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FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE RECIFE Curso de Direito Rodrigo Miguel Oliveira da Silva O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE DAS PARTES E A OBRIGATORIEDADE DA MEDIAÇÃO JUDICIAL NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Jaboatão dos Guararapes 2019 Rodrigo Miguel Oliveira da Silva O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DAS PARTES E A OBRIGATORIEDADE DA MEDIAÇÃO JUDICIAL NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Projeto de Pesquisa elaborado como requisito parcial da disciplina de Monografia I do curso de Direito da Faculdade Metropolitana, sob a orientação da profª. Bianca Moura. Jaboatão dos Guararapes 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 4 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA................................... 4 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 4 1.3 OBJETIVOS.................................................................................................... 5 1.3.1 Objetivo Geral......................................................................................... 1 INTRODUÇÃO As demandas pelo judiciário crescem exponencialmente, e no mesmo passo crescem as insatisfações pelo demora na resposta por parte do Estado juiz. Esse gargalo cria uma descrença por uma parcela dos jurisdicionados, que não vislumbram uma resolução rápida, e principalmente, eficaz dos seus conflitos. Ou seja, dentro dos conformes do devido processo legal. A partir deste cenário e na tentativa de atualizar o ordenamento jurídico com as novas tendências, o Novo Código de Processo Civil traz medidas alternativas de solução de conflitos justamente visando atender aos anseios da sociedade brasileira. Assim em seu artigo 3º e respectivos parágrafos, determina que o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual de conflitos, utilizando-se da conciliação, da mediação e de outros métodos, os quais deverão ser estimulados por todos – juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA Com o intuito de consolidar os métodos de solução consensual de conflitos no ordenamento jurídico, e principalmente no cotidiano da sociedade, o Novo Código criou alguns mecanismo para tal. Assim, no capítulo que fala da Audiência de Conciliação e da Mediação, o legislador criou uma obrigatoriedade para o comparecimento das partes nestas audiências, sob pena de multa pelo descumprimento injustificado, salvo se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual. Dito isto, significa dizer que se apenas uma das partes manifestar interesse na tentativa de autocomposição, necessariamente a outra estará obrigada a participar da audiência. Aqui nasce uma dúvida a respeito das consequências dessa exigência. Será que a obrigatoriedade de comparecimento na audiência de conciliação/mediação judicial afronta o princípio da autonomia da vontade das partes? 1.2 JUSTIFICATIVA Neste sentido, a elaboração desta pesquisa partiu da tentativa de conhecer e entender quais as consequências da exigibilidade na audiência de conciliação/mediação judicial, pois, ao passo que cria dúvidas sobre sua efetividade, acaba por desestimular a manifestação voluntária no comparecimento das partes. Logo, a escolha deste tema visa analisar as fundamentações e consequências desta norma a fim de elucidar suas reais implicações e por fim contribuir com o fomento dos meios de solução consensual de conflitos, 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Estabelecer quais as reais implicações da obrigatoriedade no comparecimento das partes na audiência de conciliação/mediação das partes frente ao princípio da autonomia das partes, analisando de que forma esta norma afeta a finalidade da autocomposição.