juros que aumentam ativos a incorrer
AntecipadaReceita
 Passivo
Juros
 
Ora, se juros ativos consistem em receita e juros ativos a incorrer consistem em receita 
antecipada, conclui-se que juros ativos a incorrer é uma conta que deve ser classificada 
no passivo (visto que a receita recebida antecipadamente caracteriza a obrigação de 
entrega do bem ou do serviço relativo a tal receitaou, ainda, a devolução do valor 
recebido antecipadamente). Interessante, uma conta em cujo nome a palavra ativos 
aparece classificada como passivo10. 
Juros passivos a incorrer. 
Trata-se de uma expressão cujo entendimento demanda a utilização das mesmas duas 
“palavras mágicas” (que aumentam) e o conhecimento de que a expressão “a incorrer” 
significa que os juros são antecipados. Vistos esses conceitos, temos: 
 
9 A variação monetária mais famosa é aquela decorrente da variação na taxa de câmbio – denominada 
Variação Cambial. Exemplificando, quando a empresa tem uma dívida em dólares, se a taxa de câmbio é 
alterada (com a valorização da moeda estrangeira), há um aumento da dívida da empresa (em reais), o que 
enseja uma redução no patrimônio e, conseqüentemente, despesa (de Variação Cambial Passiva). 
10 Conforme já referenciado, essa conta (dependendo da necessidade ou não de prestações positivas e da 
possibilidade de devolução dos juros) podia ser também classificada como Resultado de Exercícios 
Futuros (grupo extinto pela Medida Provisória nº 449, de 2008 - convertida na Lei n° 11.941, de 2009), 
mas esse assunto será estudado em ponto próprio, adiante neste curso. 
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passivos a incorrer
Juros que aumentam passivos a incorrer
AntecipadaDespesa
 Ativo
Juros
 
Ora, se “juros passivos” consistem em despesa e “juros passivos a incorrer” consistem 
em despesa antecipada e, assim, conclui-se que “juros passivos a incorrer” é uma conta 
que deve ser classificada no ativo (visto que a despesa paga antecipadamente caracteriza 
o direito de exigir a entrega do bem ou do serviço relativo à despesa – ou o dinheiro de 
volta). Interessante notar que uma conta em cujo nome a palavra passivos aparece é 
classificada como ativo. 
Importante referenciar que esse mesmo pensamento é aplicável, tanto a juros, quanto a 
Variações Monetárias, Variações Cambiais, Aluguéis, Superveniências, Insubsistências, 
etc. Importante também referenciar que a expressão “a incorrer”, no sentido de 
antecipados (conforme já visto), equivale à expressões como “a vencer”, “a ocorrer”, “a 
transcorrer”, etc. 
Dessa forma, esquematicamente, temos os seguintes passivos: 
Juros
Aluguéis A Vencer
Variações Monetárias Que aumentam Ativos A Transcorrer
Superveniências Antecipados
Insubsistências
Passivo
 
Da mesma forma, esquematicamente, temos os seguintes ativos: 
Juros
Aluguéis A Vencer
Variações Monetárias Que aumentam Passivos A Transcorrer
Superveniências Antecipados
Insubsistências
Ativo
 
A classificação das contas denominadas “Superveniências Ativas” e “Superveniências 
passivas” foram objeto de forte discussão há pouco tempo. Para afastar eventuais 
dúvidas acerca do assunto, esclarecemos que, na realidade, estas contas geralmente não 
são utilizadas na Contabilidade Geral (entretanto foram objeto de questões de concurso). 
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Essas contas são características da Contabilidade Pública11. Em seguida, faremos um 
breve comentário sobre as superveniências e insubsistências (ativas e passivas), com 
exemplos: 
Superveniências Ativas: Superveniências Ativas são Superveniências que aumentam 
Ativos e, portanto, são Aparecimentos que aumentam o patrimônio – receita. Ocorrem 
por fatos, inesperados, que têm por conseqüência o aumento do Ativo e, assim, do 
Patrimônio Líquido. Aumentando o Patrimônio Líquido, essas contas são classificadas 
como receitas. Como exemplos de superveniências ativas, podemos citar o recebimento 
de heranças ou de prêmios e o nascimento de animais do rebanho. 
Superveniências Passivas: Superveniências Passivas são Superveniências que 
aumentam Passivos e, portanto, são Aparecimentos que reduzem o patrimônio – 
despesa. Ocorrem por fatos, inesperados, que têm por conseqüência o aumento do 
Passivo e, assim, uma diminuição do Patrimônio Líquido. Reduzindo o Patrimônio 
Líquido, são classificadas como despesas. Como exemplo de superveniências passivas, 
podemos citar o surgimento de dívidas por perda em processos judiciais ou 
administrativos. 
Insubsistências Ativas: Insubsistências Ativas são Insubsistências que aumentam 
Ativos e, portanto, são Desaparecimentos que aumentam o patrimônio – receita. 
Ocorrem por fatos, inesperados, que têm por conseqüência o desaparecimento de um 
elemento patrimonial que reflita um aumento do patrimônio. Consistindo em aumentos 
do Patrimônio, as insubsistências ativas são contas representativas de receitas. Como 
exemplos de insubsistências ativas, podemos citar quaisquer desaparecimentos de 
obrigações (o perdão ou cancelamento de dívidas, a prescrição para o Estado cobrar 
uma dívida, etc). 
Insubsistências Passivas: Insubsistências Passivas são Insubsistências que aumentam 
Passivos e, portanto, são Desaparecimentos que reduzem o patrimônio – despesa. 
Ocorrem por fatos, inesperados, que têm por conseqüência o desaparecimento de um 
elemento patrimonial que reflita uma diminuição do Patrimônio Líquido. Consistindo 
em reduções do patrimônio, essas contas são representativas de despesas. Como 
exemplos, podemos citar quaisquer desaparecimentos de bens ou direitos (a morte de 
um animal, o Perdão de direitos, a prescrição na cobrança de uma duplicata a receber e 
outras perdas de ativo – por incêndio, inundação, furtos, etc). 
Importante! Não confundir os termos: 
- insubsistência ativa com insubsistência do ativo; 
- insubsistência passiva com insubsistência do passivo. 
Alguns autores tratam os termos insubsistências do ativo como sinônimo de 
insubsistências ativas (e insubsistências do passivo como sinônimo de insubsistências 
 
11 A Contabilidade Pública é o ramo da Contabilidade que se preocupa com o controle e a evolução do 
Patrimônio Público, sempre com vistas ao acompanhamento do Orçamento. O Estudo da Contabilidade 
Pública é específico e se encontra fora do escopo deste curso, que trata da Contabilidade em geral e, em 
especial, comercial. 
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passivas), isso não é recomendável12 porque tira toda a lógica de denominação de contas 
acima apresentada. 
Como regra de entendimento, temos que: 
- insubsistência ativa é desaparecimento que aumenta o patrimônio (receita) e 
insubsistência do ativo é desaparecimento de ativo (despesa); 
- insubsistência passiva é desaparecimento que reduz o patrimônio (despesa) e 
insubsistência do passivo é desaparecimento de passivo (receita). 
Acima, apresentamos o entendimento majoritário, porém, como não há normatização 
legislativa no tocante ao nome de contas contábeis, somente com a interpretação do 
texto, dentro do contexto em que se encontra a expressão utilizada para denominar a 
referida conta contábil, é que poderemos classificá-la com segurança. 
Lançamentos – conceito e elementos. Lançamentos são registros de fatos contábeis, 
nos livros Diário e Razão. Esse registro deve compreender: (1) a data do fato contábil; 
(2) a(s) conta(s) a débito, onde são aplicados valores; (3) a(s) conta(s) a crédito, de onde 
são originados os valores; (4) o valor; e (5) um histórico, descrevendo o fato contábil 
registrado e referenciando os documentos de suporte ao lançamento. 
Livros Fiscais, Livros Societários e Livros Trabalhistas. A escrituração, em sentido 
amplo, é o registro de tudo o que acontecede relevante na empresa. Portanto, a 
escrituração pode ter por objetivo o patrimônio ou outras áreas de interesse da empresa 
(ou de terceiros relacionados com a empresa). Assim, há livros fiscais onde são 
registradas informações acerca da apuração, do controle e da fiscalização dos tributos 
pela empresa devidos. Há também livros societários onde são registrados atos de 
gerência da sociedade. Finalmente, há livros trabalhistas, onde são registrados fatos 
relacionados à relação entre a empresa e seus empregados. 
Livros Contábeis – Livro Diário e Livro Razão. Os livros contábeis são aqueles em 
que são registrados os fatos contábeis (eventos que têm efeito no patrimônio). Assim, a 
escrituração nos livros contábeis é considerada escrituração em sentido restrito. A 
escrituração é realizada em livros principais (onde esteja registrada a totalidade de fatos 
contábeis ocorridos), são eles: 
O Livro Diário – um livro principal, cronológico (onde se encontram registrados os 
fatos ordenados por ordem cronológica) e com formalidades intrínsecas e extrínsecas. 
O Livro Razão – um livro principal, sistemático (onde se encontram registrados os fatos 
ordenadamente por conta nele envolvida) e sem formalidades (pois, o Razão e o Diário 
têm a mesma informação – apenas classificada por critério diferenciado) e basta haver 
um batimento entre essas informações para que as formalidades do Diário garantam a 
fidedignidade dos dados constantes do Razão. 
A escrituração dos livros contábeis pode ser realizada de maneira virtual (em registros 
digitais), desde que com toda a informação necessária e no formato definido 
normativamente. 
O Débito e o Crédito – conceitos fundamentais no lançamento. O débito é uma 
aplicação de valor em um elemento do patrimônio. O crédito é a origem do valor 
 
12 E, inclusive, criticado – também – por outros autores – conforme Ferrari, Ed Luiz. Contabilidade 
Geral: teoria e 950 questões. 6a ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Página 109. 
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aplicado. Como o valor aplicado em um elemento patrimonial necessariamente deve ter 
uma origem. O valor do crédito – a cada fato contábil ocorrido (e lançamento 
registrado) – deve ser igual ao valor do débito. Metaforicamente: 
a) o crédito é a bolinha, que representa a origem, que representa areia que sai de um 
elemento patrimonial (com destino a outro elemento); 
b) o débito é a setinha, que representa a aplicação, que representa a areia que é aplicada 
em um elemento patrimonial (que teve como origem o respectivo crédito). 
Fórmulas de Lançamento. São quatro as fórmulas de lançamento: 
1a. fórmula ⇒ uma conta devedora e uma conta credora (1d x 1c); 
2a. fórmula ⇒ uma conta devedora e várias contas credoras (1d x Nc); 
3a. fórmula ⇒ várias contas devedoras e uma conta credora (Md x 1c); 
4a. fórmula ⇒ várias contas devedoras e várias contas credoras (Md x Nc). 
A seguir, iremos apresentar exemplos de lançamentos com cada uma das fórmulas. 
Exemplo 01 - lançamento de primeira fórmula - compra de móveis a prazo, por R$ 
10.000,00: 
- situação inicial, apresentada (na forma de balancete – relação de contas e respectivos 
saldos de um patrimônio em um determinado momento), em que há apenas dinheiro (R$ 
50.000,00), temos a análise do fato abaixo representada, conforme o seguinte balancete: 
Dinheiro 50.000,00 Obrigações - 
Diferença (A-P) 50.000,00 
Ativo Passivo
------------------------------------ Patrimônio Líquido
 
Representação do fluxo de valores: 
Dinheiro 50.000,00 Fornecedores 10.000,00 
Móveis 10.000,00 
Diferença (A-P) 50.000,00 
Ativo Passivo
------------------------------------ Patrimônio Líquido
 
Repare que há apenas uma setinha e apenas uma bolinha; apenas um elemento 
patrimonial figurando como origem de valores (conta Fornecedores) e aplicação de 
valores em apenas um elemento patrimonial (conta Móveis). 
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No livro diário, um lançamento de primeira fórmula é registrado conforme o exemplo a 
seguir: 
 D = Móveis 
1 C = a Fornecedores 10.000,00 
Ou, simplesmente: 
 Móveis 
 1 a Fornecedores 10.000,00 
E, no Livro Razão, o lançamento é registrado da seguinte forma: 
50.000,00 si si 50.000,00 1 10.000,00 10.000,00 1 
débitos créditos
fornecedores
débitos créditos
móveis
débitos créditosdébitos créditos
capital caixa
 
Após os registros, o patrimônio final (Balancete) passa a ser o seguinte: 
Dinheiro 50.000,00 Fornecedores 10.000,00 
Móveis 10.000,00 
Diferença (A-P) 50.000,00 
Ativo Passivo
------------------------------------ Patrimônio Líquido
 
Exemplo 02 - lançamento de segunda fórmula - compra de móveis, por R$ 10.000,00, 
sendo o pagamento metade à vista e metade a prazo: 
- situação inicial dinheiro (R$ 50.000,00), temos a análise do fato abaixo representada, 
conforme o seguinte balancete: 
Dinheiro 50.000,00 Obrigações - 
Diferença (A-P) 50.000,00 
Ativo Passivo
------------------------------------ Patrimônio Líquido
 
Representação do fluxo de valores: 
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Caixa 50.000,00 Fornecedores 5.000,00 
(5.000,00) 
45.000,00 
Móveis 10.000,00 
Capital 50.000,00 
Ativo Passivo
------------------------------------ Patrimônio Líquido
 
Repare que há apenas uma setinha, porém há duas bolinhas; ou seja, em apenas um 
elemento patrimonial é realizada aplicação de valores (R$ 10.000,00, na conta Móveis), 
mas a origem do valor aplicado na conta Móveis não é única – figuram como origens de 
valores as contas Fornecedores e Caixa. Considerando a metáfora da “caixa de areia”, 
é como se tivessem sido retirados “cinco mil grãos de areia”, cavados do buraco 
Fornecedores, e, também, “cinco mil grãos de areia”, desbastados do montinho Caixa, 
para aplicação de “dez mil grãos de areia” no montinho Móveis. 
No livro diário, um lançamento de segunda fórmula é registrado de uma maneira 
especial. 
No lugar em que se espera a conta que recebe créditos, é colocada uma palavra 
reservada (a palavra reservada diversos). Importante, a palavra reservada diversos não 
representa um nome de conta, mas apenas indica que “no lugar onde deveria constar 
uma conta recebendo créditos, constam várias (diversas) contas”. Esse é o significado 
da palavra diversos. 
Somente após o final do lançamento, serão especificadas as diversas contas que 
receberam créditos, com os respectivos valores creditados. Repare que, como o valor 
debitado é igual ao somatório dos valores creditados, faz-se necessária uma 
apresentação discriminada de todos eles (para que o lançamento fique claro – do ponto 
de vista informacional). 
Finalmente, cabe referenciar que a utilização da palavra reservada diversos está caindo 
em desuso. Com o advento do computador, tornou-se muito mais fácil elaborar um 
relatório com o débito indicado pela letra “D”, um crédito indicado pela letra “C”, e sem 
nenhuma referência às palavras reservadas “a” ou “diversos”. Porém, em provas de 
concurso, é certo que a notação utilizada, para o lançamento, será justamente esta 
tradicional,

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