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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS HACA40 - CAMPO DA SAÚDE, SABERES E PRÁTICAS DOSCENTE - LETÍCIA MARQUES ALUNA: MARIA ANTÔNIA G. DE S. SANTOS ATIVIDADE EXTRA Construa um texto argumentativo abordando a relação entre Humanização, as Práticas Integrativas e Complementares em saúde e a formação de profissionais de saúde na contemporaneidade. Máximo de 2 laudas. A introdução das práticas integrativas e complementares no atendimento dos sistemas de saúde vem sendo admitida pela OMS, desde 1970, com participação de vários países, principalmente no nível primário da atenção básica em saúde. (BRASIL 2012). Nesse sentido, A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) apresenta demanda crescente e têm a formação profissional como um dos maiores desafios para o seu avanço no Sistema Único de Saúde, principalmente no que se refere ao ensino do cuidado humanizado em saúde, contemplando os processos como o uso de plantas medicinais, fitoterapia, homeopatia, medicina tradicional chinesa, acupuntura e outros procedimentos presentes na cartilha da PNPIC. Em 1988 foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), baseado nos princípios da universalidade, integralidade e equidade da atenção em saúde, incorporando novas tecnologias, saberes e práticas no SUS. Concebendo a saúde não só como a ausência de doença, mas com um enfoque voltado para a qualidade de vida e promoção da saúde. (BRASIL 2004). Diante disso, há a importância de que o atendimento voltado para essa promoção seja levado pela tendência exigida cada vez mais nos hospitais e postos de saúde, a de um cuidado “humanizado”, em que o profissional de saúde enxergue o paciente de forma individualizada e única, dedicando atenção e empatia com o caso, além de transmitir confiança, segurança e apoio para que o paciente possa ter melhor adesão ao tratamento proposto. Entretanto, o que se encontra em muitos casos é uma relação em que o paciente é objetificado pelo profissional de saúde, tendo seu corpo, seus problemas e adoecimento menosprezados pelo profissional que o está atendendo. O que se pode observar é que essa questão, em grande parte dos casos, se dá em virtude à formação do profissional de saúde que em sua graduação não tem orientação integradora entre ensino, trabalho e cidadania, voltada para uma formação humanizada onde se incluem o enfrentamento das necessidades de saúde da população e o desenvolvimento do sistema de saúde. Nesse sentido, as diretrizes do SUS, assim como as Diretrizes Curriculares Nacionais e os movimentos por mudança na educação dos profissionais de saúde, colocam como perspectiva a existência de instituições de educação superior com preocupação nas questões sociais da saúde. Isso quer dizer escolas capazes de formar para a integralidade, formar de acordo com as necessidades de saúde. É nesse contexto que as PNPICs entram em cena. A partir da boa recepção de conferencias de saúde e da OMS, elaborou-se as PNPICs no SUS, ainda em 2003, pensando na implementação de ações para servirem de suporte de um sistema de saúde mais humanizado. Práticas como a Fitoterapia, Homeopatia, acupuntura e Medicina antroposófica ganharam legitimidade e passaram a serem incorporadas no sistema de saúde brasileiro. No âmbito escolar, adota-se a ideia de que a educação dos profissionais da área de saúde integre o conteúdo da PNPICs, em um contexto de ensino que ofereça um conjunto de perspectivas críticas de modelos terapêuticos e permita que estudantes façam uso de diferentes paradigmas em saúde para lidar com os processos de adoecimento. Assim, através das graduações nas escolas e universidades os estudantes e futuros profissionais da área de saúde ao estudarem e entenderem a importância das PNPICs se tornam capazes de produzir conhecimento relevante para a realidade da saúde no Brasil e afirmam uma identidade de cuidado mais humana e oposta àquela que o sistema de saúde brasileiro estava acostumado. REFERÊNCIAS PNPIC: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília - DF: Ministério da Saúde, 2015. TELESI, Emílio. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS. Estudos Avançados [online]. 2016, v. 30, n. 86 [acessado 6 dezembros 2021], pp. 99-112. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.00100007>. ISSN 1806-9592. https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.00100007. NASCIMENTO, Marilene Cabral do et al. Formação em práticas integrativas e complementares em saúde: desafios para as universidades públicas. Trabalho, Educação e Saúde [online]. 2018, v. 16, n. 2 [acessado 6 dezembros 2021], pp. 751-772. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-7746- sol00130>. Epub 16 Abr 2018. ISSN 1981-7746. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00130.