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APOSTILA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL EAD

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Ana Cristina

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O ser humano não foi criado para ser sozinho. Como ser social que é, houve a 
necessidade de se relacionar com o outro, de 
vida, da harmonia social, da organização de costumes e das leis, de pertencer aos 
agrupamentos sociais. Assim sendo, dentro de uma evolução histórica, o homem sempre 
buscou formas de resolver seus próprios con
 Atuação das divindades: “deuses” usados pelos sacerdotes, através de suas 
ritualísticas, resolviam as contendas.
 
 Autotutela1 ou defesa privada: o próprio homem resolve seu conflito, inclusive, se 
necessário for, com o emprego da força física.
 
 Evolução dos costumes: os costumes foram base para a formação das primeiras leis e 
normas de procedimento.
 
 Primeiros Códigos e/ou regramentos: Legislação Mosaica (Moisés), Código de 
Hamurabi (rei da Babilônia), Código de Manu (representa o Direito na Índia),
Tábuas, Legislação Romana (fonte de todo o Direito Público e o Privado), Declaração 
Universal dos Direitos Humanos.
 
 Direito como instrumento de controle social: finalidade de preservação da paz ou 
como o conjunto de instrumentos de que a
imposição dos modelos culturais, dos ideais coletivos e dos valores e dos conflitos que 
lhe são próprios” (CACHAPUZ, 2006).
 
 Estado avocando para si a resolução dos conflitos e sendo o responsável pela 
pacificação social. Monopólio da jurisdição e fomento à cultura da litigiosidade.
 
 Métodos extrajudiciais de solução de conflitos como meios para superar a “crise da 
Justiça”: conciliação, a negociação, arbitragem e a mediação.
 
Iniciou-se o processo de desjudicialização. Os MESC´S (Métodos Extrajudiciais de 
(re)Solução de Conflitos) hoje MASC´S (Métodos Adequados de Solução de Conflitos)foram 
resgatados diante da impossibilidade do Estado proporcionar à sociedade a resolução de s
 
1 Autotutela é a solução imposta, por meio da força (física, moral, econômica, política, etc) por um dos 
litigantes contra o outro. É “fazer justiça com as próprias mãos”. Em tese é proibida no ordenamento 
jurídico vigente exceto nos casos de desforço incon
1.210, §1º, CC), legítima defesa, direito de retenção etc.
 
 
MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL EAD 
MÓDULO I: INTRODUÇÃO 
PANORAMA HISTÓRICO 
O ser humano não foi criado para ser sozinho. Como ser social que é, houve a 
necessidade de se relacionar com o outro, de manutenção de vínculos, além da preservação da 
vida, da harmonia social, da organização de costumes e das leis, de pertencer aos 
agrupamentos sociais. Assim sendo, dentro de uma evolução histórica, o homem sempre 
buscou formas de resolver seus próprios conflitos: 
Atuação das divindades: “deuses” usados pelos sacerdotes, através de suas 
ritualísticas, resolviam as contendas. 
ou defesa privada: o próprio homem resolve seu conflito, inclusive, se 
necessário for, com o emprego da força física. 
lução dos costumes: os costumes foram base para a formação das primeiras leis e 
normas de procedimento. 
Primeiros Códigos e/ou regramentos: Legislação Mosaica (Moisés), Código de 
Hamurabi (rei da Babilônia), Código de Manu (representa o Direito na Índia),
Tábuas, Legislação Romana (fonte de todo o Direito Público e o Privado), Declaração 
Universal dos Direitos Humanos. 
Direito como instrumento de controle social: finalidade de preservação da paz ou 
como o conjunto de instrumentos de que a sociedade dispõe na sua tendência à 
imposição dos modelos culturais, dos ideais coletivos e dos valores e dos conflitos que 
(CACHAPUZ, 2006). 
Estado avocando para si a resolução dos conflitos e sendo o responsável pela 
l. Monopólio da jurisdição e fomento à cultura da litigiosidade.
Métodos extrajudiciais de solução de conflitos como meios para superar a “crise da 
Justiça”: conciliação, a negociação, arbitragem e a mediação. 
se o processo de desjudicialização. Os MESC´S (Métodos Extrajudiciais de 
(re)Solução de Conflitos) hoje MASC´S (Métodos Adequados de Solução de Conflitos)foram 
resgatados diante da impossibilidade do Estado proporcionar à sociedade a resolução de s
 
Autotutela é a solução imposta, por meio da força (física, moral, econômica, política, etc) por um dos 
litigantes contra o outro. É “fazer justiça com as próprias mãos”. Em tese é proibida no ordenamento 
jurídico vigente exceto nos casos de desforço incontinenti do possuidor turbado ou esbulhado (art. 
1.210, §1º, CC), legítima defesa, direito de retenção etc. 
 SYL 
O ser humano não foi criado para ser sozinho. Como ser social que é, houve a 
manutenção de vínculos, além da preservação da 
vida, da harmonia social, da organização de costumes e das leis, de pertencer aos 
agrupamentos sociais. Assim sendo, dentro de uma evolução histórica, o homem sempre 
Atuação das divindades: “deuses” usados pelos sacerdotes, através de suas 
ou defesa privada: o próprio homem resolve seu conflito, inclusive, se 
lução dos costumes: os costumes foram base para a formação das primeiras leis e 
Primeiros Códigos e/ou regramentos: Legislação Mosaica (Moisés), Código de 
Hamurabi (rei da Babilônia), Código de Manu (representa o Direito na Índia), Lei das XII 
Tábuas, Legislação Romana (fonte de todo o Direito Público e o Privado), Declaração 
Direito como instrumento de controle social: finalidade de preservação da paz ou “... 
sociedade dispõe na sua tendência à 
imposição dos modelos culturais, dos ideais coletivos e dos valores e dos conflitos que 
Estado avocando para si a resolução dos conflitos e sendo o responsável pela 
l. Monopólio da jurisdição e fomento à cultura da litigiosidade. 
Métodos extrajudiciais de solução de conflitos como meios para superar a “crise da 
se o processo de desjudicialização. Os MESC´S (Métodos Extrajudiciais de 
(re)Solução de Conflitos) hoje MASC´S (Métodos Adequados de Solução de Conflitos)foram 
resgatados diante da impossibilidade do Estado proporcionar à sociedade a resolução de suas 
Autotutela é a solução imposta, por meio da força (física, moral, econômica, política, etc) por um dos 
litigantes contra o outro. É “fazer justiça com as próprias mãos”. Em tese é proibida no ordenamento 
tinenti do possuidor turbado ou esbulhado (art. 
 
 
 
 
demandas tanto no que diz respeito ao tempo demandado quanto à qualidade das soluções 
ofertadas. 
AMBIENTAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Para tratar da história da mediação, utilizar
referências abaixo: 
 A mediação remota aos anos 3.000 AC ao passar por Grécia, Egito, Creta, Assíria, 
Babilônia. 
 
 China: influência do filósofo Confúcio. 
as controvérsias, pois acreditavam ser possível construir um paraíso na
que os homens pudessem se entender e resolver pacificamente seus problemas. (...) A 
paz, por conseguinte, era consolidada através de acordos e da persuasão moral, nunca 
pela coerção ou mediante qualquer tipo de poder, haja vista que a crença 
existia uma harmonia natural nas questões humanas que não deveria ser desfeita por 
procedimentos adversariais ou com a ajuda unilateral”.
 
 Na Antiga Roma: a mediação como expressão do direito da fé e como meio para 
resolução dos conflitos existe
como um instituto jurídico.
 
 Culturas judaicas, islâmicas, hinduístas e budistas utilizavam a mediação para a 
resolução de questões religiosas e/ou civis. Assim também o era, na Europa, África do 
Norte, Itália, Europa Central, Leste Europeu, Império Turco e Oriente Médio.
 
 Cultura cristã via Jesus Cristo como o “mediador entre Deus e os homens” 
2:5-6. 
 
 Japão: “... a religião e a filosofia enfatizam o consenso social, a persuasão moral e a 
busca do equilíbrio e da harmonia nas relações humanas. Seu exercício é tão enraizado 
nessa cultura que pessoas que buscam as vias judiciais antes de esgotar 
completamente todas as possibilidades de resolução amigável do conflito são 
desprezadas pela comunida
 
 África e Oceania: mediação, em geral, nas questões de vizinhança.
 
 Canadá:“... a mediação é um procedimento corriqueiro nos conflitos trabalhistas 
coletivos para evitar greves, sempre submetida a um comitê especial nomeado pelas 
autoridades federais. Em Quebec, há serviços de mediação especializados em conflitos 
 
2
 WÜST, Caroline. Mediação comunitária e acesso à justiça: as duas faces da metamorfose social
(recurso eletrônico) / Caroline Wüst 
 
 
demandas tanto no que diz respeito ao tempo demandado quanto à qualidade das soluções 
AMBIENTAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Para tratar da história da mediação, utilizar-se-á dos estudos de Caroline Wust
A mediação remota aos anos 3.000 AC ao passar por Grécia, Egito, Creta, Assíria, 
China: influência do filósofo Confúcio. “... mediação como principal meio de solucionar 
as controvérsias, pois acreditavam ser possível construir um paraíso na
que os homens pudessem se entender e resolver pacificamente seus problemas. (...) A 
paz, por conseguinte, era consolidada através de acordos e da persuasão moral, nunca 
pela coerção ou mediante qualquer tipo de poder, haja vista que a crença 
existia uma harmonia natural nas questões humanas que não deveria ser desfeita por 
procedimentos adversariais ou com a ajuda unilateral”. 
Na Antiga Roma: a mediação como expressão do direito da fé e como meio para 
resolução dos conflitos existentes. Era vista como uma mera regra de cortesia e não 
como um instituto jurídico. 
Culturas judaicas, islâmicas, hinduístas e budistas utilizavam a mediação para a 
resolução de questões religiosas e/ou civis. Assim também o era, na Europa, África do 
Itália, Europa Central, Leste Europeu, Império Turco e Oriente Médio.
Cultura cristã via Jesus Cristo como o “mediador entre Deus e os homens” 
“... a religião e a filosofia enfatizam o consenso social, a persuasão moral e a 
ca do equilíbrio e da harmonia nas relações humanas. Seu exercício é tão enraizado 
nessa cultura que pessoas que buscam as vias judiciais antes de esgotar 
completamente todas as possibilidades de resolução amigável do conflito são 
desprezadas pela comunidade”. 
África e Oceania: mediação, em geral, nas questões de vizinhança. 
“... a mediação é um procedimento corriqueiro nos conflitos trabalhistas 
coletivos para evitar greves, sempre submetida a um comitê especial nomeado pelas 
. Em Quebec, há serviços de mediação especializados em conflitos 
 
Mediação comunitária e acesso à justiça: as duas faces da metamorfose social
(recurso eletrônico) / Caroline Wüst – Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2014. 
 SYL 
demandas tanto no que diz respeito ao tempo demandado quanto à qualidade das soluções 
AMBIENTAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
á dos estudos de Caroline Wust2 nas 
A mediação remota aos anos 3.000 AC ao passar por Grécia, Egito, Creta, Assíria, 
“... mediação como principal meio de solucionar 
as controvérsias, pois acreditavam ser possível construir um paraíso na terra, desde 
que os homens pudessem se entender e resolver pacificamente seus problemas. (...) A 
paz, por conseguinte, era consolidada através de acordos e da persuasão moral, nunca 
pela coerção ou mediante qualquer tipo de poder, haja vista que a crença era de que 
existia uma harmonia natural nas questões humanas que não deveria ser desfeita por 
Na Antiga Roma: a mediação como expressão do direito da fé e como meio para 
ntes. Era vista como uma mera regra de cortesia e não 
Culturas judaicas, islâmicas, hinduístas e budistas utilizavam a mediação para a 
resolução de questões religiosas e/ou civis. Assim também o era, na Europa, África do 
Itália, Europa Central, Leste Europeu, Império Turco e Oriente Médio. 
Cultura cristã via Jesus Cristo como o “mediador entre Deus e os homens” – 1 Timóteo 
“... a religião e a filosofia enfatizam o consenso social, a persuasão moral e a 
ca do equilíbrio e da harmonia nas relações humanas. Seu exercício é tão enraizado 
nessa cultura que pessoas que buscam as vias judiciais antes de esgotar 
completamente todas as possibilidades de resolução amigável do conflito são 
“... a mediação é um procedimento corriqueiro nos conflitos trabalhistas 
coletivos para evitar greves, sempre submetida a um comitê especial nomeado pelas 
. Em Quebec, há serviços de mediação especializados em conflitos 
Mediação comunitária e acesso à justiça: as duas faces da metamorfose social 
 
 
 
 
de família desde a década de 70, sendo a Lei de Divórcio, de 1985, a primeira 
referência legislativa”.
 
 Argentina: instituição da mediação prévia obrigatória com a Lei 24.573 de 4 de 
outubro de 1995. 
 
 Estados Unidos: mediação como meio para descongestionar os tribunais, diminuir os 
custos e acelerar as resoluções de disputas. 
então, que os Estados Unidos, tomados por uma grande quantidade de processos q
congestionavam o Poder Judiciário, a maioria deles provenientes do período pós
guerra, e principalmente nas áreas trabalhista e familiar, conceberam um modelo de 
meios alternativos de solução de conflitos, originando assim a sigla ADR (Alternative 
Dispute Resolution), hoje internacionalmente conhecida, para identificar os meios 
alternativos de solução de conflitos”
 A Conciliação, prevista na Constituição de 1824, era realizada pelos “juízes de paz”.
 
 A Arbitragem foi inserida no Decreto
Código Civil de 1916 e no Código de Processo Civil de 1939
 
 Conciliação e juízo arbitral no Código de Processo Civil de 1973.
 
 As 3 Ondas do Acesso à Justiça segundo Mauro Cappelletti:
Na década de 70, surgi
do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos resultados 
foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, contendo as 
três ondas renovatórias do acesso à justiça.
A primeira onda versa sobre a assistência judiciária aos pobres e se relaciona ao 
obstáculo econômico do acesso à justiça. A segunda diz respeito ao obstáculo organizacional, 
em especial, à representação dos interesses difuso
acesso à justiça com atuação extrajudicial.
O professor Kim Economides propôs uma quarta onda, centralizada na própria 
justiça, em seu artigo “Lendo as ondas do “Movimento de Acesso à Justiça”: epistemologia 
versus metodologia”, qual seja, a humanização dos profissionais jurídicos. Em outras palavras:
 
 
3 TÍTULO II. CAPÍTULO I: DA CONCILIAÇÃO. Arts. 23 a 38.
4 Localização topográfica: LIVRO IX 
Arts. 1.031 a 1.046. 
5 Essa onda representa um manifesto contra a bur
simplificação das leis, além da otimização dos gastos do sistema de justiça tradicional. A proposta traz 
três novos desafios com base no processo de justiça informal: juízo arbitral, a conciliação e os incenti
econômicos. 
 
 
de família desde a década de 70, sendo a Lei de Divórcio, de 1985, a primeira 
referência legislativa”. 
Argentina: instituição da mediação prévia obrigatória com a Lei 24.573 de 4 de 
Estados Unidos: mediação como meio para descongestionar os tribunais, diminuir os 
custos e acelerar as resoluções de disputas. “Foi na segunda metade do século passado 
então, que os Estados Unidos, tomados por uma grande quantidade de processos q
congestionavam o Poder Judiciário, a maioria deles provenientes do período pós
guerra, e principalmente nas áreas trabalhista e familiar, conceberam um modelo de 
meios alternativos de solução de conflitos, originando assim a sigla ADR (Alternative 
te Resolution), hoje internacionalmente conhecida, para identificar os meios 
alternativos de solução de conflitos”. 
MASC´S NO BRASIL 
A Conciliação, prevista na Constituição de 1824, era realizada pelos “juízes de paz”.
A Arbitragem foi inserida no Decreto n. 7373 e no Código Comercial, ambos de 1850, 
Código Civil de 1916 e no Código de Processo Civil de 19394. 
Conciliação e juízo arbitral no Código de Processo Civil de 1973. 
As 3 Ondas do Acesso à Justiçasegundo Mauro Cappelletti: 
Na década de 70, surgiu o movimento de acesso à justiça, encabeçado por estudiosos 
do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos resultados 
foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, contendo as 
ovatórias do acesso à justiça. 
A primeira onda versa sobre a assistência judiciária aos pobres e se relaciona ao 
obstáculo econômico do acesso à justiça. A segunda diz respeito ao obstáculo organizacional, 
em especial, à representação dos interesses difusos em juízo. A terceira onda
acesso à justiça com atuação extrajudicial. 
O professor Kim Economides propôs uma quarta onda, centralizada na própria 
“Lendo as ondas do “Movimento de Acesso à Justiça”: epistemologia 
, qual seja, a humanização dos profissionais jurídicos. Em outras palavras:
 
TÍTULO II. CAPÍTULO I: DA CONCILIAÇÃO. Arts. 23 a 38. 
Localização topográfica: LIVRO IX – Do Juízo Arbitral. TÍTULO ÚNICO. CAPÍTULO I. DISPOSIÇÕES GERAIS. 
Essa onda representa um manifesto contra a burocracia e o fomento à atuação extrajudicial, à 
simplificação das leis, além da otimização dos gastos do sistema de justiça tradicional. A proposta traz 
três novos desafios com base no processo de justiça informal: juízo arbitral, a conciliação e os incenti
 SYL 
de família desde a década de 70, sendo a Lei de Divórcio, de 1985, a primeira 
Argentina: instituição da mediação prévia obrigatória com a Lei 24.573 de 4 de 
Estados Unidos: mediação como meio para descongestionar os tribunais, diminuir os 
“Foi na segunda metade do século passado 
então, que os Estados Unidos, tomados por uma grande quantidade de processos que 
congestionavam o Poder Judiciário, a maioria deles provenientes do período pós-
guerra, e principalmente nas áreas trabalhista e familiar, conceberam um modelo de 
meios alternativos de solução de conflitos, originando assim a sigla ADR (Alternative 
te Resolution), hoje internacionalmente conhecida, para identificar os meios 
A Conciliação, prevista na Constituição de 1824, era realizada pelos “juízes de paz”. 
e no Código Comercial, ambos de 1850, 
u o movimento de acesso à justiça, encabeçado por estudiosos 
do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos resultados 
foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, contendo as 
A primeira onda versa sobre a assistência judiciária aos pobres e se relaciona ao 
obstáculo econômico do acesso à justiça. A segunda diz respeito ao obstáculo organizacional, 
s em juízo. A terceira onda5 é o enfoque de 
O professor Kim Economides propôs uma quarta onda, centralizada na própria 
“Lendo as ondas do “Movimento de Acesso à Justiça”: epistemologia 
, qual seja, a humanização dos profissionais jurídicos. Em outras palavras: 
Do Juízo Arbitral. TÍTULO ÚNICO. CAPÍTULO I. DISPOSIÇÕES GERAIS. 
ocracia e o fomento à atuação extrajudicial, à 
simplificação das leis, além da otimização dos gastos do sistema de justiça tradicional. A proposta traz 
três novos desafios com base no processo de justiça informal: juízo arbitral, a conciliação e os incentivos 
 
 
 
 
Como proposta, o professor Kim Economides
com a inserção de matérias de cunho 
sua cobrança nos certames com igual peso às matérias técnico
seja ensinado segundo os princípios de Direitos Humanos; a exigência de constante atualização 
dos profissionais do Direito no afã de
dignidade humana e do acesso à ordem jurídica justa.
A título de curiosidade, já se fala em uma quinta onda de acesso a justiça e esta diz 
respeito à internacionalização da proteção do
Pública no âmbito internacional e ao modelo de Estado Democrático de Direito. 
 
 Ênfase à conciliação com a criação dos Juizados de Pequenas Causas (Lei 7.244/84)
 
 CF de 1988: nossa atual Constituição da República c
acesso à justiça, sobretudo no art. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias 
fundamentais. No mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre 
Direitos Humanos – São José da Costa Rica, art. 8º, da qu
 
 Projeto de lei da Deputada Zulaiê Cobra: o projeto de lei nº 4.837 continha 7 artigos e 
definia a mediação como uma 
escolhida ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e o
lhes permitir que, de modo consensual, previnem ou solucionem conflitos”
versar sobre qualquer matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou 
objeto de acordo segundo ditames da lei civil ou penal
 
 Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais) para conciliação, para 
processo e para julgamento de demandas de sua competência com observância dos 
 
6
 MONTINEGRO, Monaliza M. Fernandes. O acesso à justiça depende da humanização dos profissionais 
de direito. Disponível em http://www.justificando.com/2016/04/25/o
humanizacao-dos-profissionais-de
7 Um dos primeiros pesquisadores no Instituto Universitário Europeu na Itália, onde ele trabalhou no 
Projeto Florença de Acesso à Justiça (1976
Departamento de Direito e foi professor de Ética Jurídica na Universi
2009, quando ele foi nomeado Professor de Direito e Diretor
Universidade de Otago, Dunedin, Nova Zelândia. Atualmente, é professor de Direito e Reitor da Escola 
de Direito da Universidade de Flinders, Adelaide, Austrália e Presidente da Associação Internacional de 
Ética Jurídica (IAOLE). 
 
 
“Os olhares de Kim voltaram-se para algo que vem sendo, por 
anos, negligenciado: a má formação dos profissionais do 
direito, a necessidade de selecionar para o 
carreira jurídica pessoas dotadas de conhecimentos jurídicos, 
mas também culturais, sociológicos e econômicos, que lhes 
permitam um posicionamento crítico de seu próprio modelo 
de vida, possibilitando uma prudente vigilância pessoal no 
exercício de suas funções, com a consciência de que o cargo a 
ser exercido não é uma mera conquista pessoal, 
instrumento de pacificação social”
6
. (grifou
 
Como proposta, o professor Kim Economides7 sugere: alteração na grade curricular 
com a inserção de matérias de cunho humanístico ao longo de todo curso de Direito, além da 
sua cobrança nos certames com igual peso às matérias técnico-profissionais; todo o direito 
seja ensinado segundo os princípios de Direitos Humanos; a exigência de constante atualização 
s do Direito no afã de relembrar o papel de garantidor 
dignidade humana e do acesso à ordem jurídica justa. 
A título de curiosidade, já se fala em uma quinta onda de acesso a justiça e esta diz 
respeito à internacionalização da proteção dos direitos humanos, o papel da Defensoria 
Pública no âmbito internacional e ao modelo de Estado Democrático de Direito. 
Ênfase à conciliação com a criação dos Juizados de Pequenas Causas (Lei 7.244/84)
CF de 1988: nossa atual Constituição da República consagrou em vários dispositivos o 
acesso à justiça, sobretudo no art. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias 
fundamentais. No mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre 
São José da Costa Rica, art. 8º, da qual o Brasil é signatário
Projeto de lei da Deputada Zulaiê Cobra: o projeto de lei nº 4.837 continha 7 artigos e 
definia a mediação como uma “atividade técnica exercida por terceira pessoa, que, 
escolhida ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e orienta com o propósito de 
lhes permitir que, de modo consensual, previnem ou solucionem conflitos”
versar sobre qualquer matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou 
objeto de acordo segundo ditames da lei civil ou penal 
99/95 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais) para conciliação, para 
processo e para julgamento de demandas de sua competência com observância dos 
 
MONTINEGRO, Monaliza M. Fernandes. O acesso à justiça depende da humanização dos profissionais 
http://www.justificando.com/2016/04/25/o-acesso-a-justica
de-direito/ 
Um dos primeiros pesquisadoresno Instituto Universitário Europeu na Itália, onde ele trabalhou no 
Projeto Florença de Acesso à Justiça (1976-79). Trabalhou por um período como Chefe do 
Departamento de Direito e foi professor de Ética Jurídica na Universidade de Exeter, Devon, UK, até 
2009, quando ele foi nomeado Professor de Direito e Diretor-fundador do Legal Issues Centre da 
Universidade de Otago, Dunedin, Nova Zelândia. Atualmente, é professor de Direito e Reitor da Escola 
Flinders, Adelaide, Austrália e Presidente da Associação Internacional de 
 SYL 
se para algo que vem sendo, por 
a má formação dos profissionais do 
direito, a necessidade de selecionar para o exercício da 
jurídica pessoas dotadas de conhecimentos jurídicos, 
mas também culturais, sociológicos e econômicos, que lhes 
permitam um posicionamento crítico de seu próprio modelo 
de vida, possibilitando uma prudente vigilância pessoal no 
om a consciência de que o cargo a 
ser exercido não é uma mera conquista pessoal, mas um 
(grifou-se). 
sugere: alteração na grade curricular 
humanístico ao longo de todo curso de Direito, além da 
profissionais; todo o direito 
seja ensinado segundo os princípios de Direitos Humanos; a exigência de constante atualização 
 da igualdade, da 
A título de curiosidade, já se fala em uma quinta onda de acesso a justiça e esta diz 
s direitos humanos, o papel da Defensoria 
Pública no âmbito internacional e ao modelo de Estado Democrático de Direito. 
Ênfase à conciliação com a criação dos Juizados de Pequenas Causas (Lei 7.244/84) 
onsagrou em vários dispositivos o 
acesso à justiça, sobretudo no art. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias 
fundamentais. No mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre 
al o Brasil é signatário 
Projeto de lei da Deputada Zulaiê Cobra: o projeto de lei nº 4.837 continha 7 artigos e 
“atividade técnica exercida por terceira pessoa, que, 
rienta com o propósito de 
lhes permitir que, de modo consensual, previnem ou solucionem conflitos”, ao poder 
versar sobre qualquer matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou 
99/95 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais) para conciliação, para 
processo e para julgamento de demandas de sua competência com observância dos 
MONTINEGRO, Monaliza M. Fernandes. O acesso à justiça depende da humanização dos profissionais 
justica-depende-da-
Um dos primeiros pesquisadores no Instituto Universitário Europeu na Itália, onde ele trabalhou no 
79). Trabalhou por um período como Chefe do 
dade de Exeter, Devon, UK, até 
fundador do Legal Issues Centre da 
Universidade de Otago, Dunedin, Nova Zelândia. Atualmente, é professor de Direito e Reitor da Escola 
Flinders, Adelaide, Austrália e Presidente da Associação Internacional de 
 
 
 
 
princípios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade 
com vistas à solução harmoniosa do conflito e Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Especiais 
Federais) 
 
 Lei 9.307/96 instituiu a arbitragem
 
 2000: criação das Comissões de Conciliação Prévia
objetivo de evitar ações trabalhistas ao promover as co
empregador 
 
 2004: Pacto Republicano. Parceria firmada entre o Supremo Tribunal Federal, o Palácio 
do Planalto e o Congresso Nacional na construção de uma democracia sólida e no 
esforço conjunto dos 3 (Três) Poderes da República
 
A 1ª Edição do Pacto teve como objetivo a criação de um 
proficiente. O avanço foi no sentido da aprovação de institutos voltados para a celeridade 
processual como a Súmula Vinculante. A criação da Re
Defensoria Pública da União, a criação de um cadastro centralizado de crianças e adolescentes 
desaparecidos, a tipificação de crime de seqüestro, a revisão da legislação sobre crimes sexuais 
e a regulamentação do Mandado
A 2ª Edição do Pacto, 2009, focou em um 
efetivo, além de fortalecer a proteção aos direitos humanos e de aperfeiçoar o Estado 
Democrático de Direito e as instituições do Sistema de Justiça. Consta ainda, de forma 
expressa, a necessidade de “... fortalecer a mediação e a conciliação, estimulando a resol
de conflitos por meios autocompositivos, voltados à maior pacificação social e menor 
judicialização”10. 
 
 Implementação do Movimento pela Conciliação pelo CNJ em 2006 com o objetivo de 
alterar a cultura de litigiosidade e promover a busca de soluções pa
meio da construção de acordos viáveis para as partes
 
 2010: Resolução 125 CNJ ao dispor sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento 
Adequado aos Conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
providências 
 
 
8 Mesmo de caráter obrigatório, tais Comissões não impediam o ingresso de demandas por parte do 
empregado, parte hipossuficiente da relação, em virtude do pr
Judiciário. São raramente utilizadas nos dias atuais.
9 STF analisa os recursos extraordinários antes de levá
questão do ponto de vista econômico, político, social ou juríd
subjetivos da causa. 
10
 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Outros/IIpacto.htm
 
 
princípios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade 
olução harmoniosa do conflito e Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Especiais 
Lei 9.307/96 instituiu a arbitragem 
2000: criação das Comissões de Conciliação Prévia8 por meio da Lei 9.958 com o 
objetivo de evitar ações trabalhistas ao promover as conciliações entre empregado e 
2004: Pacto Republicano. Parceria firmada entre o Supremo Tribunal Federal, o Palácio 
do Planalto e o Congresso Nacional na construção de uma democracia sólida e no 
esforço conjunto dos 3 (Três) Poderes da República na modernização do Judiciário
A 1ª Edição do Pacto teve como objetivo a criação de um Judiciário mais rápido e 
. O avanço foi no sentido da aprovação de institutos voltados para a celeridade 
processual como a Súmula Vinculante. A criação da Repercussão Geral9, a estruturação da 
Defensoria Pública da União, a criação de um cadastro centralizado de crianças e adolescentes 
desaparecidos, a tipificação de crime de seqüestro, a revisão da legislação sobre crimes sexuais 
e a regulamentação do Mandado de Segurança Coletivo. 
A 2ª Edição do Pacto, 2009, focou em um sistema de Justiça mais acessível, ágil e 
, além de fortalecer a proteção aos direitos humanos e de aperfeiçoar o Estado 
Democrático de Direito e as instituições do Sistema de Justiça. Consta ainda, de forma 
“... fortalecer a mediação e a conciliação, estimulando a resol
de conflitos por meios autocompositivos, voltados à maior pacificação social e menor 
Implementação do Movimento pela Conciliação pelo CNJ em 2006 com o objetivo de 
alterar a cultura de litigiosidade e promover a busca de soluções para os conflitos por 
meio da construção de acordos viáveis para as partes 
2010: Resolução 125 CNJ ao dispor sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento 
Adequado aos Conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
 
Mesmo de caráter obrigatório, tais Comissões não impediam o ingresso de demandas por parte do 
empregado, parte hipossuficiente da relação, em virtude do princípio da inafastabilidade do Poder 
Judiciário. São raramente utilizadas nos dias atuais. 
STF analisa os recursos extraordinários antes de levá-los a julgamento no que tange à relevância da 
questão do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e que não ultrapassem os interesses 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Outros/IIpacto.htm 
 SYL 
princípios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade 
olução harmoniosa do conflito e Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Especiais 
por meio da Lei 9.958 com o 
nciliações entre empregado e 
2004: Pacto Republicano. Parceria firmada entre o Supremo Tribunal Federal, o Palácio 
do Planalto e o Congresso Nacional na construção de uma democracia sólida e no 
na modernização do JudiciárioJudiciário mais rápido e 
. O avanço foi no sentido da aprovação de institutos voltados para a celeridade 
, a estruturação da 
Defensoria Pública da União, a criação de um cadastro centralizado de crianças e adolescentes 
desaparecidos, a tipificação de crime de seqüestro, a revisão da legislação sobre crimes sexuais 
sistema de Justiça mais acessível, ágil e 
, além de fortalecer a proteção aos direitos humanos e de aperfeiçoar o Estado 
Democrático de Direito e as instituições do Sistema de Justiça. Consta ainda, de forma 
“... fortalecer a mediação e a conciliação, estimulando a resolução 
de conflitos por meios autocompositivos, voltados à maior pacificação social e menor 
Implementação do Movimento pela Conciliação pelo CNJ em 2006 com o objetivo de 
ra os conflitos por 
2010: Resolução 125 CNJ ao dispor sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento 
Adequado aos Conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
Mesmo de caráter obrigatório, tais Comissões não impediam o ingresso de demandas por parte do 
incípio da inafastabilidade do Poder 
los a julgamento no que tange à relevância da 
ico e que não ultrapassem os interesses 
 
 
 
 
 2015: Previsão expressa, no NCPC (Lei 13.105/2015
mediação e a outros métodos de solução consensual de conflitos, disposição incluída 
como normas fundamentais do processo civil
 
 A lei da mediação de nº 13.140/2015
 
POLÍTICA JUD
 
Nesse tópico, iremos detalhar a Resolução 125 do CNJ, os dispositivos constantes no 
NCPC, na Lei de Mediação e nos enunciados do FONAJE.
 
A) RESOLUÇÃO 125 CNJ: 
 
A Resolução 125 do CNJ foi um marco para os mecanismos
de litígios, em especial, a mediação ao ter como premissas:
 
 O estabelecimento de política pública de tratamento adequado dos problemas 
jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na 
sociedade, de forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços 
prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê
mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e 
a conciliação 
 
 A necessidade de se consolidar uma política pública permanente de incentivo e 
aperfeiçoamento dos mecanismos consensuais de solução de litígios
 
 A conciliação e a mediação são instrumentos efetivos de pacificação social, solução e 
prevenção de litígios, o qu
de recursos e a execução de sentenças
 
 A relevância e a necessidade de organizar e de uniformizar os serviços de conciliação, 
de mediação e de outros métodos consensuais de solução de conflitos para
execução da política pública
 
 A organização dos serviços de conciliação, de mediação e de outros métodos 
consensuais de solução de conflitos deve servir de princípio e base para a criação de 
Juízos de resolução alternativa de conflitos
 
 Art. 5º da Resolução 125,CNJ.
rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades púbicas e 
privadas parceiras, inclusive univers
 
 Atribuições do CNJ: arts. 4º ao 6º
 
 
 
015: Previsão expressa, no NCPC (Lei 13.105/2015) do estímulo à conciliação, à 
mediação e a outros métodos de solução consensual de conflitos, disposição incluída 
como normas fundamentais do processo civil 
A lei da mediação de nº 13.140/2015 
POLÍTICA JUDICIÁRIA NACIONAL E LEGISLAÇÃO RELEVANTE
Nesse tópico, iremos detalhar a Resolução 125 do CNJ, os dispositivos constantes no 
ação e nos enunciados do FONAJE. 
A Resolução 125 do CNJ foi um marco para os mecanismos consensuais de solução 
de litígios, em especial, a mediação ao ter como premissas: 
O estabelecimento de política pública de tratamento adequado dos problemas 
jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na 
e forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços 
prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê-lo mediante outros 
mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e 
necessidade de se consolidar uma política pública permanente de incentivo e 
aperfeiçoamento dos mecanismos consensuais de solução de litígios 
A conciliação e a mediação são instrumentos efetivos de pacificação social, solução e 
prevenção de litígios, o que tem reduzido a judicialização de demandas, a quantidade 
de recursos e a execução de sentenças 
A relevância e a necessidade de organizar e de uniformizar os serviços de conciliação, 
de mediação e de outros métodos consensuais de solução de conflitos para
execução da política pública 
A organização dos serviços de conciliação, de mediação e de outros métodos 
consensuais de solução de conflitos deve servir de princípio e base para a criação de 
Juízos de resolução alternativa de conflitos 
esolução 125,CNJ. O programa será implementado com a participação de 
rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades púbicas e 
privadas parceiras, inclusive universidades e instituições de ensino 
Atribuições do CNJ: arts. 4º ao 6º 
 SYL 
do estímulo à conciliação, à 
mediação e a outros métodos de solução consensual de conflitos, disposição incluída 
ICIÁRIA NACIONAL E LEGISLAÇÃO RELEVANTE 
Nesse tópico, iremos detalhar a Resolução 125 do CNJ, os dispositivos constantes no 
consensuais de solução 
O estabelecimento de política pública de tratamento adequado dos problemas 
jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na 
e forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços 
lo mediante outros 
mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e 
necessidade de se consolidar uma política pública permanente de incentivo e 
 
A conciliação e a mediação são instrumentos efetivos de pacificação social, solução e 
e tem reduzido a judicialização de demandas, a quantidade 
A relevância e a necessidade de organizar e de uniformizar os serviços de conciliação, 
de mediação e de outros métodos consensuais de solução de conflitos para a boa 
A organização dos serviços de conciliação, de mediação e de outros métodos 
consensuais de solução de conflitos deve servir de princípio e base para a criação de 
O programa será implementado com a participação de 
rede constituída por todos os órgãos do Poder Judiciário e por entidades púbicas e 
 
 
 
 
 Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos: art. 7º
 
 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania: arts. 8º a 11
 
B) LEI DE MEDIAÇÃO: LEI 13.140/2015
 
A lei versa sobre a aplicação da mediação como meio de solução de 
entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da Administração Pública. 
Pontos de destaque: 
 
 Conceito de mediação
terceiro imparcial sem poder decisório, 
e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia (art. 
1º). 
 
 Princípios da mediação
 
Código de Ética (2010)
 Confidencialidade
 Decisão informada
 Competência 
 Imparcialidade 
 Independência, autonomia e 
respeito à ordem pública e às leis 
vigentes 
 Empoderamento
 
 Procedimento voluntário
mediação”. Art. 1º, §2º. É um alinhamento com o princípio da autonomia da vontade 
das partes. Ressalta-se, contudo, que se no contrato entabulado pel
cláusula prevendo a mediação como solução das controvérsias (cláusula de mediação), 
as partes comparecerão pelo menos à primeira reunião de mediação, sendo que, 
depois, não será obrigada a permanecer no procedimento de mediação.
 
 Matérias mediáveis: conflitos que versem sobre direitos disponíveis ou indisponíveis 
transacionáveis, sobre todo o conflito ou parte dele. Os direitos indisponíveis e 
transigíveis, objetos de consenso, devem ser homologados em juízo com a oitiva do 
Ministério Público (art. 3º, §§1º e2º ).
 
Direitos disponíveis são aqueles que admitem acordo, renúncia, desistência, cessão e 
são de titularidade pessoas maiores e capazes. Cobrançasde aluguel, rescisão contratual são 
alguns exemplos. Os indisponíveis dizem respeito ao
menores ou ainda em virtude da própria natureza do direito. Exemplos: pensão alimentícia, 
questões envolvendo filiação ou estado civil.
 
 
 
Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos: art. 7º
Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania: arts. 8º a 11 
LEI DE MEDIAÇÃO: LEI 13.140/2015 
A lei versa sobre a aplicação da mediação como meio de solução de 
entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da Administração Pública. 
Conceito de mediação: atividade técnica (profissional capacitado para tal) exercida por 
terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia 
e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia (art. 
Princípios da mediação: art. 2º 
Código de Ética (2010) Lei de Mediação (2015)
Confidencialidade 
informada 
Independência, autonomia e 
respeito à ordem pública e às leis 
Empoderamento 
 Imparcialidade do mediador
 Isonomia entre as partes
 Oralidade 
 Informalidade 
 Autonomia da vontade das partes
 Busca do consenso
 Confidencialidade 
 Boa-fé 
Procedimento voluntário: “ninguém será obrigado a permanecer em procedimento da 
. Art. 1º, §2º. É um alinhamento com o princípio da autonomia da vontade 
se, contudo, que se no contrato entabulado pel
cláusula prevendo a mediação como solução das controvérsias (cláusula de mediação), 
as partes comparecerão pelo menos à primeira reunião de mediação, sendo que, 
depois, não será obrigada a permanecer no procedimento de mediação.
: conflitos que versem sobre direitos disponíveis ou indisponíveis 
transacionáveis, sobre todo o conflito ou parte dele. Os direitos indisponíveis e 
transigíveis, objetos de consenso, devem ser homologados em juízo com a oitiva do 
co (art. 3º, §§1º e2º ). 
Direitos disponíveis são aqueles que admitem acordo, renúncia, desistência, cessão e 
são de titularidade pessoas maiores e capazes. Cobranças de aluguel, rescisão contratual são 
alguns exemplos. Os indisponíveis dizem respeito ao envolvimento de pessoas incapazes, 
menores ou ainda em virtude da própria natureza do direito. Exemplos: pensão alimentícia, 
questões envolvendo filiação ou estado civil. 
 SYL 
Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos: art. 7º 
 
A lei versa sobre a aplicação da mediação como meio de solução de controvérsias 
entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da Administração Pública. 
: atividade técnica (profissional capacitado para tal) exercida por 
que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia 
e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia (art. 
Lei de Mediação (2015) 
Imparcialidade do mediador 
Isonomia entre as partes 
Autonomia da vontade das partes 
Busca do consenso 
 
“ninguém será obrigado a permanecer em procedimento da 
. Art. 1º, §2º. É um alinhamento com o princípio da autonomia da vontade 
se, contudo, que se no contrato entabulado pelas partes houver 
cláusula prevendo a mediação como solução das controvérsias (cláusula de mediação), 
as partes comparecerão pelo menos à primeira reunião de mediação, sendo que, 
depois, não será obrigada a permanecer no procedimento de mediação. 
: conflitos que versem sobre direitos disponíveis ou indisponíveis 
transacionáveis, sobre todo o conflito ou parte dele. Os direitos indisponíveis e 
transigíveis, objetos de consenso, devem ser homologados em juízo com a oitiva do 
Direitos disponíveis são aqueles que admitem acordo, renúncia, desistência, cessão e 
são de titularidade pessoas maiores e capazes. Cobranças de aluguel, rescisão contratual são 
envolvimento de pessoas incapazes, 
menores ou ainda em virtude da própria natureza do direito. Exemplos: pensão alimentícia, 
 
 
 
 
 Papel do mediador: conduzir o procedimento de 
buscando o entendimento
§1º) 
 
O foco é a comunicação e não a confecção de acordo. 
Protagonistas: partes. 
Os coadjuvantes: advogados. 
Finalidade: entendimento e consenso para facilitar a reso
próprias partes. 
 
 Equiparação a servidor público para efeitos penais: art. 8º
 
 Diferenças entre mediador extrajudicial e judicial
 
MEDIADOR EXTRAJUDICIAL
 Qualquer pessoa capaz
 Que tenha a confiança das partes
 O medidor é escolhido pelas partes.
 Capacitada para fazer mediação 
(Enunciado 47, CJF) 
 Não precisa ter feito curso de formação
 Não precisa integrar nem se inscrever 
em qualquer tipo de conselho, entidade 
de classe ou associação
 Comparecendo uma das partes 
acompanhada de advogado ou defensor 
público, o mediador suspenderá o 
procedimento, até que todas estejam 
devidamente assistidas. 
 Atuação antes da judicialização do 
conflito 
 
 
 PROCEDIMENTO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL
1º CONVITE: frente a um conflito, a parte interessada que deseja o acordo faz um convite à 
outra para que elas iniciem o procedimento de mediação ex
feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo (objetivo) proposto para 
a negociação, a data e o local da primeira reunião
2º RESPOSTA: diante do convite, a parte terá as seguintes opções:
a) Aceitar o início da mediação
b) Recusar expressamente a mediação
 
 
Papel do mediador: conduzir o procedimento de comunicação 
entendimento e o consenso e facilitando a resolução do conflito
DETALHES: 
O foco é a comunicação e não a confecção de acordo. 
Protagonistas: partes. 
Os coadjuvantes: advogados. 
Finalidade: entendimento e consenso para facilitar a resolução do conflito pelas 
Equiparação a servidor público para efeitos penais: art. 8º 
Diferenças entre mediador extrajudicial e judicial 
MEDIADOR EXTRAJUDICIAL MEDIADOR JUDICIAL
Qualquer pessoa capaz 
Que tenha a confiança das partes 
medidor é escolhido pelas partes. 
Capacitada para fazer mediação 
 
Não precisa ter feito curso de formação 
Não precisa integrar nem se inscrever 
em qualquer tipo de conselho, entidade 
de classe ou associação 
Comparecendo uma das partes 
ompanhada de advogado ou defensor 
público, o mediador suspenderá o 
procedimento, até que todas estejam 
devidamente assistidas. 
Atuação antes da judicialização do 
 Pessoa capaz, graduada há pelo 
menos 2 anos em curso de ensino 
superior reconhecido
 Capacitação em escola ou 
instituição de formação de 
mediadores, reconhecida pela 
ENFAM ou pelos Tribunais, com a 
observância dos requisitos 
mínimos determinados pelo CNJ.
 Cadastro de mediadores 
habilitados. 
 Remuneração fixada pelo 
Tribunal e custeada pelas partes
 Atuação quando a ação já estiver 
sido proposta. 
PROCEDIMENTO DA MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL: 
: frente a um conflito, a parte interessada que deseja o acordo faz um convite à 
outra para que elas iniciem o procedimento de mediação extrajudicial. Esse convite poderá ser 
feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo (objetivo) proposto para 
a negociação, a data e o local da primeira reunião 
: diante do convite, a parte terá as seguintes opções: 
o início da mediação 
b) Recusar expressamente a mediação 
 SYL 
 entre as partes, 
facilitando a resolução do conflito (art. 4º, 
lução do conflito pelas 
MEDIADOR JUDICIAL 
Pessoa capaz, graduada há pelo 
menos 2 anos em curso de ensino 
superior reconhecido pelo MEC 
Capacitação em escola ou 
instituição de formação de 
mediadores, reconhecida pela 
ENFAM ou pelos Tribunais, com a 
observância dos requisitos 
mínimos determinados pelo CNJ. 
Cadastro de mediadores 
Remuneração fixada pelo 
eada pelas partes 
Atuação quando a ação já estiver 
: frente a um conflito, a parte interessada que deseja o acordo faz um convite à 
trajudicial. Esse convite poderá ser 
feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo (objetivo) proposto para 
 
 
 
 
c) Não responder (recusa tácita): significa que recusou o convite. A lei determinaque se o 
convite não for respondido em até 30 (trinta) dias do seu recebimento é dado como rejeitado 
(art. 21, parágrafo único, da Lei 13.140/2015).
3ª CLÁUSULA DE MEDIAÇÃO
antes de se buscar a guarida do Poder Judiciário ou da arbitragem.
As informações mínimas necessárias em uma cláusula de mediação
a) Prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação a 
contar da data do recebimento do convite;
b) O local da primeira reunião de mediação;
c) Critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação;
d) Penalidade em caso de não
reunião da mediação. 
 Se a cláusula de mediação não trouxer a previsão dessa penalidade e a parte 
não comparecer, será punida, tendo que pagar 50% das custas e dos 
honorários sucumbenciais caso venha a ser vence
arbitral ou judicial posterior tendo como objetivo a mediação para a qual foi 
convidada (art. 22, §2º, IV, da Lei).
 
A cláusula de mediação poderá prever que as partes só ajuizarão uma demanda ou 
iniciar um procedimento arbitral para d
em busca da mediação. Por exemplo: ajuizamento de demanda para discutir cláusulas 
contratuais só poderá ocorrer se as partes tiverem tentado a mediação pelo prazo máximo de 
7 meses. 
Se houver previsão ne
ação judicial (antes de findar o prazo estabelecido), o juiz suspenderá o processo e aguardará o 
término do tempo determinado (art. 23, parágrafo único, da lei).
O art. 10 e parágrafo único da
advogados ou defensores públicos. Caso uma das partes comparecer acompanhada de 
advogado ou defensor público e a outra estiver desassistida, o mediador suspenderá o 
procedimento até que todos os envolvi
Em resumo: ou as partes estão sem advogado ou defensor público ou ambas se 
encontram assistidas. Não pode uma das partes estar
C) NCPC 2015: 
 Permite-se a arbitragem na forma da lei (§1º, art. 3
 
 Estímulo à promoção pelo Estado, sempre que possível, da solução consensual dos 
conflitos (§2º, art. 3º)
 
 
 
c) Não responder (recusa tácita): significa que recusou o convite. A lei determina que se o 
convite não for respondido em até 30 (trinta) dias do seu recebimento é dado como rejeitado 
parágrafo único, da Lei 13.140/2015). 
CLÁUSULA DE MEDIAÇÃO: previsão, no contrato, de resolução dos litígios, pela mediação 
antes de se buscar a guarida do Poder Judiciário ou da arbitragem. 
As informações mínimas necessárias em uma cláusula de mediação 
a) Prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação a 
contar da data do recebimento do convite; 
b) O local da primeira reunião de mediação; 
c) Critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação; 
d) Penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à primeira 
Se a cláusula de mediação não trouxer a previsão dessa penalidade e a parte 
não comparecer, será punida, tendo que pagar 50% das custas e dos 
honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento 
arbitral ou judicial posterior tendo como objetivo a mediação para a qual foi 
convidada (art. 22, §2º, IV, da Lei). 
A cláusula de mediação poderá prever que as partes só ajuizarão uma demanda ou 
iniciar um procedimento arbitral para discutir o conflito após esperarem determinado tempo 
em busca da mediação. Por exemplo: ajuizamento de demanda para discutir cláusulas 
contratuais só poderá ocorrer se as partes tiverem tentado a mediação pelo prazo máximo de 
Se houver previsão nesse sentido (prazo), uma das partes não respeitar e ajuizar uma 
ação judicial (antes de findar o prazo estabelecido), o juiz suspenderá o processo e aguardará o 
término do tempo determinado (art. 23, parágrafo único, da lei). 
O art. 10 e parágrafo único da lei afirmam que as partes poderão ser assistidas por 
advogados ou defensores públicos. Caso uma das partes comparecer acompanhada de 
advogado ou defensor público e a outra estiver desassistida, o mediador suspenderá o 
procedimento até que todos os envolvidos estejam devidamente assistidos. 
Em resumo: ou as partes estão sem advogado ou defensor público ou ambas se 
as. Não pode uma das partes estar acompanhada e a outra não.
se a arbitragem na forma da lei (§1º, art. 3º) 
Estímulo à promoção pelo Estado, sempre que possível, da solução consensual dos 
conflitos (§2º, art. 3º) 
 SYL 
c) Não responder (recusa tácita): significa que recusou o convite. A lei determina que se o 
convite não for respondido em até 30 (trinta) dias do seu recebimento é dado como rejeitado 
: previsão, no contrato, de resolução dos litígios, pela mediação 
 são: 
a) Prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação a 
comparecimento da parte convidada à primeira 
Se a cláusula de mediação não trouxer a previsão dessa penalidade e a parte 
não comparecer, será punida, tendo que pagar 50% das custas e dos 
dora em procedimento 
arbitral ou judicial posterior tendo como objetivo a mediação para a qual foi 
A cláusula de mediação poderá prever que as partes só ajuizarão uma demanda ou 
iscutir o conflito após esperarem determinado tempo 
em busca da mediação. Por exemplo: ajuizamento de demanda para discutir cláusulas 
contratuais só poderá ocorrer se as partes tiverem tentado a mediação pelo prazo máximo de 
sse sentido (prazo), uma das partes não respeitar e ajuizar uma 
ação judicial (antes de findar o prazo estabelecido), o juiz suspenderá o processo e aguardará o 
lei afirmam que as partes poderão ser assistidas por 
advogados ou defensores públicos. Caso uma das partes comparecer acompanhada de 
advogado ou defensor público e a outra estiver desassistida, o mediador suspenderá o 
Em resumo: ou as partes estão sem advogado ou defensor público ou ambas se 
acompanhada e a outra não. 
Estímulo à promoção pelo Estado, sempre que possível, da solução consensual dos 
 
 
 
 
 O dever-poder de estímulo por parte dos juízes, advogados, defensores públicos e 
membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo jud
da mediação e de outros métodos de solução consensual de conflitos (§3º, art. 3º)
 
 Os arts. 165 a 175 versam sobre a conciliação e a mediação judicial.
 
 Liberdade na definição do procedimento como expressão do princípio da autonomia 
da vontade dos interessados: §4º, art. 166, NCPC 
 
 Aplicação de técnicas negociais como instrumento para favorecer à autocomposição: 
§3º, art. 166, NCPC 
 
 Confidencialidade: §1º
 
As informações coletadas no procedimento da mediação são sigilosas perante 
terceiros, sequer sendo possível revelá
exemplo: as declarações, as opiniões e as propostas formuladas por uma part
reconhecimento ou a confissão de algum fato por qualquer das partes; documento preparado 
unicamente para os fins do procedimento de mediação (art. 30, §1º, Lei 13.140/2015).
As exceções são as informações com expressa anuência das partes; a le
divulgação; a divulgação for necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação e 
quando a informação for relacionada a um crime de ação pública.
O dever de confidencialidade se aplica ao mediador, às partes, aos seus prepostos, 
aos advogados, aos assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, 
direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação. Ressalta
têm o dever de comunicar à administração tributária (Fisco) as informações correlat
pagamento de tributo, o que não significa uma quebra da regra da confidencialidade.
 
 Audiência de conciliação ou de mediação: art. 334 
 
D) ENUNCIADOS DO FÓRUM NACIONAL DE JUIZADOS ESPECIAIS (FONAJE
 
Surgiram em 1997 e tem como finalidade o aprimor
serviços judiciários nos Juizados Especiais, a padronização dos procedimentos, a expedição de 
enunciados, o acompanhamento, a análise e o estudo dos projetos legislativos, além de 
colaborar com os 3 Poderes. Alguns exemplos de enunc
 
CÍVEIS: 
 
 ENUNCIADO 6 – Não é necessária a presença do juiz togado ou leigo na Sessão de 
Conciliação, nem a do juiz togado na audiência de instrução conduzida por juiz leigo.(nova redação - XXXVII 
 
 ENUNCIADO 7 – A sentença que homologa o laudo arbitral é irrecorrível.
 
 
poder de estímulo por parte dos juízes, advogados, defensores públicos e 
membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial, da conciliação, 
da mediação e de outros métodos de solução consensual de conflitos (§3º, art. 3º)
Os arts. 165 a 175 versam sobre a conciliação e a mediação judicial. 
Liberdade na definição do procedimento como expressão do princípio da autonomia 
da vontade dos interessados: §4º, art. 166, NCPC 
Aplicação de técnicas negociais como instrumento para favorecer à autocomposição: 
Confidencialidade: §1º, art, 166, NCPC 
As informações coletadas no procedimento da mediação são sigilosas perante 
terceiros, sequer sendo possível revelá-las em processo arbitral ou judicial, como, por 
exemplo: as declarações, as opiniões e as propostas formuladas por uma part
reconhecimento ou a confissão de algum fato por qualquer das partes; documento preparado 
unicamente para os fins do procedimento de mediação (art. 30, §1º, Lei 13.140/2015).
são as informações com expressa anuência das partes; a le
divulgação; a divulgação for necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação e 
quando a informação for relacionada a um crime de ação pública. 
O dever de confidencialidade se aplica ao mediador, às partes, aos seus prepostos, 
vogados, aos assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, 
direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação. Ressalta
têm o dever de comunicar à administração tributária (Fisco) as informações correlat
pagamento de tributo, o que não significa uma quebra da regra da confidencialidade.
Audiência de conciliação ou de mediação: art. 334 
ENUNCIADOS DO FÓRUM NACIONAL DE JUIZADOS ESPECIAIS (FONAJE): 
Surgiram em 1997 e tem como finalidade o aprimoramento da prestação dos 
serviços judiciários nos Juizados Especiais, a padronização dos procedimentos, a expedição de 
enunciados, o acompanhamento, a análise e o estudo dos projetos legislativos, além de 
colaborar com os 3 Poderes. Alguns exemplos de enunciados cíveis e criminais.
Não é necessária a presença do juiz togado ou leigo na Sessão de 
Conciliação, nem a do juiz togado na audiência de instrução conduzida por juiz leigo. 
XXXVII - Florianópolis/SC). 
A sentença que homologa o laudo arbitral é irrecorrível.
 SYL 
poder de estímulo por parte dos juízes, advogados, defensores públicos e 
icial, da conciliação, 
da mediação e de outros métodos de solução consensual de conflitos (§3º, art. 3º) 
Liberdade na definição do procedimento como expressão do princípio da autonomia 
Aplicação de técnicas negociais como instrumento para favorecer à autocomposição: 
As informações coletadas no procedimento da mediação são sigilosas perante 
las em processo arbitral ou judicial, como, por 
exemplo: as declarações, as opiniões e as propostas formuladas por uma parte à outra; o 
reconhecimento ou a confissão de algum fato por qualquer das partes; documento preparado 
unicamente para os fins do procedimento de mediação (art. 30, §1º, Lei 13.140/2015). 
são as informações com expressa anuência das partes; a lei exigir sua 
divulgação; a divulgação for necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação e 
O dever de confidencialidade se aplica ao mediador, às partes, aos seus prepostos, 
vogados, aos assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, 
direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação. Ressalta-se que as partes 
têm o dever de comunicar à administração tributária (Fisco) as informações correlatas ao 
pagamento de tributo, o que não significa uma quebra da regra da confidencialidade. 
amento da prestação dos 
serviços judiciários nos Juizados Especiais, a padronização dos procedimentos, a expedição de 
enunciados, o acompanhamento, a análise e o estudo dos projetos legislativos, além de 
iados cíveis e criminais. 
Não é necessária a presença do juiz togado ou leigo na Sessão de 
Conciliação, nem a do juiz togado na audiência de instrução conduzida por juiz leigo. 
A sentença que homologa o laudo arbitral é irrecorrível. 
 
 
 
 
 
 ENUNCIADO 40 – O conciliador ou juiz leigo não está incompatibilizado nem impedido 
de exercer a advocacia, exceto perante o próprio Juizado Especial em que atue ou se 
pertencer aos quadros do Po
 
 ENUNCIADO 71 – É cabível a designação de audiência de conciliação em execução de 
título judicial. 
 
 ENUNCIADO 145 – A penhora não é requisito para a designação de audiência de 
conciliação na execução fundada em título extrajudicial (XXIX En
CRIMINAIS: 
 ENUNCIADO 70 – O conciliador ou o juiz leigo podem presidir audiências preliminares 
nos Juizados Especiais Criminais, propondo conciliação e encaminhamento da 
proposta de transação (XV Encontro 
 
 ENUNCIADO 71 (Substitui o Enunciado 47) 
artigo 73 da Lei 9099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendo a 
proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliador ou pelo juiz leigo, 
nos termos do artigo 76, § 3º, da mesma Lei (XV Encontro 
 
 ENUNCIADO 119 – É possível a mediação no âmbito do Juizado Especial Criminal (XXIX 
Encontro – Bonito/MS).
E) I JORNADA “PREVENÇÃO E SOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE LITÍGIOS (CJF 
Federal) 
Ocorreu em 22 e 23 de Agosto de 2016 em Brasília/DF.
aspectos normativo-jurídicos e estimular as políticas públicas e privadas para a mediação, a 
conciliação e a arbitragem. 
MEDIAÇÃO: 
 14: A mediação é método de tratamento
incentivado pelo Estado, com ativa participação da sociedade, como forma de acesso à 
Justiça e à ordem jurídica justa. 
 
 15: Recomendam-se aos órgãos do sistema de Justiça firmar acordos de cooperação 
técnica entre si e com Universidades, para incentivo às práticas dos métodos 
consensuais de solução de conflitos, bem assim com empresas geradoras de grande 
volume de demandas, para incentivo à prevenção e à solução extrajudicial de litígios.
 
 16: O magistrado pode, a 
para tentativa de composição da lide pela mediação extrajudicial, quando entender 
que o conflito será adequadamente solucionado por essa forma
 
 
O conciliador ou juiz leigo não está incompatibilizado nem impedido 
de exercer a advocacia, exceto perante o próprio Juizado Especial em que atue ou se 
pertencer aos quadros do Poder Judiciário. 
É cabível a designação de audiência de conciliação em execução de 
A penhora não é requisito para a designação de audiência de 
conciliação na execução fundada em título extrajudicial (XXIX Encontro 
O conciliador ou o juiz leigo podem presidir audiências preliminares 
nos Juizados Especiais Criminais, propondo conciliação e encaminhamento da 
proposta de transação (XV Encontro – Florianópolis/SC). 
(Substitui o Enunciado 47) – A expressão conciliação prevista no 
artigo 73 da Lei 9099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendo a 
proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliador ou pelo juiz leigo, 
rtigo 76, § 3º, da mesma Lei (XV Encontro – Florianópolis/SC).
É possível a mediação no âmbito do Juizado Especial Criminal (XXIX 
Bonito/MS). 
I JORNADA “PREVENÇÃO E SOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE LITÍGIOS (CJF – Conselho da Justiça
Ocorreu em 22 e 23 de Agosto de 2016 em Brasília/DF. Finalidade: aprimorar os 
jurídicos e estimular as políticas públicas e privadas para a mediação, a 
14: A mediação é método de tratamento adequado de controvérsias que deve ser 
incentivado pelo Estado, com ativa participação da sociedade, como forma de acesso à 
Justiça e à ordem jurídica justa. 
se aos órgãos do sistema de Justiça firmar acordos de cooperação 
i e com Universidades, para incentivo às práticas dos métodos 
consensuais de solução de conflitos, bem assim com empresas geradoras de grande 
volume de demandas, para incentivo à prevenção e à solução extrajudicial de litígios.
16: O magistrado pode, a qualquer momentodo processo judicial, convidar as partes 
para tentativa de composição da lide pela mediação extrajudicial, quando entender 
que o conflito será adequadamente solucionado por essa forma. 
 SYL 
O conciliador ou juiz leigo não está incompatibilizado nem impedido 
de exercer a advocacia, exceto perante o próprio Juizado Especial em que atue ou se 
É cabível a designação de audiência de conciliação em execução de 
A penhora não é requisito para a designação de audiência de 
contro – Bonito/MS). 
O conciliador ou o juiz leigo podem presidir audiências preliminares 
nos Juizados Especiais Criminais, propondo conciliação e encaminhamento da 
A expressão conciliação prevista no 
artigo 73 da Lei 9099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendo a 
proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliador ou pelo juiz leigo, 
Florianópolis/SC). 
É possível a mediação no âmbito do Juizado Especial Criminal (XXIX 
Conselho da Justiça 
Finalidade: aprimorar os 
jurídicos e estimular as políticas públicas e privadas para a mediação, a 
adequado de controvérsias que deve ser 
incentivado pelo Estado, com ativa participação da sociedade, como forma de acesso à 
se aos órgãos do sistema de Justiça firmar acordos de cooperação 
i e com Universidades, para incentivo às práticas dos métodos 
consensuais de solução de conflitos, bem assim com empresas geradoras de grande 
volume de demandas, para incentivo à prevenção e à solução extrajudicial de litígios. 
qualquer momento do processo judicial, convidar as partes 
para tentativa de composição da lide pela mediação extrajudicial, quando entender 
 
 
 
 
 
 17: Nos processos administrativo e judicial, é dever
Direito propagar e estimular a mediação como solução pacífica dos conflitos.
 
 21: É facultado ao magistrado, em colaboração com as partes, suspender o processo 
judicial enquanto é realizada a mediação, conforme o art. 313, II
Processo Civil, salvo se houver previsão contratual de cláusula de mediação com termo 
ou condição, situação em que o processo deverá permanecer suspenso pelo prazo 
previamente acordado ou até o implemento da condição, nos termos do art. 23 d
n.13.140/2015. 
 
 22: A expressão “sucesso ou insucesso” do art.167, § 3º, do Código de Processo Civil 
não deve ser interpretada como quantidade de acordos realizados, mas a partir de 
uma avaliação qualitativa da satisfação das partes com o resultado e
procedimento, fomentando a escolha da câmara, do conciliador ou do mediador com 
base nas suas qualificações e não nos resultados meramente quantitativos
 
 23: Recomenda-se que as faculdades de direito mantenham estágios supervisionados 
nos escritórios de prática jurídica para formação em mediação e conciliação e 
promovam parcerias com entidades formadoras de conciliadores e mediadores, 
inclusive tribunais, Ministério Público, OAB, defensoria e advocacia pública. 
 
 24: Sugere-se que as faculdades de d
obrigatórias e projetos de extensão destinados à mediação, à conciliação e à 
arbitragem, nos termos dos arts. 2º, § 1º, VIII, e 8º, ambos da Resolução CNE/CES n. 
9, de 29 de setembro de 2004
 
 26: É admissível, no p
necessidade, a participação de crianças, adolescentes e jovens 
estágio de desenvolvimento e grau de compreensão 
dele) estiver relacionado aos seus interesses o
 
 27: Recomenda-se o desenvolvimento de programas de fomento de habilidades para o 
diálogo e para a gestão de conflitos nas escolas, como elemento formativo
objetivando estimular a formação de pessoas com maior competência para o diál
a negociação de diferenças e a gestão de controvérsias.
 
 28: Propõe-se a implementação da cultura de resolução de conflitos por meio da 
mediação, como política pública, nos diversos segmentos do sistema educacional, 
visando auxiliar na resolução extra
mediadores externos ou capacitando alunos e professores para atuarem como 
facilitadores de diálogo na resolução e prevenção dos conflitos surgidos nesses 
ambientes. 
 
 
 
17: Nos processos administrativo e judicial, é dever do Estado e dos operadores do 
Direito propagar e estimular a mediação como solução pacífica dos conflitos.
21: É facultado ao magistrado, em colaboração com as partes, suspender o processo 
judicial enquanto é realizada a mediação, conforme o art. 313, II
Processo Civil, salvo se houver previsão contratual de cláusula de mediação com termo 
ou condição, situação em que o processo deverá permanecer suspenso pelo prazo 
previamente acordado ou até o implemento da condição, nos termos do art. 23 d
22: A expressão “sucesso ou insucesso” do art.167, § 3º, do Código de Processo Civil 
não deve ser interpretada como quantidade de acordos realizados, mas a partir de 
uma avaliação qualitativa da satisfação das partes com o resultado e
procedimento, fomentando a escolha da câmara, do conciliador ou do mediador com 
base nas suas qualificações e não nos resultados meramente quantitativos
se que as faculdades de direito mantenham estágios supervisionados 
os de prática jurídica para formação em mediação e conciliação e 
promovam parcerias com entidades formadoras de conciliadores e mediadores, 
inclusive tribunais, Ministério Público, OAB, defensoria e advocacia pública. 
se que as faculdades de direito instituam disciplinas autônomas e 
obrigatórias e projetos de extensão destinados à mediação, à conciliação e à 
arbitragem, nos termos dos arts. 2º, § 1º, VIII, e 8º, ambos da Resolução CNE/CES n. 
9, de 29 de setembro de 2004. 
26: É admissível, no procedimento de mediação, em casos de fundamentada 
necessidade, a participação de crianças, adolescentes e jovens –
estágio de desenvolvimento e grau de compreensão – quando o conflito (ou parte 
dele) estiver relacionado aos seus interesses ou direitos. 
se o desenvolvimento de programas de fomento de habilidades para o 
diálogo e para a gestão de conflitos nas escolas, como elemento formativo
objetivando estimular a formação de pessoas com maior competência para o diál
a negociação de diferenças e a gestão de controvérsias. 
se a implementação da cultura de resolução de conflitos por meio da 
mediação, como política pública, nos diversos segmentos do sistema educacional, 
visando auxiliar na resolução extrajudicial de conflitos de qualquer natureza, utilizando 
mediadores externos ou capacitando alunos e professores para atuarem como 
facilitadores de diálogo na resolução e prevenção dos conflitos surgidos nesses 
 SYL 
do Estado e dos operadores do 
Direito propagar e estimular a mediação como solução pacífica dos conflitos. 
21: É facultado ao magistrado, em colaboração com as partes, suspender o processo 
judicial enquanto é realizada a mediação, conforme o art. 313, II, do Código de 
Processo Civil, salvo se houver previsão contratual de cláusula de mediação com termo 
ou condição, situação em que o processo deverá permanecer suspenso pelo prazo 
previamente acordado ou até o implemento da condição, nos termos do art. 23 da Lei 
22: A expressão “sucesso ou insucesso” do art.167, § 3º, do Código de Processo Civil 
não deve ser interpretada como quantidade de acordos realizados, mas a partir de 
uma avaliação qualitativa da satisfação das partes com o resultado e com o 
procedimento, fomentando a escolha da câmara, do conciliador ou do mediador com 
base nas suas qualificações e não nos resultados meramente quantitativos. 
se que as faculdades de direito mantenham estágios supervisionados 
os de prática jurídica para formação em mediação e conciliação e 
promovam parcerias com entidades formadoras de conciliadores e mediadores, 
inclusive tribunais, Ministério Público, OAB, defensoria e advocacia pública. 
ireito instituam disciplinas autônomas e 
obrigatórias e projetos de extensão destinados à mediação, à conciliação e à 
arbitragem, nos termos dos arts. 2º, § 1º, VIII, e 8º, ambos da Resolução CNE/CES n. 
rocedimento de mediação, em casos de fundamentada 
– respeitadoseu 
quando o conflito (ou parte 
se o desenvolvimento de programas de fomento de habilidades para o 
diálogo e para a gestão de conflitos nas escolas, como elemento formativo-educativo, 
objetivando estimular a formação de pessoas com maior competência para o diálogo, 
se a implementação da cultura de resolução de conflitos por meio da 
mediação, como política pública, nos diversos segmentos do sistema educacional, 
judicial de conflitos de qualquer natureza, utilizando 
mediadores externos ou capacitando alunos e professores para atuarem como 
facilitadores de diálogo na resolução e prevenção dos conflitos surgidos nesses 
 
 
 
 
 29: Caso qualquer das partes compro
antecedente à propositura da demanda, o magistrado poderá dispensar a audiência 
inicial de mediação ou conciliação, desde que tenha tratado da questão objeto da ação 
e tenha sido conduzida por mediador ou concilia
 
 34: Se constatar a configuração de uma notória situação de desequilíbrio entre as 
partes, o mediador deve alertar sobre a importância de que ambas obtenham, 
organizem e analisem dados, estimulando
negociação. 
 
 35: Os pedidos de homologação de acordos extrajudiciais deverão ser feitos no 
Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, onde houver
 
 38: O Estado promoverá a cultura da mediação no sistema prisional, entre internos, 
como forma de possibilitar a ressocialização, a paz social e a dignidade da pessoa 
humana. 
 
 39: A previsão de suspensão do processo para que as partes se submetam à mediação 
extrajudicial deverá atender ao disposto no § 2º do art. 334 da Lei Processual, 
podendo o prazo ser prorrogado no caso de consenso das partes.
 
 41: Além dos princípios já elencados no art. 2º da Lei 13.140/2015, a mediação 
também deverá ser orientada pelo Princípio da Decisão Informada. 
 
 42: O membro do Ministério Público designado para exercer as 
centros, câmaras públicas de mediação e qualquer outro espaço em que se faça uso 
das técnicas de autocomposição, para o tratamento adequado de conflitos, deverá ser 
capacitado em técnicas de mediação e negociação, bem como de construção d
consenso. 
 
 43: O membro do Ministério Público com atribuição para o procedimento consensual, 
devidamente capacitado nos métodos negociais e autocompositivos, quando atuar 
como mediador, ficará impedido de exercer atribuições típicas de seu órgão de 
execução, cabendo tal intervenção, naquele feito, a seu substituto legal.
 
 45: A mediação e conciliação são compatíveis com a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, bem como em 
casos de superendividamento, o
 
 46: Os mediadores e conciliadores devem respeitar os padrões éticos de 
confidencialidade na mediação e conciliação, não levando aos magistrados dos seus 
respectivos feitos o conteúdo das sessões, com exceção dos termos de 
adesão, desistência e solicitação de encaminhamentos, para fins de ofícios
 
 
 
29: Caso qualquer das partes comprove a realização de mediação ou conciliação 
antecedente à propositura da demanda, o magistrado poderá dispensar a audiência 
inicial de mediação ou conciliação, desde que tenha tratado da questão objeto da ação 
e tenha sido conduzida por mediador ou conciliador capacitado. 
34: Se constatar a configuração de uma notória situação de desequilíbrio entre as 
partes, o mediador deve alertar sobre a importância de que ambas obtenham, 
organizem e analisem dados, estimulando-as a planejarem uma eficiente atuação na 
35: Os pedidos de homologação de acordos extrajudiciais deverão ser feitos no 
Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, onde houver. 
38: O Estado promoverá a cultura da mediação no sistema prisional, entre internos, 
possibilitar a ressocialização, a paz social e a dignidade da pessoa 
39: A previsão de suspensão do processo para que as partes se submetam à mediação 
extrajudicial deverá atender ao disposto no § 2º do art. 334 da Lei Processual, 
ser prorrogado no caso de consenso das partes. 
41: Além dos princípios já elencados no art. 2º da Lei 13.140/2015, a mediação 
também deverá ser orientada pelo Princípio da Decisão Informada. 
42: O membro do Ministério Público designado para exercer as funções junto aos 
centros, câmaras públicas de mediação e qualquer outro espaço em que se faça uso 
das técnicas de autocomposição, para o tratamento adequado de conflitos, deverá ser 
capacitado em técnicas de mediação e negociação, bem como de construção d
43: O membro do Ministério Público com atribuição para o procedimento consensual, 
devidamente capacitado nos métodos negociais e autocompositivos, quando atuar 
como mediador, ficará impedido de exercer atribuições típicas de seu órgão de 
ução, cabendo tal intervenção, naquele feito, a seu substituto legal.
45: A mediação e conciliação são compatíveis com a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, bem como em 
casos de superendividamento, observadas as restrições legais. 
46: Os mediadores e conciliadores devem respeitar os padrões éticos de 
confidencialidade na mediação e conciliação, não levando aos magistrados dos seus 
respectivos feitos o conteúdo das sessões, com exceção dos termos de 
adesão, desistência e solicitação de encaminhamentos, para fins de ofícios
 SYL 
ve a realização de mediação ou conciliação 
antecedente à propositura da demanda, o magistrado poderá dispensar a audiência 
inicial de mediação ou conciliação, desde que tenha tratado da questão objeto da ação 
34: Se constatar a configuração de uma notória situação de desequilíbrio entre as 
partes, o mediador deve alertar sobre a importância de que ambas obtenham, 
as a planejarem uma eficiente atuação na 
35: Os pedidos de homologação de acordos extrajudiciais deverão ser feitos no 
 
38: O Estado promoverá a cultura da mediação no sistema prisional, entre internos, 
possibilitar a ressocialização, a paz social e a dignidade da pessoa 
39: A previsão de suspensão do processo para que as partes se submetam à mediação 
extrajudicial deverá atender ao disposto no § 2º do art. 334 da Lei Processual, 
41: Além dos princípios já elencados no art. 2º da Lei 13.140/2015, a mediação 
funções junto aos 
centros, câmaras públicas de mediação e qualquer outro espaço em que se faça uso 
das técnicas de autocomposição, para o tratamento adequado de conflitos, deverá ser 
capacitado em técnicas de mediação e negociação, bem como de construção de 
43: O membro do Ministério Público com atribuição para o procedimento consensual, 
devidamente capacitado nos métodos negociais e autocompositivos, quando atuar 
como mediador, ficará impedido de exercer atribuições típicas de seu órgão de 
ução, cabendo tal intervenção, naquele feito, a seu substituto legal. 
45: A mediação e conciliação são compatíveis com a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, bem como em 
46: Os mediadores e conciliadores devem respeitar os padrões éticos de 
confidencialidade na mediação e conciliação, não levando aos magistrados dos seus 
respectivos feitos o conteúdo das sessões, com exceção dos termos de acordo, 
adesão, desistência e solicitação de encaminhamentos, para fins de ofícios. 
 
 
 
 
 47: A menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no art. 9º da Lei n. 
13.140/2015, indica que ele deve ter experiência, vocação, confiança dos envolvidos 
e aptidão para mediar, bem como conhecimento dos fundamentos da mediação, não 
bastando formação em outras áreas do saber que guardem relação com o mérito do 
conflito. 
 
OUTRAS FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
 
 48: É recomendável que, na judicialização da saúde
ação versando sobre a concretização do direito à saúde 
medicamentos e/ou internações hospitalares 
extrajudicial mediante interlocução com os órgãos estatais de saúde.
 
 49: Os Comitês de Resoluçãode Disputas (Dispute Boards) são método de solução 
consensual de conflito, na forma prevista no § 3° do art. 3º do Código de Processo Civil 
Brasileiro. 
 
 50: O Poder Público, os fornecedores e a sociedade deverão estimular a util
mecanismos como a plataforma CONSUMIDOR.GOV.BR, política pública criada pela 
Secretaria Nacional do Consumidor 
o acesso, bem como a solução dos conflitos de consumo de forma extrajudicial, de 
maneira rápida e eficiente.
 
 51: O Estado e a sociedade deverão estimular as soluções consensuais nos casos de 
superendividamento ou insolvência do consumidor pessoa física, a fim de assegurar a 
sua inclusão social, o mínimo existencial e a dignidade da pes
 
 52: O Poder Público e a sociedade civil incentivarão a facilitação de diálogo dentro do 
âmbito escolar, por meio de políticas públicas ou parcerias público
fomentem o diálogo sobre questões recorrentes, tais como: bullying, 
mensalidade escolar e até atos infracionais. Tal incentivo pode ser feito por 
oferecimento da prática de círculos restaurativos ou outra prática restaurativa similar, 
como prevenção e solução dos conflitos escolares.
 
 55: O Poder Judiciário 
colaborativa como prática pública de resolução de conflitos na área do direito de 
família, de modo a que os advogados das partes busquem sempre a atuação conjunta 
voltada para encontrar um ajuste v
 
 56: As ouvidorias servem como um importante instrumento de solução extrajudicial 
de conflitos, devendo ser estimulada a sua implantação, tanto no âmbito das 
empresas, como da Administração Pública.
 
 
 
47: A menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no art. 9º da Lei n. 
13.140/2015, indica que ele deve ter experiência, vocação, confiança dos envolvidos 
aptidão para mediar, bem como conhecimento dos fundamentos da mediação, não 
bastando formação em outras áreas do saber que guardem relação com o mérito do 
OUTRAS FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: 
48: É recomendável que, na judicialização da saúde, previamente à propositura de 
ação versando sobre a concretização do direito à saúde - fornecimento de 
medicamentos e/ou internações hospitalares -, promova-se uma etapa de composição 
extrajudicial mediante interlocução com os órgãos estatais de saúde. 
9: Os Comitês de Resolução de Disputas (Dispute Boards) são método de solução 
consensual de conflito, na forma prevista no § 3° do art. 3º do Código de Processo Civil 
50: O Poder Público, os fornecedores e a sociedade deverão estimular a util
mecanismos como a plataforma CONSUMIDOR.GOV.BR, política pública criada pela 
Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon e pelos Procons, com vistas a possibilitar 
o acesso, bem como a solução dos conflitos de consumo de forma extrajudicial, de 
aneira rápida e eficiente. 
51: O Estado e a sociedade deverão estimular as soluções consensuais nos casos de 
superendividamento ou insolvência do consumidor pessoa física, a fim de assegurar a 
sua inclusão social, o mínimo existencial e a dignidade da pessoa humana.
52: O Poder Público e a sociedade civil incentivarão a facilitação de diálogo dentro do 
âmbito escolar, por meio de políticas públicas ou parcerias público
fomentem o diálogo sobre questões recorrentes, tais como: bullying, 
mensalidade escolar e até atos infracionais. Tal incentivo pode ser feito por 
oferecimento da prática de círculos restaurativos ou outra prática restaurativa similar, 
como prevenção e solução dos conflitos escolares. 
55: O Poder Judiciário e a sociedade civil deverão fomentar a adoção da advocacia 
colaborativa como prática pública de resolução de conflitos na área do direito de 
família, de modo a que os advogados das partes busquem sempre a atuação conjunta 
voltada para encontrar um ajuste viável, criativo e que beneficie a todos os envolvidos.
56: As ouvidorias servem como um importante instrumento de solução extrajudicial 
de conflitos, devendo ser estimulada a sua implantação, tanto no âmbito das 
empresas, como da Administração Pública. 
 SYL 
47: A menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no art. 9º da Lei n. 
13.140/2015, indica que ele deve ter experiência, vocação, confiança dos envolvidos 
aptidão para mediar, bem como conhecimento dos fundamentos da mediação, não 
bastando formação em outras áreas do saber que guardem relação com o mérito do 
, previamente à propositura de 
fornecimento de 
se uma etapa de composição 
 
9: Os Comitês de Resolução de Disputas (Dispute Boards) são método de solução 
consensual de conflito, na forma prevista no § 3° do art. 3º do Código de Processo Civil 
50: O Poder Público, os fornecedores e a sociedade deverão estimular a utilização de 
mecanismos como a plataforma CONSUMIDOR.GOV.BR, política pública criada pela 
Senacon e pelos Procons, com vistas a possibilitar 
o acesso, bem como a solução dos conflitos de consumo de forma extrajudicial, de 
51: O Estado e a sociedade deverão estimular as soluções consensuais nos casos de 
superendividamento ou insolvência do consumidor pessoa física, a fim de assegurar a 
soa humana. 
52: O Poder Público e a sociedade civil incentivarão a facilitação de diálogo dentro do 
âmbito escolar, por meio de políticas públicas ou parcerias público-privadas que 
fomentem o diálogo sobre questões recorrentes, tais como: bullying, agressividade, 
mensalidade escolar e até atos infracionais. Tal incentivo pode ser feito por 
oferecimento da prática de círculos restaurativos ou outra prática restaurativa similar, 
e a sociedade civil deverão fomentar a adoção da advocacia 
colaborativa como prática pública de resolução de conflitos na área do direito de 
família, de modo a que os advogados das partes busquem sempre a atuação conjunta 
iável, criativo e que beneficie a todos os envolvidos. 
56: As ouvidorias servem como um importante instrumento de solução extrajudicial 
de conflitos, devendo ser estimulada a sua implantação, tanto no âmbito das 
 
 
 
 
 57: As comunidades têm autonomia para escolher o modelo próprio de mediação 
comunitária, não devendo se submeter a padronizações ou modelos únicos. 
 
 58: A conciliação/mediação, em meio eletrônico, poderá ser utilizada no procedimento 
comum e em outros rit
 
 65: O emprego dos meios consensuais de solução de conflito deve ser estimulado 
nacionalmente como política pública, podendo ser utilizados nos Centros de 
Referência da Assistência Social (CRAS), cujos profission
psicólogos e assistentes sociais, lotados em áreas de vulnerabilidade social, estão 
voltados à atenção básica e preventiva. 
 
 66: É fundamental a atualização das matrizes curriculares dos cursos de direito, bem 
como a criação de prog
superior jurídico, com ênfase na temática da prevenção e solução extrajudicial de 
litígios e na busca pelo consenso. 
 
 68: O atendimento interdisciplinar realizado por psicólogos e assistentes sociais, no
âmbito da Defensoria Pública e do Ministério Público, promove a solução extrajudicial 
dos litígios, constituindo
complementar à mediação, conciliação e arbitragem.
 
 72: As instituições privadas que lidar
como com demais métodos adequados de solução de conflitos, não deverão conter, 
tanto no título de estabelecimento, marca ou nome, dentre outros, nomenclaturas e 
figuras que se assimilem à ideia de Poder Judici
 
 73: A educação para a cidadania constitui forma adequada de solução e prevenção de 
conflitos, na via extrajudicial, e deve ser adotada e incentivada como política pública 
privilegiada de tratamento adequado do conflito pelo sistema de justiça.
 
 81: A conciliação, a arbitragem e a mediação, previstas em lei, não excluem outras 
formas de resolução de conflitos que decorram da autonomia privada, desde que o 
objeto seja lícito e as partes sejam capazes.
 
 83: O terceiro imparcial, escolhido pelas partes 
extrajudicial de conflitos, não precisa estar inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil 
e nem integrar qualquertipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele 
inscrever-se. 
Um dos grandes desafios da humanidade é migrar de uma concepção litigiosa de 
conflitos para uma colaborativa. Deixar de prevalecer sobre o outro, de enxergá
 
 
57: As comunidades têm autonomia para escolher o modelo próprio de mediação 
comunitária, não devendo se submeter a padronizações ou modelos únicos. 
58: A conciliação/mediação, em meio eletrônico, poderá ser utilizada no procedimento 
comum e em outros ritos, em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
65: O emprego dos meios consensuais de solução de conflito deve ser estimulado 
nacionalmente como política pública, podendo ser utilizados nos Centros de 
Referência da Assistência Social (CRAS), cujos profissionais, predominantemente 
psicólogos e assistentes sociais, lotados em áreas de vulnerabilidade social, estão 
voltados à atenção básica e preventiva. 
66: É fundamental a atualização das matrizes curriculares dos cursos de direito, bem 
como a criação de programas de formação continuada aos docentes do ensino 
superior jurídico, com ênfase na temática da prevenção e solução extrajudicial de 
litígios e na busca pelo consenso. 
68: O atendimento interdisciplinar realizado por psicólogos e assistentes sociais, no
âmbito da Defensoria Pública e do Ministério Público, promove a solução extrajudicial 
dos litígios, constituindo-se forma de composição e administração de conflitos 
complementar à mediação, conciliação e arbitragem. 
72: As instituições privadas que lidarem com mediação, conciliação e arbitragem, bem 
como com demais métodos adequados de solução de conflitos, não deverão conter, 
tanto no título de estabelecimento, marca ou nome, dentre outros, nomenclaturas e 
figuras que se assimilem à ideia de Poder Judiciário. 
73: A educação para a cidadania constitui forma adequada de solução e prevenção de 
conflitos, na via extrajudicial, e deve ser adotada e incentivada como política pública 
privilegiada de tratamento adequado do conflito pelo sistema de justiça.
A conciliação, a arbitragem e a mediação, previstas em lei, não excluem outras 
formas de resolução de conflitos que decorram da autonomia privada, desde que o 
objeto seja lícito e as partes sejam capazes. 
83: O terceiro imparcial, escolhido pelas partes para funcionar na resolução 
extrajudicial de conflitos, não precisa estar inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil 
e nem integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele 
MENTALIDADE AUTOCOMPOSITIVA 
Um dos grandes desafios da humanidade é migrar de uma concepção litigiosa de 
conflitos para uma colaborativa. Deixar de prevalecer sobre o outro, de enxergá
 SYL 
57: As comunidades têm autonomia para escolher o modelo próprio de mediação 
comunitária, não devendo se submeter a padronizações ou modelos únicos. 
58: A conciliação/mediação, em meio eletrônico, poderá ser utilizada no procedimento 
65: O emprego dos meios consensuais de solução de conflito deve ser estimulado 
nacionalmente como política pública, podendo ser utilizados nos Centros de 
ais, predominantemente 
psicólogos e assistentes sociais, lotados em áreas de vulnerabilidade social, estão 
66: É fundamental a atualização das matrizes curriculares dos cursos de direito, bem 
ramas de formação continuada aos docentes do ensino 
superior jurídico, com ênfase na temática da prevenção e solução extrajudicial de 
68: O atendimento interdisciplinar realizado por psicólogos e assistentes sociais, no 
âmbito da Defensoria Pública e do Ministério Público, promove a solução extrajudicial 
se forma de composição e administração de conflitos 
em com mediação, conciliação e arbitragem, bem 
como com demais métodos adequados de solução de conflitos, não deverão conter, 
tanto no título de estabelecimento, marca ou nome, dentre outros, nomenclaturas e 
73: A educação para a cidadania constitui forma adequada de solução e prevenção de 
conflitos, na via extrajudicial, e deve ser adotada e incentivada como política pública 
privilegiada de tratamento adequado do conflito pelo sistema de justiça. 
A conciliação, a arbitragem e a mediação, previstas em lei, não excluem outras 
formas de resolução de conflitos que decorram da autonomia privada, desde que o 
para funcionar na resolução 
extrajudicial de conflitos, não precisa estar inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil 
e nem integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele 
Um dos grandes desafios da humanidade é migrar de uma concepção litigiosa de 
conflitos para uma colaborativa. Deixar de prevalecer sobre o outro, de enxergá-lo como 
 
 
 
 
inferior e de aproveitar as oportunidades para se dar bem em detrimento do outro é ainda 
uma ousada meta se levarmos em consideração o aspecto cultural da dominância: a vontade 
excessiva de vencer, não importam os meios nem as circunstâncias.
Seria então a consolidação de que os fins justificariam os meios? Tudo valeria a pena 
se a alma não for pequena? Até que ponto os nossos desejos são lícitos? Qual a perspectiva 
que temos para justificar as nossas intenções e ações? Para ter o respeito, é preciso dominar 
com a força física e com o peso das palavras, mesmo ofensivas? O que o outro, de fato, pa
mim, representa? Nutro culpa das conseqüências dos meus atos ou evito a responsabilidade 
deles? 
Culpa e responsabilidade seriam gêmeos siameses, faces de uma mesma moeda ou 
elementos completamente diversos? Sob o ponto de vista jurídico, de forma ampla
seria culpa como fragmento psicológico, violador de qualquer dever de conduta e baseado em 
dois pilares: capacidade de previsão de resultados danosos decorrentes de sua atuação e 
adoção de comportamentos com intenção consciente de prejudicar.
Um primeiro conceito que nos leva a reflexão sem adentrar nas várias teorias da 
culpa. Perceba o seguinte: atuação consciente de conseqüências prejudiciais. E um prejuízo 
para quem: para a parte ativa ou passiva? Se estivermos dentro de uma perspectiva de qu
tem de ganhar e um perder, o prejuízo de fato seria algo anormal ou faz parte da relação 
humana de contrato social tácito?
Não seria reflexo de uma sociedade que quer sobreviver não importam as variáveis, a 
quem enfrentar? Um padrão de comportamento d
tolerado e, por que não dizer, estimulado por uma sociedade que até então só via essa opção 
de resultado: um vencedor e um perdedor. E indo um pouco mais fundo. Será que de fato o 
vencedor, em seu íntimo, se sentia vitor
fracassado? 
Poderíamos então enxergar essa culpa como percepção subjetiva alinhada a um 
remorso (índole interna). Surgiria assim a responsabilidade como uma obrigação legal de 
reparação de um dano decorrente de um 
externa, de fácil visualização, em sua maioria, de índole financeira. Responsabilidade como 
mera contraprestação? 
Oportuno mencionar a visão de Freud
nossas reflexões: 
 
11 SIQUEIRA, Fídias Gomes. Da culpa em Freud à responsabilidade em Lacan: paradigmas para uma 
articulação entre psicanálise e criminologia. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v2
 
 
inferior e de aproveitar as oportunidades para se dar bem em detrimento do outro é ainda 
a ousada meta se levarmos em consideração o aspecto cultural da dominância: a vontade 
excessiva de vencer, não importam os meios nem as circunstâncias. 
Seria então a consolidação de que os fins justificariam os meios? Tudo valeria a pena 
pequena? Até que ponto os nossos desejos são lícitos? Qual a perspectiva 
que temos para justificar as nossas intenções e ações? Para ter o respeito, é preciso dominar 
com a força física e com o peso das palavras, mesmo ofensivas? O que o outro, de fato, pa
mim, representa? Nutro culpa das conseqüências dos meus atos ou evito a responsabilidade 
Culpa e responsabilidade seriam gêmeos siameses, faces de uma mesma moeda ou 
elementos completamente diversos? Sobo ponto de vista jurídico, de forma ampla
seria culpa como fragmento psicológico, violador de qualquer dever de conduta e baseado em 
dois pilares: capacidade de previsão de resultados danosos decorrentes de sua atuação e 
adoção de comportamentos com intenção consciente de prejudicar. 
primeiro conceito que nos leva a reflexão sem adentrar nas várias teorias da 
culpa. Perceba o seguinte: atuação consciente de conseqüências prejudiciais. E um prejuízo 
para quem: para a parte ativa ou passiva? Se estivermos dentro de uma perspectiva de qu
tem de ganhar e um perder, o prejuízo de fato seria algo anormal ou faz parte da relação 
humana de contrato social tácito? 
Não seria reflexo de uma sociedade que quer sobreviver não importam as variáveis, a 
quem enfrentar? Um padrão de comportamento do homem médio? Um “dano” aceitável, 
tolerado e, por que não dizer, estimulado por uma sociedade que até então só via essa opção 
de resultado: um vencedor e um perdedor. E indo um pouco mais fundo. Será que de fato o 
vencedor, em seu íntimo, se sentia vitorioso e do mesmo modo o perdedor se sentia 
Poderíamos então enxergar essa culpa como percepção subjetiva alinhada a um 
remorso (índole interna). Surgiria assim a responsabilidade como uma obrigação legal de 
reparação de um dano decorrente de um comportamento e, portanto, repercutiria de forma 
externa, de fácil visualização, em sua maioria, de índole financeira. Responsabilidade como 
Oportuno mencionar a visão de Freud11 no que tange à culpa para potencializar 
Em O mal-estar na civilização, Freud (1929/1974) afirma que a 
organização das relações entre os homens se dá com base nas 
exigências que a sociedade civilizada coloca como condições 
para a vida humana. Tais exigências destacam um importante 
elemento: agressividade humana. 
Essa agressividade é demonstrável na relação do homem com 
o seu semelhante na qual, muito mais que tomar o 
semelhante como o próximo a quem se pode amar, a 
tendência nessa relação é sempre de uma tentativa de 
dominação. Assim, Freud (1929/1974, p. 133) destaca que, 
 
SIQUEIRA, Fídias Gomes. Da culpa em Freud à responsabilidade em Lacan: paradigmas para uma 
articulação entre psicanálise e criminologia. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v21n1/v21n1a10.pdf 
 SYL 
inferior e de aproveitar as oportunidades para se dar bem em detrimento do outro é ainda 
a ousada meta se levarmos em consideração o aspecto cultural da dominância: a vontade 
Seria então a consolidação de que os fins justificariam os meios? Tudo valeria a pena 
pequena? Até que ponto os nossos desejos são lícitos? Qual a perspectiva 
que temos para justificar as nossas intenções e ações? Para ter o respeito, é preciso dominar 
com a força física e com o peso das palavras, mesmo ofensivas? O que o outro, de fato, para 
mim, representa? Nutro culpa das conseqüências dos meus atos ou evito a responsabilidade 
Culpa e responsabilidade seriam gêmeos siameses, faces de uma mesma moeda ou 
elementos completamente diversos? Sob o ponto de vista jurídico, de forma ampla e direta, 
seria culpa como fragmento psicológico, violador de qualquer dever de conduta e baseado em 
dois pilares: capacidade de previsão de resultados danosos decorrentes de sua atuação e 
primeiro conceito que nos leva a reflexão sem adentrar nas várias teorias da 
culpa. Perceba o seguinte: atuação consciente de conseqüências prejudiciais. E um prejuízo 
para quem: para a parte ativa ou passiva? Se estivermos dentro de uma perspectiva de que um 
tem de ganhar e um perder, o prejuízo de fato seria algo anormal ou faz parte da relação 
Não seria reflexo de uma sociedade que quer sobreviver não importam as variáveis, a 
o homem médio? Um “dano” aceitável, 
tolerado e, por que não dizer, estimulado por uma sociedade que até então só via essa opção 
de resultado: um vencedor e um perdedor. E indo um pouco mais fundo. Será que de fato o 
ioso e do mesmo modo o perdedor se sentia 
Poderíamos então enxergar essa culpa como percepção subjetiva alinhada a um 
remorso (índole interna). Surgiria assim a responsabilidade como uma obrigação legal de 
comportamento e, portanto, repercutiria de forma 
externa, de fácil visualização, em sua maioria, de índole financeira. Responsabilidade como 
no que tange à culpa para potencializar 
Freud (1929/1974) afirma que a 
organização das relações entre os homens se dá com base nas 
exigências que a sociedade civilizada coloca como condições 
para a vida humana. Tais exigências destacam um importante 
Essa agressividade é demonstrável na relação do homem com 
o seu semelhante na qual, muito mais que tomar o 
semelhante como o próximo a quem se pode amar, a 
tendência nessa relação é sempre de uma tentativa de 
9/1974, p. 133) destaca que, 
SIQUEIRA, Fídias Gomes. Da culpa em Freud à responsabilidade em Lacan: paradigmas para uma 
articulação entre psicanálise e criminologia. Disponível em: 
 
 
 
 
Para Freud o sentimento de culpa teria 2 raízes: o desamparo hu
perda do amor. “Isso revela a dependência humana e ressalta que o desamparo nos deixa à 
deriva, desprotegidos, suscetíveis aos perigos do mundo. Dentre esses perigos, Freud 
(1929/1974) ainda destaca o risco de essa mesma pessoa que protegi
sobre o indivíduo sob a forma de punição”.
Em termos de responsabilidade, Lacan avança nos estudos de Freud e afirma 
noção não se restringe apenas a assumir o ato que lhe é imputado. A responsabilidade implica 
uma relação com a causa do seu ato, ou seja, qual ponto da subjetividade foi tocado e produzir 
esse ato como resposta. E é diante disso que se deve responder, pois da posição de sujeito 
somos sempre responsáveis”.
 
 SENTIMENTO DE CULPA
 Surge quando as pessoas têm 
dificuldade de aceitar os resultados 
negativos de uma decisão ou de uma 
atitude. 
 Geram sensações de paralisações, de 
bloqueios e impedem o avanço
 Culpa paralisa e leva à baixa 
 
 
entre os dotes pulsionais do homem “deve
uma poderosa quota de agressividade”. 
(...) 
Se todos os homens têm uma inclinação agressiva, isso 
também produz efeitos nas relações com o semelhante. Freud 
(1929/1974) também destaca o papel da civilização no sentido 
de controlar tais tendências, já que sua liberação implicaria o 
fim da própria civilização. Por fim, ele ainda ressalta como são 
grandes os esforços da civilização para estabelecer limites às 
pulsões agressivas do homem e manter suas manifestações 
sob controle. 
Desse modo, pode-se pensar que é incessante a luta da 
civilização para controlara s inclinações agressivas do homem, 
bem como garantir a continuidade do processo civilizatório. 
Isso ocorre por meio de uma exigência da civilização ao 
homem para que renuncie às satisfações imediatas, E, como 
conseqüência, paga-se um preço por tais renúncias.
(...) 
Mas Freud (1929/1974) não se contentou com a solução 
encontrada pela civilização. Interessado em saber como 
pessoa vem a ter sentimento de culpa, ele parte da idéia de 
que uma pessoa se sente culpada quando fez algo que sabe 
ser mau. E dá um passo adiante ao afirmar que, mesmo 
quando a pessoa não fez algo mau, mas identificou em si uma 
intenção de fazê-la, tal pessoa pode se encarar como culpada. 
Assim ele também questiona como se dá o julgamento de uma 
ação como boa ou má, bem como o motivo que leva a igualar 
a intenção à ação de fazer algo mau. 
Para Freud o sentimento de culpa teria 2 raízes: o desamparo humano e o medo da 
Isso revela a dependência humana e ressalta que o desamparo nos deixa à 
deriva, desprotegidos, suscetíveis aos perigos do mundo. Dentre esses perigos, Freud 
(1929/1974) ainda destaca o risco de essa mesma pessoa que protegia retornar sua autoridade 
sobre o indivíduo sob a forma de punição”. 
Em termos de responsabilidade, Lacan avança nos estudos de Freud e afirma 
noção não se restringe apenas a assumir o ato que lhe é imputado. A responsabilidade implica 
com a causa do seu ato, ou seja, qual pontoda subjetividade foi tocado e produzir 
esse ato como resposta. E é diante disso que se deve responder, pois da posição de sujeito 
somos sempre responsáveis”. 
SENTIMENTO DE CULPA SENTIMENTO DE RESPONSABILIDADE
Surge quando as pessoas têm 
dificuldade de aceitar os resultados 
negativos de uma decisão ou de uma 
Geram sensações de paralisações, de 
bloqueios e impedem o avanço 
Culpa paralisa e leva à baixa 
 As pessoas sentem o poder de decidir 
sobre determinada situação. 
 Incentiva à ponderação, à t
atitude e à aceitação de resultados 
sejam positivos sejam negativos
 Responsabilidade mobiliza
 O responsável olha para o erro, tenta 
 SYL 
entre os dotes pulsionais do homem “deve-se levar em conta 
Se todos os homens têm uma inclinação agressiva, isso 
também produz efeitos nas relações com o semelhante. Freud 
também destaca o papel da civilização no sentido 
de controlar tais tendências, já que sua liberação implicaria o 
fim da própria civilização. Por fim, ele ainda ressalta como são 
grandes os esforços da civilização para estabelecer limites às 
ivas do homem e manter suas manifestações 
se pensar que é incessante a luta da 
civilização para controlara s inclinações agressivas do homem, 
bem como garantir a continuidade do processo civilizatório. 
uma exigência da civilização ao 
homem para que renuncie às satisfações imediatas, E, como 
se um preço por tais renúncias. 
Mas Freud (1929/1974) não se contentou com a solução 
encontrada pela civilização. Interessado em saber como uma 
pessoa vem a ter sentimento de culpa, ele parte da idéia de 
que uma pessoa se sente culpada quando fez algo que sabe 
ser mau. E dá um passo adiante ao afirmar que, mesmo 
quando a pessoa não fez algo mau, mas identificou em si uma 
al pessoa pode se encarar como culpada. 
Assim ele também questiona como se dá o julgamento de uma 
ação como boa ou má, bem como o motivo que leva a igualar 
mano e o medo da 
Isso revela a dependência humana e ressalta que o desamparo nos deixa à 
deriva, desprotegidos, suscetíveis aos perigos do mundo. Dentre esses perigos, Freud 
a retornar sua autoridade 
Em termos de responsabilidade, Lacan avança nos estudos de Freud e afirma “... tal 
noção não se restringe apenas a assumir o ato que lhe é imputado. A responsabilidade implica 
com a causa do seu ato, ou seja, qual ponto da subjetividade foi tocado e produzir 
esse ato como resposta. E é diante disso que se deve responder, pois da posição de sujeito 
SENTIMENTO DE RESPONSABILIDADE 
As pessoas sentem o poder de decidir 
sobre determinada situação. 
Incentiva à ponderação, à tomada de 
atitude e à aceitação de resultados 
sejam positivos sejam negativos 
Responsabilidade mobiliza 
O responsável olha para o erro, tenta 
 
 
 
 
autoestima 
 O culpado fica estagnado no erro, 
remoendo-o, martirizando
conseguir sair dali 
 Síndrome do flagelo (autopunição)
 Mindset pretérito e negativo
 Peso emocional 
 Gera o sentimento de não 
merecimento 
 
 
 
O culpado fica estagnado no erro, 
o, martirizando-se e sem 
Síndrome do flagelo (autopunição) 
Mindset pretérito e negativo 
Gera o sentimento de não 
compreendê-lo e percebe ainda que 
se foi responsável por ele (contribuiu 
para tal), então é também 
responsável pelo reparo ou mudança
 Metáfora do arco e flecha
 Mindset prospectivo 
 Inteligência emocional e 
autoconhecimento 
 Consciência e clareza do problema
 SYL 
lo e percebe ainda que 
se foi responsável por ele (contribuiu 
para tal), então é também 
reparo ou mudança 
Metáfora do arco e flecha 
 
Inteligência emocional e 
Consciência e clareza do problema 
 
 
 
 
MÓDULO II: CONCEITOS BÁSICOS EM RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO
Quando se pensa em paz, a primeira idéia que vem à mente é a ausência de violência 
e de guerras. Um conceito de caráter negativo: não alguma coisa (não guerra, não violência, 
não conflito). E se a visão fosse positiva como seria a conceituação: seria, talv
plenitude, de harmonia e de equilíbrio entre corpo e mente? 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas de 1948, marco na história da proteção universal dos direitos humanos, em seu 
preâmbulo, considerou o “reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da 
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é fundamento da liberdade, da justiça e 
da paz no mundo”. 
Ademais considerou que 
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de 
um mundo em que todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a 
salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais 
comum”. 
Alguns anos depois, em 1999, a ONU sacramentou, em texto, a cultura de paz na 
Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz em 13 de Setembro, para quem 
considerou como premissas: 
 
 O disposto na Constituição d
Ciência e a Cultura que afirma 
é na mente dos homens onde devem erigir
 
 “... a paz não é apenas a ausência de conflitos
positivo, dinâmico e participativo em que se 
conflitos dentro de um espírito de entendimento e cooperação mútuos”.
 
 A ampliação das possibilidades de implementar uma Cultura de Paz com o fim
Guerra Fria. 
 
 O reconhecimento da função relevante desempenhada pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na promoção de uma Cultura de Paz
Para então conceituar, no art. 1º, uma cultura de paz como sendo 
valores, atitudes, tradições, comportamentos de vida baseados:
MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL EAD 
MÓDULO II: CONCEITOS BÁSICOS EM RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO
 
CULTURA DE PAZ E MASC´S 
 
Quando se pensa em paz, a primeira idéia que vem à mente é a ausência de violência 
e de guerras. Um conceito de caráter negativo: não alguma coisa (não guerra, não violência, 
não conflito). E se a visão fosse positiva como seria a conceituação: seria, talv
plenitude, de harmonia e de equilíbrio entre corpo e mente? 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas de 1948, marco na história da proteção universal dos direitos humanos, em seu 
“reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da 
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é fundamento da liberdade, da justiça e 
Ademais considerou que “... o desprezo e o desrespeito pelos d
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de 
um mundo em que todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a 
salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta inspiração do ser humano 
Alguns anos depois, em 1999, a ONU sacramentou, em texto, a cultura de paz na 
Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz em 13 de Setembro, para quem 
 
O disposto na Constituição da Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura que afirma “... posto que as guerras nascem na mente dos homens, 
é na mente dos homens onde devem erigir-se os baluartes da paz”. 
paz não é apenas a ausência de conflitos, mas que também requer um processo 
positivo, dinâmico e participativo em que se promova o diálogo e se solucionem os 
conflitos dentro de um espírito de entendimento e cooperação mútuos”.
A ampliação das possibilidades de implementar uma Cultura de Paz com o fim
O reconhecimento da função relevante desempenhada pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na promoção de uma Cultura de Paz
Para então conceituar, no art. 1º, uma cultura de paz como sendo “... um 
valores, atitudes, tradições, comportamentos de vida baseados: 
MÓDULO II: CONCEITOS BÁSICOS EM RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO 
Quando se pensa em paz, a primeira idéia que vem à mente é a ausência de violência 
e de guerras. Um conceito de caráter negativo: não alguma coisa (não guerra, não violência, 
não conflito). E se a visão fosse positiva como seria aconceituação: seria, talvez, um estado de 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas de 1948, marco na história da proteção universal dos direitos humanos, em seu 
“reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da 
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é fundamento da liberdade, da justiça e 
“... o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos 
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de 
um mundo em que todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a 
alta inspiração do ser humano 
Alguns anos depois, em 1999, a ONU sacramentou, em texto, a cultura de paz na 
Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz em 13 de Setembro, para quem 
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
“... posto que as guerras nascem na mente dos homens, 
ue também requer um processo 
e se solucionem os 
conflitos dentro de um espírito de entendimento e cooperação mútuos”. 
A ampliação das possibilidades de implementar uma Cultura de Paz com o fim da 
O reconhecimento da função relevante desempenhada pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na promoção de uma Cultura de Paz 
“... um conjunto de 
 
 
 
 
a) No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não
educação, do diálogo e da cooperação
b) No pleno respeito aos princípios de soberani
política dos Estados e de não ingerência nos assuntos;
c) que são, essencialmente, de jurisdição interna dos Estados, em conformidade com a Carta 
das Nações Unidas e o direito internacional;
d) No pleno respeito e na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais;
e) No compromisso com a solução pacífica dos conflitos
f) Nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio
ambiente para as gerações presentes e 
g) No respeito e promoção do direito ao desenvolvimento;
h) No respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens;
i) No respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e 
informação; 
j) Na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, 
cooperação, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da 
sociedade e entre as nações e animados por uma atmosfera nacional e intern
favoreça a paz”. 
Oportuno destacar que o artigo 3º trata da vinculação do pleno desenvolvimento de 
uma Cultura de Paz aos seguintes vetores:
 À promoção da resolução pacífica dos conflitos
da cooperação internacional;
 
 Ao cumprimento das obrigações internacionais assumidas na Carta das Nações Unidas 
e ao direito internacional;
 
 À promoção da democracia, do desenvolvimento dos direitos humanos e das 
liberdades fundamentais e ao seu respectivo respeito e cumprim
 
 À possibilidade de que todas as pessoas, em todos os níveis, desenvolvam aptidões 
para o diálogo, negociação, formação de consenso e solução pacífica de controvérsias;
 
 Ao fortalecimento das instituições democráticas e à garantia de participação ple
processo de desenvolvimento;
 
 À erradicação da pobreza e do analfabetismo, e à redução das desigualdades entre as 
nações e dentro delas;
a) No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não-violência por meio da 
cooperação; 
b) No pleno respeito aos princípios de soberania, integridade territorial e independência 
política dos Estados e de não ingerência nos assuntos; 
c) que são, essencialmente, de jurisdição interna dos Estados, em conformidade com a Carta 
das Nações Unidas e o direito internacional; 
na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais;
solução pacífica dos conflitos; 
f) Nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio
ambiente para as gerações presentes e futuras; 
g) No respeito e promoção do direito ao desenvolvimento; 
h) No respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens;
i) No respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e 
j) Na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, 
, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da 
sociedade e entre as nações e animados por uma atmosfera nacional e intern
Oportuno destacar que o artigo 3º trata da vinculação do pleno desenvolvimento de 
uma Cultura de Paz aos seguintes vetores: 
resolução pacífica dos conflitos, do respeito e entendimento mútuos e 
nacional; 
Ao cumprimento das obrigações internacionais assumidas na Carta das Nações Unidas 
e ao direito internacional; 
À promoção da democracia, do desenvolvimento dos direitos humanos e das 
liberdades fundamentais e ao seu respectivo respeito e cumprimento;
À possibilidade de que todas as pessoas, em todos os níveis, desenvolvam aptidões 
para o diálogo, negociação, formação de consenso e solução pacífica de controvérsias;
Ao fortalecimento das instituições democráticas e à garantia de participação ple
processo de desenvolvimento; 
À erradicação da pobreza e do analfabetismo, e à redução das desigualdades entre as 
nações e dentro delas; 
violência por meio da 
a, integridade territorial e independência 
c) que são, essencialmente, de jurisdição interna dos Estados, em conformidade com a Carta 
na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; 
f) Nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio-
h) No respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens; 
i) No respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e 
j) Na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, 
, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da 
sociedade e entre as nações e animados por uma atmosfera nacional e internacional que 
Oportuno destacar que o artigo 3º trata da vinculação do pleno desenvolvimento de 
, do respeito e entendimento mútuos e 
Ao cumprimento das obrigações internacionais assumidas na Carta das Nações Unidas 
À promoção da democracia, do desenvolvimento dos direitos humanos e das 
ento; 
À possibilidade de que todas as pessoas, em todos os níveis, desenvolvam aptidões 
para o diálogo, negociação, formação de consenso e solução pacífica de controvérsias; 
Ao fortalecimento das instituições democráticas e à garantia de participação plena no 
À erradicação da pobreza e do analfabetismo, e à redução das desigualdades entre as 
 
 
 
 
 
 À promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável;
 
 À eliminação de todas as formas de discriminação 
autonomia e uma representação eqüitativa em todos os níveis nas tomadas de 
decisões; 
 
 Ao respeito, promoção e proteção dos direitos da criança;
 
 À garantia de livre circulação de informação em todos os níveis e promoção do a
a ela; 
 
 Ao aumento da transparência na prestação de contas na gestão dos assuntos públicos;
 
 À eliminação de todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e 
intolerância correlatas;
 
 À promoção da compreensão, da tolerância e da solidar
civilizações, povos e culturas, inclusive relação às minorias étnicas, religiosas e 
lingüísticas; 
 
 Ao pleno respeito ao direito de livre determinação de todos os povos, incluídos os que 
vivem sob dominação colonial ou outras formas de
estrangeira, como está consagrado na Carta das Nações Unidas e expresso nos Pactos 
internacionais de direitos humanos, bem como na Declaração sobre a concessão da 
independência aos países e povos colonizados contida na resolução 1514
Assembléia Geral, de 14 de dezembro de 1960.
Extrai-se do diploma normativo que o progresso até o pleno desenvolvimento de 
uma Cultura de Paz se conquistaatravés de valores, atitudes, comportamentos e estilos de 
vida voltados ao fomento da paz en
primordial do governo e um comprometimento da sociedade civil.
Ademais, o referido programa de 
de paz; Igualdade da mulher; Participação democrática; 
humanos; Compreensão, tolerância, solidariedade; Livre circulação da informação e dos 
conhecimentos; Paz e segurança internacionais.
O envolvimento dos pais, dos professores, dos políticos, dos jornalistas, dos órgãos 
dos grupos religiosos, dos intelectuais, dos que realizam atividades científicas, filosóficas, 
criativas e artísticas, dos trabalhadores em saúde e de atividades humanitárias, dos 
trabalhadores sociais, dos que exercem funções diretivas nos diversos níve
organizações não-governamentais é fundamental na promoção de uma Cultura de Paz. 
Desta feita, oportunas as palavras de Ariana Bazzano de Oliveira a respeito da idéia 
de paz com base na definição da ONU:
 
À promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável; 
À eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, promovendo sua 
autonomia e uma representação eqüitativa em todos os níveis nas tomadas de 
Ao respeito, promoção e proteção dos direitos da criança; 
À garantia de livre circulação de informação em todos os níveis e promoção do a
Ao aumento da transparência na prestação de contas na gestão dos assuntos públicos;
À eliminação de todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e 
intolerância correlatas; 
À promoção da compreensão, da tolerância e da solidariedade entre todas as 
civilizações, povos e culturas, inclusive relação às minorias étnicas, religiosas e 
Ao pleno respeito ao direito de livre determinação de todos os povos, incluídos os que 
vivem sob dominação colonial ou outras formas de dominação ou ocupação 
estrangeira, como está consagrado na Carta das Nações Unidas e expresso nos Pactos 
internacionais de direitos humanos, bem como na Declaração sobre a concessão da 
independência aos países e povos colonizados contida na resolução 1514
Assembléia Geral, de 14 de dezembro de 1960. 
se do diploma normativo que o progresso até o pleno desenvolvimento de 
uma Cultura de Paz se conquista através de valores, atitudes, comportamentos e estilos de 
vida voltados ao fomento da paz entre as pessoas, os grupos e as nações, sendo uma função 
primordial do governo e um comprometimento da sociedade civil. 
Ademais, o referido programa de 1999 engloba oito áreas: Educação por uma cultura 
de paz; Igualdade da mulher; Participação democrática; Desenvolvimento sustentável; Direitos 
humanos; Compreensão, tolerância, solidariedade; Livre circulação da informação e dos 
conhecimentos; Paz e segurança internacionais. 
O envolvimento dos pais, dos professores, dos políticos, dos jornalistas, dos órgãos 
dos grupos religiosos, dos intelectuais, dos que realizam atividades científicas, filosóficas, 
criativas e artísticas, dos trabalhadores em saúde e de atividades humanitárias, dos 
trabalhadores sociais, dos que exercem funções diretivas nos diversos níve
governamentais é fundamental na promoção de uma Cultura de Paz. 
Desta feita, oportunas as palavras de Ariana Bazzano de Oliveira a respeito da idéia 
de paz com base na definição da ONU: 
contra a mulher, promovendo sua 
autonomia e uma representação eqüitativa em todos os níveis nas tomadas de 
À garantia de livre circulação de informação em todos os níveis e promoção do acesso 
Ao aumento da transparência na prestação de contas na gestão dos assuntos públicos; 
À eliminação de todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e 
iedade entre todas as 
civilizações, povos e culturas, inclusive relação às minorias étnicas, religiosas e 
Ao pleno respeito ao direito de livre determinação de todos os povos, incluídos os que 
dominação ou ocupação 
estrangeira, como está consagrado na Carta das Nações Unidas e expresso nos Pactos 
internacionais de direitos humanos, bem como na Declaração sobre a concessão da 
independência aos países e povos colonizados contida na resolução 1514 (XV) da 
se do diploma normativo que o progresso até o pleno desenvolvimento de 
uma Cultura de Paz se conquista através de valores, atitudes, comportamentos e estilos de 
tre as pessoas, os grupos e as nações, sendo uma função 
1999 engloba oito áreas: Educação por uma cultura 
Desenvolvimento sustentável; Direitos 
humanos; Compreensão, tolerância, solidariedade; Livre circulação da informação e dos 
O envolvimento dos pais, dos professores, dos políticos, dos jornalistas, dos órgãos e 
dos grupos religiosos, dos intelectuais, dos que realizam atividades científicas, filosóficas, 
criativas e artísticas, dos trabalhadores em saúde e de atividades humanitárias, dos 
trabalhadores sociais, dos que exercem funções diretivas nos diversos níveis, bem como as 
governamentais é fundamental na promoção de uma Cultura de Paz. 
Desta feita, oportunas as palavras de Ariana Bazzano de Oliveira a respeito da idéia 
 
 
 
 
Marcos normativos históricos:
 Resolução 52/15 de 20 de novembro de 1997: proclamou o ano 2000 como o Ano 
Internacional pela Cultura de Paz
 
Um novo começo foi proclamado em 2000 em que 
cultura de guerra e da violência em uma cultura de paz e não violência. Para tanto, é preciso a 
participação de todos. Assim, transmitiremos aos jovens e às gerações futuras valores que os 
inspirarão a construir um mundo de dignidade e harmonia, um mundo de justiça, 
solidariedade, liberdade e prosperidade. A cultura de paz torna possível o desenvolvimento 
sustentável, a proteção ao meio ambiente o crescimento pessoal de cada ser humano”
Conta a história que um grupo de Prêmios Nobel da Paz, dentre eles Dalai Lama, 
Nelson Mandela, reuniram-se em Paris para a celebração do 50º Aniversário da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, onde redigiram o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e 
Não-Violência. 
O objetivo do Manifesto era criar um senso de responsabilidade que se
nível pessoal e não de uma moção ou petição endereçada às altas autoridades, cujas palavras 
são “... responsabilidade de cada um colocar em prática os valores, as atitudes e formas de 
 
1 OLIVEIRA. Ariana Bazzano de. Direitos Humanos e Cultura da Paz. Uma Política Social de Prevenção à 
Violência. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c
2
 Direitos humanos: por um novo começo. Disponível em 
http://www.dhnet.org.br/direitos/bibpaz/textos/m2000.htm
(...) a idéia de paz não deve ser associada à passividade ou à 
inércia, mas a esforços dinâmicos, pela via democrática, para 
que as tensões e os conflitos sejam superados sem o uso de 
meios violentos. Dessa forma, a cultura de paz não é uma 
cultura na qual não existam conflitos, mas sim que
resolvidos de forma pacífica. 
Ao observar a Declaração e Programa de Ação sobre uma 
Cultura de Paz, da ONU, percebe-se que o Estado Democrático 
de Direito deve estar aberto à sociedade civil e estimulá
formatar as suas demandas; e cabe a esse Estado receber tais 
demandas, normatizá-las e atender à população, na forma de 
políticas públicas. 
(...) 
Políticas públicas são programas de ação governamental que 
visam a coordenar os meios à disposição do Estado e as 
atividades privadas para a realização de objetivos socialmente 
relevantes e politicamente determinados (BUCCI:2002:241). E 
quem determina essas políticas públicas num Estado 
Democrático de Direito é a sociedade civil. Portanto, por mais 
que as políticas públicas sejam reguladas e freqüen
promovidas pelo Estado, elas englobam preferências, escolhas 
e decisões particulares que podem e devem ser controladas 
pelos cidadãos. Isto significa, que a política pública expressa a 
conversão de decisões privadas em decisões e ações públicas, 
que afetam a todos1. 
Marcos normativos históricos: 
Resolução 52/15 de 20 de novembro de 1997: proclamou o ano 2000 como o Ano 
Internacional pelaCultura de Paz 
Um novo começo foi proclamado em 2000 em que “... juntos, podemos transformar a 
e da violência em uma cultura de paz e não violência. Para tanto, é preciso a 
participação de todos. Assim, transmitiremos aos jovens e às gerações futuras valores que os 
inspirarão a construir um mundo de dignidade e harmonia, um mundo de justiça, 
riedade, liberdade e prosperidade. A cultura de paz torna possível o desenvolvimento 
sustentável, a proteção ao meio ambiente o crescimento pessoal de cada ser humano”
Conta a história que um grupo de Prêmios Nobel da Paz, dentre eles Dalai Lama, 
se em Paris para a celebração do 50º Aniversário da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, onde redigiram o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e 
O objetivo do Manifesto era criar um senso de responsabilidade que se
nível pessoal e não de uma moção ou petição endereçada às altas autoridades, cujas palavras 
“... responsabilidade de cada um colocar em prática os valores, as atitudes e formas de 
 
OLIVEIRA. Ariana Bazzano de. Direitos Humanos e Cultura da Paz. Uma Política Social de Prevenção à 
http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v8n2_ariana.htm 
Direitos humanos: por um novo começo. Disponível em 
w.dhnet.org.br/direitos/bibpaz/textos/m2000.htm 
ssociada à passividade ou à 
inércia, mas a esforços dinâmicos, pela via democrática, para 
que as tensões e os conflitos sejam superados sem o uso de 
meios violentos. Dessa forma, a cultura de paz não é uma 
cultura na qual não existam conflitos, mas sim que estes são 
Declaração e Programa de Ação sobre uma 
se que o Estado Democrático 
de Direito deve estar aberto à sociedade civil e estimulá-la a 
esse Estado receber tais 
las e atender à população, na forma de 
Políticas públicas são programas de ação governamental que 
visam a coordenar os meios à disposição do Estado e as 
zação de objetivos socialmente 
relevantes e politicamente determinados (BUCCI:2002:241). E 
quem determina essas políticas públicas num Estado 
Democrático de Direito é a sociedade civil. Portanto, por mais 
que as políticas públicas sejam reguladas e freqüentemente 
promovidas pelo Estado, elas englobam preferências, escolhas 
e decisões particulares que podem e devem ser controladas 
pelos cidadãos. Isto significa, que a política pública expressa a 
conversão de decisões privadas em decisões e ações públicas, 
Resolução 52/15 de 20 de novembro de 1997: proclamou o ano 2000 como o Ano 
“... juntos, podemos transformar a 
e da violência em uma cultura de paz e não violência. Para tanto, é preciso a 
participação de todos. Assim, transmitiremos aos jovens e às gerações futuras valores que os 
inspirarão a construir um mundo de dignidade e harmonia, um mundo de justiça, 
riedade, liberdade e prosperidade. A cultura de paz torna possível o desenvolvimento 
sustentável, a proteção ao meio ambiente o crescimento pessoal de cada ser humano”2. 
Conta a história que um grupo de Prêmios Nobel da Paz, dentre eles Dalai Lama, 
se em Paris para a celebração do 50º Aniversário da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, onde redigiram o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e 
O objetivo do Manifesto era criar um senso de responsabilidade que se inicia em 
nível pessoal e não de uma moção ou petição endereçada às altas autoridades, cujas palavras 
“... responsabilidade de cada um colocar em prática os valores, as atitudes e formas de 
OLIVEIRA. Ariana Bazzano de. Direitos Humanos e Cultura da Paz. Uma Política Social de Prevenção à 
Direitos humanos: por um novo começo. Disponível em 
 
 
 
 
conduta que inspirem uma cultura de paz. Todos podem contribu
sua família, de seu bairro, de sua cidade, de sua região e de seu país ao promover a não
violência, a tolerância, o diálogo, a reconciliação, a justiça e a solidariedade em atitudes 
cotidianas”. 
Com a devida licença, coloco 
 
Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, 
especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, 
minha vida diária, na minha família, no m
na minha região – a: 
Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;
Praticar a não-violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: 
física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os grupos mais 
desprovidos e vulneráveis como as crianças e os adolescentes;
Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de 
generosidade visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressã
Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre 
preferência ao diálogo e à escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro;
Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas 
desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da 
natureza no planeta; 
Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla 
participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a constr
novas formas de solidariedade.
 
 Resolução 53/25 de 10 de novembro de 1998: proclamou o período de 2001
como Década Internacional pela Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças do 
Mundo, cujos dados constantes no “Relatório da sociedade civil
Cultura de Paz” se encontra disponível em: 
culturadepaz.org/spa/INFORME_CULTURA_DE_PAZ/INFORME/informeFCP_por.pdf
 
 Declaração do Milénio das Nações Unidas, celebrada em Nova Iorque, 6 a 8 de 
Setembro de 2000 com a solicitação ativa de uma cultura de paz e o apoio na 
promoção da resolução dos conflitos por meios pacíficos, cujo texto na íntegra está no 
site: https://www.caumg.gov.br/wp
milenio-ONU.pdf 
 
 Resolução 2000/66 de 26 de abril de 2000 sob o título “Em direção a uma cultura de 
paz” 
 
 Resolução 56/5 de 13 de novembro de 2001
 
 Resolução 57/6 de 4 de novembro de 2002
 
conduta que inspirem uma cultura de paz. Todos podem contribuir para esse objetivo dentro de 
sua família, de seu bairro, de sua cidade, de sua região e de seu país ao promover a não
violência, a tolerância, o diálogo, a reconciliação, a justiça e a solidariedade em atitudes 
Com a devida licença, coloco abaixo o Manifesto 2000 – O Texto para conhecimento:
Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, 
especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me comprometo
minha vida diária, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e 
Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;
violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: 
ca, econômica e social, em particular contra os grupos mais 
desprovidos e vulneráveis como as crianças e os adolescentes; 
Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de 
generosidade visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica;
Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre 
preferência ao diálogo e à escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro;
Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas 
desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da 
Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla 
participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a constr
novas formas de solidariedade. 
Resolução 53/25 de 10 de novembro de 1998: proclamou o período de 2001
como Década Internacional pela Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças do 
Mundo, cujos dados constantes no “Relatório da sociedade civil a meio da Década de 
Cultura de Paz” se encontra disponível em: http://www.fund
culturadepaz.org/spa/INFORME_CULTURA_DE_PAZ/INFORME/informeFCP_por.pdf
Declaração do Milénio das Nações Unidas, celebrada em Nova Iorque, 6 a 8 de 
Setembro de 2000 com a solicitação ativa de uma cultura de paz e o apoio na 
promoçãoda resolução dos conflitos por meios pacíficos, cujo texto na íntegra está no 
https://www.caumg.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Declaracao
Resolução 2000/66 de 26 de abril de 2000 sob o título “Em direção a uma cultura de 
Resolução 56/5 de 13 de novembro de 2001 
Resolução 57/6 de 4 de novembro de 2002 
ir para esse objetivo dentro de 
sua família, de seu bairro, de sua cidade, de sua região e de seu país ao promover a não-
violência, a tolerância, o diálogo, a reconciliação, a justiça e a solidariedade em atitudes 
O Texto para conhecimento: 
Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, 
eu me comprometo – em 
eu trabalho, na minha comunidade, no meu país e 
Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito; 
violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: 
ca, econômica e social, em particular contra os grupos mais 
Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de 
o política e econômica; 
Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre 
preferência ao diálogo e à escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro; 
Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas de 
desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da 
Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla 
participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a construir 
Resolução 53/25 de 10 de novembro de 1998: proclamou o período de 2001-2010 
como Década Internacional pela Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças do 
a meio da Década de 
http://www.fund-
culturadepaz.org/spa/INFORME_CULTURA_DE_PAZ/INFORME/informeFCP_por.pdf 
Declaração do Milénio das Nações Unidas, celebrada em Nova Iorque, 6 a 8 de 
Setembro de 2000 com a solicitação ativa de uma cultura de paz e o apoio na 
promoção da resolução dos conflitos por meios pacíficos, cujo texto na íntegra está no 
content/uploads/2016/06/Declaracao-do-
Resolução 2000/66 de 26 de abril de 2000 sob o título “Em direção a uma cultura de 
http://www.fund-culturadepaz.org/spa/INFORME_CULTURA_DE_PAZ/INFORME/informeFCP_por.pdf
http://www.fund-culturadepaz.org/spa/INFORME_CULTURA_DE_PAZ/INFORME/informeFCP_por.pdf
https://www.caumg.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Declaracao-do-milenio-ONU.pdf
https://www.caumg.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Declaracao-do-milenio-ONU.pdf
 
 
 
 
 Resolução 58/11. Década Internacional pela Cultura de Paz e Não
Crianças do Mundo, 2001
http://www.comitepaz.org.br/ResONU5811.htm
 
MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS DE SOLUÇÃO DE DISPUTAS
Antes de falarmos da mediação, da conciliação, da negociação, como métodos de 
solução de conflitos, propriamente ditos, faz
sobre autotutela, heterocomposição e autocomposição.
A autotutela é a forma mais primitiva de resolução de conflitos tendo como 
norteador o próprio homem na disputa dos bens necessários à sua sobrevivência na medida 
em que representa o domínio do mais forte sobre o mais fraco. De forma objetiva: é o uso da 
força por uma das partes e a correlata submissão da parte contrária. Força essa não apenas 
física, como também a moral, a econômica, a social, a política, a cultural, a filosófica etc
O Código de Hamurabi, escrito aproximadamente em 1772 a.C, representa o 
conjunto de leis escritas com a descrição de casos que serviam como modelos a serem 
aplicados em questões semelhantes. Para limitar as penas, o Código adotou o famoso princípio 
de Talião, reciprocidade / equivalência pelo agravo sofrido, ou simplesmente 
dente por dente”. 
Nestes termos, a autotutela representa uma afronta à própria cultura de paz tão 
preconizada e estimulada por todos, razão pela qual é vedada pelo nos
ordenamento jurídico, crime inclusive previsto no Código Penal, art. 345
caráter excepcional, é admitida como nos casos de legítima defesa (art. 23, II c/c art. 25, CP
no de desforço imediato na tutela da posse (art. 1.210, §1º
A heterocomposição
solução para os litigantes, o que nem sempre poderá estar alinhado aos reais anseios das 
partes. É uma autoridade que determinará essa solução. Abrange a arbitragem e a 
Na autocomposição
terceiros, ou seja, “... verifica
vantagem por este almejada, seja pela aceitação ou resignação de uma das 
 
3 Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a 
lei o permite: 
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à 
Parágrafo único – Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
4
 Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o ato:
II – em legítima defesa. 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios nec
injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de 
esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molest
§1º. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter
conquanto que o faço logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à 
manutenção, ou restituição da posse.
Resolução 58/11. Década Internacional pela Cultura de Paz e Não-
Crianças do Mundo, 2001-2010. Disponível em: 
http://www.comitepaz.org.br/ResONU5811.htm 
MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS DE SOLUÇÃO DE DISPUTAS
 
Antes de falarmos da mediação, da conciliação, da negociação, como métodos de 
solução de conflitos, propriamente ditos, faz-se necessária uma abordagem contextual e direta 
sobre autotutela, heterocomposição e autocomposição. 
é a forma mais primitiva de resolução de conflitos tendo como 
norteador o próprio homem na disputa dos bens necessários à sua sobrevivência na medida 
domínio do mais forte sobre o mais fraco. De forma objetiva: é o uso da 
força por uma das partes e a correlata submissão da parte contrária. Força essa não apenas 
física, como também a moral, a econômica, a social, a política, a cultural, a filosófica etc
O Código de Hamurabi, escrito aproximadamente em 1772 a.C, representa o 
conjunto de leis escritas com a descrição de casos que serviam como modelos a serem 
aplicados em questões semelhantes. Para limitar as penas, o Código adotou o famoso princípio 
alião, reciprocidade / equivalência pelo agravo sofrido, ou simplesmente 
Nestes termos, a autotutela representa uma afronta à própria cultura de paz tão 
preconizada e estimulada por todos, razão pela qual é vedada pelo nos
ordenamento jurídico, crime inclusive previsto no Código Penal, art. 345
caráter excepcional, é admitida como nos casos de legítima defesa (art. 23, II c/c art. 25, CP
no de desforço imediato na tutela da posse (art. 1.210, §1º, CC). 
eterocomposição, por sua vez, conta com um terceiro imparcial que imporá uma 
solução para os litigantes, o que nem sempre poderá estar alinhado aos reais anseios das 
partes. É uma autoridade que determinará essa solução. Abrange a arbitragem e a 
autocomposição, as partes solucionam o seu conflito sem a interferência de 
“... verifica-se seja pelo despojamento unilateral em favor de outrem da 
vantagem por este almejada, seja pela aceitação ou resignação de uma das partes ao interesse 
 
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a 
detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à 
Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o ato: 
se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios nec
injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de 
esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
§1º. Opossuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, 
conquanto que o faço logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à 
manutenção, ou restituição da posse. 
-Violência para as 
2010. Disponível em: 
MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS DE SOLUÇÃO DE DISPUTAS 
Antes de falarmos da mediação, da conciliação, da negociação, como métodos de 
contextual e direta 
é a forma mais primitiva de resolução de conflitos tendo como 
norteador o próprio homem na disputa dos bens necessários à sua sobrevivência na medida 
domínio do mais forte sobre o mais fraco. De forma objetiva: é o uso da 
força por uma das partes e a correlata submissão da parte contrária. Força essa não apenas 
física, como também a moral, a econômica, a social, a política, a cultural, a filosófica etc. 
O Código de Hamurabi, escrito aproximadamente em 1772 a.C, representa o 
conjunto de leis escritas com a descrição de casos que serviam como modelos a serem 
aplicados em questões semelhantes. Para limitar as penas, o Código adotou o famoso princípio 
alião, reciprocidade / equivalência pelo agravo sofrido, ou simplesmente “olho por olho, 
Nestes termos, a autotutela representa uma afronta à própria cultura de paz tão 
preconizada e estimulada por todos, razão pela qual é vedada pelo nosso vigente 
ordenamento jurídico, crime inclusive previsto no Código Penal, art. 3453. Somente, em 
caráter excepcional, é admitida como nos casos de legítima defesa (art. 23, II c/c art. 25, CP4) e 
, por sua vez, conta com um terceiro imparcial que imporá uma 
solução para os litigantes, o que nem sempre poderá estar alinhado aos reais anseios das 
partes. É uma autoridade que determinará essa solução. Abrange a arbitragem e a jurisdição. 
, as partes solucionam o seu conflito sem a interferência de 
se seja pelo despojamento unilateral em favor de outrem da 
partes ao interesse 
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a 
detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. 
Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. 
se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de 
se por sua própria força, 
conquanto que o faço logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à 
http://www.comitepaz.org.br/ResONU5811.htm
 
 
 
 
da outra, seja, finalmente, pela concessão recíproca por elas efetuada. Não há, em tese, 
exercício de coerção pelos indivíduos envolvidos”
A autocomposição abrange a renúncia, a aceitação (resignação / submissão) e a 
transação. Tem como objetivo uma resolução construtiva através do fortalecimento das 
relações sociais, do fomento a novos relacionamentos além de conseguir
interesses relacionados ao conflito. 
Os métodos autocompositivos são então a negociação (autocomposição direta ou 
bipolar), a conciliação e a mediação (ambas autocomposições indiretas ou triangulares). 
Vejamos cada um deles. 
 
 
 
A negociação é uma autocomposição direta em que as partes mantêm um diálogo 
direto entre elas sem a presença de terceiros. O NCPC (2015), inclusive, admite a aplicação de 
técnicas negociais com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposi
art. 166). 
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ, a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
princípios. 
A negociação posicional é aquela em que os negociadores são visto
em uma abordagem de ganha
posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório.
 
5 SENA, Adriana Gourlart de. Formas de resolução de conflitos e acesso à justiça. Disponível em: 
https://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_76/Adriana_Sena.pdf
6
 Ibid. 
da outra, seja, finalmente, pela concessão recíproca por elas efetuada. Não há, em tese, 
exercício de coerção pelos indivíduos envolvidos”5. 
Explicando: é que na autocomposição apenas os sujeitos 
originais em confronto é que se relacio
extinção do conflito, conferindo origem a uma sistemática de 
análise e solução da controvérsia autogerida pelas próprias 
partes. Entretanto, na heterocomposição
realizada por um agente exterior aos sujeitos originais na 
dinâmica de solução do conflito, transferindo em maior ou 
menor grau para esse agente exterior a direção dessa própria 
dinâmica. 
É de se salientar que a mediação é o método que confere 
menos destaque ao papel do agente exterior, uma vez que 
este apenas aproxima e instiga as partes à pacificação. Por 
isso, alguns autores classificam a mediação como um 
instrumento a serviço de um método de solução de 
controvérsias (a serviço da transação bilateral ou da 
negociação coletiva, por exemplo) e não propriamente 
método específico6. 
A autocomposição abrange a renúncia, a aceitação (resignação / submissão) e a 
transação. Tem como objetivo uma resolução construtiva através do fortalecimento das 
relações sociais, do fomento a novos relacionamentos além de conseguir 
interesses relacionados ao conflito. 
Os métodos autocompositivos são então a negociação (autocomposição direta ou 
bipolar), a conciliação e a mediação (ambas autocomposições indiretas ou triangulares). 
NEGOCIAÇÃO 
 
A negociação é uma autocomposição direta em que as partes mantêm um diálogo 
direto entre elas sem a presença de terceiros. O NCPC (2015), inclusive, admite a aplicação de 
técnicas negociais com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposi
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ, a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
A negociação posicional é aquela em que os negociadores são vistos como oponentes 
em uma abordagem de ganha-perde: máxima pressão com mínima concessão, ancoragem em 
posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório.
 
rlart de. Formas de resolução de conflitos e acesso à justiça. Disponível em: 
https://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_76/Adriana_Sena.pdf 
da outra, seja, finalmente, pela concessão recíproca por elas efetuada. Não há, em tese, 
Explicando: é que na autocomposição apenas os sujeitos 
originais em confronto é que se relacionam na busca da 
extinção do conflito, conferindo origem a uma sistemática de 
análise e solução da controvérsia autogerida pelas próprias 
partes. Entretanto, na heterocomposição, a intervenção é 
realizada por um agente exterior aos sujeitos originais na 
âmica de solução do conflito, transferindo em maior ou 
menor grau para esse agente exterior a direção dessa própria 
É de se salientar que a mediação é o método que confere 
menos destaque ao papel do agente exterior, uma vez que 
aproxima e instiga as partes à pacificação. Por 
isso, alguns autores classificam a mediação como um 
instrumento a serviço de um método de solução de 
controvérsias (a serviço da transação bilateral ou da 
negociação coletiva, por exemplo) e não propriamente um 
A autocomposição abrange a renúncia, a aceitação (resignação / submissão) e a 
transação. Tem como objetivo uma resolução construtiva através do fortalecimento das 
relações sociais, do fomento a novos relacionamentos além de conseguir mapear os reais 
Os métodos autocompositivos são então a negociação (autocomposição direta ou 
bipolar), a conciliação e a mediação (ambas autocomposições indiretas ou triangulares). 
A negociação é uma autocomposição direta em que as partes mantêm um diálogo 
direto entre elas sem a presença de terceiros. O NCPC (2015), inclusive, admite a aplicação de 
técnicas negociais com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposição (§3º, 
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ,a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
s como oponentes 
perde: máxima pressão com mínima concessão, ancoragem em 
posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório. 
rlart de. Formas de resolução de conflitos e acesso à justiça. Disponível em: 
 
 
 
 
A negociação fomentada na mediação é a baseada em princípios ou em méritos
que a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
posições, geração de opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivo
 
 Separar as pessoas do problema
negociadores. 
 
 Foco nos interesses e não em posições
necessariamente os reais interesses do negociador. O problema está nos interesses e 
os interesses em necessidades não supridas. Os problemas devem ser tratados com 
rigidez enquanto que as pessoas com afabilidade.
 
Falar de necessidades é também fazer menção à famosa pirâmi
de Maslow, divididas em fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização, 
conforme estrutura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Negociação de Harvard, cuja obra principal é o livro 
Ury. Leitura igualmente obrigatória.
8
 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, processos, 
ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 75.
A negociação fomentada na mediação é a baseada em princípios ou em méritos
e a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
posições, geração de opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivo
Separar as pessoas do problema: “atacar” os méritos da negociação e não os 
Para ampliar a percepção, ponha-se no lugar do outro; não 
deduza intenções do outro a partir dos seus próprios 
condicionamentos; não culpe o outro por seus proble
troque idéias sobre as percepções de cada um; surpreenda e 
contrarie a percepção do outro sobre você; compartilhe com o 
outro o interesse no resultado e o andamento do processo; 
evite que o outro se sinta enganado. 
Ao lidar com a emoção, reconheça e compreenda as emoções 
do outro e as suas; explicite essas emoções e a sua 
legitimidade; deixe que o outro desabafe; não reaja às 
atitudes emocionais; adote gestos simbólicos que geram 
impactos emocionais construtivos. 
Em sua comunicação, escute ativamente e registre o que está 
sendo dito; fale para ser entendido; fale sobre você mesmo e 
não sobre o outro; antes de declarações significativas, 
pergunte-se: para quê?8 
 
Foco nos interesses e não em posições: a posição manifestada não significa 
s reais interesses do negociador. O problema está nos interesses e 
os interesses em necessidades não supridas. Os problemas devem ser tratados com 
rigidez enquanto que as pessoas com afabilidade. 
Falar de necessidades é também fazer menção à famosa pirâmide das necessidades 
de Maslow, divididas em fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização, 
 
de Harvard, cuja obra principal é o livro “Como chegar ao sim”, de Roger Fisher e William 
Ury. Leitura igualmente obrigatória. 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, processos, 
ulo: Método, 2008, p. 75. 
A negociação fomentada na mediação é a baseada em princípios ou em méritos7 em 
e a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
posições, geração de opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivos. 
: “atacar” os méritos da negociação e não os 
se no lugar do outro; não 
deduza intenções do outro a partir dos seus próprios 
condicionamentos; não culpe o outro por seus problemas; 
troque idéias sobre as percepções de cada um; surpreenda e 
contrarie a percepção do outro sobre você; compartilhe com o 
outro o interesse no resultado e o andamento do processo; 
compreenda as emoções 
do outro e as suas; explicite essas emoções e a sua 
legitimidade; deixe que o outro desabafe; não reaja às 
atitudes emocionais; adote gestos simbólicos que geram 
e registre o que está 
sendo dito; fale para ser entendido; fale sobre você mesmo e 
não sobre o outro; antes de declarações significativas, 
: a posição manifestada não significa 
s reais interesses do negociador. O problema está nos interesses e 
os interesses em necessidades não supridas. Os problemas devem ser tratados com 
de das necessidades 
de Maslow, divididas em fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização, 
, de Roger Fisher e William 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, processos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Roberto Marques, presidente do IBC 
necessidades básicas do ser humano, quais sejam:
a) Ser ouvido na essência: está intimamente ligado com a nossa escuta empática
b) Ser notado, reconhecido e amado
c) Ter o direito de errar
d) Ter o direito de pertencer aos sistemas
 
 Geração de opções de ga
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamente em razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
emocionais na negociação consiste em separar t
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
reconciliem interesses divergentes”
idéias, é bem vindo e bastante utilizado.
 
Existem 4 obstáculos 
Carlos Eduardo de Vasconcelos
a) Julgamento prematuro
adotadas para evitar os julgamentos antecipados, que prejudicam a negociação. Uma 
negociação prática requer raciocínio prático e não idéias imaginativas. Recomendação: separar 
o ato de inventar opções do ato de julgá
 
9 Manual de Mediação do CNJ, pág. 75.
10
 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 76.
José Roberto Marques, presidente do IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, fala de 4 
necessidades básicas do ser humano, quais sejam: 
a) Ser ouvido na essência: está intimamente ligado com a nossa escuta empática
b) Ser notado, reconhecido e amado 
c) Ter o direito de errar 
d) Ter o direito de pertencer aos sistemas 
Geração de opções de ganhos mútuos: “... sob pressão, muitos negociadores 
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamente em razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
emocionais na negociação consiste em separar tempo para a geração de elevado 
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
reconciliem interesses divergentes”9. Brainstorming, tempestade/levantamento de 
idéias, é bem vindo e bastante utilizado. 
Existem 4 obstáculos que impedem a geração de opções de ganhos mútuos segundo 
Carlos Eduardo de Vasconcelos10, a saber: 
Julgamento prematuro: “observação e tomada de informações devem ser 
adotadas para evitar os julgamentos antecipados, que prejudicam a negociação. Uma 
iação prática requer raciocínio prático e não idéias imaginativas. Recomendação: separar 
o ato de inventar opções do ato de julgá-las”. 
 
Manual de Mediação do CNJ, pág. 75. 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 76. 
Instituto Brasileiro de Coaching, fala de 4 
a) Ser ouvido na essência: está intimamente ligado com a nossa escuta empática 
“... sob pressão, muitos negociadores 
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamenteem razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
empo para a geração de elevado 
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
Brainstorming, tempestade/levantamento de 
que impedem a geração de opções de ganhos mútuos segundo 
“observação e tomada de informações devem ser 
adotadas para evitar os julgamentos antecipados, que prejudicam a negociação. Uma 
iação prática requer raciocínio prático e não idéias imaginativas. Recomendação: separar 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
 
 
 
 
b) A busca de uma resposta única
simplista, que desconsidera a pluralidade 
negociação. Recomendação: ampliar as opções sobre a mesa, em vez de buscar uma resposta 
única”. 
c) A pressuposição de porção fixa
que se tem, mas em agregar valor, conjuntamente, para a obtenção de uma porção ampliada. 
O bolo pode ser dividido ou aumentado. Recomendação: buscar benefícios mútuos”.
d) Pensar que o problema do outro lhe é estranho
um dos lados de uma questão 
negociado. Reluta-se em reconhecer a legitimidade das pretensões da outra parte. 
Recomendação: inventar meios de facilitar as decisões do outro”.
 Utilização de critérios objetivos
o conflito. “Estes são padrões norteados por princípios... preço de mercado, custo de 
reposição, valor contábil depreciado, preços competitivos, projeção de tendências, 
precedente, opinião científica, padrões profissionais
igualitário, tradição, reciprocidade etc”.
 
 MELHOR ALTERNATIVA À NEGOCIAÇÃO DE UM ACORDO 
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados. 
Resulta na consciência da parte da s
Segundo o Manual de Mediação Judicial, a conciliação é 
autocompositivo breve no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, 
neutro ao conflito, ou por um painel d
meio de técnicas adequadas, a chegar a uma solução ou a um acordo”
Segundo o CNJ, “... é um método utilizado em conflitos mais simples, ou mais 
restritos, no qual o terceiro facilitador pode adotar 
relação ao conflito e imparcial. É um processo consensual breve, que busca uma efetiva 
harmonização social e a restauração, dentro dos limites possíveis, da relação social das 
partes”12. 
Carlos Eduardo de Vasconcelos
mediadora focada no acordo, ou seja, 
com a particularidade de que o conciliador exerce uma autoridade hierárquica, toma 
 
11 CNJ, Manual. Pag. 21 
12
 CNJ. Conciliação e mediação. Disponível em: 
e-mediacao/ 
A busca de uma resposta única: “A resposta única é função de uma percepção 
simplista, que desconsidera a pluralidade e os contextos. A idéia da resposta única dificulta a 
negociação. Recomendação: ampliar as opções sobre a mesa, em vez de buscar uma resposta 
A pressuposição de porção fixa: “nem sempre a melhor solução está em dividir o 
ar valor, conjuntamente, para a obtenção de uma porção ampliada. 
O bolo pode ser dividido ou aumentado. Recomendação: buscar benefícios mútuos”.
Pensar que o problema do outro lhe é estranho: “o envolvimento emocional com 
um dos lados de uma questão dificulta a compreensão do conjunto do problema a ser 
se em reconhecer a legitimidade das pretensões da outra parte. 
Recomendação: inventar meios de facilitar as decisões do outro”. 
Utilização de critérios objetivos: o enfrentamento de critérios objetivos despersonifica 
“Estes são padrões norteados por princípios... preço de mercado, custo de 
reposição, valor contábil depreciado, preços competitivos, projeção de tendências, 
precedente, opinião científica, padrões profissionais, padrões morais, tratamento 
igualitário, tradição, reciprocidade etc”. 
MELHOR ALTERNATIVA À NEGOCIAÇÃO DE UM ACORDO – MAANA
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados. 
Resulta na consciência da parte da sua real situação de poder na negociação.
 
CONCILIAÇÃO 
 
Segundo o Manual de Mediação Judicial, a conciliação é “... um processo 
autocompositivo breve no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, 
neutro ao conflito, ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para assisti
meio de técnicas adequadas, a chegar a uma solução ou a um acordo”11. 
“... é um método utilizado em conflitos mais simples, ou mais 
restritos, no qual o terceiro facilitador pode adotar uma posição mais ativa, porém neutra com 
relação ao conflito e imparcial. É um processo consensual breve, que busca uma efetiva 
harmonização social e a restauração, dentro dos limites possíveis, da relação social das 
Carlos Eduardo de Vasconcelos conceitua a conciliação como uma atividade 
mediadora focada no acordo, ou seja, “... tem por objetivo central a obtenção de um acordo, 
com a particularidade de que o conciliador exerce uma autoridade hierárquica, toma 
 
CNJ. Conciliação e mediação. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao
“A resposta única é função de uma percepção 
e os contextos. A idéia da resposta única dificulta a 
negociação. Recomendação: ampliar as opções sobre a mesa, em vez de buscar uma resposta 
“nem sempre a melhor solução está em dividir o 
ar valor, conjuntamente, para a obtenção de uma porção ampliada. 
O bolo pode ser dividido ou aumentado. Recomendação: buscar benefícios mútuos”. 
“o envolvimento emocional com 
dificulta a compreensão do conjunto do problema a ser 
se em reconhecer a legitimidade das pretensões da outra parte. 
ritérios objetivos despersonifica 
“Estes são padrões norteados por princípios... preço de mercado, custo de 
reposição, valor contábil depreciado, preços competitivos, projeção de tendências, 
, padrões morais, tratamento 
MAANA: compensa 
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados. 
ua real situação de poder na negociação. 
“... um processo 
autocompositivo breve no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, 
e pessoas sem interesse na causa, para assisti-las, por 
“... é um método utilizado em conflitos mais simples, ou mais 
uma posição mais ativa, porém neutra com 
relação ao conflito e imparcial. É um processo consensual breve, que busca uma efetiva 
harmonização social e a restauração, dentro dos limites possíveis, da relação social das 
conceitua a conciliação como uma atividade 
“... tem por objetivo central a obtenção de um acordo, 
com a particularidade de que o conciliador exerce uma autoridade hierárquica, toma 
acoes/conciliacao-
 
 
 
 
iniciativas, faz recomendações, adver
conciliação”13. 
Ana Paula Rocha do Bonfim afirma ser a conciliação 
extrajudicial de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra) 
o conciliador, a função de aproximá
A conciliação busca a harmonização das partes em litígio mediante concessões 
mútuas, sendo conduzida por um terceiro. Sua previsão remota à Constituição do Império de 
1824, no art. 16115, como princ
conciliação dentro do procedimento sumário (art. 277 e §§ e art. 278), da conciliação na 
audiência preliminar (art. 331 e §§), no capítulo VII 
conciliação (arts. 447 a 449). 
 
 
Como auxiliar da justiça, o conciliador, consoante §2º, do art. 165 do NCPC, atuará 
preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá 
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a 
ou intimidação para que as partes conciliem.
O Manual da Mediação Judicial do CNJ traz como finalidades da conciliação os 
seguintes: 
 Harmonização social das partes
 A adoção de posturas não coercitivas
 Restauração da relação social das partes
 A utilização de técnicas persuasivas
 Trazer a humanidade no processo de resolução de disputas
 Estímulo ao foco prospectivo
 Preservação da intimidade
 Escuta ativa
 Solução construtiva
 Utilização de técnicas multidisciplinares
 Acordo 
 
JassonTorres16 faz as seguintes reflexões:
 
13
 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas 
2008. P.39 
14 BOMFIM, Ana Paula Rocha do. MESCS: Manual de mediação, conciliação e arbitragem. Rio de Janeiro: 
Editora Lumen Juris, 2008. P. 69.
15 Art. 161 Constituição do Império de 1824: Sem se fazer constar que se tem in
reconciliação, não se começará processo algum.
16
 TORRES, Jasson Ayres. O acesso à justiça e soluções alternativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
Ed., 2005, p. 160. 
iniciativas, faz recomendações, advertências e apresenta sugestões, com vistas à 
Ana Paula Rocha do Bonfim afirma ser a conciliação “... um meio judicial ou 
extrajudicial de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra) 
e aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo”
A conciliação busca a harmonização das partes em litígio mediante concessões 
mútuas, sendo conduzida por um terceiro. Sua previsão remota à Constituição do Império de 
como princípio. No CPC de 1973, houve a previsão da audiência de 
conciliação dentro do procedimento sumário (art. 277 e §§ e art. 278), da conciliação na 
audiência preliminar (art. 331 e §§), no capítulo VII – DA AUDIÊNCIA, na Seção II 
 
ATUAÇÃO DO CONCILIADOR 
Como auxiliar da justiça, o conciliador, consoante §2º, do art. 165 do NCPC, atuará 
preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá 
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento 
ou intimidação para que as partes conciliem. 
O Manual da Mediação Judicial do CNJ traz como finalidades da conciliação os 
Harmonização social das partes 
A adoção de posturas não coercitivas 
ção da relação social das partes 
A utilização de técnicas persuasivas 
Trazer a humanidade no processo de resolução de disputas 
Estímulo ao foco prospectivo 
Preservação da intimidade 
Escuta ativa 
Solução construtiva 
Utilização de técnicas multidisciplinares para soluções satisfatórias
faz as seguintes reflexões: 
 
Um dos instrumentos alternativos na solução de conflitos é a 
conciliação. O povo não quer decisões eruditas, recheadas de 
citações doutrinárias e jurisprudenciais, mas soluçõe
 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 
BOMFIM, Ana Paula Rocha do. MESCS: Manual de mediação, conciliação e arbitragem. Rio de Janeiro: 
Editora Lumen Juris, 2008. P. 69. 
Art. 161 Constituição do Império de 1824: Sem se fazer constar que se tem in
reconciliação, não se começará processo algum. 
TORRES, Jasson Ayres. O acesso à justiça e soluções alternativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
tências e apresenta sugestões, com vistas à 
“... um meio judicial ou 
extrajudicial de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra) 
las na construção de um acordo”14. 
A conciliação busca a harmonização das partes em litígio mediante concessões 
mútuas, sendo conduzida por um terceiro. Sua previsão remota à Constituição do Império de 
ípio. No CPC de 1973, houve a previsão da audiência de 
conciliação dentro do procedimento sumário (art. 277 e §§ e art. 278), da conciliação na 
DA AUDIÊNCIA, na Seção II – Da 
Como auxiliar da justiça, o conciliador, consoante §2º, do art. 165 do NCPC, atuará 
preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá 
utilização de qualquer tipo de constrangimento 
O Manual da Mediação Judicial do CNJ traz como finalidades da conciliação os 
 
para soluções satisfatórias 
Um dos instrumentos alternativos na solução de conflitos é a 
O povo não quer decisões eruditas, recheadas de 
citações doutrinárias e jurisprudenciais, mas soluções 
restaurativas. São Paulo: Método, 
BOMFIM, Ana Paula Rocha do. MESCS: Manual de mediação, conciliação e arbitragem. Rio de Janeiro: 
Art. 161 Constituição do Império de 1824: Sem se fazer constar que se tem intentado o meio de 
TORRES, Jasson Ayres. O acesso à justiça e soluções alternativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
 
 
 
 
O mencionado autor, ainda reforça 
uma nota de rodapé, com uma passagem da Exposição de Motivos para a proposta de criação 
dos JEPC (Juizados Especiais de Pequenas Causas)
A Lei 13.105 de 2015, NCPC, estipulou como norma fundamental do processo civil, no 
art. 3º, §3º “a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos 
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial”
No Capítulo III – DOS AU
Mediadores Judiciais, há previsão expressa nos arts. 165 a 175, trazendo, inclusive diferenças 
entre a conciliação e a mediação. A audiência de conciliação ou de mediação se encontra no 
art. 334 do NCPC. 
 
17
 Ibid. 
objetivas, simples e, acima de tudo, que resolva o caso 
concreto de forma descomplicada, atendendo às 
expectativas de uma Justiça rápida e eficaz
facilitar o acesso do cidadão à Justiça e que possa apresentar 
uma reclamação de um direito, tendo uma resposta imediata 
do Estado, representa um anseio da sociedade (grifou
 
O mencionado autor, ainda reforça suas afirmações ao citar Kazuo Watanabe, em 
uma nota de rodapé, com uma passagem da Exposição de Motivos para a proposta de criação 
(Juizados Especiais de Pequenas Causas), contendo a seguinte visão17
 “Os problemas mais prementes, que prejudicam o 
desempenho do Poder Judiciário, no campo civil, podem ser 
analisados sob, pelo menos três enfoques distintos, a saber: a) 
a inadequação da atual estrutura do Judiciário para a solução 
dos litígios individuais; b) tratamento legislativo insuficiente, 
tanto no plano material como no processual, dos conflitos 
coletivos ou difusos que, por enquanto, não dispõem de tutela 
jurisdicional específica; c) tratamento processual inadequado 
das causas de reduzido valor econômico e conseqüente 
inaptidão do Judiciário atual para a solução barata e rápida 
desta espécie de controvérsia”. 
E acrescenta logo em seguida: “A ausência de tratamento 
judicial adequado para as pequenas causas 
problema acima enfocado – afeta, em regra, gente humilde, 
desprovida de capacidade econômica para enfrentar os custos 
e a demora de uma demanda judicial. A garantia meramente 
formal de acesso ao Judiciário, sem que se criem as condições 
básicas para o efetivo exercício do direito de postular em 
juízo, não atende a um dos princípios basilares da democracia, 
que é o da proteção judiciária dos direitos individuais”. Kazuo 
Watanabe. Filosofia e Características Básicas do Juizado 
Especial de Pequenas Causas. In WATANABE, Kazuo [
(Coord.). Juizado Especial de Pequenas Causas
Revista dos Tribunais, 1985, p.3. 
 
A Lei 13.105 de 2015, NCPC, estipulou como norma fundamental do processo civil, no 
“a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos 
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial”. 
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA, Secção V – Dos Conciliadores e 
Mediadores Judiciais, há previsão expressa nos arts. 165 a 175, trazendo, inclusive diferenças 
entre a conciliação e a mediação. A audiência de conciliação ou de mediação se encontra no 
 
 
 
 
 
objetivas, simples e, acima de tudo, que resolva o caso 
concreto de forma descomplicada, atendendo às 
expectativas de uma Justiça rápida e eficaz. Realmente, 
facilitar o acesso do cidadão à Justiça e que possa apresentar 
tendo uma resposta imediata 
nseio da sociedade (grifou-se). 
suas afirmações ao citar Kazuo Watanabe, em 
uma nota de rodapé, com uma passagem da Exposição de Motivos para a proposta de criação 
17: 
“Os problemas mais prementes, que prejudicam o 
desempenho do Poder Judiciário,no campo civil, podem ser 
analisados sob, pelo menos três enfoques distintos, a saber: a) 
inadequação da atual estrutura do Judiciário para a solução 
dos litígios individuais; b) tratamento legislativo insuficiente, 
tanto no plano material como no processual, dos conflitos 
coletivos ou difusos que, por enquanto, não dispõem de tutela 
nal específica; c) tratamento processual inadequado 
das causas de reduzido valor econômico e conseqüente 
inaptidão do Judiciário atual para a solução barata e rápida 
E acrescenta logo em seguida: “A ausência de tratamento 
dicial adequado para as pequenas causas – o terceiro 
afeta, em regra, gente humilde, 
desprovida de capacidade econômica para enfrentar os custos 
e a demora de uma demanda judicial. A garantia meramente 
io, sem que se criem as condições 
básicas para o efetivo exercício do direito de postular em 
juízo, não atende a um dos princípios basilares da democracia, 
que é o da proteção judiciária dos direitos individuais”. Kazuo 
s Básicas do Juizado 
WATANABE, Kazuo [et al.] 
Juizado Especial de Pequenas Causas. São Paulo: 
A Lei 13.105 de 2015, NCPC, estipulou como norma fundamental do processo civil, no 
“a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos 
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Dos Conciliadores e 
Mediadores Judiciais, há previsão expressa nos arts. 165 a 175, trazendo, inclusive diferenças 
entre a conciliação e a mediação. A audiência de conciliação ou de mediação se encontra no 
 
 
 
 
Segundo o CNJ, mediação: 
A mediação, em seu início, foi cogitada como um método alternativo de resolução 
de conflitos. Alternativa, diga
burocratizado, centralização do conflito e pouco acessível. Um poder
jurisdicionado e um privilégio para poucos. Questionava
sendo realizada, concretizada. As partes, de posse da decisão, saiam satisfeitas? Tinham a 
sensação de ter contribuído de alguma forma para a decisão
Na década de 70, surgiu o movimento de acesso à justiça, encabeçado por 
estudiosos do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos 
resultados foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant 
aspectos já abordados no início do nosso curso. 
No Brasil, os principais 
 
a) CF de 1988: nossa atual Constituição da República consagrou em vários dispositivos o acesso 
à justiça, sobretudo no art. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias fundamentais. No 
mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos 
da Costa Rica, art. 8º, da qual o Brasil é signatário.
b) Projeto de lei da Deputada Zulaiê Cobra
definia a mediação como uma 
ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e orienta com o propósito de lhes permitir que, 
de modo consensual, previnem ou solucionem conflitos”
matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou objeto de acordo segundo 
ditames da lei civil ou penal. 
c) A criação dos Juizados Especiais
julgamento de demandas de sua competência com observância dos princípios da oralidade, 
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade com vistas à solução 
harmoniosa do conflito. 
 
18
 CNJ. Conciliação e mediação. Disponível em: 
e-mediacao/ 
MEDIAÇÃO 
 
Segundo o CNJ, mediação: 
(...) é uma forma de solução de conflitos no qual uma terceira 
pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo entre as partes, 
para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a 
melhor solução para o conflito. Em regra, é utilizada em 
conflitos multidimensionais ou complexos. A Mediação é um 
procedimento estruturado, não tem um prazo definido e pode 
terminar ou não em acordo, pois as partes têm autonomia 
para buscar soluções que compatibilizam seus interesses 
necessidades18. 
A mediação, em seu início, foi cogitada como um método alternativo de resolução 
de conflitos. Alternativa, diga-se, ao Poder Judiciário, visto, à época, como caro, lento, 
burocratizado, centralização do conflito e pouco acessível. Um poder
jurisdicionado e um privilégio para poucos. Questionava-se se a justiça, em seu ideal, estava 
sendo realizada, concretizada. As partes, de posse da decisão, saiam satisfeitas? Tinham a 
sensação de ter contribuído de alguma forma para a decisão judicial? 
Na década de 70, surgiu o movimento de acesso à justiça, encabeçado por 
estudiosos do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos 
resultados foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant 
aspectos já abordados no início do nosso curso. 
No Brasil, os principais marcos legislativos da mediação foram os seguintes:
: nossa atual Constituição da República consagrou em vários dispositivos o acesso 
. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias fundamentais. No 
mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos 
da Costa Rica, art. 8º, da qual o Brasil é signatário. 
Projeto de lei da Deputada Zulaiê Cobra: o projeto de lei nº 4.837 continha 7 artigos e 
definia a mediação como uma “atividade técnica exercida por terceira pessoa, que, escolhida 
ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e orienta com o propósito de lhes permitir que, 
previnem ou solucionem conflitos”, ao poder versar sobre qualquer 
matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou objeto de acordo segundo 
 
Juizados Especiais, Lei 9.099/95, para conciliação, para processo e para 
julgamento de demandas de sua competência com observância dos princípios da oralidade, 
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade com vistas à solução 
 
CNJ. Conciliação e mediação. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao
(...) é uma forma de solução de conflitos no qual uma terceira 
pessoa, neutra e imparcial, facilita o diálogo entre as partes, 
para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a 
. Em regra, é utilizada em 
conflitos multidimensionais ou complexos. A Mediação é um 
procedimento estruturado, não tem um prazo definido e pode 
terminar ou não em acordo, pois as partes têm autonomia 
para buscar soluções que compatibilizam seus interesses e 
A mediação, em seu início, foi cogitada como um método alternativo de resolução 
se, ao Poder Judiciário, visto, à época, como caro, lento, 
burocratizado, centralização do conflito e pouco acessível. Um poder distante do 
se se a justiça, em seu ideal, estava 
sendo realizada, concretizada. As partes, de posse da decisão, saiam satisfeitas? Tinham a 
Na década de 70, surgiu o movimento de acesso à justiça, encabeçado por 
estudiosos do Direito, que elaboraram um trabalho denominado de “Projeto Florença”, cujos 
resultados foram expostos na obra “Acesso à Justiça” de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, 
da mediação foram os seguintes: 
: nossa atual Constituição da República consagrou em vários dispositivos o acesso 
. 5º, XXXV, incluído no rol dos direitos e garantias fundamentais. No 
mesmo sentido é o disposto na Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos – São José 
: o projeto de lei nº 4.837 continha 7 artigos e 
“atividade técnica exercida por terceira pessoa, que, escolhida 
ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e orienta com o propósito de lhes permitir que, 
, ao poder versar sobre qualquer 
matéria desde que conciliável, reconciliável, transacional ou objeto de acordo segundo 
a processo e para 
julgamento de demandas de sua competência com observância dos princípios da oralidade, 
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade com vistas à solução 
acoes/conciliacao-
 
 
 
 
d) Implementação do Movimento pela Conciliaç
a cultura de litigiosidade e promover a busca de soluções para os conflitos por meio da 
construção de acordos viáveis para as partes.
e) Resolução 125/2010 do CNJ
Adequado aos Conflitosde interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
providências. 
f) Previsão expressa, no NCPC (Lei 13.105/2015)
outros métodos de solução consensual de conflitos, dispo
fundamentais do processo civil. 
g) A lei da mediação de nº 13.140/2015
Portanto, as referências tiveram como finalidade a mudança de mentalidade dos 
operadores do direito (de uma visão litigiosa e conflitante para a de uma mais
consensual), a alteração da visão da comunidade em geral quanto aos métodos consensuais de 
resolução de conflitos, o estímulo ao acesso à justiça e à pacificação social (fomento à cultura 
de paz) além do fornecimento de um serviço diferenciado
gerenciamento dos conflitos. 
A mediação, portanto, é um procedimento conduzido por um terceiro imparcial que 
tem como finalidade a restauração do diálogo outrora rompido com vistas à solução 
harmônica do conflito. A meta n
maturidade das partes em resolver suas próprias questões, e sim devolver aos litigantes o 
poder de gerenciar os seus interesses e suas questões.
 
 
Segundo o NCPC/2015, §3º, art. 16
casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a 
compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, identific
benefícios mútuos”. 
Com base nos dispositivos do NCPC, pode
conciliação e a mediação: 
 
CONCILIAÇÃO 
 Atuação preferencial nos casos em 
que não houver vínculo anterior entre 
as partes 
 Poderá sugerir soluções para o litígio;
 Veda-se a utilização de qualquer tipo 
de constrangimento ou intimidação 
para que as partes conciliem
 Tem uma participação mais ativa no 
processo de negociação 
Movimento pela Conciliação pelo CNJ em 2006 com o objetivo de alterar 
a cultura de litigiosidade e promover a busca de soluções para os conflitos por meio da 
construção de acordos viáveis para as partes. 
Resolução 125/2010 do CNJ ao dispor sobre a Política Judiciária Nacional 
Adequado aos Conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
NCPC (Lei 13.105/2015) do estímulo à conciliação, à mediação e a 
outros métodos de solução consensual de conflitos, disposição incluída como normas 
fundamentais do processo civil. 
13.140/2015. 
Portanto, as referências tiveram como finalidade a mudança de mentalidade dos 
operadores do direito (de uma visão litigiosa e conflitante para a de uma mais
consensual), a alteração da visão da comunidade em geral quanto aos métodos consensuais de 
resolução de conflitos, o estímulo ao acesso à justiça e à pacificação social (fomento à cultura 
de paz) além do fornecimento de um serviço diferenciado com profissionais capacitados no 
 
A mediação, portanto, é um procedimento conduzido por um terceiro imparcial que 
tem como finalidade a restauração do diálogo outrora rompido com vistas à solução 
harmônica do conflito. A meta não é buscar um acordo, este uma conseqüência do grau de 
maturidade das partes em resolver suas próprias questões, e sim devolver aos litigantes o 
poder de gerenciar os seus interesses e suas questões. 
ATUAÇÃO DO MEDIADOR 
Segundo o NCPC/2015, §3º, art. 165, o mediador atuará “... preferencialmente nos 
casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a 
compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem 
Com base nos dispositivos do NCPC, pode-se fazer a seguinte diferenciação entre a 
 MEDIAÇÃO 
Atuação preferencial nos casos em 
vínculo anterior entre 
Poderá sugerir soluções para o litígio; 
se a utilização de qualquer tipo 
de constrangimento ou intimidação 
para que as partes conciliem 
Tem uma participação mais ativa no 
 Atuação preferencial nos 
houver vínculo anterior entre as partes
 Auxiliará aos interessados a compreender as 
questões e os interesses em conflito, de 
modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, 
identificar, por si próprios, soluções 
consensuais que gerem benefícios mútuos
 Não propõe soluções para os litigantes
pelo CNJ em 2006 com o objetivo de alterar 
a cultura de litigiosidade e promover a busca de soluções para os conflitos por meio da 
ao dispor sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento 
Adequado aos Conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário além de outras 
do estímulo à conciliação, à mediação e a 
sição incluída como normas 
Portanto, as referências tiveram como finalidade a mudança de mentalidade dos 
operadores do direito (de uma visão litigiosa e conflitante para a de uma mais harmônica e 
consensual), a alteração da visão da comunidade em geral quanto aos métodos consensuais de 
resolução de conflitos, o estímulo ao acesso à justiça e à pacificação social (fomento à cultura 
com profissionais capacitados no 
A mediação, portanto, é um procedimento conduzido por um terceiro imparcial que 
tem como finalidade a restauração do diálogo outrora rompido com vistas à solução 
ão é buscar um acordo, este uma conseqüência do grau de 
maturidade das partes em resolver suas próprias questões, e sim devolver aos litigantes o 
“... preferencialmente nos 
casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a 
compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
ar, por si próprios, soluções consensuais que gerem 
se fazer a seguinte diferenciação entre a 
 casos em que 
houver vínculo anterior entre as partes 
Auxiliará aos interessados a compreender as 
questões e os interesses em conflito, de 
modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, 
identificar, por si próprios, soluções 
rem benefícios mútuos 
Não propõe soluções para os litigantes 
 
 
 
 
 
Em relação à amplitude do problema a ser enfrentado e às estratégias a serem 
desenvolvidas, temos o seguinte quadro elucidativo com as diferenças entre os institutos:
CONCILIAÇÃO
 Exame prévio de autos processuais e/ou 
documentos 
 Soluções baseadas em interesses ou 
posições 
 Busca o acordo e o fim do litígio
 Permite a sugestão de uma proposta de 
acordo pelo conciliador 
 Processo mais breve com apenas 1 (uma) 
sessão 
 Voltada aos fatos e direitos e com 
enfoque essencialmente objetivo
 Seria eminentemente pública
 Enfoque retrospectivo e voltado à culpa
 Processo voltado a esclarecer aos 
litigantes pontos (fatos, direitos ou 
interesses) ainda não compreendidos por 
esses 
 Processo unidisciplinar
monodisciplinar) com base no direito
 
Por fim, reforçaremos as diferenças existentes entre o mediador extrajudicial e o 
judicial: 
MEDIADOR EXTRAJUDICIAL
Em relação à amplitude do problema a ser enfrentado e às estratégias a serem 
desenvolvidas, temos o seguinte quadro elucidativo com as diferenças entre os institutos:
CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO
Exame prévio de autos processuais e/ou 
Soluções baseadas em interesses ou 
Busca o acordo e o fim do litígio 
Permite a sugestão de uma proposta de 
Processo mais breve com apenas 1 (uma) 
direitos e com 
enfoque essencialmente objetivo 
Seria eminentemente pública 
Enfoque retrospectivo e voltado à culpa 
Processo voltado a esclarecer aos 
litigantes pontos (fatos, direitos ou 
interesses) ainda não compreendidos por 
Processo unidisciplinar (ou 
monodisciplinar) com base no direito 
 Desnecessidade de exame prévio de autos e 
documentos 
 Soluções baseadas em interesses
 Ênfase em técnicas comunicativas e negociais, 
além do estímulo à reflexão das partes sobre 
conseqüências 
 Busca a resolução do conflito
 Restauração da relação social subjacente ao 
caso 
 Parte de uma abordagem do estímulo (ou 
facilitação) do entendimento 
 Em regra mais demorada e envolveria 
diversas sessões 
 Empoderamento das partes
 Foco em emoções e sentimentos
 Voltada às pessoas e teri
preponderantemente subjetivo
 Processo conversacional e confidencial
 Prospectiva com foco nofuturo e em soluções
 Um processo em que os interessados 
encontram suas próprias soluções 
 Processo com lastro multidisciplinar, 
envolvendo as mais distint
psicologia, administração, direito, matemática, 
comunicação, etc 
Por fim, reforçaremos as diferenças existentes entre o mediador extrajudicial e o 
MEDIADOR EXTRAJUDICIAL MEDIADOR JUDICIAL
Em relação à amplitude do problema a ser enfrentado e às estratégias a serem 
desenvolvidas, temos o seguinte quadro elucidativo com as diferenças entre os institutos: 
MEDIAÇÃO 
Desnecessidade de exame prévio de autos e 
Soluções baseadas em interesses 
Ênfase em técnicas comunicativas e negociais, 
além do estímulo à reflexão das partes sobre 
flito 
Restauração da relação social subjacente ao 
Parte de uma abordagem do estímulo (ou 
 
Em regra mais demorada e envolveria 
Empoderamento das partes 
Foco em emoções e sentimentos 
Voltada às pessoas e teria o cunho 
preponderantemente subjetivo 
Processo conversacional e confidencial 
Prospectiva com foco no futuro e em soluções 
Um processo em que os interessados 
encontram suas próprias soluções 
Processo com lastro multidisciplinar, 
envolvendo as mais distintas áreas como 
psicologia, administração, direito, matemática, 
Por fim, reforçaremos as diferenças existentes entre o mediador extrajudicial e o 
MEDIADOR JUDICIAL 
 
 
 
 
 Qualquer pessoa capaz
 Que tenha a confiança das partes
 O medidor é escolhido pelas partes
 Capacitada para fazer mediação 
(Enunciado 47, CJF)
 Não precisa ter feito curso de 
formação 
 Não precisa integrar nem se inscrever 
em qualquer tipo de conselho, 
entidade de classe ou associação
 Comparecendo uma das partes 
acompanhada de advogado ou 
defensor público, o mediador 
suspenderá o procedimento, até que 
todas estejam devidamente 
assistidas. 
 Atuação antes da judicialização do 
conflito 
 
 
 
Existem ainda modelos de mediação trazidos pela doutrina nacional e internacional, 
a saber: modelo tradicional
Modelo Transformativo de Bush e Folger e modelo de alteridade ou modelo Waratiano da 
terapia do amor da ALMED – 
do Direito. 
 
MODELO TRADICIONAL-LINEAR DE 
 
É também conhecida como mediação satisfativa ou mediação do acordo ou 
tradicional. Tem como base os preceitos da negociação cooperativa de princípios da Escola de 
Harvard. É cooperativa vez que não te
 
19
 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São 
Qualquer pessoa capaz 
confiança das partes 
O medidor é escolhido pelas partes 
Capacitada para fazer mediação 
(Enunciado 47, CJF) 
Não precisa ter feito curso de 
Não precisa integrar nem se inscrever 
em qualquer tipo de conselho, 
entidade de classe ou associação 
Comparecendo uma das partes 
acompanhada de advogado ou 
defensor público, o mediador 
suspenderá o procedimento, até que 
todas estejam devidamente 
Atuação antes da judicialização do 
 Pessoa capaz, graduada há pelo 
menos 2 anos em curso 
superior reconhecido pelo MEC
 Capacitação em escola ou 
instituição de formação de 
mediadores, reconhecida pela 
ENFAM ou pelos Tribunais, com a 
observância dos requisitos mínimos 
determinados pelo CNJ.
 Cadastro de mediadores 
habilitados. 
 Remuneração fixada pelo Tribunal 
e custeada pelas partes
 Atuação quando a ação já estiver 
sido proposta. 
 
ESCOLAS DA MEDIAÇÃO 
Existem ainda modelos de mediação trazidos pela doutrina nacional e internacional, 
a saber: modelo tradicional-linear de Harvard; modelo Circular-Normativo de Sara Cobb; 
Modelo Transformativo de Bush e Folger e modelo de alteridade ou modelo Waratiano da 
 Associação Latino-Americana de Mediação, Metodologia e Ensino 
LINEAR DE HARVARD OU PROGRAMA DE NEGOCIAÇÃO DA ESCOLA 
DE HARVARD 
É também conhecida como mediação satisfativa ou mediação do acordo ou 
tradicional. Tem como base os preceitos da negociação cooperativa de princípios da Escola de 
Harvard. É cooperativa vez que não tem pretensão de excluir nem de derrotar o outro.
O procedimento inicia-se com a apresentação das partes e do 
mediador; seguem-se as explicações sobre o que é e como se 
processa a mediação; em sucessivo, os mediandos narram o 
problema e são questionados equitativamente; procura
fortalecer a colaboração para que eles evoluam das posições 
iniciais para a identificação de interesses comuns subjacentes, 
co-elaborem as opções e cheguem, quando possível, a um 
acordo fundado em dados da realidade19. 
 
 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 78. 
Pessoa capaz, graduada há pelo 
menos 2 anos em curso de ensino 
superior reconhecido pelo MEC 
Capacitação em escola ou 
instituição de formação de 
mediadores, reconhecida pela 
ENFAM ou pelos Tribunais, com a 
observância dos requisitos mínimos 
determinados pelo CNJ. 
Cadastro de mediadores 
ão fixada pelo Tribunal 
e custeada pelas partes 
Atuação quando a ação já estiver 
Existem ainda modelos de mediação trazidos pela doutrina nacional e internacional, 
Normativo de Sara Cobb; 
Modelo Transformativo de Bush e Folger e modelo de alteridade ou modelo Waratiano da 
Americana de Mediação, Metodologia e Ensino 
HARVARD OU PROGRAMA DE NEGOCIAÇÃO DA ESCOLA 
É também conhecida como mediação satisfativa ou mediação do acordo ou 
tradicional. Tem como base os preceitos da negociação cooperativa de princípios da Escola de 
m pretensão de excluir nem de derrotar o outro. 
se com a apresentação das partes e do 
se as explicações sobre o que é e como se 
processa a mediação; em sucessivo, os mediandos narram o 
tativamente; procura-se 
fortalecer a colaboração para que eles evoluam das posições 
iniciais para a identificação de interesses comuns subjacentes, 
elaborem as opções e cheguem, quando possível, a um 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
 
 
 
 
MODELO CIRCUL
Foca na comunicação, na arte da conversa, materializada de forma verbal ou não 
verbal. Pensar, sentir e fazer se unem através das narrações e das histórias contadas. O acordo 
deixa de ser um objetivo principal e se torna uma conse
narrativo. Baseia-se na idéia da desestabilização ou desconstrução das narrativas iniciais. É o 
modelo que se utiliza de microtécnicas, minitécnicas, técnicas propriamente ditas e as 
macrotécnicas. 
As microtécnicas são 
interrogativo e afirmativo. No aspecto interrogativo, as perguntas são de cunho informativo, 
ou seja, voltadas para o esclarecimento e coleta de informações e também de cunho 
desestabilizador e/ou modificadores, isto é, capazes de levar à reflexão e à produção de novos 
questionamentos. 
Quanto ao modo afirmativo, são direcionadas aos seguintes significados:
 Reformulação: dizer de outra forma o que foi narrado com vistas à facilitar o diálogo;
 Conotação positiva: visão positiva da fala
 Legitimação: conotação positiva das posições das partes
 Recontextualização: tornar o problema mais ou menos abrangente ou tão somente 
diferente. 
As minitécnicas se destinam aos desdobramentos das narrativas sem abranger
totalidade. Baseia-se na teoria do observador pela qual as diferentes percepções e versões 
para os fatos e para as explicações apresentados são levados em consideração. Abrangem a 
externalização, os resumos e a equipe reflexiva.
A externalização de
David Epston, percussores criadores da terapia narrativa, pela qual a terapia é um processo 
que se dá “nas narrativas e através delas”. Processo constituído de etapas sucessivas ou 
simultâneas: 
MODELO CIRCULAR-NARRATIVO DE SARA COBB 
Foca na comunicação, na arte da conversa, materializada de forma verbal ou não 
verbal. Pensar, sentir e fazer se unem através das narrações e das histórias contadas. O acordo 
deixa de ser um objetivo principal e se torna umaconseqüência natural do processo circular
se na idéia da desestabilização ou desconstrução das narrativas iniciais. É o 
modelo que se utiliza de microtécnicas, minitécnicas, técnicas propriamente ditas e as 
são utilizadas no início das narrativas e são aplicadas de modo 
interrogativo e afirmativo. No aspecto interrogativo, as perguntas são de cunho informativo, 
ou seja, voltadas para o esclarecimento e coleta de informações e também de cunho 
modificadores, isto é, capazes de levar à reflexão e à produção de novos 
Quanto ao modo afirmativo, são direcionadas aos seguintes significados:
Reformulação: dizer de outra forma o que foi narrado com vistas à facilitar o diálogo;
ção positiva: visão positiva da fala 
Legitimação: conotação positiva das posições das partes 
Recontextualização: tornar o problema mais ou menos abrangente ou tão somente 
se destinam aos desdobramentos das narrativas sem abranger
se na teoria do observador pela qual as diferentes percepções e versões 
para os fatos e para as explicações apresentados são levados em consideração. Abrangem a 
externalização, os resumos e a equipe reflexiva. 
A externalização deriva da técnica da terapia familiar sistêmica de Michael White e 
David Epston, percussores criadores da terapia narrativa, pela qual a terapia é um processo 
que se dá “nas narrativas e através delas”. Processo constituído de etapas sucessivas ou 
a) Condensação do problema: especificação do problema 
como algo externo ao self individual, da família, da instituição 
ou da comunidade; b) Nominalização do problema
importante que os mediandos co-construam um nome para o 
problema, que permita a ambos se sentirem legitimados, que 
não gere culpa e que conote o problema de forma negativa; c) 
Separação do problema objetivo das questões das pessoas ou 
das relações: é uma continuidade da nomalização do 
problema no sentido da externalização, passo a passo, 
uma das suas características; d) Conotação negativa do 
problema: o problema deve transformar-se na ameaça a ser 
enfrentada pelas partes. Os dois ou mais mediando devem 
enfrentar o problema e não enfrentar-se entre eles. (...) Tal 
abordagem ajuda a alertar os mediandos para as suas 
responsabilidades e protagonismo. e) 
protagonismo: uma das maneiras mais efetivas de lograr a 
Internalização é ajudando as partes a buscar os chamados 
“acontecimentos extraordinários”, por intermédio de 
perguntas estimuladoras de histórias que permitam aos 
mediandos vislumbrar outras possibilidades que eles próprios 
Foca na comunicação, na arte da conversa, materializada de forma verbal ou não 
verbal. Pensar, sentir e fazer se unem através das narrações e das histórias contadas. O acordo 
qüência natural do processo circular-
se na idéia da desestabilização ou desconstrução das narrativas iniciais. É o 
modelo que se utiliza de microtécnicas, minitécnicas, técnicas propriamente ditas e as 
utilizadas no início das narrativas e são aplicadas de modo 
interrogativo e afirmativo. No aspecto interrogativo, as perguntas são de cunho informativo, 
ou seja, voltadas para o esclarecimento e coleta de informações e também de cunho 
modificadores, isto é, capazes de levar à reflexão e à produção de novos 
Quanto ao modo afirmativo, são direcionadas aos seguintes significados: 
Reformulação: dizer de outra forma o que foi narrado com vistas à facilitar o diálogo; 
Recontextualização: tornar o problema mais ou menos abrangente ou tão somente 
se destinam aos desdobramentos das narrativas sem abranger a sua 
se na teoria do observador pela qual as diferentes percepções e versões 
para os fatos e para as explicações apresentados são levados em consideração. Abrangem a 
riva da técnica da terapia familiar sistêmica de Michael White e 
David Epston, percussores criadores da terapia narrativa, pela qual a terapia é um processo 
que se dá “nas narrativas e através delas”. Processo constituído de etapas sucessivas ou 
: especificação do problema 
individual, da família, da instituição 
Nominalização do problema: é 
construam um nome para o 
s se sentirem legitimados, que 
não gere culpa e que conote o problema de forma negativa; c) 
Separação do problema objetivo das questões das pessoas ou 
: é uma continuidade da nomalização do 
problema no sentido da externalização, passo a passo, de cada 
Conotação negativa do 
se na ameaça a ser 
enfrentada pelas partes. Os dois ou mais mediando devem 
se entre eles. (...) Tal 
alertar os mediandos para as suas 
responsabilidades e protagonismo. e) Internalização do 
: uma das maneiras mais efetivas de lograr a 
Internalização é ajudando as partes a buscar os chamados 
“acontecimentos extraordinários”, por intermédio de 
erguntas estimuladoras de histórias que permitam aos 
mediandos vislumbrar outras possibilidades que eles próprios 
 
 
 
 
O resumo pode ser utilizado tanto nas sessões conjuntas 
conterá as falas das partes, as reformulações necessárias com conotações positivas, a 
legitimação dos envolvidos e as recontextualizações.
Por fim a equipe reflexiva acompanhará o trabalho dos mediandos e do mediador. É 
uma técnica criada pelo terapeuta norueguês Tom Anderson no seu livro “El equipo reflexivo”, 
assim descrita: 
As técnicas propriament
desestabilizadoras das histórias anteriores. É a questão central do modelo circular
mediação, a sua razão de ser, os fundamentos teóricos e os objetivos pretendidos. Nas 
palavras de Marinés Suares “a melhor história alternativa não é a que seja mais real, porém 
aquela que permita maiores aberturas, desenhe mais saídas, abra mais caminhos para que os 
mediandos possam dar início à negociação, recuperando a capacidade perdida, encarcerad
nas histórias prévias”.22 
Por fim a macrotécnica
de mediação, ou seja, é a própria mediação. É composto de pré
reunião conjunta, da segunda etapa de reuniões individuais, da terceira etapa como reunião 
da equipe e da quarta etapa como reunião conjunta de fechamento.
 
 
 
20 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 82.
21 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaur
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 83.
22
 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 84.
dispõem, dispuseram ou podem dispor na luta contra o 
problema. (grifos nossos)20. 
 
O resumo pode ser utilizado tanto nas sessões conjuntas quanto nas individuais e 
conterá as falas das partes, as reformulações necessárias com conotações positivas, a 
legitimação dos envolvidos e as recontextualizações. 
Por fim a equipe reflexiva acompanhará o trabalho dos mediandos e do mediador. É 
criada pelo terapeuta norueguês Tom Anderson no seu livro “El equipo reflexivo”, 
Num primeiro momento, conforme destaca Marinés Suares, a 
equipe reflexiva apenas escuta as histórias que são contadas 
pelos mediandos e observa a comunicação 
(analógica) entre as partes e entre elas e/ou os mediadores. 
Neste momento, não devem falar entre si, mas apenas refletir 
sobre outras possíveis formas de descrever ou explicar o que 
os mediandos estão descrevendo ou explicando, limitando
ao que estão presenciando, evitando reflexões sobre a pessoa 
do mediando. Nem segundo momento – a pedido da equipe 
reflexiva ou do mediador, mas sempre com prévia anuência 
deste – dá-se início a uma conversação entre a equipe 
reflexiva e o(s) mediador(es). Os mediandos são convidados a 
escutar o que a equipe reflexiva diz. Os integrantes da equipe 
conversam entre si e com o mediador, mas nunca se dirigem 
aos mediandos. Não podem sequer olhar para eles, pois toda 
a atenção deverá estar voltada para o mediador. 
havendo uma equipe reflexiva, o próprio mediador, nesse 
caso, sozinho, num monólogo em voz alta, consoanteperguntas que ele se faça e responda, ou em conjunto com o 
co-mediador, pode fazer as vezes de uma equipe reflexiva.
 
técnicas propriamente ditas possibilitam a construção de histórias alternativas 
desestabilizadoras das histórias anteriores. É a questão central do modelo circular
mediação, a sua razão de ser, os fundamentos teóricos e os objetivos pretendidos. Nas 
“a melhor história alternativa não é a que seja mais real, porém 
aquela que permita maiores aberturas, desenhe mais saídas, abra mais caminhos para que os 
mediandos possam dar início à negociação, recuperando a capacidade perdida, encarcerad
macrotécnica representa a convergência de todas as técnicas no encontro 
de mediação, ou seja, é a própria mediação. É composto de pré-reunião, da primeira etapa da 
reunião conjunta, da segunda etapa de reuniões individuais, da terceira etapa como reunião 
a quarta etapa como reunião conjunta de fechamento. 
 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 82. 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaur
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 83. 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 84. 
dispõem, dispuseram ou podem dispor na luta contra o 
quanto nas individuais e 
conterá as falas das partes, as reformulações necessárias com conotações positivas, a 
Por fim a equipe reflexiva acompanhará o trabalho dos mediandos e do mediador. É 
criada pelo terapeuta norueguês Tom Anderson no seu livro “El equipo reflexivo”, 
Num primeiro momento, conforme destaca Marinés Suares, a 
equipe reflexiva apenas escuta as histórias que são contadas 
pelos mediandos e observa a comunicação não verbal 
(analógica) entre as partes e entre elas e/ou os mediadores. 
Neste momento, não devem falar entre si, mas apenas refletir 
sobre outras possíveis formas de descrever ou explicar o que 
os mediandos estão descrevendo ou explicando, limitando-se 
que estão presenciando, evitando reflexões sobre a pessoa 
a pedido da equipe 
reflexiva ou do mediador, mas sempre com prévia anuência 
se início a uma conversação entre a equipe 
mediandos são convidados a 
escutar o que a equipe reflexiva diz. Os integrantes da equipe 
conversam entre si e com o mediador, mas nunca se dirigem 
aos mediandos. Não podem sequer olhar para eles, pois toda 
a atenção deverá estar voltada para o mediador. Em não 
havendo uma equipe reflexiva, o próprio mediador, nesse 
caso, sozinho, num monólogo em voz alta, consoante 
perguntas que ele se faça e responda, ou em conjunto com o 
mediador, pode fazer as vezes de uma equipe reflexiva.21 
possibilitam a construção de histórias alternativas 
desestabilizadoras das histórias anteriores. É a questão central do modelo circular-narrativo de 
mediação, a sua razão de ser, os fundamentos teóricos e os objetivos pretendidos. Nas 
“a melhor história alternativa não é a que seja mais real, porém 
aquela que permita maiores aberturas, desenhe mais saídas, abra mais caminhos para que os 
mediandos possam dar início à negociação, recuperando a capacidade perdida, encarcerada 
representa a convergência de todas as técnicas no encontro 
reunião, da primeira etapa da 
reunião conjunta, da segunda etapa de reuniões individuais, da terceira etapa como reunião 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
 
 
 
 
MODELO TRANSFORMATIVO DE BUSH E FOLGER
Tem a sua fundamentação igualmente na comunicação só que com o foco nos 
aspectos relacionais. Há a valorização das partes que, ao serem empoderadas, a elas são da
a responsabilidade por suas ações, ou seja
a lavratura de um acordo e sim a transformação dos vínculos, das relações entre os envolvidos.
É um modelo, portanto, em que as escutas e as perguntas são direcionadas para o 
protagonismo das partes, para o seu empoderamento, para a reconstrução da auto
não para um acordo nem para a desestabilização das histórias, ou seja, 
relacional e problema material são considerados em seu conjunto, mas sujeitos a abordagens 
distintas, com prioridade para a superação dos bloqueios emocionais 
comprometer a comunicação”
Nesse sentido, os autores Stephen Littlejohn e Kathy Domenici
voltadas à obtenção de resultados transformativos, quais sejam:
 Os mediadores precisam procurar conexões, pois os elementos do confl
de algum padrão maior.
 
 Os mediadores devem observar as regras implícitas em cada um desses padrões, ou 
seja, “... esses códigos de conduta dão forma e estrutura à realidade que vai sendo 
criada e, ao mesmo tempo, constituem um indicativo de
situação”. 
 
 
23 VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 86
24 LITTLEJOHN, Stephen; DOMENICI, Kathy. 
paradigmas em mediação, organizado por Dora Schnitman e Stephen Littlejon. Porto Alegre: Artes 
Médicas Sul, 199. P. 209-223. Citado in: VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e 
práticas restaurativas: modelos, processos, ética e aplicações. São Pa
MODELO TRANSFORMATIVO DE BUSH E FOLGER 
 
Tem a sua fundamentação igualmente na comunicação só que com o foco nos 
aspectos relacionais. Há a valorização das partes que, ao serem empoderadas, a elas são da
ilidade por suas ações, ou seja, tornam-se protagonistas de sua vida. O foco não é 
a lavratura de um acordo e sim a transformação dos vínculos, das relações entre os envolvidos.
Portanto, ao escutar e questionar os mediandos, o mediador 
deve focar a interação, o padrão de interação, enfim, o modo 
como o conflito é construído e o seu potencial de conversão 
em confronto e violência. Pois a abordagem não é 
individualista, mas relacional. Cada um de nós é alguém 
diferente em função daquele com quem nos relacionamos. 
A mediação pode constituir a oportunidade de romper 
padrões relacionais e transformar a natureza destrutiva 
daquele determinado conflito. Identificar a natureza da 
interação é o caminho para a identificação dos interesses, 
expectativas e valores comuns subjacentes. Assim, as 
perguntas a serem formulados pelo mediador devem ser 
apenas relacionais. 
Ao explorar a relação, está sendo reforçada a auto
dos mediandos e se abrindo a porta do reconhecimento. A 
mediação opera uma ética de alteridade, enquanto 
acolhimento da diferença que o outro é na relação e no 
mundo da vida
23
. 
É um modelo, portanto, em que as escutas e as perguntas são direcionadas para o 
protagonismo das partes, para o seu empoderamento, para a reconstrução da auto
não para um acordo nem para a desestabilização das histórias, ou seja, 
relacional e problema material são considerados em seu conjunto, mas sujeitos a abordagens 
distintas, com prioridade para a superação dos bloqueios emocionais 
comprometer a comunicação”. 
Nesse sentido, os autores Stephen Littlejohn e Kathy Domenici24 trazem orientações 
voltadas à obtenção de resultados transformativos, quais sejam: 
Os mediadores precisam procurar conexões, pois os elementos do confl
de algum padrão maior. 
Os mediadores devem observar as regras implícitas em cada um desses padrões, ou 
“... esses códigos de conduta dão forma e estrutura à realidade que vai sendo 
criada e, ao mesmo tempo, constituem um indicativo de como se comportar em cada 
 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 86-87. 
LITTLEJOHN, Stephen; DOMENICI, Kathy. Objetivos emétodos de comunicação na mediação. Novos 
, organizado por Dora Schnitman e Stephen Littlejon. Porto Alegre: Artes 
223. Citado in: VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e 
práticas restaurativas: modelos, processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008, p. 87
Tem a sua fundamentação igualmente na comunicação só que com o foco nos 
aspectos relacionais. Há a valorização das partes que, ao serem empoderadas, a elas são dadas 
se protagonistas de sua vida. O foco não é 
a lavratura de um acordo e sim a transformação dos vínculos, das relações entre os envolvidos. 
Portanto, ao escutar e questionar os mediandos, o mediador 
focar a interação, o padrão de interação, enfim, o modo 
como o conflito é construído e o seu potencial de conversão 
em confronto e violência. Pois a abordagem não é 
individualista, mas relacional. Cada um de nós é alguém 
em nos relacionamos. 
A mediação pode constituir a oportunidade de romper 
padrões relacionais e transformar a natureza destrutiva 
daquele determinado conflito. Identificar a natureza da 
interação é o caminho para a identificação dos interesses, 
as e valores comuns subjacentes. Assim, as 
perguntas a serem formulados pelo mediador devem ser 
Ao explorar a relação, está sendo reforçada a auto-afirmação 
dos mediandos e se abrindo a porta do reconhecimento. A 
a de alteridade, enquanto 
acolhimento da diferença que o outro é na relação e no 
É um modelo, portanto, em que as escutas e as perguntas são direcionadas para o 
protagonismo das partes, para o seu empoderamento, para a reconstrução da auto-estima e 
não para um acordo nem para a desestabilização das histórias, ou seja, “... o problema 
relacional e problema material são considerados em seu conjunto, mas sujeitos a abordagens 
distintas, com prioridade para a superação dos bloqueios emocionais que estejam a 
trazem orientações 
Os mediadores precisam procurar conexões, pois os elementos do conflito são partes 
Os mediadores devem observar as regras implícitas em cada um desses padrões, ou 
“... esses códigos de conduta dão forma e estrutura à realidade que vai sendo 
como se comportar em cada 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas: modelos, 
Objetivos e métodos de comunicação na mediação. Novos 
, organizado por Dora Schnitman e Stephen Littlejon. Porto Alegre: Artes 
223. Citado in: VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e 
ulo: Método, 2008, p. 87- 88. 
 
 
 
 
 O mediador deve, ainda, perceber que esses padrões, regras e códigos de conduta 
estão situados em um contexto ou conjunto de contextos.
 
 O mediador deve perceber que um sistema de integrações constitui ações interliga
e deve observar como uma ação se liga à outra.
 
 O mediador deve ter em conta que os eventos de um sistema são cíclicos e refletem 
uns aos outros. 
 
Tem como foco a importância do amor, da afetividade, na proposta de mediação das 
relações continuadas. É a terapia do amor mediado por meio da psicoterapia do reencontro, 
ou seja, a inscrição do elemento amor ao conflito, a transformação dos conflitos a partir das 
próprias identidades sustentada pela compaixão, pela sensibilidade e pelo auto
Warat entende que o c
escondido por trás dele, motivo pelo qual deve ser sentido para que haja a transformação 
interna apta a dissolvê-lo “... razão pela qual o mediador não intervém “sobre o conflito”, mas 
apenas deve criar um espaço e um tempo para que as partes possam conhecer seu próprio 
sentimento, de modo a dissolver o conflito pela transformação do sentimento conflituoso”
O papel do mediador no modelo waratiano é de um psicoterapeuta do reencontro 
amoroso na medida em que as técnicas voltadas para o acordo são relegadas a um segundo 
plano, tendo em vista, como primordial, a viabilização para as partes do conhecimento e da 
 
25 ROCHA, Leonel Severo; GUBERT, Roberta Magalhães. A mediação e o amor na obra de Luis Alberto 
Warat. Disponível em: 
https://www.fdsm.edu.br/adm/artigos/5378183e03056a79b0050d0bf187009c.pdf
26 Ibid. 
27
 WARAT, Luis Alberto. O ofício do mediador I. 
Boiteux, 2004. p. 75. 
O mediador deve, ainda, perceber que esses padrões, regras e códigos de conduta 
estão situados em um contexto ou conjunto de contextos. 
O mediador deve perceber que um sistema de integrações constitui ações interliga
e deve observar como uma ação se liga à outra. 
O mediador deve ter em conta que os eventos de um sistema são cíclicos e refletem 
MODELO WARATIANO 
Tem como foco a importância do amor, da afetividade, na proposta de mediação das 
es continuadas. É a terapia do amor mediado por meio da psicoterapia do reencontro, 
ou seja, a inscrição do elemento amor ao conflito, a transformação dos conflitos a partir das 
próprias identidades sustentada pela compaixão, pela sensibilidade e pelo auto
Na obra A rua grita Dionísio!, Warat afirma que a mediação 
seria o produto da diferença no conflito. Isto significa dizer 
que sua visão de mediação está voltada para a construção de 
um espaço que fomenta a construção da autonomia e da 
emancipação dos sujeitos envolvidos na situação de conflito, 
de forma que por meio do autoconhecimento possam 
transformar a relação que é gênese do dissenso, e não 
meramente alcançar um acordo ou uma solução manejada de 
“fora para dentro”
25
. 
 
Warat entende que o conflito não pode ser simplesmente racionalizado, pois há algo 
escondido por trás dele, motivo pelo qual deve ser sentido para que haja a transformação 
“... razão pela qual o mediador não intervém “sobre o conflito”, mas 
ve criar um espaço e um tempo para que as partes possam conhecer seu próprio 
sentimento, de modo a dissolver o conflito pela transformação do sentimento conflituoso”
A mediação, como terapia do reencontro amoroso, parte da 
idéia de que os processos de amor e desamor se encontram 
na vida de toda pessoa; que os vínculos afetivos formam parte 
de sua socialização e contribuem para o seu bem
infelicidade no dia a dia, sendo um componente estrutural no 
desenrolar dos conflitos e na possibilidade d
o outro uma diferença neles27. 
O papel do mediador no modelo waratiano é de um psicoterapeuta do reencontro 
amoroso na medida em que as técnicas voltadas para o acordo são relegadas a um segundo 
plano, tendo em vista, como primordial, a viabilização para as partes do conhecimento e da 
 
ROCHA, Leonel Severo; GUBERT, Roberta Magalhães. A mediação e o amor na obra de Luis Alberto 
Warat. Disponível em: 
r/adm/artigos/5378183e03056a79b0050d0bf187009c.pdf 
WARAT, Luis Alberto. O ofício do mediador I. Surfando na pororoca, v. 3. Florianópolis: Fundação 
O mediador deve, ainda, perceber que esses padrões, regras e códigos de conduta 
O mediador deve perceber que um sistema de integrações constitui ações interligadas 
O mediador deve ter em conta que os eventos de um sistema são cíclicos e refletem 
Tem como foco a importância do amor, da afetividade, na proposta de mediação das 
es continuadas. É a terapia do amor mediado por meio da psicoterapia do reencontro, 
ou seja, a inscrição do elemento amor ao conflito, a transformação dos conflitos a partir das 
próprias identidades sustentada pela compaixão, pela sensibilidade e pelo autoconhecimento. 
, Warat afirma que a mediação 
seria o produto da diferença no conflito. Isto significa dizer 
que sua visão de mediação está voltada para a construção de 
um espaço que fomenta a construção da autonomia e da 
ação dos sujeitos envolvidos na situação de conflito, 
de forma que por meio do autoconhecimento possam 
transformar a relação que é gênese do dissenso, e não 
meramente alcançar um acordo ou uma solução manejada de 
onflito não pode ser simplesmente racionalizado, pois há algo 
escondido por trás dele, motivo pelo qual deve ser sentido para que haja a transformação 
“... razão pela qual o mediador não intervém “sobre o conflito”,mas 
ve criar um espaço e um tempo para que as partes possam conhecer seu próprio 
sentimento, de modo a dissolver o conflito pela transformação do sentimento conflituoso”26. 
A mediação, como terapia do reencontro amoroso, parte da 
or e desamor se encontram 
na vida de toda pessoa; que os vínculos afetivos formam parte 
de sua socialização e contribuem para o seu bem-estar, ou sua 
infelicidade no dia a dia, sendo um componente estrutural no 
desenrolar dos conflitos e na possibilidade de estabelecer com 
O papel do mediador no modelo waratiano é de um psicoterapeuta do reencontro 
amoroso na medida em que as técnicas voltadas para o acordo são relegadas a um segundo 
plano, tendo em vista, como primordial, a viabilização para as partes do conhecimento e da 
ROCHA, Leonel Severo; GUBERT, Roberta Magalhães. A mediação e o amor na obra de Luis Alberto 
Warat. Disponível em: 
v. 3. Florianópolis: Fundação 
 
 
 
 
expressão de seus sentimentos para dissolver o conflito. O amor como a melhor forma de 
administração de um conflito.
TEORIA DA COMUNICAÇÃO E TEORIA DOS JOGOS
A teoria dos jogos representa a aplicação da matemática e da economia como forma 
de estabelecer os fundamentos teóricos que explicam quando a mediação pode apresentar 
vantagens e desvantagens em relação à heterocomposição. Essa teoria repousa no estudo de 
situações estratégicas nas quais há o engajamento dos participantes em um processo de 
tomada de decisão, onde a sua conduta se baseia na expectativa do comportamento da pessoa 
com a qual interage. 
A história conta que o estudo dos jogos com essa roupage
do século XX pelo matemático francês Émile Borel, a partir das observações feitas no jogo de 
pôquer, em especial, ao blefe e às inferências que um jogador deve fazer sobre as 
possibilidades de jogada do seu adversário. 
John Von Neumann, no livro 
1994, sistematizou e formulou com profundidade os principais arcabouços teóricos que 
fundamentavam a teoria dos jogos. Obra considerada como um marco na teoria dos jogos.
John Forbes Nash, anos depois, revolucionou a economia com o seu equilíbrio de 
Nash, trouxe novos conceitos à teoria dos jogos, além de romper com o paradigma econômico 
básico da teoria de Neumann e também da própria economia desde Adam Smith, a saber, a 
competição. 
 
28
 CNJ. Manual de mediação judicial. 2016. p. 61
29
 CNJ, Manual de Mediação, 2016. P. 62
xpressão de seus sentimentos para dissolver o conflito. O amor como a melhor forma de 
administração de um conflito. 
 
TEORIA DA COMUNICAÇÃO E TEORIA DOS JOGOS 
A teoria dos jogos representa a aplicação da matemática e da economia como forma 
fundamentos teóricos que explicam quando a mediação pode apresentar 
vantagens e desvantagens em relação à heterocomposição. Essa teoria repousa no estudo de 
situações estratégicas nas quais há o engajamento dos participantes em um processo de 
cisão, onde a sua conduta se baseia na expectativa do comportamento da pessoa 
Seu objeto de estudo é o conflito, o qual “ocorre quando 
atividades incompatíveis acontecem. Essas atividades podem 
ser originadas em uma pessoa, grupo ou na
jogos, o conflito pode ser entendido como a situação na qual 
duas pessoas têm de desenvolver estratégias para maximizar 
seus ganhos, de acordo com certas regras preestabelecidas
A história conta que o estudo dos jogos com essa roupagem matemática data o início 
do século XX pelo matemático francês Émile Borel, a partir das observações feitas no jogo de 
pôquer, em especial, ao blefe e às inferências que um jogador deve fazer sobre as 
possibilidades de jogada do seu adversário. 
Neumann, no livro Theory of Games and Economic Behavior
1994, sistematizou e formulou com profundidade os principais arcabouços teóricos que 
fundamentavam a teoria dos jogos. Obra considerada como um marco na teoria dos jogos.
h, anos depois, revolucionou a economia com o seu equilíbrio de 
Nash, trouxe novos conceitos à teoria dos jogos, além de romper com o paradigma econômico 
básico da teoria de Neumann e também da própria economia desde Adam Smith, a saber, a 
A regra básica das relações, para Adam Smith, seria a 
competição. Se cada um lutar para garantir uma melhor parte 
para si, os competidores mais qualificados ganhariam um 
maior quinhão. Tratava-se de uma concepção bastante 
assemelhada à concepção prescrita na o
Espécies, de Charles Darwin, na medida em que inseria nas 
relações econômico-sociais a “seleção natural” dos melhores 
competidores. 
Essa noção econômica foi introduzida na teoria de John Von 
Neumann, na medida em que toda a sua teoria seri
jogos de soma zero, isto é, aqueles nos quais um dos 
competidores, para ganhar, deve levar necessariamente o 
adversário à derrota. Nesse sentido, para Von Neumann, sua 
teoria seria totalmente não-cooperativa
29
. 
 
CNJ. Manual de mediação judicial. 2016. p. 61 
016. P. 62 
xpressão de seus sentimentos para dissolver o conflito. O amor como a melhor forma de 
A teoria dos jogos representa a aplicação da matemática e da economia como forma 
fundamentos teóricos que explicam quando a mediação pode apresentar 
vantagens e desvantagens em relação à heterocomposição. Essa teoria repousa no estudo de 
situações estratégicas nas quais há o engajamento dos participantes em um processo de 
cisão, onde a sua conduta se baseia na expectativa do comportamento da pessoa 
Seu objeto de estudo é o conflito, o qual “ocorre quando 
atividades incompatíveis acontecem. Essas atividades podem 
ser originadas em uma pessoa, grupo ou nação”. Na teoria dos 
jogos, o conflito pode ser entendido como a situação na qual 
duas pessoas têm de desenvolver estratégias para maximizar 
seus ganhos, de acordo com certas regras preestabelecidas
28
. 
m matemática data o início 
do século XX pelo matemático francês Émile Borel, a partir das observações feitas no jogo de 
pôquer, em especial, ao blefe e às inferências que um jogador deve fazer sobre as 
Theory of Games and Economic Behavior, publicado em 
1994, sistematizou e formulou com profundidade os principais arcabouços teóricos que 
fundamentavam a teoria dos jogos. Obra considerada como um marco na teoria dos jogos. 
h, anos depois, revolucionou a economia com o seu equilíbrio de 
Nash, trouxe novos conceitos à teoria dos jogos, além de romper com o paradigma econômico 
básico da teoria de Neumann e também da própria economia desde Adam Smith, a saber, a 
gra básica das relações, para Adam Smith, seria a 
competição. Se cada um lutar para garantir uma melhor parte 
para si, os competidores mais qualificados ganhariam um 
se de uma concepção bastante 
assemelhada à concepção prescrita na obra A Origem das 
, de Charles Darwin, na medida em que inseria nas 
sociais a “seleção natural” dos melhores 
Essa noção econômica foi introduzida na teoria de John Von 
Neumann, na medida em que toda a sua teoria seria voltada a 
jogos de soma zero, isto é, aqueles nos quais um dos 
competidores, para ganhar, deve levar necessariamente o 
adversário à derrota. Nesse sentido, para Von Neumann, sua 
 
 
 
 
 
Então temos a seguinte configuraçã
jogos de soma zero, em que haveria um ganhador e um perdedor. Nash, por sua vez, partiu de 
outro pressuposto, o da cooperação, isto é 
cooperando com o outro participante
desenhar da estratégia os dois fatores: individual e coletivo. É de sua autoria a máxima “se 
todos fizerem o melhor para si e para os outros, todos ganham”.
O Dilema do Prisioneiro, proposto por Floo
aplicação da teoria dos jogos. Consiste em uma situação hipotética de dois homens, suspeitos 
de terem cometido um delito, serem interrogados ao mesmo tempo em salas separadas. A 
polícia não possui evidências para a cond
de prisão de 1 ano para ambos, caso eles não aceitem o acordo.
Os termos do acordo são os seguintes: se o inves
ficará livre da prisão, enquanto sobre B recairá uma pena de 3 
testemunhar contraA: B ficará livre e A cumprirá pena de 3 anos. A outra opção seria se 
ambos aceitarem o acordo e um testemunhar contra o outro, ambos serão sentenciados a 2 
anos de prisão. 
 
Opções 
Recusa do acordo por ambos 
A testemunha contra B 
B testemunha contra A 
Acordo aceito 
 
Assim sendo, como em qualquer dilema, não existe uma resposta correta. Em um 
plano ideal, com pessoas racionais e colaborativas, a melhor opção seria a cooperação em que 
ambos rejeitariam o acordo da polícia e pegariam, cada, apenas 1 ano de prisão. Todavia, o 
comportamento mais freqüente é o da não cooperação.
 Jogos de soma zero
 Interesses dos jogadores são 
completamente opostos
 Há um ganhador e um perdedor
 Competição, não-cooperação
 Negociação posicional ou barganha 
distributiva 
 Ex: xadrez, processo judicial 
contencioso 
 
Nash trouxe o elemento cooperação à teoria dos jogos com o objetivo de ganhos 
mútuos, isto é, os envolvidos maximizariam os seus ganhos se adotassem estratégias 
colaborativas ao invés de ter apenas um vencedor e outro perdedor. O equilíbrio seria 
fundamental para ambos. 
Então temos a seguinte configuração. Von Neumann partia da competição e dos 
jogos de soma zero, em que haveria um ganhador e um perdedor. Nash, por sua vez, partiu de 
outro pressuposto, o da cooperação, isto é “... é possível maximizar ganhos individuais 
cooperando com o outro participante (até então, adversário)” ao se levar em consideração no 
desenhar da estratégia os dois fatores: individual e coletivo. É de sua autoria a máxima “se 
todos fizerem o melhor para si e para os outros, todos ganham”. 
O Dilema do Prisioneiro, proposto por Flood e Dresher, é o exemplo clássico da 
aplicação da teoria dos jogos. Consiste em uma situação hipotética de dois homens, suspeitos 
de terem cometido um delito, serem interrogados ao mesmo tempo em salas separadas. A 
polícia não possui evidências para a condenação pelo crime e planeja recomendar a sentença 
de prisão de 1 ano para ambos, caso eles não aceitem o acordo. 
Os termos do acordo são os seguintes: se o investigado A testemunhar contra o B
ficará livre da prisão, enquanto sobre B recairá uma pena de 3 anos. O mesmo ocorrerá se B 
testemunhar contra A: B ficará livre e A cumprirá pena de 3 anos. A outra opção seria se 
ambos aceitarem o acordo e um testemunhar contra o outro, ambos serão sentenciados a 2 
Efeito 
 1 ano de prisão 
A livre 
B: 3 anos de prisão 
B: livre 
A: 3 anos de prisão 
2 anos de prisão para ambos 
Assim sendo, como em qualquer dilema, não existe uma resposta correta. Em um 
deal, com pessoas racionais e colaborativas, a melhor opção seria a cooperação em que 
ambos rejeitariam o acordo da polícia e pegariam, cada, apenas 1 ano de prisão. Todavia, o 
comportamento mais freqüente é o da não cooperação. 
Jogos de soma zero Jogos de soma não
Interesses dos jogadores são 
completamente opostos 
Há um ganhador e um perdedor 
cooperação 
Negociação posicional ou barganha 
Ex: xadrez, processo judicial 
 Interesses comuns e opostos
 Há a possibilidade de comunicação, 
de cooperação e de ganhos mútuos
 Estímulo à cooperação para a solução 
do conflito 
 Negociação por princípios ou 
integrativa 
 Ex: mediação 
EQUILÍBRIO DE NASH 
Nash trouxe o elemento cooperação à teoria dos jogos com o objetivo de ganhos 
mútuos, isto é, os envolvidos maximizariam os seus ganhos se adotassem estratégias 
colaborativas ao invés de ter apenas um vencedor e outro perdedor. O equilíbrio seria 
o. Von Neumann partia da competição e dos 
jogos de soma zero, em que haveria um ganhador e um perdedor. Nash, por sua vez, partiu de 
“... é possível maximizar ganhos individuais 
” ao se levar em consideração no 
desenhar da estratégia os dois fatores: individual e coletivo. É de sua autoria a máxima “se 
d e Dresher, é o exemplo clássico da 
aplicação da teoria dos jogos. Consiste em uma situação hipotética de dois homens, suspeitos 
de terem cometido um delito, serem interrogados ao mesmo tempo em salas separadas. A 
enação pelo crime e planeja recomendar a sentença 
tigado A testemunhar contra o B 
anos. O mesmo ocorrerá se B 
testemunhar contra A: B ficará livre e A cumprirá pena de 3 anos. A outra opção seria se 
ambos aceitarem o acordo e um testemunhar contra o outro, ambos serão sentenciados a 2 
 
Assim sendo, como em qualquer dilema, não existe uma resposta correta. Em um 
deal, com pessoas racionais e colaborativas, a melhor opção seria a cooperação em que 
ambos rejeitariam o acordo da polícia e pegariam, cada, apenas 1 ano de prisão. Todavia, o 
de soma não-zero 
Interesses comuns e opostos 
dade de comunicação, 
de cooperação e de ganhos mútuos 
Estímulo à cooperação para a solução 
Negociação por princípios ou 
Nash trouxe o elemento cooperação à teoria dos jogos com o objetivo de ganhos 
mútuos, isto é, os envolvidos maximizariam os seus ganhos se adotassem estratégias 
colaborativas ao invés de ter apenas um vencedor e outro perdedor. O equilíbrio seria 
 
 
 
 
No filme Uma Mente Brilhante, estrelado por Russel Crowe, Nash exemplifica a 
aplicação da teoria dos jogos na cen
pela mesma jovem, acompanhada de outras garotas. A estratégia mais favorável, para que 
ninguém ficasse sozinho, seria cada um investir em uma garota diferente ao invés de todos 
focarem na mesma jovem31. 
Assim, conclui-se que, no caso de relações continuadas, as opções com maiores 
ganhos tanto sob o ponto de vista individual quanto coletivo são as que derivam de ações 
cooperativas com ganhos mútuos entre os participantes.
 
 
 
 
O estímulo à competição faz parte da história da civilização. Perpetua
a geração, a cultura de que há um vencedor e um perdedor, a exemplos dos jogos escolares 
(uma turma contra a outra) e dos esportes em geral. Logo os resultados, colhidos de
individual, ficam aquém se adotássemos uma perspectiva colaborativa.
Na competição, as necessidades de apenas uma das partes são levadas em 
consideração e a busca é para a sua satisfação integral, sem margem para qualquer concessão. 
O eu individual fala mais alto pouco importando com as conseqüências de tal postura. A 
“balança da justiça” fica desequilibrada, pois penderá sempre para o lado do mais forte.
Na cooperação, surge o “nós”, o coletivo, o trabalho conjunto. É possível que os 
envolvidos colham resultados positivos, ainda que as suas necessidades não sejam satisfeitas 
em sua integralidade. Palavras como concessão, colaboração, ganhos mútuos, preservação de 
vínculos fazem parte do espírito cooperativo, o que equilibra a “balança da justiça”.
 
 
 
A proposta da teoria da negociação, aplicada à mediação, consiste no abandono das 
formas mais rudimentares de negociação com base em posições, onde os envolvidos são vistos 
 
30
 CNJ, Manual de Mediação, 2016. P. 64.
31
 Trecho do filme disponível no link 
(...) o equilíbrio é um par de estratégias em que cada uma é a 
melhor resposta à outra: é o ponto em que, dadas as 
estratégias escolhidas, nenhum dos jogadores se arrepende, 
ou seja, não teria incentivo para mudar de estratégia, caso 
jogasse o jogo novamente. Por outra perspectiva o equilíbrio 
de Nash seria a solução conceitual segundo a qual os 
comportamentos se estabilizam em resultados nos quais os 
jogadores não tenham remorsos em uma análise posterior do 
jogo considerando a jogada apresentada pela outra parte. Na 
teoria dos jogos (e na autocomposição) pode se utilizar esta 
solução conceitual como forma de prever um resultado.
No filme Uma Mente Brilhante, estrelado por Russel Crowe, Nash exemplifica a 
aplicação da teoria dos jogos na cena em que ele e seus amigos, em um bar, se interessam 
pela mesma jovem, acompanhada de outras garotas. A estratégia mais favorável, para que 
ninguém ficasse sozinho, seria cada um investir em uma garota diferente ao invés de todos 
 
se que, no caso de relações continuadas, asopções com maiores 
ganhos tanto sob o ponto de vista individual quanto coletivo são as que derivam de ações 
cooperativas com ganhos mútuos entre os participantes. 
COOPERAÇÃO X COMPETIÇÃO 
estímulo à competição faz parte da história da civilização. Perpetua
a geração, a cultura de que há um vencedor e um perdedor, a exemplos dos jogos escolares 
(uma turma contra a outra) e dos esportes em geral. Logo os resultados, colhidos de
individual, ficam aquém se adotássemos uma perspectiva colaborativa. 
Na competição, as necessidades de apenas uma das partes são levadas em 
consideração e a busca é para a sua satisfação integral, sem margem para qualquer concessão. 
fala mais alto pouco importando com as conseqüências de tal postura. A 
“balança da justiça” fica desequilibrada, pois penderá sempre para o lado do mais forte.
Na cooperação, surge o “nós”, o coletivo, o trabalho conjunto. É possível que os 
am resultados positivos, ainda que as suas necessidades não sejam satisfeitas 
em sua integralidade. Palavras como concessão, colaboração, ganhos mútuos, preservação de 
vínculos fazem parte do espírito cooperativo, o que equilibra a “balança da justiça”.
FUNDAMENTOS DE NEGOCIAÇÃO 
 
A proposta da teoria da negociação, aplicada à mediação, consiste no abandono das 
formas mais rudimentares de negociação com base em posições, onde os envolvidos são vistos 
 
CNJ, Manual de Mediação, 2016. P. 64. 
Trecho do filme disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=EqqW3JVdgk4
(...) o equilíbrio é um par de estratégias em que cada uma é a 
melhor resposta à outra: é o ponto em que, dadas as 
estratégias escolhidas, nenhum dos jogadores se arrepende, 
ou seja, não teria incentivo para mudar de estratégia, caso 
e o jogo novamente. Por outra perspectiva o equilíbrio 
de Nash seria a solução conceitual segundo a qual os 
comportamentos se estabilizam em resultados nos quais os 
jogadores não tenham remorsos em uma análise posterior do 
ntada pela outra parte. Na 
teoria dos jogos (e na autocomposição) pode se utilizar esta 
solução conceitual como forma de prever um resultado.30 
No filme Uma Mente Brilhante, estrelado por Russel Crowe, Nash exemplifica a 
a em que ele e seus amigos, em um bar, se interessam 
pela mesma jovem, acompanhada de outras garotas. A estratégia mais favorável, para que 
ninguém ficasse sozinho, seria cada um investir em uma garota diferente ao invés de todos 
se que, no caso de relações continuadas, as opções com maiores 
ganhos tanto sob o ponto de vista individual quanto coletivo são as que derivam de ações 
estímulo à competição faz parte da história da civilização. Perpetua-se, de geração 
a geração, a cultura de que há um vencedor e um perdedor, a exemplos dos jogos escolares 
(uma turma contra a outra) e dos esportes em geral. Logo os resultados, colhidos de forma 
Na competição, as necessidades de apenas uma das partes são levadas em 
consideração e a busca é para a sua satisfação integral, sem margem para qualquer concessão. 
fala mais alto pouco importando com as conseqüências de tal postura. A 
“balança da justiça” fica desequilibrada, pois penderá sempre para o lado do mais forte. 
Na cooperação, surge o “nós”, o coletivo, o trabalho conjunto. É possível que os 
am resultados positivos, ainda que as suas necessidades não sejam satisfeitas 
em sua integralidade. Palavras como concessão, colaboração, ganhos mútuos, preservação de 
vínculos fazem parte do espírito cooperativo, o que equilibra a “balança da justiça”. 
A proposta da teoria da negociação, aplicada à mediação, consiste no abandono das 
formas mais rudimentares de negociação com base em posições, onde os envolvidos são vistos 
https://www.youtube.com/watch?v=EqqW3JVdgk4 
 
 
 
 
como adversários, de comportamentos extremados, em uma 
palavras da Profa. Menkel Meadow
Abandonadas as posições, a negociação passa a ser fundamentada em princípios, na 
busca de resultados sensatos e, por que não dizer, justos na medida em que são abordados os 
reais interesses dos envolvidos e não as suas posições. Relembrando os princípios s
separação das pessoas dos problemas, o foco nos interesses e não nas posições, a geração de 
opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivos. 
Existem também outras classificações quanto às formas de negociação: a barganha 
ou negociação distributiva e a negociação integrativa.
 
 
 
É a negociação do tipo “cabo de guerra”, em que os envolvidos já se encontram 
comprometidos a maximizar a obtenção de um elemento fixo com vantagem para um lado em 
desfavor do outro. A tendência é a condução de forma competitiva, do jogo de soma zero. 
Priorizam-se os ganhos imediatos. Em longo prazo, os resultados obtidos podem se revelar 
insatisfatórios. É a mais comum, costumeiramente falando.
 
As técnicas utilizadas na b
 
a) Ancoragem: é a possibilidade de se fixar o ponto base para as futuras ofertas. Visualiza
essa técnica em uma negociação de compra e venda, na qual o vendedor delimita um valor e 
 
32
 CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 74.
33
 CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 77.
como adversários, de comportamentos extremados, em uma verdadeira competição. Nas 
palavras da Profa. Menkel Meadow32: 
(...) a negociação posicional pode se tornar uma prova de 
determinação dos negociadores cuja raiva e o ressentimento 
freqüentemente proporcionam prejuízo na relação social dos 
envolvidos, pois uma parte sente-se cedendo à intransigência 
da outra enquanto suas legítimas preocupações permanecem 
desatendidas. 
Abandonadas as posições, a negociação passa a ser fundamentada em princípios, na 
busca de resultados sensatos e, por que não dizer, justos na medida em que são abordados os 
reais interesses dos envolvidos e não as suas posições. Relembrando os princípios s
separação das pessoas dos problemas, o foco nos interesses e não nas posições, a geração de 
opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivos. 
Existem também outras classificações quanto às formas de negociação: a barganha 
istributiva e a negociação integrativa. 
BARGANHA DISTRIBUTIVA 
 
É a negociação do tipo “cabo de guerra”, em que os envolvidos já se encontram 
comprometidos a maximizar a obtenção de um elemento fixo com vantagem para um lado em 
ência é a condução de forma competitiva, do jogo de soma zero. 
se os ganhos imediatos. Em longo prazo, os resultados obtidos podem se revelar 
insatisfatórios. É a mais comum, costumeiramente falando. 
Ainda, na negociação distributiva, “relacionam
“reputação”, em regra, não são fatores frequentemente 
levados em conta. Ou seja, não se considera muitas vezes a 
possibilidade dos envolvidos negociarem novamente no 
futuro, ou uma busca mútua por senso de justiça, 
fortalecendo o respeito recíproco. Nota
pautada apenas pela visão das circunstâncias imediatas
Nesse contexto, a informação tem um papel fundamental. 
Quanto menos A sabe dos interesses e fraquezas de B, melhor 
para B. E quanto mais A sabe (ou imagina saber) do poder de 
B, melhor para A. Em outras palavras, os envolvidos devem ser 
cautelosos com a liberação de informação, pois a depender do 
teor, poderá ser usada contra si. O distanciamento e 
desconfiança são usualmente estimulados como prática
As técnicas utilizadas na barganha distributiva são: 
: é a possibilidade de se fixar o ponto base para as futuras ofertas. Visualiza
essa técnica em uma negociação de compra e venda, na qual o vendedor delimita um valor e 
 
CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 74. 
CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 77. 
verdadeira competição. Nas 
(...) a negociação posicional pode se tornar uma prova de 
determinação dos negociadores cuja raiva e o ressentimento 
freqüentemente proporcionam prejuízo na relação social dos 
se cedendo à intransigência 
da outra enquanto suas legítimas preocupações permanecem 
Abandonadas as posições, a negociaçãopassa a ser fundamentada em princípios, na 
busca de resultados sensatos e, por que não dizer, justos na medida em que são abordados os 
reais interesses dos envolvidos e não as suas posições. Relembrando os princípios são a 
separação das pessoas dos problemas, o foco nos interesses e não nas posições, a geração de 
Existem também outras classificações quanto às formas de negociação: a barganha 
É a negociação do tipo “cabo de guerra”, em que os envolvidos já se encontram 
comprometidos a maximizar a obtenção de um elemento fixo com vantagem para um lado em 
ência é a condução de forma competitiva, do jogo de soma zero. 
se os ganhos imediatos. Em longo prazo, os resultados obtidos podem se revelar 
Ainda, na negociação distributiva, “relacionamento” e 
“reputação”, em regra, não são fatores frequentemente 
levados em conta. Ou seja, não se considera muitas vezes a 
possibilidade dos envolvidos negociarem novamente no 
futuro, ou uma busca mútua por senso de justiça, 
. Nota-se que a ação é 
pautada apenas pela visão das circunstâncias imediatas 
Nesse contexto, a informação tem um papel fundamental. 
Quanto menos A sabe dos interesses e fraquezas de B, melhor 
para B. E quanto mais A sabe (ou imagina saber) do poder de 
melhor para A. Em outras palavras, os envolvidos devem ser 
cautelosos com a liberação de informação, pois a depender do 
teor, poderá ser usada contra si. O distanciamento e 
desconfiança são usualmente estimulados como prática33. 
: é a possibilidade de se fixar o ponto base para as futuras ofertas. Visualiza-se 
essa técnica em uma negociação de compra e venda, na qual o vendedor delimita um valor e 
 
 
 
 
todas as tratativas travitarão em torno dele.
determinado veículo está entre 28 e 31 mil reais. O vendedor, então, ancora o seu valor em R$ 
32.500,00 como “oferta de abertura” para a negociação.
b) Contra-ancoragem: diante da análise dos fatores postos à negociação
fazer uma contra-proposta. Exemplo: B, interessado no carro de A, após analisar as condições 
do veículo, estado de conservação, inexistência de multas, kms rodados, a tabela de mercado 
etc resolve oferecer o valor de R$ 29.000,00 (“ofe
c) Movimentos de concessão ou Zona de Possível Acordo (ZOPA)
oferta, passam a adotar movimentos e contra movimentos (ancoragem e contra
para se chegar a um acordo com preço agradável, o que satisfa
margem positiva de negociação é chama de ZOPA. 
 
Busca-se, primeiro, a compreensão dos interesses dos envolvidos para, em um 
segundo momento, criar opções capazes de atendê
Há a criação de valor como instrumento para a satisfação dos interesses dos envolvidos, sem 
que isso signifique a existência de um vencedor e de um perdedor. É a ideal na mediação.
Há o compartilhamento de informações e uma expectativa dos envolvidos
negociarem novamente, na medida em que suas ações terão em vista um futuro comum ao 
invés de uma disputa ocasional. As etapas da negociação integrativa são:
a) Mapeamento do problema: identificação e definição
b) Compreensão do problema e de sua abrangênc
interesses e necessidades 
c) Geração de soluções alternativas para o problema (brainstorming)
d) Avaliação e seleção das alternativas
Barganha distributiva
 Competição 
 Escassez de informações
 Interesses extremos e contraditórios
 Jogo de soma zero 
 Ganhos imediatos 
 Sem preocupação com vínculos nem 
com novas negociações
 Um ganhador e um perdedor
 Disputa ocasional 
 
 
 
todas as tratativas travitarão em torno dele. Exemplo: preço médio da venda de um 
determinado veículo está entre 28 e 31 mil reais. O vendedor, então, ancora o seu valor em R$ 
32.500,00 como “oferta de abertura” para a negociação. 
: diante da análise dos fatores postos à negociação, a outra parte pode 
proposta. Exemplo: B, interessado no carro de A, após analisar as condições 
do veículo, estado de conservação, inexistência de multas, kms rodados, a tabela de mercado 
etc resolve oferecer o valor de R$ 29.000,00 (“oferta do comprador”). 
Movimentos de concessão ou Zona de Possível Acordo (ZOPA): as partes, após a primeira 
oferta, passam a adotar movimentos e contra movimentos (ancoragem e contra
para se chegar a um acordo com preço agradável, o que satisfará ambos os lados. Essa 
margem positiva de negociação é chama de ZOPA. 
NEGOCIAÇÃO INTEGRATIVA 
 
se, primeiro, a compreensão dos interesses dos envolvidos para, em um 
segundo momento, criar opções capazes de atendê-los de forma simultaneamente provei
Há a criação de valor como instrumento para a satisfação dos interesses dos envolvidos, sem 
que isso signifique a existência de um vencedor e de um perdedor. É a ideal na mediação.
Há o compartilhamento de informações e uma expectativa dos envolvidos
negociarem novamente, na medida em que suas ações terão em vista um futuro comum ao 
invés de uma disputa ocasional. As etapas da negociação integrativa são: 
a) Mapeamento do problema: identificação e definição 
b) Compreensão do problema e de sua abrangência, além da identificação dos 
c) Geração de soluções alternativas para o problema (brainstorming)
d) Avaliação e seleção das alternativas 
Barganha distributiva Negociação integrativa
Escassez de informações 
extremos e contraditórios 
Sem preocupação com vínculos nem 
com novas negociações 
Um ganhador e um perdedor 
 Cooperação 
 Compartilhamento de informações
 Interesses convergentes
 Jogo de soma não-zero
 Ganhos a médio / longo prazo
 Vínculos preservados e expectativas 
de novas negociações
 Ganhos mútuos. Todos ganham
 Futuro comum 
 Boa fé e respeito mútuo
Exemplo: preço médio da venda de um 
determinado veículo está entre 28 e 31 mil reais. O vendedor, então, ancora o seu valor em R$ 
, a outra parte pode 
proposta. Exemplo: B, interessado no carro de A, após analisar as condições 
do veículo, estado de conservação, inexistência de multas, kms rodados, a tabela de mercado 
: as partes, após a primeira 
oferta, passam a adotar movimentos e contra movimentos (ancoragem e contra-ancoragem) 
rá ambos os lados. Essa 
se, primeiro, a compreensão dos interesses dos envolvidos para, em um 
los de forma simultaneamente proveitosa. 
Há a criação de valor como instrumento para a satisfação dos interesses dos envolvidos, sem 
que isso signifique a existência de um vencedor e de um perdedor. É a ideal na mediação. 
Há o compartilhamento de informações e uma expectativa dos envolvidos 
negociarem novamente, na medida em que suas ações terão em vista um futuro comum ao 
ia, além da identificação dos 
c) Geração de soluções alternativas para o problema (brainstorming) 
Negociação integrativa 
Compartilhamento de informações 
Interesses convergentes 
zero 
a médio / longo prazo 
Vínculos preservados e expectativas 
de novas negociações 
Ganhos mútuos. Todos ganham 
Boa fé e respeito mútuo 
 
 
 
 
 
Segundo o Manual de Mediação, 
estado em que duas ou mais pessoas divergem em razão de metas, interesses ou objetivos 
individuais percebidos como mutuamente incompatíveis”
a todo ser humano pertencente a grupamentos sociais, tendo em vista que o 
pode levar a divergência de interesses e necessidades?
Haveria então uma perspectiva positiva ao conflito a ponto de representar uma 
evolução humana no gerenciamento de seus próprios dilemas ou ficaremos adstritos à visão 
de Sun Tzu para quem “o conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e 
mudança, fortaleza e debilidade, o impulso para avançar e o obstáculo que se opõe. Todos os 
conflitos contêm a semente da criação e da destruição”
Mudando a forma de enxergar o conflito, prec
Alzate Sáez de Heredia37 nos seguintes termos:
 
 
 
34 CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 49.
35 GAUDENCIO, Paulo. Minhas razões, tuas razões
Palavras e Gestos Editora, 2008 
36 TZU, Sun. A arte da guerra: os treze capítulos originais
37
 HEREDIA, Ramón Alzate Sáez de
apostila da Funiber, 2010, p. 35-
MODERNA TEORIADO CONFLITO 
Segundo o Manual de Mediação, “o conflito pode ser definido como um processo ou 
estado em que duas ou mais pessoas divergem em razão de metas, interesses ou objetivos 
individuais percebidos como mutuamente incompatíveis”34. Conflito, então, seria algo inerente 
a todo ser humano pertencente a grupamentos sociais, tendo em vista que o 
pode levar a divergência de interesses e necessidades? 
O conflito faz parte da vida. E é sonho, apenas sonho, pensar 
em ser feliz quando os conflitos acabarem. Todo o mundo 
tem esse sonho. Mas os conflitos não acabam nunca. São da 
essência do ser humano. Há, portanto, em toda a pessoa um 
conflito entre sua parte animal, que produz impulsos e sua 
consciência moral, ou seja, as normas pelas quais ela pauta 
sua vida. As normas são absolutamente essenciais para o 
relacionamento. Não há atividade humana sem normas. 
Relacionamento sem norma não dá (grifou-
Haveria então uma perspectiva positiva ao conflito a ponto de representar uma 
evolução humana no gerenciamento de seus próprios dilemas ou ficaremos adstritos à visão 
conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e 
mudança, fortaleza e debilidade, o impulso para avançar e o obstáculo que se opõe. Todos os 
conflitos contêm a semente da criação e da destruição”36 
Mudando a forma de enxergar o conflito, preciosa a reflexão externada por Ramón 
nos seguintes termos: 
No trabalho de resolução de conflitos, partimos do princípio 
de que o conflito tem, portanto, muitas funções e valores 
positivos. Evita os estancamentos, estimula o interess
curiosidade, é a raiz da mudança pessoal e social, e ajuda a 
estabelecer as identidades tanto pessoais como grupais. 
mesmo modo, em um plano mais específico, o conflito ajuda 
a aprender novos e melhores modos de responder aos 
problemas, a construir relações melhores e mais duradouras, 
a conhecer melhor a nós mesmos e aos outros. Uma vez que 
o sujeito experimentou os benefícios de uma resolução de 
conflitos positiva, aumenta a probabilidade de que 
alcancemos novas soluções nos conflitos futuros. 
obviamente, como dissemos antes. O conflito também pode 
adotar roteiros destrutivos, levar a círculos viciosos que 
perpetuam relações antagônicas hostis, etc. (grifou
 
 
CNJ, Manual de Mediação, 2016, p. 49. 
Minhas razões, tuas razões: a origem do desamor. 11 ed. São Paulo:
 
: os treze capítulos originais. São Paulo: Jardim dos Livros, 2007.
HEREDIA, Ramón Alzate Sáez de. Teoria do conflito I: conceito e análise do conflito. Disponível em: 
-36. 1 v. 
“o conflito pode ser definido como um processo ou 
estado em que duas ou mais pessoas divergem em razão de metas, interesses ou objetivos 
. Conflito, então, seria algo inerente 
a todo ser humano pertencente a grupamentos sociais, tendo em vista que o convívio social 
O conflito faz parte da vida. E é sonho, apenas sonho, pensar 
em ser feliz quando os conflitos acabarem. Todo o mundo 
tem esse sonho. Mas os conflitos não acabam nunca. São da 
. Há, portanto, em toda a pessoa um 
conflito entre sua parte animal, que produz impulsos e sua 
consciência moral, ou seja, as normas pelas quais ela pauta 
sua vida. As normas são absolutamente essenciais para o 
humana sem normas. 
-se)
35
. 
Haveria então uma perspectiva positiva ao conflito a ponto de representar uma 
evolução humana no gerenciamento de seus próprios dilemas ou ficaremos adstritos à visão 
conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e 
mudança, fortaleza e debilidade, o impulso para avançar e o obstáculo que se opõe. Todos os 
iosa a reflexão externada por Ramón 
No trabalho de resolução de conflitos, partimos do princípio 
de que o conflito tem, portanto, muitas funções e valores 
Evita os estancamentos, estimula o interesse e a 
curiosidade, é a raiz da mudança pessoal e social, e ajuda a 
estabelecer as identidades tanto pessoais como grupais. Do 
mesmo modo, em um plano mais específico, o conflito ajuda 
a aprender novos e melhores modos de responder aos 
r relações melhores e mais duradouras, 
a conhecer melhor a nós mesmos e aos outros. Uma vez que 
o sujeito experimentou os benefícios de uma resolução de 
conflitos positiva, aumenta a probabilidade de que 
alcancemos novas soluções nos conflitos futuros. Mas, 
obviamente, como dissemos antes. O conflito também pode 
adotar roteiros destrutivos, levar a círculos viciosos que 
perpetuam relações antagônicas hostis, etc. (grifou-se). 
: a origem do desamor. 11 ed. São Paulo: 
. São Paulo: Jardim dos Livros, 2007. 
: conceito e análise do conflito. Disponível em: 
 
 
 
 
PERCEPÇÃO, REAÇÃO E PROCEDIMENTO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Quando se pensa em c
negativo, destrutivo, combativo e gerador de instabilidades emocionais. Palavras como guerra, 
disputa, agressão, tristeza, violência, raiva, perda são constantemente atreladas à 
conceituação de conflito. 
As reações fisiológicas, emocionais e comportamentais mais comuns são 
transpiração, taquicardia, ruborização, elevação do tom de voz, irritação, hostilidade, descuido 
verbal. Em conseqüência, as ações são: repressão de comportamentos, análise de fato
julgamentos, atribuição de culpa, responsabilização, polarização da relação, análise de 
personalidade, comportamentos caricaturizados.
Será que, de fato, é algo ruim? Haveria alguma possibilidade de transformar ou de 
enxergar o conflito sob a ótica posi
ressignificada, teríamos o seguinte:
 
 CONFLITO NEGATIVO
 
PERCEPÇÕES 
 Guerra, briga, disputa, 
divergência, agressão, tristeza, 
violência, raiva, perda, 
discussão, processo
 
 
REAÇÕES 
 Transpiração, taquicardia, 
ruborização, elevação do tom 
de voz, irritação, raiva, 
hostilidade, descuido verbal, 
choro 
 
 
AÇÕES / ATITUDES 
 Reprimir comportamentos, 
analisar fatos, julgar, atribuir 
culpa, responsabilizar, polarizar 
a relação, julgar o caráter / 
pessoa, recordar regras, 
caricaturar comportamentos
 
Em uma disputa, é comum as partes, em um movimento de ação / reação, de 
elevada carga emocional, esquecerem os reais motivos para o conflito. É um círculo vicioso, 
onde cada reação se torna mais acentuada e severa do que a ação que a precedeu, o que gera 
novas questões e pontos de disputa totalmente diferentes da causa inicial.
Essa espiral do conflito sugere que esse crescimento (ou escalada) do conflito torna 
as causas originárias progressivamente secundárias a partir do momento em que os envolvidos 
se mostram cada vez mais preocupados em responder a uma ação que imediatamente 
antecedeu a sua reação. 
 
PERCEPÇÃO, REAÇÃO E PROCEDIMENTO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
 
Quando se pensa em conflito, a primeira idéia que vem à mente é de ser algo 
negativo, destrutivo, combativo e gerador de instabilidades emocionais. Palavras como guerra, 
disputa, agressão, tristeza, violência, raiva, perda são constantemente atreladas à 
As reações fisiológicas, emocionais e comportamentais mais comuns são 
transpiração, taquicardia, ruborização, elevação do tom de voz, irritação, hostilidade, descuido 
verbal. Em conseqüência, as ações são: repressão de comportamentos, análise de fato
julgamentos, atribuição de culpa, responsabilização, polarização da relação, análise de 
personalidade, comportamentos caricaturizados. 
Será que, de fato, é algo ruim? Haveria alguma possibilidade de transformar ou de 
enxergar o conflito sob a ótica positiva? Reconstruindo a percepção do conflito, sob a lente 
ressignificada, teríamos o seguinte: 
CONFLITO NEGATIVO CONFLITO POSITIVO
Guerra, briga, disputa, 
divergência, agressão, tristeza, 
violência, raiva, perda, 
discussão, processo 
 Paz, entendimento, solução, 
concordância, diálogo, afeto, 
compreensão, felicidade, 
crescimento, ganho, aproximação 
Transpiração, taquicardia, 
ruborização, elevação do tom 
de voz, irritação, raiva, 
hostilidade, descuido verbal, 
 Moderação, equilíbrio, alegria, 
naturalidade, empatia, serenidade, 
compreensão, simpatia, amabilidade,consciência verbal 
Reprimir comportamentos, 
analisar fatos, julgar, atribuir 
culpa, responsabilizar, polarizar 
a relação, julgar o caráter / 
soa, recordar regras, 
caricaturar comportamentos 
 Compreender comportamentos, 
analisar as intenções, resolver, 
buscar soluções, ser proativo para 
resolver, despolarizar a relação, 
analisar personalidade, gerir suas 
próprias emoções 
ESPIRAIS DO CONFLITO 
 
Em uma disputa, é comum as partes, em um movimento de ação / reação, de 
elevada carga emocional, esquecerem os reais motivos para o conflito. É um círculo vicioso, 
onde cada reação se torna mais acentuada e severa do que a ação que a precedeu, o que gera 
ovas questões e pontos de disputa totalmente diferentes da causa inicial. 
Essa espiral do conflito sugere que esse crescimento (ou escalada) do conflito torna 
as causas originárias progressivamente secundárias a partir do momento em que os envolvidos 
stram cada vez mais preocupados em responder a uma ação que imediatamente 
PERCEPÇÃO, REAÇÃO E PROCEDIMENTO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 
onflito, a primeira idéia que vem à mente é de ser algo 
negativo, destrutivo, combativo e gerador de instabilidades emocionais. Palavras como guerra, 
disputa, agressão, tristeza, violência, raiva, perda são constantemente atreladas à 
As reações fisiológicas, emocionais e comportamentais mais comuns são 
transpiração, taquicardia, ruborização, elevação do tom de voz, irritação, hostilidade, descuido 
verbal. Em conseqüência, as ações são: repressão de comportamentos, análise de fatos, 
julgamentos, atribuição de culpa, responsabilização, polarização da relação, análise de 
Será que, de fato, é algo ruim? Haveria alguma possibilidade de transformar ou de 
tiva? Reconstruindo a percepção do conflito, sob a lente 
CONFLITO POSITIVO 
Paz, entendimento, solução, 
concordância, diálogo, afeto, 
compreensão, felicidade, 
crescimento, ganho, aproximação 
equilíbrio, alegria, 
naturalidade, empatia, serenidade, 
compreensão, simpatia, amabilidade, 
Compreender comportamentos, 
analisar as intenções, resolver, 
buscar soluções, ser proativo para 
resolver, despolarizar a relação, 
analisar personalidade, gerir suas 
Em uma disputa, é comum as partes, em um movimento de ação / reação, de 
elevada carga emocional, esquecerem os reais motivos para o conflito. É um círculo vicioso, 
onde cada reação se torna mais acentuada e severa do que a ação que a precedeu, o que gera 
Essa espiral do conflito sugere que esse crescimento (ou escalada) do conflito torna 
as causas originárias progressivamente secundárias a partir do momento em que os envolvidos 
stram cada vez mais preocupados em responder a uma ação que imediatamente 
 
 
 
 
 
RESULTADOS DA APROPRIADA ABORDAGEM DO CONFLITO
 
 
Pelo exposto, chega
natureza destrutiva, os envolvidos perderão a chance de crescer com o conflito, à medida que 
novas regras de convivência poderiam ser estabelecidas, o que estabilizaria as relações 
interpessoais. 
Na abordagem construtiva, os resultados são maiores, como o estímulo à 
cooperação, ao fortalecimento das relações sociais, ao resgate da comunicação outrora 
perdida, à convergência de interesses e o fomento à pacificação social.
 
 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS E DESTRUTIVOS NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
O processo de resolução de conflitos, segundo
Resolution of Conflict Construtive and Destructive Processes
destrutivos. Para melhor visualização das diferenças, fizemos o quadro abaixo:
PROCESSOS DESTRUTIVOS
 Conflito pode se expandir ou se acentuar 
no desenvolvimento da relação processual
 
 Consequência: conflito se torna 
independente de suas causas iniciais
 
 Competitivo: a parte busca vencer a 
disputa 
 Percepção errônea de que os interesses 
das partes não podem coexistir
 
 Prevalece a relação processual em 
detrimento da relação social preexistente à 
disputa (preservação de vínculos não é 
relevante) 
 
 Pode potencializar a animosidade entre 
as partes 
 
RESULTADOS DA APROPRIADA ABORDAGEM DO CONFLITO
 
Pelo exposto, chega-se a seguinte conclusão. Se abordagem do conflito tiver 
envolvidos perderão a chance de crescer com o conflito, à medida que 
novas regras de convivência poderiam ser estabelecidas, o que estabilizaria as relações 
Na abordagem construtiva, os resultados são maiores, como o estímulo à 
o fortalecimento das relações sociais, ao resgate da comunicação outrora 
perdida, à convergência de interesses e o fomento à pacificação social. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS E DESTRUTIVOS NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
 
O processo de resolução de conflitos, segundo Morton Deutsh, na obra 
Resolution of Conflict Construtive and Destructive Processes podem ser construtivos ou 
destrutivos. Para melhor visualização das diferenças, fizemos o quadro abaixo:
PROCESSOS DESTRUTIVOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS
expandir ou se acentuar 
no desenvolvimento da relação processual 
Consequência: conflito se torna 
independente de suas causas iniciais 
Competitivo: a parte busca vencer a 
Percepção errônea de que os interesses 
das partes não podem coexistir 
alece a relação processual em 
detrimento da relação social preexistente à 
disputa (preservação de vínculos não é 
Pode potencializar a animosidade entre 
 Há um fortalecimento da relação social 
preexistente à disputa 
 As partes são estimuladas a desenvolver 
soluções criativas 
 Compatibilização dos interesses 
aparentemente contrapostos 
 Capacidade das partes ou do condutor do 
processo de motivar todos os envolvidos para 
que prospectivamente resolvam as questões 
sem atribuição de culpa 
 Desenvolvimento de condições que 
permitem a reformulação das questões diante 
de eventuais impasses 
 Disposição de as partes ou do condutor do 
processo a abordar, além das questões 
juridicamente tuteladas, todas e quaisquer 
questões que estejam influenciando
(social) das partes 
 Promoção de relacionamentos cooperativos
 
RESULTADOS DA APROPRIADA ABORDAGEM DO CONFLITO 
se a seguinte conclusão. Se abordagem do conflito tiver 
envolvidos perderão a chance de crescer com o conflito, à medida que 
novas regras de convivência poderiam ser estabelecidas, o que estabilizaria as relações 
Na abordagem construtiva, os resultados são maiores, como o estímulo à 
o fortalecimento das relações sociais, ao resgate da comunicação outrora 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS E DESTRUTIVOS NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 
Morton Deutsh, na obra The 
podem ser construtivos ou 
destrutivos. Para melhor visualização das diferenças, fizemos o quadro abaixo: 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS 
Há um fortalecimento da relação social 
uladas a desenvolver 
Compatibilização dos interesses 
 
Capacidade das partes ou do condutor do 
processo de motivar todos os envolvidos para 
que prospectivamente resolvam as questões 
Desenvolvimento de condições que 
permitem a reformulação das questões diante 
Disposição de as partes ou do condutor do 
processo a abordar, além das questões 
juridicamente tuteladas, todas e quaisquer 
questões que estejam influenciando a relação 
Promoção de relacionamentos cooperativos 
 
 
 
 
MÓDULO III – DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS AUTOCOMPOSITIVAS
 
COMPETÊNCIAS AUTOCOMPOSITIVAS DO MEDIADOR
 
Englobam um conjunto de competências que todo mediador deve desenvolver e que 
estão alinhadas às soft skills1
em competências, tendo como elementos o fato emocional e o subjetivismo. E segundo o 
Manual de Mediação do CNJ, contrapõe
inteligência e o tempo investido em qualificação (os certificados, os diplomas), de caráter 
objetivo, são primordiais. 
Portanto no treinamento baseado em competências é necessário ter o conhecimento 
técnico (saber), a habilidade (saber fazer) e a ati
falado C. H. A do mediador. E para verificar as habilidades do mediador, teremos 3 testes para 
mapeamento de perfil e de personalidade.
 
TESTES: 
A) SWOT PESSOAL: a idéia é o mapeamento do perfil do mediador 
fraqueza, oportunidades e ameaças.
B) MAPEAMENTO DE PERFIL HABILIDADES:a idéia é trazer à consciência as habilidades que se 
possui e as que devem ser desenvolvidas / aprimoradas.
C) TESTE DAS 7 PERSONALIDADES: a idéia é identificar os 
personalidade, pontos positivos, vulnerabilidades e dicas de pontos de melhoria, 
características que podem ser evidenciadas em maior ou menor intensidade quando da sua 
atuação como mediador. 
 
 
 
A mediação pode ocorrer na esfera judicial e na extrajudicial. Para atuação perante o 
Poder Judiciário, há a exigência da capacitação do profissional que atuará nos seguintes 
termos: 
 Pessoa capaz 
 
1
 Soft Skills são habilidades comportamentais que irão refletir na personalidade e na produtividade do 
profissional que as tiver. São atitudes, comportamentos necessários e atualmente imprescindíveis a 
todo profissional do futuro. Em 2017, a Revista Forbes 
saber: resiliência, liderança, ética no trabalho, resolução de problemas complexos, gestão de pessoas, 
coordenação e orientação para servir. Em 2019, no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, 
Suíça, foram listadas 10 competências que todo profissional deve ter até 2020, quais sejam, resolução 
de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, coordenação, inteligência 
emocional, capacidade de julgamento e de tomada de decisões,
cognitiva. 
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS AUTOCOMPOSITIVAS
COMPETÊNCIAS AUTOCOMPOSITIVAS DO MEDIADOR 
Englobam um conjunto de competências que todo mediador deve desenvolver e que 
1 tão buscadas no mercado. Representam o treinamento baseado 
em competências, tendo como elementos o fato emocional e o subjetivismo. E segundo o 
Manual de Mediação do CNJ, contrapõe-se ao treinamento baseado em tempo, onde o 
inteligência e o tempo investido em qualificação (os certificados, os diplomas), de caráter 
Portanto no treinamento baseado em competências é necessário ter o conhecimento 
técnico (saber), a habilidade (saber fazer) e a atitude (querer fazer), cujas iniciais formam o tão 
falado C. H. A do mediador. E para verificar as habilidades do mediador, teremos 3 testes para 
mapeamento de perfil e de personalidade. 
A) SWOT PESSOAL: a idéia é o mapeamento do perfil do mediador nos aspectos força, 
fraqueza, oportunidades e ameaças. 
B) MAPEAMENTO DE PERFIL HABILIDADES: a idéia é trazer à consciência as habilidades que se 
possui e as que devem ser desenvolvidas / aprimoradas. 
C) TESTE DAS 7 PERSONALIDADES: a idéia é identificar os traços predominantes da sua 
personalidade, pontos positivos, vulnerabilidades e dicas de pontos de melhoria, 
características que podem ser evidenciadas em maior ou menor intensidade quando da sua 
FORMAÇÃO DO MEDIADOR: CHA 
mediação pode ocorrer na esfera judicial e na extrajudicial. Para atuação perante o 
Poder Judiciário, há a exigência da capacitação do profissional que atuará nos seguintes 
 
Soft Skills são habilidades comportamentais que irão refletir na personalidade e na produtividade do 
profissional que as tiver. São atitudes, comportamentos necessários e atualmente imprescindíveis a 
todo profissional do futuro. Em 2017, a Revista Forbes elencou 6 soft skills requisitadas no mercado, a 
saber: resiliência, liderança, ética no trabalho, resolução de problemas complexos, gestão de pessoas, 
coordenação e orientação para servir. Em 2019, no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, 
ram listadas 10 competências que todo profissional deve ter até 2020, quais sejam, resolução 
de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, coordenação, inteligência 
emocional, capacidade de julgamento e de tomada de decisões, orientação para servir e flexibilidade 
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS AUTOCOMPOSITIVAS 
Englobam um conjunto de competências que todo mediador deve desenvolver e que 
tão buscadas no mercado. Representam o treinamento baseado 
em competências, tendo como elementos o fato emocional e o subjetivismo. E segundo o 
se ao treinamento baseado em tempo, onde o fator 
inteligência e o tempo investido em qualificação (os certificados, os diplomas), de caráter 
Portanto no treinamento baseado em competências é necessário ter o conhecimento 
tude (querer fazer), cujas iniciais formam o tão 
falado C. H. A do mediador. E para verificar as habilidades do mediador, teremos 3 testes para 
nos aspectos força, 
B) MAPEAMENTO DE PERFIL HABILIDADES: a idéia é trazer à consciência as habilidades que se 
traços predominantes da sua 
personalidade, pontos positivos, vulnerabilidades e dicas de pontos de melhoria, 
características que podem ser evidenciadas em maior ou menor intensidade quando da sua 
mediação pode ocorrer na esfera judicial e na extrajudicial. Para atuação perante o 
Poder Judiciário, há a exigência da capacitação do profissional que atuará nos seguintes 
Soft Skills são habilidades comportamentais que irão refletir na personalidade e na produtividade do 
profissional que as tiver. São atitudes, comportamentos necessários e atualmente imprescindíveis a 
elencou 6 soft skills requisitadas no mercado, a 
saber: resiliência, liderança, ética no trabalho, resolução de problemas complexos, gestão de pessoas, 
coordenação e orientação para servir. Em 2019, no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, 
ram listadas 10 competências que todo profissional deve ter até 2020, quais sejam, resolução 
de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, coordenação, inteligência 
orientação para servir e flexibilidade 
 
 
 
 
 
 Graduada há pelo menos 2 anos em curso de ensino superior de 
reconhecida pelo Ministério da Educação
 
 Capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados 
Tribunais, observados os requisitos mínimos 
Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça (Art. 11, NCPC).
 
 Curso de formação é composto de 2 etapas: 40 horas de teoria + 80 horas de prática 
(TJDFT). 
 
Para o mediador extrajudicial, segundo o art. 9º, da Lei 
mediação, os requisitos são mais simples:
 
 Qualquer pessoa capaz
 
 Detentora da confiança das partes
 
 Capacitada para fazer a mediação
 
 Independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou 
associação, ou nele inscrever
 
E a simplicidade, em tese, dos requisitos na seara extrajudicial são suficientes? O que 
mais poderia ser desenvolvido para que o mediador atuasse com excelência? O Enunciado 47 
da I Jornada “Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios (CJF
afirma: 
Nesse sentido, são preciosas as orientações contidas no Manual de Mediação 
Judicial, para todo mediador, seja qual for a sua atuação:
Graduada há pelo menos 2 anos em curso de ensino superior de 
reconhecida pelo Ministério da Educação 
Capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – 
Tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de 
Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça (Art. 11, NCPC). 
Curso de formação é composto de 2 etapas: 40 horas de teoria + 80 horas de prática 
Para o mediador extrajudicial, segundo o art. 9º, da Lei 13.140/2015, a lei da 
mediação, os requisitos são mais simples: 
Qualquer pessoa capaz 
Detentora da confiança das partes 
Capacitada para fazer a mediação 
Independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou 
inscrever-se. 
E a simplicidade, em tese, dos requisitos na seara extrajudicial são suficientes? O que 
mais poderia ser desenvolvido para que o mediador atuasse com excelência? O Enunciado 47 
da I Jornada “Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios (CJF – Conselho da Justiça Federal) 
a menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no 
art. 9º, da Lei nº 11.140/2015, implica que ele deve ter 
experiência,vocação, confiança dos envolvidos e aptidão para 
mediar, bem como conhecimento dos 
mediação, não bastando formação em outras áreas do saber 
que guardem relação com o método do conflito.
 
Nesse sentido, são preciosas as orientações contidas no Manual de Mediação 
Judicial, para todo mediador, seja qual for a sua atuação: 
 
Um mediador, a fim de ter uma atuação efetiva, deve possuir 
ou desenvolver certas habilidades. Isso não significa que 
apenas pessoas com um perfil específico possam atuar como 
mediadores. Pelo contrário, o processo de mediação é flexível 
o suficiente para se compatibilizar com diversos tipos de 
personalidades e maneiras de proceder. Assim, entende
que, apesar de ser mais eficiente selecionar pessoas para 
serem treinadas como mediadores com base em suas 
características pessoais, as habilidades autocomposit
Graduada há pelo menos 2 anos em curso de ensino superior de instituição 
Capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela 
 ENFAM ou pelos 
estabelecidos pelo Conselho Nacional de 
Curso de formação é composto de 2 etapas: 40 horas de teoria + 80 horas de prática 
13.140/2015, a lei da 
Independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou 
E a simplicidade, em tese, dos requisitos na seara extrajudicial são suficientes? O que 
mais poderia ser desenvolvido para que o mediador atuasse com excelência? O Enunciado 47 
Conselho da Justiça Federal) 
a menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no 
art. 9º, da Lei nº 11.140/2015, implica que ele deve ter 
experiência, vocação, confiança dos envolvidos e aptidão para 
como conhecimento dos fundamentos da 
mediação, não bastando formação em outras áreas do saber 
que guardem relação com o método do conflito. 
Nesse sentido, são preciosas as orientações contidas no Manual de Mediação 
m mediador, a fim de ter uma atuação efetiva, deve possuir 
ou desenvolver certas habilidades. Isso não significa que 
apenas pessoas com um perfil específico possam atuar como 
mediadores. Pelo contrário, o processo de mediação é flexível 
e compatibilizar com diversos tipos de 
personalidades e maneiras de proceder. Assim, entende-se 
que, apesar de ser mais eficiente selecionar pessoas para 
serem treinadas como mediadores com base em suas 
características pessoais, as habilidades autocompositivas são 
 
 
 
 
 
E complementa o Manual
mediador eficiente deve ter: 
 
 Aplicar diferentes técnicas autocompositivas de acordo com a necessidade de cada 
disputa; 
 
 Escutar a exposição de uma 
de escuta ativa (ou escuta dinâmica);
 
 Inspirar respeito e confiança no processo;
 
 Administrar situações em que os ânimos estejam acirrados;
 
 Estimular as partes a desenvolverem soluções criativas que
compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos;
 
 Examinar os fatos sob uma nova ótica para afastar perspectivas judicantes ou 
substituí-las por perspectivas conciliatórias;
 
 Motivar todos os envolvidos para que prospectivamente 
atribuição de culpa; 
 
 Estimular o desenvolvimento de condições que permitam a reformulação das questões 
diante de eventuais impasses;
 
 Abordar com imparcialidade, além das questões juridicamente tuteladas, todas e 
quaisquer questões que estejam influenciando a relação (social) das partes.
 
 
2
 CNJ, Manual de Mediação. Pág. 151.
3
 CNJ, Manual de Mediação, p. 151
adquiridas predominantemente por intermédio de um 
adequado curso de técnicas autocompositivas. Vale ressaltar 
que mesmo essas pessoas que naturalmente já possuem 
perfis conciliatórios necessariamente devem participar de 
programas de treinamento em habilidades e técnicas 
autocompositivas. 
Existem habilidades que um mediador precisa possuir para 
conduzir a mediação – o que não equivale a afirmar que existe 
um mediador “perfeito”. Existem, sim, diversas orientações 
distintas que os mediadores podem seguir e um padrão de 
melhoria contínua na qual os mediadores devem almejar, em 
um processo contínuo de aperfeiçoamento e atenção a 
indicadores de qualidade que serão examinados mais (...). 
Acima de tudo, o mediador deve buscar o seu 
aperfeiçoamento técnico e amadurecimento profissional.
E complementa o Manual3 trazendo o seguinte rol de características que um 
 
Aplicar diferentes técnicas autocompositivas de acordo com a necessidade de cada 
Escutar a exposição de uma pessoa com atenção, utilizando de determinadas técnicas 
de escuta ativa (ou escuta dinâmica); 
Inspirar respeito e confiança no processo; 
Administrar situações em que os ânimos estejam acirrados; 
Estimular as partes a desenvolverem soluções criativas que
compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos; 
Examinar os fatos sob uma nova ótica para afastar perspectivas judicantes ou 
las por perspectivas conciliatórias; 
Motivar todos os envolvidos para que prospectivamente resolvam as questões em 
 
Estimular o desenvolvimento de condições que permitam a reformulação das questões 
diante de eventuais impasses; 
Abordar com imparcialidade, além das questões juridicamente tuteladas, todas e 
que estejam influenciando a relação (social) das partes.
 
CNJ, Manual de Mediação. Pág. 151. 
CNJ, Manual de Mediação, p. 151-152. 
adquiridas predominantemente por intermédio de um 
adequado curso de técnicas autocompositivas. Vale ressaltar 
que mesmo essas pessoas que naturalmente já possuem 
perfis conciliatórios necessariamente devem participar de 
m habilidades e técnicas 
Existem habilidades que um mediador precisa possuir para 
o que não equivale a afirmar que existe 
um mediador “perfeito”. Existem, sim, diversas orientações 
eguir e um padrão de 
melhoria contínua na qual os mediadores devem almejar, em 
um processo contínuo de aperfeiçoamento e atenção a 
indicadores de qualidade que serão examinados mais (...). 
Acima de tudo, o mediador deve buscar o seu 
e amadurecimento profissional.2 
trazendo o seguinte rol de características que um 
Aplicar diferentes técnicas autocompositivas de acordo com a necessidade de cada 
pessoa com atenção, utilizando de determinadas técnicas 
Estimular as partes a desenvolverem soluções criativas que permitam a 
Examinar os fatos sob uma nova ótica para afastar perspectivas judicantes ou 
resolvam as questões em 
Estimular o desenvolvimento de condições que permitam a reformulação das questões 
Abordar com imparcialidade, além das questões juridicamente tuteladas, todas e 
que estejam influenciando a relação (social) das partes. 
 
 
 
 
No que tange às ATITUDES DO MEDIADOR
mediação nos 4 campos: técnico, ambiental, social e ético
 
 Organização do ambiente físico onde ocorrerá a mediação
 
 Organizar o seu material de apoio (anotações, declaração de abertura, ferramentas 
etc) 
 
 Atitude respeitosa e compreensiva para com os mediandos
 
 Estado de presença: ouvir com todos os sentidos e captando, inclusive, o que não está 
sendo dito por meio de palav
 
 Linguagem simples e positiva
 
 Evitar os julgamentos e comportamentos preconceituosos (cuidado com a linguagem 
não verbal) 
 
1. COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS
Insatisfações emocionais podem ter como nascedouro necessidades não supridas. E 
para facilitar, há a pirâmide das necessidades de Maslow, divididas em 5 áreas: fisiológicas, 
segurança, sociais, estima e autorrealização. Na mesma linha de raciocínio, José Roberto 
Marques traz 4 necessidades básicas do ser humano, já mencionadas, quais sejam: ser ouvido 
na essência; ser notado, reconhecido e amado; ter o direito de errar e ter o direito de 
pertencer aos sistemas. 
E falar de estrutura emocional é lembrar de Daniel Goleman com o seu QE 
quociente emocional, composto por elementos internos e externos. Os prim
inerentes ao indivíduo: consciência de quem é e das próprias emoções (autocon
forma como reage às emoções de terceiros, se possuem o condãode interferir na paz interior 
(autogestão). Os elementos externos da empatia e das habilidade
forma de se relacionar com o outro, com a escuta desprendida de juízos de valor e de 
julgamentos. 
Cersi Machado4, palestrante motivacional e treinador empresarial, faz a seguinte 
ponderação: não podemos endeusar o componente emo
inteligente o suficiente a ponto de conseguir tomar decisões rápidas pode levar a problemas 
de relacionamento ao passo que gerenciar com maestria as emoções pode te levar a se tornar 
um procrastinador e não conseguir 
Daí que chega a conclusão de que o QE (quociente emocional) elevado não garante 
sucesso na vida. E para embasar a sua afirmação, utilizou as conclusões de um estudo feito, ao 
longo de 20 anos, por Paul Stolz sobr
 
4
 Site: https://www.cersimachado.com.br/
ATITUDES DO MEDIADOR, estas estão relacionadas à qualidade da 
mediação nos 4 campos: técnico, ambiental, social e ético 
Organização do ambiente físico onde ocorrerá a mediação 
anizar o seu material de apoio (anotações, declaração de abertura, ferramentas 
Atitude respeitosa e compreensiva para com os mediandos 
Estado de presença: ouvir com todos os sentidos e captando, inclusive, o que não está 
sendo dito por meio de palavras 
Linguagem simples e positiva 
Evitar os julgamentos e comportamentos preconceituosos (cuidado com a linguagem 
COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS: 
Insatisfações emocionais podem ter como nascedouro necessidades não supridas. E 
pirâmide das necessidades de Maslow, divididas em 5 áreas: fisiológicas, 
segurança, sociais, estima e autorrealização. Na mesma linha de raciocínio, José Roberto 
Marques traz 4 necessidades básicas do ser humano, já mencionadas, quais sejam: ser ouvido 
essência; ser notado, reconhecido e amado; ter o direito de errar e ter o direito de 
E falar de estrutura emocional é lembrar de Daniel Goleman com o seu QE 
quociente emocional, composto por elementos internos e externos. Os prim
inerentes ao indivíduo: consciência de quem é e das próprias emoções (autocon
forma como reage às emoções de terceiros, se possuem o condão de interferir na paz interior 
(autogestão). Os elementos externos da empatia e das habilidades sociais dizem respeito à 
forma de se relacionar com o outro, com a escuta desprendida de juízos de valor e de 
, palestrante motivacional e treinador empresarial, faz a seguinte 
ponderação: não podemos endeusar o componente emocional tampouco o da inteligência. Ser 
inteligente o suficiente a ponto de conseguir tomar decisões rápidas pode levar a problemas 
de relacionamento ao passo que gerenciar com maestria as emoções pode te levar a se tornar 
um procrastinador e não conseguir ser assertivo nas decisões a serem tomadas.
Daí que chega a conclusão de que o QE (quociente emocional) elevado não garante 
sucesso na vida. E para embasar a sua afirmação, utilizou as conclusões de um estudo feito, ao 
longo de 20 anos, por Paul Stolz sobre o fracasso profissional. Em síntese, a métrica do sucesso 
 
https://www.cersimachado.com.br/ 
, estas estão relacionadas à qualidade da 
anizar o seu material de apoio (anotações, declaração de abertura, ferramentas 
Estado de presença: ouvir com todos os sentidos e captando, inclusive, o que não está 
Evitar os julgamentos e comportamentos preconceituosos (cuidado com a linguagem 
Insatisfações emocionais podem ter como nascedouro necessidades não supridas. E 
pirâmide das necessidades de Maslow, divididas em 5 áreas: fisiológicas, 
segurança, sociais, estima e autorrealização. Na mesma linha de raciocínio, José Roberto 
Marques traz 4 necessidades básicas do ser humano, já mencionadas, quais sejam: ser ouvido 
essência; ser notado, reconhecido e amado; ter o direito de errar e ter o direito de 
E falar de estrutura emocional é lembrar de Daniel Goleman com o seu QE – 
quociente emocional, composto por elementos internos e externos. Os primeiros são 
inerentes ao indivíduo: consciência de quem é e das próprias emoções (autoconsciência) e a 
forma como reage às emoções de terceiros, se possuem o condão de interferir na paz interior 
s sociais dizem respeito à 
forma de se relacionar com o outro, com a escuta desprendida de juízos de valor e de 
, palestrante motivacional e treinador empresarial, faz a seguinte 
cional tampouco o da inteligência. Ser 
inteligente o suficiente a ponto de conseguir tomar decisões rápidas pode levar a problemas 
de relacionamento ao passo que gerenciar com maestria as emoções pode te levar a se tornar 
ser assertivo nas decisões a serem tomadas. 
Daí que chega a conclusão de que o QE (quociente emocional) elevado não garante 
sucesso na vida. E para embasar a sua afirmação, utilizou as conclusões de um estudo feito, ao 
e o fracasso profissional. Em síntese, a métrica do sucesso 
 
 
 
 
ou do fracasso dependeria da dificuldade ou não da pessoa em lidar com as adversidades, com 
a capacidade de enfrentar e de solucionar os imprevistos.
Surge assim a Teoria do Quociente de Adversida
que nada mais é que a forma como percebemos e como lidamos com os desafios, como os 
encaramos e com que força os enfrentamos. Dessa feita, há os campistas (indecisos), 
desistentes (zona de conforto) e os escaladores (aman
É uma face da resiliência, da flexibilidade cognitiva, da forma da água de Bruce Lee
enfim, todos são termos diferentes para dizer a mesma coisa: como você enxerga um desafio 
(conflito, na linguagem da mediação), qual a sua percepção qu
está disposto a moldar o seu comportamento.
 
 
DORES EMOCIONAIS, DOENÇAS FÍSICAS E ÓRGÃOS AFETADOS
 
 
A abordagem é da relação entre as questões emocionais (não resolvidas) e a sua 
correspondente reverberação aos órgãos do cor
causas, em grande parte, emocionais. Contribuição de Loiuse Hay, autora do livro “Você pode 
curar sua vida” e do médico psiquiatra, criador da abordagem da psicologia chamada Análise 
Transacional (AT) Eric Berne. 
EMOÇÕES BÁSICAS DO SER HUMANO 
ESTÍMULO (CAUSA) 
 
Obstáculo 
Perigo 
 
Perda 
 
5 Em uma entrevista sobre as artes marcia
mesmo, afirmou: “não se coloque dentro de uma forma, se adapte e construa sua própria, e deixa
expandir, como a água. Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água num
garrafa ela se torna a garrafa. A água pode fluir ou pode colidir. Seja água, meu amigo”.
 
RAIVA
MEDO TEMPOS DA
TRISTEZA EMOÇÃO
ALEGRIA
AFETO
ou do fracasso dependeria da dificuldade ou não da pessoa em lidar com as adversidades, com 
a capacidade de enfrentar e de solucionar os imprevistos. 
Surge assim a Teoria do Quociente de Adversidade - QA (Quociente de adversidade) 
que nada mais é que a forma como percebemos e como lidamos com os desafios, como os 
encaramos e com que força os enfrentamos. Dessa feita, há os campistas (indecisos), 
desistentes (zona de conforto) e os escaladores (amantes de desafios). 
É uma face da resiliência, da flexibilidade cognitiva, da forma da água de Bruce Lee
enfim, todos são termos diferentes para dizer a mesma coisa: como você enxerga um desafio 
(conflito, na linguagem da mediação), qual a sua percepção quanto a ele e até que ponto você 
está disposto a moldar o seu comportamento. 
DORES EMOCIONAIS, DOENÇAS FÍSICAS E ÓRGÃOS AFETADOS
A abordagem é da relação entre as questões emocionais (não resolvidas) e a sua 
correspondente reverberação aos órgãos do corpo humano. Resultado: doenças físicas de 
causas, em grande parte, emocionais. Contribuição de Loiuse Hay, autora do livro “Você pode 
curar sua vida” e do médico psiquiatra, criador da abordagem da psicologia chamada Análise 
 
OÇÕES BÁSICAS DO SER HUMANO – POR ERIC BERNE 
EFEITO (EMOÇÃO) CONSEQUÊNCIA (CONDUTA)
 
Raiva 
 Agressão, superação ou defesa
 Aumento da força corporal
 Energético 
Medo  Fuga ou luta 
 
Tristeza 
 Paralização ou recuperação
 Tristeza– baixo autoestima 
depressão – baixa de anticorpos 
aumento na predisposição à infecção
 
Em uma entrevista sobre as artes marciais, para ele, filosofias para se viver em plenitude consigo 
“não se coloque dentro de uma forma, se adapte e construa sua própria, e deixa
expandir, como a água. Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água num
garrafa ela se torna a garrafa. A água pode fluir ou pode colidir. Seja água, meu amigo”.
SENTIR INTERNO
TEMPOS DA EXPRESSAR TRADUÇÃO DA EMOÇÃO
EMOÇÃO VERBAL POR PALAVRAS
ATUAR EXPRESSÃO CORPORAL
CORPORAL
ou do fracasso dependeria da dificuldade ou não da pessoa em lidar com as adversidades, com 
QA (Quociente de adversidade) 
que nada mais é que a forma como percebemos e como lidamos com os desafios, como os 
encaramos e com que força os enfrentamos. Dessa feita, há os campistas (indecisos), 
É uma face da resiliência, da flexibilidade cognitiva, da forma da água de Bruce Lee5, 
enfim, todos são termos diferentes para dizer a mesma coisa: como você enxerga um desafio 
anto a ele e até que ponto você 
DORES EMOCIONAIS, DOENÇAS FÍSICAS E ÓRGÃOS AFETADOS 
A abordagem é da relação entre as questões emocionais (não resolvidas) e a sua 
po humano. Resultado: doenças físicas de 
causas, em grande parte, emocionais. Contribuição de Loiuse Hay, autora do livro “Você pode 
curar sua vida” e do médico psiquiatra, criador da abordagem da psicologia chamada Análise 
 
CONSEQUÊNCIA (CONDUTA) 
Agressão, superação ou defesa 
Aumento da força corporal 
recuperação 
baixo autoestima – 
baixa de anticorpos – 
aumento na predisposição à infecção 
is, para ele, filosofias para se viver em plenitude consigo 
“não se coloque dentro de uma forma, se adapte e construa sua própria, e deixa-a 
expandir, como a água. Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água numa 
garrafa ela se torna a garrafa. A água pode fluir ou pode colidir. Seja água, meu amigo”. 
INTERNO
TRADUÇÃO DA EMOÇÃO
POR PALAVRAS
EXPRESSÃO CORPORAL
DAS EMOÇÕES
 
 
 
 
Conquista 
Contato 
 
2. COMPETÊNCIAS COGNITIVA
O conflito existe e sempre existirá onde houver gente, pessoas. Uma opinião 
contrária, um gesto não compreendido, um comportamento inadequado, enfim qualquer coisa 
pode ser utilizada como estopim para uma 
utopia. A grande sacada não é nutrir a ilusão que o conflito não existe e sim saber que ele 
surgindo teremos condições de crescer com ele.
Quantos aprendizados não advieram dos conflitos, assim como várias h
foram desenvolvidas. Ouso dizer que o conflito inclusive pode dar sentido a nossa existência 
na medida em que nos tira da zona de conforto, nos faz pensar, além de ser um meio para 
uma evolução emocional. 
 
 
Recentemente, tive conta
Frankl, criador da logoterapia, também conhecida como a “Terceira Escola Vienense 
de Psicoterapia”. Uma forte reflexão sobre o sentido do sofrimento mesmo quando 
sob forte pressão psicológica, o que me
os mesmos nos trazem desconfortos emocionais e também físicos. Para aguçar a sua 
curiosidade, eis alguns trechos do livro:
 
“... Neste livro, o Dr. Frankl descreve a experiência que o levou à descoberta da 
logoterapia. Prisioneiro durante longo tempo em campos de concentração, onde seres 
humanos eram tratados de modo pior do que se fossem animais ele se viu reduzido aos 
limites entre o ser e o não-ser.
em campos de concentração ou em crematórios, e exceto sua irmã, toda sua família morreu 
nos campos de concentração. 
todos os seus valores destruídos, sofrendo de fome, do frio e da brutalidade, esperando a 
cada momento a sua exterminação final 
pena preservar?” 
“A vida é sofrimento, e sobreviver é encontrar significado na dor, se há, de al
modo, um propósito na vida, deve haver também um significado na dor e na morte. Mas 
pessoa alguma é capaz de dizer o que é este propósito. Cada um deve descobri
mesmo, e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica. Se tiver êxito, con
crescer apesar de todas as indignidades. Frankl gosta de citar esta frase de Nietzsche:
"Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como."
 
 
 
Alegria  Aproximação 
 Fortalecedor de energia
Afeto  Conjugação 
 Presente nos estados de amor
 Gera aproximação, conexão
COGNITIVAS QUANTO AO CONFLITO: 
O conflito existe e sempre existirá onde houver gente, pessoas. Uma opinião 
contrária, um gesto não compreendido, um comportamento inadequado, enfim qualquer coisa 
pode ser utilizada como estopim para uma desavença. Ter uma vida livre de problemas é uma 
utopia. A grande sacada não é nutrir a ilusão que o conflito não existe e sim saber que ele 
surgindo teremos condições de crescer com ele. 
Quantos aprendizados não advieram dos conflitos, assim como várias h
foram desenvolvidas. Ouso dizer que o conflito inclusive pode dar sentido a nossa existência 
na medida em que nos tira da zona de conforto, nos faz pensar, além de ser um meio para 
#DICASDASYL 
Recentemente, tive contato com o livro “Em busca de sentido”, do médico 
, criador da logoterapia, também conhecida como a “Terceira Escola Vienense 
de Psicoterapia”. Uma forte reflexão sobre o sentido do sofrimento mesmo quando 
sob forte pressão psicológica, o que me fez pensar no sentido dos conflitos, vez que 
os mesmos nos trazem desconfortos emocionais e também físicos. Para aguçar a sua 
curiosidade, eis alguns trechos do livro: 
Neste livro, o Dr. Frankl descreve a experiência que o levou à descoberta da 
terapia. Prisioneiro durante longo tempo em campos de concentração, onde seres 
humanos eram tratados de modo pior do que se fossem animais ele se viu reduzido aos 
ser. O pai, a mãe, o irmão e a esposa de Viktor Frankl morreram 
em campos de concentração ou em crematórios, e exceto sua irmã, toda sua família morreu 
nos campos de concentração. Como foi que ele - tendo perdido tudo o que era seu, com 
estruídos, sofrendo de fome, do frio e da brutalidade, esperando a 
cada momento a sua exterminação final - conseguiu encarar a vida como algo que valia a 
(...) 
A vida é sofrimento, e sobreviver é encontrar significado na dor, se há, de al
modo, um propósito na vida, deve haver também um significado na dor e na morte. Mas 
pessoa alguma é capaz de dizer o que é este propósito. Cada um deve descobri
mesmo, e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica. Se tiver êxito, con
crescer apesar de todas as indignidades. Frankl gosta de citar esta frase de Nietzsche:
"Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como."” 
 
Fortalecedor de energia 
Presente nos estados de amor 
Gera aproximação, conexão 
O conflito existe e sempre existirá onde houver gente, pessoas. Uma opinião 
contrária, um gesto não compreendido, um comportamento inadequado, enfim qualquer coisa 
desavença. Ter uma vida livre de problemas é uma 
utopia. A grande sacada não é nutrir a ilusão que o conflito não existe e sim saber que ele 
Quantos aprendizados não advieram dos conflitos, assim como várias habilidades 
foram desenvolvidas. Ouso dizer que o conflito inclusive pode dar sentido a nossa existência 
na medida em que nos tira da zona de conforto, nos faz pensar, além de ser um meio para 
, do médico Viktor 
, criador da logoterapia, também conhecida como a “Terceira Escola Vienense 
de Psicoterapia”. Uma forte reflexão sobre o sentido do sofrimento mesmo quando 
fez pensar no sentido dos conflitos, vez que 
os mesmos nos trazem desconfortos emocionais e também físicos. Para aguçar a sua 
Neste livro, o Dr. Frankl descreve a experiência que o levou à descoberta da 
terapia. Prisioneiro durante longo tempo em campos de concentração, onde seres 
humanos eram tratados de modo pior do que se fossem animais ele se viu reduzido aos 
O pai, a mãe, o irmão e a esposa de Viktor Frankl morreram 
em campos de concentração ou em crematórios, e exceto sua irmã, toda sua família morreu 
tendo perdido tudo o que era seu, com 
estruídos, sofrendo de fome, do frio e da brutalidade, esperandoa 
conseguiu encarar a vida como algo que valia a 
A vida é sofrimento, e sobreviver é encontrar significado na dor, se há, de algum 
modo, um propósito na vida, deve haver também um significado na dor e na morte. Mas 
pessoa alguma é capaz de dizer o que é este propósito. Cada um deve descobri-lo por si 
mesmo, e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica. Se tiver êxito, continuará a 
crescer apesar de todas as indignidades. Frankl gosta de citar esta frase de Nietzsche: 
 
 
 
 
3. COMPETÊNCIAS PERCEPTIVAS:
Percepção é a nossa capacidade de observação sem a emissão de 
um nível mais profundo é a nossa habilidade de ouvir na essência, olhar o que não está nítido, 
ouvir nas entrelinhas. É entender que o “modelo justiceiro de ser”, do certo ou do errado, não 
tem vez. É evoluir no sentido de que pessoas s
pensar e de sentir e isso não é motivo para apedrejamento. Está tudo bem. São apenas 
diversos pontos de vista ao mesmo fato.
 
Ponderações: 
 Cuidado com os rótulos e as 
 Estereótipos reforçam afirmações, não raro, equivocadas do outro
 Percebemos o outro com respeito a sua história ou simplesmente nos 
calamos para não dar nossas opiniões?
 Julgamos de forma velada?
 Quantas “sentenças d
em relação à forma como o outro vive a sua vida?
 
 
4. COMPETÊNCIAS COMUNICATIVAS
Uma contribuição relevante do livro “Comunicação não violenta” e Marshall 
Rosenberg6 em forma de mapa mental para auxil
COMPONENTES DA CNV: 
OBSERVAÇÃO SENTIMENTOS
 Sem julgamentos 
 Sem 
comparações 
 Sem juízos de 
valor 
 Conexões 
emocionais
 Vulnerabilidades
 Vocábulo dos 
sentimentos
 
6
 Leitura básica e obrigatória para todo mediador.
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
CNV HABILIDADES
REFORMULA MANEIRA
3. COMPETÊNCIAS PERCEPTIVAS: 
Percepção é a nossa capacidade de observação sem a emissão de juízos de valor. Em 
um nível mais profundo é a nossa habilidade de ouvir na essência, olhar o que não está nítido, 
ouvir nas entrelinhas. É entender que o “modelo justiceiro de ser”, do certo ou do errado, não 
tem vez. É evoluir no sentido de que pessoas são diferentes, assim como a sua forma de 
pensar e de sentir e isso não é motivo para apedrejamento. Está tudo bem. São apenas 
diversos pontos de vista ao mesmo fato. 
#DICASDASYL 
VÍDEO: PROPAGANDA DA COCA COLA 
Cuidado com os rótulos e as imagens mentais que fazemos das pessoas
Estereótipos reforçam afirmações, não raro, equivocadas do outro
Percebemos o outro com respeito a sua história ou simplesmente nos 
calamos para não dar nossas opiniões? 
Julgamos de forma velada? 
Quantas “sentenças de morte” já não foram distribuídas por aí com o olhar 
em relação à forma como o outro vive a sua vida? 
4. COMPETÊNCIAS COMUNICATIVAS: 
Uma contribuição relevante do livro “Comunicação não violenta” e Marshall 
em forma de mapa mental para auxiliar na compreensão. 
SENTIMENTOS NECESSIDADES 
Conexões 
emocionais 
Vulnerabilidades 
Vocábulo dos 
sentimentos 
 O que os outros 
dizem ou fazem pode 
ser o estímulo, mas 
nunca a causa dos 
nossos sentimentos 
 Linguagem 
positiva ao fazer 
os pedidos
 
Leitura básica e obrigatória para todo mediador. 
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
LINGUAGEM CAPACIDADE DE CONTINUARMOS
HABILIDADES HUMANOS EM CONDIÇÕES ADVERSAS
COMUNICAÇÃO
EXPRESSÃO COMO NOS EXPRESSAMOS
MANEIRA
AUDIÇÃO COMO OUVIMOS
juízos de valor. Em 
um nível mais profundo é a nossa habilidade de ouvir na essência, olhar o que não está nítido, 
ouvir nas entrelinhas. É entender que o “modelo justiceiro de ser”, do certo ou do errado, não 
ão diferentes, assim como a sua forma de 
pensar e de sentir e isso não é motivo para apedrejamento. Está tudo bem. São apenas 
imagens mentais que fazemos das pessoas 
Estereótipos reforçam afirmações, não raro, equivocadas do outro 
Percebemos o outro com respeito a sua história ou simplesmente nos 
e morte” já não foram distribuídas por aí com o olhar 
Uma contribuição relevante do livro “Comunicação não violenta” e Marshall 
 
PEDIDO 
Linguagem 
positiva ao fazer 
os pedidos 
CAPACIDADE DE CONTINUARMOS
HUMANOS EM CONDIÇÕES ADVERSAS
COMO NOS EXPRESSAMOS
 
 
 
 
VOCÁBULO DOS SENTIMENTOS 
Sentimentos decorrentes de necessidades atendidas
À vontade Absorto 
Amistoso Amoroso 
Calmo Carinhoso 
Confiante Confiável 
Emocionado Empolgado 
Entusiasmado Equilibrado 
Extasiado Exuberante 
Gratificado Inspirado 
Motivado Orgulhoso 
Radiante Relaxado 
Seguro Sensível 
Tocado Tranquilo 
 
Sentimentos decorrentes de necessidades não atendidas
Abandonado Abatido 
Amedrontado Angustiado 
Apreensivo Arrependido
Cansado Carregado 
Confuso Consternado
Desanimado Desapontado
Descontente Desesperado
Encabulado Encrencado 
Exaltado Exasperado 
Horrorizado Impaciente 
Inquieto Inseguro 
Irritante Irritável 
Malvado Melancólico
Obcecado Oprimido 
Pessimista Preguiçoso 
Relutante Ressentido 
Solitário Sonolento 
Temeroso Triste 
 
Julian Treasure7 no TED “Como falar de um jeito que as pessoas queiram ouvir” traz 
os pecados mortais da fala e, por que não dizer, prejudiciais a uma conexão empática com o 
outro, e a forma como devemos nos comunicar com entusiasmo, sintetizada pelo mnemônico 
HAIL (honesty, authenticity, integrity and love).
 
7 Presidente da The Sound Agency,
do livro “Sound Business”, orador nas conferências TED, especialista em som e em comunicação. Seu 
site: https://www.juliantreasure.com/
VOCÁBULO DOS SENTIMENTOS NA CNV POR MARSHALL ROSENBERG 
Sentimentos decorrentes de necessidades atendidas: 
Agradecido Alegre Alerta 
Animado Atônito Ávido 
 Complacente Compreensivo Curioso 
 Consciente Contente Entretido 
 Encantado Encorajado Envolvido 
 Esperançoso Esplêndido Excitado 
 Exultante Fascinado Falante 
 Interessado Maravilhado Feliz 
 Otimista Pacífico Grato 
Revigorado Satisfeito Livre 
Sereno Surpreso Ousado 
 Útil Vivo Pleno 
Sentimentos decorrentes de necessidades não atendidas: 
Agitado Alvoroçado Aflito 
 Ansioso Apático Amargo 
Arrependido Assustado Atormentado Austero 
 Chateado Chocado Bravo 
Consternado Culpado Deprimido Cético 
Desapontado Desatento Desconfiado Chato 
Desesperado Desencorajado Desiludido Desolado 
 Entediado Envergonhado Enojado 
 Frustrado Furioso Exausto 
 Impassível Incomodado Fraco 
Insensível Instável Fulo 
Letárgico Magoado Hostil 
Melancólico Monótono Mortificado Infeliz 
 Perplexo Perturbado Irado 
 Preocupado Rancoroso Péssimo 
 Segregado Sem graça Receoso 
 Soturno Surpreso Tenso 
 
no TED “Como falar de um jeito que as pessoas queiram ouvir” traz 
os pecados mortais da fala e, por que não dizer, prejudiciais a uma conexão empática com o 
outro, e a forma como devemos nos comunicar com entusiasmo, sintetizada pelo mnemônico 
ty, authenticity, integrity and love). 
 
The Sound Agency,empresa que aconselha negócios globais acerca do uso do som, autor 
, orador nas conferências TED, especialista em som e em comunicação. Seu 
https://www.juliantreasure.com/ 
Aliviado 
Bem-humorado 
Concentrado 
Despreocupado 
Engraçado 
Estimulado 
Glorioso 
Maravilhoso 
Plácido 
Resplandecente 
Vigoroso 
Terno 
 Amargurado 
Apavorado 
Aterrorizado 
Ciumento 
Desamparado 
Desconfortável 
 Despreocupado 
Exagerado 
Hesitante 
Indiferente 
Irritado 
 Mal-humorado 
Nervoso 
Pesaroso 
Rejeitado 
Sensível 
Taciturno 
 
no TED “Como falar de um jeito que as pessoas queiram ouvir” traz 
os pecados mortais da fala e, por que não dizer, prejudiciais a uma conexão empática com o 
outro, e a forma como devemos nos comunicar com entusiasmo, sintetizada pelo mnemônico 
empresa que aconselha negócios globais acerca do uso do som, autor 
, orador nas conferências TED, especialista em som e em comunicação. Seu 
 
 
 
 
 
VÍDEO: I AM CHAMPION
 Qual a sua percepção sobre o discurso do treinador?
 O discursose alinha à proposta apresentada por Julian Treasure? HAIL?
 
 
5. COMPETÊNCIAS DE PENSAMENTO CRIATIVO:
Segundo o Manual de Mediação do CNJ, essas competências representam o caminho 
para o desenvolvimento de soluções para problemas concretos ou hipotéticos, o estímulo de 
opções inovadoras, originais ou alternativas. E como fazer isso? Gerônimo Theml nos ofer
algumas dicas para o desbloqueio criativo como:
 Acredite no seu potencial
 Não tenha vergonha 
 Converse com pessoas fora do seu meio profissional
 Leia conteúdos interessantes
 Saia da rotina 
 Alimente-se 
 Procure descobrir o que desperta a sua curiosidade
 Pense fora da curva 
 Não tenha medo de errar
 Escute uma boa música
 
Vamos fazer um rápido exercício. Olhe a imagem abaixo e me diga
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pergunta mais simples é essa: O QUE É ISSO? Talvez a resposta mais intuitiva e 
rápida seja: é um ponto dentro do círculo. As perguntas instigadoras e causadoras de reflexão 
seriam: 
 O que é você dentro dessa imagem?
 Quem é você dentro dessa imagem?
 O quanto tem de você nela?
 O quanto não tem de você nela?
#DICASDASYL 
VÍDEO: I AM CHAMPION. Ponderações 
Qual a sua percepção sobre o discurso do treinador? 
O discurso se alinha à proposta apresentada por Julian Treasure? HAIL?
5. COMPETÊNCIAS DE PENSAMENTO CRIATIVO: 
Segundo o Manual de Mediação do CNJ, essas competências representam o caminho 
para o desenvolvimento de soluções para problemas concretos ou hipotéticos, o estímulo de 
opções inovadoras, originais ou alternativas. E como fazer isso? Gerônimo Theml nos ofer
algumas dicas para o desbloqueio criativo como: 
Acredite no seu potencial 
 
Converse com pessoas fora do seu meio profissional 
Leia conteúdos interessantes 
Procure descobrir o que desperta a sua curiosidade 
Não tenha medo de errar 
Escute uma boa música 
Vamos fazer um rápido exercício. Olhe a imagem abaixo e me diga: O QUE É ISSO?
A pergunta mais simples é essa: O QUE É ISSO? Talvez a resposta mais intuitiva e 
um ponto dentro do círculo. As perguntas instigadoras e causadoras de reflexão 
O que é você dentro dessa imagem? 
Quem é você dentro dessa imagem? 
O quanto tem de você nela? 
O quanto não tem de você nela? 
 . 
O discurso se alinha à proposta apresentada por Julian Treasure? HAIL? 
Segundo o Manual de Mediação do CNJ, essas competências representam o caminho 
para o desenvolvimento de soluções para problemas concretos ou hipotéticos, o estímulo de 
opções inovadoras, originais ou alternativas. E como fazer isso? Gerônimo Theml nos oferece 
: O QUE É ISSO? 
A pergunta mais simples é essa: O QUE É ISSO? Talvez a resposta mais intuitiva e 
um ponto dentro do círculo. As perguntas instigadoras e causadoras de reflexão 
 
 
 
 
 De 0 a 10, o quanto você gostaria de estar 
 De 0 a 10, o quanto você não gostaria de estar nela?
 O que tem na imagem que você gostaria de ter/desenvolver na vida?
 O que tem na imagem que você não gostaria de ter/desenvolver na vida?
 Quais princípios você t
 Quais princípios você tem e que estão nessa imagem?
 O que você tem como qualidade e que é a sua marca registrada que não está 
nessa imagem?
 O quanto essa imagem representa o seu presente? O seu passado? O seu 
futuro? 
 O quanto essa imagem não representa o seu pr
futuro? 
 
6. COMPETÊNCIAS DE NEGOCIAÇÃO:
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ, a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
princípios. A negociação posic
oponentes em uma abordagem de ganha
ancoragem em posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório.
A negociação fomentada na mediação
que a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
posições, geração de opções de gan
 
 Separar as pessoas do problema
negociadores 
 
 Foco nos interesses e não em posições
necessariamente os reais interesses do 
 
 Geração de opções de ganhos mútuos
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamente em razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
emocionais na negociação consiste em separar tempo para a geração de elevado 
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
reconciliem interesses divergentes”
 
 Utilização de critérios objetivos
o conflito. 
 
8 Negociação de Harvard, cuja obra principal é o livro 
Ury. Leitura igualmente obrigatória.
9
 Manual de Mediação do CNJ, pág. 75.
De 0 a 10, o quanto você gostaria de estar nela? 
De 0 a 10, o quanto você não gostaria de estar nela? 
O que tem na imagem que você gostaria de ter/desenvolver na vida?
O que tem na imagem que você não gostaria de ter/desenvolver na vida?
Quais princípios você tem e que não estão nessa imagem? 
princípios você tem e que estão nessa imagem? 
O que você tem como qualidade e que é a sua marca registrada que não está 
nessa imagem? 
O quanto essa imagem representa o seu presente? O seu passado? O seu 
O quanto essa imagem não representa o seu presente? O seu passado? O seu 
6. COMPETÊNCIAS DE NEGOCIAÇÃO: 
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ, a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
princípios. A negociação posicional é aquela em que os negociadores são vistos como 
oponentes em uma abordagem de ganha-perde: máxima pressão com mínima concessão, 
ancoragem em posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório.
A negociação fomentada na mediação é a baseada em princípios ou em méritos
que a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
posições, geração de opções de ganhos mútuos e a utilização de critérios objetivos.
Separar as pessoas do problema: “atacar” os méritos da negociação e não os 
Foco nos interesses e não em posições: a posição manifestada não significa 
necessariamente os reais interesses do negociador 
Geração de opções de ganhos mútuos: “... sob pressão, muitos negociadores 
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamente em razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
na negociação consiste em separar tempo para a geração de elevado 
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
reconciliem interesses divergentes”9. 
Utilização de critérios objetivos: o enfrentamento de critérios objetivos despersonifica 
 
Negociação de Harvard, cuja obra principal é o livro “Como chegar ao sim”, de Roger 
Ury. Leitura igualmente obrigatória. 
Manual de Mediação do CNJ, pág. 75. 
O que tem na imagem que você gostaria de ter/desenvolver na vida? 
O que tem na imagem que você não gostaria de ter/desenvolver na vida? 
O que você tem como qualidade e que é a sua marca registrada que não está 
O quanto essa imagem representa o seu presente? O seu passado? O seu 
esente? O seu passado? O seu 
Conforme diretrizes do Manual de Mediação do CNJ, a negociação é uma 
comunicação voltada à persuasão e há dois tipos: a negociação posicional e a baseada em 
ional é aquela em que os negociadores são vistos como 
perde: máxima pressão com mínima concessão, 
ancoragem em posições e entraves ao entendimento e a um acordo mutuamente satisfatório. 
é a baseada em princípios ou em méritos8 em 
que a abordagem reside nos interesses reais dos envolvidos e não em suas posições originais, 
tendo como princípios: separar as pessoas do problema, foco nos interesses e não em 
hos mútuos e a utilização de critérios objetivos. 
: “atacar” os méritos da negociação e não os: a posição manifestada não significa 
“... sob pressão, muitos negociadores 
encontram dificuldades de encontrar soluções eficientes especificamente em razão do 
envolvimento emocional (...). Uma das formas de endereçar essas restrições 
na negociação consiste em separar tempo para a geração de elevado 
número de opções de ganho mútuo que abordem os interesses comuns e criativamente 
vos despersonifica 
, de Roger Fisher e William 
 
 
 
 
 
 MELHOR ALTERNATIVA À NEGOCIAÇÃO DE UM ACORDO 
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados.
 
VÍDEO: TRECHO DO FILME ESPOSA DE MENTIRINHA. 
 Há uma negociação posicional ou por princípios?
 Quais os princípios percebidos nessa negociação?
 Quais os reais interesses dos negociadores?
 MAANA se fez presente?
 
7. COMPETÊNCIAS DE PENSAMENTO CRÍTICO
É a competência da tomada de decisão dentre as opções disponíveis, do estímulo à 
escolha consciente diante das várias soluções possíveis. 
capacidade de julgamento e de tomada de decisão. 
E como tomar a melhor decisão? Revista F
chamado de “3 práticas de mindfulness
os seguintes passos: parar e desconectar; definir a questão e por fim refletir/ponderar.
* Minority Report – A nova lei *Perdido em Marte
*Um ato de coragem *A chegada
* A rede social 
*Coração Valente 
* Menina de ouro *Battleship
 
 
TRECHO FILME: UM ATO DE CORAGEM
Reflita sobre a capacidade de tomar decisão quando se tem interesses e princípios tão 
valiosos para tentar compatibilizar: vida, liberdade, justiça, honra, imagem, nome, dignidade, 
saúde. Feche os seus olhos, respire com calma
você ou com alguém muito querido. 
Como você reagiria? Faria todo o possível independentemente das conseqüências? Estaria 
disposto a pagar um preço pela vida de alguém que você ama tanto? 
E agora me diz: é fácil tomar decisão? Conseguimos, de fato, visualizar todas as 
opções possíveis para solucionar uma situação?
 
 
10
 Mindfulness: estado de atenção plena, consciência plena, estado mental de controle sobre a 
capacidade de se concentrar nas experiências, atividades e sensações do presente.
MELHOR ALTERNATIVA À NEGOCIAÇÃO DE UM ACORDO – MAANA
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados.
#DICASDASYL 
TRECHO DO FILME ESPOSA DE MENTIRINHA. Ponderações: 
a negociação posicional ou por princípios? 
Quais os princípios percebidos nessa negociação? 
Quais os reais interesses dos negociadores? 
MAANA se fez presente? 
7. COMPETÊNCIAS DE PENSAMENTO CRÍTICO: 
É a competência da tomada de decisão dentre as opções disponíveis, do estímulo à 
escolha consciente diante das várias soluções possíveis. Tem uma forte ligação com a 
capacidade de julgamento e de tomada de decisão. 
E como tomar a melhor decisão? Revista Forbes, Agosto de 2019, em um artigo 
chamado de “3 práticas de mindfulness10 para tomar as melhores decisões”, direciona a adotar 
os seguintes passos: parar e desconectar; definir a questão e por fim refletir/ponderar.
#DICASDASYL 
FILMES SOBRE TOMADA DE DECISÕES: 
 
A nova lei *Perdido em Marte 
*Um ato de coragem *A chegada 
 *Armageddon 
*Coração Valente *Fúria em alto mar 
* Menina de ouro *Battleship 
#DICASDASYL 
 
TRECHO FILME: UM ATO DE CORAGEM 
 
Reflita sobre a capacidade de tomar decisão quando se tem interesses e princípios tão 
valiosos para tentar compatibilizar: vida, liberdade, justiça, honra, imagem, nome, dignidade, 
saúde. Feche os seus olhos, respire com calma, não seja imediatista e imagine a situação com 
você ou com alguém muito querido. Sinta o momento, as emoções, as dúvidas, as pressões. 
Como você reagiria? Faria todo o possível independentemente das conseqüências? Estaria 
disposto a pagar um preço pela vida de alguém que você ama tanto? 
E agora me diz: é fácil tomar decisão? Conseguimos, de fato, visualizar todas as 
pções possíveis para solucionar uma situação? 
 
Mindfulness: estado de atenção plena, consciência plena, estado mental de controle sobre a 
capacidade de se concentrar nas experiências, atividades e sensações do presente. 
MAANA: compensa 
negociar enquanto não houver uma alternativa melhor que satisfaça a ambos os lados. 
É a competência da tomada de decisão dentre as opções disponíveis, do estímulo à 
Tem uma forte ligação com a 
orbes, Agosto de 2019, em um artigo 
para tomar as melhores decisões”, direciona a adotar 
os seguintes passos: parar e desconectar; definir a questão e por fim refletir/ponderar. 
Reflita sobre a capacidade de tomar decisão quando se tem interesses e princípios tão 
valiosos para tentar compatibilizar: vida, liberdade, justiça, honra, imagem, nome, dignidade, 
e imagine a situação com 
vidas, as pressões. 
Como você reagiria? Faria todo o possível independentemente das conseqüências? Estaria 
E agora me diz: é fácil tomar decisão? Conseguimos, de fato, visualizar todas as 
Mindfulness: estado de atenção plena, consciência plena, estado mental de controle sobre a 
 
 
 
 
Em síntese, há então a pessoa que é mediadora e a que está mediadora.
ESTAR MEDIADOR
 Estado transitório 
 Somente no exercício em sessão
 Treinamento: tempo 
 QI + TÉCNICAS + TEORIAS
 Síndrome da Gabriela
 Ancoragem em posições
 Ação + reação 
 
MEDIADOR: SER X ESTAR 
Em síntese, há então a pessoa que é mediadora e a que está mediadora.
ESTAR MEDIADOR SER MEDIADOR
Somente no exercício em sessão 
 
TEORIAS 
Síndrome da Gabriela 
Ancoragem em posições 
 Estado permanente 
 Internalizou a essência da mediação
 Treinamento: competência
 QE + PERCEPÇÃO + CONEXÃO
 Síndrome da Poliana 
 Interesses + Sentimentos
 Escuta empática 
Em síntese, há então a pessoa que é mediadora e a que está mediadora. 
SER MEDIADOR 
 
Internalizou a essência da mediação 
Treinamento: competência 
QE + PERCEPÇÃO + CONEXÃO 
 
Interesses + Sentimentos 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV –
RELAÇÕES SOCIAIS NA MODERNIDADE
 
O ser humano, por natureza, busca o convívio social, o relacionamento com outras 
pessoas, o pertencimento a grupos sociais, laborais, religiosos, acadêmicos etc. E essa busca 
remota desde a criação do mundo quando Eva fora criada da costela de Adão. E o que mudou 
de lá para os tempos atuais? 
Interesses divergentes, monossílabos como forma de diál
terceirização de responsabilidades, pessoas que perderem a sua função social, enfim, hoje 
estamos enfrentando uma fase de limbo existencial. Perdeu
pessoa tem. A busca pela “última palavra” é mui
implícito das emoções humanas. A competição, ainda que não verbalizada, continua.
Em que pese todos os esforços para uma mudança de mentalidade, com avanços 
significativos, ainda sim resta uma resistência ao novo: o ouv
compreender e não para reagir nem para aguardar o momento de ouvir a sua própria voz. A 
paz não apenas como ausência de guerras e sim como equilíbrio físico e, sobretudo, emocional 
ainda é encarado com certa dose de romance 
Então que direitos e garantias teriam os homens para o bom convívio social? 
Bastariam tão somente “acordos de cavalheiros”, as palavras proferidas ao invés de um papel 
assinado com o atestar da sua veracidade e do seu comprometimento c
que ponto tais direitos não afrontariam a liberdade que nos é tão cara? Qual o nosso grau de 
comprometimento com o respeito aos direitos e à liberdade do outro?
Nesse sentido, o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman fala que a 
modernidade se encontra em uma fase de “interregno”: uma indefinição quanto ao modelo 
cultural da sociedade estabelecida no século XXI, de novas construções de pensamentos, de 
novas identidadessociais e de novas relações interpessoais. Em razão disso, estaríamos 
vivenciando e experimentando o momento das relações líquidas, superficiais.
 
– PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
 
RELAÇÕES SOCIAIS NA MODERNIDADE 
O ser humano, por natureza, busca o convívio social, o relacionamento com outras 
pertencimento a grupos sociais, laborais, religiosos, acadêmicos etc. E essa busca 
remota desde a criação do mundo quando Eva fora criada da costela de Adão. E o que mudou 
 
Interesses divergentes, monossílabos como forma de diálogo, disputas por poder, 
terceirização de responsabilidades, pessoas que perderem a sua função social, enfim, hoje 
estamos enfrentando uma fase de limbo existencial. Perdeu-se a identidade e o valor que cada 
pessoa tem. A busca pela “última palavra” é muito forte. Há um castramento velado e 
implícito das emoções humanas. A competição, ainda que não verbalizada, continua.
Em que pese todos os esforços para uma mudança de mentalidade, com avanços 
significativos, ainda sim resta uma resistência ao novo: o ouvir e o escutar na essência para 
compreender e não para reagir nem para aguardar o momento de ouvir a sua própria voz. A 
paz não apenas como ausência de guerras e sim como equilíbrio físico e, sobretudo, emocional 
ainda é encarado com certa dose de romance e com pouca prática. 
Então que direitos e garantias teriam os homens para o bom convívio social? 
Bastariam tão somente “acordos de cavalheiros”, as palavras proferidas ao invés de um papel 
assinado com o atestar da sua veracidade e do seu comprometimento com o pactuado? Até 
que ponto tais direitos não afrontariam a liberdade que nos é tão cara? Qual o nosso grau de 
comprometimento com o respeito aos direitos e à liberdade do outro? 
Nesse sentido, o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman fala que a 
de se encontra em uma fase de “interregno”: uma indefinição quanto ao modelo 
cultural da sociedade estabelecida no século XXI, de novas construções de pensamentos, de 
novas identidades sociais e de novas relações interpessoais. Em razão disso, estaríamos 
do e experimentando o momento das relações líquidas, superficiais.
Essas relações estão vinculadas, principalmente, ao mundo 
globalizado, digital e tecnológico, o qual, por um lado, facilita 
as interações sociais, por outro torna-as volúveis, efêm
individuais. Como ápice das relações líquidas, nas redes sociais 
contatos virtuais são construídos constantemente, todavia, 
não são criados vínculos de afeto ou coletividade, logo, a 
individualidade é inevitável, bem como seus efeitos negativos. 
No Brasil, uma das conseqüências dessas relações individuais 
é o transtorno de ansiedade, que atinge 9,3% da população, 
seno o país com mais casos de ansiedade no mundo, segundo 
a Organização Mundial de Saúde (OMS). 
Ademais, outro fator decorrente do individu
na modernidade líquida é o consumismo excessivo 
causas da depressão e da ansiedade, conforme pesquisa 
publicada pela Northwestern University, como forma de 
PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
O ser humano, por natureza, busca o convívio social, o relacionamento com outras 
pertencimento a grupos sociais, laborais, religiosos, acadêmicos etc. E essa busca 
remota desde a criação do mundo quando Eva fora criada da costela de Adão. E o que mudou 
ogo, disputas por poder, 
terceirização de responsabilidades, pessoas que perderem a sua função social, enfim, hoje 
se a identidade e o valor que cada 
to forte. Há um castramento velado e 
implícito das emoções humanas. A competição, ainda que não verbalizada, continua. 
Em que pese todos os esforços para uma mudança de mentalidade, com avanços 
ir e o escutar na essência para 
compreender e não para reagir nem para aguardar o momento de ouvir a sua própria voz. A 
paz não apenas como ausência de guerras e sim como equilíbrio físico e, sobretudo, emocional 
Então que direitos e garantias teriam os homens para o bom convívio social? 
Bastariam tão somente “acordos de cavalheiros”, as palavras proferidas ao invés de um papel 
om o pactuado? Até 
que ponto tais direitos não afrontariam a liberdade que nos é tão cara? Qual o nosso grau de 
Nesse sentido, o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman fala que a 
de se encontra em uma fase de “interregno”: uma indefinição quanto ao modelo 
cultural da sociedade estabelecida no século XXI, de novas construções de pensamentos, de 
novas identidades sociais e de novas relações interpessoais. Em razão disso, estaríamos 
do e experimentando o momento das relações líquidas, superficiais. 
Essas relações estão vinculadas, principalmente, ao mundo 
globalizado, digital e tecnológico, o qual, por um lado, facilita 
as volúveis, efêmeras e 
Como ápice das relações líquidas, nas redes sociais 
contatos virtuais são construídos constantemente, todavia, 
não são criados vínculos de afeto ou coletividade, logo, a 
individualidade é inevitável, bem como seus efeitos negativos. 
Brasil, uma das conseqüências dessas relações individuais 
é o transtorno de ansiedade, que atinge 9,3% da população, 
seno o país com mais casos de ansiedade no mundo, segundo 
Ademais, outro fator decorrente do individualismo crescente 
na modernidade líquida é o consumismo excessivo – uma das 
causas da depressão e da ansiedade, conforme pesquisa 
publicada pela Northwestern University, como forma de 
 
 
 
 
 
MODERNIDADE SÓLIDA X LÍQUIDA POR BAUMAN
MODERNIDADE SÓLIDA
 Período antes da Segunda Guerra 
Mundial 
 Características: rigidez e solidificação 
das relações humanas, das relações 
sociais, da ciência e do pensamento
 Havia um compromisso sério com a 
busca pela verdade 
 Valorização das tradições
 Lógica da moral: valorização das 
pessoas pelo que elas são. SER em 
detrimento do TER 
 Havia uma estabilidade, uma 
constância 
 
Os vínculos humanos são rarefeitos, ou seja, de fácil rompimento e estão mais 
evidenciados com o isolamento social causado pelo Covid
rede, internet, e não mais em comunidades, de
superficiais a ponto de se desligar a qualquer momento.
 
1
 GOBB, Carla. Exemplo de redação: as relações sociais em tempos de modernidade líquida. Disponível 
em: https://blog.imaginie.com.br/redacao
preencher lacunas das relações superficiais, Isto é, as 
habilidades de o ser humano lidar com suas dificuldades têm 
sido substituídas pela compara de bens materiais, já que 
somado ao fator psicopatológico, há o sistema capitalista, o 
qual oferece os subsídios necessários, como crédito financeiro 
e marketing, para que a população compre mais e satisfaça
menos1. 
 
MODERNIDADE SÓLIDA X LÍQUIDA POR BAUMAN 
 
MODERNIDADE SÓLIDA MODERNIDADE LÍQUIDA
Período antes da Segunda Guerra 
Características: rigidez e solidificação 
das relações humanas, das relações 
do pensamento 
Havia um compromisso sério com a 
Valorização das tradições 
Lógica da moral: valorização das 
pessoas pelo que elas são. SER em 
Havia uma estabilidade, uma 
 Início após a Segunda Guerra 
Mundial e mais evidente a partir da 
década de 60 
 Relações econômicas ficaram 
sobrepostas às relações sociais e 
humanas 
 Enfraquecimento do laço entre 
pessoas e entre pessoas com as 
instituições 
 Lógica do consumo: valorização do 
que as pessoas têm. TER em 
detrimento do SER 
 Mudanças rápidas e imprevisíveis
Os vínculos humanos são rarefeitos, ou seja, de fácil rompimento e estão mais 
evidenciados com o isolamento social causado pelo Covid-19, em que as relações ocorrem pela 
rede, internet, e não mais em comunidades, de forma presencial. São apenas conexões: 
superficiais a ponto de se desligar a qualquer momento. 
A vida moderna mostra como tudo é efêmero e vão, a cultura 
do vazio impulsiona a ação na busca irrefreada do prazer e do 
poder. O mundo está sempre cheio de nov
de carros novos, os celulares, os computadores, a internet. A 
velocidade da transformação é muito rápida e violenta, 
instigando assimo ser humano a buscar sempre mais, a 
consumir ilimitadamente, caindo nas malhas do sistema de 
consumo sem pensar, transformando a adição de coisas em 
vício, tudo é poder e prazer. 
A máxima da sociedade moderna é promover o consumo, isso 
afeta a formação psicossocial dos sujeitos, gerando novas 
 
GOBB, Carla. Exemplo de redação: as relações sociais em tempos de modernidade líquida. Disponível 
https://blog.imaginie.com.br/redacao-as-relacoes-sociais-em-tempos-de-modernidade
preencher lacunas das relações superficiais, Isto é, as 
ser humano lidar com suas dificuldades têm 
sido substituídas pela compara de bens materiais, já que 
somado ao fator psicopatológico, há o sistema capitalista, o 
qual oferece os subsídios necessários, como crédito financeiro 
o compre mais e satisfaça-se 
MODERNIDADE LÍQUIDA 
Início após a Segunda Guerra 
mais evidente a partir da 
Relações econômicas ficaram 
sobrepostas às relações sociais e 
Enfraquecimento do laço entre 
pessoas e entre pessoas com as 
Lógica do consumo: valorização do 
que as pessoas têm. TER em 
Mudanças rápidas e imprevisíveis 
Os vínculos humanos são rarefeitos, ou seja, de fácil rompimento e estão mais 
19, em que as relações ocorrem pela 
forma presencial. São apenas conexões: 
A vida moderna mostra como tudo é efêmero e vão, a cultura 
do vazio impulsiona a ação na busca irrefreada do prazer e do 
poder. O mundo está sempre cheio de novidades, os modelos 
de carros novos, os celulares, os computadores, a internet. A 
velocidade da transformação é muito rápida e violenta, 
instigando assim o ser humano a buscar sempre mais, a 
consumir ilimitadamente, caindo nas malhas do sistema de 
em pensar, transformando a adição de coisas em 
A máxima da sociedade moderna é promover o consumo, isso 
afeta a formação psicossocial dos sujeitos, gerando novas 
GOBB, Carla. Exemplo de redação: as relações sociais em tempos de modernidade líquida. Disponível 
modernidade-liquida/ 
 
 
 
 
 
E qual seria então a tendência pós liquidez das relações? Seria então ao retorno à 
verdadeira comunicação, ao olhar em profundidade para com o outro? Haveria então uma 
mutação da conceituação da conexão preconizada por 
cultura de paz, da harmônica resolução de conflitos mais evidentes?
É fato que a judicialização de direitos tem gerado o enfrentando da lide sociológica, a 
relacional, não apenas ficando adstrito às questões de ordem técni
conexão se torna uma palavra forte em que se busca, com verdade e intenção, compreender o 
universo do outro com respeito.
Empatia, exposição de sentimentos, validação, vulnerabilidades todos esses 
elementos fazem parte de novo ol
mediação e dos métodos adequados de resolução de conflitos são oportunos para a tão 
necessária mudança de mentalidade. O que nos afastaria em tempos de isolamento social, em 
relações líquidas de Bauman, tem nos aproximado a partir das poderosas reflexões que esse 
momento tem gerado. 
A internet facilita a comunicação, reduz as distâncias físicas, mas ainda não tem o 
condão de trazer o afago que o impacto de um toque físico é capaz de fazer, da sens
ser compreendido na essência, de ter o abraço como forma de aconchego e de reviver 
conversas sem vida e sem energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 COLOMBO, Maristela. Modernidade: a construção do sujeito con
consumo. Disponível em: 
53932012000100004 
modalidades de sensibilidades, novas necessidades, novos 
desejos, novas formas de sentir e perceber o mundo no qual 
vivem. 
As noções de felicidade na esfera do moderno estão 
intimamente relacionadas à satisfação imediata de suas, 
fictícias, necessidades. 
A busca desenfreada por satisfação parece ser a marca da 
cultura narcísica contemporânea, tornando indispensável o 
“ser feliz”, mesmo que apresentemos uma imagem superficial 
e de aparente felicidade. Ter uma aparência feliz significa um 
investimento no corpo, uma vez que parece existir um 
consenso entre os teóricos da área sobre a queda e a extinção 
de antigos ideais. 
Vivemos a área das transformações, da desconstrução de 
valores consolidados, da transformação da cultura e do 
fracasso de certas ideologias clássicas da sociedade, a era em 
que certezas supostamente inabaláveis estão sendo 
derrubadas.2 
 
E qual seria então a tendência pós liquidez das relações? Seria então ao retorno à 
verdadeira comunicação, ao olhar em profundidade para com o outro? Haveria então uma 
mutação da conceituação da conexão preconizada por Bauman? Estariam os movimentos da 
cultura de paz, da harmônica resolução de conflitos mais evidentes? 
É fato que a judicialização de direitos tem gerado o enfrentando da lide sociológica, a 
relacional, não apenas ficando adstrito às questões de ordem técnica, material e jurídica. A 
conexão se torna uma palavra forte em que se busca, com verdade e intenção, compreender o 
universo do outro com respeito. 
Empatia, exposição de sentimentos, validação, vulnerabilidades todos esses 
elementos fazem parte de novo olhar aos conflitos, aos direitos, ao outro. E os esforços da 
mediação e dos métodos adequados de resolução de conflitos são oportunos para a tão 
necessária mudança de mentalidade. O que nos afastaria em tempos de isolamento social, em 
auman, tem nos aproximado a partir das poderosas reflexões que esse 
A internet facilita a comunicação, reduz as distâncias físicas, mas ainda não tem o 
condão de trazer o afago que o impacto de um toque físico é capaz de fazer, da sens
ser compreendido na essência, de ter o abraço como forma de aconchego e de reviver 
conversas sem vida e sem energia. 
 
COLOMBO, Maristela. Modernidade: a construção do sujeito contemporâneo e a sociedade de 
consumo. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104
modalidades de sensibilidades, novas necessidades, novos 
s, novas formas de sentir e perceber o mundo no qual 
As noções de felicidade na esfera do moderno estão 
intimamente relacionadas à satisfação imediata de suas, 
A busca desenfreada por satisfação parece ser a marca da 
narcísica contemporânea, tornando indispensável o 
“ser feliz”, mesmo que apresentemos uma imagem superficial 
e de aparente felicidade. Ter uma aparência feliz significa um 
investimento no corpo, uma vez que parece existir um 
área sobre a queda e a extinção 
Vivemos a área das transformações, da desconstrução de 
valores consolidados, da transformação da cultura e do 
fracasso de certas ideologias clássicas da sociedade, a era em 
áveis estão sendo 
E qual seria então a tendência pós liquidez das relações? Seria então ao retorno à 
verdadeira comunicação, ao olhar em profundidade para com o outro? Haveria então uma 
Bauman? Estariam os movimentos da 
É fato que a judicialização de direitos tem gerado o enfrentando da lide sociológica, a 
ca, material e jurídica. A 
conexão se torna uma palavra forte em que se busca, com verdade e intenção, compreender o 
Empatia, exposição de sentimentos, validação, vulnerabilidades todos esses 
har aos conflitos, aos direitos, ao outro. E os esforços da 
mediação e dos métodos adequados de resolução de conflitos são oportunos para a tão 
necessária mudança de mentalidade. O que nos afastaria em tempos de isolamento social, em 
auman, tem nos aproximado a partir das poderosas reflexões que esse 
A internet facilita a comunicação, reduz as distâncias físicas, mas ainda não tem o 
condão de trazer o afago que o impacto de um toque físico é capaz de fazer, da sensação de 
ser compreendido na essência, de ter o abraço como forma de aconchego e de reviver 
temporâneo e a sociedade de 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
 
 
 
 
 
A ERA DOS DIREITOS E A JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS: OUTRIDADE
Quando o homem se percebeu como pessoa social e com isso detentora de direitos, 
houve a necessidade de garanti
proteção jurídica. Há aDeclaração Universal dos Direitos Humanos, um marco nesse senti
ao elevar direitos reconhecidos como fundamentais à dignidade da pessoa humana. 
E em uma sociedade dinâmica, a cada estreitamento de vínculos, novos direitos vão 
surgindo, derivados da essência da dignidade da pessoa humana, com o objetivo de construi
uma sociedade livre, justa e solidária, a exemplo do direito ao esquecimento, tema objeto de 
decisões por parte do STJ3 e do STF
 
Emerge então um novo conceito, outridade. H
sinômino de alteridade, o que significa que 
outros indivíduos. É o mesmo conceito de Alteridade defendido pelo filósofo Mikhail Bakhtin, 
ou seja, o ser humano depende de o
idéia de ser humano plural. 
No mesmo sentido, são as convenientes e oportunas palavras de Warat, para quem 
outridade é: 
 
3 Informativos STJ 527/2013; 580/2016; 583/2016; 587/2016; 628/2018
4 STF. Boletim de jurisprudência internacional: direito ao esquecimento. 5. ed. 2018. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaInternacional/anexo/BJI5DIREITOAOESQUECIMENTO.
pdf 
5 DIREITO ao esquecimento. Disponível em: 
esquecimento.html 
6
 BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós
A ERA DOS DIREITOS E A JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS: OUTRIDADE
 
Quando o homem se percebeu como pessoa social e com isso detentora de direitos, 
houve a necessidade de garanti-los, de positivá-los, de a eles serem conferidos a devida 
proteção jurídica. Há a Declaração Universal dos Direitos Humanos, um marco nesse senti
ao elevar direitos reconhecidos como fundamentais à dignidade da pessoa humana. 
E em uma sociedade dinâmica, a cada estreitamento de vínculos, novos direitos vão 
surgindo, derivados da essência da dignidade da pessoa humana, com o objetivo de construi
uma sociedade livre, justa e solidária, a exemplo do direito ao esquecimento, tema objeto de 
e do STF4. 
O direito ao esquecimento, também chamado de “direito de 
ser deixado em paz” ou o “direito de estar só”. Nos EUA, é 
conhecido como the right to be let alone
língua espanhola, é alcunhado de derecho al olvido
No Brasil, o direito ao esquecimento possui assento 
constitucional e legal, considerando que é uma conseqüência 
do direito à vida privada (privacidade), intimidade e honra, 
assegurados pela CF/88 (art. 5º, X) e pelo CC/02 (art. 21). 
Alguns autores também afirmam que o direito ao 
esquecimento é uma decorrência da dignidade da pessoa 
humana (art. 1º, III, CF/88)
5
. 
Emerge então um novo conceito, outridade. Há os que consideram outridade como 
sinômino de alteridade, o que significa que todo homem social interage e é interdependente de 
. É o mesmo conceito de Alteridade defendido pelo filósofo Mikhail Bakhtin, 
ou seja, o ser humano depende de outro ser humano para constituir uma relação social. É a 
Na reunião moral de dois, eu e o outro chegamos despidos de 
nossos adornos sociais, despojados de status distinções 
sociais, desvantagens, posições ou papéis, não sendo ric
nem pobres, arrogantes ou humildes, poderosos ou 
destituídos reduzidos à simples essencialidade da nossa 
humanidade comum
6
. 
No mesmo sentido, são as convenientes e oportunas palavras de Warat, para quem 
Conceitualizei a outridade como o espaço, entre um e outro, 
de realização conjunta da transcidadania (ou ecocidadania) e 
 
/2013; 580/2016; 583/2016; 587/2016; 628/2018 
STF. Boletim de jurisprudência internacional: direito ao esquecimento. 5. ed. 2018. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaInternacional/anexo/BJI5DIREITOAOESQUECIMENTO.
DIREITO ao esquecimento. Disponível em: https://www.dizerodireito.com.br/2013/11/direito
estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. 
A ERA DOS DIREITOS E A JUDICIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS: OUTRIDADE 
Quando o homem se percebeu como pessoa social e com isso detentora de direitos, 
los, de a eles serem conferidos a devida 
proteção jurídica. Há a Declaração Universal dos Direitos Humanos, um marco nesse sentido, 
ao elevar direitos reconhecidos como fundamentais à dignidade da pessoa humana. 
E em uma sociedade dinâmica, a cada estreitamento de vínculos, novos direitos vão 
surgindo, derivados da essência da dignidade da pessoa humana, com o objetivo de construir 
uma sociedade livre, justa e solidária, a exemplo do direito ao esquecimento, tema objeto de 
O direito ao esquecimento, também chamado de “direito de 
ser deixado em paz” ou o “direito de estar só”. Nos EUA, é 
the right to be let alone e, em países de 
derecho al olvido. 
No Brasil, o direito ao esquecimento possui assento 
constitucional e legal, considerando que é uma conseqüência 
intimidade e honra, 
assegurados pela CF/88 (art. 5º, X) e pelo CC/02 (art. 21). 
Alguns autores também afirmam que o direito ao 
esquecimento é uma decorrência da dignidade da pessoa 
á os que consideram outridade como 
todo homem social interage e é interdependente de 
. É o mesmo conceito de Alteridade defendido pelo filósofo Mikhail Bakhtin, 
utro ser humano para constituir uma relação social. É a 
Na reunião moral de dois, eu e o outro chegamos despidos de 
nossos adornos sociais, despojados de status distinções 
sociais, desvantagens, posições ou papéis, não sendo ricos 
nem pobres, arrogantes ou humildes, poderosos ou 
destituídos reduzidos à simples essencialidade da nossa 
No mesmo sentido, são as convenientes e oportunas palavras de Warat, para quem 
aço, entre um e outro, 
de realização conjunta da transcidadania (ou ecocidadania) e 
STF. Boletim de jurisprudência internacional: direito ao esquecimento. 5. ed. 2018. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaInternacional/anexo/BJI5DIREITOAOESQUECIMENTO.
.br/2013/11/direito-ao-
 
 
 
 
 
 
Assim alteridade e outridade são faces da mesma moeda, possuindo como espinha 
dorsal o enxergar e o sentir o outro, como semelhante e
diferenças, tanto físicas, sociais e econômicas. A diferença tênua reside no grau de conexão 
com o outro, a ponto de ser empático.
OUTRIDADE E ALTERIDADE: SEMELHANÇA
 Interação social 
 Interdependência de outros indivíduos
 Enxerga e sente o outro como 
semelhante e não como um estranho
 
 
 
 
 
 
7
 WARAT, Luis Alberto. O ofício do mediador. 
dos direitos transumanos. Pode também ser vista como 
espaço construído com o outro para a realização da ética, da 
autonomia e da configuração de outra concepção do Direito 
da sociedade. É a fuga junto com o outro, da alienação (ou nós 
escapamos com o outro, ou não temos saída). São desde 
concepções de mundo baseadas em referencias 
transcendentes ou introspecções subjetivas, e desde o 
transcendente e o interior até uma concepção de mundo que 
aponta a uma construção, com o outro, de uma sobrevivência 
sustentável (o sentido transmoderno de justiça). É um 
princípio de sobrevivência semiótica baseado em uma 
estrutura comunicativa onde é possível um outro tipo de 
encontro consigo mesmo, que não passa pela introspecção 
pré-moderna e moderna. É o encontro consigo mesmo através 
do vínculo com o outro, em uma época de entrecruzamentos, 
entre pretensões universalistas, tempos e encontros 
fragmentados em realidades multiculturais. É um 
que me faz plantar a figura da outridade como relação 
mediada com o outro... É o encontro vital com o outro, com 
algo do outro que interrompe o reconhecimento do que já se 
sabe e provoca um incremento significativo da sensibilidade, 
uma modificação na tonalidade afetiva da experiência. É uma 
outridade que, aos nos colocar em perigo, nos leva para além 
de nós mesmos7. 
Assim alteridade e outridade são faces da mesma moeda, possuindo como espinha 
dorsal o enxergar e o sentir o outro, como semelhante e não como um estranho, apesar das 
diferenças, tanto físicas, sociais e econômicas. A diferença tênua reside no grau de conexão 
com o outro, a ponto de ser empático. 
OUTRIDADEE ALTERIDADE: SEMELHANÇA OUTRIDADE E ALTERIDADE: DIFERENÇA
Interdependência de outros indivíduos 
Enxerga e sente o outro como 
semelhante e não como um estranho 
 Alteridade: enxerga o outro em 
essência, apesar das diferenças, de 
tal maneira que sabe lidar com elas 
sem deixar o outro desconfortável ou 
deslocado. Seria “atuação simpática, 
gentil”. 
 
 Outridade: capacidade de se colocar 
no lugar do outro, em clara 
demonstração de atuação empática
 
O ofício do mediador. Florianópolis: Habitus, 2001. 
dos direitos transumanos. Pode também ser vista como 
espaço construído com o outro para a realização da ética, da 
autonomia e da configuração de outra concepção do Direito e 
da sociedade. É a fuga junto com o outro, da alienação (ou nós 
escapamos com o outro, ou não temos saída). São desde 
concepções de mundo baseadas em referencias 
transcendentes ou introspecções subjetivas, e desde o 
epção de mundo que 
aponta a uma construção, com o outro, de uma sobrevivência 
sentido transmoderno de justiça). É um 
princípio de sobrevivência semiótica baseado em uma 
estrutura comunicativa onde é possível um outro tipo de 
mesmo, que não passa pela introspecção 
moderna e moderna. É o encontro consigo mesmo através 
do vínculo com o outro, em uma época de entrecruzamentos, 
entre pretensões universalistas, tempos e encontros 
fragmentados em realidades multiculturais. É um contexto 
que me faz plantar a figura da outridade como relação 
mediada com o outro... É o encontro vital com o outro, com 
algo do outro que interrompe o reconhecimento do que já se 
sabe e provoca um incremento significativo da sensibilidade, 
o na tonalidade afetiva da experiência. É uma 
outridade que, aos nos colocar em perigo, nos leva para além 
Assim alteridade e outridade são faces da mesma moeda, possuindo como espinha 
não como um estranho, apesar das 
diferenças, tanto físicas, sociais e econômicas. A diferença tênua reside no grau de conexão 
OUTRIDADE E ALTERIDADE: DIFERENÇA 
Alteridade: enxerga o outro em 
essência, apesar das diferenças, de 
tal maneira que sabe lidar com elas 
sem deixar o outro desconfortável ou 
a “atuação simpática, 
Outridade: capacidade de se colocar 
no lugar do outro, em clara 
demonstração de atuação empática 
 
 
 
 
 
O CONFLITO COMO LUTA PELO RECONHECIMENTO
O sociólogo e filósofo alemão Alex Honneth, em sua teoria normativa, tem como
pressuposto o pensamento do filósofo alemão Hegel sobre reconhecimento, 
intersubjetividade e conflito, em especial, sob o ponto de vista da moral dos conflitos sociais.
 Reconhecimento: amor. São as emoções primárias geradoras de autoconfiança. Para 
Honneth, “o amor é o fundamento da autoconfiança, pois permite aos indivíduos 
conservarem a identidade e desenvolverem uma autoconfiança, indispensável para a 
sua autorrealização.”
 
 Reconhecimento: direito. Relaciona
direito no modo como ocorre o reconhecimento da autonomia do outro. No amor, esse 
reconhecimento é possível, porque há dedicação emotiva. No direito, porque há 
respeito”10. 
 
 Reconhecimento: solidariedade ou eticidade. Experiência ligada à autoestima.
 
 
8 SALVADORI, Mateus. Honneth, Axel. A Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos 
sociais. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjec
9
 SALVADORI, Mateus. Ibid. 
10
 SALVADORI, Mateus. Ibid. 
O CONFLITO COMO LUTA PELO RECONHECIMENTO 
 
O sociólogo e filósofo alemão Alex Honneth, em sua teoria normativa, tem como
pressuposto o pensamento do filósofo alemão Hegel sobre reconhecimento, 
intersubjetividade e conflito, em especial, sob o ponto de vista da moral dos conflitos sociais.
O objetivo central de Honneth na obra 
reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais, 
mostrar como indivíduos e grupos sociais se inserem na 
sociedade atual. Isso ocorre por meio de uma luta por 
reconhecimento intersubjetivo e não por autoconservação, 
como salientavam Maquiavel e Hobbes. 
reconhecimento são as seguintes: o amor, o direito, e a 
solidariedade. A luta pelo reconhecimento sempre inicia pela 
experiência do desrespeito dessas formas de reconhecimento. 
A autorrealização do indivíduo somente é alcançada quando 
há, na experiência de amor, a possibilidade de autoconfiança, 
na experiência de direito, o autorrespeito e, na experiência de 
solidariedade, a autoestima. 
(...) 
Os indivíduos e os grupos sociais somente podem formar a sua 
identidade quando forem reconhecidos intersubjetivamente. 
Esse reconhecimento ocorre em diferentes dimensões da vida: 
no âmbito privado do amor, nas relações jurídicas, e na esfera 
da solidariedade social. Essas três formas explicam a origem 
das tensões sociais e as motivações morais dos conf
imento: amor. São as emoções primárias geradoras de autoconfiança. Para 
“o amor é o fundamento da autoconfiança, pois permite aos indivíduos 
conservarem a identidade e desenvolverem uma autoconfiança, indispensável para a 
”9 
Reconhecimento: direito. Relaciona-se ao autorrespeito. “O amor se diferencia do 
direito no modo como ocorre o reconhecimento da autonomia do outro. No amor, esse 
reconhecimento é possível, porque há dedicação emotiva. No direito, porque há 
Reconhecimento: solidariedade ou eticidade. Experiência ligada à autoestima.
(...) última esfera de reconhecimento, remete à aceitação 
recíproca das qualidades individuais, julgadas a partir dos 
valores existentes na comunidade. Por meio dess
gera-se a autoestima, ou seja, uma confiança nas realizações 
 
SALVADORI, Mateus. Honneth, Axel. A Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos 
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/895/618
O sociólogo e filósofo alemão Alex Honneth, em sua teoria normativa, tem como 
pressuposto o pensamento do filósofo alemão Hegel sobre reconhecimento, 
intersubjetividade e conflito, em especial, sob o ponto de vista da moral dos conflitos sociais. 
O objetivo central de Honneth na obra Luta por 
ca moral dos conflitos sociais, é 
mostrar como indivíduos e grupos sociais se inserem na 
sociedade atual. Isso ocorre por meio de uma luta por 
reconhecimento intersubjetivo e não por autoconservação, 
como salientavam Maquiavel e Hobbes. As três formas de 
econhecimento são as seguintes: o amor, o direito, e a 
A luta pelo reconhecimento sempre inicia pela 
experiência do desrespeito dessas formas de reconhecimento. 
A autorrealização do indivíduo somente é alcançada quando 
amor, a possibilidade de autoconfiança, 
na experiência de direito, o autorrespeito e, na experiência de 
Os indivíduos e os grupos sociais somente podem formar a sua 
intersubjetivamente. 
Esse reconhecimento ocorre em diferentes dimensões da vida: 
no âmbito privado do amor, nas relações jurídicas, e na esfera 
da solidariedade social. Essas três formas explicam a origem 
das tensões sociais e as motivações morais dos conflitos8. 
imento: amor. São as emoções primárias geradoras de autoconfiança. Para 
“o amor é o fundamento da autoconfiança, pois permite aos indivíduos 
conservarem a identidade e desenvolverem uma autoconfiança, indispensável para a 
“O amor se diferencia do 
direito no modo como ocorre o reconhecimento da autonomia do outro. No amor, esse 
reconhecimento é possível, porque há dedicação emotiva. No direito, porque há 
Reconhecimento: solidariedade ou eticidade. Experiência ligada à autoestima. 
última esfera de reconhecimento, remete à aceitação 
recíproca das qualidades individuais, julgadas a partir dos 
valores existentes na comunidade. Por meio dessa esfera, 
se a autoestima, ou seja, uma confiança nas realizações 
SALVADORI, Mateus. Honneth, Axel. A Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos 
tura/article/viewFile/895/618 
 
 
 
 
 
 
E é justamente pelo desrespeito ao amor (maus
ao direito (privação de direitos e exclusão social) e à solidariedade(ofensas à honra e à 
dignidade do indivíduo como membro de uma comunidade cultural de valores), que nasce 
toda luta por reconhecimento.
 
LUTA PELO RECONHECIMENTO COMO FATOR DE MUDANÇA SOCIAL
RECONHECIMENTO 
AFETIVO OU DO AMOR 
RECONHECIMENTO JURÍDICO OU 
 Experiência do 
amor 
 Gera 
autoconfiança 
 Desrespeito de 
índole física: maus 
tratos (incapacidade de 
gestão do próprio 
corpo) 
 



excluída da posse de um direito, 
compreendido como pretensão 
individual legítima, como 
membro de igual valor numa 
sociedade. Lesão na expectativa 
intersubjetiva de ser 
reconhecido, o que leva à perda 
do autorrespeito e da capacidade 
de referi
um igual aos seus próximos.
 
11
 SALVADORI, Mateus. Ibid. 
12
 SALVADORI, Mateus. Ibid. 
pessoais e na posse de capacidades reconhecidas pelos 
membros da comunidade. A forma de estima social é 
diferente em cada período histórico: na modernidade, por 
exemplo, o indivíduo não é valorizado pelas propriedades 
coletivas da sua camada social, mas surge uma 
individualização das realizações sociais, o que só é possível 
com um pluralismo de valores11 
E é justamente pelo desrespeito ao amor (maus-tratos e violações físicas e psíquicas
ao direito (privação de direitos e exclusão social) e à solidariedade (ofensas à honra e à 
dignidade do indivíduo como membro de uma comunidade cultural de valores), que nasce 
toda luta por reconhecimento. 
As mudanças sociais podem ser explicadas por m
desrespeito, gerador de conflitos sociais. Os conflitos surgem 
do desrespeito a qualquer uma das formas de 
reconhecimento, ou seja, de experiências morais decorrentes 
da violação de expectativas normativas. A identidade moral é 
formada por essas expectativas. Uma mobilização política 
somente ocorre quando o desrespeito expressa a visão de 
uma comunidade. Portanto, a lógica dos movimentos 
coletivos é a seguinte: desrespeito, luta por reconhecimento, 
e mudança social. Honneth, seguindo as ideias de Heg
afirma que a eticidade é o conjunto de condições 
intersubjetivas, que funcionam como condições normativas 
necessárias à autodeterminação e a autorrealização
 
 
LUTA PELO RECONHECIMENTO COMO FATOR DE MUDANÇA SOCIAL
RECONHECIMENTO JURÍDICO OU 
DO DIREITO 
RECONHECIMENTO SOCIAL OU 
DA SOLIDARIEDADE
 Noção do direito 
 Gera autorrespeito 
 Desrespeito moral: pessoa 
excluída da posse de um direito, 
compreendido como pretensão 
individual legítima, como 
membro de igual valor numa 
sociedade. Lesão na expectativa 
intersubjetiva de ser 
reconhecido, o que leva à perda 
do autorrespeito e da capacidade 
de referir-se a si mesmo como 
um igual aos seus próximos. 
 Estima social
 Gera solidariedade
 Desrespeito social que 
atinge a honra e a dignidade do 
sujeito. Degradação valorativa 
de padrões de autorrealização, 
o que leva o indivíduo a 
desvalorizar sua própria vida 
dentro da coletividade. É a 
experiência da humilhação 
social um dos desrespeitos que 
mais marcam o plano psíquico 
do sujeito. 
 
pessoais e na posse de capacidades reconhecidas pelos 
membros da comunidade. A forma de estima social é 
diferente em cada período histórico: na modernidade, por 
é valorizado pelas propriedades 
coletivas da sua camada social, mas surge uma 
individualização das realizações sociais, o que só é possível 
tratos e violações físicas e psíquicas), 
ao direito (privação de direitos e exclusão social) e à solidariedade (ofensas à honra e à 
dignidade do indivíduo como membro de uma comunidade cultural de valores), que nasce 
As mudanças sociais podem ser explicadas por meio do 
desrespeito, gerador de conflitos sociais. Os conflitos surgem 
do desrespeito a qualquer uma das formas de 
reconhecimento, ou seja, de experiências morais decorrentes 
da violação de expectativas normativas. A identidade moral é 
ectativas. Uma mobilização política 
somente ocorre quando o desrespeito expressa a visão de 
uma comunidade. Portanto, a lógica dos movimentos 
coletivos é a seguinte: desrespeito, luta por reconhecimento, 
e mudança social. Honneth, seguindo as ideias de Hegel, 
afirma que a eticidade é o conjunto de condições 
intersubjetivas, que funcionam como condições normativas 
necessárias à autodeterminação e a autorrealização
12
. 
LUTA PELO RECONHECIMENTO COMO FATOR DE MUDANÇA SOCIAL 
RECONHECIMENTO SOCIAL OU 
DA SOLIDARIEDADE 
Estima social 
Gera solidariedade 
Desrespeito social que 
atinge a honra e a dignidade do 
sujeito. Degradação valorativa 
de padrões de autorrealização, 
o que leva o indivíduo a 
desvalorizar sua própria vida 
ntro da coletividade. É a 
experiência da humilhação 
social um dos desrespeitos que 
mais marcam o plano psíquico 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPAS DA CONCILIAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUALIDADE EM PROCESSOS AUTOCOMPOSITIVOS E FORMAÇÃO DO MEDIADOR
 
 
A qualidade em processos 
procedimentos para a obtenção dos melhores resultados. São práticas, ferramentas adotadas 
para corresponder às expectativas das partes em relação ao próprio processo de resolução de 
disputas. Em termos de mediação, essa qualidade consiste:
 
Há 4 vetores para a aferição da qualidade em mediação: a técnica, a ambiental, a 
social e a ética. Vejamos cada uma:
 
 Qualidade técnica: diz respeito 
autocompositivas necessárias para satisfação do usuário. É o famoso C.H.A do 
mediador (competência / conhecimentos, Habilidades e Atitudes). Oportuno destacar 
que todos os envolvidos na mediação devem es
desempenho de suas funções.
 
 
13
 CNJ. Manual de Mediação Judicial. 2016. P. 106.
PREPARO E INÍCIO 
DA CONCILIAÇÃO 
ESCLARECIMENTO 
DA CONTROVÉRSIA 
CONCILIAÇÃO: ETAPAS 
 
QUALIDADE EM PROCESSOS AUTOCOMPOSITIVOS E FORMAÇÃO DO MEDIADOR
A qualidade em processos autocompositivos diz respeito ao gerenciamento dos 
procedimentos para a obtenção dos melhores resultados. São práticas, ferramentas adotadas 
para corresponder às expectativas das partes em relação ao próprio processo de resolução de 
mediação, essa qualidade consiste: 
(...) no conjunto de características necessárias para o processo 
autocompositivo que irá, dentro de condições éticas, atender 
e possivelmente até exceder as expectativas e necessidades 
do usuário. Pode-se, portanto, considerar “bem
mediação quando o “sucesso” está diretamente relacionado à 
satisfação da parte
13
. 
 
Há 4 vetores para a aferição da qualidade em mediação: a técnica, a ambiental, a 
social e a ética. Vejamos cada uma: 
: diz respeito à formação do mediador, às habilidades e às técnicas 
autocompositivas necessárias para satisfação do usuário. É o famoso C.H.A do 
mediador (competência / conhecimentos, Habilidades e Atitudes). Oportuno destacar 
que todos os envolvidos na mediação devem estar preparados tecnicamente para o 
desempenho de suas funções. 
 
CNJ. Manual de Mediação Judicial. 2016. P. 106. 
 
ENCERRAMENTORESOLUÇÃO DE 
QUESTÕES 
REUNIÃO DE 
INFORMAÇÕES 
DECLARAÇÃO 
DE ABERTURA 
ACORDO NÃO ACORDO 
QUALIDADE EM PROCESSOS AUTOCOMPOSITIVOS E FORMAÇÃO DO MEDIADOR 
autocompositivos diz respeito ao gerenciamento dos 
procedimentos para a obtenção dos melhores resultados. São práticas, ferramentas adotadas 
para corresponder às expectativas das partes em relação ao próprio processo de resolução de 
(...) no conjunto de características necessárias para o processo 
autocompositivo que irá, dentro de condições éticas, atender 
e possivelmente até exceder as expectativas e necessidades 
iderar “bem-sucedida” a 
está diretamente relacionado à 
Há 4 vetores para a aferição da qualidade em mediação: a técnica, a ambiental, a 
à formação do mediador, às habilidades e às técnicas 
autocompositivas necessárias para satisfação do usuário. É o famoso C.H.A do 
mediador (competência / conhecimentos, Habilidades e Atitudes).Oportuno destacar 
tar preparados tecnicamente para o 
ENCERRAMENTO 
QIS 
AGENDA 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 Qualidade ambiental
processo autocompositivo. É a psicogeografia do ambiente: proporcionar um ambiente 
agradável e acolhedor. Sala 
refrigerado ou com ventilação adequada e com o resguardo da privacidade.
 
 Qualidade social: tratamento e relacionamento existente entre todos os envolvidos no 
atendimento ao jurisdicionado: magistra
 
 Qualidade ética: adoção de preceitos mínimos de conduta que se esperam dos 
autocompositores e demais pessoas envolvidas no atendimento ao usuário, sendo esta 
qualidade essencial na mediação.
 
O Manual de Mediação Ju
planejamento de qualidade em mediação bem elucidativo, abaixo transcrito:
 
PLANEJAMENTO DE QUALIDADE EM MEDIAÇÃO
Instruções: discuta esse questionário com mediadores e companheiros de trabalho
1) Quais são nossas metas a respeito da qualidade?
Queremos: proporcionar um serviço que satisfaça completamente nossos usuários; fazer o 
processo de mediação cada vez melhor de forma que nossos usuários fiquem cada vez mais 
satisfeitos; capacitar nossos usuários p
resultados e conseqüências de todas as suas decisões.
 
2) Quem são nossos usuários externos?
Nossos usuários externos são todos aqueles que entram em contato conosco para ter suas 
disputas resolvidas. Isso inclui partes, advogados, estagiários e outros.
 
3) Quem são nossos usuários internos?
Nossos usuários internos são todos aqueles com quem trabalhamos e que nos ajudam em 
nossas mediações e outros serviços que proporcionamos.
 
4) Quais são as necessidade mais 
O desejo de nossos usuários de ter acesso a um serviço de mediação que seja absolutamente 
imparcial, confidencial, de baixo custo, que os ajude a entender todos os problemas e explorar 
soluções construindo confiança e possivel
 
5) Como deve um mediador se comportar para satisfazer tais necessidades?
Deve: capacitar as partes para estabelecer o processo que desejem; estabelecer confiança; agir 
e ouvir com empatia; se comportar de maneira imparcial e li
informações às partes usando de linguagem neutra; convocar reuniões privadas quando 
necessário; saber como superar impasses na mediação; conduzir o processo em um ritmo que 
não deixe as partes se sentindo com pressa ou desejando 
Qualidade ambiental: disposição de espaço físico apropriado para se conduzir um 
processo autocompositivo. É a psicogeografia do ambiente: proporcionar um ambiente 
agradável e acolhedor. Sala limpa e organizada, água a disposição, balinhas, ambiente 
refrigerado ou com ventilação adequada e com o resguardo da privacidade.
: tratamento e relacionamento existente entre todos os envolvidos no 
atendimento ao jurisdicionado: magistrados, servidores, partes, advogados etc.
: adoção de preceitos mínimos de conduta que se esperam dos 
autocompositores e demais pessoas envolvidas no atendimento ao usuário, sendo esta 
qualidade essencial na mediação. 
O Manual de Mediação Judicial, 6ª edição, pág. 131-132, traz um roteiro de 
planejamento de qualidade em mediação bem elucidativo, abaixo transcrito: 
PLANEJAMENTO DE QUALIDADE EM MEDIAÇÃO 
 
Instruções: discuta esse questionário com mediadores e companheiros de trabalho
são nossas metas a respeito da qualidade? 
Queremos: proporcionar um serviço que satisfaça completamente nossos usuários; fazer o 
processo de mediação cada vez melhor de forma que nossos usuários fiquem cada vez mais 
satisfeitos; capacitar nossos usuários para que eles possam entender completamente os 
resultados e conseqüências de todas as suas decisões. 
2) Quem são nossos usuários externos? 
Nossos usuários externos são todos aqueles que entram em contato conosco para ter suas 
ui partes, advogados, estagiários e outros. 
3) Quem são nossos usuários internos? 
Nossos usuários internos são todos aqueles com quem trabalhamos e que nos ajudam em 
nossas mediações e outros serviços que proporcionamos. 
4) Quais são as necessidade mais prováveis de nossos usuários? 
O desejo de nossos usuários de ter acesso a um serviço de mediação que seja absolutamente 
imparcial, confidencial, de baixo custo, que os ajude a entender todos os problemas e explorar 
soluções construindo confiança e possivelmente chegando a um acordo. 
5) Como deve um mediador se comportar para satisfazer tais necessidades?
Deve: capacitar as partes para estabelecer o processo que desejem; estabelecer confiança; agir 
e ouvir com empatia; se comportar de maneira imparcial e livre de julgamentos; passar 
informações às partes usando de linguagem neutra; convocar reuniões privadas quando 
necessário; saber como superar impasses na mediação; conduzir o processo em um ritmo que 
não deixe as partes se sentindo com pressa ou desejando que o mediador ande mais rápido; 
: disposição de espaço físico apropriado para se conduzir um 
processo autocompositivo. É a psicogeografia do ambiente: proporcionar um ambiente 
limpa e organizada, água a disposição, balinhas, ambiente 
refrigerado ou com ventilação adequada e com o resguardo da privacidade. 
: tratamento e relacionamento existente entre todos os envolvidos no 
dos, servidores, partes, advogados etc. 
: adoção de preceitos mínimos de conduta que se esperam dos 
autocompositores e demais pessoas envolvidas no atendimento ao usuário, sendo esta 
132, traz um roteiro de 
 
 
Instruções: discuta esse questionário com mediadores e companheiros de trabalho 
Queremos: proporcionar um serviço que satisfaça completamente nossos usuários; fazer o 
processo de mediação cada vez melhor de forma que nossos usuários fiquem cada vez mais 
ara que eles possam entender completamente os 
Nossos usuários externos são todos aqueles que entram em contato conosco para ter suas 
Nossos usuários internos são todos aqueles com quem trabalhamos e que nos ajudam em 
O desejo de nossos usuários de ter acesso a um serviço de mediação que seja absolutamente 
imparcial, confidencial, de baixo custo, que os ajude a entender todos os problemas e explorar 
5) Como deve um mediador se comportar para satisfazer tais necessidades? 
Deve: capacitar as partes para estabelecer o processo que desejem; estabelecer confiança; agir 
vre de julgamentos; passar 
informações às partes usando de linguagem neutra; convocar reuniões privadas quando 
necessário; saber como superar impasses na mediação; conduzir o processo em um ritmo que 
que o mediador ande mais rápido; 
 
 
 
 
 
saber como redigir um acordo tecnicamente correto; trabalhar de forma polida com as partes 
e com a equipe; usar corretamente da linguagem corporal; notar quando aumenta a tensão e 
evitar que o conflito ganhe maiores proporç
 
6) Como deve ser o processo de mediação para satisfazer as necessidades dos usuários?
Deve: ser absolutamente imparcial; ser confidencial; capacitar as partes de modo que possam 
decidir outras regras da mediação; ser orientado para a resolução; ser c
organizada, limpa e confortável; ser conduzido de maneira polida e cordial; possui várias fases 
distintas como a declaração inicial, coleta de fatos, reuniões privadas, reuniões conjuntas e 
declarações finais. 
7) Como podemos controlar
necessidade de nossos usuários?
Podemos: consultar nossos usuários durante e depois da mediação; e aplica questionários 
após as mediações. 
 
 
 
 
Em casos de mediação pré
andamento, a qualidade da mediação é verificada com os primeiros contatos com o usuário na 
forma de recepcioná-lo na chamada 
responsável por esse setor esteja cap
estabelecer um vínculo de confiança, sem prejuízo dos seguintes atributos:
 
 Escuta ativa para compreender as questões trazidas
 
 Ausência de pré-julgamentos
 
 Comportamento empático para com o usuário
 
 Ter ciência do que o centro responsável pela mediação pode fazer ou qual 
encaminhamento fazer (rede de atendimento sociojurídica ou socioassistencial)
 
 Verificação de possíveis ações já ajuizadas
 
 Verificação dodomicílio das partes para a viabilização de seu 
sessões (no caso de presencial), já que é possível a realização via videoconferência
 
14 Art. 6º, X da Resolução 125/2010 CNJ: Para desenvolvimento dessa r
Sistema de Mediação e Conciliação Digital ou a distância para atuação pré
havendo adesão formal de cada Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, para atuação em 
demandas em curso, nos termos
Mediação. 
saber como redigir um acordo tecnicamente correto; trabalhar de forma polida com as partes 
e com a equipe; usar corretamente da linguagem corporal; notar quando aumenta a tensão e 
evitar que o conflito ganhe maiores proporções. 
6) Como deve ser o processo de mediação para satisfazer as necessidades dos usuários?
Deve: ser absolutamente imparcial; ser confidencial; capacitar as partes de modo que possam 
decidir outras regras da mediação; ser orientado para a resolução; ser conduzido em uma sala 
organizada, limpa e confortável; ser conduzido de maneira polida e cordial; possui várias fases 
distintas como a declaração inicial, coleta de fatos, reuniões privadas, reuniões conjuntas e 
7) Como podemos controlar a mediação de modo a garantir que esteja satisfazendo as 
necessidade de nossos usuários? 
Podemos: consultar nossos usuários durante e depois da mediação; e aplica questionários 
ENTREVISTA DE TRIAGEM 
Em casos de mediação pré-processual, ou seja, sem um processo judicial em 
andamento, a qualidade da mediação é verificada com os primeiros contatos com o usuário na 
lo na chamada entrevista de triagem. É imprescindível que a pessoa 
responsável por esse setor esteja capacitada para fornecer um bom atendimento, além de 
estabelecer um vínculo de confiança, sem prejuízo dos seguintes atributos: 
Escuta ativa para compreender as questões trazidas 
julgamentos 
Comportamento empático para com o usuário 
ência do que o centro responsável pela mediação pode fazer ou qual 
encaminhamento fazer (rede de atendimento sociojurídica ou socioassistencial)
Verificação de possíveis ações já ajuizadas 
Verificação do domicílio das partes para a viabilização de seu comparecimento às 
sessões (no caso de presencial), já que é possível a realização via videoconferência
 
Art. 6º, X da Resolução 125/2010 CNJ: Para desenvolvimento dessa rede, caberá ao CNJ. X 
Sistema de Mediação e Conciliação Digital ou a distância para atuação pré-processual de conflitos e, 
havendo adesão formal de cada Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, para atuação em 
demandas em curso, nos termos do art. 334, §7º, do Novo Código de Processo Civil e do art. 46 da Lei de 
saber como redigir um acordo tecnicamente correto; trabalhar de forma polida com as partes 
e com a equipe; usar corretamente da linguagem corporal; notar quando aumenta a tensão e 
6) Como deve ser o processo de mediação para satisfazer as necessidades dos usuários? 
Deve: ser absolutamente imparcial; ser confidencial; capacitar as partes de modo que possam 
onduzido em uma sala 
organizada, limpa e confortável; ser conduzido de maneira polida e cordial; possui várias fases 
distintas como a declaração inicial, coleta de fatos, reuniões privadas, reuniões conjuntas e 
a mediação de modo a garantir que esteja satisfazendo as 
Podemos: consultar nossos usuários durante e depois da mediação; e aplica questionários 
al, ou seja, sem um processo judicial em 
andamento, a qualidade da mediação é verificada com os primeiros contatos com o usuário na 
. É imprescindível que a pessoa 
acitada para fornecer um bom atendimento, além de 
ência do que o centro responsável pela mediação pode fazer ou qual 
encaminhamento fazer (rede de atendimento sociojurídica ou socioassistencial) 
comparecimento às 
sessões (no caso de presencial), já que é possível a realização via videoconferência14. 
ede, caberá ao CNJ. X – criar 
processual de conflitos e, 
havendo adesão formal de cada Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, para atuação em 
do art. 334, §7º, do Novo Código de Processo Civil e do art. 46 da Lei de 
 
 
 
 
 
 
 Checar a capacidade e a maioridade do usuário
 
 Verificar indícios de doença mental ou de indicativos de violência ou crime
 
 Ter a sensibilidade para m
 
Rapport é um conceito da psicologia que significa uma técnica empregada para se 
conectar, de forma empática, com outra pessoa. Um sincronismo entre duas ou mais pessoas, 
o que torna a relação mais agradável, além de criar importantes laços de compreensão e de 
sinergia entre os envolvidos. 
Anthony Robbins afirma ser rapport 
fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum.
ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa de mundo dele. É a essência da 
comunicação bem-sucedida”.
É criar uma relação de confiança e de harmonia o que deixa a pessoa mais receptiva 
para se comunicar e para aceitar mudanças. Como e
expressão facial, postura corporal, equilíbrio emocional, tom de voz (timbre), andamento 
(timing e ritmo da conversa), volume (intensidade da voz), comunicação verbal (palavras) e a 
não verbal (gestos). Barack Oba
O Manual de Mediação Judicial, no capítulo 9, traz relevantes estratégias de 
desenvolvimento do rapport 
confiança, a saber: 
 
 Ouvir as partes atentamente
julgamentos, sem a formulação de juízos de valor e com respeito à história do outro.
 
 Concentração na resolução da disputa
 
 Imparcialidade e receptividade
 
 Sensibilidade do mediador
acabar com a confiança das partes para com o mediador.
 
 Evitar preconceitos: pré
 
 
 
 
Checar a capacidade e a maioridade do usuário 
Verificar indícios de doença mental ou de indicativos de violência ou crime
Ter a sensibilidade para mapear os interesses por trás das questões apresentadas.
RAPPORT 
 
Rapport é um conceito da psicologia que significa uma técnica empregada para se 
conectar, de forma empática, com outra pessoa. Um sincronismo entre duas ou mais pessoas, 
o mais agradável, além de criar importantes laços de compreensão e de 
 
Anthony Robbins afirma ser rapport “... a capacidade de entrar no mundo de alguém, 
lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de 
ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa de mundo dele. É a essência da 
sucedida”. 
É criar uma relação de confiança e de harmonia o que deixa a pessoa mais receptiva 
para se comunicar e para aceitar mudanças. Como elementos do rapport, há: contato visual, a 
expressão facial, postura corporal, equilíbrio emocional, tom de voz (timbre), andamento 
(timing e ritmo da conversa), volume (intensidade da voz), comunicação verbal (palavras) e a 
não verbal (gestos). Barack Obama é um exemplo de pessoa que faz rapport com facilidade.
O Manual de Mediação Judicial, no capítulo 9, traz relevantes estratégias de 
 para a atuação do mediador, a fim de estabelecer um vínculo de 
partes atentamente: temos frisado bastante a importância dessa oitiva sem 
julgamentos, sem a formulação de juízos de valor e com respeito à história do outro.
Concentração na resolução da disputa: estado de presença. 
Imparcialidade e receptividade: rigidez com as questões e afável com as pessoas.
Sensibilidade do mediador: uma intervenção inoportuna ou mal estruturada pode 
acabar com a confiança das partes para com o mediador. 
: pré-julgamentos criam barreiras na comunicação.
 
Verificar indícios de doença mental ou de indicativos de violência ou crime 
apear os interesses por trás das questões apresentadas. 
Rapport é um conceito da psicologia que significa uma técnica empregada para se 
conectar, de forma empática, com outra pessoa. Um sincronismo entre duas ou mais pessoas, 
o mais agradável, além de criar importanteslaços de compreensão e de 
“... a capacidade de entrar no mundo de alguém, 
É a capacidade de 
ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa de mundo dele. É a essência da 
É criar uma relação de confiança e de harmonia o que deixa a pessoa mais receptiva 
lementos do rapport, há: contato visual, a 
expressão facial, postura corporal, equilíbrio emocional, tom de voz (timbre), andamento 
(timing e ritmo da conversa), volume (intensidade da voz), comunicação verbal (palavras) e a 
ma é um exemplo de pessoa que faz rapport com facilidade. 
O Manual de Mediação Judicial, no capítulo 9, traz relevantes estratégias de 
para a atuação do mediador, a fim de estabelecer um vínculo de 
: temos frisado bastante a importância dessa oitiva sem 
julgamentos, sem a formulação de juízos de valor e com respeito à história do outro. 
rigidez com as questões e afável com as pessoas. 
: uma intervenção inoportuna ou mal estruturada pode 
julgamentos criam barreiras na comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 Separar as pessoas do problema
 
 Despolarização do conflito
pressões para demonstrar que, na maior parte dos casos, os interesses reais das partes 
são congruentes e que, por falhas de comunicação, freqüentemente, as partes tem a 
percepção de que os seus interesses são divergentes ou incompatíveis.
 
 Reconhecimento e validação de sentimentos
ainda que as partes não 
partes e contextualizar o que cada parte está sentindo em uma perspectiva positiva, 
ao identificar os interesses reais que estimularam o referido sentimento.
 
 Silêncio na mediação
determinado comportamento.
 
 Compreensão do caso
que está sendo dito e repassar esta compreensão para que os envolvidos vejam o 
conflito de forma mais simples, obje
mapeamento: 
 
1) Identificação de questões, interesses e sentimentos (QIS):
 
QUESTÕES 
 Pontos que dizem 
respeito à matéria tratada 
na mediação em torno dos 
quais existem as 
controvérsias. 
 
2) Fragmentar as questões
sentimentos e interesses em uma única grande questão, como se fosse algo complexo 
e de difícil resolução. Ao fragmentá
partes um grande peso, capacita
menos complexas. 
 
3) Recontextualizar: retransmitir as informações coletadas pelas partes s
perspectiva nova, mais clara e compreensível, com enfoque prospectivo e voltado às 
soluções. 
eparar as pessoas do problema: ajuda a preservar o relacionamento entre as partes.
Despolarização do conflito: o mediador deve ser prestativo e acessível sem exercer 
pressões para demonstrar que, na maior parte dos casos, os interesses reais das partes 
o congruentes e que, por falhas de comunicação, freqüentemente, as partes tem a 
percepção de que os seus interesses são divergentes ou incompatíveis.
Reconhecimento e validação de sentimentos: consiste em identificar sentimentos, 
ainda que as partes não os revelem explicitamente, reconhecer estes perante as 
partes e contextualizar o que cada parte está sentindo em uma perspectiva positiva, 
ao identificar os interesses reais que estimularam o referido sentimento.
Silêncio na mediação: ferramenta direcionada à reflexão e à reconsideração de 
determinado comportamento. 
Compreensão do caso: o mediador deve demonstrar eficiência na compreensão do 
que está sendo dito e repassar esta compreensão para que os envolvidos vejam o 
conflito de forma mais simples, objetiva e positiva. Existem 3 meios para fazer esse 
Identificação de questões, interesses e sentimentos (QIS): 
INTERESSES SENTIMENTOS
Pontos que dizem 
respeito à matéria tratada 
na mediação em torno dos 
quais existem as 
 Aspectos da 
controvérsia que mais 
importam para uma ou 
para ambas as partes. 
Juridicamente, os 
interesses são qualificados 
como a razão que existe 
entre o homem e os bens 
da vida. 
 Revelam
instante na mediação, seja 
por meio de algo
dito ou ainda por gestos, 
posturas, comportamentos, 
expressões faciais ou tom 
de voz. 
Fragmentar as questões: as partes têm a tendência a aglutinar questões, 
sentimentos e interesses em uma única grande questão, como se fosse algo complexo 
de difícil resolução. Ao fragmentá-las em questões menores, o mediador tira das 
partes um grande peso, capacita-as a lidar com as próprias questões, a começar pelas 
: retransmitir as informações coletadas pelas partes s
perspectiva nova, mais clara e compreensível, com enfoque prospectivo e voltado às 
: ajuda a preservar o relacionamento entre as partes. 
: o mediador deve ser prestativo e acessível sem exercer 
pressões para demonstrar que, na maior parte dos casos, os interesses reais das partes 
o congruentes e que, por falhas de comunicação, freqüentemente, as partes tem a 
percepção de que os seus interesses são divergentes ou incompatíveis. 
: consiste em identificar sentimentos, 
os revelem explicitamente, reconhecer estes perante as 
partes e contextualizar o que cada parte está sentindo em uma perspectiva positiva, 
ao identificar os interesses reais que estimularam o referido sentimento. 
da à reflexão e à reconsideração de 
: o mediador deve demonstrar eficiência na compreensão do 
que está sendo dito e repassar esta compreensão para que os envolvidos vejam o 
tiva e positiva. Existem 3 meios para fazer esse 
SENTIMENTOS 
Revelam-se a todo 
instante na mediação, seja 
por meio de algo que foi 
dito ou ainda por gestos, 
posturas, comportamentos, 
expressões faciais ou tom 
: as partes têm a tendência a aglutinar questões, 
sentimentos e interesses em uma única grande questão, como se fosse algo complexo 
las em questões menores, o mediador tira das 
as a lidar com as próprias questões, a começar pelas 
: retransmitir as informações coletadas pelas partes sob uma 
perspectiva nova, mais clara e compreensível, com enfoque prospectivo e voltado às 
 
 
 
 
 
 Tom da mediação: é o ambiente emocional. O mediador é a referência na mesa de 
comportamento para as partes e está, a todo momento, ajustando a forma como as
partes agem por meio de suas próprias atitudes. Engloba: a linguagem não verbal, a 
comunicação acessível, a linguagem neutra e o ritmo da mediação.
 
 Empoderamento das partes
elas aprendam a valorizar os
uma nova perspectiva e estreitando o relacionamento. É fazer com que a parte 
adquira consciência de suas próprias capacidades e habilidades, mediante o reforço de 
tudo o que já foi conseguido com o f
 
 Necessidades e dificuldades das partes
dificuldades das partes, além de desmistificar o processo.
 
 Confidencialidade: garantias da confidencialidade. Exceção: cometimento de crimes na 
sessão. 
 
 Imparcialidade: oferecer uma imagem de imparcialidade; não julgar pelas aparências, 
filtrar percepções tendenciosas e não influenciar opiniões. 
VÍDEO: O PODER DO RAPPORT
 Olhar empático
 Conexão 
 Validação de sentimentos
 Soft Skill: orientação para servir
 Reforços positivos
 
 
PANORAMA DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO, PAPÉIS E ESTÁGIOS DA MEDIAÇÃO
 
 
Após as ponderações feitas até então, chega
mediação propriamente dita, os sujeitos e as etapas. Nesse 
estudo são aplicadas tanto à mediação judicial quanto à extrajudicial. No que for diferente, 
faremos a explicação pertinente para melhor entendimento e visualização.
 
 
 
: é o ambiente emocional. O mediador é a referência na mesa de 
comportamento para as partes e está, a todo momento, ajustando a forma como as
partes agem por meio de suas próprias atitudes. Engloba: a linguagem não verbal, a 
comunicação acessível, a linguagem neutra e o ritmo da mediação. 
Empoderamento das partes: a compreensão mútua das partes entre si faz com que 
elas aprendam a valorizar os interesses e sentimentos do outro, vendo o conflito por 
uma nova perspectiva e estreitando o relacionamento. É fazer com que a parte 
adquira consciência de suas próprias capacidades e habilidades, mediante o reforço de 
tudo o que já foi conseguido com o foco no futuro. 
Necessidadese dificuldades das partes: reconhecer e endereçar as necessidades e 
dificuldades das partes, além de desmistificar o processo. 
: garantias da confidencialidade. Exceção: cometimento de crimes na 
: oferecer uma imagem de imparcialidade; não julgar pelas aparências, 
filtrar percepções tendenciosas e não influenciar opiniões. 
#DICASDASYL 
VÍDEO: O PODER DO RAPPORT. Ponderações: 
Olhar empático 
Validação de sentimentos 
Skill: orientação para servir 
Reforços positivos 
 
PANORAMA DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO, PAPÉIS E ESTÁGIOS DA MEDIAÇÃO
Após as ponderações feitas até então, chega-se ao momento de apresentar a 
mediação propriamente dita, os sujeitos e as etapas. Nesse sentido, as primeiras linhas do 
estudo são aplicadas tanto à mediação judicial quanto à extrajudicial. No que for diferente, 
faremos a explicação pertinente para melhor entendimento e visualização. 
 
: é o ambiente emocional. O mediador é a referência na mesa de 
comportamento para as partes e está, a todo momento, ajustando a forma como as 
partes agem por meio de suas próprias atitudes. Engloba: a linguagem não verbal, a 
: a compreensão mútua das partes entre si faz com que 
interesses e sentimentos do outro, vendo o conflito por 
uma nova perspectiva e estreitando o relacionamento. É fazer com que a parte 
adquira consciência de suas próprias capacidades e habilidades, mediante o reforço de 
: reconhecer e endereçar as necessidades e 
: garantias da confidencialidade. Exceção: cometimento de crimes na 
: oferecer uma imagem de imparcialidade; não julgar pelas aparências, 
PANORAMA DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO, PAPÉIS E ESTÁGIOS DA MEDIAÇÃO 
se ao momento de apresentar a 
sentido, as primeiras linhas do 
estudo são aplicadas tanto à mediação judicial quanto à extrajudicial. No que for diferente, 
 
 
 
 
 
 
SUJEITOS DO PROCESSO 
 
 
 
 
 
PARTES 
 
 
REPRESENTANTES LEGAIS 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIADOR 
 
 
 
 
 
 
 
15 Art. 154, CP – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Parágrafo único – Somente se procede mediante representação
SUJEITOS DO PROCESSO 
 
FUNÇÃO / ATUAÇÃO 
 Principais envolvidos no conflito 
 São encaminhadas para a mediação: 
a) A pedido de uma das partes 
b) Iniciativa dos advogados ou do promotor 
c) Por determinação judicial 
d) Previsão de contratual de cláusula de mediação
partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação
 §2º, art. 2º, Lei 13.140/2015: ninguém será obrigado a 
permanecer em procedimento de mediação
 
 O advogado exercer um papel importante no 
esclarecimento de dúvidas jurídicas além de
soluções criativas que atendam aos interesses das partes
 Terceiro qualificado para auxiliar as partes no 
entendimento de suas perspectivas, de seus interesses e de 
suas necessidades 
 Violação ao sigilo: art. 154, CP15 
Lei 13.140/2015: 
 Art. 5º: Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais 
de impedimento e suspeição do juiz. 
 Art. 6º: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, 
contado do término da última audiência em que atuou, de 
assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
 Art. 8º: O mediador e todos aqueles que o assessoram no 
procedimento de mediação, quando no exercício de suas 
funções ou em razão delas, são equiparadas a servidor 
público, para os efeitos da legislação penal. 
 É o segundo mediador. Motivos para um co
a) Permitir que as habilidades e experiências de dois ou mais 
mediadores sejam canalizadas para a realização dos 
propósitos da mediação, entre os quais a resolução da 
disputa; 
b) Oferecer mediadores com perfis culturais ou gêneros 
 
Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: 
detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Somente se procede mediante representação 
 
Previsão de contratual de cláusula de mediação: as 
deverão comparecer à primeira reunião de mediação 
§2º, art. 2º, Lei 13.140/2015: ninguém será obrigado a 
permanecer em procedimento de mediação 
O advogado exercer um papel importante no 
esclarecimento de dúvidas jurídicas além de apresentar 
soluções criativas que atendam aos interesses das partes 
Terceiro qualificado para auxiliar as partes no 
entendimento de suas perspectivas, de seus interesses e de 
se ao mediador as mesmas hipóteses legais 
: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, 
contado do término da última audiência em que atuou, de 
ar qualquer das partes. 
: O mediador e todos aqueles que o assessoram no 
procedimento de mediação, quando no exercício de suas 
funções ou em razão delas, são equiparadas a servidor 
 
segundo mediador. Motivos para um co-mediador: 
a) Permitir que as habilidades e experiências de dois ou mais 
mediadores sejam canalizadas para a realização dos 
propósitos da mediação, entre os quais a resolução da 
s culturais ou gêneros 
Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, 
detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis. 
 
 
 
 
 
 
COMEDIADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ 
 
 
ARQUITETURA
 
A mediação, seja extrajudicial, seja a judicial possui uma sequência de atos (etapas) 
que permitem a sua adaptação conforme o progresso das partes durante a sessão. O tom 
informal, sem formalidades, estimula o diálogo entre os envolvidos para o devido 
enfrentamento não só da lide processual quanto da sociológica. Assim sendo como 
da mediação, temos: 
 
distintos de modo que as partes sintam menor 
probabilidade de parcialidade e interpretações tendenciosas 
por parte dos terceiros neutros; 
c) Treinamento supervisionado de mediadores aprendizes.
 É também responsável por aproximar as partes em 
disputa por meio do fortalecimento de vínculos sociais e 
comunitários, além de gerenciar quais demandas seguirão 
qual processo de resolução de conflitos. 
 Esclarecimentos às partes quais sejam as opções que 
lhes estão sendo oferecidas, além de: 
a) Explicar no que consiste a mediação, como funciona o 
serviço de mediação forense e qual a importância da 
presença das partes; 
b) Explicar porque a possibilidade de mediação está sendo 
apresentada às partes 
c) Responder a questões específicas freqüentemente 
apresentadas por advogados das quais se exemplificam:
 Se é necessária a mediação forense mesmo se as 
partes já tentaram negociar; 
 Se o acordo realmente se mostra, diante de 
determinado caso concreto, como a melhor solução;
 Se em determinados casos em que há grande 
envolvimento emocional a mediação forense deve 
ser utilizada; 
 Como proceder em casos em que o acordo não é 
possível; 
 Se a mediação é recomendável em disputas nas 
quais as partes divergem exclusivamente acerca de 
questões de direito. 
 Homologação do título extrajudicial 
ARQUITETURA DA MEDIAÇÃO: ETAPAS 
 
A mediação, seja extrajudicial, seja a judicial possui uma sequência de atos (etapas) 
que permitem a sua adaptação conforme o progresso das partes durante a sessão. O tom 
informal, sem formalidades, estimula o diálogo entre os envolvidos para o devido 
entamento não só da lide processual quanto da sociológica. Assim sendo como 
distintos de modo que as partes sintam menor 
probabilidade de parcialidade e interpretações tendenciosas 
c) Treinamento supervisionado de mediadores aprendizes. 
responsável por aproximar as partes em 
disputa por meio do fortalecimento de vínculos sociais e 
comunitários, além de gerenciar quais demandas seguirão 
Esclarecimentos às partes quais sejam as opções que 
a) Explicar no que consiste

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