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SISTEMA DE ENSINO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Livro Eletrônico NATALE SOUZA Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva. Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/ Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós- graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Pacientes com Alterações Renais e Trato Urinário – Parte II ..............................4 1. Infecções do Trato Urinário .......................................................................4 1.1. Fatores de Risco para ITU ......................................................................5 1.2. Infeções do Trato Urinário Inferior ..........................................................5 1.3. Cistite/Infecção do Trato Urinário Inferior ..............................................11 1.4. Prostatite ..........................................................................................16 1.5. Infecções do Trato Urinário Superior .....................................................18 1.6. Incontinência Urinária .........................................................................21 Referências ..............................................................................................27 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza PACIENTES COM ALTERAÇÕES RENAIS E TRATO URINÁRIO – PARTE II 1. Infecções do Trato Urinário O trato urinário normal é estéril acima da uretra, quando há alguma patogenia caracteriza uma infecção do trato urinário – ITU. De acordo com Brunner & Sud- darth (2015), “em geral as ITU são classificadas como infecções do trato urinário superior ou inferior. Podendo ainda ser classificadas como complicadas e não com- plicadas”. As ITU inferiores incluem: Fonte: Brunner & Studdart (2015). As ITU superiores incluem, segundo Brunner & Suddarth (2015): Pielonefrite – inflamação da pelve renal crônica ou aguda, a nefrite intersticial (inflamação do rim) e abcessos renais. Importante sobre as ITU ITU Inferior ou Superior Não Complicada – infec- ções adquiridas na comunidade; comuns em mulheres jovens e habitualmente não são recorrentes. ITU Inferior ou Superior Complicada – infecções frequentemente hospitalares (adquiridas no hospital) e relacionadas com o cateterismo; ocorrem em pacientes com anormalidades urológicas, durante a gravidez, na imunossupressão, no diabetes melito e nas obstruções e, com frequência, são recorrentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza 1.1. Fatores de Risco para ITU Fatores de risco para ITU incapacidade ou falha em esvaziar por compelto a bexiga; Obstrução do fluxo urinário causada por: anomalidades congêni- tas, estrenose uretrais, contratura do colo vesical, tumores vesi- cais, cálculos nos ureteres ou nos rins, compressão dos urerteres; Diminuição das defesas naturais do hospedeiro ou imunossupres- são; Instrumentação do trato uterino (cateterismo, procedimentos citos- cópicos); Inflamação ou abrasão da mucosa uretral; Condições contribuintes, como: diabtes melito, gravidez, distúrbios neurológicos, gota, estados alterados causados pelo esvaziamento incompleto da bexiga e estase urinária. 1.2. Infeções do Trato Urinário Inferior Para que a infecção ocorra é necessário que a bactéria tenha acesso à bexiga, fixe-se ao epitélio do trato urinário e colonize-o, evitando a eliminação através da urina, escapando dos mecanismos de defesa e iniciando uma inflamação. (BRUN- NER & SUDDARTH, 2015). Importante sobre as ITU Muitas ITU são frutos de microrganismos fecais que, a partir do períneo, ascendem até a uretra e a bexiga, aderindo, em seguida às superficies mucosas Fonte: Brunner & Studdart (2015). Questão 1 (2015/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ) São fatores predispo- nentes da infecção urinária, entre outros: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza a) traumas, insuficiência renal e emagrecimento b) condições sociais, hereditariedade e diabetes c) alergias, diarreia insidiosa e esterilidade d) relações sexuais, gravidez e cálculos Letra d. Alguns dos fatores de risco para ITU são gravidez, nos ureteres ou nos rins e re- lação sexual (principalmente em mulheres) – a relação sexual, força a entrada de microrganismos na bexiga. 1.2.1. Refluxo De acordo com Brunner & Suddarth (2015), a ocorrência de obstrução ao fluxo livre de urina é uma condição conhecida como refluxo uretrovesical, que descreve o refluxo (fluxo retrógrado) de urina da uretra para a bexiga. Os autores afirmam ainda que o refluxo ureterovesicular ou vesicouretral refe- re-se ao fluxo retrógrado de urina da bexiga para um ou ambos os ureteres. 1.2.2. Bactérias Uropatogênicas Segundo Brunner & Suddarth (2015), a bacteriúria é definida como mais de 105 de colônias de bactérias por mililitro de urina. Como as amostras de urina (princi- palmente em mulheres), são comumente contaminadas pelas bactérias, uma co- leta asséptica se faz necessário para determinar a verdadeira contaminação. Nos homens, a bacteriúria corresponde à presença de 104 colônias/ml de urina. Importante sobre as ITU As ITU adquiridas na comunidade estão entre as infecções bacte- rianas mais comuns na comunidade nas mulheres. Fonte: Port & Martfin (2009) apud Brunner & Suddarth (2015). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Brunner & Suddarth afirmam que os microrganismosmais frequentemente res- ponsáveis pelas ITU são aqueles encontrados no trato gastrointestinal (GI) inferior, habitualmente o E. coli. Questão 2 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/TBG) A cistite é uma in- flamação da bexiga, geralmente iniciada na uretra. Na maioria dos casos, a cistite nas mulheres é causada pelo seguinte agente etiológico: a) Gardnerella vaginalis b) Candida albicans c) Chlamydia trachomatis d) Escherichia coli Letra d. Brunner & Suddarth afirmam que os microrganismos mais frequentemente res- ponsáveis pelas ITU são aqueles encontrados no trato gastrointestinal (GI) inferior, habitualmente o E. coli. Questão 3 (2014/COSEAC/UFF) Observa-se que cerca de 80% dos casos de cisti- te feminina estão frequentemente relacionados à presença da bactéria: a) Proteus vulgaris. b) Klebsiella pneumoniae. c) Enterobacter aerogenes. d) Serratia marcescens. e) Escherichia coli. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Letra e. Brunner & Suddarth afirmam que os microrganismos mais frequentemente res- ponsáveis pelas ITU são aqueles encontrados no trato gastrointestinal (GI) inferior, habitualmente o E. coli. Questão 4 (2017/CESPE/TRE-PE) Assinale a opção que apresenta o nome do agente etiológico comumente isolado nos casos de mulheres com cistite sintomá- tica adquirida. a) Staphylococcus aureus b) Escherichia coli c) Klebsiella pneumoniae d) Candida albicans e) Pseudomonas aeruginosa Letra b. Brunner & Suddarth afirmam que os microrganismos mais frequentemente res- ponsáveis pelas ITU são aqueles encontrados no trato gastrointestinal (GI) inferior, habitualmente o E. coli. 1.2.3. Vias de Infecção De acordo com Brunner & Studdarth (2015), “as bactérias penetram no trato urinário de três maneiras: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Via Transuretral Infecção Ascendente Via Sanguínea Disseminação Hematogência Via Fístula Extensão Direta Considerações sobre ITU A via de infeção mais comum é transuretral; Normalmente oriunda de microrganismos fecais; As relações sexuais forçam as bactérias para a bexiga; Mais frenquentemente em mulheres sexualmente ativas; Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Questão 5 (2013/COTEC/PREFEITURA DE JAPONVAR-MG) Sobre a infecção do trato urinário (ITU), marque a alternativa INCORRETA. a) A maioria das ITUs é diagnosticada através de dados clínicos e laboratoriais, como piúria e ou bacteriúria e também pela urocultura com contagem de colônias. b) A ITU pode ser dividida em complicada e não complicada. Complicada, quando vem associada a alterações funcionais ou anatômicas das vias urinárias (exemplo: rim em ferradura, rim ectópico, refluxo vesicouretral), e não complicada quando não associada a alterações anatômicas. c) Existem 4 (quatro) possibilidades de um microrganismo alcançar o trato urinário e causar infecção: via ascendente, via descendente, via hematogênica e via linfá- tica. d) Dois ou mais episódios no período de seis meses ou três ou mais no período de um ano definem, as infecções recorrentes na mulher. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Letra c. A única assertiva que não está de acordo com as considerações sobre ITUs é letra C. São 03 as possibilidades de alcance dos microrganismos ao trato urinário – as- cendente, hematogênica e extensão direta. Questão 6 (2014/FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/IF-SP) O sistema urinário é responsável por proporcionar a via para a drenagem da urina formada pelos rins. Considerando os cuidados de enfermagem a pacientes com distúrbios urinários, assinale a alternativa INCORRETA. a) Sinais e sintomas de uma infecção do trato urinário não complicada, em geral, incluem disúria, urgência urinária, incontinência e dor suprapúbica. b) Uma orientação de autocuidado aos pacientes com infecções urinárias recorren- tes é depois de cada defecação limpar o períneo de frente para trás. c) A via de infecção urinária mais comum é através da corrente sanguínea a partir de um sítio de infecção distante. d) A incontinência urinária pode ser definida como a perda involuntária de urina. Letra c. De acordo com Brunner & Suddarth (2015), a via de infeção mais comum é tran- suretral. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza 1.3. Cistite/Infecção do Trato Urinário Inferior A cistite é uma inflamação da bexiga urinária; ocorre com mais frequência em mulheres, particularmente em mulheres sexualmente ativas. Nos homens, a cistite é secundária a outros fatores (p. ex., próstata infectada, epididimite ou cálculos vesicais), (BRUNNER & SUDDARTH, 2015). 1.3.1. Manifestações Clínicas Metade dos pacientes com bacteriúria não apresentam nenhum sintoma. Cistite Urgência, polaciúria, ardência e dor com a micção Nictúria; incontinência; dor na região lombar suprapúbica ou pélvica Hematúria Nas infecções urinárias (ITU) complicadas (p. ex., clientes com cateteres de demora), os sintomas incluem desde bacteriúria assintomática até sepse por microrganismos gram-negativos com choque Questão 7 (2012/UFPB/UFPB) Uma paciente com frequência e urgência ao urinar, disúria, realizou uma cultura de urina e o resultado foi positivo, confirmando que ela está com infecção urinária. Considerando esse tipo de infecção, julgue cada uma das assertivas abaixo: A febre é o principal sintoma na cistite. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Errado. Dentre os sintomas da Cistite não temos a febre. Logo, ela não pode ser conside- rada como um dos principais sintomas dessa infeção. Questão 8 (2013/INSTITUTO AOCP/COLÉGIO PEDRO II) É uma inflamação da bexiga, geralmente iniciada na uretra, causada mais frequentemente por micro- -organismos que podem desenvolver uma infecção, como nas causadas por uso de sondagens vesicais ou equipamentosde exames como o citoscópio. O enunciado refere-se a qual inflamação? a) Prostatite. b) Cistite. c) Pancreatite. d) Diverticulite. e) Enterocolite. Letra b. A cistite é uma inflamação da bexiga urinária. A partir dessa informação, podemos encontrar nossa proposição correta. Questão 9 (2015/INSTITUTO LEGATUS/PREFEITURA DE PAU D’ARCO) As infec- ções do trato urinário (ITUs) são classificadas de acordo com a localização, poden- do ser no trato urinário inferior e/ou no trato urinário superior. Um paciente com infecção no trato urinário inferior manifesta que sintomas? a) Dor e queimação na micção, polaciúria, urgência, nictúria, incontinência e dor pélvica. b) Anúria, presença de dor abdominal, piúria e sepse. 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Considerações Gerontológicas Os idosos possuem uma maior incidência de bacteriúria, conforme afirma Brun- ner & Studdarth (2015): A incidência de bacteriúria nos indivíduos idosos difere daquela de adultos mais jovens. A bacteriúria aumenta com a idade e a incapacidade, e as mulheres são afetadas mais frequentemente que os homens. A ITU constitui a causa mais comum de sepse bacte- riana aguda em clientes com mais de 65 anos de idade, nos quais a sepse por micror- ganismos gram-negativos está associada a uma taxa de mortalidade superior a 50%. Nos clientes idosos que residem em clínicas geriátricas, 25 a 50% das mulheres e 15 a 40% dos homens apresentam bacteriúria crônica. Os indivíduos idosos correm risco aumentado de ITU devido a anormalidades estruturais relacionadas com o envelheci- mento (p. ex., diminuição do tônus vesical, bexiga neurogênica, estenoses uretrais), uso de cateteres de demora, esvaziamento incompleto da bexiga, hiperplasia prostática e colonização e aderência aumentada das bactérias à vagina e uretra em mulheres na pós-menopausa. O sintoma de apresentação subjetivo mais comum de ITU em indiví- duos idosos consiste em fadiga generalizada. ITU em IDOSOS Os clientes idosos frequentemente não apresentam os sintomas característicos de ITU e sepse. Embora possam ocorrer polaciú- ria e urgência, os únicos indícios podem consistir em sintomas inespecíficos, tais como alteração sensorial, letargia, anorexia, incontinência recente, hiperventilação e febre baixa. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza 1.3.3. Avaliação e Achados Diagnósticos Avaliação e achados diagnósticos Realização de culturas de urina, contagens de colônias e estudos celulares Teste da esterase leucocitária e o teste para nitritos podem ser realizados; Necessário efetuar exames para infecções sexualmente transmissíveis (IST); A TC e a ultrassonografia transretal (para avaliação da próstata e da bexiga) são úteis; a cistouretroscopia pode estar indicada para visualizar os ureteres e detectar estenoses, cálculos ou tumores. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 1.3.4. Tratamento Clínico Terapia Farmacológica Inicial O tratamento ideal consiste em um agente antibacteriano, capaz de erradicar as bactérias do trato urinário, com efeitos mínimos sobre a flora fecal e vaginal. Os medicamentos podem incluir cefalexina, cotrimoxazol (TMP-SMZ), cefadroxila, nitrofurantoína, ciprofloxacino, levofloxacino e fenazopiridina. Em certas ocasiões, prescreve-se o uso de ampicilina ou amoxicilina (contudo, a Escherichia coli desenvolveu resistência a esses fármacos). Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Terapia Farmacológica a Longo Prazo Cerca de 20% das mulheres tratadas para ITU não complicada sofrem recidiva; 90% das recidivas representam infecção por novas bactérias A infecção recorrente nos homens costuma ser causada pela persistência do mesmo microrga- nismo; uma avaliação adicional e tratamento estão indicados Quando a avaliação diagnóstica não revela nenhuma anormalidade estrutural, o cliente pode ser instruído a iniciar o tratamento por si próprio, testar a urina com fita reagente sempre que houver sintomas e entrar em contato com o médico somente em caso de persistência dos sintomas, ocor- rência de febre ou se houver mais de quatro episódios de tratamento em um período de 6 meses O uso prolongado de agentes antimicrobianos diminui o risco de reinfecção. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 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Assinale a alternativa correta a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. Letra d. Proposição I – A Escherichia coli é o patógeno mais frequente na cistite aguda em mulheres jovens. Verdadeira. Proposição II – A fisiopatologia da cistite em mulheres envolve a colonização da vagina e uretra por bactérias do reto. Verdadeira. Proposição III – A relação sexual é fator que aumenta o risco de cistite. Verdadeira. 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Fisiopatologia A prostatite pode ser causada por agentes infecciosos (bactérias, fungos, Mycoplasma) ou outras condições (p. ex., estenose uretral, hiperplasia prostática benigna). Os microrganismos colonizam o trato urinário e ascendem até a próstata, causando, finalmente,infecção; o patógeno etiológico é o mesmo nas infecções recorrente. Escherichia coli é o microrganismo mais comumente isolado. Existem quatro tipos de prostatite: a prostatite bacteriana aguda (tipo I), a prostatite bacteriana crônica (tipo II), a prostatite crônica/síndrome de dor pélvica crônica (PC/ SDPC; tipo III, o tipo mais comum) e a prostatite inflamatória assintomática (tipo IV). Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 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Manifestações Clínicas Manifestações Clinicas da Prostratite Ocorrem início súbito de febre, disúria, dor prostática perineal e sintomas graves do trato urinário inferior (disúria), polaciúria, urgência, hesitação e nictúria Cerca de 5% dos casos de prostatite do tipo I (prostatite aguda) evoluem para prostatite tipo II (prostatite bacteriana crônica); os clientes com doença do tipo II geralmente são assintomáticos entre os episódios Os clientes com prostatite do tipo III geralmente não apresentam bactérias na urina quando existe dor geniturinária Os clientes com prostatite tipo IV são diagnosticados de modo inci- dental, durante uma pesquisa para infertilidade, resultado elevado do teste de antígeno prostático específico (PSA) ou avaliação de outros distúrbios Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 1.4.3. Tratamento Clínico A meta do tratamento consiste em erradicar os agentes etiológicos. O tratamento espe- cífico baseia-se no tipo de prostatite e nos resultados de cultura e antibiograma da uri- na. A admissão hospitalar pode ser necessária para clientes com sinais vitais instáveis, sepse ou dor pélvica refratária, clientes debilitados ou imunossuprimidos, ou aqueles que apresentam diabetes melito ou insuficiência renal (BRUNNER & STUDDARTH, 2015). Tratamento Farmacológico Se forem isoladas bactérias na urinocultura, podem ser prescritos antibióticos, incluindo sulfame- toxazol-trimetoprima (SMZ-TMP) ou uma fluoroquinolona (p. ex., ciprofloxacino) Se o cliente não tiver febre e o exame de urina for normal, podem-se administrar agentes anti-in- flamatórios; a terapia com bloqueadores alfa-adrenérgicos (p. ex., tansulosina) pode ser prescrita para promo- ver o relaxamento da bexiga e da próstata Podem ser prescritas terapias não farmacológicas de suporte (p. ex., biofeedback, treinamento do assoalho pélvico, fisioterapia, banhos de assento, emolientes fecais) Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 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Ainda de acordo com os autores citados, uma válvula ureterovesical incompe- tente ou a obstrução que ocorre no trato urinário aumentam a suscetibilidade dos rins à infecção. Os tumores vesicais, as estenoses, a hiperplasia prostática benigna e os cálculos urinários constituem algumas causas potenciais de obstrução, que podem levar a infecções. A pielonefrite pode ser aguda ou crônica. Questão 11 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ) Os distúrbios dos tra- tos urinários inferior e superior variam desde as infecções facilmente tratadas, até distúrbios com risco de vida que exigem a substituição de órgão ou tratamento a longo prazo com diálise. Dentre as infecções que acometem o trato urinário supe- rior, pode-se citar a: a) pielonefrite b) cistite c) uretrite d) prostatite O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Letra a. A cistite, uretrite e prostatite são ITU do trato inferior. A única ITU do trato urinário superior é a pielonefrite. Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas da Pielonefrite Aguda O cliente pode apresentar calafrios, febre, leucocitose, bacteriúria e piúria Os achados comuns consistem em lombalgia, dor no flanco, náu- seas, vômitos, cefaleia, mal-estar e micção dolorosa O cliente pode apresentar dor e hipersensibilidade na região do ângulo costovertebral É comum a ocorrência de sintomas de comprometimento do trato urinário inferior, como urgência e polaciúria. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Questão 12 (2012/UFPB/UFPB) Um motorista de 32 anos comentou sobre disú- ria, polaciúria e febre. A dor lombar estava presente. Realizado um sumário, foram detectados proteinúria, hematúria e cilindros leucocitários. Considerando-se esse caso, julgue cada uma das assertivas abaixo: A suspeita para o motorista é de pielonefrite. Certo. O paciente apresenta sintomas característicos da pielonefrite aguda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Tratamento Clínico A pielonefrite aguda não complicada é mais frequentemente tratada em base ambulatorial; Recomenda-se um ciclo de 2 semanas de antibióticos. Os agentes comumente prescritos incluem alguns dos mesmos medicamentos prescritos para o tratamento das ITUs. As mulheres grávidas podem ser hospitalizadas por 2 ou 3 dias para antibioticoterapia parenteral. Antibióticos orais podem ser prescritos quando o cliente estiver afebril e mostrando melhora clí- nica. Após o esquema antibiótico inicial, o cliente pode necessitar de antibioticoterapia por até 6 sema- nas, se ocorrer recidiva. Deve-se obter cultura de urina de acompanhamento em 2 semanas após o término da antibiotico- terapia, a fim de documentar a eliminação da infecção. A hidratação com líquidos orais ou parenterais é essencial em todos os clientes com ITU quando existe uma função renal adequada. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). 1.5.2. Pielonefrite Crônica De acordo com Brunner & Suddarth (2015), episódios repetidos de pielonefrite aguda podem levar à pielonefrite crônica. As complicações da pielonefrite crônica consistem em doença renal terminal (em consequência da perda progressiva de né- frons secundária à inflamação crônica e cicatrização), hipertensão arterial e formação de cálculos renais (em decorrência de infecção crônica por microrganismos desdo- bradores da ureia). O conteúdodeste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Manifestações Clínicas Manifestações clínicas da Pielonefrite Crônica Em geral, o cliente não apresenta sintomas de infecção, a não ser que ocorra exacerbação aguda Podem ocorrer fadiga, cefaleia e apetite diminuído O cliente pode apresentar poliúria, sede excessiva e perda de peso A infecção persistente e recorrente pode produzir cicatrização pro- gressiva do rim, resultando em insuficiência renal Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Tratamento Clínico De acordo com Brunner & Suddarth (2015), o uso da terapia antimicrobiana profilática a longo prazo para erradicar as bactérias na urina pode ajudar a limitar a recidiva das infecções e a cicatrização renal. O comprometimento da função renal altera a excreção de agentes antimicrobianos e exige monitoramento cuidadoso da função renal, particularmente quando os medicamentos são potencialmente tóxicos para os rins. 1.6. Incontinência Urinária Embora muito comum em mulheres idosas, que já tiveram mais de um filho, a incontinência urinária pode acometer também mulheres que tiveram apenas 01 filho, principalmente durante a realização de atividades de alto impacto vigoroso. A idade, o sexo e o número de partos vaginais constituem fatores de risco esta- belecidos, além disso a incontinência urinária é um sintoma de muitos distúrbios possíveis, (BRUNNER & SUDDARTH, 2015). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza 1.6.1. Tipos de Incontinência Urinária De acordo com Brunner & Suddarth (2015), a incontinência urinária está divi- dida em: Incontinência urinária de estresse Perda involuntária de urina através da uretra intacta em con- sequência de espirro, tosse ou mudança de posição; afeta mais as mulheres e nos homens é mais observada após a prostatectomia radical para o câncer de próstata. Incontinência de Urgência Refere-se à perda involuntária de urina associada a uma forte necessidade de urinar que não pode ser suprimida. Incontinência Funcional Refere-se aos casos em que a função do trato urinário inferior está intacta, porém outros fatores, como grave comprometi- mento cognitivo (ex. doença de Alzhaimer), dificultam a iden- tificação da necessidade de urinar. Incontinência Iatrogênica Refere-se a perda involuntária de urina, devido a fatores clí- nicos extrínsecos. Incontinência Urinária Mista Engloba vários tipos de incontinência urinária. Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Para Melo et al., (2012) apud Henkes et al., (2015), a Incontinência Urinária – IU é classificada em três tipos principais: (1) a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), quando ocorre perda de urina durante algum esforço que aumente a pres- são intra-abdominal, como tosse, espirro ou exercícios físicos; (2) a urge-incon- tinência ou Incontinência Urinária de Urgência (IUU), caracterizada pela perda de urina acompanhada por forte sensação de urgência para urinar; e a Incontinência Urinária Mista (IUM), quando há queixa de perda associada à urgência e também a esforços. De acordo com Brunner & Suddarth (2015), os fatores de risco para Incontinên- cia urinária são: • Gravidez: parto vaginal, episotomia; • Menopausa; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza • Cirurgia Geniturinária; • Fraqueza da musculatura pélvica; • Uretra incompetente, devido a traumatismo ou relaxamento do esfíncter; • Imobilidade; • Exercício de alto impacto; • Diabetes Melito; • Acidente Vascular Cerebral; • Alterações do trato urinário relacionados com a idade; • Obesidade Mórbida; • Transtornos cognitivo: demência, doença de Parkinson; • Medicamentos: diuréticos, sedativos, hipnóticos, opioides; • Cuidados ou vaso sanitário não disponível. 1.6.2. Tratamento Clínico De acordo com Brunner & Suddarth (2015), “o tratamento depende do tipo de incontinência urinaria e de suas causas. Podendo ser comportamental, farmacoló- gico ou cirúrgico”. Terapia Comportamental As terapias comportamentais constituem a primeira escolha para diminuir ou eliminar a incontinência urinária. Os exercícios de musculatura do assoalho pélvico representam a base para esta terapia. Podem ser utilizados outros tratamentos como diários de micção, biofeedback, instrução verbal (micção orientada) e Fisio- terapia (MILLER, 2009 apud BRUNNER & SUDDARTH, 2015). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza Terapia Farmacológica “A terapia farmacológica funciona melhor quando associada à terapia comporta- mental”, afirma Brunner & Suddarth (2015). Terapia Farmacológica na Incontinencia urinária Agentes anticolinérgicos inibem a contração da bexiga e são consi- derados os medicamentos de primeira linha para incontinência de urgência; Medicamentos antidepressivos tricíclicos podem diminuir as contra- ções vesicais, bem como aumentar a resistência do colo da bexiga; O sulfato de pseudoefedrina que atua sobre os receptores alfa-adre- nergicos pode ser utilizada para tratar incontinencia de estresse; Fonte: Brunner & Suddarth (2015). Tratamento Cirúrgico De acordo com Brunner & Suddarth (2015), a correção cirúrgica poderá ser indicada para pacientes que não lograram êxito com as terapias comportamentais e farmacológicas. As opções cirúrgicas irão variar de acordo com a anatomia sub- jacente e o problema fisiológico. A maioria dos procedimentos envolvem elevar e estabilizar a bexiga ou a uretra para restaurar o ângulo uretrovesical normal ou alongar a uretra. Questão 13 (2014/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP) Em consulta na unidade básica de saúde, idoso queixou-se de “perder urina” mesmo sem fazer esforço. A terminologia correta para essa situação denomina-se: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza a) plenitude vesical. b) puxo e tenesmo. c) nictúria. d) enurese. e) incontinência urinária Letra e.Questão simples. De forma simplória podemos afirmar que a incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Questão 14 (2014/FGV/CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE-PE) A “incapacidade da pessoa, que é usualmente continente, de alcançar o banheiro a tempo de evitar a perda de urina” corresponde à definição do diagnóstico de enfermagem de incon- tinência urinária: a) de urgência; b) reflexa; c) funcional; d) por transbordamento; e) de esforço. Letra c. De acordo com Brunner & Suddarth (2015), a incontinência urinaria funcional re- fere-se aos casos em que a função do trato urinário inferior está intacta, porém outros fatores, como grave comprometimento cognitivo (ex. doença de Alzhaimer), dificultam a identificação da necessidade de urinar. 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Quanto a esse assunto, assinale a alternativa que indica dois fatores relacionados ao diagnóstico de incontinência urinária de esforço. a) Obstrução anatômica, capacidade vesical diminuída. b) Alta pressão intra-abdominal, enfraquecimento da musculatura pélvica. c) Uso de diuréticos, ingestão de álcool. d) Limitações neuromusculares, fatores psicológicos. e) Hipocontratilidade do detrusor, obstrução da uretra. Letra b. Para Melo et al., (2012) apud Henkes et al., (2015), a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), quando ocorre perda de urina durante algum esforço que aumente a pressão intra-abdominal, como tosse, espirro ou exercícios físicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 30www.grancursosonline.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Pacientes com Alterações da Função Renal e do trato Urinário - Parte II Profª. Natale Souza REFERÊNCIAS Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-cirúrgica/ [editores] Suzan- ne C. Smeltzer... [et. al]; [revisão técnica Isabel Cristina Fonseca da Cruz, Ivone Evangelista Cabral, tradução Antonio Franciso Dieb Paulo, José Eduardo Ferreira de Figueredo, Patrícia Lydie Voeux]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. 13. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2015. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 30www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 30www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JORDAO LEANDRO LUSTOSA - 03590594306, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Pacientes com Alterações Renais e Trato Urinário – Parte II 1. Infecções do Trato Urinário 1.1. Fatores de Risco para ITU 1.2. Infeções do Trato Urinário Inferior 1.3. Cistite/Infecção do Trato Urinário Inferior 1.4. Prostatite 1.5. Infecções do Trato Urinário Superior 1.6. Incontinência Urinária Referências AVALIAR 5: Página 30:
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