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396 Judith E. Thompson 5. Xaropes: as soluções orais que contêm uma elevada concentração de sacarose ou outros açúcares são geraln1ente charnadas de xaropes, mas esse tenno tarnbém é usado em urn sentido rnais an1plo para descrever preparações liquidas de uso oral, edulcoradas, viscosas, incluindo suspensões (1,23). 6. Loção: embora esse tern10 seja usado para várias forrnas de uso tópico, incluindo as suspensões, emulsões e soluções (1 ,2), o CDER Data Standards ManHal de 2006 afirma que a definição atual é linlitada a en1ulsões líquidas para aplicação externa sobre a pele (2). 7. Ótico (ouvido), oftálnlico (olho), nasal (nariz): palavras que designan1 a via de administração destinada também fazen1 parte da nomenclatura tradicional das soluções (1). C. Compreendendo a nomenclatura das soluções 1. Co1no pode ser visto pelos exem plos anteriores, a tern1inologia da forma fannacêutica é com- plexa; ela é resultante da tradição histórica e da necessidade de especificar no nome de urna preparação o sisterna fisico (p. ex., solução, suspensão), a via de administração destinada e, quando aplicável, o sisten1a solvente. a. Tradição: ela nos fornece nomes como espfrito, tint11ra, elixir, loção e xarope. Infelizmente, como essas preparações evoluíram com o uso, esses termos não são sistemáticos, e a maioria não é nen1 exclusiva nem inclusiva. Por exemplo, ambos espírito de hortelã e tintura de li- mão (i) são soluções, (ii) têm usos similares, (i i i) são preparados a partir de n1atérias-prin1as vegetais, (iv) possuem componentes voláteis e (v) contêm un1 solvente hidroalcoólico; en- tretanto, um é cham.ado de espírito e o outro, de tintura. Em contrapartida, o termo xarope tem sido usado para uma ampla variedade de líquidos orais, incluindo dois siste1nas físicos diferentes - soluções e suspensões. b. Sistema fisico: a identificação do sisten1a fisico parece ser simples, mas tern1os con10 sólido, solução e sernissólido são geralrnente insuficientes para descrever adequadamente a forma farn1acêutica. Tern1os como con1primido, tintura e crerne são necessários, e esses termos devem ser específicos e bem definidos. e. Via de administração: a solução é a nlais versáti l de todas as formas farmacêuticas e pode ser usada por quase todas as vias de administração. A via de administração intencionada impõe certas propriedades para as soluções, como esterilidade para soluções injetáveis, isotonici- dade para soluções oftáltnicas e palatabilidade para soluções orais. Por exemplo, a solução oral de cloreto de potássio e a solução injetável de cloreto de potássio contên1 a mesn1a substância ativa, são preparadas por meio de dissolução simples e são soluções aquosas, mas suas diferentes vias de adrninistração requerem adjuvantes e controles de processamento distintos, resultando em preparações rnu ito diferentes. Portanto, a via de adn1inistração é urna parte importante do non1e de cada preparação. d. Sistema solvente: a importância de identificar o sistema solvente pode ser mostrada corn duas soluções tópicas oficiais: a solução tópica de iodo e a tintura de iodo (3) . Do ponto de vista farmacêutico, ambas são soluções de uso tópico e contêm 2% de iodo, n1as o fato de que a prin1eira é urna solução aquosa e a segunda ten1 um sisterna solvente contendo cerca de 50% de álcool as torna muito diferentes; o non1e de cada preparação deve refletir isso. 2. As várias ternlinologias para as forn1as farmacêuticas e suas ambiguidades têm causado confusão entre prescritores, farn1acêuticos e técnicos de farmácia, rnas a trad ição é uma força poderosa que frequentemente trabalha contra as mudanças necessárias. Fclizrnente, em u1n passado relativan1en- re recente, duas tendências - o uso da informática e a globalização - forneceram o ímpeto para o desenvolvimento de uma abordagem mais sistemática para denominar as formas farmacêuticas. a. O emprego de terminologias simples e padronizadas para as formas farmacêuticas é essencial para o uso eficiente (e custo efetivo) da tecnologia computacional por agências governarnen- tais na aprovação de nledican1entos e processos de nionitoran1ento, assirn con10 pelos usuários dos sistemas eletrônicos de informações de saúde do paciente para entrega, monitoramento e pagamento da terapia medicamentosa. Organizações e agências renomadas, como USP e FDA, Health Levei Seven (HL7) e Nacional Comrnittee on Vital and Health Statistics (NCVHS), vên1 trabalhando na padronização da nomenclatura das formas farmacêuticas (4). b. A padronização da terminologia tan1bérn é importante para a harmonização global dos pa- drões. A USP e H L7 vên1 trabalhando em cooperação com a lnternational Conference on Harmonization (ICH - Conferência Internacional sobre Harn1onização) sobre os padrões internacionais para a nomenclatura das formas farrnacêuticas (4) . e. Em 2002, a USP formou um grupo para criar um esquema taxonômico que classificaria logicamente as formas farmacêuticas, que simplificaria e esclareceria a sua non1enclatura. Sob um sistema proposto por esse grupo, uma forma farmacêutica para uma substância me- dican1entosa seria identificada pelo non1e do farn1aco, a via de adn1inistração (p. ex., oral, tópica) e o sistema fisico (p. ex., comprimido, solução, suspensão). Quando adequado, a for-
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