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Direitos das Coisas e Direitos Reais 1196 a 1510 CC (há normas extravagantes – propriedades: intelectual, industrial) Noções preliminares Disciplina jurídica> estudo de normas (pp e regras) sobre o poder do homem sobre bens apropriáveis. Conceito> poder de dominação do titular sobre o bem que exclui ação de terceiros (erga omnes). Características: direito de sequela (seguir o bem em poder de quem quer que o possua ou detenha)1228 e preferência (o titular de um bem pode dar a outrem a garantia de não ser preterido).1419 Diferença > d. pessoal (objeto são atos ou prestações – relação interpessoal) d. real (poder sobre algo) Classificação > Direitos na coisa própria Direitos na coisa alheia In Re própria - Rem aliena=> gozo ou garantia Pleno (uso/gozo/disposição) – Limitado (uso/fruição) (Propriedade) (uso, servidão) Constituição> 1. Livre – art. 108 CC Escritura (215) Escritura pode ser dispensada tb em outros casos MinhaCMVida hj Programa Casa Verde e Amarela, Sistema Financeiro Habitação, Cédulas Hipotecárias, Pignoratícias e outras muitas (ex. rural, industrial, exportação). Nesses casos o contrato é levado ao RI 2. Testamento art. 1857 3. Usucapião art. 1238 NOTA: Direito reais e obrigações mistas – propter rem (próprio da coisa ou em razão da coisa) obrigações reais, isto é, por ser titular do direito real obriga-se a fazer a dar etc, reserva florestal, ratear a construção de tapumes divisórios POSSE e SUA PROTEÇÃO (CC e CPC) 1196/1224 CC e 554 e sgts CPC Se observarmos os direitos reais começam no 1225. Posse não é direito real 01. NOÇÕES CONCEITUAIS DA POSSE Poder de fato e a propriedade é o poder de direito Filosófico - Para a teoria subjetiva (Savigny-alemão partiu do D. Romano – ético filosófico), a posse exige dois elementos, quais sejam: (i) corpus (apreensão, contato físico) e (ii) animus rem sibi habendi. Contato físico + Intenção de seu único titular = Util na diferença entre posse e detenção Pragmático - Já para a teoria objetiva (Jhering), a caracterização da posse exige um único elemento, qual seja: o corpus (apreensão). Que pode inclusive ser exercida por outrem Posse direta e posse indireta. - O CC/02, no art. 1.196 inclinou-se pela teoria objetiva, mas faz concessões à teoria subjetiva (como, por exemplo, ao tratar da usucapião a qual exige posse com “animus domini”). Diferença Posse e Propriedade – 1196 (posse) <=> 1228 (propriedade) Algum dos poderes Todos os poderes (i) uso; (ii) gozo/fruição; (iii) livre disposição; (iv) reivindicação. + Título Conceito> É o exercício de fato dos poderes que constituem o domínio especialmente uso e gozo, mas não o de dispor Posse e sua classificação> Posse Direta X Posse Indireta - Trata-se de classificação fruto do desdobramento da posse. Esse desdobramento precisa ser compreendido a luz da teoria objetiva do art. 1.196 do CC. - A distinção de posse direta e indireta fundamenta-se, portanto, numa relação contratual. O fundamento desse fenômeno é reputar aquele que transferiu o contato físico a um terceiro como possuidor, facultando-lhe a proteção possessória. Ex. A (indireto) aluga para B ( direto) que sofre turbação de C tanto A quanto B podem defender a posse mansa de B. Tb Entre si (o possuidor direto e o possuidor indireto), eles têm ações possessórias? Sim. Posse Natural X Posse Civil - Ordinariamente, toda posse é natural, pois nasce/brota do contato físico do possuidor com a coisa. NOTA: Constituto Possessório antes havia 494, IV CC/16 – Hoje 1267, § único (coisa móvel) Modo de aquisição e perda da posse – ex. A dono de um bem aliena a B comprador que passa a ser o dono deixando no imóvel A que passa a ser possuidor. Há contratos com: Claúsula constituti . Trata-se da aquisição da posse por força de relação contratual. Consiste na cláusula de um contrato que transfere a posse ao contratante, mesmo sem ele ter tido contato físico. - Exemplo de claúsulas constituti (i) leasing. O banco é o proprietário. Se a prestação não for paga, o banco ajuizará ação de reintegração de posse (embora jamais tenha tido contato físico com a coisa). Isso porque, no contrato de leasing, estipula-se que o devedor transfere a posse indireta para o banco do bem. (ii) alienação fiduciária.( decreto Lei 911/69 e Lei 9.514/97 (imóveis) (iii) compra de imóvel, em que o ex- proprietário continua morando como locatário corrigir . Nesse caso, o comprador deverá ajuizar uma ação de imissão da posse (a qual segue o procedimento comum ordinário, não estando previsto uma liminar tal como previsto no art. 562 do CPC). Posse Justa X Posse Injusta - A posse é justa (art. 1200) quando não houver vício objetivo sobre ela. - Havendo vício objetivo, a posse se torna injusta. - O que é vício objetivo? Violência, clandestinidade e precariedade. Nesse sentido, a posse injusta é a posse violenta, clandestina e precária. Violenta quando decorrer, por exemplo, de um esbulho ou roubo. Clandestina quando decorrer, por exemplo, do furto. Precária quando decorrer do abuso de confiança 1208 CC Convalescência – só para a violência e para a clandestinidade, não para a precária evitando-se abuso de confiança (ex. comodato) - A violência e clandestinidade podem convalescer quando: (ii) cessada a causa que lhe originou ou (ii) depois de transcorrido o prazo de ano e dia. (art. 1202) - Afirmar que a posse precária não convalesce consiste em proteger a propriedade. Não é bem assim teoria da função social da posse. Ex Ex.: não restituição do imóvel emprestado no contrato de comodato. Pois bem, se o comodatário não restituiu na data ajustada, cabe ao comodante tomar providência. Se, contudo, o comodante nada fizer, ele (o comodatário) poderá vir a usucapir o bem. Nesse caso, a alteração da situação jurídica originária decorreu do esbulho realizado pelo comodatário. Posse de Boa Fé X Posse de Má Fé - Analisam-se aspectos subjetivos da posse art. 1201 – o adquirente ignora os vícios originários e de má-fé quando mesmo sabendo dos vícios insiste em adquirir. Ex.: arrendatário e locatário são possuidores de boa-fé. Já o esbulhador é possuidor de má fé. Isso reflete – benfeitorias (art. 1219), frutos (1214) Posse com Justo Título X Posse sem Justo Título Na verdade, não é formalidade na sua justeza (formalidade. Justo título é mesmo que a despeito da ausência de regularidade ainda sim é possível manter alguém na posse. A (incapaz) aluga imóvel para B. Com justo título presume -se de boa-fé. Posse Velha e Posse Nova (508 CC/16) (554-558 CPC/2002) Ações Possessórias como efeito da posse (art. 1210 CC) Nova (menos de ano e dia) técnica possessória antecipatória admite tal como previsto no art. 561/562 CPC posse velha além dos requisitos exige URGENCIA . CPC 2015 – Ações Possessórias Arts. 554 a 568 do Código de Processo Civil de 2015 (“Dos procedimentos especiais”) Logo entendeu-se pelas “peculiaridades do próprio direito material envolvido” as possessórias tinham necessidade da criação de um específico procedimento. O procedimento das possessórias é especial, variante do procedimento comum (paradigma). Possessórias é objeto e a tutela visa proteger a posse de agressões e ameaças iminentes. Posse que é uma situação de fato (a posse) em detrimento até de situações de direito (a propriedade. O juízo petitório (petitorium iudicium) considera exclusivamente o direito de propriedade, em caráter ofensivo do proprietário, que deve provar juridicamente sua qualidade de senhor da coisa (são as ações reivindicatórias, de usucapião e imissão de posse). Já o juízo possessório trata da questão da posse e, pois, refere ao caráter defensivo do possuidor, que visa, justamente, defender sua vinculação com a coisa (a posse) de violência ou agressão iminentes. Características das possessórias: I = 554 caput fungibilidade o artigo 554, caput, do CPC/2015. Facilitação da citação do corréus nos casos “em que figure no polo passivo grande número de pessoas” (art. 554, §§ 1° e 2°, CPC/2015) e da “intimação do MinistérioPúblico e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública”, além da publicidade conferida ao procedimento (art. 554, § 3°), sem correspondentes na legislação de 1973. II = 555 I e II do CPC/2015 possibilidade de cumulação dos pedidos: possessório e + cumulado pedido de perdas e danos e indenização dos frutos III = art. 556 do CPC/2015 caráter dúplice o réu pode receber tutela jurisdicional equivalente à do autor no mesmo processo, sem formalidades, sendo desnecessária, pois, a reconvenção pelo legitimado passivo IV – 558 posse nova ou de “força nova”, ocorrida em ano e dia do ajuizamento (art. 558 do CPC/2015). 558, § único “posse velha”, ocorrida a mais de ano e dia do ajuizamento rito comum do CPC Trato de liminar própria nas possessórias posse nova Não podemos esquecer que mesmo na posse velha pode ocorrer a tutela antecipada (CPC 294/311) . IV - Manutenção e Reintegração art. 560 do CPC/2015 + art. 1.210 do Código Civil e também em conjunto com os arts. 170, III, 182, § 2°, e 186, ambos da Constituição Federal. V - 561 – causa de pedir (esbulho reintegração) (turbação (molestar) ou dificultar a posse manutenção) VI - art. 562 do CPC mandado liminar (fumus boni juris e periculum in mora), ou “audiência de justificação”, com a participação do autor e do réu, para a colheita de provas e possível expedição, em audiência, do mandado liminar (art. 563 CPC/2015). VII - Do interdito proibitório, os artigos 567 e 568 do CPC/2015[30] regulam o interdito proibitório e estendem o procedimento das outras possessórias a este procedimento especial. agressão iminente ou receio justificável de perturbação da posse. Cuida-se de situação em que a turbação ou o esbulho são altamente prováveis e atuais”. o interdito proibitório é cabível mesmo na hipótese de justo receio, caracterizado pelo “temor justificado de violência iminente contra a posse” (atos preparatórios de invasão do imóvel/ arma de fogo apontada na direção do possuidor, hipótese de agressão atual). Vejam tb o art. 1210 – especialmente § 1º desforço imediato – Equivale à Legitima defesa Nota ---- Há alguns autores os quais aludem a quatro ações como se fossem possessórias. Contudo, não são 1ª) Imissão na posse : não é ação possessória porque lhe falta a o requisito fundamental de uma ação possessória, qual seja: a posse. A imissão na pose é a ação pela qual se pretende obter a posse. Não sendo ação possessória, ela não tem procedimento especial, não havendo a possibilidade de liminar (salvo a tutela antecipada do procedimento comum ordinário). 2ª) Ação de dano infecto: trata-se de ação cominatória, pois o autor pretende que o juiz fixe uma multa para que o seu vizinho se acautele com obra/reforma no seu prédio (do vizinho) de forma a evitar um dano. Não se trata de ação possessória por se visa cominar uma sanção para evitar o dano. Logo, NÃO consiste numa ação possessória. 3ª) Ação de nunciação de obra nova: trata-se de ação que tende a proteger direitos de vizinhança e leis municipais sobre construções. Ex.: constrói-se violando os limites previstos no art. 1.301 e 1.303 (um metro e meio na zona urbana e 3 metros da zona rural). E se a obra já estiver pronta? Nesse caso, não cabe ação de nunciação de obra nova, mas sim ação demolitória. 4ª) Embargos de terceiros: consiste em ação com previsão no art. 674 do CPC. O objetivo dos embargos de terceiro é desconstituir uma penhora indevidamente decretada pelo juiz. Nesse sentido, o objetivo é atacar uma constrição judicial (e não defender a posse). Logo, não se trata de ação possessória. 02. OBJETO DA POSSE - Qual é o objeto da posse? Apenas os bens corpóreos, ou seja, materializáveis. - Por consequência, os bens incorpóreos NÃO admitem interditos possessórios (os quais somente serão cabíveis quando houver posse). Ex.: direito autoral (súmula 228 do STJ – é inadmissível o interdito proibitório para a proteção de direito autoral). Nesse sentido, o direito autoral será protegido por meio de ação indenizatória ou ação específica. Além disso, os bens incorpóreos não admitem usucapião (a qual exige posse). 03. COMPOSSE - Exemplos de composse: (i) casamento, (ii) união estável e (iii) herança. - A teoria objetiva da posse admite a “composse”. A composse também é denominada de coposse ou composseção. Exercício simultâneo da posse por duas ou mais pessoas, desde que ambas tenham a apreensão do objeto. (i) pluralidade de sujeitos ( v. art. 73 do CPC ) ; (ii) indivisibilidade do objeto. - A composse produz dois efeitos, quais sejam: (i) cada um dos copossuidores exerce o seu direito sobre o todo, independentemente de sua fração; (ii) cada um dos copossuidores tem o direito de defender o todo, independentemente de sua fração; - Há que se destacar o art. 73 do CPC. Nas ações reais imobiliárias, exige-se a formação de litisconsórcio entre marido e mulher (art. 73 do CPC). Posse NÃO é direito real. Logo, ação possessória NÃO é uma ação real. Se o indivíduo propuser uma ação possessória contra alguém que é casado NÃO se exige a formação de litisconsórcio. Contudo veja abaixo: Art. 73º, II § 1oº CPC De todo modo, há uma exceção, qual seja: se uma ação possessória imobiliária for ajuizada contra pessoa casada, exige-se a citação do seu cônjuge se eles estiverem em composse. §2; art. 73 CPC – composse - § 2º. Art. 73 composse ou fato exercido por ambos – menos que ver com o casamento em si. Isso porque a posse é exercício de fato e assim tb a composse. § 3º art. 73 – estende a união estável POSSE E MERA DETENÇÃO - De acordo com a teoria objetiva acolhida pelo CC, a posse é o exercício de um dos poderes do domínio. Vale lembrar: o art. 1.228 do CC (USO GOZO E FRUIÇÃO) Aquele que tem os 4 poderes + o título tem a propriedade. Aquele que tem os 04 poderes sem o título tem o domínio. Ex.: aquela pessoa que já preenche todos os requisitos da usucapião, mas ainda não promoveu a ação. Aquele que exerce um único poder (notadamente o uso ou gozo) tem a posse. - Para se proteger a propriedade, ajuíza-se ação reivindicatória. - Para se proteger o domínio, ajuíza-se ação publiciana (ex. A já cumpriu com todos os requisitos para entrar com usucapião, mas não entrou. B esbulhou a posse de A, poderá responder pela ação publiciana, pois A não poderia entrar com a reivindicatória pq não tem título. (art. 1228CC) - Para se proteger a posse, ajuíza-se ação possessória. - Diante disso, todo aquele que apreende a coisa será reputado possuidor, podendo defendê-la por meio da ação possessória. De todo modo, o ordenamento jurídico quis desqualificar a posse de algumas pessoas. Pois bem, esses casos nos quais, embora determinadas pessoas tenham a apreensão, mas sejam desqualificadas, são denominados de “mera detenção”. - 1ª hipótese 1198 CC Trata-se do “fâmulo da posse” (ou gestor da posse). Relação de subordinação ex. 01: caseiro; Ex. 02: capataz da fazenda, veterinário, adestrador. Pois bem, o fâmulo da posse não é possuidor, mas mero detentor. Caso não se saiba: Veja art. 338 NCPC – alterar a legitimação passiva - 2ª hipótese - Art. 1208 do CC. - Trata-se dos atos de mera tolerância ou permissão. Ex. simples empréstimo - Os atos de mera tolerância ou permissão NÃO induzem posse por conta de abuso de confiança. A precariedade jamais se converte em posse. - Essa regra NÃO é absoluta, pois existe hipótese em que ato de permissão pode induzir posse, qual seja: quando rompida a relação jurídica base. Nesses casos, será possível falar em posse com todos os efeitos daí decorrentes. Ex comodato com data certa ex: 30/04. Pois bem, em 01/05, se não houver sido restituída a coisa, houve esbulho. Se o comodante nada fizer a posse irá convalescer, pois terá havido o rompimento da relação jurídica base. - 3ª hipótese - Concessão e permissão de uso de bem público NÃO induzem posse, mas mera detenção. Em razão disso, em muitos casos, não será cabível o ajuizamento de ação possessória pelo permissionário ou concessionário contra o Poder Público. 06. NATUREZA JURÍDICADA POSSE - A natureza jurídica é a posição topológica (enquadramento) como direito das coisas e não direito real 08. EFEITOS JURÍDICOS DA POSSE 08.1. Possibilidade de Usucapião - A possibilidade de usucapião sobre o qual falaremos depois quando estudarmos aquisição da propriedade. - Ressalva: Nem toda posse traz consigo o “animus domini” (requisito da usucapião) o qual consiste na intenção de possuir a coisa como se sua fosse. Ex.: o locatário e o arrendatário os quais possuem posse. 08.2. Direito à Percepção de Frutos - Frutos são utilidades renováveis da coisa, isto é, aquelas que, periodicamente, se renovam. Vale lembrar: diferentemente, o produto (tal qual o fruto também é acessório) não é renovável, a exemplo dos minerais. - Os frutos podem ser de três diferentes categorias, quais sejam: (i) naturais: independem da intervenção humana; (ii) artificiais ou industriais: decorrem da atuação do homem, a exemplo das manufaturas; (iii) civis: decorrem de uma relação jurídica, a exemplo dos rendimentos (juros e aluguéis). - Essas três categorias de frutos podem, ainda, se organizar quanto ao tempo da seguinte maneira: (i) pendentes: ainda não estão no tempo da colheita; (ii) percipiendos: deveriam ter sido colhidos, mas não foram; (iii) estantes: foram colhidos e estão armazenados; (iv) percebidos: foram colhidos e entregues ao titular. - A matéria relativa aos frutos encontra-se disciplinada nos artigos 1.214 a 1.216 do CC. O possuidor de boa fé, ordinariamente, tem direito a todos os frutos, com uma única exceção, qual seja: os frutos pendentes na data da restituição da coisa. Logo, se o possuidor de boa fé vier a colher fruto pendente, de forma antecipada, deverá restituir o prejuízo. Por outro lado, o possuidor de boa fé tem direito a ser ressarcido das despesas realizadas com os frutos pendentes. Já o possuidor de má fé NÃO faz jus aos frutos (em razão do vício subjetivo que contamina a sua posse). Se o possuidor de má fé tiver colhido indevidamente qualquer fruto, ele terá que indenizar. De todo modo, se o possuidor de má fé tiver assumido despesas com a manutenção dos frutos terá direito a ser ressarcido (impedindo-se o enriquecimento sem causa, nos termos do art. 884 e 885 do CC). 08.3. Direito às Benfeitorias - Regime jurídico das benfeitorias na tutela da posse: 1) Possuidor de boa-fé: direito de indenização e retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis. Direito de retirada das voluptuárias. 2) Possuidor de má fé: não tem direito sobre as benfeitorias (indenização, retenção e retirada). Será indenizado, sem direito de retenção, pelas benfeitorias necessárias, evitando-se enriquecimento sem causa. Em relação ao possuidor de má fé, apesar de ele possuir esse direito de indenização, contra ele, o proprietário terá o direito de ser ressarcido pelo prejuízo sofrido (havendo compensação). - Exceções ao regime de benfeitorias na tutela da posse: 1) Comodato (art. 584 do CC) O comodato é empréstimo gratuito. No caso em análise, o comodatário realizou benfeitorias úteis. Pois bem, diante da gratuidade do comodato, somente se indenizam as benfeitorias necessárias. 2) Desapropriação (art. 26 do Decreto Lei 3.665/41) Nesse caso, todas as benfeitorias realizadas até a data do decreto expropriatório devem ser computadas no preço da indenização. 3) Locação de imóveis urbanos (art. 35 da lei 8.245/91) A lei estabelece que, no contrato de locação de imóveis urbanos, as benfeitorias (salvo as necessárias) somente serão indenizáveis se houver prévia autorização do locador. De todo modo, a súmula 335 do STJ é no sentido contrário, determinando que: nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção. . 08.4. Responsabilidade Civil do Possuidor – 1217 e 1218 - O possuidor responde civilmente pela perda ou deterioração da coisa. Sendo o possuidor de boa-fé, ele somente responderá (pela perda ou deterioração) quando provada a sua culpa. Trata-se, portanto, de responsabilidade subjetiva. Sendo o possuidor de má fé, ele responderá pela perda ou deterioração da coisa, salvo se provar que a coisa teria sido perdida ou deteriorada mesmo sem a sua posse. Trata-se, portanto, de RESPONSABILIDADE OBJETIVA com RISCO INTEGRAL (o caso fortuito e a força maior NÃO eliminam essa responsabilidade). Hipóteses de responsabilidade objetiva com risco integral são bastante excepcionais no ordenamento jurídico brasileiro. 08.5. Tutela Jurídica da Posse (Proteção Possessória) - Tutela penal - Trata-se de tutela prevista no art. 1.210, §1º do CC. Trata-se do “desforço incontinenti” ou “desforço imediato”. Possibilita-se a defesa da posse com mãos próprias. Tal direito é reconhecido tanto ao possuidor direto, quanto ao indireto. A tutela da posse, com mãos próprias, submete-se aos mesmos requisitos da legítima defesa do CP. Assim, exige-se: (i) atualidade ou iminência, (ii) moderação, dentre outros. § 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. - Há que se falar do excesso culposo. Isso porque, em alguns casos, o possuidor poderá exceder o uso dos meios necessários. – Excesso ( 187 CC abuso de direito) - Tutela civil Trata-se dos interditos possessórios (ações possessórias) 1 Direitos das Coisa s e Direitos Reais 1196 a 1510 CC (há normas extravagantes – propriedades : intelectual, industrial) Noções preliminares Disciplina jurídica> estudo de normas (pp e regras ) sobre o poder do homem sobre bens apropriáveis. Conceito> poder de dominação do titular sobre o bem que exclui ação de terceiros (erga omnes). Características : direito de sequela (seguir o bem em poder de quem quer que o possua ou detenha) 1228 e preferência (o titular de um bem pode dar a outrem a garantia de não ser preterido). 1419 Diferença > d. pessoal (objeto são atos ou prestações – relação interpessoal) d. real (poder sobre algo) Classificação > Direitos na coisa própria ó Direitos na cois a alheia In Re própria - Rem aliena => gozo ou garantia Pleno (uso/gozo/disposição) – Limitado (uso/fruição) (Propriedade) (uso, servidão) Constituição> 1. Livre – art. 108 CC Escritura (215) Escritura pode ser dispensada tb em outros casos M inha CMVida hj Programa Casa Verde e Amarela , Sistema Financeiro Habita ção , Cédulas Hipotecárias, Pignoratícias e 1 Direitos das Coisas e Direitos Reais 1196 a 1510 CC (há normas extravagantes – propriedades: intelectual, industrial) Noções preliminares Disciplina jurídica> estudo de normas (pp e regras) sobre o poder do homem sobre bens apropriáveis. Conceito> poder de dominação do titular sobre o bem que exclui ação de terceiros (erga omnes). Características: direito de sequela (seguir o bem em poder de quem quer que o possua ou detenha)1228 e preferência (o titular de um bem pode dar a outrem a garantia de não ser preterido).1419 Diferença > d. pessoal (objeto são atos ou prestações – relação interpessoal) d. real (poder sobre algo) Classificação > Direitos na coisa própria Direitos na coisa alheia In Re própria - Rem aliena=> gozo ou garantia Pleno (uso/gozo/disposição) – Limitado (uso/fruição) (Propriedade) (uso, servidão) Constituição> 1. Livre – art. 108 CC Escritura (215) Escritura pode ser dispensada tb em outros casos MinhaCMVida hj Programa Casa Verde e Amarela, Sistema Financeiro Habitação, Cédulas Hipotecárias, Pignoratícias e
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