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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
AVA2 - Empreendedorismo
Rio de Janeiro
2020
Houve um tempo em que a palavra “empreendedorismo” não fazia parte oficialmente da língua portuguesa. Entretanto, há empreendedores espalhados pelo Brasil há séculos, contribuindo com mudanças importantes na humanidade. Hoje em dia, o termo é utilizado cada vez mais para definir pessoas capazes de identificar problemas, oportunidades e encontrar soluções inovadoras. 
Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas. Segundo Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação, ele ainda diz que empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações. Para o empreendedor ter sucesso ele precisa ter as seguintes características: iniciativa, persistência, deve ter um planejamento, autoconfiança, liderança, estar sempre em busca de informações, ter visão empreendedora, ter capacitação e qualidade. 
De acordo com o estudo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizado no Brasil pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), o Brasil se encontra no topo do ranking no quesito abertura de novos empreendimentos, segundo dados de 2014/2015, inclusive ficando à frente de países como Argentina, México e dos países do BRICS.
Só na última década a quantidade de pessoas economicamente ativas que criaram seu próprio negócio saltou de 23% para 34,5%. Ou seja: 1 a cada 3 pessoas economicamente ativas são donas do seu próprio negócio no Brasil, segundo dados do GEM. Ainda segundo o GEM, a taxa de empreendedorismo total no Brasil é de 38% (2018). São 52 milhões de brasileiros se dedicando ao próprio negócio. 
Há dois tipos de empreendedor: o de necessidade, que surge a urgência de se criar uma renda, feito sem planejamento, e o empreendedor por oportunidade, que aproveita um maior planejamento, estudos e estrutura. E em meio à pandemia os números de empreendedores de necessidade cresceu muito, pela escassez de emprego.
“Eu, realmente, conheço vários empresários que estão na ativa há uns 15 anos e vão ter que fechar as portas”, a frase da designer de acessórios carioca Mariana Nogueira, de certa forma resume a situação dos micro e pequenos empresários (MPEs) e dos microempreendedores individuais (MEIs) brasileiros frente às consequências da pandemia do coronavírus.
As categorias enfrentam a crise já desgastadas por dificuldades anteriores, com limitações no acesso ao crédito, encaravam também brasileiros mais endividados, com menos poder de investimento e gastando mais com dívidas.
De acordo com a pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae no início de abril, 73% dos entrevistados disseram que a situação antes da pandemia estava em patamares ruins ou razoáveis. 
Após a chegada do coronavírus ao Brasil, os resultados negativos se intensificaram. Cerca de 62% dos empreendedores interromperam as atividades temporariamente ou em definitivo. Quase 88% deles viram seu faturamento cair em média 75%.
A crise causada pela pandemia do novo coronavírus vem impactando mais intensamente as pequenas empresas do comércio, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O levantamento, que tem como base a pesquisa de sondagem do comércio realizada mensalmente pela instituição, aponta que, além de sofrer mais com a crise, esse tipo de negócio apresenta um ritmo de recuperação mais lento.
Com as pequenas empresas sendo responsáveis por 54% dos empregos com carteira assinada no país e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), os dados trazidos pela pesquisa indicam mais um entrave para a recuperação da economia nacional e revelam o que já é sentido na prática por micros e pequenos empreendedores em todo o Brasil. 
Ao mesmo tempo em que a crise provocada pelo Covid-19 derruba o faturamento de grandes companhias, também ameaça o futuro de pequenos e médios negócios. Com calibre financeiro inferior para absorver choques econômicos, empresas menores enxergam uma série de desafios para manter o equilíbrio durante a pandemia. Em razão das dificuldades que se multiplicaram, pequenos empresários devem buscar opções para tentar reduzir perdas, o que pode evitar demissões, dizem analistas.
Diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Rio Grande do Sul, André Vanoni de Godoy ressalta que, neste momento é preciso cortar gastos desnecessários. Assim, o caixa das empresas pode ter fôlego adicional. “A situação é difícil. É praticamente impossível que os negócios não sintam nada e passem ilesos. Muitos podem ficar pelo caminho. Então, é preciso que as empresas olhem para o caixa, cortando despesas não essenciais” – relada Godoy. 
Segundo ele, aperfeiçoar canais de venda online é outra ação que pode beneficiar os micro e pequenos empreendedores. Aliás, a tecnologia também deve ser usada pelas marcas para manter contato com os clientes durante o período de isolamento social. “É importante não abandonar o consumidor neste momento. Uma academia, por exemplo, tem de fechar as portas, mas deve seguir em contato com os alunos, oferecer aulas por vídeo. O serviço não será o mesmo, só que a conexão será mantida.” – Sugere ele.
No Recife, o empresário João Maciel Lima, dono do Lojão dos Calçados, diz que sofreu para manter o negócio de pé no período em que as portas estiveram fechadas. “Os meses que passamos sem funcionar foram desesperadores”, conta Lima, afirmando que o faturamento da loja caiu cerca de 90%. “Isso me forçou a demitir 15 dos 50 funcionários que trabalhavam aqui”, lamenta o empresário, segundo quem, apesar da abertura, a retomada das vendas tem estado aquém do esperado. 
Para o economista do Ibre/FGV e responsável pelo levantamento, Rodolpho Tobler, a dificuldade no acesso a linhas de crédito continua sendo um dos principais problemas para a recuperação dos negócios de pequeno porte. Segundo ele, o estudo mostra que, das empresas que tentaram obter algum tipo de crédito, mas não conseguiram, 64,4% são pequenas e apenas 5,1%, grandes. “Isso, certamente, está entre as maiores dificuldades para esses empreendedores se recuperarem do tombo que tiveram”, afirma o pesquisador.
Suponhamos que eu seja uma empreendedora de um negócio pequeno, a Ella’s Doces, uma loja física que vende doces finos. Porém como vários outros negócios teve que fechar as portas e vi o número de clientes cair drasticamente, devido à pandemia do Covid-19. Acredito que minha primeira decisão seria entrar em aplicativos de entrega e serviço de delivery, assim conseguiria continuar vendendo. Também teria que aumentar as opções de doces, para algo mais popular, como por exemplo bolo de pote, tortinhas e brigadeiro. Hoje em dia também temos as redes sociais ao nosso favor, sempre podemos divulgar o produto pela internet, e assim, todos tem acesso as informações. Até mesmo pelo WhatsApp tem como vender. Creio que a melhor saída para os negócios, que tiveram que fechar as portas durante a pandemia, é o serviço de delivery. Pois o empreendedor tem a opção de continuar lucrando e o cliente não fica sem o produto. É importante se atentar no gasto desnecessário. Porém, como qualquer outro negócio, há riscos e um dos maiores desafios seria a competitividade acirrada. Assim como disse antes, vários negócios partiram para o serviço de delivery e nos aplicativos, então há muito mais competitividade em um ramo tão comum como o da comida. Pois quanto maior a concorrência, maior o risco. É de extrema importância que a empresa garanta um diferencial, o que faz o seu produto melhor do que os outros. Também existe o problema geográfico, pois dependendo do local de entrega, pode ser perigosodemais realizar a entrega. 
É importante se comunicar com os clientes, adaptar-se ao que os fregueses querem. Mas com um planejamento, monitorando, identificando e minimizando qualquer ameaça é possível continuar tendo lucro. 
Referências: 
(meuSucesso.com, 2018)
(Bueno, 2019)
(Aprígio, 2020)
(Vieceli, 2020)

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