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SISTEMA FINANCEIRO DIGITAL AULA 1 Profª Pollyanna Gondin 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula trataremos dos principais mercados, instituições e normas que formam o sistema financeiro. Iniciaremos pelos conceitos básicos, tais como poupança, moeda, ativos financeiros, meios de pagamento, entre outros que irão auxiliá-lo(a) na compreensão básica acerca do sistema financeiro. Na sequência, abordaremos os mercados monetário e de crédito, com ênfase nos títulos públicos, sua função, características e os principais tipos existentes. Mercado de capitais e mercado cambial também serão temas tratados nesta aula, pois veremos a importância que cada um desempenha na esfera econômica. Outros temas abordados serão os juros, derivativos e bolsa de valores. Vamos compreender os juros enquanto elementos determinantes na tomada de decisão do agente econômico e veremos que a bolsa de valores é um campo enorme de descobertas, no qual ocorrem as negociações de valores mobiliários. Por fim, após dominar todos esses conceitos, você estará pronto(a) para entender como está estruturado o sistema financeiro nacional, conhecendo os agentes normativos, supervisores e operadores que promovem a intermediação financeira entre os credores e tomadores de recursos. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO Mercado de capitais é constituído de um conjunto de instrumentos, instituições e agentes econômicos, cuja missão é mobilizar recursos de poupança financeira de pessoas físicas, empresas e outras unidades econômicas que têm excedentes financeiros; e promover sua alocação eficiente para financiar a produção, a comercialização, o investimento das empresas e o consumo das famílias. Do ponto de vista legal, o mercado de capitais no Brasil é o mercado de títulos e valores mobiliários emitidos pelas empresas e regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Não fazem parte desse mercado os títulos da dívida pública e os títulos de dívida emitidos por instituições financeiras, com exceção das debêntures [...] Desde o ano 2000, foram realizados importantes avanços institucionais do mercado de capitais brasileiro, e sua regulação hoje é considerada de boa qualidade e a melhor entre as economias emergentes. Nesse período foram criados mediante regulamentação da CVM vários instrumentos e veículos do mercado de capitais aperfeiçoando mecanismos e normas voltados para proteção ao investidor e para a garantia de condições competitivas no mercado. (CODEMEC RJ, 2016) Ao iniciar os estudos sobre sistema financeiro, você deve estar se questionando: qual o campo de aplicação desse conteúdo? Qual sua utilidade 3 prática? Bem, o campo de aplicação é vasto, pois o sistema financeiro possui uma série de instituições, mercados, normas e regras que regem as operações dos agentes econômicos. Mas que tipos de operações? Enquanto empreendedor, você pode realizar um financiamento para abrir o próprio negócio; Se a sua empresa já for bem-sucedida, você pode abrir o capital a fim de adquirir recursos com novos investidores que se tornarão sócios; Se você não possui empresa, mas detém algum valor em poupança, pode se tornar um investidor ou sócio de outras empresas, adquirindo ações por meio da bolsa de valores; ou também pode “emprestar” dinheiro ao governo, por meio da compra de títulos da dívida pública. Essas são apenas algumas operações realizadas no mercado financeiro. A seguir, conheceremos melhor cada uma delas, entre tantas outras, bem como os mercados e órgãos competentes que as mediam, executam e regulamentam. TEMA 1 – CONCEITOS BÁSICOS, BALANÇO DAS INSTITUIÇÕES E FUNÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO Você já se perguntou em que consiste o sistema financeiro? Tendo em vista sua relevância para o sistema econômico, aprofundaremos aqui alguns conceitos a fim de conhecer melhor a sua função, bem como os principais instrumentos e instituições que o compõem. Em linhas gerais, sistema financeiro corresponde a um conjunto de instituições que se dedicam ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. Já o mercado financeiro é o meio em que se processam essas transações permitindo que um agente econômico qualquer, sem perspectiva de aplicação em algum empreendimento próprio, seja colocado em contato com outro agente – tomador de recursos – cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança (Fortuna, 2013). Com isso, é possível dizer que o mercado financeiro pode ser considerado um elemento dinâmico no processo de crescimento econômico, uma vez que viabiliza a elevação das taxas de poupança e investimento. A poupança nada mais é que a renda economizada pelos agentes econômicos (Assaf Neto, 2014). 4 Ou, dito de outro modo, poupar significa postergar a capacidade de consumo diante de uma expectativa de maiores dispêndios no futuro. Para Assaf Neto (2014), a poupança realimenta todo o processo produtivo por meio dos diversos instrumentos do mercado financeiro. Os intermediários captam a poupança disponível e a direcionam ao sistema produtivo da economia mediante diferentes formas de crédito, viabilizando os investimentos. Essa intermediação ocorre ao colocar títulos e valores econômicos no mercado por meio de instituições como bancos, fundos de pensão, entre outras. Assim, toda vez que surge uma demanda por recursos para investimento maior que a poupança disponível, justifica-se a criação de diferentes ativos financeiros (debêntures, bonds, ações, CDB etc.). Estes são viabilizados pelas unidades superavitárias (poupadores) em forma de empréstimos aos agentes econômicos deficitários (tomadores de recursos) (Assaf Neto, 2014). Além desses ativos, há outro instrumento que desempenha importante papel no mercado: a moeda. Ela consiste em um meio de pagamento legalmente utilizado para realizar transações com bens e serviços. O uso da moeda viabiliza o funcionamento de toda a economia por meio de três funções (Mishkin, 2000): Meio de pagamento: promovendo o intercâmbio de bens e serviços; Unidade de conta: atuando como medida de valor ou parâmetro, possibilitando comparações; Reserva de valor: representando um repositório de poder de compra sobre o tempo ao permitir que agentes econômicos conservem seu patrimônio para uso posterior. Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos sobre a origem e a evolução da moeda, consulte o artigo “Museu de Valores do Banco Central” disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb .gov.br%2Fhtms%2Forigevol.asp>. Acesso em: 26 ago. 2019. A moeda é emitida mediante autorização legal de autoridades monetárias. Todavia, nem toda moeda emitida se encontra em circulação, pois uma parte pode ser retida pelo Banco Central. Sendo assim, o montante da moeda emitida em uma economia menos o saldo retido junto às autoridades monetárias é definido por moeda em circulação (Assaf Neto, 2014). E, para obter o saldo da moeda em poder do público (moeda metálica ou manual), basta excluir do 5 montante em circulação a quantidade disponível no caixa dos bancos comerciais. Já os depósitos à vista do público junto aos bancos comerciais são chamados de moeda escritural (ou bancária). Dessa forma, os meios de pagamento, denominados M1, são assim constituídos (Carvalho et al., 2007): Meios de pagamento (M1) = Moeda em poder do público (PMPP) + Depósitos à vista nos bancos comerciais Em suma, os meios de pagamento representam todos os haveres com liquidez imediata em poder do público, excluindo o setor bancário, e representam, portanto, uma medida de avaliação do sistema econômico (Assaf Neto, 2014). Conforme destacam Carvalho et al. (2017), os meios de pagamento podem ser avaliados por conceitos mais amplos, umavez que incluem diferentes tipos de títulos em circulação no mercado financeiro, estando divididos em: M1 = PMPP + depósitos à vista; M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositórias; M3 = M2 + quotas de renda fixa + operações compromissadas registradas na Selic; M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. Por fim, destaca-se ainda o conceito de base monetária, que, segundo Assaf Neto (2014), pode ser identificada pelas contas do passivo monetário do Banco Central, conforme o modelo de seu balanço patrimonial (Quadro 1): Quadro 1 – Modelo do Banco Central para indicar base monetária Ativo Passivo Carteiras de títulos públicos A. Monetário Base monetária Papel-moeda emitido Reservas bancárias Reservas de moedas estrangeiras Empréstimos ao sistema bancário Outras contas do ativo B. Não monetário Depósitos compulsórios/voluntários Títulos de emissão própria Empréstimos externos Recursos próprios Outras contas Fonte: Assaf Neto, 2014. As principais contas do balanço patrimonial apuradas pelo Banco Central são assim descritas (Assaf Neto, 2014): 6 Títulos públicos: com o objetivo de manter o controle sobre a liquidez da economia, o Banco Central emite títulos públicos. A fim de contrair a base monetária há um incentivo à venda desses ativos, e, para expandir a base monetária, o Banco Central atua recomprando os títulos no mercado. Moedas estrangeiras: são divisas internacionais mantidas pelo Banco Central para atuação no mercado cambial. A elevação de divisas significa expansão da base monetária, e a redução ocorre com a saída de divisas. Empréstimos ao sistema bancário: corresponde ao crédito concedido pela autoridade monetária às instituições financeiras. O aumento dessa operação expande a base monetária favorecendo a liquidez do sistema bancário comercial. Outras contas do ativo: correspondem aos títulos privados, reservas de metais preciosos, empréstimos às instituições bancárias não comerciais, bens permanentes do Banco Central, saldo líquido das operações realizadas no mercado aberto, entre outras. Papel monetário: é o saldo da moeda emitida em circulação na economia (tanto em poder do público quanto nos bancos comerciais). Passivo não monetário: representa os depósitos feitos pelo sistema bancário no Banco Central. Em suma, dentro do sistema financeiro, a base monetária contempla o saldo total das exigibilidades monetárias líquidas do Banco Central. Seu saldo é obtido então pela diferença entre o total de aplicações e os recursos não monetários obtidos pela autoridade monetária. TEMA 2 – MERCADOS FINANCEIROS: MONETÁRIO E CRÉDITO Agora que já compreendemos os conceitos básicos e a função do sistema financeiro, adentraremos aos componentes específicos que abrangem os mercados monetário e de crédito. Conforme destaca Kerr (2011), o mercado monetário é composto por um conjunto de instituições e instrumentos que promovem intermediação financeira no curto prazo. Nesse âmbito, títulos públicos e privados de alta liquidez podem ser vendidos rapidamente, suprindo necessidades imediatas dos tomadores. Os títulos públicos são emitidos e garantidos pelo Governo Federal e têm por finalidade financiar a dívida pública, antecipar receitas e controlar a 7 liquidez da economia atuando como instrumentos de política monetária. De acordo com Kerr (2011), as operações de vendas dos títulos podem ser realizadas de três modos: oferta pública com realização de leilões; venda direta pelo programa conhecido como Tesouro Direto; e emissões destinadas a atender necessidades específicas determinadas em lei. Os títulos públicos do Governo Federal são classificados pela natureza de suas emissões, tais como representados no Quadro 2: Quadro 2 – Classificações dos títulos públicos do Governo Federal Títulos do Tesouro Nacional Títulos do Banco Central BTN: Bônus do Tesouro Nacional BBC: Bônus do Banco Central LTN: Letras do Tesouro Nacional LBC: Letras do Banco Central LFT: Letras Financeiras do Tesouro NBC: Notas do Banco Central NTN: Notas do Tesouro Nacional CTN: Certificado do Tesouro Nacional CFT: Certificado Financeiro do Tesouro Fonte: Assaf Neto, 2014. Os títulos públicos oferecem rendimentos prefixados ou pós-fixados, atrelados a algum indexador, como inflação, taxa de juros ou variação cambial. O Quadro 3 mostra a forma de rendimento dos principais títulos públicos: Quadro 3 – Forma de rendimento dos principais títulos públicos Títulos prefixados Títulos pós-fixados LTN LFT: atualizado pela Selic NTN - F NTN-B: atualizado pelo IPCA-A NTN-C: atualizado pelo IGP-M NTN-D: atualizado pela variação cambial NTN-H: atualizado pela TR (taxa referencial) Fonte: Assaf Neto, 2014. Saiba mais Para aprender mais sobre os títulos públicos, acesse o site do Tesouro Direto e navegue pelas opções que detalham o que cada título oferece: <http://www.tesouro.gov.br/web/stn/-/entenda-cada-titulo-no-detalhe#this>. Acesso em: 26 ago. 2019. Além dos títulos públicos, o mercado monetário é composto pelos títulos privados emitidos por bancos ou empresas. Os títulos mais importantes emitidos pelos bancos são: os Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI), negociados 8 exclusivamente em instituições financeiras; e os Certificados de Depósito Bancário (CDB), vendidos ao público geral (Kerr, 2011). Já as empresas emitem debêntures ou commercial papers (notas promissórias). Esses títulos são registrados na Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). Segundo Kerr (2011), a Cetip é uma sociedade civil sem fins lucrativos criada em 1986 para atuar enquanto sistema eletrônico de custódia e liquidação financeira no mercado de títulos privados. Posteriormente, a instituição passou a abranger também os títulos públicos estaduais e municipais. Tendo em vista esses conceitos, podemos assumir que se por um lado o mercado monetário media as necessidades de curto prazo no sistema financeiro, por outro, é o mercado de crédito que supre as demandas de caixa no médio prazo, por meio de empréstimos e financiamentos às pessoas físicas ou jurídicas (Assaf Neto, 2014). Na prática, as instituições financeiras podem atuar no mercado de crédito de forma direta ou indireta. Quando a instituição recebe recursos de poupadores e com esse montante realiza empréstimos aos tomadores, há uma atuação direta, a exemplo dos empréstimos e financiamentos concedidos pelos bancos. A instituição financeira assume a obrigação de devolver ao poupador o valor total acrescido de juros e, ao emprestar aos tomadores, o faz a uma determinada taxa de juros denominada spread bancário (Kerr, 2011). Já a atuação indireta se verifica sobretudo nas operações de longo prazo, quando as instituições financeiras apenas mediam a operação cobrando uma comissão pelo serviço prestado. Assim, o empréstimo é feito diretamente pelos agentes superavitários aos agentes deficitários. Alguns exemplos são os programas de crédito oferecidos pelo Governo Federal, direcionados ao setor rural ou à construção de moradias (Assaf Neto, 2014). Em ambos os casos, nas operações diretas ou indiretas, o crédito pode ser ofertado de diferentes maneiras. Quando se trata de pessoa física, no Brasil os principais instrumentos utilizados são (Kerr, 2014): Cheque especial: é um crédito de determinado valor que fica automaticamente disponível na conta do correntista, este só incorre em juros e encargos se fizer uso do crédito. Crédito pessoal: é um empréstimo de alto custo direcionado aos tomadores com ou sem comprovação de renda. 9 Cartões de crédito: limite de crédito pré-aprovado para realização de compras ou saques à vista ou parcelados; em geral, há encargos caso o agente nãopague a fatura na data prevista. Crédito consignado: é um empréstimo de custo relativamente baixo, descontado diretamente da folha de pagamento, direcionado a funcionários de empresas privadas, aposentados ou pensionistas do INSS, servidores públicos e militares. Crédito direto ao consumidor (CDC): é concedido às pessoas físicas ou jurídicas para aquisição de bens ou serviços. A quitação ocorre mediante prestações mensais iguais ou sucessivas. Para pessoas jurídicas também há várias modalidades de crédito de curto e longo prazo no Brasil (Kerr, 2011): Desconto de títulos: ocorre quando a instituição financeira antecipa para a empresa os valores a receber das vendas a prazo. Contas garantidas: são empréstimos rotativos que os bancos concedem às empresas para suprir necessidades de fluxo de caixa. Créditos rotativos: semelhantes às contas garantidas, mas exigem duplicatas como garantia da operação. Hotmoney: são operações com prazos inferiores a 30 dias para suprir necessidades imediatas das empresas. Capital de giro: são financiamentos firmados com prazos mais longos, taxas e garantias estabelecidas. Vendor: são operações de crédito realizadas para financiar vendas a prazo de uma empresa; esta atua como avalista do financiamento feito diretamente pela agência financeira ao comprador. Compror: são operações inversas às de vendor; nesse caso, é o comprador que desempenha o papel de fiador. Adiantamento sobre contratos de câmbio (ACC): são operações voltadas para empresas exportadoras. As empresas recebem antecipadamente (até 180 dias antes do embarque) um valor, em moeda nacional, equivalente à exportação efetivada. Adiantamento sobre contratos de exportação (ACE): semelhante aos ACC, porém nesse caso a solicitação é feita após o embarque da mercadoria, no prazo máximo de 60 dias. 10 Resolução 63: é uma operação de empréstimo concedida pelas instituições financeiras no mercado interno, tendo como fonte de recurso a captação de moeda estrangeira no mercado externo. Export note: é uma operação de cessão de créditos provenientes de contratos de exportação. Para além dos instrumentos citados, o mercado de crédito contempla linhas visando fomentar o desenvolvimento econômico. Alguns bancos que atuam nessa função são o Banco de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste no Brasil (BNB). Curiosidade Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de modernização, expansão e concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil (BNDES, S.d.). TEMA 3 – MERCADOS FINANCEIROS: DE CAPITAIS E CAMBIAL Agora que já conhecemos os principais instrumentos que compõem o mercado monetário e de crédito, podemos dar um passo a mais em direção aos mercados de capitais e cambial. O mercado de capitais constitui-se em um conjunto de instituições que negociam títulos e valores mobiliários visando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores (Pinheiro, 2008). Assaf Neto (2011) afirma que um de seus objetivos centrais é suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos por meio de modalidades de financiamentos a médio e longo prazo. O surgimento do mercado de capitais se deu em meio às limitações do mercado de crédito no atendimento às necessidades da atividade produtiva. Por esse motivo, é possível identificar a disponibilidades de diversas negociações no mercado de capitais brasileiro. É dentro do mercado de capitais que são negociados os valores mobiliários, tais como ações, debêntures e commercial 11 papers. Como mais à frente daremos ênfase às ações, vamos dar prioridade aqui aos conceitos desses dois últimos. Conforme destaca Kerr (2011), as debêntures são títulos de médio e longo prazo, com privilégio geral sobre bens sociais ou garantia real sobre bens emitidos por sociedades anônimas. Já debenturistas são credores das empresas das quais adquiriram as debêntures. Por outro lado, commercial papers (ou notas promissórias comerciais) são utilizados para captação de recursos no curto prazo e podem ter remuneração prefixada ou pós-fixada (Kerr, 2011). Além das ações, debêntures e commercial papers, Pinheiro (2008) elenca outras importantes negociações presentes no mercado de capitais brasileiro: Bônus de subscrição; Certificados de depósitos de valores mobiliários; Índices representativos de carteira de ações; Opções de compra e venda de valores mobiliários; Direitos de subscrição; Recibos de subscrição; Quotas de fundos imobiliários; Depositary receipts (recibos de depósitos); Certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Em resumo, a partir dessas várias oportunidades de negociações, é possível concluir que o mercado de capitais se fundamenta basicamente em dois princípios: contribuir para o desenvolvimento econômico estimulando a formação de poupança privada; e viabilizar a estrutura de uma sociedade pluralista, baseada na economia de mercado com participação coletiva na riqueza e nos resultados da economia (Pinheiro, 2008). Agora que já temos uma proximidade maior com os instrumentos que compõem o mercado de ações, é possível avançar na compreensão sobre o mercado cambial, que é onde ocorrem as operações de compra e venda de moedas estrangeiras, tendo o dólar como moeda internacional dominante. A principal função do mercado cambial é viabilizar a transferência de recursos entre países. Kerr (2011) destaca os avanços trazidos pela globalização no sentido de proporcionar rapidez nas transações: atualmente as operações eletrônicas podem ser realizadas em segundos, a qualquer hora do dia. 12 É importante salientar que há uma forte interdependência entre o fluxo cambial e o balanço de pagamentos de um país. Na realidade, é o regime cambial adotado que determinará essa influência, podendo ser: Fixo: quando o banco central estabelece uma taxa fixa de conversão entre a moeda local e a moeda de referência estrangeira (dólar); Flutuante: taxas de conversão são livremente determinadas pelo mercado; Banda cambial: quando o banco central estipula um limite mínimo e máximo, ou seja, uma banda de flutuação para a taxa de câmbio. De acordo com Kerr (2011), as taxas de câmbio costumam ser expressas de duas maneiras no mercado à vista: cotações diretas, como é o caso do Brasil (quando expressam o valor o preço de uma unidade de moeda estrangeira em moeda nacional); e indiretas (quando expressam o preço de uma unidade de moeda nacional em moeda estrangeira). Logo, uma cotação direta no Brasil corresponde a uma cotação indireta nos EUA, e vice-versa. No mercado de câmbio, há uma série de determinantes com capacidade de influência. O nível de reservas monetárias, por exemplo, impacta diretamente na formação da taxa cambial. Assaf Neto (2014) ressalta que quando surge a necessidade de aumentar o volume de reservas – em função dos compromissos de pagamentos no exterior – a autoridade monetária intervém no mercado de moedas estrangeiras, alterando a taxa de câmbio. Assim, o Estado é capaz de incentivar um aumento das exportações na economia ao mesmo tempo que inibe as importações; e o contrário também se aplica. Saiba mais Para conhecer melhor o mercado de câmbio, suas instituições e as operações que podem ser realizadas, acesse: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.br%2Fpre%2Fbc_atende%2Fport%2Fmerccam.asp>. Acesso em 26 ago .2019. TEMA 4 – JUROS, MERCADO DE AÇÕES E DERIVATIVOS Vimos anteriormente que o mercado de capitais é onde ocorrem as negociações dos valores mobiliários, logo as ações e os derivativos também 13 estão presentes nesse campo. Mas, antes de conhecê-los melhor, é preciso primeiramente entender o papel da taxa de juros. Você já se questionou sobre a relevância dos juros no cenário econômico? De acordo com Kerr (2011), juro é a remuneração que o poupador precisa ter para se dispor a adiar o consumo presente em prol de um maior consumo futuro. Ou, dito de outro modo, juro é rendimento de capital auferido pela cessão do uso do dinheiro, pelo credor ao devedor, durante tempo determinado. A taxa de juros é, portanto, um elemento determinante na tomada de decisão do agente econômico, pois atua como um guia de preferência pela liquidez (Keynes, 1985). Isso significa que quanto mais baixa a taxa de juros, mais estimulados estarão os agentes econômicos a realizar novos investimentos. Assim, para uma empresa, a taxa de juros reflete o custo de oportunidade de seu capital passivo, ou o preço a ser pago pelos recursos tomados emprestados (Assaf Neto, 2014). Frente a essa relevância, o Estado tem o importante papel de fixar a taxa de juros, utilizando-se dessa atribuição para realizar política monetária. No Brasil, o órgão governamental responsável por essa função é o Comitê de Política Monetária (Copom), criado em 1996. As reuniões ordinárias são realizadas periodicamente de acordo com calendário preestabelecido. Nessas ocasiões é decidida e comunicada ao mercado a taxa básica para o financiamento dos títulos públicos, conhecida como Selic. Além dessa taxa básica, o mercado financeiro também apresenta: Taxa Referencial de Juros (TR); Taxa Financeira Básica (TBF); Taxa do Banco Central (TBC e TBAN); Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP); e a Taxa da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid) (Assaf Neto, 2014). Tendo compreendido o conceito de juros e o seu papel na tomada de decisão, agora podemos adentrar no mercado de ações. De acordo com Pinheiro (2008), as ações são títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que as emitiu. Logo, quem tem ações pode se considerar sócio da empresa emissora. As ações podem ser ordinárias, com direito a voto, ou preferenciais, com direito de preferência sobre os lucros a serem distribuídos aos acionistas – seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Na prática, Fortuna (2013) destaca que o mercado de ações pode ser divido em dois seguimentos: 14 Mercado primário: quando as ações de uma empresa são emitidas diretamente ou por meio de uma oferta pública; Mercado secundário: as ações já emitidas são comercializadas por meio da bolsa de valores. Em suma, a bolsa de valores é o local onde ocorrem as negociações de valores mobiliários em mercado livre e aberto organizado pelas corretoras e autoridades. Já o preço de uma ação em bolsa é formado pelas expectativas com base nas condições do mercado (oferta e demanda). Essas condições devem refletir o estado da economia do país, da empresa e do setor econômico. Existem eventos importantes que em alguns casos podem alterar o preço da ação, sem alterar o valor da riqueza do acionista (Kerr, 2011): Desdobramentos: é quando a empresa distribui novas ações para cada ação que o acionista possuir, aumentando a quantidade de ações da companhia no mercado. Agrupamentos: é o contrário dos desdobramentos; ocorre quando a ação está cotada a preços muito baixos. Distribuição de dividendos: é a principal forma de remuneração dos acionistas pela empresa. Direitos de subscrição: quando a empresa decide aumentar o capital por meio da emissão de novas ações. Bonificação: 1) em ações, quando a empresa, ao incorporar lucros, distribui ações gratuitamente a seus acionistas; 2) em dinheiro, quando a empresa opta por redistribuir uma parcela maior do lucro. Recompra de ações: quando a empresa recompra suas próprias ações, devido ao baixo valor destas e ao capital disponível em caixa. No Brasil, a Lei n. 6.404/1976 regulamenta o funcionamento das sociedades anônimas e confere ao acionista uma série de direitos: participação nos lucros, fiscalização, informação, preferência na subscrição de ações em aumento de capital, retirada (recesso), voto, indicação de membros do Conselho de Administração, requerimento de convocação e adiantamento de assembleias gerais, participação de oferta pública por alienação de controle de companhia aberta, transmissão, proposição de ações indenizatórias em benefício da companhia (Pinheiro, 2008). Tais direitos variam de acordo com a participação do acionista no capital da empresa. 15 Curiosidade O Ibovespa é o principal índice do mercado de ações. Foi criado em 1968 e, ao longo desses 50 anos, consolidou-se como referência para investidores ao redor do mundo. É o mais importante indicador de desempenho médio dos ativos mais negociados e representativos do mercado de ações de nosso país. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) é hoje a principal bolsa de valores do Brasil. Acesse e conheça mais: <www.bmfbovespa.com.br>. Acesso em: 26 ago. 2019 Por fim, vamos entender agora no que consistem os derivativos. De acordo com Assaf Neto (2014), são instrumentos financeiros que se originam do valor de outro ativo. Sendo assim, um contrato derivativo não apresenta valor próprio, pois deriva do valor de um bem básico (commodities, ações, juros). É possível identificar do mercado três principais tipos de derivativos (Kerr, 2011): Termos e futuro: quando se prevê em contrato a entrega de determinado ativo, em uma data futura frente a um valor pré-estipulado. A diferença entre os contratos a termos e futuros é que estes últimos são padronizados, permitindo um ativo de mercado secundário. Opções: são contratos em que se negocia um direito de comprar ou de vender determinado ativo-objeto, por certo preço, em uma data, e por esse direito paga-se um preço. Perceba que é diferente dos termos e futuros, em que se negociam um ativo, e não um direito. O comprador de uma opção é denominado titular, enquanto o vendedor é denominado laçador. Para ter o referido direito, o titular paga ao laçador uma importância denominada prêmio. Entre os principais produtos negociados como opções encontram-se os produtos agropecuários. Swaps: são contratos em que as partes contratantes concordam em trocar fluxos de caixa futuros, com datas e regras preestabelecidas. Ou, dito de outro modo, são formas de permutas. As operações de swaps permitem, por exemplo, transformar uma dívida pós-fixada em prefixada, um ativo de renda variável em fixo, e assim por diante. Em suma, todos os derivativos são instrumentos utilizados para transferir riscos, a exemplo de quando uma pessoa faz um seguro de um veículo pagando 16 um prêmio para a seguradora, que acaba assumindo o risco pelo qual o bem foi segurado. TEMA 5 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Você já se perguntou como são regulamentadas ou executadas as operações financeiras em nosso país? Para isso existe o Sistema Financeiro Nacional (SFN): formado por um conjunto de instituições que promovem a intermediação financeira entre os credores e tomadores de recursos. É por meio do SFN que pessoas, empresas e governo circulam grande parte de seus ativos, pagam dívidas e realizam investimentos (Banco Central do Brasil, S.d.). A atual estrutura do SFN foi moldada nas reformas do período 1964/66 mediante algumas leis, com destaque para Lei n. 4.595/1964 da reforma bancária, que criou o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional. Conforme demonstra a figura a seguir, o SFN é organizado por agentes normativos,supervisores e operadores. Os órgãos normativos determinam as regras gerais para o funcionamento do sistema. As entidades supervisoras trabalham para que os integrantes do SFN sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Já os operadores são as instituições intermediárias que ofertam serviços financeiros. 17 Fonte: Banco Central do Brasil, S.d. A partir do esquema ilustrado pelo Bacen, podemos especificar as principais instituições que compõem o SFN: Conselho Monetário Nacional (CMN): é o órgão superior normativo do SFN cuja responsabilidade é formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Banco Central do Brasil (Bacen): é o órgão executor da política monetária e o responsável por garantir a execução das normas criadas pelo CMN. Suas atribuições envolvem o controle da política monetária, a garantia da solvabilidade do sistema financeiro e a administração das reservas internacionais do país. 18 Comissão de Valores Mobiliários (CVM): é o órgão normativo do mercado de capitais que busca fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Bancos: são instituições financeiras especializadas em intermediar o dinheiro entre poupadores e aqueles que precisam de empréstimos, além de custodiar esse dinheiro. As caixas econômicas são empresas públicas que exercem atividades típicas de banco comercial, com prioridade institucional para concessão de empréstimos e financiamentos de programas e projetos de natureza social. No Brasil existem as seguintes categorias de bancos: banco de câmbio; banco comercial; banco de desenvolvimento; banco múltiplo; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Caixa Econômica Federal. Administradoras de consórcios: pessoas jurídicas prestadoras de serviços com objeto social principal voltado à administração de grupos de consórcio, sob a forma de sociedade limitada ou anônima. Bolsa de valores e bolsa de mercadorias e futuros: são mercados nos quais se negociam respectivamente valores mobiliários e derivativos. Cooperativas de crédito: formadas pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. Corretoras e distribuidoras: atuam nos mercados financeiros e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. Instituições de pagamento: a pessoa jurídica viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento, sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes. Demais instituições não bancárias: são consideradas não bancárias porque não recebem depósitos à vista, nem podem criar moeda (por meio de operações de crédito). Elas operam com ativos não monetários, como ações, CDBs, títulos, letras de câmbio e debêntures. Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): responsável por fixar as diretrizes de normas da política de seguros privados. 19 Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): responsável por regular o regime de previdência complementar. Superintendência de Seguros Privados (Susep): responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): responsável pela fiscalização e supervisão das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar. Seguradoras: são empresas que captam recursos por meio dos prêmios cobrados aos assegurados e se comprometem a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram. Entidades fechadas de previdência complementar: são instituições criadas para o fim exclusivo de administrar planos de benefícios de natureza previdenciária, patrocinados e/ou instituídos. Entidades abertas de previdência: a diferença em relação às entidades fechadas é que as entidades abertas não são restritas aos empregados de determinada empresa, mas abertas a qualquer cidadão. Sociedades de capitalização: são constituídas sob a forma de sociedades anônimas que negociam contratos (títulos de capitalização). Saiba mais Conheça em detalhes as instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional acessando: <https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn>. Acesso em: 26 ago. 2019. TROCANDO IDEIAS Para exercitar seus conhecimentos sobre os títulos públicos, acesse o site do Tesouro Direto: <www.tesouro.gov.br/web/stn/-/entenda-cada-titulo-no- detalhe> e pesquise sobre as características dos títulos prefixados e pós-fixados. Na sequência, organize em uma planilha as informações que competem a cada título e ao final faça uma comparação, respondendo à seguinte pergunta: se hoje você fosse investir em algum título público, qual se adéqua melhor à sua realidade financeira? 20 NA PRÁTICA Leia a questão a seguir e assinale a alternativa certa (a resposta encontra- se ao final deste documento). Suponha que o sistema monetário tenha apresentado, em dezembro, os seguintes dados (em R$ milhões): Papel-moeda emitido: 400; Moeda escritural ou depósito à vista: 600; Moeda em caixa dos bancos comerciais: 60; Moeda em caixa das autoridades monetárias: 40. Considerando esses dados, qual o valor correspondente: a. ao papel-moeda em circulação? b. ao papel-moeda em poder do público? c. ao total dos meios de pagamento (M1)? FINALIZANDO Nesta aula você teve a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre vários elementos que envolvem o sistema financeiro, adentrando no conjunto de instituições, operações e diferentes mercados que o compõem. Ao estudar o mercado monetário, foi possível constatar que este é responsável por promover a intermediação financeira no curto prazo, enquanto o mercado de crédito abre um leque de recursos para suprir necessidades de médio prazo no sistema financeiro. Sobre o mercado de capitais, você pôde observar sua importância frente à capacidade de suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos no médio e longo prazo, ao passo que, no mercado cambial, ocorrem as operações de compra e venda de moedas estrangeiras. Por fim, vimos a estrutura dos principais órgãos que integram o sistema financeiro nacional. Com isso, além de conhecer as várias operações e os mercados disponíveis, foi possível compreender as funções que competem a cada órgão nos âmbitos normativos, supervisores e operadores. Em suma, ao final desta aula, você já deve ter alcançado as respostas para vários questionamentos sobre a importância do sistema financeiro na esfera econômica, bem como sobre o leque de operações que podem ser realizadas nesse campo. 21 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponível em: <www.bcb.gov.br>. Acesso em: 25 ago. 2019. BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento. Quem somos. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/quem-somos>. Acesso em: 24 ago. 2019. CARVALHO, F. J. C. de. Economia monetária e financeira: teoria e política. São Paulo: Elsevier, 2007. CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Disponível em: <www.cvm.gov.br>. Acesso em: 25 ago. 2019. FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 19. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2013. ÍNDICE BOVESPA. BM&F Bovespa. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/indices/indices-amplos/indice- bovespa-ibovespa.htm>. Acesso em: 26 ago. 2019. KERR, R. Mercado financeiroe de capitais. São Paulo: Pearson Prentice, 2011. KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Noval Cultural, 1985. LAMEIRA, V.J. Mercado de capitais. 2. ed. São Paulo: Forense Universitária, 2003. MACHADO, L. H. M. Sistema financeiro nacional. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. MCMILLAN, J. O fim dos bancos – moeda, crédito e a revolução digital. São Paulo, 2018. MERCADO de capitais no Brasil. CODEMEC, 15 fev. 2016. Disponível em: <http://codemec.org.br/empresario/o-que-e-mercado-de-capitais/mercado-de- capitais-no-brasil/>. Acesso em: 24 ago. 2019. METZNER, T. D.; MATIAS, A. B. O setor bancário brasileiro de 1990 a 2010. Barueri: Minha Editora, 2015. 22 MISHKIN, F. S. Moedas, bancos e mercados financeiros. 19. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 23 RESPOSTAS a. Papel-moeda em circulação = montante de moeda emitida – saldo retido junto às autoridades monetárias. Logo, o valor correspondente ao papel-moeda em circulação é 400 – 40 = R$ 360 milhões. b. Papel-moeda em poder do público (PMPP) = montante em circulação – quantidade disponível nos bancos comerciais. Logo, PMPP = 360 – 60 = R$300 milhões. c. M1 = PMPP + depósitos à vista nos bancos comerciais. Logo, M1 = 300 + 600 = R$ 900 milhões.
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