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Fundamentos de Usinagem Prof. Carlos Bork bork@sapucaia.ifsul.edu.br carlosbork@gmail.com 2015 mailto:carlosbork@gmail.com Aço rápido Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na Exposição Mundial de Paris Composição - Elementos de Liga: tungstênio, cromo e vanádio como elementos básicos de liga e pequena quantidade de manganês para evitar fragilidade. - Em 1942, devido a escassez de tungstênio provocada pela guerra, este foi substituído pelo molibdênio. Características - temperatura limite de 520 a 600oC mantendo dureza de 60-67 HRC; - maior resistência à abrasão em relação ao aço-ferrameta; - preço elevado; tratamento térmico complexo. Aço Rápido com Cobalto O aço rápido ao cobalto, denominado de aço super-rápido, apareceram pela primeira vez em 1921. Característica - Maior dureza a quente; maior resistência ao desgaste; menor tenacidade. Materiais de ferramentas aço-rápido metal-duro cerâmica CBN diamante cerâmiccerâmic asas Comprimento de corte (l) [mm]Comprimento de corte (l) [mm] Desgaste de flanco Desgaste de flanco máximo VB [mm]máximo VB [mm] Metal duroMetal duroHSHS SS PKDPKD CBNCBN Gk-AlSi12(Cu);Gk-AlSi12(Cu); vc = 2500 m/minvc = 2500 m/min vf = 9 m/minvf = 9 m/min Metal duro HPT wear.mpg Metal duro 1. Elevada dureza; 2. Elevada resistência à compressão; 3. Elevada resistência ao desgaste; 4. Possibilidade de obter propriedades distintas nos metais duros pela mudança específica dos carbonetos e das proporções do ligante. 5 Controle sobre a distribuição da estrutura Metal duro - Composição carbonetos de tungstênio (WC):dureza a qte cobalto: ligante TiC (Carbonetos de Titânio): pouca tendência à difusão; redução da resistência interna e dos cantos. TaC (Carbonetos de Tântalo) e NbC (Carboneto de Nióbio): pequenas quantidades diminuição do tamanho dos grãos, melhorando a tenacidade e a resistência dos cantos. PRODUÇÃO METAL DURO.MPG Metal duro - Fabricação Fabricação do pó Prensagem Sinterização Metal duro - Fabricação Retífica Tratamento dos gumes Cobertura Gravação e etiquetagem Metais duros convencionais são classificados em grupos P, M e K, conforme composição química, propriedades e campos de aplicação (Norma DIN 4990) - Grupo P: alta resistência a quente; pequeno desgaste abrasivo, usinagem de cavacos longos - Grupo M: média resistência a quente e a abrasão - Grupo K: pouca resistência a quente, alta resistência ao desgaste, praticamente somente WC e Co Grupos são divididos ainda com relação à resitência à tenacidade e ao desgaste. Cavaco PMK.avi Nos metais-duros, consegue-se significativamente aumentar tanto a dureza do material quanto a tensão de escoamento transversal, com a diminuição do tamanho de grão do carboneto de tungstênio WC Influência da temperatura na dureza dos substratos e revestimentos Tamanho dos micro-grãos da classe K03 (aumento de 10000 x – MEV) 2m ▬▬▬ 10000 x 1 32 Resultados com Tamanho dos micro-grãos da classe K03 Material: DIN 1.2083 Dureza: 52 HRC Ferramenta: topo esférico diâmet ro: 6 mm comprimento: 156 mm Tecnologia: corte concordante/ periférico rampa 75° a n : 0,3 mm a et : 0,3 mm f z : 0,1 mm v c : 250 m/ min 0.00 0,03 0,05 0,08 0,10 0 19 33 47 61 75 89 103 117 131 145 159 173 187 201 215 229 243 257 271 Comprimento usinado (L) [m] Ferramenta 1 Ferramenta 2 Ferramenta 3 Desgaste de flanco máximo (VBmax) [mm] Adesão Descascamento Abrasão Oxidação Difusão Efeitos superfíciais Efeitos volumétricos Tensões Formação de trincas Micro-fraturas Fraturas Fenômenos de desgaste em ferramenta revestida Metal duro com revestimento simples: TiC: baixo coeficiente de atrito, menor difusão, menos adesão e soldas a frio, menores forças de avanço e passiva; alta dureza, baixo coeficiente de dilatação térmica; TiN: alta força de ligação interna, estável quimicamente, pouca difusão, pouco desgaste de cratera; Al2O3: alta dureza (frágil), alta resistência a quente, alta resistência química, baixa resistência a oscilações de temperaturas; Revestimentos múltiplos: deposição de 10 camadas com combinação das propriedades Physical Vapour Deposition. Deposição em vácuo onde, primeiramente, um material é transformado em vapor, então é transportado nessa fase e por último é depositado na superfície de um substrato. Deposição de ligas, multi-camadas, nanocamadas e camadas com gradiente de composição. A técnica consiste basicamente na aplicação de uma voltagem negativa (bias) nos substratos. A forma através da qual o material é transformado para a fase vapor é o principal ponto de distinção dos processos. Vaporização a vácuo; Sputtering Ionplating PVD -temperatura de processo de 200 até 600 C com solicitação relativamente pequena de temperatura do material do substrato - A resistência à flexão do substrato continua não afetada em razão da baixa temperatura de revestimento. - Em camadas PVD surgem tensões de compressão, que limitam a espessura da camada real de 3 a 5 m. O perigo de formação de fissuras nesse tipo de solicitação é reduzido através dos tensões de compressão. - O processo PVD em ferramentas revestidas necessita um pré-trabalho superficial e um desenvolvimento do processo muito cuidadoso a fim de se obter uma excelente aderência da camada. Os efeitos da vaporização e da difusão provocam uma melhor aderência da camada em processos CVD. - Em razão dos efeitos de sombreamento no processo CVD obtém-se espessuras de camadas relativamente iguais direcionadas num só sentido para a rotação das partes revestidas. - Há grande quantidade de sistemas de camadas e materiais de substratos. Bomba de vácuo Abastecimento de energia Gás inerte Gás de reação Vaporizador de átomos metálicos Suporte do substrato Substrato Recipiente Câmara de revestimento Material de revestimento PVD Processos de revestimento: CVD Chemical Vapour Deposition CH4 2H Entrada de gás 2H + T1C14 H 2 Líquido T1C14 Vaporizador Saída de gás camada de TiC= o tetracloreto de titânio (TiCl4) vaporizado é levado juntamente com metano (CH4) No processo CVD de alta temperatura clássico (processo HT-CVD) que ocorre a uma temperatura de 900 a 1100C e, a uma pressão abaixo da pressão atmosférica, ocorre uma reação química, na qual é formado carboneto de titânio 2 150101000 244 4 nHHclTiCnHCHTiCL mbarC Fresamento a seco Aço para melhoramento Fresamento molhado D e s g a st e 175 min 125 100 75 50 25 0 sem CVD MT-CVD V id a ú ti l T c Tipo de revestimento 41 Cr 4 St 52-3 X2CrNi1812 Liga de Titânio s e m s e m C V D ( T iC - T iN ) s e m Tipo de revestimento M T -C V D 5 4 3 2 1 C o m p ri m e n to ú til -r e la çã o 250 32 160 80 18 80 0,1 3 - 5 3 12 7 125 25 35 0,33 0,28 0,085 2,5 3 2 32 131 60 (Rm = 950 N / mm²) D = 100 mm v = 113 m/min f = 0,1 mm a = 6 mm D (mm) Z v (m/min) f (mm) a (mm) a (mm) c z p c z p e M ic ro tr in ca s D e s g a st e 100 80 70 60 40 30 20 10 0 % CVD-Revestimento Al O / Tic Espessura da camada 2 3 1/9 4 / 6 6 / 4 F re q ü ê n ci a d e a va ri as ( fa lh a do g um e) 3m Espessura da camada isolada Al O /TiC2 3 R es is tê nc ia a o de sb a st e R es is tê nc ia à f le xã o PVD CVD PVD CVD P-CVD TiN - AlON - TiN - TiN - TiN - AlON - AlON - AlON - Camada de transição - Substrato - 3 Grades Stress less coating.mpg Metal duro à base de titânio Característica - baixa tendência a formação de gume postiço; - boa resistência a corrosão; - boa resistência ao desgaste; - resistência a temperatura elevada e - alta estabilidade química. Cermets (CERâmica/METal) Os Cermets atuais são complexos sistemasde múltiplos materiais que podem conter outros elementos como tungstênio, tântalo, nióbio, molibdênio ou carbonetos complexos dos quais se formam fases intermetálicas durante a sinterização. Cerâmicas Cerâmicas Cerâmicas óxidas Cerâmicas não óxidas Cerâmica óxida Cerâmica mista Cerâmica reforçada c/ whisker Cerâmica de nitreto de silício Al O2 3 32Al O +ZrO 43 Si N + aditivos sinterizados 2 Al O +TiC2 3 Al O +ZrO +TiC 32 2 Al O + SIC - Whisker 32 Si N + Sialon + aditivos sinterizados Si N + material duro + aditivos sinterizados 43 3 4 Cerâmica a base de óxido (Puro) Característica: baixa resistência; baixa condutividade térmica; fratura do gume, caso a condição de corte não seja boa; baixa dureza. Cerâmica a base de óxido (mista) Característica: Devido à adição de novos elementos como carbonetos de titânio e tungstênio, os insertos: melhor resistência ao choque térmico; melhor condutividade térmica. Cerâmica a base de nitreto de silício Característica: melhor resistência ao choque; considerável dureza a quente; é excelente para usinar ferro fundido cinzento a seco; Os insertos são obtidos através de prensagem de alta pressão a frio seguida de sinterização, ou mais alternativamente, através de pressão a quente. Cerâmicas Cerâmicas Cerâm ica óx ida C erâm ica m ista Cerâm ica de nitreto de silício C erâm ica reforçada com W hisker A m pliação Cerâm ica de nitreto de s ilíc io revestida ( A l O + Z rO ) ( A l O + T iC ) ( S i N + M gO ) A l O + S iC - W hisker ) ( A l O + S iC - W hisker ) ( S i N + A l O ) 2 3 2 3 3 4 3 42 3 2 3 Material da ferramenta Material da peça : GG26Cr Velocidade de corte: vc=600-360 m/min Avanço: f=0,46 mm Profundidade de corte: ap=3 mm Al 0 /Cerâmica Si N /Cerâmica 0 2 3 3 4 150 300 450 600 750 1350 Peças 1500 Peça bruta Chanfrado Não chanfrado Material da peça : GG25 Velocidade de corte: vc=1000 m/min Avanço: f=0,5 mm Profundidade de corte: ap=3 mm Peças 600 450 300 150 0 Q ua n tid ad e N ChanfradoNão chanfrado Aplicação de cerâmica de corte Si3N4 na usinagem de discos de freio (de acordo com Daimler – Benz, Feldmühle) Característica: mais estáveis que o diamante, especialmente contra a oxidação; dureza elevada; alta resistência à quente; resistência ao desgaste; quebradiço; alto custo; excelente qualidade superficial da peça usinada; envolve elevada força de corte devido à geometria de corte negativa, alta fricção durante a usinagem. Usinagem de aços duros; de desbaste e de acabamento; cortes severos e interrompidos; Os cristais de boro cúbico são ligados por cerâmica ou ligante metálico, através de altas pressões e temperatura. As partículas orientadas a esmo, conferem uma densa estrutura policristalina similar a do diamante sintético. CBN CBN 100 m 80 60 40 20 0 PCBN1 PCBN2 PCBN3 PCBN4 Profundidade da cratera KT Desgaste do flanco VB PCBN1 PCBN2 PCBN4PCBN3 Processo: Torneamento externo a seco Material da peça: 100Cr6 (60 HRC) Parâmetros: v = 80 m/min de corte f = 0,1 mm a = 1 mm c p Tempo de corte tc: 10min Identificação de Materiais e Geometrias de Ferramentas Material da ferramenta Tipo de revestimento Metal-duro classe P25 (micro-grão) TiAlCN Metal-duro classe K03 (micro-grão) TiAlCN Cermet WSP1 TiCN CBN 25% pureza TiAlCN CBN 99% pureza TiAlCN Matriz de testes de ferramentas para escolha do material de ferramentas Material: DIN 1.2083 Dureza: 52 HRC Ferramenta: topo toroidal diâmetro: 15 mm raio da pastilha: 3,5 mm Tecnologia: corte concordante/periférico rampa 75° a n : 0,3 mm a et : 0,3 mm f z : 0,05 mm 0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0 13 24 37 51 66 80 94 108 122 136 150 164 178 192 Comprimento usinado (L) [mm] CBN 99,8% (vc= 450 m/min) CBN 99,8% (vc= 950 m/min) CBN 25% (vc= 450 m/min) Desgaste de flanco máximo (VBmax) [mm] 4 direções principais de clivagem Classificação dos diamantes - Diamantes negros: são “amorfos”, quando aquecidos perdem a sua dureza. ferramentas para retificar rebolos, pontas de brocas para minas. - Bolos: são diamantes claros, de crescimento irregular, são redondos, não encontram aplicação como ferramentas utilizadas na usinagem. - Bort:(usado na usinagem de ultra precisão), especialmente o africano, monocristalino. Anisotropia, suas propriedades variam com a direção. Diamante Diamante Diamante policristalino: diamante sintético. A camada de diamante policristalino é produzida pela sinterização das partículas de diamante com cobalto num processo de alta pressão (600 à 700MPa) e alta temperatura (1400 à 2000°C). A camada de aproximadamente 0,5mm de espessura, ou é aplicada diretamente sobre uma pastilha de MD pré sinterizada, ou então é ligada ao metal duro através de uma fina camada intermediária de um metal de baixo ponto de fusão. Diamante Monocristalino Diamante é carbono cristalizado na estrutura CCC enquanto grafita na HC São os materiais que apresentam maior dureza. Empregados: usinagem de ligas de metais, latão, bronze, borracha, vidro, plástico, etc. Usinagen fina, pois é o único material para ferramenta de corte que permite graus de afiação do gume até quase o nível de um raio atômico (50 nm) de carbono e furação de poços de petróleo - Velocidade de corte permitida: 100 a 3000m/min; - Avanço: 0,002 a 0,06 mm; - Profundidade de corte: 0,01 a 1,0 mm; Limitação: materiais ferrosos devido à afinidade do C com o ferro; processos com temperaturas acima de 900°C devido à grafitização do diamante. . Diamante Diamante PKD ( ap = 0,5 mm; f = 0,15 mm; z = 8 ) PKD com ajuste otimizado dos gumes ( ap = 0,5 mm; f = 0,1mm; z = 8 ) z z z - redução do tempo de troca da ferramenta - melhora da qualidade superficial - redução do retrabalho (pouca rebarba) - avaliação onerosa dos gumes - reafiação difícil - ferramentas especiais (possibilidade de regulagem; fixação por forma) - manuseio complexo 100% 2500 m/min 100% 1600 360 380% 16% 880 1130 100% 50% 60% Tempo de usinagem para percurso de usinagem de 1m Velocidade de corte Custo de ferramentas por peça Quantidade (peças) Custo de material de cada ferramenta 1600% 1600% 3600 MD ( ap = 0,5 mm; f = 0,023 mm; z = 24 ) Usinagem de micro-precisão Características principais do fresamento de grafita Industrial Aumento da vc relacionado com aumento da vida da ferramenta Aumento do avanço até um certo valor corte discordante S t a n d w e g e n d e k r i t e r i u m : V B = 1 0 0 µ mm a x W e r k z e u g : S c h a f t f r ä s e r D = 1 2 m m z = 2 W e r k s t o f f : G r a p h i t E K 8 5 S c h n i t t - b e d i n g u n g e n : f = 0 , 0 5 m m a = 3 m m a = 1 2 m m p e z 2 5 m 2 0 1 5 1 0 5 0 2100m/min15001200900600300 HM K10 HM P2 5 HM K10 (TiN) Cermet Schnit tgeschwindigkeit v c S ta nd w eg p ro Z ah n L fz 2 50 m 2 00 150 100 50 0 2100m/min15001200900600300 K10, diamantbeschichtet PKD Schnit tgeschwindigkeit v c S ta nd w eg p ro Z ah n L fz Velocidade de corte vc Velocidade de corte vc L Critério de fim de vida: VBmax= 100 m material: grafite EK 85 Ferramenta: topo reto; D= 12 mm, z= 2 parâmetros de corte: fz= 0,05 mm/rot ap= 3 mm; ae= 12 mm Quadro Comparativo de Propriedades Evolução das Velocidades de Corte CBN e diamante Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52
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