A3 PORTUGUES E LIBRAS

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Texto I
"O surdo não é deficiente é apenas diferente." (Desconhecido)
"Ouço com meus olhos e falo com minhas mãos." (Rimar Ramalho Segala – surdo-SP cursando matemática.)
"A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam, sonham e expressam. Permita-se "ouvir" estas mãos, somente assim será possível mostrar aos surdos como eles podem "ouvir"o silêncio da palavra escrita." (Ronice Miller de Quadros)
"Nós, os surdos, precisamos ser incluídos no contexto social. Incluir não é dar oportunidades para mostrarmos nossa capacidade, pois não precisamos provar nada para ninguém, a boa intenção não é inclusão. Inclusão é incluir pelos talentos e não pelas limitações." (Solange Quatrin - instrutora surda - Foz do Iguaçu - 2003)
"...Oh! melhor ter a palavra nas mâos, que mil se derramando da boca para o meu ouvido mouco." (Poetisa surda - Dorothi Miles - 1976)
Disponível em: Libras - Sinais de Inclusão: CITAÇÕES (wwwlibras.blogspot.com) Acesso em: 01/02/2022.
A comunidade surda conta com características culturais que são essenciais para a criação de uma identidade surda. Primeiramente, as pessoas usam a Libras para se comunicar e é bastante comum que os surdos recebam sinais, de acordo com seus traços físicos, como forma de diferenciação. 
Na cultura surda também há literatura, história, teatro, entre outros elementos que permitem a valorização da língua e o modo de vida das pessoas surdas. As produções culturais e artísticas, por exemplo, ainda funcionam como forma de legitimar politicamente a identidade surda.
A comunicação através da Libras, propicia uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes, uma vez que já está previsto em lei a presença de intérpretes de Libras em diferentes instituições públicas , como escolas, universidades, congressos, seminários, programas de televisão entre outros. A lei 10.436 reconhece a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e com isso seu uso pela comunidade surda ganha respaldo do poder e dos serviços públicos.
Existem outros componentes que são considerados parte da cultura surda, como sensibilidade visual, visão aguçada, uso de tecnologias, entre outros. Tudo isso demonstra que existe, de fato, uma riqueza social entre as pessoas surdas e o fato de não verbalizarem não deve ser um fator de exclusão pelos ouvintes.
O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas às classes sociais menos favorecidas, as quais, via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária.
Alternativas Propostas por Bagno (2007) para Combater o Preconceito Linguístico: Valorização da Diversidade Linguística, Educação Linguística.
Essas propostas visam desconstruir estigmas e preconceitos linguísticos, promovendo o respeito à diversidade e reconhecendo a riqueza cultural e linguística da comunidade surda. A implementação efetiva dessas alternativas contribui para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.