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Empreendedorismo AVA1 Individual

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Universidade Veiga de Almeida 
Larissa Antunes da Frota Gomes Pinto 
Trabalho da Disciplina – AVA1 
Participação no Grupo / Entrega da Avaliação
Empreendedorismo – Administração UVA
Motivos que impulsionam o empreendedorismo no atual momento. Empreender não é só ganhar dinheiro. A escassez de emprego tem sido o principal fator para empreendedores decidirem trabalhar por conta própria em meio a uma crise.
Em 2014, a grande recessão brasileira levou o recuo do PIB – Produto Interno Bruto por dois anos consecutivos, fazendo com que a economia subtraísse cerca de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. Essa crise também trouxe desemprego cujo zênite foi de 13,7% em março de 2017 o que representava 14,2 milhões de brasileiros desempregados.
O desemprego causado pela pandemia do coronavírus no ano atual atingiu seu nível mais alto na penúltima semana de setembro (2020), atingindo cerca de 14 milhões de brasileiros de acordo com dados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Entre maio e setembro mais de 4,1 milhões de brasileiros ficaram desempregados o que corresponde a mais 43% do número de desempregados no país em cinco meses por conta das dificuldades que surgiram com a pandemia, como endividamento, inadimplência com proprietários por falta de renda, forte queda da demanda entre outros fatores.
Na íntegra, de acordo com o relatório executivo da pesquisa G.E.M – Global Entrepreneurship Monitor (2016), a recuperação da economia passa, necessariamente, pelo empreendedorismo, e que é preciso que o governo crie mecanismos que facilitem e incentivem os pequenos negócios e que a capacidade do brasileiro para empreender e a grande quantidade de oportunidades que o país ainda oferece não podem ser desperdiçados. O SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas é um programa que objetiva a capacitação e a promoção do desenvolvimento econômico e competitividade de micro e pequenas empresas, estimulando o empreendedorismo no nosso país e já ajudou milhares de brasileiros a consolidarem seus negócios.
O Indicador da Serasa Experian revela a abertura de 219,749 mil empresas no Brasil em maio, um crescimento de 12,8% sobre abril, quando foram criados 194.882 novos negócios, de acordo com a Serasa em agosto de 2020.
Hodiernamente, o G.E.M não descreve as razões para alavancar um empreendimento apenas por necessidade ou por oportunidade, mas as razões reais pelas quais um indivíduo começa um empreendimento – em inúmeras variantes. Não mais apenas por aceitar o desafio de um negócio autônomo devido à falta de melhores alternativas profissionais, oportunidades e renda – que é o caso do indivíduo por necessidade; ou por empreender mesmo tendo diferentes alternativas na área profissional, e ainda assim enxergar melhores possibilidades, observando bem o mercado e o consumidor, que geralmente tem visão e procura respostas e ideias em relação a produtos e serviços – como é o caso do empreendedor por oportunidade.
O empreendedorismo atualmente, não é necessariamente ganhar dinheiro ou simplesmente vender algo à alguém porque é preciso. Todo brasileiro tem em si um dom de criatividade ou o dom de “dar um jeitinho” seja falando, fazendo algo, ou alguma coisa. Mas todo negócio precisa ser pensado, precisa ter uma demanda, ou seja, uma necessidade.
Hodiernamente, vê-se empresas de cosméticos que deram espaço à fabricação de álcool em vários tipos de embalagens para  uso industrial, empresarial ou pessoal. Pessoas que repensaram o jeito de vender um produto, que reinventaram seus empreendimentos, costureiras que deram lugar a criação de máscaras personalizadas. Lojas físicas que passaram a atender sob encomenda/entrega, psicólogos, médicos e outros profissionais que abriram mão do atendimento presencial e deram lugar ao atendimento virtual, ajudando várias pessoas em todo o território nacional. E mais: não só o atendimento virtual como muitas lojas se modificaram e se adptaram às novas necessidades que foram surgindo. Inovação ocorre quando se repensa o presente, o que já existe, quando se questiona o que já temos e o que ainda pode ser feito.
A G.E.M já reconhece que existem empreendedores com razões diferentes para alavancar um negócio no mercado que não por necessidade ou por oportunidade. Agora são levados em consideração para novos empreendedores entrarem no mundo dos negócios: ocupação (ex.:há pessoas que querem preencher o tempo livre trabalhando), dinheiro, vontade de mudar o mundo, ótima ideia, alternativa de investimento, vocação etc.
Vale ressaltar que, nem sempre as pessoas conseguem ver as entrelinhas que existem tanto no precesso para se começar um negócio, quanto no decorrer de sua atividade efetiva. A maioria dos empreendedores novos por necessidade ou por oportunidade não tem fundamento básico requerido para administrar um negócio para se consolidar no mercado e quais as consequências tanto positivas quanto negativas eles podem trazer. E, ainda assim muitos desses empreendedores acabam por parar de empreender quando surge uma nova oportunidade de emprego e voltam a trabalhar para o outro; ou praticam a evasão da atividade quando o primeiro problema financeiro surge.
É fato que diante de uma crise, as pessoas tendem a querer recorrer ao empreendedorismo por necessidade. Por outro lado, por enxergarem oportunidades e uma alternativa à manutenção de renda.
O “tipo ideal” de empreendimento atualmente não é intrinsecamente formalista, que precisa passar por processos de regulamentação, mas que vão crescendo com vários graus de densidade, de acordo com cada empreendedor e intraempreendedor e empreendimento.
Objetividade e profissionalismo para a área empreendedora é fundamental, isto é, o que realmente é importante é como o empreendedor vê o tipo de negócio que ele almeja, isto é, ponderação de tempo e custo, de serviços e demandas, de necessidades e interesses. Por exemplo, enquanto empresas de vários setores e portes tiveram que fechar, outras nasceram da necessidade ou pela oportunidade de tirar uma ideia do papel como fez a produtora Rachel Leão, fundadora da Miscelância, que criou uma marca que é um conjunto destes dois fatores.
O empreendimento de Rachel começou em Maio e atende como consultoria e entrega de plantas de pequeno porte. Há também o caso de Helder Montenegro, empresário que fechou seu negócio de 20 anos, a Academia Personal, com quinhentos mil reais em dívidas e resolveu investir no desenvolvimento da plataforma de teleatendimento fisioterapêutico SCAL e na microfranquia para profissionais de educação física Person@aal. E também tem a SURPREENDA DELIVERY, uma empresa que atende na cidade de São Paulo e produz cestas Gourmet presenteáveis com atendimento totalmente online, oferece várias opções no seu menu exclusivo de produtos para café da manhã, happy hour e kits com vinhos e queijos. Percebe-se que a tecnologia, tanto na entrega de produtos quanto na entrega de serviços foi uma grande aliada nos novos empreendimentos.
Esses exemplos de empreendimentos nos mostram que empreender por necessidade ou por oportunidade no cenário atual é apenas um complemento à outros motivos que fez que com que o número de empreendedores aumentasse.
As taxas de Empreendedorismo Inicial, Estabelecido e Total registradas no relatório executivo G.E.M de 2019, mostram o Brasil em uma posição de destaque dentre os 55 países do levantamento (a 4ª maior Taxa de Empreendedorismo Inicial – negócios de 3,5 anos de existência – (TEA=23,3%) entre os países incluídos da pesquisa. Essa marca é superior às outras registradas.
Quase 90% dos empreendedores iniciais brasileiros concordam que um dos principais motivos para desenvolver a iniciativa empreendedora é a escassez de emprego. O Brasil está entre os 10 países que mais consideram a escassez de emprego como fator motivador para empreender. Estima-se que essa motivação ganhe ainda mais relevância neste ano, com a pandemia.
A pesquisa GEM também analisou a motivação para empreender a partir dos critérios de gênero, raça e faixa etária. A escassez de empregosfoi o fator motivacional escolhido pela maioria das mulheres, dos negros, e entre os que têm entre 35 e 54 anos. Apesar das dificuldades no mercado de trabalho, são as mulheres em sua maioria, com 53%, que acreditam que “fazer a diferença no mundo” é motivação para empreender, sendo que a proporção é maior entre as pessoas brancas e jovens.  No grupo dos homens, 42%, são mais motivados por construir riqueza ou obter maior renda ao empreender. A tradição familiar como razão para começar um novo negócio destaca-se entre os mais velhos, entre 55 e 64 anos.
 
Os conceitos empregados de empreendedorismo não são limitados e isso faz com que cada indivíduo tenha uma motivação diferente para empreender, um fator impulsionador que o estimula a abrir um negócio, e esse deve ser alimentado e reconstruído progressivamente para que o negócio entre em ascensão ou pelo menos que se consolide. Então talvez os empreendedores devam ser questionados quanto a seus motivos e previsões pessoais de negócios para fazer-se uma estimativa e procurar trabalhar nesses aspectos. Garantindo a diminuição da evasão destes no mercado, garantindo os inovadores empreendedores e garantindo o crescimento progressivo da economia sem declínios no futuro. Nossa economia só tem força com cidadania, com conhecimento, criatividade, persistência e inovação.
Ademais, ainda há aqueles empreendedores que esperam o grande momento, a grande ideia, cujo a demanda irá explodir. Mas ideia e oportunidade são coisas distintas. De nada adianta uma ideia sem que haja uma oportunidade. Mas oportunidades sempre surgem, como surgiram tantas este ano. Que todos os empreendedores deste ano consigam se especializar e se inovar para que se consolidem. Já que uma das principais causas do fim das atuais empresas é a dificuldade do empreendedor ter uma visão do seu negócio como um todo (contabilidade e finanças, gestão de pessoas, liderança, marketing). Por isso também é muito importante que independente do nível empreendedor que o negócio esteja, antes de mais nada é fundamental que exista um plano de negócios. Para os novos empreendedores parece algo muito formal mas minimiza muito a evasão das atividades empreendedoras, que pode ser fatal.
 
 
Brasil deve atingir marca histórica de empreendedorismo em 2020. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2020/06/brasil-deve-atingir-marca-historica-de-empreendedorismo-em-2020.html (Links para um site externo.) acessado em 21/11/2020.
Abertura de novas empresas volta a crescer. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/07/14/numero-de-novas-empresas-volta-a-crescer-veja-tendencias-do-pos-pandemia acessado em 21/11/2020 (Links para um site externo.).
Relatório da Pesquisa GEM (2019). Disponível em: https://ibqp.org.br/PDF%20GEM/Relat%c3%b3rio%20Executivo%20Empreendedorismo%20no%20Brasil%202019.pdf (Links para um site externo.) acessado em 21/11/2020.
Relatório da Pesquisa GEM (2015). Disponível em: https://ibqp.org.br/wp-content/uploads/2017/07/GEM_2015-Relat%c3%b3rio-Executivo-Empreendedorismo-no-Brasil.pdf.pdf (Links para um site externo.) acessado em 21/11/2020.
Relatório da Pesquisa GEM (2014). Disponível em: https://ibqp.org.br/wp-content/uploads/2017/07/GEM_2014_Relatorio_Executivo_Brasil.pdf (Links para um site externo.) acessado em 21/11/2020.
HASHIMOTO, Marcos, 1963 – Empreendedorismo: plano de negócios em 40 lições. 1. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. Disponível em Biblioteca Virtual ILUMNO, UVA.

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