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Professor: Assis Maia 19/04/2023 WWW.IAPCURSOS.COM 1 1. (2023/FGV/Receita Federal/Analista Tributário) Em determinado País, o grupo político que assumiu o poder com o uso da força solicitou que uma comissão de notáveis elaborasse um projeto de Constituição. Ato contínuo, após realizar os ajustes que lhe pareciam necessários, submeteu-o a um plebiscito, com o objetivo de lhe conferir uma aparente legitimidade, o que resultou na sua aprovação popular. Ato contínuo à aprovação, o texto constitucional foi publicado e sua observância se tornou obrigatória. Essa Constituição, no entanto, foi moldada pelo grupo político dominante com o intuito de atender aos seus objetivos. A Constituição do referido País se compatibiliza com a classificação como A) dogmática e compromissória. D) cesarista e semântica. B) promulgada e plebiscitária E) outorgada e nominal. C) heterodoxa e normativa. 2. (2022/FGV/TJ-TO/Contador) Maria e João foram presos em operação organizada pela Polícia Militar do Estado Alfa, destinada ao combate ao tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. A seu ver, aspectos circunstanciais, não incorporados ao auto de prisão em flagrante, no qual somente foram ouvidos dois dos policiais envolvidos, seriam suficientes para descaracterizar a tipificação de tráfico. Por tal razão, o seu advogado solicitou à Polícia Militar a identificação dos demais policiais responsáveis pela prisão, já que todos estavam encapuzados e sem identificação naquele momento. O requerimento foi negado sob o argumento de que a medida era necessária para resguardar a segurança pessoal dos policiais. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a negativa da Polícia Militar foi: A) certa, pois os policiais militares devem ter o seu direito à intimidade preservado; B) certa, pois o direito à ampla defesa não permite que os protocolos de segurança da Polícia Militar sejam desconsiderados; C) errada, pois a proteção da esfera jurídica dos policiais militares tem mais peso, no caso concreto, que os interesses dos acusados de tráfico; D) errada, pois João e Maria têm o direito à identificação daqueles que participaram da operação e, consequentemente, de sua prisão; E) errada, pois é constitucionalmente vedado que o Estado, por ser democrático e de direito, oponha a exceção de sigilo a quaisquer informações solicitadas por particulares. 3. (2022/FGV/TJ-TO/Técnico Judiciário) Maria, brasileira nata, residia há muitos anos no país Alfa. De acordo com a legislação de Alfa, somente os nacionais desse país tinham capacidade para celebrar os atos da vida civil. Ciente desse fato, Maria requereu e teve deferida a nacionalidade do país Alfa, de modo que pudesse praticar os atos da vida civil. Nesse caso, Maria: A) passou a ter a nacionalidade brasileira e a nacionalidade de Alfa; B) perdeu a nacionalidade brasileira, passando a ter apenas a nacionalidade de Alfa; C) tornou-se apátrida, pois a nacionalidade subsequente, adquirida quando vigente a anterior, anula ambas; D) somente manterá a nacionalidade brasileira caso o requeira, à autoridade brasileira, nos doze meses subsequentes; E) somente manterá a nacionalidade brasileira caso tenha requerido sua manutenção em momento anterior ao deferimento da nacionalidade de Alfa. 4. (2022/FGV/TJ-TO/Contador) João se encontra no segundo mandato consecutivo de governador do Estado Alfa e está muito preocupado com a possibilidade de diversos parentes não poderem concorrer a cargos eletivos em razão do cargo por ele ocupado. Entre os seus parentes, (1) o irmão Pedro quer concorrer ao cargo de prefeito do Município Delta, situado no território do Estado Alfa; (2) a esposa Maria quer ser reeleita para o cargo de deputada estadual no Estado Alfa; e (3) a filha Joana quer concorrer ao cargo de governadora, sucedendo ao pai na chefia do Poder Executivo do Estado Alfa. À luz da sistemática constitucional: A) estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 1 e 2; B) estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 1 e 3; C) estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 2 e 3; D) estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer os parentes referidos em 1, 2 e 3; E) o cargo ocupado por João não pode gerar consequências desfavoráveis para os seus parentes. 5. (2022/FGV/TJ-TO/Técnico Judiciário) João, presidente do Partido Político Alfa, teve longa conversa com Pedro, presidente do Partido Político Beta, sendo deliberado, ao fim, que seriam adotadas as providências necessárias para que esses partidos políticos disputassem em conjunto, como se fossem um único partido político, as próximas eleições majoritárias e proporcionais realizadas a nível federal. Após a eleição, a união seria desfeita. A ordem constitucional: A) veda a união entre os partidos políticos, na forma alvitrada por João e Pedro; B) condiciona a união entre os partidos políticos, na forma alvitrada por João e Pedro, à prévia autorização judicial; C) assegura a autonomia dos partidos políticos para a formação de uniões como a descrita, mas é vedado que isso ocorra nas eleições majoritárias; D) assegura a autonomia dos partidos políticos para a formação de uniões como a descrita, mas é vedado que isso ocorra nas eleições proporcionais; E) assegura a autonomia dos partidos políticos para a formação de uniões como a descrita, o que pode ocorrer tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais. 6. (2022/FGV/TJ-TO/Técnico Judiciário) O Estado Alfa editou a Lei nº XX, dispondo sobre determinada matéria de competência legislativa concorrente entre a União e os Estados. Como a União ainda não tinha editado nenhuma lei sobre a matéria, a disciplina estabelecida pela Lei estadual foi completa. Pouco depois, sobreveio a Lei nº YY, editada pela União, que veiculou normas gerais quase que completamente colidentes com aquelas constantes da Lei nº XX. Nesse caso, as partes da Lei nº XX que colidem com a Lei nº YY: A) foram revogadas; B) foram revalidadas; C) permanecem eficazes; D) tornaram-se inválidas; E) tiveram a sua eficácia suspensa. Direito Constitucional– Assis Maia WWW.IAPCURSOS.COM 2 7. (2022/FGV/TJ-TO/Contador) A Lei nº XX, do Estado Alfa, dispôs sobre a forma de outorga, pela Secretaria de Estado de Transporte, da exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual de passageiros, prestados a partir do seu território, nas modalidades de concessão e de permissão. Para tanto, detalhou os requisitos a serem observados, a forma de cálculo das tarifas e os deveres daqueles que explorassem o serviço. Insatisfeito com o teor da Lei nº XX, o sindicato das empresas do setor solicitou que seu advogado analisasse a compatibilidade desse diploma normativo com a ordem constitucional. O advogado concluiu, corretamente, que a Lei nº XX é: A) constitucional, pois compete a cada Estado legislar sobre a matéria; B) inconstitucional, pois os Estados estão obrigados a disciplinar a temática em conjunto, com a celebração de convênio ou instrumento similar; C) inconstitucional, pois se trata de serviço de titularidade da União, o que impede que os Estados incursionem na disciplina de sua outorga; D) inconstitucional, pois os requisitos a serem observados na prestação do serviço devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Município no qual tem origem; E) constitucional, desde que sejam observados os balizamentos estabelecidos pelas normas gerais editadas pela União no exercício da competência legislativa concorrente. 8. (2022/FGV/TJ-TO/Contador) No corrente ano, um grupo de deputados estaduais, sensívelao apelo de diversos segmentos do funcionalismo público, decidiu apresentar projeto de lei complementar visando à instituição de regime próprio de previdência social para os servidores do Estado Alfa. Após amplos debates e plena aceitação dos distintos setores envolvidos, o projeto foi aprovado, com a correlata sanção da Lei Complementar nº XX. O novel diploma normativo foi particularmente elogiado por prever, em relação aos servidores com deficiência, que, para cada ano de contribuição, seria acrescido o período de dois meses na respectiva contagem, o que decorria das maiores dificuldades enfrentadas por essa camada da população. Apesar dos pontos favoráveis, o Partido Político Beta, que fazia oposição ao governo, solicitou que sua assessoria analisasse a compatibilidade da referida Lei Complementar com a ordem constitucional, sendo-lhe respondido, corretamente, que ela é: A) inconstitucional, apenas em razão do vício de iniciativa; B) inconstitucional, apenas em razão do vício de iniciativa e de ter por objeto a instituição de um regime próprio de previdência social; C) constitucional, desde que sejam integralmente respeitadas as normas gerais editadas pela União, com base na competência legislativa concorrente assegurada pela ordem constitucional; D) inconstitucional, em razão do vício de iniciativa, de ter por objeto a instituição de um regime próprio de previdência social e de permitir a contagem de tempo suplementar de contribuição, sem que esta tenha sido realizada; E) constitucional, pois a matéria é estadual, podendo integrar proposta de iniciativa de deputados estaduais, cumprindo o mandamento constitucional de que sejam instituídos regimes próprios e protegendo o servidor com deficiência. 9. (2022/FGV/TJ-TO/Técnico Judiciário) Um grupo de estudantes realizou alentado debate a respeito da garantia do foro por prerrogativa de função dos juízes de Direito, segundo a qual devem ser julgados pelo Tribunal de Justiça. O debate versou, mais especificamente, sobre a sua compatibilidade, ou não, com o princípio da igualdade. Ao final, concluíram, corretamente, que essa garantia, observados os requisitos específicos a serem atendidos para que se torne operativa: A) não foi recepcionada pela ordem constitucional, pois é incompatível com o princípio da igualdade; B) alcança todas as ações ajuizadas em face dos juízes de Direito, qualquer que seja a sua natureza; C) alcança o julgamento dos juízes de Direito apenas pela prática de crimes comuns, ressalvada a competência da Justiça Federal; D) alcança o julgamento dos juízes de Direito pela prática de crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; E) alcança o julgamento dos juízes de Direito apenas pela prática de crimes comuns, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral e da Justiça Federal. 10. (2021/FGV/TJ-RO/Técnico Judiciário) Após diplomação, no exercício da atividade legislativa, o Vereador do Município X é flagrado exigindo o repasse de parte dos salários dos integrantes do seu gabinete para a conta de uma terceira pessoa a ele vinculada. Em tal situação, a competência para o processo e julgamento do fato é do(a): A) Supremo Tribunal Federal; B) Superior Tribunal de Justiça; C) Tribunal de Justiça de Rondônia; D) Turma Recursal; E) Juízo de Direito estadual de primeiro grau. 11. (2021/FGV/TJ-RO/Técnico Judiciário) Maria, Promotora de Justiça, que ingressara na carreira do Ministério Público do Estado Alfa há cinco anos, em razão de sua elevada expertise na área dos direitos humanos, foi convidada pelo Governador do Estado a ocupar o cargo de Secretária Estadual de Direitos Humanos. À luz da sistemática constitucional, Maria: A) não pode exercer qualquer outra função pública, incluindo a de Secretária de Estado, salvo uma de magistério; B) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, desde que haja aquiescência expressa do Procurador-Geral de Justiça; C) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, independentemente da aquiescência de qualquer órgão do Ministério Público; D) não pode exercer outra função pública, incluindo a de Secretária de Estado, salvo se for temporariamente afastada do cargo de Promotora de Justiça; E) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, desde que haja compatibilidade de horários com o cargo de Promotora de Justiça e a soma das remunerações não ultrapasse o teto. 12. (2022/FGV/TRT-13ªRegião(PB)/Analista Judiciário) Em razão de uma série de irregularidades alegadamente existentes no âmbito de certa vara federal, o Corregedor Nacional de Justiça, considerando a verossimilhança da narrativa e dos elementos probatórios apresentados, determinou que fosse realizada uma correição no referido órgão. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o Corregedor Nacional de Justiça A) tem competência para realizar o referido ato e pode delegá- lo a um juiz estadual. B) tem competência para realizar o referido ato, devendo conduzi-lo pessoalmente. C) não tem competência para realizar o referido ato, salvo se o titular do órgão se negar a fornecer as informações solicitadas. D) não tem competência para determinar a realização do referido ato, pois somente o Conselho Nacional de Justiça, por sua composição plenária, pode fazê-lo. E) tem competência para realizar o referido ato e, caso deseje delegá-lo, somente pode fazê-lo a agente do mesmo ramo do órgão em que será reali
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