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TEMA 4 - Construção dos sistemas de vedação e esquadrias

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Construção dos sistemas de vedação e esquadrias
Prof.ª Dayanne Severiano Meneguete
Descrição Os materiais mais utilizados para a execução de vedação vertical na
construção civil, o sistema construtivo de paredes por gesso
acartonado, os revestimentos de paredes, pisos, tetos e forros e os tipos
e materiais das esquadrias.
Propósito Conhecer os principais tipos de materiais utilizados para alvenaria de
vedação convencional e moderna e compreender o que diferencia o
sistema drywall do sistema convencional. A partir do estudo da
alvenaria de vedação, serão apresentados os principais tipos de
revestimentos utilizados para paredes, pisos, tetos e forros, bem como
os principais tipos de esquadrias.
Objetivos
Módulo 1
Paredes de t�olos cerâmicos
e de blocos de concreto
Reconhecer os materiais mais utilizados
para a execução de vedação vertical na
construção civil.
Módulo 2
Paredes de gesso
acartonado
Identificar o que é o sistema construtivo de
paredes por gesso acartonado.
Módulo 3
Revestimentos de paredes,
pisos, tetos e forros
Nomear os revestimentos de paredes, de
pisos, de tetos e de forros.
Módulo 4
Esquadrias
Interpretar o que são esquadrias, quais os
tipos e os materiais.
Introdução
Olá! Neste vídeo, conheça os principais processos construtivos de vedação
e os tipos de esquadrias.

1 - Paredes de t�olos cerâmicos e de blocos de concreto
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os materiais mais utilizados para a execução
de vedação vertical na construção civil.
Vamos começar!
Com reconhecer os materiais mais
utilizados na construção civil para
vedação vertical
Neste vídeo, vocês conhecerá os materiais mais utilizados para a execução de
vedação vertical na construção civil.

Conceitos gerais e terminologias
Dentro dos elementos que constituem as etapas da construção de edificações,
encontra-se a etapa de alvenaria. Essa é uma das fases mais importantes da
obra, visto que, se não for bem executada, pode gerar diversas patologias na
edificação após o término da construção.
Essa é a etapa que se inicia após todo o processo de preparação do canteiro de
obras, de locação da obra, de execução dos elementos de fundações e
elementos estruturais como pilares, vigas e lajes. Normalmente nesta etapa o
canteiro de obras sofre modificações em seu layout para se adaptar às novas
atividades.
Quando se trata de alvenaria de vedação, temos:
Obras residenciais
Geralmente, a solução mais
comum a ser adotada é a
alvenaria em bloco
cerâmico (tijolo).
Prédios altos
Costuma-se optar por
blocos de concreto, visto
que essas edificações
recebem com maior
incidência as cargas de
vento.
Existem algumas normas relativas à alvenaria. Elas variam em relação ao tipo de
material que a constitui e à sua função, ou seja, se são apenas materiais de
vedação ou se possui função estrutural. Conheça a seguir:

ABNT NBR 8545:1984 
Norma relativa aos procedimentos de execução de alvenaria sem função
estrutural, foi confirmada em 2022.
Essa norma apresenta os tipos de juntas que podem ser adotadas, o
procedimento de execução, o modo de ligação da parede aos pilares, e
considerações acerca dos vãos para portas e janelas (esquadrias).
Norma que apresenta as características dos componentes cerâmicos
para blocos e tijolos utilizados na construção.
Essa norma se destaca, pois abrange os requisitos desse material
considerando formas de classificação, identificação, dimensões,
características físicas e mecânicas, visando, assim, garantir que a
alvenaria de blocos cerâmicos possua precisão dimensional, boa
resistência à compressão, isolamento térmico e acústico, resistência ao
fogo e à penetração da chuva etc.
É importante destacar que, independentemente do tipo de alvenaria, alguns
cuidados durante sua execução devem ser tomados, tendo em vista um bom
resultado final. Veja a seguir:
ABNT NBR 15270:2017 
Alinhamento
Corresponde a uma perfeita
linha reta no assentamento de
cada fileira da alvenaria.
Nivelamento
Consiste em uma uniformidade
horizontal de cada fiada da
alvenaria.
Esquadro
Corresponde ao fechamento do
ângulo de 90° em cada canto da
alvemaria.
Amarração
Consiste na interligação entre
cada uma das peças da
alvenaria, dando à estrutura o
efeito solidário e único.
Segundo Thomaz (2009), as ditas alvenarias de vedação são aquelas destinadas
a compartimentar espaços, preenchendo os vãos de estruturas de concreto
armado, de aço ou de outras estruturas. Assim sendo, devem suportar tão
somente o próprio peso e cargas de utilização, como armários, rede de dormir e
outros.
No geral, as alvenarias de vedação devem apresentar adequada resistência às
cargas laterais estáticas e dinâmicas, advindas, por exemplo, da atuação do
vento, de impactos acidentais etc.
Antes de tratar propriamente dos blocos de concreto e cerâmicos, é importante
conhecer algumas terminologias adotadas na construção civil dentro do
processo da execução de alvenaria. Thomaz (2009) apresenta várias
terminologias, e listamos a seguir as que são consideradas as mais importantes:
Prumo
Consiste na verticalização
perfeira da alvenaria.
 Boneca
Pequeno trecho saliente de alvenaria destinado ao
alojamento de tubulações ou à fixação de marcos de portas
e de janelas.
 Cinta de amarração
Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento,
introduzida e solidarizada às alvenarias para melhorar o
desempenho das paredes frente a essas tensões.
 Contraverga
R f d i l i à ã i lh
A construção das vergas e contravergas pode ser feita com blocos tipo canaleta.
Neste caso deve-se limpar e umedecer as canaletas antes do lançamento do
graute.
Recomendação
Para alvenarias com largura inferior a 11,5cm e vãos acima de 0,80cm
recomenda-se que as vergas e contravergas sejam pré-moldadas ou moldadas
com o auxílio de formas, tomando toda a espessura da parede.
Para vãos de até 1m podem ser moldadas contravergas com altura em torno de
7 a 9cm, utilizando-se blocos seccionáveis; acima dessa medida, recomenda-se
que as contravergas tomem toda a altura da fiada, conforme ilustrado na
imagem a seguir:
Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento,
introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada na parte
inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de
absorver essas tensões.
 Vão “em osso”
Dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou
ainda medida linear entre faces de componentes estruturais
ou de paredes, sem que tenha ocorrido aplicação de
qualquer tipo de acabamento na obra bruta (estrutura e
alvenarias).
 Verga
Reforço de material resistente à flexão e ao cisalhamento,
introduzida e solidarizada às alvenarias sobre os vãos como
os de portas ou janelas, com a finalidade de absorver
tensões que se concentram no entorno dos vãos.
Contravergas com blocos seccionáveis ou blocos tipo canaleta.
Paredes de t�olos cerâmicos
A ABNT NBR 15270-1 (2017) apresenta os requisitos para utilização de blocos
cerâmicos na execução das alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos.
A norma define termos, fixa os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos
exigíveis no recebimento dos blocos. Além disso, a NBR 15270-1 (2017)
considera dois tipos de blocos quanto ao direcionamento de seus furos
prismáticos.
Representação dos blocos cerâmicos de vedação.
A simbologia apresentada na imagem anterior representa as dimensões de
fabricação dos blocos cerâmicos, sendo:
L – largura
H – altura
C – comprimento
No geral, essas dimensões devem ser correspondentes a múltiplos e
submúltiplos do módulo dimensional M = 10cm menos 1cm, conforme
dimensões padronizadas pela ABNT NBR 15270-1, em suas tabelas 3, 4 e 5,
sendo que a tabela 3 da norma apresenta as dimensões nominais de blocos
cerâmicos de vedação, e a tabela 5 apresenta as dimensões nominais exclusivas
para tijolos.
Além dos blocos e meios-blocos existem outros tipos de componentes
cerâmicos complementares que integram as alvenariasde vedação, com
funções específicas, como a canaleta U, que permite a construção de cintas de
amarração, vergas e contravergas; a canaleta J; os blocos de amarração etc.
Tipos de blocos e tijolos cerâmicos.
Além disso, a NBR 15270-1 define as características que os blocos cerâmicos de
vedação devem apresentar, sendo as mais importantes destacadas na tabela
abaixo.
Características visuais
Não apresentar quebras,
superfícies irregulares ou
deformações
Forma Prisma reto
Tolerância dimensional individual
relacionada à dimensão efetiva
± 5 mm
(largura, altura ou comprimento)
Tolerância dimensional
relacionada à média das
dimensões efetivas
± 3 mm
(largura, altura ou comprimento)
Espessura das paredes internas
dos blocos
≥ 6 mm
Espessura das paredes externas
dos blocos
≥ 7 mm
Desvio em relação ao esquadro ≤ 3 mm
Planeza das faces Flecha ≤ 3 mm
Resistência à compressão (área
bruta)
≥1,5 MPa (para furos na
horizontal)
≥3,0 MPa (para furos na vertical)
Índice de absorção de água (AA) 8% ≤ AA ≤ 22%
Tabela – Características exigidas para os blocos cerâmicos de vedação.
Adaptada de NBR 15270-1 (2017) e Thomaz (2009).
Cabe ressaltar que existem diversas exigências e recomendações técnicas de
projetos de alvenarias de vedação, nos quais devem ser considerados, além do
próprio desempenho mecânico, as exigências relacionadas à estanqueidade à
água, à isolação térmica, à isolação acústica, à resistência ao fogo e a outras
características. Segundo Thomaz (2009), com relação à seleção do sistema de
blocos deve-se considerar os itens a seguir:
Dimensōes modulares / peso dos blocos (aspectos ergonômicos e de
produtividade).
Disponibilidade de blocos especiais (para coordenaçāo modular nos
encontros entre paredes).
Disponibilidade de peças complementares (meio-blocos, canaletas,
blocos compensadores).
Regularidade geométrica e integridade das arestas.
Embalagem / paletização.
Facilidade de embutimento de dutos / fixação de esquadrias.
Capacidade de sustentação de peças suspensas.
Absorção de água / expansão higroscópica / risco de eflorescências.
Rugosidade superficial/capacidade de aderência de revestimentos
Resistência à compressão.
Isolação térmica e isolação acústica.
Resistência ao fogo.
Segundo a NBR 8545 (1984), a execução das alvenarias deve obedecer ao
projeto executivo e suas respectivas determinações com relação a posições e
espessuras. Além disso, o projeto de estrutura deve definir a etapa da obra e a
sequência de execução das vedações em cada pavimento.
Recomendação
Segundo Thomaz (2009), no caso de edificações de múltiplos andares em
estruturas convencionais de concreto armado, recomenda-se iniciar os serviços
de alvenaria no mínimo após 28 dias da concretagem do respectivo pavimento,
após completa retirada das escoras e sem que sobre ele estejam atuando
cargas do pavimento superior.
Ao se iniciar o processo de execução da alvenaria, existe a primeira etapa,
considerada uma das mais importantes, em que se tem o assentamento da
primeira fiada. Essa etapa deve ser executada após rigorosa locação das
alvenarias, feita com base na transferência de cota e dos eixos de referência
para o andar onde estão sendo realizados os serviços.
No caso da execução da alvenaria no plano vertical, primeiramente deve ser feito
o completo nivelamento do andar, com a utilização de ferramentas como o nível
lazer, nível de mangueira ou nível alemão. Veja na imagem a seguir:
Execução da alvenaria de vedação.
Nessa etapa deverá ser considerada particularmente as cotas das soleiras de
portas de elevador e de peitoris de janelas, sempre alinhadas em todas as
fachadas, efetuando-se eventuais correções de nivelamento com
engrossamento da camada de assentamento da primeira fiada.
Atenção!
O assentamento dos blocos da primeira fiada irá influenciar diretamente a
qualidade de todas as demais características da alvenaria, ou seja, modulação
horizontal e vertical, nivelamento das fiadas e espessura da camada de
assentamento.
Blocos de concreto
Blocos de concreto podem ser utilizados para execução de alvenaria com ou
sem função estrutural. No caso de alvenaria sem função estrutural com blocos
de concreto tem-se a aplicação de blocos vazados de concreto. Esses blocos
são assentados com argamassa e telas metálicas de ligação a fim de evitar
problemas de fissura da junção entre a estrutura (pilares e vigas) com a
alvenaria de blocos. Tal técnica também é válida para blocos cerâmicos. A
imagem a seguir ilustra a aplicação da técnica.
Fixação entre alvenarias e pilares com o emprego de tela metálica.
Souza et al(2008) afirmam que, no caso da alvenaria de bloco de concreto sem
função estrutural, a sua execução se divide nas fases a seguir:
1. Locação da alvenaria.
2. Execução da primeira e segunda fiadas.
3. Elevação das paredes.
4. Juntas de controle.
5. Vergas e contravergas.
6. Cintas de amarração quando necessárias.
Cabe ressaltar que para atender as necessidades de produção, o projeto de
alvenaria sem função estrutural deve contemplar plantas de locação da primeira
e segunda fiadas, paginação das paredes, com indicação de blocos especiais,
embutimento de instalações, vãos ou aberturas, vergas e contravergas. Esses
procedimentos, no entanto, são mais comuns para edificações multifamiliares
de vários andares. Para obras residenciais que usualmente são térreas ou com
apenas 2 pavimentos, é mais comum seguir as especificações e dimensões
indicadas no projeto executivo fornecido pelo arquiteto.
Usualmente o bloco de concreto sem função estrutural utilizado é o bloco
vazado de concreto simples para vedação. Sua classificação é feita pela ABNT
NBR 6136 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – requisitos de
2016, que determina suas características gerais, características mecânicas,
lotes, amostragem etc.
Conheça, a seguir, os tipos de blocos utilizados:
Bloco vazado de concreto simples
A NBR 6136 (2016) define bloco vazado de concreto simples como
componente para execução de alvenaria, com ou sem função estrutural,
vazado nas faces superior e inferior, cuja área líquida é igual ou inferior
a 75% da área bruta.
Blocos em concreto tipo canaleta
Os blocos de concreto sem função estrutural também podem ser
fornecidos no formato de blocos tipo canaleta. Estes blocos são
componentes da alvenaria, vazados ou não, com conformação
geométrica, criados para racionalizar a execução de vergas,
contravergas e cintas.
Bloco compensador
No caso dos blocos de concreto, ainda existem, segundo a NBR 6136
(2016), o bloco compensador, que é um componente da alvenaria cujo
objetivo é auxiliar no ajuste da modulação das paredes.
Sua classificação segundo a norma é Classe C, que considera a resistência à
compressão axial sendo . Para atingir tal resistência é necessário
a utilização de cimento Portland, agregados e água.
O cimento deve obedecer às especificações das normas brasileiras de cimento,
que determinam os procedimentos para preparação de concretos e argamassas.
Conheça a seguir as normas envolvidas:
fbk ≥ 3MPa
ABNT NBR
15900-1
Estabelece os
requisitos
referentes à água
de amassamento.
ABNT NBR
7211
Estabelece os
requisitos
referentes aos
agregados
graúdos e miúdos.
ABNT NBR
11768
Estabelece as
recomendações
para a utilização
de aditivos.
Além disso, os blocos de concreto vazados sem função estrutural devem ser
fabricados e curados por processos que assegurem a obtenção de um concreto
suficientemente homogêneo e compacto que atenda todas as exigências da
NBR 6136 (2016).
Atenção!
É importante que os blocos tenham arestas vivas e não possuam trincas,
fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento ou afetar
a resistência e durabilidade da construção.
Para a aquisição dos blocos de concreto, de modo geral, algumas atribuições
relativas devem ser atendidas, sendo:
1. Fazer a programação, com a antecedência necessária, da entrega dos
blocos, evitando atrasos, faltade peças e outros inconvenientes.
2. Emitir ordem de compra em que constem as informações a seguir:
Número das normas pertinentes (informar que o bloco deve estar em
conformidade com as normas da ABNT).
Classe do bloco (classe e especificação).
Dimensões nominais e dimensões modulares.
Se o bloco será destinado à alvenaria aparente.
Resistência característica à compressão dos blocos.
Quantidade de blocos por dimensões (a unidade de compra é o bloco).
Informar se a descarga está ou não inclusa no fornecimento.
Aviso constando que os blocos de concreto (lotes) que não atenderem
às especificações serão devolvidos.
Local de entrega e outras condições particulares e especificadas no
projeto.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
É importante destacar que, independentemente do tipo de alvenaria, alguns
cuidados durante sua execução devem ser tomados, visando, assim, a um
bom resultado final.
I. Corresponde a uma perfeita linha reta no assentamento de cada fileira da
alvenaria.
II. Corresponde ao fechamento do ângulo de 90º em cada canto da alvenaria.
III. É a interligação entre cada uma das peças da alvenaria, dando à estrutura
o efeito solidário e único.
IV. É a verticalização perfeita da alvenaria.
A correspondência correta aos conceitos listados é:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Alinhamento corresponde a uma perfeita linha reta no assentamento de cada
fileira da alvenaria. Esquadro corresponde ao fechamento do ângulo de 90º
em cada canto da alvenaria. Amarração é a interligação entre cada uma das
A I. Esquadro; II. Alinhamento; III. Prumo; IV. Amarração
B I. Alinhamento; II. Esquadro; III. Prumo; IV. Amarração
C I. Esquadro; II. Alinhamento; III. Amarração; IV. Prumo
D I. Alinhamento; II. Esquadro; III. Amarração; IV. Prumo
E I. Prumo; II. Alinhamento; III. Amarração; IV. Esquadro
peças da alvenaria, dando à estrutura o efeito solidário e único. E prumo é a
verticalização perfeita da alvenaria.
Questão 2
Existem algumas terminologias adotadas na construção civil dentro do
processo da execução de alvenaria, sendo consideradas as mais
importantes:
I. Boneca: Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento,
introduzida e solidarizada às alvenarias para melhorar o desempenho das
paredes frente a essas tensões.
II. Contraverga: Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento,
introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada na parte inferior de vãos,
como os de janelas, com a finalidade de absorver essas tensões.
III. Vão “em osso”: Dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou
ainda medida linear entre faces de componentes estruturais ou de paredes,
sem que tenha ocorrido aplicação de qualquer tipo de acabamento na obra
bruta (estrutura e alvenarias).
É correto o que se afirma em:
Parabéns! A alternativa E está correta.
A Apenas I
B Apenas II
C Apenas III
D Apenas I e III
E Apenas II e III
Boneca é o pequeno trecho saliente de alvenaria destinado ao alojamento de
tubulações ou à fixação de marcos de portas e janelas, sendo assim, o que se
afirma em I está incorreto. Contraverga é o reforço de material resistente à
tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada
na parte inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de absorver
essas tensões, logo, o que se afirma em II está correto. E vão “em osso” são
as dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou ainda medida
linear entre faces de componentes estruturais ou de paredes, sem que tenha
ocorrido aplicação de qualquer tipo de acabamento na obra bruta (estrutura e
alvenarias), logo o que se afirma em III está correto.
2 - Paredes de gesso acartonado
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car o que é o sistema construtivo de paredes por
gesso acartonado.
Vamos começar!
O que é o sistema construtivo
denominado drywall?
Neste vídeo, você entenderá o que é o sistema construtivo denominado drywall.
Conceitos gerais e componentes do
sistema
O sistema conhecido como drywall é uma evolução do denominado gesso
acartonado. Este sistema reflete a denominada construção industrializada para
instalação de vedações internas de qualquer tipo de edificação, incluindo
paredes não estruturais, forros, revestimentos, sendo utilizado, também, na
montagem de mobiliário.
Segundo o Manual da Construção Industrializada publicado pela Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI em 2015, essa tecnologia surgiu
nos Estados Unidos em 1894, quando Augustine Sackett e Fred Kane inventaram
as chapas para esse sistema, compostas por massa de gesso prensada entre
duas folhas de cartão. No Brasil, o sistema drywall chegou em 1970 pela
Gypsumdo Nordeste, sendo esta a primeira fábrica de chapas de gesso para
drywall instalada no país. 
Com o passar dos anos o sistema passou a ser normatizado, tendo na
atualidade suas diretrizes definidas pela ABNT NBR 15.758:2009, confirmada em
2020, que apresenta as orientações para a correta aplicação do drywall em
variadas situações, devendo ser considerada desde a elaboração do projeto até
a montagem do sistema na obra. A norma se divide em três partes, sendo:

Parte 1
Requisitos para
sistemas usados
como paredes.
Parte 2
Requisitos para
sistemas usados
como forros.
Parte 3
Requisitos para
sistemas usados
como
revestimentos.
Dessa forma, para efeitos deste estudo serão abordados os assuntos e
premissas indicados na primeira parte da norma que aborda as diretrizes para
projeto e seleção de sistemas construtivos de paredes em chapas de gesso para
drywall os procedimentos executivos para montagem e instalação e as
verificações para o recebimento dos serviços.
Atenção!
Para construções habitacionais é necessário seguir as premissas definidas pela
NBR 15.575:2012 - Desempenho de edificações habitacionais que estabelece
níveis de exigência de desempenho acústico, resistência ao fogo, durabilidade
etc.
Além das prerrogativas de norma, existe uma página do Governo Federal da
Associação Brasileira do Drywall que contém informações e é adotada como
referência de conhecimento técnico, padrões de qualidade e desempenho dos
sistemas drywall para paredes, forros, revestimentos e mobiliário fixo em toda a
cadeia de negócios da construção civil.
Os materiais que formam os componentes do sistema drywall se dividem em:
Chapas de gesso Per�s de aço
Lã de vidro Tratamento das juntas
As placas de gesso cartonado são fabricadas industrialmente mediante um
processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre
duas lâminas de cartão, apresentando-se sob a forma de placas retangulares
com espessuras e dimensões variáveis.
As placas de drywall são divididas em função do tipo de aplicação, sendo:
Placas
brancas
standard (ST)
São indicadas para
aplicação em áreas
secas.
Placas verdes
resistentes à
umidade (RU)
São indicadas para
aplicação em áreas
sujeitas à umidade
por tempo limitado de
forma intermitente.
Placas rosa
resistentes ao
fogo (RF)
São indicadas para
aplicação em áreas
secas e que
necessitam de um
maior resistência ao
fogo.
Os perfis de aço utilizados para a fixação das placas de gesso acartonado são
fabricados industrialmente mediante um processo de conformação contínua a
frio, por sequência de rolos a partir de chapas de aço revestidas com zinco, pelo
processo contínuo de zincagem por imersão a quente.
Atenção!
Os perfis de aço para sistemas em drywall independentemente do fabricante,
devem obedecer à ABNT NBR 15217:2018 — Perfilados de aço para sistemas
construtivos em chapas de gesso para drywall — Requisitos e métodos de
ensaio.
Cada tipo de fabricante apresentará em seu catálogo os tipos de perfis contendo
informações como:
modelo.
desenho esquemático.
código de referência.
dimensões nominais.
indicações para locais de utilização, ou seja, se são utilizados em
paredes, forros e/ou revestimentos.
A imagem a seguir apresentauma relação de perfis publicados pelo Manual de
Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos da Associação
Brasileira do Drywall de 2006.
Tipos de perfis – Sistema drywall.
Sobre os elementos utilizados para fixação das peças e dos componentes do
sistema drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos
construtivos (lajes, vigas pilares etc.), pode ser realizada a ligação com as
seguintes peças:
Buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6mm.
Rebites metálicos com diâmetro mínimo de 4mm.
Fixações à base de “tiros” com pistolas específicas para esta
finalidade.
Em casos específicos, a fixação das guias pode ser feita com adesivos
especiais.
No geral, os componentes para fixação do sistema drywall se dividem em dois
tipos:
Metal/metal
É o grupo para fixação dos
perfis metálicos entre si.
Chapa/metal
É o grupo para fixação das
chapas de gesso sobre os
perfis metálicos.
Sendo assim, devem ser observadas algumas regras relativas à utilização dos
parafusos:
 Lentilha ou panela
Para fixação de perfis
metálicos entre si
(metal/metal).
 Trombeta
Para fixação de chapas de
gesso sobre perfis
metálicos.
 Ponta agulha
P fi ã d h
Com base nas regras relativas à utilização dos parafusos, considerando o tipo de
cabeça do parafuso com relação ao material a ser fixado e o tipo de ponta do
parafuso com relação à espessura da chapa metálica a ser perfurada, cada
fabricante fornece em seus catálogos os modelos de parafusos, de modo que
suas especificações, como, por exemplo, resistência, atendam as especificações
de norma. A imagem abaixo ilustra os tipos de parafusos, seu código,
comprimento e sua utilização.
Para fixação de chapas
metálicas com espessura
máxima de 0,7 mm.
 Ponta broca
Para fixação de chapas
metálicas com espessura
de 0,7 mm até 2,0 mm.
Tipos de parafuso.
Paredes de gesso acartonado
Como dito anteriormente, os sistemas construtivos em placas de gesso são
soluções adequadas para o interior de edifícios, podendo ser utilizados em obras
novas e em obras de reabilitação. Esse sistema se divide em três grupos, porém,
dependendo do tipo de aplicação, o sistema pode apresentar inúmeras
combinações de estrutura e placa, devendo ser cumpridas as recomendações
específicas adequadas, conforme determinações de norma e do respectivo
fabricante do produto. Dessa forma, o produto garantirá as exigências
estruturais, funcionais e estéticas previstas, e atenderá a norma de desempenho
NBR 15.575:2013.
No caso das paredes em drywall tem-se elementos
constituídos por chapas de gesso aparafusadas em ambos os
lados de uma estrutura de aço galvanizado, que pode ser
simples ou dupla.
No geral, sua forma de montagem e os materiais utilizados irão definir seu nível
de desempenho, que poderá variar conforme o número de chapas, a dimensão e
posicionamento da estrutura e da incorporação de elementos isolantes térmicos
ou acústicos no seu interior.
Por exemplo, para as paredes de drywall de alto desempenho acústico, deve
haver a especificação de banda acústica no contato do perímetro das vedações
em drywall com o suporte. As imagens que seguem exemplificarão as
perspectivas dos sistemas de vedação em drywall.
Sistemas de vedação vertical
Perspectiva de parede drywall
com uma chapa de cada lado.
Sistemas de vedação vertical
Perspectiva de parede drywall
com uma chapa de cada lado
com lã isolante.
Sistemas de vedação vertical
Perspectiva de parede drywall
com duas chapa de cada lado.
Sistemas de vedação vertical
Perspectiva de parede drywall
com duas chapas de cada lado
com lã isolante.
Segundo a ABDI (2015), a nomenclatura das paredes de drywall, ou seja, a
definição de sua descrição é feita por uma sequência de até 9 itens, entre
números e letras, que definem as seguintes características:
1ª Letra - Identificação do tipo de parede pelo fabricante
1º Número - Espessura total da parede (mm)
2º Número - Largura dos montantes (mm)
3° Número - Largura dos montantes (mm)
Detalhe construtivo dos montantes: MD - montante duplo; e MS -
montante simples
DE (L ou S) - dupla estrutura (ligada ou separada)
Chapas 1ª face - quantidade e tipos de chapas de uma face
Chapas 2ª face - quantidade e tipos de chapas da outra face
LM - presença de lã mineral (de vidro/de rocha) com quantidade de
camadas e respectivas espessuras
Dessa forma, ao se consultar a nomenclatura das paredes para áreas úmidas,
recomenda-se usar chapas do tipo resistente à umidade (RU), em que há divisão
entre áreas secas e áreas úmidas (por exemplo sala/cozinha). Sendo assim,
pode-se usar a chapa resistente somente do lado da área úmida; ou, por
exemplo, para áreas onde há necessidade de resistência ao fogo (como saídas
de emergência), recomenda-se usar chapas do tipo resistência ao fogo (RF).
Veja a seguir exemplos de nomenclatura para paredes de drywall:
Parede resistente à
umidade (RU)
Parede resistente ao
fogo (RF)
Cabe ressaltar que o sistema de paredes de gesso acartonado – drywall possui
algumas limitações:
Deve sempre ser utilizado em áreas internas e não sujeitas a
intempéries.
Não possui função estrutural e sua utilização deve limitar-se à função
de vedação ou de compartimentação.
Não deve ser utilizado em ambientes com umidade elevada e contínua,
tais como saunas ou piscinas aquecidas e cobertas.
Deve-se utilizar somente os componentes recomendados pelos
fabricantes de chapas de gesso.
Mesmo com algumas limitações, segundo o Sinduscon-MG (2012), o sistema de
paredes por drywall possui várias vantagens, como:
 Desempenho térmico e acústico
Seu bom desempenho térmico garante a manutenção de
temperadoras, isolando do frio e de temperaturas extremas,
i b d h ú i d d
assim como o bom desempenho acústico, de acordo com o
projeto das paredes, pode contribuir para isolar ruídos.
 Flexibilidade
É possível planejar e montar paredes, revestimentos e forros
com facilidade, além disso, apresenta grande versatilidade
para maior liberdade de criação.
 Orçamento
O custo de materiais é mais baixo e proporcional ao
tamanho da obra.
 Menor peso
Adequado a terrenos com pouca estabilidade, áreas que
tenham aterro, terrenos úmidos e regiões íngremes.
 Aumento da área útil (privativa/vendável)
Possibilita ganhos na área privativa para a mesma área de
laje (paredes mais “finas”) e facilita a personalização das
unidades, atendendo às modificações dos clientes com
menor custo.
 Praticidade de reparo dos sistemas elétrico e
hidráulico
Os sistemas elétrico e hidráulico são de mais fácil acesso.
 Tempo de obra
É um sistema cuja produtividade é alta e independe de
fatores meteorológicos, como sol e chuva.
 Redução do resíduo
Por ser um sistema de montagem planejado (por exemplo:
chapas com o pé-direito da obra), permite que não ocorra
tanto desperdiço. Processo mais industrializado.
 Menor volume
Apresenta menor volume para movimentação e estocagem.
Outro aspecto importante que deve ser tratado sobre o sistema de paredes em
drywall é como funcionam as instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias etc.
Entenda a seguir:
Devem ser usados eletrodutos metálicos ou plásticos rígidos ou flexíveis.
No caso do emprego de eletrodutos corrugados, é recomendada a
utilização de protetores nos furos dos montantes quando eles possuírem
furos circulares. As caixas de chegada destas instalações podem ser
fixadas na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio
de travessas horizontais metálicas, ou ainda diretamente nas chapas de
 Racionalização da construção/posterga o �uxo
�nanceiro
No período de produção, posterga desembolsos. No
sistema tradicional, se executa ao mesmo tempo a parte
externa e a interna (lembrando que nestas há a hidráulica e
elétrica).
 Independência
A estrutura pode ser executada de maneira independente
das vedações e instalações, aumentando a precisão
dimensional e a produtividade.
 Sistema normatizado
Da especificação até a manutenção,todo o sistema é
normatizado para as paredes, forros ou revestimento.
Instalações elétricas, de som ou de telefonia 
gesso, utilizando-se caixas especialmente desenvolvidas para os
sistemas drywall.
Podem ser utilizadas tubulações rígidas de PVC, de cobre ou de aço, ou
ainda com tubulação flexível tipo PEX para água fria ou quente. De modo
geral, é recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes
quando estes possuírem furos circulares. No caso de tubulação e
conexão de cobre é obrigatória a utilização de isolamento em torno
destes elementos a fim de que não haja contato destes com os
montantes de aço galvanizado, evitando assim as reações galvânicas.
Por fim, para os seus pontos de saída os elementos podem ser fixados na
estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de
travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda
diretamente nas chapas de gesso, utilizando-se peças especialmente
desenvolvidas para os sistemas.
Podem ser executadas com tubulação rígida de PVC. No caso de
tubulações com diâmetro superior ao da estrutura da parede, recomenda-
se utilizar parede com dupla estrutura. E para os pontos de saída destas
instalações, sua fixação também pode ser feita na estrutura da parede,
diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais
metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de
gesso, utilizando-se peças especialmente desenvolvidas para os
sistemas.
Instalações hidráulicas 
Instalações sanitárias 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O sistema de paredes por drywall possui várias vantagens, como:
I. Desempenho térmico e acústico.
II. Flexibilidade.
III. Capacidade de resistência estrutural.
IV. Maior volume de movimentação e estocagem.
É correto o que se afirma em:
Parabéns! A alternativa A está correta.
O sistema drywall possui excelente desempenho térmico e acústico, além de
flexibilidade, porém não possui capacidade de resistência estrutural e
apresenta um menor volume de movimentação e estocagem. Logo, apenas o
que se afirma em I e II são vantagens corretas do sistema.
Questão 2
Sobre os elementos utilizados para fixação das peças e dos componentes do
sistema drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos
construtivos (lajes, vigas pilares etc.), pode ser realizada a ligação com as
seguintes peças:
I. Buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 4mm.
II. Rebites metálicos com diâmetro mínimo de 6mm.
A Apenas I e II
B Apenas II e III
C Apenas III e IV
D Apenas II e IV
E Apenas I e IV
III. Fixações à base de “tiros” com pistolas específicas para esta finalidade.
IV. Em casos específicos, a fixação das guias pode ser feita com adesivos
especiais.
É correto o que se afirma em:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A afirmativa I está incorreta, pois, o diâmetro mínimo é de 6mm. E a
alternativa II está incorreta, pois, o diâmetro mínimo é de 4mm. A afirmativa
III está correta, pois, o sistema drywall é fixado à base de ‘tiros’ com pistolas
específicas para esta finalidade. E, por fim, a afirmativa IV está correta, pois,
em situações específicas a fixação das guias pode ser feita com adesivos
especiais.
A Apenas I e II
B Apenas II e III
C Apenas III e IV
D Apenas II e IV
E Apenas I e IV
3 - Revestimentos de paredes, pisos, tetos e forros
Ao �nal deste módulo, você será capaz de nomear os revestimentos de paredes, de pisos, de tetos e
de forros.
Vamos começar!
Como identi�car os revestimentos de
paredes, de pisos, de tetos e de forros
Neste vídeo, você conhecerá quais são os revestimentos de paredes, de pisos,
de tetos e de forros.

Revestimentos de paredes
Entende-se por revestimento toda a camada utilizada como proteção ou
acabamento de superfícies de uma edificação ou obra de engenharia. As
superfícies podem ser:
Verticais
Como as paredes.
Horizontais
Como os pisos e tetos ou forros.
Na fase dos revestimentos é feita a regularização das superfícies com o intuito
de proporcionar uma ou mais características:
maior resistência mecânica (ao choque ou à abrasão);
maior impermeabilização;
tornar as superfícies laváveis e, portanto, mais higiênicas;
aumentar o isolamento térmico e aumentar o isolamento acústico.
Além dessas características, outra muito desejada é a questão estética: os
revestimentos agregam beleza e valor às edificações.
Os revestimentos de paredes são classificados em argamassados e não-
argamassados.
Revestimentos argamassados
Depois que a alvenaria de vedação é concluída e todas as instalações das
tubulações (hidráulica, esgoto, elétrica, gás, exaustão etc.) são finalizadas e
testadas, a próxima etapa construtiva da edificação é o revestimento
argamassado, que:
Consiste na aplicação de uma ou mais camadas superpostas
de argamassas com traços diferentes na alvenaria e nas
estruturas, cada qual desempenhando uma função.
Essas camadas, juntas, têm o objetivo de regularizar e uniformizar as
superfícies, corrigindo irregularidades, prumos, alinhamentos dos painéis e ainda
atuam como camada de proteção contra a infiltração. No procedimento
tradicional são utilizadas três camadas, contínuas e uniformes. São elas:
Chapisco
É a camada mais superficial (primeira camada) e é constituído de cimento
e de areia grossa, sendo utilizado em média na proporção de 1:3. O
chapisco deve ser bastante fluído e aplicado sobre superfícies
previamente umedecidas, formando uma camada fina, de 3 a 5 mm, cuja
principal propriedade é de aderência para as demais camadas. Ele
também age como um selador, entre a alvenaria e as estruturas e as
camadas que virão na sua sequência.
Objetivo: Aderência e primeira camada de proteção mecânica.
Emboço
É uma camada que se diferencia do chapisco, pois possui uma
consistência mais espessa. Ele é composto por cimento, cal e areia
média. A cal é importante, pois garantirá maior trabalhabilidade à mistura,
reduzindo as fissuras. O traço usual é de 1:2:8. O emboço é a argamassa
de regularização que uniformiza a superfície, corrigindo irregularidades,
prumos e alinhamento dos painéis. O emboço também protege a
alvenaria e as estruturas de intempéries. Sua espessura pode variar
bastante dependendo da qualidade dos componentes, mas o ideal é que
ele fique perto de 2cm nos painéis internos e um pouco mais grosso
(4cm) nas fachadas.
Objetivo: Regularização, aplicado para nivelamento antes da instalação de
revestimento.
Reboco
É uma camada com boa consistência de cimento, cal e areia fina. Deve
ser aplicado em uma fina camada, de 2 a 5 mm. Ele finaliza a superfície,
deixando-a com um aspecto agradável, acetinado e com pouca
porosidade. Após a sua aplicação, as paredes estarão prontas para serem
pintadas.
Objetivo: Acabamento. É a camada que antecede os elementos da pintura.
A NBR 7200 (1988), confirmada em 2022, informa que as idades mínimas a
aplicação das camadas são:
3 dias
De idade do chapisco para a
aplicação do emboço.
7 dias
De idade do emboço para
início dos serviços de reboco.
Além dessas argamassas convencionais, existem na atualidade diversas
argamassas especiais, sendo estas de grande variedade e industrializadas para
aplicação imediata, o que facilita a preparação da mistura na obra e o tempo de
execução do serviço.
Essas características as tornam muito competitivas, pois é
possível obter a redução do desperdício, aumentar o controle
tecnológico do material e reduzir o tempo de execução.
Porém, devem ser seguidas as recomendações para preparo e para aplicação
dos fabricantes, a fim de se garantir os resultados esperados.
Por fim, existem outros tipos de revestimentos argamassados. Considerando o
reboco como o último acabamento do revestimento, existem alguns tipos de
reboco que dispensam, inclusive, até pintura.
Exemplo
Reboco hidrófugo, reboco impermeável, cimento queimado, estuque lúcido,
reboco travertino, massa raspada, granilite e massa acrílica.
Revestimentosnão argamassados
Os revestimentos não argamassados são assentados ou fixados por cima de
uma ou mais camadas, descritas anteriormente, que fazem parte dos
revestimentos argamassados. Esse tipo é constituído por outros elementos além
das argamassas e podem ser naturais ou artificiais. Alguns elementos são
assentados sobre o emboço com argamassa colante, outros podem ser
instalados sobre o chapisco por meio de estruturas especiais de fixação.
Revestimentos cerâmicos
Dentre os revestimentos não argamassados mais comuns destacam-se os
revestimentos cerâmicos, constituídos basicamente de uma mistura de argilas
com outras substâncias inorgânicas, que passam por um processo de
prensagem e queima.
Possuem diversos formatos e grande variedade de cores, acabamentos e
padrões. Suas principais funções são oferecer proteção (elevada resistência à
compressão e abrasão) e decorar o ambiente. São aplicados com argamassas
de assentamento. Oferecem diversas vantagens:
proteção mecânica e química;
efeito antialérgico;
facilidade de limpeza;
baixa absorção de água;
boa durabilidade;
anti-inflamável.
Porcelanatos
Os porcelanatos são uma tecnologia mais avançada do revestimento cerâmico,
pois são produzidos a partir de uma mistura de argila e de outros materiais mais
nobres, que dão origem a uma placa densa, queimada a uma temperatura
superior à do revestimento cerâmico “normal”. Oferece as mesmas vantagens
deste, mas apresenta uma menor absorção de água e uma maior resistência
mecânica. O porcelanato permite o uso de juntas menores que as dos
revestimentos cerâmicos, veja o comparativo a seguir:
Cerâmica Porcelanato
Revestimentos de pedras naturais
Há também os revestimentos de pedra natural, os quais são constituídos de
diversos tipos de rochas decorativas utilizadas para essa finalidade, como o

arenito, o granito, o gnaisse e a pedra mineira. Os seixos e as pedras
portuguesas também vêm sendo bastante utilizados. Essas peças podem ser
cortadas, regulares ou irregulares e podem ter algum tipo de beneficiamento. A
forma de assentamento varia, podendo ser assentados sobre o chapisco ou
sobre o emboço com a utilização de argamassa colante ou outro material.
Veja a seguir exemplos de revestimentos de parede com pedra natural:
Pedra hitam Pedra
travertino
Pedra mojave
Revestimentos de rochas naturais
Há ainda os revestimentos feitos a partir do beneficiamento das chapas de
mármores, granitos e quartzitos. Estes são materiais denominados rochas
naturais, que passaram por beneficiamento e são vendidos em chapas. Por se
tratar de um material essencialmente natural, devem ser analisados e avaliados
quanto ao local de instalação.
Alguns desses materiais podem apresentar oxidação, diferenças de tonalidades
e apresentar manchas ao longo do tempo. Deve-se ter muito cuidado com o
emprego desses materiais na cor clara.
Comentário
Os quartzitos claros são mais resistentes às manchas, mas, por outro lado, o
material tende a apresentar algumas fissuras e até trincas maiores. A sua
instalação pode ser feita diretamente no chapisco e deve-se utilizar ganchos de
fixação além da argamassa de assentamento.
Revestimentos de madeira
Há também os revestimentos de madeira, considerados extremamente nobres.
Para esse tipo de revestimento utiliza-se diversos tipos de madeira, como
madeira de demolição, MDF e lambril, que é o revestimento mais comum
(imagem a seguir). Ele é composto por placas ou réguas de madeira maciça de
alta qualidade que são encaixadas com bordos em macho e fêmea. A fixação
das madeiras nas paredes é feita com caibros, fixos em linhas paralelas à
posição de assentamento das peças. A imagem abaixo ilustra o revestimento de
lambril de madeira pintado na parede.
Revestimento de lambril de madeira pintado na parede.
Diversos materiais estão surgindo no mercado, e a busca pela rapidez na
instalação é um dos principais motivos pelos quais as pessoas têm buscado
outras alternativas. Podem ser citados alguns que ganharam muito espaço nos
últimos anos: laminado, vinílico, ACM (feito com placas de alumínio composto) e
cimentício.
Atenção!
Em relação a todos os materiais, é fundamental se atentar às especificações do
fabricante, utilizando juntas de espaçamento adequados e rejuntes, quando
necessário.
Revestimentos de pisos
São diversos os tipos de materiais que podem ser utilizados em pisos. Em
edificações, eles são instalados sobre o contrapiso, executado normalmente
após a instalação dos revestimentos de parede e dos forros. Nas paredes, é
deixada apenas a última fiada de revestimento para ser instalada após o piso.
Existem também os pisos externos, que podem ser executados sobre outra base
ou diretamente sobre o solo compactado.
Basicamente, todos os materiais descritos para serem utilizados em paredes
podem ser utilizados nos pisos, contudo, é importante observar que:
O desgaste do revestimento do piso é muito maior do que o
da parede, então, primeiro é necessário classificar a área de
instalação, que pode ser classificada em tráfego leve, médio
ou pesado. Com a área classificada, pode-se escolher os
revestimentos apropriados para instalação no local.
Pisos de madeira
São comumente utilizados em pisos do tipo soalho (tábua), taco e parquet. Estes
podem ser fixados sobre o contrapiso ou sobre o vigamento. Veja alguns
exemplos:
Taco de madeira Réguas de madeira
Pisos intertravados de concreto
Há os pavers e os bloquetes, denominados como pisos intertravados de
concreto. Estes pisos consistem em peças pré-moldadas de concreto que
podem ser aplicadas diretamente sobre o solo compactado, quando este
satisfaz as condições exigidas. Também é comum ser utilizada uma camada de
areia de assentamento sobre o solo.
Trata-se de pavimentos flexíveis em que os blocos são travados pelo encaixe
entre as peças e pela areia de selagem. Oferecem excelente resistência e
durabilidade, além do baixo custo e utilização imediata após a instalação. A
imagem seguinte explicita o assentamento de pisos pavers.
Exemplo de piso pavers.
Pisos de alta resistência em concreto
armado
Por fim, tem-se os pisos de alta resistência em concreto armado. Este tipo de
piso é indicado para áreas de tráfego mais intenso, como pátios de
estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões e postos de
combustíveis. Estes devem ser dimensionados individualmente com juntas e
barras de transferências. A imagem abaixo demonstra um piso feito de concreto
de alta resistência.
Exemplo de alta resistência em concreto armado.
Revestimentos para tetos e forros
Os revestimentos de tetos e forros são elementos de acabamentos internos de
uma edificação que revestem a parte superior do ambiente. Para um
desempenho adequado, tais revestimentos devem ser resistentes à propagação
de chamas e à ação de fungos e de insetos.
Revestimentos de tetos
Os revestimentos de teto são divididos em dois grupos:
Lajes aparentes
Consistem no teto sem nenhum
revestimento especial, deixando o
concreto e outros elementos que
compõe a estrutura de cobertura
de uma edificação aparentes. Em
alguns casos, o concreto pode
receber pintura ou um tratamento
com verniz.
Tetos argamassados
Consistem no caso em que no teto
é realizada a aplicação do
revestimento argamassado da
mesma forma que se revestem as
paredes, com as camadas
descritas em Revestimentos de
parede argamassados (chapisco,
emboço e reboco).
Revestimentos de forros
O forro reveste o teto, podendo estar afastado deste (forro falso) ou não, e é um
sistema que regula o espaço e o conforto acústico, térmico e lumínico do
ambiente. Existem vários tipos de forros, como forros de madeira, de gesso,
metálicos, de fibra mineral, de PVC etc.
Forro de madeira
Os forros de madeira são executados como forro falso em chapas, réguas ou
colmeias, fixados por meio de vigamentos, tarugamentos e contraventamento.
As imagens abaixo explicitam um forro falso em chapas e um forro fixado por
meio de vigamentos.
Forrofalso em chapas.
Forro fixado por meio de vigamentos.
Forro de gesso
O forro de gesso, comum ou acartonado, pode ser feito com placas lisas,
perfuradas ou estriadas. As placas são suspensas por arames galvanizados
fixados nas lajes por pino de aço. As placas podem ser rejuntadas, lixadas e
pintadas e receber arremates especiais em gesso ou em outros materiais. As
imagens seguintes, exemplificam a aplicação de argamassa no forro de gesso e
um teto com forro de gesso acabado.
Argamassa no forro de gesso
Argamassa no forro de gesso
Teto com forro de gesso acabado
Forro de �bra mineral
O denominado forro de fibra mineral é o forro comercializado em placas
modulares com dimensões padrões, fabricado a partir de matérias-primas
naturais, como lãs minerais, argila, areia, vidro reciclado e lã de rocha. São
comumente utilizados em edificações comerciais. Oferecem conforto acústico
superior aos outros forros, facilidades de manutenção e instalação simples,
deixando a obra limpa. A imagem abaixo ilustra a um teto montado com forro de
fibra mineral.
Forro de fibra mineral.
Forro com material metálico
Ainda existem os forros com material metálico. Neste caso, o principal material
utilizado é o alumínio, mas também pode ser encontrado em aço e em outros
materiais. São muito comuns em indústrias e em espaços como aeroportos,
devido a sua alta durabilidade. Existem diversos formatos, como o linear, o
modular, colmeia e brises. As imagens abaixo especificam diversos tipos de
forros com material metálico: forro linear, forro modular, forro colmeia e forro em
brises.
Forro linear Forro modular
Forro colmeia Forro em brises
Forro de PVC
Por fim, há o forro de PVC. Esse tipo de forro é encontrado no formato tipo régua,
com encaixes macho e fêmea (similar aos forros de madeira) ou em placas
modulares. É um material que apresenta diversas vantagens, com um baixo
custo, além de ser reciclável. Hoje ele é encontrado na convencional cor branca,
mas os que imitam madeira também vêm sendo cada vez mais utilizados. Não
apresenta um bom isolamento térmico e acústico, mas pode ser combinado e
reforçado com materiais isolantes.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Considere a afirmação:
“O _____(1)_____ é a camada mais superficial e é constituído de cimento e
areia ____(2)____, sendo utilizado em média na proporção de 1:3. O
_____(1)_____ deve estar bastante fluído e aplicado sobre superfícies
previamente umedecidas.”
As lacunas 1 e 2 são preenchidas, correta e respectivamente, por:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A 1 – Emboço, 2 – grossa.
B 1 – Reboco, 2 – fina.
C 1 – Chapisco, 2 – média.
D 1 – Chapisco, 2 – grossa.
E 1 – Reboco, 2 – média.
A camada superficial do revestimento da alvenaria é chamada de chapisco.
Essa camada é composta de cimento e areia grossa. Sendo assim, os itens
que completam corretamente os itens são 1 – chapisco, e 2 – grossa.
Questão 2
O sistema de piso é composto por um conjunto parcial ou total de camadas.
Referente ao exposto, relacione as colunas e assinale a alternativa com a
sequência correta.
1. Camada de acabamento.
2. Camada estrutural.
3. Camada de contrapiso.
4. Isolamento térmico.
( ) Protege as construções contra os efeitos das variações de temperatura.
( ) Constitui o elemento resistente às diversas cargas do sistema de pisos.
( ) Destina-se a revestir e a proteger o sistema de piso.
( ) Proporciona uma superfície uniforme, podendo servir como camada de
caimento ou de declividade.
A sequência correta é:
A 4 – 2 – 1 – 3.
B 1 – 2 – 3 – 4.
C 4 – 2 – 3 – 1.
D 2 – 4 – 1 – 3.
E 3 – 1 – 2 – 4.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O Isolamento térmico protege as construções contra os efeitos das variações
de temperatura, a camada estrutural constitui o elemento resistente às
diversas cargas do sistema de pisos, a camada de contrapiso proporciona
uma superfície uniforme, podendo servir como camada de caimento ou de
declividade e a camada de acabamento destina-se a revestir e a proteger o
sistema de piso.
4 - Esquadrias
Ao �nal deste módulo, você será capaz de interpretar o que são esquadrias, quais os tipos e os
materiais.
Vamos começar!
O que são esquadrias?
Neste vídeo, você entenderá o que são esquadrias, e como elas são usadas
dentro de um projeto na construção civil.
Conceitos gerais e considerações para
seleção
As esquadrias são componentes de uma edificação utilizados para o
fechamento de vãos. Fazem parte do sistema de vedação junto com a alvenaria
e podem ser:
Externas
Dando acesso ao interior/exterior
de uma edificação.
Internas
Dando acesso a passagens
internas de uma edificação.
Elas são formadas por peças que emolduram e se ajustam aos vãos como
janelas e portas. Também são consideradas esquadrias:
as peles de vidro;
os quadros fixos;
os guarda-corpos;
os alçapões;
as grades;
os portões de garagem.
Esses elementos têm diversas funções, como:
assegurar a vedação e a proteção dos ambientes internos;
controlar o conforto térmico e acústico;
aproveitar a iluminação natural;
desempenhar a função decorativa.
Existem diversos tipos de esquadrias no mercado, com muitas opções de
materiais, modos de abertura, diversas funcionalidades e qualidades. Dessa
forma, algumas considerações e cuidados são necessários e de extrema
importância na escolha das esquadrias para as edificações desde a fase inicial
do projeto.
Algumas considerações relevantes na hora de fazer a seleção do tipo de
esquadria devem ser levadas em consideração, como:
 Características ambientais
Entender a exposição dos fatores climáticos como calor,
chuva e vento. Nem todo ambiente vai exigir que a
esquadria tenha um excelente isolamento térmico, e na
maioria das vezes somente as esquadrias externas exigirão
um isolamento e uma resistência maior à chuva e ao vento.
 Posicionamento estratégico
Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos
ambientes para que a ventilação seja suficiente, e deve-se
estudar o seu posicionamento para que a luz seja captada
de maneira correta. Os projetistas devem estudar a posição
do sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As
construções vizinhas também devem ser observadas, para
garantir privacidade aos usuários e privilegiar as melhores
vistas.
 Funcionalidade
Entender a destinação da esquadria é fundamental. Alguns
ambientes devem ter uma maior visibilidade e outros, maior
privacidade. E a escolha do tipo de abertura é ideal para
tornar a esquadria mais funcional. Exemplos: uma porta de
correr pode cobrir um interruptor; um ambiente pode não
permitir a abertura completa de uma porta de giro; janelas
basculantes são mais eficientes em ambientes pequenos,
como banheiros.
 Modo de instalação
Cada esquadria requererá um tipo de instalação diferente. É
fundamental que seja verificado o modo correto desta antes
de iniciar a execução da alvenaria. Para todas, deve-se
verificar se as vergas e as contravergas foram instaladas de
maneira correta, e deve-se dar muita atenção ao prumo, ao
nivelamento e ao alinhamento das aberturas, para evitar o
retrabalho e facilitar a instalação.
Tipos de esquadrias
Atualmente, existem três tipos principais de esquadrias, que são as de madeira,
alumínio e PVC. Outros tipos, como as esquadrias de ferro, já caíram em desuso
por causa de suas desvantagens físicas.
Esquadrias de madeira
As esquadrias de madeira são clássicas. Dificilmente as demais esquadrias
conseguem atingir o conforto visual e de toque que só elementos naturais, como
a madeira, podem propiciar. Sua versatilidade possibilita montar várias
esquadrias com diferentes tipos de madeira. Além disso, esse material
 Manutenção e qualidade
Toda edificação apresentará um desgaste natural, e
precisará de manutenção e de reforma com o tempo. É
importante selecionar materiais que ofereçam facilidade na
manutenção e tenham a durabilidade adequada. Deve-se
observaroutros aspectos como resistência mecânica,
resistência à corrosão, resistência a manchas e a pragas.
Existem diversos preços e materiais no mercado, e, quando
se trata de manutenção e de qualidade, deve-se avaliar o
custo versus o benefício para se fazer a escolha correta.
 Segurança
Todas as esquadrias devem obrigatoriamente atender aos
requisitos de segurança e de desempenho determinados
pela Norma NBR 10.821 (2017).
possibilita a montagem personalizada, pois é de fácil manuseio, adequando-se
facilmente às medidas desejadas e ao gosto do usuário. Para esquadrias, as
madeiras mais utilizadas são a itaúba e a jatobá. A imagem seguinte ilustra
janelas de madeira maciça.
Janelas de madeira maciça.
É importante ressaltar que, exatamente pelo fato de a madeira ser natural, é que
temos seus principais problemas, pois:
depende de mão-de-obra mais artesanal;
exige mais manutenção ao longo do tempo, uma vez que seu desgaste
é diferente de materiais industrializados;
costuma se degradar mais rapidamente que os materiais
industrializados;
na manutenção, é importante efetuar a raspagem e a aplicação de um
novo verniz.
Hoje em dia as esquadrias externas de madeira maciça continuam sendo
bastante utilizadas, porém, para uso interno, as portas feitas de produtos
derivados da madeira vêm ganhando bastante espaço no mercado.
É possível encontrar a um preço competitivo os chamados “kits porta pronta”,
produtos feitos com compensado de madeira e com outros materiais, como
PVC. Esse tipo de produto é muito fácil de ser instalado, pois não precisa ser
feita a instalação do marco e nem de outros elementos separadamente: basta
ter o vão de alvenaria arrematado que, como o próprio nome diz, a porta pronta é
instalada.
Esquadrias de alumínio
O alumínio é um material que oferece grandes vantagens na montagem da
esquadria. O material é durável, pois não enferruja, aumentando
consideravelmente a vida útil, porém perde para o PVC em durabilidade. Há uma
imensa variedade em acabamentos que podem ser utilizados com o alumínio,
desde as cores básicas, branca e preta, até as que imitam aço corten e madeira.
A imagem a seguir explicita portas e janelas em alumínio.
Janelas e portas de alumínio.
Outro aspecto positivo do alumínio refere-se à questão acústica e térmica do
ambiente. As janelas termoacústicas diminuem o barulho e auxiliam na
temperatura do lugar. Logo, mediante esses benefícios, as esquadrias de
alumínio são recomendadas para imóveis localizados perto da natureza, como
casas de praia.
Esquadrias de PVC
O PVC é um material de grande aceitação no mercado, pois dentre suas
principais características estão a maior qualidade em vedação, o incrível
isolamento térmico e a flexibilidade de acabamento de acordo com a
necessidade. O custo é mais alto, mas compensa com pequenos valores em
investimentos para manutenção. O PVC é um material com grande durabilidade
e resistência.
A esquadria de PVC, imagem a seguir, também oferece diferentes cores, a que
imita madeira é uma opção para quem não quer se preocupar com manutenção
que a madeira exige. Na imagem a seguir é possível visualizar uma janela em
PVC.
Janela de PVC.
Esse material também permite desenhos exclusivos e dimensões fora dos
padrões. As maiores alturas e os maiores vãos são vencidos com esquadrias de
PVC.
Tipos de abertura
Existem diversos tipos de abertura para as esquadrias. Alguns são mais comuns
para janelas e outros, para portas. Isso também é válido para os materiais.
Existem aberturas mais comuns em determinado tipo de material.
Portas
Conheça a seguir os tipos de abertura de esquadrias em portas:
 Porta de abrir
Geralmente de madeira ou
alumínio. Utiliza dobradiças.
B i i l ú i
Baixo isolamento acústico.
 Porta de correr
Otimiza os espaços. Integra
ou separa ambientes.
Usadas em varandas,
cozinhas, salas e quartos.
 Porta pivotante
Não usa dobradiças. Gira
em torno do próprio eixo.
Otimiza espaços.
 Porta sanfonada
Geralmente em PVC ou
madeira, articuladas,
dobram-se deixando o vão
livre. Usadas como
passagem ou em armários.
Janelas
Conheça a seguir os tipos de abertura de esquadrias em janelas:
 Porta camarão
Em geral, de madeira ou
similares. Portas divididas e
articuladas, em folhas,
recolhendo-se e deixando o
vão livre.
 Janelas �xa
Permitem apenas a entrada
de luz, são menos usuais, e
o seu emprego só é
justificado quando há outra
janela que proporcione a
ventilação do ambiente.
 Janela tipo basculante
Permitem a entrada de luz e
ventilação. A báscula é um
painel de caixilho que gira
em torno de um eixo
horizontal. O conjunto
báscula, do mesmo caixilho,
pode ser acionado por uma
única alavanca. Já as
venezianas garantem a
privacidade do ambiente
d j
sem perder o arejamento.
Para impedir a entrada de ar
é só fechar as folhas de
vidro.
 Janelas do tipo abrir
Possuem duas folhas que
são projetadas para fora ou
para dentro do ambiente.
Esse modelo é muito
utilizado em salas e
quartos. Essas janelas têm
a vantagem de
disponibilizar todo vão,
trazendo bastante
ventilação ao cômodo, por
isso são ideais para locais
mais quentes.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Algumas considerações relevantes na hora de fazer a seleção do tipo de
esquadria devem ser levadas em consideração, como características
ambientais, posicionamento estratégico, funcionalidade, modo de instalação,
manutenção, qualidade e segurança. Sobre posicionamento estratégico está
correto o que se afirma em:
A
Entender a exposição dos fatores climáticos como calor,
chuva e vento. Nem todo ambiente vai exigir que a esquadria
tenha um excelente isolamento térmico, e, na maioria das
vezes, somente as esquadrias externas exigirão um
isolamento e uma resistência maior à chuva e ao vento.
B
Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos
ambientes para que a ventilação seja suficiente, e deve-se
estudar o seu posicionamento para que a luz seja captada de
maneira correta. Os projetistas devem estudar a posição do
sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As
construções vizinhas também devem ser observadas, para
garantir privacidade aos usuários e privilegiar as melhores
vistas.
C
Entender a destinação da esquadria é fundamental. Alguns
ambientes devem ter uma maior visibilidade e outros, maior
privacidade. E a escolha do tipo de abertura é ideal para tornar
a esquadria mais funcional. Exemplos: uma porta de correr
pode cobrir um interruptor; um ambiente pode não permitir a
abertura completa de uma porta de giro; janelas basculantes
são mais eficientes em ambientes pequenos, como
banheiros.
D
Cada esquadria requererá um tipo de instalação diferente. É
fundamental que seja verificado o modo correto desta antes
de iniciar a execução da alvenaria. Para todas, deve-se
verificar se as vergas e as contravergas foram instaladas de
maneira correta e deve-se dar muita atenção ao prumo, ao
nivelamento e ao alinhamento das aberturas, para evitar o
retrabalho e facilitar a instalação.
E
Toda edificação apresentará um desgaste natural, e precisará
de manutenção e de reforma com o tempo. É importante
selecionar materiais que ofereçam facilidade na manutenção
e tenham a durabilidade adequada. Deve-se observar outros
aspectos como resistência mecânica, resistência à corrosão,
resistência a manchas e a pragas. Existem diversos preços e
materiais no mercado, e, quando se trata de manutenção e
Parabéns! A alternativa B está correta.
Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos ambientes para
que a ventilação seja suficiente, e deve-se estudar o seu posicionamento para
que a luz seja captada de maneira correta. Os projetistas devem estudar a
posição do sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As construções
vizinhas também devem ser observadas, para garantir privacidade aos
usuários e privilegiar as melhores vistas.
Questão 2
O modelode esquadria é mais utilizado em banheiros, cozinhas e áreas de
serviço. As esquadrias de alumínio deste tipo possuem uma abertura
acionada por meio de uma haste lateral, de modo que as “folhas” se abram
por igual no sentido de dentro para fora.
O texto refere-se ao modelo de esquadrias de alumínio:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Janela basculante possui uma abertura acionada por meio de uma haste
lateral, de modo que as “folhas” se abram por igual no sentido de dentro para
qualidade, deve-se avaliar o custo versus o benefício para
fazer a escolha correta.
A De abrir.
B Pivotante.
C De correr.
D Basculante.
E Veneziana.
fora, sendo assim, a descrição acima faz relação a janela do tipo basculante.
Considerações �nais
Neste estudo foram abordados assuntos sobre os componentes de construção
utilizados para vedação de edificações, em função do tipo de material. Foram
apresentados métodos convencionais para alvenaria de vedação como paredes
em tijolos cerâmicos e blocos de concreto. Além disso, foi explicado o método
construtivo de paredes em gesso acartonado (sistema drywall).
Após apresentar os métodos de vedação, foram apresentados os principais
materiais utilizados para revestimento de paredes, pisos, tetos e os materiais
utilizados para forros. Por fim, foram descritos os principais tipos de esquadrias,
como se dão o seu funcionamento e quais itens devem ser observados em sua
escolha.
Podcast
Para encerrar, ouça o podcast para: conhecer os tipos de alvenaria, entender
sobre sistema de paredes de gesso acartonado, conhecer os tipos de
revestimentos e esquadrias existentes.

Explore +
Pesquise o site do Governo Federal, da Associação Brasileira do Drywall, na
página de Biblioteca - Manuais tenha acesso a conteúdo sobre informações do
Sistema Construtivo em Drywall.
Referências
ABDI – AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Manual da
construção industrializada. Conceitos e etapas. v. 1: Estrutura e Vedação, 2015.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136:2016.
Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200:1998.
Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas —
Procedimento. Confirmada em 2022.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8545:1984.
Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos –
Procedimento. Confirmada em 04.02.2022.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.821:2017,
Partes 1, 2, 3 e 4. Esquadrias para edificações. Confirmada em 2022.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270:2017.
Componentes cerâmicos — Blocos e tijolos para alvenaria.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DRYWALL. Manual de Projeto de Sistemas Drywall
– paredes, forros e revestimentos. São Paulo. 2006.
SINDUSCON-MG. Programa Qualimat – Sistema Drywall. Triênio 2009-2012.
2012.
SOUZA, Josiani et al. Alternativas tecnológicas para edificação. v. 1. São Paulo:
Pini, 2008.
THOMAZ, Ercio et al. Código de práticas nº 1: alvenaria de vedação em blocos
cerâmicos. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Publicação 3011. São Paulo: IPT, 2009.
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