HST001 UA14 O desafio de manter-se atualizado - Apostila

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gestão empresarial
Sociedade, Tecnologia e inovação Tecnológica
Manter-se atualizado
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ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Ao final desta unidade você será capaz de compreen-
der a importância, para o indivíduo e para as organiza-
ções, de se manter constantemente atualizado, a fim de 
garantir a empregabilidade ou a competitividade, em um 
mundo em constante transformação.
COmpetênCias 
Ter capacidade de articular a relação entre a evolução 
tecnológica, a evolução do mercado de trabalho, a evo-
lução concorrencial e seus efeitos na sociedade.
Habilidades 
Articular os contextos profissionais e tecnológicos de 
forma a entender as mudanças de paradigmas no 
mundo em constante evolução.
Sociedade, Tecnologia e 
inovação Tecnológica
Manter-se atualizado
ApresentAção
Na unidade anterior, você pôde aprender sobre os esfor-
ços que as empresas fazem para se manterem competiti-
vas, com o uso intensivo das tecnologias de informação. 
Para não ficarem obsoletas e perderem seus clientes as 
empresas inovam, se atualizam e abrem espaços dife-
renciados por meio das redes. Ou seja, as empresas es-
tão em permanente processo de atualização. E as pesso-
as? Em um mundo tão competitivo, as pessoas também 
precisam de atualização permanente, para garantir sua 
empregabilidade ou a sua competitividade, em meio à 
constante transformação.
Este é o tema desta unidade. Ao final, esperamos que 
você compreenda a importância, para o indivíduo e para 
as organizações, de se manter constantemente atualiza-
do e acompanhar, de alguma forma, o ritmo da cultura 
contemporânea, em permanente evolução.
Bons estudos!
pArA começAr
Você já deve ter ouvido alguém dizer: “assim que eu aca-
bar a faculdade não quero nunca mais falar em estudar”.
Também já pode ter escutado algum empresário di-
zendo: “A minha empresa já atingiu um estágio satisfató-
rio. Não há porque procurar melhorar os meus produtos 
ou a forma de produção”. 
Será que estas posições estão corretas?
Se não estão, o que é necessário para que possa haver 
uma evolução pessoal, profissional ou organizacional?
Vamos ver juntos?
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FundAmentos
Até algumas décadas atrás, o diploma de nível superior era passaporte 
para uma vida tranquila e próspera. Na música “Química”, o grupo Legião 
Urbana cantava:
Chegou a nova leva de aprendizes 
Chegou a vez do nosso ritual 
E se você quiser entrar na tribo 
Aqui no nosso Belsen tropical
Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão 
Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão 
Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão, 
Você tem que passar no vestibular.
Atenção
Nas décadas de 1980 e 1990, a forte internacionalização eco-
nômica, produtiva e financeira, reforçada pela forte evolução 
tecnológica, fez com que as organizações revissem as suas 
formas de atuação e o tipo de profissional de maior interesse.
Como vimos nas unidades anteriores, o mundo tem mudado bastante, na 
forma de ver os negócios. Os empregos e a sociedade de uma maneira 
geral se modificaram de forma acentuada. Tecnologias são implantadas, 
assimiladas e descartadas em períodos cada vez menores. Esse contexto 
faz com que os cidadãos e as organizações tenham de se reinventar a 
cada instante, não dá mais para seguir o que prega o dito popular: “faz 
fama e deita na cama”.
Tanto as pessoas como as empresas precisam estar em constante sinto-
nia com o que acontece em seu mercado de atuação e no mundo. O gran-
de desafio está justamente em como manter essa sintonia. Isto é simples, 
manter-se constantemente atualizado. A resposta, apesar de curta e sim-
ples, traz grandes desafios, tais como: no quê e de que formar se atualizar.
Em que área de atuação devemos nos atualizar? Parece ser resposta 
fácil. No entanto, não o é.
Atualizar-se em tecnologias, métodos e processos que estão corrente-
mente em uso é relativamente simples, desde que tenhamos tempo e re-
cursos financeiros para tal. Basta procurarmos treinamentos adequados. 
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Porém, o grande desafio é como se preparar para o que está para vir, 
como saber o que será o top do futuro, e não gastarmos tempo e dinheiro 
no que não evoluirá e será esquecido rapidamente pelo mercado.
A forma de nos atualizarmos também parece de resposta fácil, mas não 
é. As tecnologias e as inovações ocorrem em velocidade tão rápida que as 
formas tradicionais de atualização já não dão conta, ou não dão conta de 
maneira adequada, de acompanhá-las.
Então o que fazer?
Muitas alternativas têm sido estudadas e implantadas, porém não há 
uma “receita de bolo” para isso.
Dois bons exemplos envolvem o Centro Paula Souza, do Estado de 
São Paulo, com a ampliação de sua rede de escolas de ensino técnico, as 
ETECs, e de ensino superior tecnológico, as FATECs, do qual este curso faz 
parte; e os institutos federais de ensino técnico e tecnológico do governo 
federal, os IFs.
Tanto um quanto o outro procuram preparar mão de obra especializa-
da e trabalhadores para mercados cada vez mais complexos e especiali-
zados: mercados que exigem que seus profissionais ou empreendedores 
tenham uma ampla visão de mundo, uma visão generalista, e sejam extre-
mamente especializados na sua área específica de atuação.
Apesar desse grande esforço há um amplo descompasso entre o nú-
mero de pessoas qualificadas e as necessidades de mão de obra especia-
lizada do mercado.
Outro grande problema é que a educação formal não consegue se atu-
alizar no ritmo que o mercado necessita. Em geral, a forma que ensina-
mos e aprendemos continua igual ao que era no início ou em meados do 
século XX.
Para se tentar contornar essa situação, diversas medidas vão sendo 
testadas, seja na forma de educação, seja na forma de obter “cérebros” 
que possuam os conhecimentos de que as organizações necessitam.
edUCaçãO
Em termos de educação, cada vez mais se faz uso de tecnologias, em es-
pecial as associadas às tecnologias da informação e comunicação (TIC), 
para melhorar o ensino e torná-lo mais abrangente.
Através do uso de tecnologia procura-se levar aos discentes os mesmos 
recursos que encontrarão no mercado profissional. Procura-se cada vez 
mais se aproximar o que se ensina daquilo que realmente será utilizado 
no dia a dia do profissional.
Uma das formas de educação que mais se beneficia das TICs é a edu-
cação a distância (EaD), da qual este curso faz uso e que vem crescendo 
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de forma acentuada em todo o mundo. Em um país de dimensões conti-
nentais como o Brasil, a EAD é uma ótima maneira de se levar o ensino a 
pessoas que dificilmente teriam condições de frequentar uma escola, seja 
pelas longas distâncias rurais, pelas dificuldades de trânsito nas grandes 
cidades ou pela falta de horário ou de tempo dos trabalhadores.
A educação a distância não é novidade: desde o século XIX se tem no-
tícias de cursos por correspondência. Porém, é com a evolução das TICs, 
em especial da internet, que este tipo de ensino passa a ter um cresci-
mento bastante significativo.
Atenção
Há basicamente três gerações de ensino a distância:
 → Por correspondência, como por exemplo os cursos do 
Instituto Universal Brasileiro e do Instituto Monitor;
 → Pela televisão, ou telecursos, como por exemplo o Te-
lecurso 2000;
 → Em ambientes interativos com o uso da internet, 
chats, blogs etc.
O ensino a distância – seja na forma totalmente a distância, seja na forma 
semipresencial – possibilita que o ensino de qualidade chegue às mais 
diversas pessoas, em cursos que atendam aos requisitos estabelecidos 
pelo mercado e na velocidade que este requer.
Universidades COrpOrativas
Como as grandes corporações não conseguem ser atendidas em suas 
necessidades de trabalhadores qualificados pelas organizações formais 
de ensino, passaram a desenvolver – muitasvezes em parceria com as 
universidades tradicionais – seus próprios cursos e treinamentos. Estes 
têm por finalidade formar pessoas capacitadas para o trabalho e para a 
cultura específica da organização, sejam funcionários, fornecedores ou 
até mesmo seus clientes.
Outra forma que as organizações criaram para formar profissionais 
qualificados foi a criação de cursos de certificação. As empresas desenvol-
vem treinamentos e criam métodos de avaliação para garantir que aquele 
profissional treinado é qualificado para trabalhar com os seus produtos.
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Este tipo de treinamento é bastante utilizado pelas empresas desenvol-
vedoras de soluções de informática como a Microsoft (certificação Micro-
soft) e Cisco (certificação Cisco).
DicA
Vá até a seção “Navegando por aí” para acessar alguns we-
bsites de universidades corporativas de grandes empresas, 
como a Petrobrás, a Vale, a Caixa e outras.
Veja também as informações sobre as certificações da Mi-
crosoft e da Cisco.
Vale a pena conferir!
COOperaçãO entre empresas
Outra forma de uma organização se manter atualizada é trabalhando em 
parceria com outras empresas, muitas vezes concorrentes, para obter ou 
desenvolver o conhecimento necessário para as suas atividades. O filme 
“Piratas do Vale do Silício”, de 1999, por exemplo, mostra esse tipo de 
parceria, que nem sempre se dá de forma honesta, entre a Microsoft e 
a Apple.
FUsões
A compra ou fusão entre organizações é outra forma aquisição de conhe-
cimento e capacitação em áreas que a empresa não possui a expertise 
necessária.
Quando uma empresa deseja adquirir uma tecnologia que não possui, 
desenvolvê-la pode ser bastante oneroso, seja em termos de custos, seja 
em termos de tempo. A compra ou fusão com uma empresa que já pos-
sua este conhecimento pode reduzir custos e tempo, permitindo que esta 
organização passe atuar mais rapidamente com esta nova tecnologia ou 
conhecimento.
OUtras FOrmas de manter-se atUalizadO
Hoje as TICS nos permitem buscar informação nos mais diversos locais 
e das mais variadas formas. O profissional de hoje e do futuro não pode 
abrir mão delas. Participação em chats, fórum de discussão, leitura de 
blogs especializados, leitura de jornais e revistas (online ou impressas) e 
outros recursos são essenciais para o profissional e para a organização 
que pretenda se manter atualizado e em sintonia com o mercado global 
dos dias atuais.
antena 
pArAbólicA
É, não fácil manter-se atualizado. Aquela sensação de 
não estar preparado, que às vezes sentimos, não é pri-
vilégio de ninguém: atinge a todos os profissionais e 
organizações.
Há muitos textos que falam dos problemas enfrenta-
dos por alguns profissionais para se manterem atualiza-
dos. Vale pesquisar.
e AgorA, José?
Vimos nesta unidade a necessidade constante de se es-
tar atualizado. Na próxima unidade veremos os riscos à 
privacidade e à segurança neste mundo todo interligado.
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glossário
Expertise: habilidade, aptidão, perícia para de-
terminada tarefa. A expertise pode vir mais 
da experiência do que do conhecimento aca-
dêmico. Também é sinônimo de competência.
Educação a distância: modalidade de  ensi-
no em que o aprendiz não está fisicamente 
presente em um ambiente formal de ensino-
-aprendizagem e pode estudar em seu pró-
prio horário, distinto. Diz respeito à separa-
ção temporal ou espacial entre o professor e 
o aprendiz.
Universidades corporativas: conceito surgido 
nos EUA, em 1995, quando a General Eletric 
criou a Cotronville, foi só a partir da década 
de 80 que houve um aumento considerável 
desses novos espaços de formação. Outro 
fator que contribuiu para o rápido cresci-
mento das universidades corporativas foi 
a necessidade de contínua aprendizagem, 
consequência das vertiginosas mudanças no 
mundo do trabalho, em razão dos avanços 
tecnológicos permanentes e do processo de 
globalização da economia. As universidades 
corporativas surgem como solução para o 
alinhamento das iniciativas de treinamento 
com a estratégia da organização e de cria-
ção de vantagem competitiva, por meio de 
aprendizado permanente.
reFerênciAs
CASTELLS, M. �Sociedade em Rede. São Paulo/
SP: Ed. Paz e Terra, 2012.
�Legião Urbana. Disponível em: <http://letras.
terra.com.br/legiao-urbana/46974/>. Aces-
so em: 10 de julho de 2016.
MATTOS, F. A. M. de; SOULÉ JÚNIOR, O.� A influ-
ência das crises econômicas das décadas 
de 80 e 90, no Brasil, no mercado de 
trabalho dos profissionais ligados às 
tecnologias da informação. Informação & 
Sociedade, João Pessoa, v. 18, n. 2, p.13-24, 
maio 2008.
TOFFLER, ALvIN. �A terceira onda. Rio de Janeiro: 
Record, 2010.
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46974/
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46974/