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Construção dos sistemas de vedação e esquadrias Prof.ª Dayanne Severiano Meneguete Descrição Os materiais mais utilizados para a execução de vedação vertical na construção civil, o sistema construtivo de paredes por gesso acartonado, os revestimentos de paredes, pisos, tetos e forros e os tipos e materiais das esquadrias. Propósito Conhecer os principais tipos de materiais utilizados para alvenaria de vedação convencional e moderna e compreender o que diferencia o sistema drywall do sistema convencional. A partir do estudo da alvenaria de vedação, serão apresentados os principais tipos de revestimentos utilizados para paredes, pisos, tetos e forros, bem como os principais tipos de esquadrias. Objetivos Módulo 1 Paredes de t�olos cerâmicos e de blocos de concreto Reconhecer os materiais mais utilizados para a execução de vedação vertical na construção civil. Módulo 2 Paredes de gesso acartonado Identificar o que é o sistema construtivo de paredes por gesso acartonado. Módulo 3 Revestimentos de paredes, pisos, tetos e forros Nomear os revestimentos de paredes, de pisos, de tetos e de forros. Módulo 4 Esquadrias Interpretar o que são esquadrias, quais os tipos e os materiais. Introdução Olá! Neste vídeo, conheça os principais processos construtivos de vedação e os tipos de esquadrias. 1 - Paredes de t�olos cerâmicos e de blocos de concreto Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os materiais mais utilizados para a execução de vedação vertical na construção civil. Vamos começar! Com reconhecer os materiais mais utilizados na construção civil para vedação vertical Neste vídeo, vocês conhecerá os materiais mais utilizados para a execução de vedação vertical na construção civil. Conceitos gerais e terminologias Dentro dos elementos que constituem as etapas da construção de edificações, encontra-se a etapa de alvenaria. Essa é uma das fases mais importantes da obra, visto que, se não for bem executada, pode gerar diversas patologias na edificação após o término da construção. Essa é a etapa que se inicia após todo o processo de preparação do canteiro de obras, de locação da obra, de execução dos elementos de fundações e elementos estruturais como pilares, vigas e lajes. Normalmente nesta etapa o canteiro de obras sofre modificações em seu layout para se adaptar às novas atividades. Quando se trata de alvenaria de vedação, temos: Obras residenciais Geralmente, a solução mais comum a ser adotada é a alvenaria em bloco cerâmico (tijolo). Prédios altos Costuma-se optar por blocos de concreto, visto que essas edificações recebem com maior incidência as cargas de vento. Existem algumas normas relativas à alvenaria. Elas variam em relação ao tipo de material que a constitui e à sua função, ou seja, se são apenas materiais de vedação ou se possui função estrutural. Conheça a seguir: ABNT NBR 8545:1984 Norma relativa aos procedimentos de execução de alvenaria sem função estrutural, foi confirmada em 2022. Essa norma apresenta os tipos de juntas que podem ser adotadas, o procedimento de execução, o modo de ligação da parede aos pilares, e considerações acerca dos vãos para portas e janelas (esquadrias). Norma que apresenta as características dos componentes cerâmicos para blocos e tijolos utilizados na construção. Essa norma se destaca, pois abrange os requisitos desse material considerando formas de classificação, identificação, dimensões, características físicas e mecânicas, visando, assim, garantir que a alvenaria de blocos cerâmicos possua precisão dimensional, boa resistência à compressão, isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo e à penetração da chuva etc. É importante destacar que, independentemente do tipo de alvenaria, alguns cuidados durante sua execução devem ser tomados, tendo em vista um bom resultado final. Veja a seguir: ABNT NBR 15270:2017 Alinhamento Corresponde a uma perfeita linha reta no assentamento de cada fileira da alvenaria. Nivelamento Consiste em uma uniformidade horizontal de cada fiada da alvenaria. Esquadro Corresponde ao fechamento do ângulo de 90° em cada canto da alvemaria. Amarração Consiste na interligação entre cada uma das peças da alvenaria, dando à estrutura o efeito solidário e único. Segundo Thomaz (2009), as ditas alvenarias de vedação são aquelas destinadas a compartimentar espaços, preenchendo os vãos de estruturas de concreto armado, de aço ou de outras estruturas. Assim sendo, devem suportar tão somente o próprio peso e cargas de utilização, como armários, rede de dormir e outros. No geral, as alvenarias de vedação devem apresentar adequada resistência às cargas laterais estáticas e dinâmicas, advindas, por exemplo, da atuação do vento, de impactos acidentais etc. Antes de tratar propriamente dos blocos de concreto e cerâmicos, é importante conhecer algumas terminologias adotadas na construção civil dentro do processo da execução de alvenaria. Thomaz (2009) apresenta várias terminologias, e listamos a seguir as que são consideradas as mais importantes: Prumo Consiste na verticalização perfeira da alvenaria. Boneca Pequeno trecho saliente de alvenaria destinado ao alojamento de tubulações ou à fixação de marcos de portas e de janelas. Cinta de amarração Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias para melhorar o desempenho das paredes frente a essas tensões. Contraverga R f d i l i à ã i lh A construção das vergas e contravergas pode ser feita com blocos tipo canaleta. Neste caso deve-se limpar e umedecer as canaletas antes do lançamento do graute. Recomendação Para alvenarias com largura inferior a 11,5cm e vãos acima de 0,80cm recomenda-se que as vergas e contravergas sejam pré-moldadas ou moldadas com o auxílio de formas, tomando toda a espessura da parede. Para vãos de até 1m podem ser moldadas contravergas com altura em torno de 7 a 9cm, utilizando-se blocos seccionáveis; acima dessa medida, recomenda-se que as contravergas tomem toda a altura da fiada, conforme ilustrado na imagem a seguir: Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada na parte inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de absorver essas tensões. Vão “em osso” Dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou ainda medida linear entre faces de componentes estruturais ou de paredes, sem que tenha ocorrido aplicação de qualquer tipo de acabamento na obra bruta (estrutura e alvenarias). Verga Reforço de material resistente à flexão e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias sobre os vãos como os de portas ou janelas, com a finalidade de absorver tensões que se concentram no entorno dos vãos. Contravergas com blocos seccionáveis ou blocos tipo canaleta. Paredes de t�olos cerâmicos A ABNT NBR 15270-1 (2017) apresenta os requisitos para utilização de blocos cerâmicos na execução das alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos. A norma define termos, fixa os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento dos blocos. Além disso, a NBR 15270-1 (2017) considera dois tipos de blocos quanto ao direcionamento de seus furos prismáticos. Representação dos blocos cerâmicos de vedação. A simbologia apresentada na imagem anterior representa as dimensões de fabricação dos blocos cerâmicos, sendo: L – largura H – altura C – comprimento No geral, essas dimensões devem ser correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10cm menos 1cm, conforme dimensões padronizadas pela ABNT NBR 15270-1, em suas tabelas 3, 4 e 5, sendo que a tabela 3 da norma apresenta as dimensões nominais de blocos cerâmicos de vedação, e a tabela 5 apresenta as dimensões nominais exclusivas para tijolos. Além dos blocos e meios-blocos existem outros tipos de componentes cerâmicos complementares que integram as alvenariasde vedação, com funções específicas, como a canaleta U, que permite a construção de cintas de amarração, vergas e contravergas; a canaleta J; os blocos de amarração etc. Tipos de blocos e tijolos cerâmicos. Além disso, a NBR 15270-1 define as características que os blocos cerâmicos de vedação devem apresentar, sendo as mais importantes destacadas na tabela abaixo. Características visuais Não apresentar quebras, superfícies irregulares ou deformações Forma Prisma reto Tolerância dimensional individual relacionada à dimensão efetiva ± 5 mm (largura, altura ou comprimento) Tolerância dimensional relacionada à média das dimensões efetivas ± 3 mm (largura, altura ou comprimento) Espessura das paredes internas dos blocos ≥ 6 mm Espessura das paredes externas dos blocos ≥ 7 mm Desvio em relação ao esquadro ≤ 3 mm Planeza das faces Flecha ≤ 3 mm Resistência à compressão (área bruta) ≥1,5 MPa (para furos na horizontal) ≥3,0 MPa (para furos na vertical) Índice de absorção de água (AA) 8% ≤ AA ≤ 22% Tabela – Características exigidas para os blocos cerâmicos de vedação. Adaptada de NBR 15270-1 (2017) e Thomaz (2009). Cabe ressaltar que existem diversas exigências e recomendações técnicas de projetos de alvenarias de vedação, nos quais devem ser considerados, além do próprio desempenho mecânico, as exigências relacionadas à estanqueidade à água, à isolação térmica, à isolação acústica, à resistência ao fogo e a outras características. Segundo Thomaz (2009), com relação à seleção do sistema de blocos deve-se considerar os itens a seguir: Dimensōes modulares / peso dos blocos (aspectos ergonômicos e de produtividade). Disponibilidade de blocos especiais (para coordenaçāo modular nos encontros entre paredes). Disponibilidade de peças complementares (meio-blocos, canaletas, blocos compensadores). Regularidade geométrica e integridade das arestas. Embalagem / paletização. Facilidade de embutimento de dutos / fixação de esquadrias. Capacidade de sustentação de peças suspensas. Absorção de água / expansão higroscópica / risco de eflorescências. Rugosidade superficial/capacidade de aderência de revestimentos Resistência à compressão. Isolação térmica e isolação acústica. Resistência ao fogo. Segundo a NBR 8545 (1984), a execução das alvenarias deve obedecer ao projeto executivo e suas respectivas determinações com relação a posições e espessuras. Além disso, o projeto de estrutura deve definir a etapa da obra e a sequência de execução das vedações em cada pavimento. Recomendação Segundo Thomaz (2009), no caso de edificações de múltiplos andares em estruturas convencionais de concreto armado, recomenda-se iniciar os serviços de alvenaria no mínimo após 28 dias da concretagem do respectivo pavimento, após completa retirada das escoras e sem que sobre ele estejam atuando cargas do pavimento superior. Ao se iniciar o processo de execução da alvenaria, existe a primeira etapa, considerada uma das mais importantes, em que se tem o assentamento da primeira fiada. Essa etapa deve ser executada após rigorosa locação das alvenarias, feita com base na transferência de cota e dos eixos de referência para o andar onde estão sendo realizados os serviços. No caso da execução da alvenaria no plano vertical, primeiramente deve ser feito o completo nivelamento do andar, com a utilização de ferramentas como o nível lazer, nível de mangueira ou nível alemão. Veja na imagem a seguir: Execução da alvenaria de vedação. Nessa etapa deverá ser considerada particularmente as cotas das soleiras de portas de elevador e de peitoris de janelas, sempre alinhadas em todas as fachadas, efetuando-se eventuais correções de nivelamento com engrossamento da camada de assentamento da primeira fiada. Atenção! O assentamento dos blocos da primeira fiada irá influenciar diretamente a qualidade de todas as demais características da alvenaria, ou seja, modulação horizontal e vertical, nivelamento das fiadas e espessura da camada de assentamento. Blocos de concreto Blocos de concreto podem ser utilizados para execução de alvenaria com ou sem função estrutural. No caso de alvenaria sem função estrutural com blocos de concreto tem-se a aplicação de blocos vazados de concreto. Esses blocos são assentados com argamassa e telas metálicas de ligação a fim de evitar problemas de fissura da junção entre a estrutura (pilares e vigas) com a alvenaria de blocos. Tal técnica também é válida para blocos cerâmicos. A imagem a seguir ilustra a aplicação da técnica. Fixação entre alvenarias e pilares com o emprego de tela metálica. Souza et al(2008) afirmam que, no caso da alvenaria de bloco de concreto sem função estrutural, a sua execução se divide nas fases a seguir: 1. Locação da alvenaria. 2. Execução da primeira e segunda fiadas. 3. Elevação das paredes. 4. Juntas de controle. 5. Vergas e contravergas. 6. Cintas de amarração quando necessárias. Cabe ressaltar que para atender as necessidades de produção, o projeto de alvenaria sem função estrutural deve contemplar plantas de locação da primeira e segunda fiadas, paginação das paredes, com indicação de blocos especiais, embutimento de instalações, vãos ou aberturas, vergas e contravergas. Esses procedimentos, no entanto, são mais comuns para edificações multifamiliares de vários andares. Para obras residenciais que usualmente são térreas ou com apenas 2 pavimentos, é mais comum seguir as especificações e dimensões indicadas no projeto executivo fornecido pelo arquiteto. Usualmente o bloco de concreto sem função estrutural utilizado é o bloco vazado de concreto simples para vedação. Sua classificação é feita pela ABNT NBR 6136 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – requisitos de 2016, que determina suas características gerais, características mecânicas, lotes, amostragem etc. Conheça, a seguir, os tipos de blocos utilizados: Bloco vazado de concreto simples A NBR 6136 (2016) define bloco vazado de concreto simples como componente para execução de alvenaria, com ou sem função estrutural, vazado nas faces superior e inferior, cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta. Blocos em concreto tipo canaleta Os blocos de concreto sem função estrutural também podem ser fornecidos no formato de blocos tipo canaleta. Estes blocos são componentes da alvenaria, vazados ou não, com conformação geométrica, criados para racionalizar a execução de vergas, contravergas e cintas. Bloco compensador No caso dos blocos de concreto, ainda existem, segundo a NBR 6136 (2016), o bloco compensador, que é um componente da alvenaria cujo objetivo é auxiliar no ajuste da modulação das paredes. Sua classificação segundo a norma é Classe C, que considera a resistência à compressão axial sendo . Para atingir tal resistência é necessário a utilização de cimento Portland, agregados e água. O cimento deve obedecer às especificações das normas brasileiras de cimento, que determinam os procedimentos para preparação de concretos e argamassas. Conheça a seguir as normas envolvidas: fbk ≥ 3MPa ABNT NBR 15900-1 Estabelece os requisitos referentes à água de amassamento. ABNT NBR 7211 Estabelece os requisitos referentes aos agregados graúdos e miúdos. ABNT NBR 11768 Estabelece as recomendações para a utilização de aditivos. Além disso, os blocos de concreto vazados sem função estrutural devem ser fabricados e curados por processos que assegurem a obtenção de um concreto suficientemente homogêneo e compacto que atenda todas as exigências da NBR 6136 (2016). Atenção! É importante que os blocos tenham arestas vivas e não possuam trincas, fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento ou afetar a resistência e durabilidade da construção. Para a aquisição dos blocos de concreto, de modo geral, algumas atribuições relativas devem ser atendidas, sendo: 1. Fazer a programação, com a antecedência necessária, da entrega dos blocos, evitando atrasos, faltade peças e outros inconvenientes. 2. Emitir ordem de compra em que constem as informações a seguir: Número das normas pertinentes (informar que o bloco deve estar em conformidade com as normas da ABNT). Classe do bloco (classe e especificação). Dimensões nominais e dimensões modulares. Se o bloco será destinado à alvenaria aparente. Resistência característica à compressão dos blocos. Quantidade de blocos por dimensões (a unidade de compra é o bloco). Informar se a descarga está ou não inclusa no fornecimento. Aviso constando que os blocos de concreto (lotes) que não atenderem às especificações serão devolvidos. Local de entrega e outras condições particulares e especificadas no projeto. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 É importante destacar que, independentemente do tipo de alvenaria, alguns cuidados durante sua execução devem ser tomados, visando, assim, a um bom resultado final. I. Corresponde a uma perfeita linha reta no assentamento de cada fileira da alvenaria. II. Corresponde ao fechamento do ângulo de 90º em cada canto da alvenaria. III. É a interligação entre cada uma das peças da alvenaria, dando à estrutura o efeito solidário e único. IV. É a verticalização perfeita da alvenaria. A correspondência correta aos conceitos listados é: Parabéns! A alternativa D está correta. Alinhamento corresponde a uma perfeita linha reta no assentamento de cada fileira da alvenaria. Esquadro corresponde ao fechamento do ângulo de 90º em cada canto da alvenaria. Amarração é a interligação entre cada uma das A I. Esquadro; II. Alinhamento; III. Prumo; IV. Amarração B I. Alinhamento; II. Esquadro; III. Prumo; IV. Amarração C I. Esquadro; II. Alinhamento; III. Amarração; IV. Prumo D I. Alinhamento; II. Esquadro; III. Amarração; IV. Prumo E I. Prumo; II. Alinhamento; III. Amarração; IV. Esquadro peças da alvenaria, dando à estrutura o efeito solidário e único. E prumo é a verticalização perfeita da alvenaria. Questão 2 Existem algumas terminologias adotadas na construção civil dentro do processo da execução de alvenaria, sendo consideradas as mais importantes: I. Boneca: Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias para melhorar o desempenho das paredes frente a essas tensões. II. Contraverga: Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada na parte inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de absorver essas tensões. III. Vão “em osso”: Dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou ainda medida linear entre faces de componentes estruturais ou de paredes, sem que tenha ocorrido aplicação de qualquer tipo de acabamento na obra bruta (estrutura e alvenarias). É correto o que se afirma em: Parabéns! A alternativa E está correta. A Apenas I B Apenas II C Apenas III D Apenas I e III E Apenas II e III Boneca é o pequeno trecho saliente de alvenaria destinado ao alojamento de tubulações ou à fixação de marcos de portas e janelas, sendo assim, o que se afirma em I está incorreto. Contraverga é o reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alvenarias, localizada na parte inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de absorver essas tensões, logo, o que se afirma em II está correto. E vão “em osso” são as dimensões de uma parede ou de um vão de esquadria, ou ainda medida linear entre faces de componentes estruturais ou de paredes, sem que tenha ocorrido aplicação de qualquer tipo de acabamento na obra bruta (estrutura e alvenarias), logo o que se afirma em III está correto. 2 - Paredes de gesso acartonado Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car o que é o sistema construtivo de paredes por gesso acartonado. Vamos começar! O que é o sistema construtivo denominado drywall? Neste vídeo, você entenderá o que é o sistema construtivo denominado drywall. Conceitos gerais e componentes do sistema O sistema conhecido como drywall é uma evolução do denominado gesso acartonado. Este sistema reflete a denominada construção industrializada para instalação de vedações internas de qualquer tipo de edificação, incluindo paredes não estruturais, forros, revestimentos, sendo utilizado, também, na montagem de mobiliário. Segundo o Manual da Construção Industrializada publicado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI em 2015, essa tecnologia surgiu nos Estados Unidos em 1894, quando Augustine Sackett e Fred Kane inventaram as chapas para esse sistema, compostas por massa de gesso prensada entre duas folhas de cartão. No Brasil, o sistema drywall chegou em 1970 pela Gypsumdo Nordeste, sendo esta a primeira fábrica de chapas de gesso para drywall instalada no país. Com o passar dos anos o sistema passou a ser normatizado, tendo na atualidade suas diretrizes definidas pela ABNT NBR 15.758:2009, confirmada em 2020, que apresenta as orientações para a correta aplicação do drywall em variadas situações, devendo ser considerada desde a elaboração do projeto até a montagem do sistema na obra. A norma se divide em três partes, sendo: Parte 1 Requisitos para sistemas usados como paredes. Parte 2 Requisitos para sistemas usados como forros. Parte 3 Requisitos para sistemas usados como revestimentos. Dessa forma, para efeitos deste estudo serão abordados os assuntos e premissas indicados na primeira parte da norma que aborda as diretrizes para projeto e seleção de sistemas construtivos de paredes em chapas de gesso para drywall os procedimentos executivos para montagem e instalação e as verificações para o recebimento dos serviços. Atenção! Para construções habitacionais é necessário seguir as premissas definidas pela NBR 15.575:2012 - Desempenho de edificações habitacionais que estabelece níveis de exigência de desempenho acústico, resistência ao fogo, durabilidade etc. Além das prerrogativas de norma, existe uma página do Governo Federal da Associação Brasileira do Drywall que contém informações e é adotada como referência de conhecimento técnico, padrões de qualidade e desempenho dos sistemas drywall para paredes, forros, revestimentos e mobiliário fixo em toda a cadeia de negócios da construção civil. Os materiais que formam os componentes do sistema drywall se dividem em: Chapas de gesso Per�s de aço Lã de vidro Tratamento das juntas As placas de gesso cartonado são fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão, apresentando-se sob a forma de placas retangulares com espessuras e dimensões variáveis. As placas de drywall são divididas em função do tipo de aplicação, sendo: Placas brancas standard (ST) São indicadas para aplicação em áreas secas. Placas verdes resistentes à umidade (RU) São indicadas para aplicação em áreas sujeitas à umidade por tempo limitado de forma intermitente. Placas rosa resistentes ao fogo (RF) São indicadas para aplicação em áreas secas e que necessitam de um maior resistência ao fogo. Os perfis de aço utilizados para a fixação das placas de gesso acartonado são fabricados industrialmente mediante um processo de conformação contínua a frio, por sequência de rolos a partir de chapas de aço revestidas com zinco, pelo processo contínuo de zincagem por imersão a quente. Atenção! Os perfis de aço para sistemas em drywall independentemente do fabricante, devem obedecer à ABNT NBR 15217:2018 — Perfilados de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall — Requisitos e métodos de ensaio. Cada tipo de fabricante apresentará em seu catálogo os tipos de perfis contendo informações como: modelo. desenho esquemático. código de referência. dimensões nominais. indicações para locais de utilização, ou seja, se são utilizados em paredes, forros e/ou revestimentos. A imagem a seguir apresentauma relação de perfis publicados pelo Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos da Associação Brasileira do Drywall de 2006. Tipos de perfis – Sistema drywall. Sobre os elementos utilizados para fixação das peças e dos componentes do sistema drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos (lajes, vigas pilares etc.), pode ser realizada a ligação com as seguintes peças: Buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6mm. Rebites metálicos com diâmetro mínimo de 4mm. Fixações à base de “tiros” com pistolas específicas para esta finalidade. Em casos específicos, a fixação das guias pode ser feita com adesivos especiais. No geral, os componentes para fixação do sistema drywall se dividem em dois tipos: Metal/metal É o grupo para fixação dos perfis metálicos entre si. Chapa/metal É o grupo para fixação das chapas de gesso sobre os perfis metálicos. Sendo assim, devem ser observadas algumas regras relativas à utilização dos parafusos: Lentilha ou panela Para fixação de perfis metálicos entre si (metal/metal). Trombeta Para fixação de chapas de gesso sobre perfis metálicos. Ponta agulha P fi ã d h Com base nas regras relativas à utilização dos parafusos, considerando o tipo de cabeça do parafuso com relação ao material a ser fixado e o tipo de ponta do parafuso com relação à espessura da chapa metálica a ser perfurada, cada fabricante fornece em seus catálogos os modelos de parafusos, de modo que suas especificações, como, por exemplo, resistência, atendam as especificações de norma. A imagem abaixo ilustra os tipos de parafusos, seu código, comprimento e sua utilização. Para fixação de chapas metálicas com espessura máxima de 0,7 mm. Ponta broca Para fixação de chapas metálicas com espessura de 0,7 mm até 2,0 mm. Tipos de parafuso. Paredes de gesso acartonado Como dito anteriormente, os sistemas construtivos em placas de gesso são soluções adequadas para o interior de edifícios, podendo ser utilizados em obras novas e em obras de reabilitação. Esse sistema se divide em três grupos, porém, dependendo do tipo de aplicação, o sistema pode apresentar inúmeras combinações de estrutura e placa, devendo ser cumpridas as recomendações específicas adequadas, conforme determinações de norma e do respectivo fabricante do produto. Dessa forma, o produto garantirá as exigências estruturais, funcionais e estéticas previstas, e atenderá a norma de desempenho NBR 15.575:2013. No caso das paredes em drywall tem-se elementos constituídos por chapas de gesso aparafusadas em ambos os lados de uma estrutura de aço galvanizado, que pode ser simples ou dupla. No geral, sua forma de montagem e os materiais utilizados irão definir seu nível de desempenho, que poderá variar conforme o número de chapas, a dimensão e posicionamento da estrutura e da incorporação de elementos isolantes térmicos ou acústicos no seu interior. Por exemplo, para as paredes de drywall de alto desempenho acústico, deve haver a especificação de banda acústica no contato do perímetro das vedações em drywall com o suporte. As imagens que seguem exemplificarão as perspectivas dos sistemas de vedação em drywall. Sistemas de vedação vertical Perspectiva de parede drywall com uma chapa de cada lado. Sistemas de vedação vertical Perspectiva de parede drywall com uma chapa de cada lado com lã isolante. Sistemas de vedação vertical Perspectiva de parede drywall com duas chapa de cada lado. Sistemas de vedação vertical Perspectiva de parede drywall com duas chapas de cada lado com lã isolante. Segundo a ABDI (2015), a nomenclatura das paredes de drywall, ou seja, a definição de sua descrição é feita por uma sequência de até 9 itens, entre números e letras, que definem as seguintes características: 1ª Letra - Identificação do tipo de parede pelo fabricante 1º Número - Espessura total da parede (mm) 2º Número - Largura dos montantes (mm) 3° Número - Largura dos montantes (mm) Detalhe construtivo dos montantes: MD - montante duplo; e MS - montante simples DE (L ou S) - dupla estrutura (ligada ou separada) Chapas 1ª face - quantidade e tipos de chapas de uma face Chapas 2ª face - quantidade e tipos de chapas da outra face LM - presença de lã mineral (de vidro/de rocha) com quantidade de camadas e respectivas espessuras Dessa forma, ao se consultar a nomenclatura das paredes para áreas úmidas, recomenda-se usar chapas do tipo resistente à umidade (RU), em que há divisão entre áreas secas e áreas úmidas (por exemplo sala/cozinha). Sendo assim, pode-se usar a chapa resistente somente do lado da área úmida; ou, por exemplo, para áreas onde há necessidade de resistência ao fogo (como saídas de emergência), recomenda-se usar chapas do tipo resistência ao fogo (RF). Veja a seguir exemplos de nomenclatura para paredes de drywall: Parede resistente à umidade (RU) Parede resistente ao fogo (RF) Cabe ressaltar que o sistema de paredes de gesso acartonado – drywall possui algumas limitações: Deve sempre ser utilizado em áreas internas e não sujeitas a intempéries. Não possui função estrutural e sua utilização deve limitar-se à função de vedação ou de compartimentação. Não deve ser utilizado em ambientes com umidade elevada e contínua, tais como saunas ou piscinas aquecidas e cobertas. Deve-se utilizar somente os componentes recomendados pelos fabricantes de chapas de gesso. Mesmo com algumas limitações, segundo o Sinduscon-MG (2012), o sistema de paredes por drywall possui várias vantagens, como: Desempenho térmico e acústico Seu bom desempenho térmico garante a manutenção de temperadoras, isolando do frio e de temperaturas extremas, i b d h ú i d d assim como o bom desempenho acústico, de acordo com o projeto das paredes, pode contribuir para isolar ruídos. Flexibilidade É possível planejar e montar paredes, revestimentos e forros com facilidade, além disso, apresenta grande versatilidade para maior liberdade de criação. Orçamento O custo de materiais é mais baixo e proporcional ao tamanho da obra. Menor peso Adequado a terrenos com pouca estabilidade, áreas que tenham aterro, terrenos úmidos e regiões íngremes. Aumento da área útil (privativa/vendável) Possibilita ganhos na área privativa para a mesma área de laje (paredes mais “finas”) e facilita a personalização das unidades, atendendo às modificações dos clientes com menor custo. Praticidade de reparo dos sistemas elétrico e hidráulico Os sistemas elétrico e hidráulico são de mais fácil acesso. Tempo de obra É um sistema cuja produtividade é alta e independe de fatores meteorológicos, como sol e chuva. Redução do resíduo Por ser um sistema de montagem planejado (por exemplo: chapas com o pé-direito da obra), permite que não ocorra tanto desperdiço. Processo mais industrializado. Menor volume Apresenta menor volume para movimentação e estocagem. Outro aspecto importante que deve ser tratado sobre o sistema de paredes em drywall é como funcionam as instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias etc. Entenda a seguir: Devem ser usados eletrodutos metálicos ou plásticos rígidos ou flexíveis. No caso do emprego de eletrodutos corrugados, é recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes quando eles possuírem furos circulares. As caixas de chegada destas instalações podem ser fixadas na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas, ou ainda diretamente nas chapas de Racionalização da construção/posterga o �uxo �nanceiro No período de produção, posterga desembolsos. No sistema tradicional, se executa ao mesmo tempo a parte externa e a interna (lembrando que nestas há a hidráulica e elétrica). Independência A estrutura pode ser executada de maneira independente das vedações e instalações, aumentando a precisão dimensional e a produtividade. Sistema normatizado Da especificação até a manutenção,todo o sistema é normatizado para as paredes, forros ou revestimento. Instalações elétricas, de som ou de telefonia gesso, utilizando-se caixas especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. Podem ser utilizadas tubulações rígidas de PVC, de cobre ou de aço, ou ainda com tubulação flexível tipo PEX para água fria ou quente. De modo geral, é recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes quando estes possuírem furos circulares. No caso de tubulação e conexão de cobre é obrigatória a utilização de isolamento em torno destes elementos a fim de que não haja contato destes com os montantes de aço galvanizado, evitando assim as reações galvânicas. Por fim, para os seus pontos de saída os elementos podem ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando-se peças especialmente desenvolvidas para os sistemas. Podem ser executadas com tubulação rígida de PVC. No caso de tubulações com diâmetro superior ao da estrutura da parede, recomenda- se utilizar parede com dupla estrutura. E para os pontos de saída destas instalações, sua fixação também pode ser feita na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando-se peças especialmente desenvolvidas para os sistemas. Instalações hidráulicas Instalações sanitárias Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 O sistema de paredes por drywall possui várias vantagens, como: I. Desempenho térmico e acústico. II. Flexibilidade. III. Capacidade de resistência estrutural. IV. Maior volume de movimentação e estocagem. É correto o que se afirma em: Parabéns! A alternativa A está correta. O sistema drywall possui excelente desempenho térmico e acústico, além de flexibilidade, porém não possui capacidade de resistência estrutural e apresenta um menor volume de movimentação e estocagem. Logo, apenas o que se afirma em I e II são vantagens corretas do sistema. Questão 2 Sobre os elementos utilizados para fixação das peças e dos componentes do sistema drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos (lajes, vigas pilares etc.), pode ser realizada a ligação com as seguintes peças: I. Buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 4mm. II. Rebites metálicos com diâmetro mínimo de 6mm. A Apenas I e II B Apenas II e III C Apenas III e IV D Apenas II e IV E Apenas I e IV III. Fixações à base de “tiros” com pistolas específicas para esta finalidade. IV. Em casos específicos, a fixação das guias pode ser feita com adesivos especiais. É correto o que se afirma em: Parabéns! A alternativa C está correta. A afirmativa I está incorreta, pois, o diâmetro mínimo é de 6mm. E a alternativa II está incorreta, pois, o diâmetro mínimo é de 4mm. A afirmativa III está correta, pois, o sistema drywall é fixado à base de ‘tiros’ com pistolas específicas para esta finalidade. E, por fim, a afirmativa IV está correta, pois, em situações específicas a fixação das guias pode ser feita com adesivos especiais. A Apenas I e II B Apenas II e III C Apenas III e IV D Apenas II e IV E Apenas I e IV 3 - Revestimentos de paredes, pisos, tetos e forros Ao �nal deste módulo, você será capaz de nomear os revestimentos de paredes, de pisos, de tetos e de forros. Vamos começar! Como identi�car os revestimentos de paredes, de pisos, de tetos e de forros Neste vídeo, você conhecerá quais são os revestimentos de paredes, de pisos, de tetos e de forros. Revestimentos de paredes Entende-se por revestimento toda a camada utilizada como proteção ou acabamento de superfícies de uma edificação ou obra de engenharia. As superfícies podem ser: Verticais Como as paredes. Horizontais Como os pisos e tetos ou forros. Na fase dos revestimentos é feita a regularização das superfícies com o intuito de proporcionar uma ou mais características: maior resistência mecânica (ao choque ou à abrasão); maior impermeabilização; tornar as superfícies laváveis e, portanto, mais higiênicas; aumentar o isolamento térmico e aumentar o isolamento acústico. Além dessas características, outra muito desejada é a questão estética: os revestimentos agregam beleza e valor às edificações. Os revestimentos de paredes são classificados em argamassados e não- argamassados. Revestimentos argamassados Depois que a alvenaria de vedação é concluída e todas as instalações das tubulações (hidráulica, esgoto, elétrica, gás, exaustão etc.) são finalizadas e testadas, a próxima etapa construtiva da edificação é o revestimento argamassado, que: Consiste na aplicação de uma ou mais camadas superpostas de argamassas com traços diferentes na alvenaria e nas estruturas, cada qual desempenhando uma função. Essas camadas, juntas, têm o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo irregularidades, prumos, alinhamentos dos painéis e ainda atuam como camada de proteção contra a infiltração. No procedimento tradicional são utilizadas três camadas, contínuas e uniformes. São elas: Chapisco É a camada mais superficial (primeira camada) e é constituído de cimento e de areia grossa, sendo utilizado em média na proporção de 1:3. O chapisco deve ser bastante fluído e aplicado sobre superfícies previamente umedecidas, formando uma camada fina, de 3 a 5 mm, cuja principal propriedade é de aderência para as demais camadas. Ele também age como um selador, entre a alvenaria e as estruturas e as camadas que virão na sua sequência. Objetivo: Aderência e primeira camada de proteção mecânica. Emboço É uma camada que se diferencia do chapisco, pois possui uma consistência mais espessa. Ele é composto por cimento, cal e areia média. A cal é importante, pois garantirá maior trabalhabilidade à mistura, reduzindo as fissuras. O traço usual é de 1:2:8. O emboço é a argamassa de regularização que uniformiza a superfície, corrigindo irregularidades, prumos e alinhamento dos painéis. O emboço também protege a alvenaria e as estruturas de intempéries. Sua espessura pode variar bastante dependendo da qualidade dos componentes, mas o ideal é que ele fique perto de 2cm nos painéis internos e um pouco mais grosso (4cm) nas fachadas. Objetivo: Regularização, aplicado para nivelamento antes da instalação de revestimento. Reboco É uma camada com boa consistência de cimento, cal e areia fina. Deve ser aplicado em uma fina camada, de 2 a 5 mm. Ele finaliza a superfície, deixando-a com um aspecto agradável, acetinado e com pouca porosidade. Após a sua aplicação, as paredes estarão prontas para serem pintadas. Objetivo: Acabamento. É a camada que antecede os elementos da pintura. A NBR 7200 (1988), confirmada em 2022, informa que as idades mínimas a aplicação das camadas são: 3 dias De idade do chapisco para a aplicação do emboço. 7 dias De idade do emboço para início dos serviços de reboco. Além dessas argamassas convencionais, existem na atualidade diversas argamassas especiais, sendo estas de grande variedade e industrializadas para aplicação imediata, o que facilita a preparação da mistura na obra e o tempo de execução do serviço. Essas características as tornam muito competitivas, pois é possível obter a redução do desperdício, aumentar o controle tecnológico do material e reduzir o tempo de execução. Porém, devem ser seguidas as recomendações para preparo e para aplicação dos fabricantes, a fim de se garantir os resultados esperados. Por fim, existem outros tipos de revestimentos argamassados. Considerando o reboco como o último acabamento do revestimento, existem alguns tipos de reboco que dispensam, inclusive, até pintura. Exemplo Reboco hidrófugo, reboco impermeável, cimento queimado, estuque lúcido, reboco travertino, massa raspada, granilite e massa acrílica. Revestimentosnão argamassados Os revestimentos não argamassados são assentados ou fixados por cima de uma ou mais camadas, descritas anteriormente, que fazem parte dos revestimentos argamassados. Esse tipo é constituído por outros elementos além das argamassas e podem ser naturais ou artificiais. Alguns elementos são assentados sobre o emboço com argamassa colante, outros podem ser instalados sobre o chapisco por meio de estruturas especiais de fixação. Revestimentos cerâmicos Dentre os revestimentos não argamassados mais comuns destacam-se os revestimentos cerâmicos, constituídos basicamente de uma mistura de argilas com outras substâncias inorgânicas, que passam por um processo de prensagem e queima. Possuem diversos formatos e grande variedade de cores, acabamentos e padrões. Suas principais funções são oferecer proteção (elevada resistência à compressão e abrasão) e decorar o ambiente. São aplicados com argamassas de assentamento. Oferecem diversas vantagens: proteção mecânica e química; efeito antialérgico; facilidade de limpeza; baixa absorção de água; boa durabilidade; anti-inflamável. Porcelanatos Os porcelanatos são uma tecnologia mais avançada do revestimento cerâmico, pois são produzidos a partir de uma mistura de argila e de outros materiais mais nobres, que dão origem a uma placa densa, queimada a uma temperatura superior à do revestimento cerâmico “normal”. Oferece as mesmas vantagens deste, mas apresenta uma menor absorção de água e uma maior resistência mecânica. O porcelanato permite o uso de juntas menores que as dos revestimentos cerâmicos, veja o comparativo a seguir: Cerâmica Porcelanato Revestimentos de pedras naturais Há também os revestimentos de pedra natural, os quais são constituídos de diversos tipos de rochas decorativas utilizadas para essa finalidade, como o arenito, o granito, o gnaisse e a pedra mineira. Os seixos e as pedras portuguesas também vêm sendo bastante utilizados. Essas peças podem ser cortadas, regulares ou irregulares e podem ter algum tipo de beneficiamento. A forma de assentamento varia, podendo ser assentados sobre o chapisco ou sobre o emboço com a utilização de argamassa colante ou outro material. Veja a seguir exemplos de revestimentos de parede com pedra natural: Pedra hitam Pedra travertino Pedra mojave Revestimentos de rochas naturais Há ainda os revestimentos feitos a partir do beneficiamento das chapas de mármores, granitos e quartzitos. Estes são materiais denominados rochas naturais, que passaram por beneficiamento e são vendidos em chapas. Por se tratar de um material essencialmente natural, devem ser analisados e avaliados quanto ao local de instalação. Alguns desses materiais podem apresentar oxidação, diferenças de tonalidades e apresentar manchas ao longo do tempo. Deve-se ter muito cuidado com o emprego desses materiais na cor clara. Comentário Os quartzitos claros são mais resistentes às manchas, mas, por outro lado, o material tende a apresentar algumas fissuras e até trincas maiores. A sua instalação pode ser feita diretamente no chapisco e deve-se utilizar ganchos de fixação além da argamassa de assentamento. Revestimentos de madeira Há também os revestimentos de madeira, considerados extremamente nobres. Para esse tipo de revestimento utiliza-se diversos tipos de madeira, como madeira de demolição, MDF e lambril, que é o revestimento mais comum (imagem a seguir). Ele é composto por placas ou réguas de madeira maciça de alta qualidade que são encaixadas com bordos em macho e fêmea. A fixação das madeiras nas paredes é feita com caibros, fixos em linhas paralelas à posição de assentamento das peças. A imagem abaixo ilustra o revestimento de lambril de madeira pintado na parede. Revestimento de lambril de madeira pintado na parede. Diversos materiais estão surgindo no mercado, e a busca pela rapidez na instalação é um dos principais motivos pelos quais as pessoas têm buscado outras alternativas. Podem ser citados alguns que ganharam muito espaço nos últimos anos: laminado, vinílico, ACM (feito com placas de alumínio composto) e cimentício. Atenção! Em relação a todos os materiais, é fundamental se atentar às especificações do fabricante, utilizando juntas de espaçamento adequados e rejuntes, quando necessário. Revestimentos de pisos São diversos os tipos de materiais que podem ser utilizados em pisos. Em edificações, eles são instalados sobre o contrapiso, executado normalmente após a instalação dos revestimentos de parede e dos forros. Nas paredes, é deixada apenas a última fiada de revestimento para ser instalada após o piso. Existem também os pisos externos, que podem ser executados sobre outra base ou diretamente sobre o solo compactado. Basicamente, todos os materiais descritos para serem utilizados em paredes podem ser utilizados nos pisos, contudo, é importante observar que: O desgaste do revestimento do piso é muito maior do que o da parede, então, primeiro é necessário classificar a área de instalação, que pode ser classificada em tráfego leve, médio ou pesado. Com a área classificada, pode-se escolher os revestimentos apropriados para instalação no local. Pisos de madeira São comumente utilizados em pisos do tipo soalho (tábua), taco e parquet. Estes podem ser fixados sobre o contrapiso ou sobre o vigamento. Veja alguns exemplos: Taco de madeira Réguas de madeira Pisos intertravados de concreto Há os pavers e os bloquetes, denominados como pisos intertravados de concreto. Estes pisos consistem em peças pré-moldadas de concreto que podem ser aplicadas diretamente sobre o solo compactado, quando este satisfaz as condições exigidas. Também é comum ser utilizada uma camada de areia de assentamento sobre o solo. Trata-se de pavimentos flexíveis em que os blocos são travados pelo encaixe entre as peças e pela areia de selagem. Oferecem excelente resistência e durabilidade, além do baixo custo e utilização imediata após a instalação. A imagem seguinte explicita o assentamento de pisos pavers. Exemplo de piso pavers. Pisos de alta resistência em concreto armado Por fim, tem-se os pisos de alta resistência em concreto armado. Este tipo de piso é indicado para áreas de tráfego mais intenso, como pátios de estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões e postos de combustíveis. Estes devem ser dimensionados individualmente com juntas e barras de transferências. A imagem abaixo demonstra um piso feito de concreto de alta resistência. Exemplo de alta resistência em concreto armado. Revestimentos para tetos e forros Os revestimentos de tetos e forros são elementos de acabamentos internos de uma edificação que revestem a parte superior do ambiente. Para um desempenho adequado, tais revestimentos devem ser resistentes à propagação de chamas e à ação de fungos e de insetos. Revestimentos de tetos Os revestimentos de teto são divididos em dois grupos: Lajes aparentes Consistem no teto sem nenhum revestimento especial, deixando o concreto e outros elementos que compõe a estrutura de cobertura de uma edificação aparentes. Em alguns casos, o concreto pode receber pintura ou um tratamento com verniz. Tetos argamassados Consistem no caso em que no teto é realizada a aplicação do revestimento argamassado da mesma forma que se revestem as paredes, com as camadas descritas em Revestimentos de parede argamassados (chapisco, emboço e reboco). Revestimentos de forros O forro reveste o teto, podendo estar afastado deste (forro falso) ou não, e é um sistema que regula o espaço e o conforto acústico, térmico e lumínico do ambiente. Existem vários tipos de forros, como forros de madeira, de gesso, metálicos, de fibra mineral, de PVC etc. Forro de madeira Os forros de madeira são executados como forro falso em chapas, réguas ou colmeias, fixados por meio de vigamentos, tarugamentos e contraventamento. As imagens abaixo explicitam um forro falso em chapas e um forro fixado por meio de vigamentos. Forrofalso em chapas. Forro fixado por meio de vigamentos. Forro de gesso O forro de gesso, comum ou acartonado, pode ser feito com placas lisas, perfuradas ou estriadas. As placas são suspensas por arames galvanizados fixados nas lajes por pino de aço. As placas podem ser rejuntadas, lixadas e pintadas e receber arremates especiais em gesso ou em outros materiais. As imagens seguintes, exemplificam a aplicação de argamassa no forro de gesso e um teto com forro de gesso acabado. Argamassa no forro de gesso Argamassa no forro de gesso Teto com forro de gesso acabado Forro de �bra mineral O denominado forro de fibra mineral é o forro comercializado em placas modulares com dimensões padrões, fabricado a partir de matérias-primas naturais, como lãs minerais, argila, areia, vidro reciclado e lã de rocha. São comumente utilizados em edificações comerciais. Oferecem conforto acústico superior aos outros forros, facilidades de manutenção e instalação simples, deixando a obra limpa. A imagem abaixo ilustra a um teto montado com forro de fibra mineral. Forro de fibra mineral. Forro com material metálico Ainda existem os forros com material metálico. Neste caso, o principal material utilizado é o alumínio, mas também pode ser encontrado em aço e em outros materiais. São muito comuns em indústrias e em espaços como aeroportos, devido a sua alta durabilidade. Existem diversos formatos, como o linear, o modular, colmeia e brises. As imagens abaixo especificam diversos tipos de forros com material metálico: forro linear, forro modular, forro colmeia e forro em brises. Forro linear Forro modular Forro colmeia Forro em brises Forro de PVC Por fim, há o forro de PVC. Esse tipo de forro é encontrado no formato tipo régua, com encaixes macho e fêmea (similar aos forros de madeira) ou em placas modulares. É um material que apresenta diversas vantagens, com um baixo custo, além de ser reciclável. Hoje ele é encontrado na convencional cor branca, mas os que imitam madeira também vêm sendo cada vez mais utilizados. Não apresenta um bom isolamento térmico e acústico, mas pode ser combinado e reforçado com materiais isolantes. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Considere a afirmação: “O _____(1)_____ é a camada mais superficial e é constituído de cimento e areia ____(2)____, sendo utilizado em média na proporção de 1:3. O _____(1)_____ deve estar bastante fluído e aplicado sobre superfícies previamente umedecidas.” As lacunas 1 e 2 são preenchidas, correta e respectivamente, por: Parabéns! A alternativa D está correta. A 1 – Emboço, 2 – grossa. B 1 – Reboco, 2 – fina. C 1 – Chapisco, 2 – média. D 1 – Chapisco, 2 – grossa. E 1 – Reboco, 2 – média. A camada superficial do revestimento da alvenaria é chamada de chapisco. Essa camada é composta de cimento e areia grossa. Sendo assim, os itens que completam corretamente os itens são 1 – chapisco, e 2 – grossa. Questão 2 O sistema de piso é composto por um conjunto parcial ou total de camadas. Referente ao exposto, relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta. 1. Camada de acabamento. 2. Camada estrutural. 3. Camada de contrapiso. 4. Isolamento térmico. ( ) Protege as construções contra os efeitos das variações de temperatura. ( ) Constitui o elemento resistente às diversas cargas do sistema de pisos. ( ) Destina-se a revestir e a proteger o sistema de piso. ( ) Proporciona uma superfície uniforme, podendo servir como camada de caimento ou de declividade. A sequência correta é: A 4 – 2 – 1 – 3. B 1 – 2 – 3 – 4. C 4 – 2 – 3 – 1. D 2 – 4 – 1 – 3. E 3 – 1 – 2 – 4. Parabéns! A alternativa A está correta. O Isolamento térmico protege as construções contra os efeitos das variações de temperatura, a camada estrutural constitui o elemento resistente às diversas cargas do sistema de pisos, a camada de contrapiso proporciona uma superfície uniforme, podendo servir como camada de caimento ou de declividade e a camada de acabamento destina-se a revestir e a proteger o sistema de piso. 4 - Esquadrias Ao �nal deste módulo, você será capaz de interpretar o que são esquadrias, quais os tipos e os materiais. Vamos começar! O que são esquadrias? Neste vídeo, você entenderá o que são esquadrias, e como elas são usadas dentro de um projeto na construção civil. Conceitos gerais e considerações para seleção As esquadrias são componentes de uma edificação utilizados para o fechamento de vãos. Fazem parte do sistema de vedação junto com a alvenaria e podem ser: Externas Dando acesso ao interior/exterior de uma edificação. Internas Dando acesso a passagens internas de uma edificação. Elas são formadas por peças que emolduram e se ajustam aos vãos como janelas e portas. Também são consideradas esquadrias: as peles de vidro; os quadros fixos; os guarda-corpos; os alçapões; as grades; os portões de garagem. Esses elementos têm diversas funções, como: assegurar a vedação e a proteção dos ambientes internos; controlar o conforto térmico e acústico; aproveitar a iluminação natural; desempenhar a função decorativa. Existem diversos tipos de esquadrias no mercado, com muitas opções de materiais, modos de abertura, diversas funcionalidades e qualidades. Dessa forma, algumas considerações e cuidados são necessários e de extrema importância na escolha das esquadrias para as edificações desde a fase inicial do projeto. Algumas considerações relevantes na hora de fazer a seleção do tipo de esquadria devem ser levadas em consideração, como: Características ambientais Entender a exposição dos fatores climáticos como calor, chuva e vento. Nem todo ambiente vai exigir que a esquadria tenha um excelente isolamento térmico, e na maioria das vezes somente as esquadrias externas exigirão um isolamento e uma resistência maior à chuva e ao vento. Posicionamento estratégico Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos ambientes para que a ventilação seja suficiente, e deve-se estudar o seu posicionamento para que a luz seja captada de maneira correta. Os projetistas devem estudar a posição do sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As construções vizinhas também devem ser observadas, para garantir privacidade aos usuários e privilegiar as melhores vistas. Funcionalidade Entender a destinação da esquadria é fundamental. Alguns ambientes devem ter uma maior visibilidade e outros, maior privacidade. E a escolha do tipo de abertura é ideal para tornar a esquadria mais funcional. Exemplos: uma porta de correr pode cobrir um interruptor; um ambiente pode não permitir a abertura completa de uma porta de giro; janelas basculantes são mais eficientes em ambientes pequenos, como banheiros. Modo de instalação Cada esquadria requererá um tipo de instalação diferente. É fundamental que seja verificado o modo correto desta antes de iniciar a execução da alvenaria. Para todas, deve-se verificar se as vergas e as contravergas foram instaladas de maneira correta, e deve-se dar muita atenção ao prumo, ao nivelamento e ao alinhamento das aberturas, para evitar o retrabalho e facilitar a instalação. Tipos de esquadrias Atualmente, existem três tipos principais de esquadrias, que são as de madeira, alumínio e PVC. Outros tipos, como as esquadrias de ferro, já caíram em desuso por causa de suas desvantagens físicas. Esquadrias de madeira As esquadrias de madeira são clássicas. Dificilmente as demais esquadrias conseguem atingir o conforto visual e de toque que só elementos naturais, como a madeira, podem propiciar. Sua versatilidade possibilita montar várias esquadrias com diferentes tipos de madeira. Além disso, esse material Manutenção e qualidade Toda edificação apresentará um desgaste natural, e precisará de manutenção e de reforma com o tempo. É importante selecionar materiais que ofereçam facilidade na manutenção e tenham a durabilidade adequada. Deve-se observaroutros aspectos como resistência mecânica, resistência à corrosão, resistência a manchas e a pragas. Existem diversos preços e materiais no mercado, e, quando se trata de manutenção e de qualidade, deve-se avaliar o custo versus o benefício para se fazer a escolha correta. Segurança Todas as esquadrias devem obrigatoriamente atender aos requisitos de segurança e de desempenho determinados pela Norma NBR 10.821 (2017). possibilita a montagem personalizada, pois é de fácil manuseio, adequando-se facilmente às medidas desejadas e ao gosto do usuário. Para esquadrias, as madeiras mais utilizadas são a itaúba e a jatobá. A imagem seguinte ilustra janelas de madeira maciça. Janelas de madeira maciça. É importante ressaltar que, exatamente pelo fato de a madeira ser natural, é que temos seus principais problemas, pois: depende de mão-de-obra mais artesanal; exige mais manutenção ao longo do tempo, uma vez que seu desgaste é diferente de materiais industrializados; costuma se degradar mais rapidamente que os materiais industrializados; na manutenção, é importante efetuar a raspagem e a aplicação de um novo verniz. Hoje em dia as esquadrias externas de madeira maciça continuam sendo bastante utilizadas, porém, para uso interno, as portas feitas de produtos derivados da madeira vêm ganhando bastante espaço no mercado. É possível encontrar a um preço competitivo os chamados “kits porta pronta”, produtos feitos com compensado de madeira e com outros materiais, como PVC. Esse tipo de produto é muito fácil de ser instalado, pois não precisa ser feita a instalação do marco e nem de outros elementos separadamente: basta ter o vão de alvenaria arrematado que, como o próprio nome diz, a porta pronta é instalada. Esquadrias de alumínio O alumínio é um material que oferece grandes vantagens na montagem da esquadria. O material é durável, pois não enferruja, aumentando consideravelmente a vida útil, porém perde para o PVC em durabilidade. Há uma imensa variedade em acabamentos que podem ser utilizados com o alumínio, desde as cores básicas, branca e preta, até as que imitam aço corten e madeira. A imagem a seguir explicita portas e janelas em alumínio. Janelas e portas de alumínio. Outro aspecto positivo do alumínio refere-se à questão acústica e térmica do ambiente. As janelas termoacústicas diminuem o barulho e auxiliam na temperatura do lugar. Logo, mediante esses benefícios, as esquadrias de alumínio são recomendadas para imóveis localizados perto da natureza, como casas de praia. Esquadrias de PVC O PVC é um material de grande aceitação no mercado, pois dentre suas principais características estão a maior qualidade em vedação, o incrível isolamento térmico e a flexibilidade de acabamento de acordo com a necessidade. O custo é mais alto, mas compensa com pequenos valores em investimentos para manutenção. O PVC é um material com grande durabilidade e resistência. A esquadria de PVC, imagem a seguir, também oferece diferentes cores, a que imita madeira é uma opção para quem não quer se preocupar com manutenção que a madeira exige. Na imagem a seguir é possível visualizar uma janela em PVC. Janela de PVC. Esse material também permite desenhos exclusivos e dimensões fora dos padrões. As maiores alturas e os maiores vãos são vencidos com esquadrias de PVC. Tipos de abertura Existem diversos tipos de abertura para as esquadrias. Alguns são mais comuns para janelas e outros, para portas. Isso também é válido para os materiais. Existem aberturas mais comuns em determinado tipo de material. Portas Conheça a seguir os tipos de abertura de esquadrias em portas: Porta de abrir Geralmente de madeira ou alumínio. Utiliza dobradiças. B i i l ú i Baixo isolamento acústico. Porta de correr Otimiza os espaços. Integra ou separa ambientes. Usadas em varandas, cozinhas, salas e quartos. Porta pivotante Não usa dobradiças. Gira em torno do próprio eixo. Otimiza espaços. Porta sanfonada Geralmente em PVC ou madeira, articuladas, dobram-se deixando o vão livre. Usadas como passagem ou em armários. Janelas Conheça a seguir os tipos de abertura de esquadrias em janelas: Porta camarão Em geral, de madeira ou similares. Portas divididas e articuladas, em folhas, recolhendo-se e deixando o vão livre. Janelas �xa Permitem apenas a entrada de luz, são menos usuais, e o seu emprego só é justificado quando há outra janela que proporcione a ventilação do ambiente. Janela tipo basculante Permitem a entrada de luz e ventilação. A báscula é um painel de caixilho que gira em torno de um eixo horizontal. O conjunto báscula, do mesmo caixilho, pode ser acionado por uma única alavanca. Já as venezianas garantem a privacidade do ambiente d j sem perder o arejamento. Para impedir a entrada de ar é só fechar as folhas de vidro. Janelas do tipo abrir Possuem duas folhas que são projetadas para fora ou para dentro do ambiente. Esse modelo é muito utilizado em salas e quartos. Essas janelas têm a vantagem de disponibilizar todo vão, trazendo bastante ventilação ao cômodo, por isso são ideais para locais mais quentes. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Algumas considerações relevantes na hora de fazer a seleção do tipo de esquadria devem ser levadas em consideração, como características ambientais, posicionamento estratégico, funcionalidade, modo de instalação, manutenção, qualidade e segurança. Sobre posicionamento estratégico está correto o que se afirma em: A Entender a exposição dos fatores climáticos como calor, chuva e vento. Nem todo ambiente vai exigir que a esquadria tenha um excelente isolamento térmico, e, na maioria das vezes, somente as esquadrias externas exigirão um isolamento e uma resistência maior à chuva e ao vento. B Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos ambientes para que a ventilação seja suficiente, e deve-se estudar o seu posicionamento para que a luz seja captada de maneira correta. Os projetistas devem estudar a posição do sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As construções vizinhas também devem ser observadas, para garantir privacidade aos usuários e privilegiar as melhores vistas. C Entender a destinação da esquadria é fundamental. Alguns ambientes devem ter uma maior visibilidade e outros, maior privacidade. E a escolha do tipo de abertura é ideal para tornar a esquadria mais funcional. Exemplos: uma porta de correr pode cobrir um interruptor; um ambiente pode não permitir a abertura completa de uma porta de giro; janelas basculantes são mais eficientes em ambientes pequenos, como banheiros. D Cada esquadria requererá um tipo de instalação diferente. É fundamental que seja verificado o modo correto desta antes de iniciar a execução da alvenaria. Para todas, deve-se verificar se as vergas e as contravergas foram instaladas de maneira correta e deve-se dar muita atenção ao prumo, ao nivelamento e ao alinhamento das aberturas, para evitar o retrabalho e facilitar a instalação. E Toda edificação apresentará um desgaste natural, e precisará de manutenção e de reforma com o tempo. É importante selecionar materiais que ofereçam facilidade na manutenção e tenham a durabilidade adequada. Deve-se observar outros aspectos como resistência mecânica, resistência à corrosão, resistência a manchas e a pragas. Existem diversos preços e materiais no mercado, e, quando se trata de manutenção e Parabéns! A alternativa B está correta. Deve-se dimensionar os vãos de acordo com o tamanho dos ambientes para que a ventilação seja suficiente, e deve-se estudar o seu posicionamento para que a luz seja captada de maneira correta. Os projetistas devem estudar a posição do sol e avaliar o “sol da tarde” e o “sol da manhã”. As construções vizinhas também devem ser observadas, para garantir privacidade aos usuários e privilegiar as melhores vistas. Questão 2 O modelode esquadria é mais utilizado em banheiros, cozinhas e áreas de serviço. As esquadrias de alumínio deste tipo possuem uma abertura acionada por meio de uma haste lateral, de modo que as “folhas” se abram por igual no sentido de dentro para fora. O texto refere-se ao modelo de esquadrias de alumínio: Parabéns! A alternativa D está correta. Janela basculante possui uma abertura acionada por meio de uma haste lateral, de modo que as “folhas” se abram por igual no sentido de dentro para qualidade, deve-se avaliar o custo versus o benefício para fazer a escolha correta. A De abrir. B Pivotante. C De correr. D Basculante. E Veneziana. fora, sendo assim, a descrição acima faz relação a janela do tipo basculante. Considerações �nais Neste estudo foram abordados assuntos sobre os componentes de construção utilizados para vedação de edificações, em função do tipo de material. Foram apresentados métodos convencionais para alvenaria de vedação como paredes em tijolos cerâmicos e blocos de concreto. Além disso, foi explicado o método construtivo de paredes em gesso acartonado (sistema drywall). Após apresentar os métodos de vedação, foram apresentados os principais materiais utilizados para revestimento de paredes, pisos, tetos e os materiais utilizados para forros. Por fim, foram descritos os principais tipos de esquadrias, como se dão o seu funcionamento e quais itens devem ser observados em sua escolha. Podcast Para encerrar, ouça o podcast para: conhecer os tipos de alvenaria, entender sobre sistema de paredes de gesso acartonado, conhecer os tipos de revestimentos e esquadrias existentes. Explore + Pesquise o site do Governo Federal, da Associação Brasileira do Drywall, na página de Biblioteca - Manuais tenha acesso a conteúdo sobre informações do Sistema Construtivo em Drywall. Referências ABDI – AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Manual da construção industrializada. Conceitos e etapas. v. 1: Estrutura e Vedação, 2015. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136:2016. Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200:1998. Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Procedimento. Confirmada em 2022. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8545:1984. Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos – Procedimento. Confirmada em 04.02.2022. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.821:2017, Partes 1, 2, 3 e 4. Esquadrias para edificações. Confirmada em 2022. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270:2017. Componentes cerâmicos — Blocos e tijolos para alvenaria. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DRYWALL. Manual de Projeto de Sistemas Drywall – paredes, forros e revestimentos. São Paulo. 2006. SINDUSCON-MG. Programa Qualimat – Sistema Drywall. Triênio 2009-2012. 2012. SOUZA, Josiani et al. Alternativas tecnológicas para edificação. v. 1. São Paulo: Pini, 2008. THOMAZ, Ercio et al. Código de práticas nº 1: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Publicação 3011. São Paulo: IPT, 2009. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()
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