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Aula 1 - Introdução ao mindful eating Mindful Eating é comer com atenção plena. A base do mindful eating é mindfulnees. Não podemos falar de alimentação consciente sem falar de atenção plena. Estão vou explicar rapidinho o que é Mindfulness. Para explicar o que é Mindfulness, vou usar o seguinte exemplo: Imaginem um cara andando numa floresta e a cabeça dele está cheia de coisas, ele está pensando nos boletos, no trabalho, na namorada… E imaginem que esse cara tem uma criança andando com ele pela mesma floresta e criança só pensa no caminho. E porque eles então passando pelo mesmo caminho, mas, pensando e vivendo sensações diferentes? Por que assim é que crianças menores vivem, com a atenção e a consciência inteira no presente. Diferente dos adultos, diferente desse cara andando na floresta que está com a cabeça em outras coisas. Ou seja, esse cara está caminhando nessa floresta no automático, ele não está prestando atenção na floresta, ele não está nem vendo as arvores. Ele está pensando em problemas, pensando no boleto, na namorada, no trabalho. E quando ele não está com atenção plena, ele está no piloto automático. E quando nossos pacientes estão no piloto automático eles têm a atenção capturada por pensamentos insistentes, julgamentos, planejamentos, Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Máquina de escrever alimentação consciente = atenção plena. larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar fantasias. Não vivem as experiências por completo, e podem ficar com aquela sensação que está sempre faltando alguma coisa. E estados emocionais surgem a partir desses pensamentos, se desenvolvem sem que eles tenham consciência. Ou seja se o seu paciente não percebe o que está acontecendo com ele a nível racional, ele também não vai perceber o que acontece a nível emocional. Porque o cara da floresta, quando anda lá pensando nos boletos, esse pensamento gera uma emoção nele… que pode ser: ansiedade, irritação e ele pode ter reações impulsivas (e isso nossos pacientes fazem muito com a comida) Ele pode ter reações impulsivas, por exemplo, com a criança que não tem nada a ver com a história, e ele pode agir de forma impulsiva baseado nessa emoção que ele está sentindo e que não se deu conta. Vocês percebem isso? Ele está lá passeando na floresta, está tudo bem, mas a cabeça dele não está no parque, mas sim, nos boletos, nos problemas. Não tá lá. E aí na hora que a criança não obedece ele, que é algo que crianças comumente fazem, ou seja, é normal, natural, há um comportamento impulsivo, devido ao fato dele não estar ali verdadeiramente e já está irritado porque está pensando nos boletos. Por isso, ele reage de forma impulsiva, brigando. Por outro lado, quando estamos de fato presente no passeio, podemos reagir com mais clareza as coisas que acontecem. Mas não pensem que é possível ficar com atenção o tempo todo. Mesmo pessoas que praticam a atenção plena. Vão oscilar entre momentos mais atentos e momentos mais automáticos. No entanto, quando temos uma postura presente, atenta, e já temos esse cuidado, quando a gente percebe que estamos divagando, com os pensamentos a todo vapor, a gente tenta voltar para o momento presente. Então, vocês vão estimular seus pacientes a pensarem… O que está acontecendo agora? Onde minha cabeça está? O que será que esses pensamentos estão causando em mim? Eles precisam pensar sobre isso diariamente. E a partir disso, seu paciente vai começar a perceber com mais clareza a emoção que está sentindo. Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Máquina de escrever viver no automático = ter a mente capturada por pensamentos, julgamentos, planejamentos e fantasias - e isso gera emoções larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar Se eu estou aqui agora dando essa aula para vocês, mas preocupada com a mentoria, nesse caso, eu vou começar a ficar nervosa, vou falar cada vez mais rápido e eu não vou me dar conta que na verdade eu estou ansiosa, não por causa dessa aula, mas porque estou pensando na mentoria e não estou com atenção plena aqui. Na hora que eu pratico mindfulness eu percebo que minha mente foi até a mentoria, e eu trago ela de volta. Não adianta pensar em mentoria agora. Porque agora eu estou dando aula. Estão vou viver a experiência de estar plenamente aqui nessa aula. E eu convido vocês a fazerem isso. Quem está aqui assistindo aula e pensando em outras coisas, nos outros cursos hahaha, somente traga a sua atenção de volta. Vocês vão estar estimulando os seus pacientes a fazerem isso, então é interessante vocês também fazerem com vocês. Não pensem que a mente em algum momento fica vazia. E isso vamos orientando aos nossos pacientes, já para evitar julgamentos, aquela sensação de fracasso. O trabalho da mente é produzir pensamentos mesmo. E a ideia não é esvaziar a mente, mas é acompanhar o movimento dela, perceber os pensamentos, perceber quais emoções são geradas a partir desses pensamentos. E não se deixar ser levada pela mente. Quando ela tiver te jogando para outros lugares, você simplesmente traz ela de volta. E fará isso quantas vezes forem necessárias. Isso é mindfulnees. Mindful Eating nada mais é do que o Mindfulness, a atenção plena aplicada a alimentação. Como surgiu o mindful eating? A autora principal da alimentação consciente tinha compulsão alimentar e ela na época era uma Psicóloga estudando mindfulness no laboratório e quando ela começou a estudar a atenção plena, viu que isso poderia ser uma boa, voltado para comida, e que isso poderia ajudar inclusive na sua compulsão, e que poderia criar uma forma de que as pessoas apliquem mindfulness na alimentação. Ela começou a aplicar a atenção plena na alimentação dela e foi percebendo redução de episódios de compulsão. Foi percebendo mais consciência. Após isso, ela desenvolveu o mindful eating, ela se chama Jean kristeller, é uma psicóloga, americana, está viva. Inclusive eu tive a honra de Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar ter duas aulas com ela na minha Formação de mindful eating. Isso que estou falando aqui agora para vocês, foi fala dela na aula que ministrou. E ela resolveu a compulsão alimentar dela assim. Lembram lá no cara da floresta que está andando e não está atento e prestando atenção no caminho, e devido a isso ele não está prestando atenção? Da mesma forma quando nossos pacientes comem. Se eles comem pensando nos boletos, nos compromissos, na briga que teve com alguém… ele não esta prestando atenção ao que está comendo. E coisas acontecem quando não prestamos atenção na comida. Se o seu paciente não sabe porque está comendo. Não sabe se começou a comer por estar com fome, se já está saciado, não sente o gosto da comida, afinal a atenção não está no paladar, a atenção está nos boletos. Ele pode comer muito rápido e quando acabar de comer vai ficar com aquela sensação de estar faltando alguma coisa. De Não estar satisfeito ainda. Que muitas pessoas ficam quando acabam a refeição. Devido a isso, vão até buscar mais comida, buscar uma sobremesa. E muitas vezes isso acontece por não ter saboreado a refeição verdadeiramente. Não entrou em contato com a comida, porque estava pensando no boleto. Seu paciente também não se dá conta que muitas vezes ele brigou com o chefe e foi almoçar. E se o seu paciente não está atento a isso. Ele vai comer com uma irritação e vai descontar essa irritação na comida e aindamais sem perceber que está comendo de uma forma tão voraz, tão agressiva. Então muitas vezes seu paciente come de forma disfuncional por não prestar atenção na comida, por não prestar atenção ao seu estado emocional, por não prestar atenção ao que acontece a sua volta. E isso você precisa ensinar, orientar ao seu paciente… Que coisas acontecem quando ele não presta atenção na comida. Então o que seria o Mindful Eating? Qual o conceito? É Comer com atenção plena. Significa fazer da alimentação uma experiência prazeirosa, saborosa e nutritiva em todos os sentidos, não só em relação ao nutriente, mas pelo prazer, afinal também comemos para sentir prazer. Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Máquina de escrever prestar atenção no estado emocional, se tema algo acontecendo em sua volta e na hora de comer prestar atenção na comida larip Destacar A alimentação consciente tem alguns princípios que são: Os princípios são atitudes que precisam ser desenvolvidas para a relação com a comida ir ficando mais atenta e consciente. (As próximas aulas são baseadas nos princípios da alimentação consciente e vamos ajudar nossos pacientes a desenvolverem esses princípios) São eles: - Organizar-se sempre que possível para fazer uma pausa e sentar a mesa nas refeições: sabemos o quanto é difícil nossos pacientes fazerem isso, inclusive talvez seja um dos princípios mais difíceis, pela rotina, pelos hábitos. Mas é o nosso papel estimular e incentivar os nossos pacientes a fazerem pelo menos uma refeição ao dia com atenção, mesmo que seja um lanche, que eles botem a comida na mesa e comam. E você vai ensinando e orientando ao seu paciente que antes de comer ele precisa: checar o estado emocional, colocar a comida no prato, sentar a mesa, não levar distrações e então, comer. Não importa se é um lanche. E isso é necessário para o seu paciente experimentar e principalmente perceber sua dificuldade. - Vamos ajudar nosso paciente a estar consciente da fome e saciedade para decidir quando comer e quando parar; - Estar atento a experiência de comer evitando distrações na hora da refeição. Se o seu paciente come com distrações o cérebro dele só vai conseguir prestar atenção a um estímulo. E não vai ser a comida. A comida não tem como competir com os estímulos do celular, por exemplo. Expliquem a eles a importância de comer sem distrações pelo menos em uma refeição. Eu sempre ouço em sessão que esses novos estímulos são irreais fora da sessão. Vamos acolher os questionamentos, ajustar as expectativas e eu sempre comparo com aprender a dirigir. Quando estamos aprendendo a dirigir não dá para checar o celular enquanto aprende, você nem liga o rádio. Você está tão concentrada nas instruções do instrutor que nem olha de lado. É tanta informação que se ligar o rádio você não sabe nem mais onde pisa. Estão, assim como aprendemos a dirigir, é como se estivéssemos aprendendo a comer. Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar É um exercício, um processo. E à medida que o seu paciente exercitar, vai ficando mais familiar. Até que ele consiga regular essa atenção, entre: prestar atenção na comida, paro de comer, presto atenção na conversa, volto para comida, me desconecto um pouco da conversa. E isso fluindo naturalmente sem esforço. No início é difícil mesmo, falem para eles sobre as dificuldades. Elas são reais e normais. Mas eles precisam encontrar uma forma de fazer acontecer para pelo menos uma refeição. E é importante que não estejam com distração para conseguirem prestar atenção no que acontece com eles, no gosto, na fome, na saciedade, inclusive, preocupação se está engordando, na ansiedade, na preocupação com o filho. Seus pacientes vão ser pesquisadores de tudo que está acontecendo, eles vão ser pesquisadores da própria refeição e isso vocês só conseguem prestando atenção. Com isso seus pacientes terão percebidos suas dificuldades… Se é a fome, saciedade. E vocês vão trabalhando em terapia. Vocês precisam de informações sobre seu funcionamento na refeição. E isso só vão conseguir prestando atenção. Um outro princípio muito, muito importante é a aceitação. Vamos trabalhar muito isso com os nossos pacientes. ACEITAÇÃO NO SENTIDO DE ACEITAR A EXPERIÊNCIA COMO ELE É, COMO ESTÁ SENDO AGORA e BUSCAR FORMAS DE MELHORAR ESSA DIFICULDADE. De nada adianta seu paciente sentar para comer com atenção plena, perceber que está ansiosa e começar a se esculachar. Falar: nossa, sou um caso perdido, não tenho jeito mesmo. Sento pra comer e já estou toda ansiosa. Não tenho jeito. Mindful eating vem do mindfulnees e atenção plena implica aceitar a experiência sem julgamentos, não posso julgar a experiência, a experiência é o que é. Eu vou perceber ela, vou entender o que está acontecendo agora, posso não me orgulhar e vou tentar depois melhorar e mudar o que for possível. Por exemplo: que eu não vá na escola do filho próximo ao almoço. Tento marcar Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar larip Destacar em outro horário. Ou almoço antes de ir. Ou trocar o filho da escola. Mas isso são coisas para o futuro. Agora, na hora da refeição a única coisa possível é perceber que está irritada. Fazer algumas respirações e voltar para comida. Sem dúvidas nenhuma, pela minha prática, isso é o mais difícil. É interessante que vocês já estimulem seus pacientes a prestar atenção nas suas atitudes alimentares, nos comportamentos dele com a comida para juntos trabalharem as dificuldades. Indicação de livro: The Joy of Half a Cookie - Jean Kristeller Quem não conseguir ler em inglês, use o google tradutor. Infelizmente esse livro não tem traduzido. Licenciado para - Larissa P ereira do N ascim ento - 47595486882 - P rotegido por E duzz.com larip Destacar
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